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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL Aracaju 2022 CONCEITOS GERAIS CRESCIMENTO DESENVOLVIMENTO Moyers, 1979; Araújo, 1982; Proffit, 1993; Bishara, 2004. CRESCIMENTO ● Processo físico-químico característico da matéria viva. ● Crescimento não necessariamente implica em aumento de tamanho. ● Período extenso e responsável pelo grande impacto da influência ambiental sobre o sistema biológico em crescimento. ○ Os seres humanos apresentam crescimento prolongado, e passam 30% de toda a sua vida crescendo. Moyers, 1979; Araújo, 1982; Proffit, 1993; Bishara, 2004. DESENVOLVIMENTO ● Seqüência de acontecimentos biológicos que se procedem desde a fertilização da célula até a maturidade. ● Diferenciações que as células sofrem para se tornarem mais especializadas. ● Mudanças qualitativas que ocorrem com o amadurecimento ou com a idade PADRÕES DE CRESCIMENTO PROPORCIONALIDADE RITMO GRADIENTE PREVISIBILIDADE VARIABILIDADE PROPORCIONALIDADE ● Proporções entre as partes do corpo varia de acordo com a fase Proffit, 1993 Alterações nas proporções da cabeça e face durante o crescimento. RITMO ● Diferentes partes do corpo crescem em ritmos diferentes GRADIENTE ● Crescimento Cefalocaudal 2 m vida embrionária 12 anos4 m vida embrionária nascimento 2 anos 25 anos PREVISIBILIDADE ● Crescimento se processa de forma sequencial e previsível. VARIABILIDADE ● Crescimento é variável de indivíduo para indivíduo quanto à quantidade e tempo em que ocorre. Curva de crescimento de cinco pacientes do sexo feminino MATURAÇÃO ● Desenvolvimento do indivíduo da infância para a idade adulta ○ Mudanças estaturais; ○ Desenvolvimento das características sexuais. A determinação da época de maturação é de fundamental importância no tratamento ortodôntico, pois assegura que o mesmo seja realizado na fase ideal, com melhor aproveitamento do crescimento do paciente. ✓ Crescimento pós-natal ✓ Surto de crescimento da adolescência Proffit, 1993 Curvas da velocidade de crescimento na adolescência SURTO DE CRESCIMENTO Estudo do crescimento Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA http://encyklopedia.naukowy.pl/Antropometria https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ ESTUDO DO CRESCIMENTO DADOS DIRETOS • Obtidos dos pacientes DADOS INDIRETOS • Obtidos de reproduções dos pacientes ESTUDO DO CRESCIMENTO ● CRANIOMETRIA ○ Medidas craniofaciais obtidas de crânios secos. ● ANTROPOMETRIA ○ Medidas craniofaciais obtidas de indivíduos vivos para posterior comparação. Proffit, 1993. ESTUDO DO CRESCIMENTO ● CORANTES VITAIS ○ John Hunter (1771) ○ Alizarina – áreas de neoformação óssea ● EXPERIMENTO DE HUMPHRY G. (1866) Demonstrou a recolocação do ramo por reabsorção da superfície anterior e aposição na posterior. Proffit, 1993. ESTUDO DO CRESCIMENTO ● CEFALOMETRIA RADIOGRÁFICA (1930) ● IMPLANTES METÁLICOS ○ Marcas de referência durante análises cefalométricas seriadas Proffit, 1993. TEORIAS DE CONTROLE DO CRESCIMENTO ● TEORIA DE SICHER (DOMINÂNCIA SUTURAL) – 1947 ○ Suturas impulsionam o crescimento facial, com forte determinação genética sobre elas. SUTURA FRONTOMAXILAR SUTURA ZIGOMATICOTEMPORAL SUTURA ZIGOMATICOMAXILAR SUTURA PTERIGOPALATINA DOMINÂNCIA SUTURAL (SICHER) ● O crescimento craniano seria independente de outros órgãos e tecidos. Sutura Lambdóide Sutura Coronal Sutura Sagital TEORIAS DE CONTROLE DO CRESCIMENTO ● TEORIA DE SCOTT – 1953 ○ Os fatores principais de controle do crescimento craniofacial são encontrados somente na cartilagem e no periósteo. ○ As cartilagens devem ser reconhecidas como centros primários de crescimento. 