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Imunidade Inata (Componentes)

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Milena Barbosa – Medicina IX Julho (Turma VI - SBC) 
 
Mecanismo de Agressão e Defesa I 
 
29/09/2021 
Imunidade Inata (Componentes) 
Sistema imunológico: é formado por um conjunto 
de moléculas, células, tecidos e órgãos. 
Antígeno: qualquer coisa que estimula o Sistema 
Imune. 
Funções do sistema imune: 
O sistema imunológico tem que distinguir o antígeno 
próprio do não próprio/ perigoso do não perigoso; 
Eliminar antígenos potencialmente danosos; 
Reparos teciduais: via inflamação 
A resposta imune inata em questão de horas está 
pronta para eliminar o antígeno, porém sozinha ela 
não consegue eliminar completamente o antígeno, 
sendo necessário também a resposta imune 
adaptativa. 
 
Diferença entra a resposta imune inata e adaptativa 
 
Inata 
• É a primeira linha de defesa; 
• Não é específica ao antígeno; 
• Não requer contato prévio com agente infeccioso; 
• Não gera memória imunológica; 
• Resposta homogênea (sempre igual); 
(E é imprescindível para a resposta imune 
adaptativa). 
Adaptativa 
• Obtida durante a vida; 
• Altamente específica e requer contato prévio com 
um agente infeccioso para ser iniciada; 
• Confere memória protetora contra o mesmo 
agente; 
• Resposta heterogênea (uma vez ativada o linfócito 
B vai produzir um anticorpo específico para aquele 
antígeno, já o linfócito T vai produzir um padrão 
específico para aquele antígeno). 
 
A célula dendrítica (que faz parte da resposta imune 
inata) é o link entre a resposta imune inata e 
adaptativa, pois ela ativa o Linfócito T (virgem), 
fazendo ele se diferenciar em um padrão para 
combater o antígeno. Entretanto, vale ressaltar que 
os macrófagos também podem realizar essa função. 
 
 
 
Componentes do Sistema Imune Inato 
Barreiras físicas/mecânicas: mucosas, pele e 
movimento do muco; 
Barreiras químicas: acidez do estômago, moléculas 
solúveis, antimicrobianas (ex: lágrima, inibe o 
crescimento de bactérias) e enzimas; 
Microbiota: é um conjunto de bactérias e fungos 
que não causam doença, ao estar no local adequado, 
auxiliando no funcionamento daquela região e 
inibindo o crescimento de bactérias patogênicas.; 
Células: células que detectam os produtos 
microbianos e estimulam o contra-ataque; 
Proteínas-mediadores solúveis (proteínas que 
conseguem ser transportadas através da corrente 
sanguínea): complemento, citosina e proteínas de 
fase aguda. 
 
Tipos Celulares na resposta imune inata 
 
 
Neutrófilo: encontrado no sangue e faz fagocitose; 
Basófilo: encontrado no sangue e é responsável pela 
liberação de Histamina (que é um dos seus grânulos, 
ela é liberada na sua degranulação). Diz respeito a 
um distúrbio do sistema imunológico, muito associado 
a alergia (um processo inflamatório exagerado), 
havendo uma liberação muito grande de histamina; 
Eosinófilo: encontrado no sangue, tem grânulos 
repletos de substâncias, que durante sua 
degranulação libera essas substâncias, sendo elas 
importantes contra os helmintos; 
Célula NK: são encontradas no sangue e destroem 
células infectadas por vírus; 
Macrófago*: esta presente nos tecidos e faz 
fagocitose (também é um APC – célula 
apresentadora). Macrófago ---> libera Histamina que 
é uma substância vasodilatadora, que é um evento 
muito importante para o processo inflamatório, o 
que ajuda no processo de eliminação de bactérias, 
fungos e protozoários (pois recruta os neutrófilos do 
sangue para o tecido atingido); 
Mastócito: encontrado nos tecidos e libera histamina 
(que é os seus grânulos) o que levará a uma 
vasodilatação; 
Célula dendrítica**: presente nos tecidos e é a 
apresentadora de antígenos (ela fagocita o antígeno, 
processa e apresenta para o linfócito T). 
Células importantes na resposta imune contra 
bactérias, fungos e protozoários: Macrófago e 
Neutrófilo; 
Células importantes na resposta imune contra vírus: 
Células NK 
Células importantes na resposta imune contra 
vermes: Eosinófilo 
 
