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Insulinoterapia: Tipos e Administração

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1 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D 
FISIOLOGIA DA INSULINA 
- Ação anabólica – usar energia 
• Fígado: inibe glicogenólise e gliconeogênese 
• Músculos: promove captação de glicose 
• Tecido adiposo: inibe a lipólise 
- Insulina endógena 
Quando a glicose sobe tem pico 
rápido de insulina e a glicose 
começa a cair. 
 
 
 
 
 
 
INSULINOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSULINAS INÍCIO PICO DURAÇÃO PARTICULARIDADES 
R
Á
P
ID
A
 
Regular 
30m.. 
Se venosa 
inicia com 
5m. e acaba 
com 20m. 
2 a 3 h 4 a 6 h 
- Se quiser usar ela para cobrir o 
bolus, precisa aplicar 30m. antes da 
refeição. Se aplica após refeiçaõ, o 
pico de glicose é 2h depois, ou seja, 
antes do pico da insulina, gerando 
hiperglicemia. 
U
L
T
R
A
R
Á
P
ID
A
 
- Lispro (Humalog®) 
- Asparte (Novorapid®) 
- Glulisina (Apidra®) – disponível 
atualmente, mas não pode em 
grávidas 
*Consegue todas pelo sistema de 
medicamentos especiais no SUS 
5 a 15 min. 
30 – 90 
min. 
4 a 6 h 
- Crianças e gestantes 
- 10 a 15 m. antes de comer (p/ 
criança e idoso é complicado, pq 
tem que medir certinho a insulina p/ 
comer a refeição planejada na hora, 
mas aí tem que esperar). 
Fiasp ® - é a Asparte modificada 
(se aproxima mais de um perfil 
fisiológico da insulina) 
5 a 15 
minutos 
3 a 5 h 5 h 
- Pode ser aplicada até 20 minutos 
pós refeição (bom p/ quando não 
come refeição planejada) 
Uma insulina basal ideal, não deve ter picos de ação 
e tem efeito prolongado. 
- NPH: mais presente no SUS. Começa a ter efeito com 2h, 
tendo pico por volta de 6-8h e dura 18h mais ou menos. 
Não é ideal para o basal – desenvolveu-se os análagos de 
ação prolongada (com a evolução, elas vão perdendo o 
pico e aumentando o tempo de duração 
• Detemir, Glargina, Degludeca (melhor insluina 
basal), Toujeo 
 
Uma insulina bolus ideal, deve ter um rápido 
pico e logo cair. 
- Regular: tem o pico com 30m e o efeito dura 
cerca de 6-8h (se tem pico de glicose que dura 
2h e a insulina continua atuando, pode ter 
hipoglicemia). Desenvolveu-se análogas com 
picos de menor duração: 
• Glulisina, Lispro, Asparte 
 
 
 
 
 
 
2 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D 
 I
N
T
E
R
M
E
D
IÁ
R
IA
 
NPH 2 a 4 h 8h 12 a18 h 
- 2 a 4x/dia – tem que aplicar três 
vezes para cobrir as 24h (DM2) 
- Para pacientes DM2 que ainda tem 
secreção residual as vezes usa só 1 
dose noturna – para iniciar usa só a 
basal. A dose noturna deve ser por 
volta de 21/22h para o pico ser na 
hora que acorda. 
L
E
N
T
A
 
Glargina U-100 
(Basaglar® ou Lantus®) 
 **análagos de NPH 
2h 20-24h > 2 anos e idosos com DM2 
Detemir **análagos de NPH 3 a 4 h 13-20h Gestantes e > 2 anos. 
U
L
T
R
A
L
E
N
T
A
 
Degludeca 
Glargina U-300 
**análagos de NPH 
30 a 90 min. 
Sem 
pico 
36 a 42h 
> 1 ano 
Flexíveis 
** Icodeca (uso semanal – em 
estudo_ 
2h 
Sem 
pico 
Até 36h > 18 anos 
 
- Insulinas pré-misturadas (bom para quem não consegue fazer contas) 
 