6 anosFeto Cartilagem Adulto TEORIAS DE CONTROLE DO CRESCIMENTO ● TEORIA DE MOSS (MATRIZ FUNCIONAL) – 1962 ○ Moss sugere que o crescimento e o desenvolvimento craniofacial são totalmente secundários e inteiramente dependentes na forma e função da “matriz funcional”. ○ Matriz funcional - tecidos não esqueléticos e espaços funcionais da cabeça e pescoço que são essenciais para o desempenho de uma função específica. TEORIA DA MATRIZ FUNCIONAL ● A FUNÇÃO determina a FORMA. TEORIA DE VAN LIMBORG - 1970 ● O crescimento craniofacial está sujeito às influências intrínsecas e extrínsecas. ● Controle de influências genéticas e ambientais, combinadas ou não. Crescimento nas cartilagens primárias controlado pela genética. Crescimento no periósteo controlado por fatores extrínsecos. OSTEOGÊNESE E OSSIFICAÇÃO OSTEOGÊNESE E OSSIFICAÇÃO Mesênquima Formação Intramembranosa Formação Endocondral Osso Formação Óssea a partir dos osteoblastos Formação Óssea a partir de um precursor cartilaginoso FORMAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA Células mesenquimais indiferenciadas Osteoblastos Matriz intercelular CalcificaçãoTecido ósseo FORMAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA ● Os osteoblastos surgem de uma concentração de células mesenquimais indiferenciadas. ● O entrelaçamento dos osteoblastos na formação da matriz osteóide origina os osteócitos. Tecido conjuntivo em diferenciação Osteoblastos Osteócito FORMAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA Os tecidos ósseos produzidos pelo periósteo, endósteo e ligamento periodontal são de formação intramembranosa, sendo o tipo de crescimento predominante no crânio. O crescimento ósseo intramembranoso ocorre em áreas de tensão. As membranas (periósteo, suturas e periodonto) têm o seu próprio processo interno de deposição e remodelação. FORMAÇÃO ÓSSEA ENDOCONDRAL ● As células cartilaginosas se diferenciam a partir das células mesenquimatosas originais. ● Ocorre em áreas de pressão Modelo cartilaginoso Destruição Tecido Ósseo Departamento de Morfologia/Disciplina de Histologia e Embriologia-FOAr Cartilagem degenerativa Cartilagem madura Cartilagem proliferativa Espícula óssea F O R M A Ç Ã O E N D O C O N D R A L FORMAÇÃO ÓSSEA ENDOCONDRAL ● Ocorre em áreas submetidas à compressão: partes da base do crânio, articulações móveis. ● A cartilagem que geralmente sofre ossificação é a hialina. MECANISMOS DE CRESCIMENTO ● DESLIZAMENTO ● DESLOCAMENTO ● REMODELAÇÃO APOSIÇÃO X REABSORÇÃO ● Crescimento aposicional pela atividade do Periósteo e do Endósteo; ● Aposição ocorre na superfície da borda onde há a direção do crescimento; ● Na superfície oposta é visível a reabsorção. ● 50% do osso é produzido pelo periósteo e 50% pelo endósteo. DESLIZAMENTO osteoclasto multinucleado osteoblastos REABSORÇÃO ÓSSEA Departamento de Morfologia/Disciplina de Histologia e Embriologia-FOAr TEORIA DE ENLOW - 1965 ● Princípio do Crescimento em “V” REMODELAÇÃO ÓSSEA ● Zonas de aposição e reabsorção distribuídas entre as superfícies; ● Osso cresce em tamanho mantendo a forma. Enlow, 1993. DESLOCAMENTO ÓSSEO ● Trata-se do movimento de todo osso como uma unidade. Primário Secundário DESLOCAMENTO PRIMÁRIO ● MOVIMENTAÇÃO DO OSSO EM FUNÇÃO DO SEU PRÓPRIO CRESCIMENTO DESLOCAMENTO SECUNDÁRIO ● MOVIMENTO DO OSSO DEVIDO AO CRESCIMENTO DE OUTROS OSSOS FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO Fatores Genéticos Fatores Epigenéticos • Intrínsecos • Ambientais ● Grande importância no período pré-natal ● Determinação das mudanças de crescimento durante a vida do indivíduo, na ordem e época dos diferentes eventos da puberdade e na cronologia de erupção dos dentes. Fatores Genéticos ● Atuam sobre os fatores genéticos influenciando na manifestação dos genes. Fatores Epigenéticos • Gerais – hormônios • Locais – Matrizes funcionais Intrínsecos • Gerais – nutrição • Locais – hábitos, tratamento ortodôntico Ambientais Crescimento Regional Crânio Complexo nasomaxilar Mandíbula Crescimento do Crânio Calota craniana Base do crânio CALOTA CRANIANA - ANATOMIA ● FORMADA POR OSSOS ACHATADOS: ○ 1 FRONTAL ○ 2 PARIETAIS ○ 2 TEMPORAIS ○ 1 OCCIPITAL ● FUNÇÃO: PROTEÇÃO DO CÉREBROCALOTA CRANIANA – CRESCIMENTO PRÉ-NATAL 7ª a 8ª semana de VIU Centros primários de ossificação ● Dependem da presença do cérebro em desenvolvimento CALOTA CRANIANA – CRESCIMENTO PRÉ-NATAL ● Na VIU o crescimento da cabeça é mais acelerado ○ 2º mês de VIU – cabeça representa 50% do comprimento do feto ○ 4º mês de VIU – proporção da cabeça diminui ● Ao nascimento a cabeça representa 30% do comprimento total do bebê. Proffit, W.R.; Fields Jr., H.W. Ortodontia Contemporânea. 3ª ed. Guanabara Koogan, 2002. Feto de 2 meses Feto de 4 meses Nascimento 2 anos 12 anos 25 anos CALOTA CRANIANA – CRESCIMENTO PÓS-NATAL ● A calota craniana é uma das primeiras regiões do esqueleto facial a atingir seu tamanho total. ○ Ao nascimento, o comprimento total da cabeça é de 60 a 65% do seu tamanho final. ○ Por volta dos 5 anos de idade, já alcançou 90% do seu tamanho total. Disciplina de Anatomia, UNESP-FOAr CALOTA CRANIANA – FORMAÇÃO ÓSSEA ● Os ossos da calota craniana são formados diretamente por ossificação Intramembranosa, sem precursores cartilaginosos. Células Mesenquimais Indiferenciadas Tecido conjuntivo Osteoblastos Matriz osteóideTecido ósseo CALOTA CRANIANA – MECANISMOS DE CRESCIMENTO ● A calota craniana tem seu crescimento determinado pelo crescimento cerebral. Remodelação óssea Atividade sutural REMODELAÇÃO ÓSSEA ● Envolve simultaneamente aposição e reabsorção em todas as superfícies internas e externas do osso. A atividade de crescimento diferencial é necessária para a mudança do contorno ósseo. Enlow, D.H. Crescimento Facial. 3ª ed. Artes Médicas, 1993. ATIVIDADE SUTURAL ● Principal mecanismo de crescimento da calota craniana. ● Conforme há expansão do cérebro, há afastamento dos ossos e aposição nas bordas suturais. Enlow, D.H. Crescimento Facial. 3ª ed. Artes Médicas, 1993. ATIVIDADE SUTURAL ● No recém-nascido, os ossos da calota craniana encontram-se separados por tecido conjuntivo relativamente frouxo. ● Seis fontículos estão presentes entre os ossos desta estrutura. Fontículo Posterior Fontículo Anterior Fontículo Mastóideo Fontículo Esfenoidal FONTÍCULOS ● Os fontículos e as suturas conferem flexibilidade entre os ossos permitindo a expansão do cérebro e o nascimento do bebê. ● Aposição óssea ao longo das bordas dos fontículos, resultando no seu fechamento. SUTURAS 1. Sutura fronto-parietal (coronóide) – 24 anos 2. Sutura parieto-occipital (lambdóide)– 26 anos 3. Sutura inter-parietal (sagital)- 22 anos 4. Sutura parieto-temporal -35 a 39 anos 1 3 2 4 SUTURAS 5- Sutura metópica - 2 anos 5 BASE DO CRÂNIO - FUNÇÕES ● Funções: ○ Suporta e protege o cérebro e a coluna vertebral; ○ Zona amortecedora entre o cérebro, face e região faríngea. F. craniana anterior (lobos frontais dos hemisférios cerebrais) F. craniana média (glândula pituitária) F. craniana posterior (cerebelo, ponte e medula) Disciplina de Anatomia, UNESP-FOAr BASE DO CRÂNIO - ANATOMIA Frontal Esfenóide Temporal Occipital Etmóide Parietal Disciplina de Anatomia, UNESP-FOAr OSSOS BASE DO CRÂNIO ● Se origina do condrocrânio ● Ossificação inicia por volta da 8ª. Semana de VIU. Centros de cartilagem Sincrondroses da base do crânio MOYERS, R.E. Ortodontia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. PROFFIT, W.R.; FIELDS, H.W. Ortodontia contemporânea. