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Nome: Beatriz Martins Moraes Disciplina: Imunologia Curso: Medicina Veterinária IMUNIDADE INATA E SISTEMA COMPLEMENTO A imunidade inata é responsável pela proteção inicial. É inespecífica, ou seja, sua mobilização acontece da mesma maneira em diferentes agentes infecciosos, ataca todos os patógenos de forma igual. Não há memória imunológica mesmo com a sucessão de infecções, e produz uma resposta mais rápida. A imunidade inata já nasce com o indivíduo mesmo em condições saudáveis ou não, por isso também é chamada de natural ou nativa. O organismo dispõe de barreiras físicas e químicas, que é a primeira linha de defesa do organismo. Ela impede que os patógenos entrem através das barreiras mecânicas (muco, tosse, vômito), microbiológicas (pele, flora bacteriana natural da boca) e químicas (lágrima, suco gástrico). Se mesmo com todas essas barreiras o patógeno conseguir passar, vai ter a ativação da resposta imune inata, onde as células fagocitárias vão ser ativadas para destruir o patógeno. Na imunidade inata não há ação de linfócitos. As células que agem na imunidade inata são as células NK (natural killer) que vão matar o antígeno, as células infectadas e tumorais além de matar também uma célula que foi muito lesionada após a infecção. Os macrofágos também têm papel importante, visto que além de reconhecer o antígeno e matar, também são células apresentadoras de antígeno, que se caso não conseguir matar, apresenta ao antígeno aos linfócitos que vão assumir a função. As células dendríticas apresenta o patógeno para o linfócito. Já os neutrófilos vão fazer fagocitose e lliberar os seus grânulos para agir contra os agentes infecciosos. A fagocitose acontece a partir do macrofágo que vai reconhecer o antígeno e vai lançar pseudopodes, para abraçar o antígeno e forma uma vesícula que vai ser jogada dentro da célula. Dentro do citoplasma, vai ter outra vesícula chamada de lisossomo com ação micromicida, tendo uma fusão do fagossomo com o lisossomo, formando o fagorisossomo, onde as enzimas vão agir para matar os microrganismos. As etapas então são: 1. a mobilização das células pro local onde o antígeno está; 2. após ser reconhecido, vai ser ingerido; 3. forma o fagossomo; 4. fusão do lisossomo com o fagossomo; 5. digestão do patógeno; 6. formação do curpúsculo residual; 7. descarte dos resíduos. Os neutrófilos e macrófagos liberam as substâncias quimioterapicas, que vão atrair mais células para o local da reação. Citocinas: agem como mediadores das reações imunes. Os macrofágos são a principal fonte de citocinas. Estimulam células que possuem receptores para ligação (neutrófilos e monócitos), aumentam a permeabilidade dos capilares sanguíneos e estimulam leucócitos a passarem pelas paredes dos vasos. Quimiocionas: atraem células para o local em que vai ocorrer a quimiotaxia. Diapedese: se refere à migração da célula de dentro do vaso sanguíneo para os tecidos onde houve uma recrutação por algum dano, feita através dos leucócitos. Como o organismo sabe que está sendo atacado? Através dos PAMPs (padrões moleculares associados aos patógenos) fazem o reconhecimento dos patógenos, sendo o principal fator de reconhecimento do sistema imune. Possuem o PRRs (receptores de reconhecimento de padrões) que também é um receptor que consegue reconhecer o PAMP, a célula consegue reconhecer o PAMP através do PRR. A resposta imune também é essencial na inflamação, com objetivo de eliminar e causar o reparo. Existem 5 sinais que podem indicar inflamação: calor e rubor (com a vasodilatação, há o aumento da permeabilidade vascular), quando acontece a diapedese, sai líquido também que causa o edema, com pressão de terminações nervosas liberadas causam dor, e as células chegando em grande quantidade causam granulomas que reparam o tecido, só que por ser exacerbada pode causar necrose, trazendo perda de função. Sistema Complemento: atua na resposta adquirida e inata. É uma alternativa do sistema imune para tentar combater uma infecção. É um conjunto de proteínas que vão sendo ativadas em cascata. Ele complementa a ação do antígeno e das células da resposta inata e adquirida, ou seja, complementa a resposta imune. Suas funções envolvem diapese, fagocitose, liberação de histamina dos mastócitos e basófilos, opsonização. Tem três vias que ativam o Sistema Complemento. Na resposta inata, são usadas as vias lectinas e alternativas, e na resposta adquirida é ativada a via clássica. São elas: a) via clássica: o estopim para ser disparada é a ligação do antígeno com o anticorpo, na resposta adquirida, quando já teve o primeiro contato com o agente. A presença da proteína C-reativa também pode ativar a via clássica. A primeira proteína a ser ativada é a C1, em diante as outras vão ser ativadas junto com enzimas que fazem conversão, tudo isso com o objetivo final (em comum em todas as vias) é a formação do MAC (Complexo de Ataque à Membrana) que faz um desbalance osmótico que se liga diretamente à morte do antígeno. b) via lectina: acontece na resposta inata. É usada a C1q (ligadora de manose), que sua presença vai ativar a cascata, até ter a formação do MAC (a presença de açúcar ativa) c) via alternativa: não precisa do anticorpo para ativar a via, só a presença do antígeno já ativa a via por si só. A presença da proteína C3 dispara a cascata, que vai ser quebrada em diversos polímeros, e vai ativando as proteínas em diante. Forma o MAC, que vai drenar substâncias, causando também desiquilíbrio osmótico. Acontece na resposta inata. obs: as três vias convergem pelo mesmo objetivo, formar o MAC. Deficiências do Sistema Complemento: causa déficit para todos os componentes do sistema; é mais provável de ter infecções. - C3: diminui o reconhecimento do agente, vai fagocitar menos; sepse, pneumonia, piometra, infecções e feridas. - fator H: excesso de C3 causando lesões nos rins já que se deposita no rim, que pode até levar à óbito.
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