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO 
** Em 1ml de insulina tem 100 UI (frasco p/ caneta tem 3ml e 
frasco p/ seringa tem 10ml) 
→ Subcutâneo (seringas ou canetas) 
- Canetas com meia unidade (bom para criança): Lispro e Asparte 
 - Endovenoso: Regular, Lispro, Asparte, Glulisina 
- Bombas: análogos de ação rápida e ultrarápida – insulina são armazenadas num reservatório e infundidas 
através de um cateter conectado a um microcatéter no subcutâneo (o que fica na pele troca de 3 em 3 dias). 
Programa a infusão contínua de insulina, ex.: 1 infusão X unidades por hora (é o basal). Obs.: toda vez que a 
pessoa vai alimentar ela faz o bolus (não é tudo automático). 
• Se a glicose estiver caindo, o sensor reconhece e interrompe infusão de insulina. 
• Indicações: 
o hipoglicemias frequentes; 
o fenômeno do alvorecer (glicose sobe a noite, quando o paciente ainda está dormindo); 
o gestantes (não tem comprovação de que a bomba é superior a caneta/seringa); 
o gastroparesia (alimento fica muito tempo no estomago); 
o crianças; 
o estilo de vida “sem rotina”. 
• Monitorização contínua melhora desfecho com MDI ou bombas. 
 
 
 
3 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D 
→ Insulina inalável (IT ®) 
- Só tem pastilhas de 4UI, 8UI ou 12UI. 
- O tempo atá concentração sérica máxima de insulina varia entre 10-20 minutos 
após inalação oral de 4-48 unidades de IT – começa a agir em 10 minutos, com 
pico de ação em 15 minutos, e um efeito que dura de 2 a 3 horas. 
 
INSULINOTERAPIA INTENSIVA 
→ Basal/ Bolus 
- Situações que aumentam necessidade de insulina: puberdade, final da gestação, doenças 
intercorrentes (queimadura, infecções, qualquer situação de estresse p/ corpo), alguns medicamentos, 
estresse, hipertireoidismo, Cushing. 
- Situações que reduzem necessidade de insulina: DRC, má absorção, intestinal, hipotireoidismo, 
insuficiência adrenal e “lua de mel” – logo depois do diagnóstico quando começa a tratar diminui a 
necessidade de insulina (célula beta retoma um pouco sua capacidade de produção). 
- Dose diária total: começa com 0,5 UI/kg (0,4 a 1UI/kg/dia) 
• Ex.: pessoa de 80kg: 40 UI por dia (50% basal/ 50% bolus) – 20UI basal e 20UI distribuídas 
entre refeições. 
→ Bolus fixo X variável 
Paciente portador de DM1 
- Dia 1: glicemia pré-almoço 100mg/dL → aplicou 4UI → almoço padrão → glicemia 2h depois 
140mg/dL. 
• Espera-se que a glicose suba 40-60 mg/dL, então deu certo. 
• Bolus refeição para ele fica definido como 4UI 
- Dia 2: glicemia pré almoço 200 mg/dL → aplicou 4UI → almoço padrão → glicemia 2h depois 
240mg/dL. 
• Aqui vai precisar do bolus de refeição + bolus de correção 
• Nesse caso monta aquelas tabelas 
o todo dia antes do almoço aplica 4UI se glicose entre 90-130 
o se glicose entre 130-180 aplica mais 2UI (fica 6UI no total) 
o vai aumentando de acordo com a glicemia pré-almoço e tals. 
- Dia 3: glicemia pré almoço 100 mg/dL→ aplicou 4UI → almoço salada e carne → glicemia 2h 
depois sobe menos que 40mg/dL. 
• Nesse dia ajusta bolus alimentação (< 4UI) 
- Dia 4: glicemia pré almoço 200 mg/dL→ aplicou 4UI → almoço macarronada → glicemia 2h 
depois300mg/dL. 
• Nesse dia ajusta bolus de alimentação e bolus de corração (os dois mais de 4UI). 
- Conclusão: bolus pré refeição: bolus alimentação + bolus de correção de acordo com a glicemia 
(pode ser negativo, quando a glicose está baixa antes da refeição aí usa menor que o bolus alimente.) 
→ Bolus 
Calculado conforme glicemia e contagem de carboidrato 
- Correção: 
 
 
 
 
glicemia medida – glicemia alvo (100) 
 fator sensibilidade (quanto 1UI de insulina abaixa na glicemia) 
1800 ÷ dose diária total de insulina 
Ex.: se dá 50, 
significa que 1UI de 
insulina faz cair 
50mg/dL da glicemia 
Pode ser diferente no café da manhã, almoço e jantar, ou seja, variável de acordo com a alimentação. 
 