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 ▪ 8ª semana V.I.U.: lâmina contínua de cartilagem que se estende da cápsula nasal até o forame magno. ▪ 12ª semana V.I.U.: centros de ossificação visíveis. CONDROCRÂNIO BASE DO CRÂNIO – CRESCIMENTO PRÉ-NATAL Tecido Mesenquimal Cartilagem Tecido ósseo BASE DO CRÂNIO – MECANISMOS Alongamento das sincrondroses Crescimento Sutural Remodelação Deslizamento cortical MOYERS, R.E. Ortodontia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. Proliferação na formação óssea ocorre dos dois lados da lâmina. MOYERS, R.E. Ortodontia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. A TI V ID A D E D A S S IN C O N D R O SE S Etmoide Esfenóide Occiptal FrontalSincondrose esfenocciptal Sincondrose inter-esfenoidal Sincondrose esfenoetmoidal PROFFIT, W.R.; FIELDS, H.W. Ortodontia contemporânea. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 A TI V ID A D E D A S S IN C O N D R O SE S ✓ Mais importante sítio de crescimento basilar; ✓ Permite o crescimento ântero-posterior da base; ✓ Permite o alongamento da porção média da base; ✓ *Fechamento ocorre por volta dos 12-15 anos de idade; SINCONDROSE ESFENOCCIPITAL S IN C O N D R O SE E S F E N O C C IP IT A L Sincondrose esfenoccipital PROFFIT, W.R.; FIELDS, H.W. Ortodontia contemporânea. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 ATIVIDADE DAS SUTURAS ✓ Desempenham importante papel no crescimento transversal do esqueleto crânio-facial, durante a vida fetal e ao nascimento; ✓ Reabsorção na superfície endocranial e aposição na superfície exocranial; ✓ Importante para a manutenção das relações anatômicas dos nervos e vasos presentes; REMODELAÇÃO ÓSSEA ENLOW, D.H.; POSTON, W.R.; BAKOR, S.F. Crescimento facial. 3 ed. São Paulo: Artes Médicas, 1993. ENLOW, D.H.; POSTON, W.R.; BAKOR, S.F. Crescimento facial. 3 ed. São Paulo: Artes Médicas, 1993. INFLUÊNCIA DA BASE DO CRÂNIO CRESCIMENTO DO COMPLEXO NASOMAXILAR COMPLEXO NASOMAXILAR - ANATOMIA Ossos Nasais Osso Lacrimal Maxila Zigomático Conchas nasais inferiores Osso Palatino Departamento de Ciências Biológicas – Disciplina de Anatomia / FOB-USP Laboratório de Mesoscopia Prof. Dr. João Adolfo Caldas Navarro Processo Frontal Processo palatino Espinha nasal anterior Tuberosidade da maxila Processo Alveolar Espinha nasal posterior Osso palatinoSeio Maxilar Atlas de anatomia humana digiital - SOBOTTA MAXILA COMPLEXO NASOMAXILAR – CRESCIMENTO PRÉ-NATAL ● 3ª. a 8ª. Semana de VIU ● É neste período que a face adquire aspecto humano 3 ª. e 4 ª. S e m a n a s 5 arcos branquiais Região facial média e inferior- dois primeiros arcos: Mandibular (1°) e hióideo (2°) 5 ª. S e m a n a Processos nasais medianos e os processos maxilares crescem um em direção ao outro. 6 ª. S e m a n a Fusão do lábio superior Proporções faciais mudadas devido ao aumento em dimensão lateral as fossas nasais 7 ª. S e m a n a Fusão dos processos maxilares 8 ª. S e m a n a Migração dos olhos para o plano médio sagital Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. São Paulo. 3 ª ed. 1993 Moyers, R. E. Ortodontia. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 4 ª ed. 1991. Formação e elevação dos processos palatinos Crescimento da língua Empurra cavidade nasal pra cima Processos palatinos se elevam Formação do palato primário Fusão dos processos palaltinos Formação do palato secundário Filtro do lábio superior Segmento pré-maxilar dos processos nasais mediais Palato primário Arco Superior (intumescência maxilar) Bochechas Septo nasal Cavidade bucal e nasal abertas Prateleiras palatinas Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. São Paulo. 