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Sucessão de Empregadores

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Victória Nascimento – 17/06/22 
SUCESSÃO DE EMPREGADORES 
 
Conceito: É a transferência de titularidade de uma empresa para outra, que pode ocorrer de várias 
formas, por exemplo, mediante a venda, a fusão (duas empresas se juntam), incorporação 
(quando uma empresa assume a outra)... 
 
Empresa Sucedida > Empresa Sucessora 
 
Princípio da Despersonalização do Empregador: A pessoalidade só está atrelada à figura do 
empregado, não ao empregador, por isso, pode ocorrer a sucessão empresarial. 
Art. 10, CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não 
afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
Art. 448, CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da 
empresa não afetará os contratos de trabalho dos 
respectivos empregados. 
 
Quem adquirir a empresa, fica obrigado a pagar os direitos trabalhistas, veja: 
Art. 448-A, CLT. Caracterizada a sucessão empresarial ou de 
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as 
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os 
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, SÃO DE 
RESPONSABILIDADE DO SUCESSOR. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
Assim, por exemplo, se a empresa sucessora demitir o empregado que trabalhava há 10 anos na 
empresa anterior, fica obrigada a pagar os direitos trabalhistas referente a esse período de tempo. 
*Único caso que a empresa sucessora NÃO RESPONDE: Somente quando a empresa sucedida 
(anterior) fizer a rescisão do contrato de trabalho. Assim, poderão ser gerados contratos de 
trabalhos novos, do zero. 
Parágrafo único. A empresa sucedida RESPONDERÁ 
SOLIDARIAMENTE com a sucessora quando ficar comprovada FRAUDE 
na transferência. 
 
REQUISITOS PARA A SUCESSÃO DE EMPREGADORES 
1 – Transferência para outro titular; 
2 – Continuidade na prestação de serviços. 
 
Victória Nascimento – 17/06/22 
EXCEÇÕES 
QUANDO NÃO SE CARACTERIZA SUCESSÃO DE EMPREGADORES? 
1 – Empregado Doméstico: não é possível haver sucessão, porque, nesse caso, há pessoalidade 
por parte do empregador – serviço sem finalidade lucrativa- não regidos pela CLT. 
A ideia é a seguinte: O fato de empregado doméstico prestar serviços a residência de um empregador 
não significa que, caso ele venda a casa, ele irá ficar vinculado ao imóvel. O vínculo é pessoal e direto 
com o empregador. 
2 – Empregador Pessoa Física/Empresa Individual: segue a mesma lógica, pois se uma Pessoa 
Física que está assinando o contrato e, para se falar em sucessão de empregadores, ocorre quando 
uma empresa (pessoa jurídica) troca seu quadro de sócios. 
*Observação (caso de morte do empregador): não é obrigado a prosseguir com o contrato com 
os herdeiros, veja: 
Art. 483, § 2º, CLT - No caso de morte do empregador constituído em 
empresa individual, é FACULTADO ao empregado rescindir o contrato 
de trabalho. 
3 – Venda Dos Bens Da Empresa Falida: No caso de venda da empresa, por motivo de falência, o 
arrematante estará LIVRE de todas as obrigações trabalhistas (Lei 11.101/05). 
 
Significados: 
*responsabilidade solidária: respondem igualmente, as duas empresas são responsáveis 
principais. 
*responsabilidade subsidiária: que normalmente ocorre na terceirização, é quando há um 
responsável principal e o responsável subsidiário (em substituição). 
 
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO INTEGRANTE 
Quem integra uma sociedade, passa imediatamente a ter a obrigações trabalhistas. 
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO RETIRANTE 
Art. 10-A, CLT. O sócio retirante responde SUBSIDIARIAMENTE pelas obrigações 
trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente 
em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do 
contrato, observada a seguinte ORDEM DE PREFERÊNCIA: 
 
I – a empresa devedora; 
II – os sócios atuais; e 
III – os sócios retirantes.

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