4 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D 
- Alimentação: proporção entre carboidrato e insulina → quantidade de carbo (g), metabolizado por 
1UI de insulina. 
• 400 ÷ dose diária total de insulina (ex.: 400 por 40UI dá 10, para cada 10g de carbo coloca 
1 UI de insulina – aí faz regra de três, etc) 
• Em geral a proporção fica entre 8 e 12 
• Proteínas e gorduras em grandes quantidades podem levar a picos tardios de hiperglicemia 
(bolus estendidos, se bomba). 
- Bolus fixo: tem que fazer refeição fixa (tabelas para ajuste conforme glicemias) 
→ Ajustes: monitorização glicêmica 
 Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 
G. Jejum 100 200 100 
G. Pós café da manha 150 150 150 
G. Antes do almoço 100 100 100 
G. Pós almoço 140 140 240 
G. Antes do jantar 300 150 120 
G. Pós jantar350 160 160 
G. Ao deitar 300 150 150 
- Exemplo 1 
• Dose basal é analisando comparando quanto cai entre glicose antes de deitar e glicose de 
jejum (deve cair em torno de 60) – tem que ajustar a dose basal, porque caiu 200. Se o 
paciente vai deitar com uma glicemia de 180 e usa esse mesmo bolus ele vai ter hipoglicemia. 
• Para olhar dose de refeição é bom pegar um valor de quando a glicose estava boa antes de 
alimentar e comparar o tanto que ela subiu após comer. Do exemplo 1 está ok. 
• Para olhar dose de correção pega um valor que estava alto antes de comer para saber se 
corrigiu depois. Aqui está inadequado porque antes do jantar estava 300 e depois subiu para 
350, e com o bolus de correção não deveria subir esse tanto, porque ela já estava alta. 
- Exemplo 2 
• Dose basal não está boa, porque a glicose subiu durante a madrugada. Tem que aumentar a 
dose. 
• Dosse de correção e de refeição estão ok. 
- Exemplo 3 
• Basal está ok. 
• Bolus de refeição não está bom 
• Bolus de correção não tem como avaliar, porque não tem o valor de um dia que estava alto 
para saber se funcionou. 
** tomar cuidado com dose basal! É possível cobrir pico pós refeição com a basal ajustada, mas vai 
dar hipoglicemia a noite. 
** bolus lanches: usa quando o pós almoço está bom e o antes do jantar está alto, pode ser por 
causa do lanche da tarde. Se aplica 2 UI já resolve o problema 
** lembrar que sempre pode ter erro de cálculo. 
INSULINOTERAPIA PARA DM2 
- Paciente tem resistência insulina, mas produz um pouco. Vai começar com 0,2 UI/kg de dose diária. 
- Não é o tipo tratamento que define a gravidade 
• Não protelar 
• Evitar a inércia terapêutica 
• Saber prescrever 
 
5 INSULINOTERAPIA Nicoly Guimarães 71D 
• Nunca usar insulinoterapia como ameaça! 
→ Indicações 
• Falência de células beta: polis, catabolismo, emagrecimento 
o Vai ter também glicohemoglobina alta, hiperglicemia mais altas, poliúria, polidpsia, etc 
• Intercorrências clínicas com descompensações agudas 
• Internações 
• Cirurgias: normalmente usa temporariamente, por uma descompensação pontual. 
• Gestação 
• Insuficiência renal/ hepática 
• Ao diagnóstico se sintomático, glicemia jejum> 300 e/ou A1c > 10% e/ou cetonuria, 
cetonemia. 
- Só insulina basal 
• Associar tratamento não insulínico 
o Sulfoniuréia aumenta secreção de insulina, não sendo a melhor associação 
• Paciente tem secreção residual de insulina 
• Dose inicial: 0,1 a 0,2 UI/kg/dia 
• Titulação de 3 em 3 dias 
o Para ajustar a dose olha glicemia ao deitar e jejum. 
• Cuidado se dose diária > 0,5 UI/kg – as vezes está precisando de bolus. 
• Cuidado com excesso de basal 
• Vantagens análagos: menos hipoglicemias, menor ganho de peso. 
o Mesmo com a insulina basal ok, com glicemia de jejum boa, a hemoglicada está alta 
pelos picos pós prandiais (e considerando o paciente obeso) → uma combinação boa é 
insulina + agonista GLP1 
o Apresentações: Degludeca + Liraglutida (Xultphy) e Glargina U100 + Lixisenatida 
(Soliqua) 
▪ Em relação a NPH a associão de insulina basal com análogos de insulina 
promove menos hipoglicemia e menor ganho de peso. 
→ Efeitos adversos 
• Hipoglicemia: dose errada, hora de aplicação errada. 
• Ganho de peso 
• Reações alérgicas 
• Lipodistrofias: por aplicação no mesmo lugar 
- Educação em DM: orientar paciente.

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