Como as células do sistema imune inato sabe 
identificar um patógeno? 
• Os componentes da imunidade inata reconhecem 
estruturas que são características de 
microrganismos, que não estão presentes nas 
células dos mamíferos. As substâncias microbianas 
que estimulam a imunidade inata são denominadas 
Padrões Moleculares Associadas a Patógenos 
(PAMPs). 
 
Padrões Moleculares Associadas a Patógenos (PAMPs) 
• São produzidos somente por patógenos e não 
pelo hospedeiro (exemplo parede celular da 
bactéria), invariáveis entre microrganismos de uma 
mesma classe, são essenciais para a sobrevivência 
do patógeno. Exemplos: LPS, ácido lipoteicóico, 
flagelina e b-glicose. 
• A identificação de PAMPs e DAMPs é via 
receptor-ligante. Esses receptores são chamados de 
Receptores de Reconhecimento de Padrão – PPRs. 
 
Padrões Moleculares Associados a Danos (DAMPs) 
• As células do sistema imune reconhecem 
moléculas que são liberadas por células que foram 
danificadas ou mortas (exemplo lise); 
• Os receptores ao entrarem em conta com esses 
DAMPs, avisam a célula do sistema imune inato, que 
vão gerar um sistema inflamatório para reparar o 
tecido lesionado. 
 
Receptores de Reconhecimento de Padrões (PRR) 
• Presentes em células da imunidade inata, que 
atuam na opsonização, ativam o sistema 
complemento, induzem a resposta inflamatória, 
apoptose e fagocitose; 
• É mandado uma mensagem para dentro da célula 
para ela exercer sua função. 
 
Citocinas 
• São mediadores solúveis do sistema imune; 
• São produzidas por praticamente todas as células 
imunes; 
• Influenciam na proliferação, diferenciação, ativação, 
migração e resposta celular; 
• Existem duas classes de citocinas: Pró inflamatórias 
(induzem a inflamação) e Anti-inflamatória (“inibem” a 
inflamação); 
COVID-19 e a tempestade de citocinas: como o 
Corona Vírus é um vírus seria esperado que a célula 
NK agisse, porém o Corona vírus consegue com 
que as células imunes produzam inúmeras citosinas 
pró-inflamatórios, ocorrendo uma grande inflamação 
pulmonar havendo um comprometimento do tecido, 
fazendo com que haja um prejuízo na hematose, ou 
seja, a tempestade de citosinas é uma alta liberação 
de citosinas induzidas pelos vírus. 
Ex. de citosinas: Interleucinas (IL); Fatore de necrose 
tumoral (TNF), intérferons (IFN) 
 
Sistema Complemento 
• O sistema complemento, complementa a atividade 
do sistema imune inato, aumenta o processo 
inflamatório, facilita a fagocitose. Sendo composto 
por 20 proteínas plasmáticas, sendo elas produzidas 
pelo fígado e são numeradas de C1 até C9; 
• Elas podem ser ativadas de 3 maneiras: Via 
Clássica, Alternativa e Lectina; 
Via alternativa: reconhecimento diretos dos PAMPs 
Lectina: reconhece os carboidratos da superfície dos 
microrganismos 
Clássica: reconhecem anticorpos que estão ligados a 
antígenos 
• Essas três vias resultaram na formação de uma 
enzima chamada C3 convertase. Essa C3 convertase 
quebra o fragmento C3 que está na corrente 
sanguínea, quando o C3 é quebrado ele libera 2 
fragmentos: C3A e C3B; 
• O C3A aumenta a liberação de Histamina, ajudando 
a resposta imune inata no processo inflamatório. Já o 
fragmento C3B se fixa na parede celular da bactéria 
e deixa ela evidente (como se eu tivesse colocado 
luzes de Natal na bactéria), ou seja, ajuda a 
fagocitose via opsonização, pois faz com que 
fagócitos vejam aquele antígeno seja visto mais 
facilmente, porém além de marcar a bactéria outra 
parte do fragmento C3 também pode se juntar a 
outras proteínas do complemento, que estão na 
corrente sanguínea, formando uma enzima 
denominada como C5 convertase; 
• A C5 convertase quebra a proteína C5 do 
complemento, que também formará dois 
fragmentos: C5A e C5B, sendo que a C5A tem a 
mesma função que a C3A. Já o C5B se liga a outras 
proteínas do complemento que estão no sangue 
(C6, C7, C8 e C9) e todos eles juntos formaram o 
que chamamos de MAC (complexo de ataque a 
membrana, atacam o microrganismogarantindo sua 
morte); 
• Funciona como uma cascata de ativação uma ativa 
a outra; 
• É composto por 20 proteínas plasmáticas, 
algumas das quais são numeradas de C1 até C9; 
• Produzidas no fígado e inativas no plasma em 
condições normais; 
• Quando ativadas, em resposta a um patógeno, se 
tornam proteolíticas e degradam outras proteínas do 
complemento gerando componentes ativos com 
várias funções efetoras; 
• Qualquer que seja a via envolvida nos passos 
iniciais da ativação do complemento, todas elas 
levam à formação de uma enzima ativa chamada C3 
convertase; 
• O passo crítico na ativação do complemento é a 
proteólise do terceiro componente C3. 
 
RESUMINDO 
A quebra de C3 pode ocorrer por uma de três vias: 
a via clássica, que é disparada pela fixação de C1 ao 
anticorpo (IgM ou IgG) que está combinado com o 
antígeno; a via alternativa, que pode ser disparada 
pelas moléculas da superfície microbiana (p. ex., 
endotoxina ou LPS), polissacarídeos complexos, 
veneno de cobra e outras substâncias, na ausência 
de anticorpo, e a via da lectina, na qual a lectina do 
plasma ligante de manose se liga a carboidratos nos 
micróbios e ativa diretamente o C1. 
Qualquer que seja a via envolvida nos passos iniciais 
da ativação do complemento, todas elas levam à 
formação de uma enzima ativa chamada C3 
convertase, que quebra o C3 em dois fragmentos 
funcionalmente distintos, o C3a e o C3b. O C3a é 
liberado e o C3b se torna covalentemente ligado à 
célula ou molécula onde o complemento está sendo 
ativado. Mais C3b se liga então aos fragmentos 
previamente gerados para formar a C5 convertase, 
que quebra o C5 para liberar o C5a e leva o C5b 
ligado à superfície celular. O C5b se liga aos últimos 
componentes (C6-C9), culminando na formação de 
complexo de ataque à membrana (MAC, composto 
por múltiplas moléculas de C9). 
As funções biológicas do sistema complemento se 
dividem em três categorias gerais: 
Inflamação: C3a, C5a e, em menor grau, C4a são 
produtos da quebra dos componentes 
correspondentes do complemento que estimulam a 
liberação de histamina dos mastócitos e, assim, 
aumentam a permeabilidade vascular e causam 
vasodilatação. Eles são chamados de anafilatoxinas 
porque têm efeitos similares àqueles dos mediadores 
dos mastócitos que estão envolvidos na reação 
chamada de anafilaxia. O C5a também é também é 
um potente agente quimiotático para neutrófilos, 
monócitos, eosinófilos e basófilos. Em adição, o C5a 
ativa a via da lipoxigenase do metabolismo do AA 
em neutrófilos e monócitos, causando mais liberação 
de mediadores inflamatórios. 
Fagocitose: C3b e o produto de sua quebra iC3b 
(C3b inativado), quando fixados à parede celular 
bacteriana, agem como opsoninas e promovem a 
fagocitose pelos neutrófilos e macrófagos, que têm 
receptores de superfície para os fragmentos do 
complemento. 
Lise celular: A deposição do MAC nas células torna 
estas células permeáveis à água e íons e resulta em 
morte (lise) das células.

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