3 ª ed. 1993 FORMAÇÃO E ELEVAÇÃO DOS PROCESSOS PALATINOS Prateleira palatina direita Prateleira palatina esquerda+ Palato Secundário Fusão do palato primário com as prateleiras palatinas secundárias Forame incisivo Rafe palatina (fusão da linha média) Cavidade nasal e bucal aberta Forame incisivo Rafe palatina Úvula Ínicio da fusão Fusão completa Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. São Paulo. 3 ª ed. 1993 A n o m a li a s C o n g ê n it a s I- Fissuras pré-forame incisivo Envolve o palato primário Almeida, R.R. et al. Etiologia das más oclusões- causas heriditárias, congênitas, adquiridas gerais, locais e proximais (hábitos bucais). Rev. Dental press Ortodon Ortop Facial, v.5 n.6 nov/dez 2000. II) Fissura Trans-forameincisivo Envolvem o lábio superior e o palato em toda sua extensão Almeida, R.R. et al. Etiologia das más oclusões- causas heriditárias, congênitas, adquiridas gerais, locais e proximais (hábitos bucais). Rev. Dental press Ortodon Ortop Facial, v.5 n.6 nov/dez 2000. A n o m a li a s C o n g ê n it a s III) Fissura Pós-forame incisivo Envolvimento limita-se a região posterior do forame incisivo Almeida, R.R. et al. Etiologia das más oclusões- causas heriditárias, congênitas, adquiridas gerais, locais e proximais (hábitos bucais). Rev. Dental press Ortodon Ortop Facial, v.5 n.6 nov/dez 2000. A n o m a li a s C o n g ê n it a s IV) Fissura raras da face Fissuras Oblíquas Fissuras Transversais Fissuras do lábio inferior Almeida, R.R. et al. Etiologia das más oclusões- causas heriditárias, congênitas, adquiridas gerais, locais e proximais (hábitos bucais). Rev. Dental press Ortodon Ortop Facial, v.5 n.6 nov/dez 2000. A n o m a li a s C o n g ê n it a s ● Até que ocorra formação óssea o Septo Nasal é o único suporte esquelético da face superior ● Lateral e Inferiormente à base do crânio aparecem os centros de ossificação, a medida que ocorre o desenvolvimento em largura da face. ● Centros de ossificação se desenvolvem e ao nascimento os ossos são separados uns dos outros por meio de suturas. Complexo Nasomaxilar – Fase fetal Diferentes processos embriológicos na formação da face Vellini, F.F. Ortodontia: Diagnóstico e Planejamento clínico. Ed. Artes médicas. São Paulo. 6ª ed. 2004 1. Processo nasal médio 2. Processo nasal lateral 3. Processo maxilar 4. Processo mandibular COMPLEXO NASOMAXILAR – FORMAÇÃO ÓSSEA Ossificação Intramembranosa Ossificação Endocondral • Vômer e Conchas nasais Remodelação óssea Proliferação sutural Proliferação cartilaginosa COMPLEXO NASOMAXILAR - PROCESSOS R E M O D E LA Ç Ã O ● Predominante na maxila ● Aposição X Reposição ● Principal sítio de crescimento: Tuberosidade Túber Processo Alveolar Espinha Nasal Anterior Seio Maxilar Sutura Frontomaxilar Cavidade orbital Cavidade Sinusal Processo Alveolar Palato – superfície bucal Cavidade nasal Vellini, F.F. Ortodontia: Diagnóstico e Planejamento clínico. Ed. Artes médicas. São Paulo. 6ª ed. 2004 REMODELAÇÃO Crescimento real da maxila e arco zigomático Resultante: deslizamento anterior Vellini, F.F. Ortodontia: Diagnóstico e Planejamento clínico. Ed. Artes médicas. São Paulo. 6ª ed. 2004 REMODELAÇÃO ✓O deslocamento primário produz o “espaço” no interior do qual o osso continua a crescer. ✓O processo de transporte físico no qual ocorre o aumento do próprio osso. Proliferação sutural Rakosi, T. et. Al. Ortodontia e Ortopedia Facial: Diagnóstico. Ed. Artmed. Porto Alegre. 1 ª ed. 1999. DESLOCAMENTO PRIMÁRIO ✓É o movimento de um osso devido ao crescimento de um osso adjacente ✓O deslocamento secundário do complexo naso maxilar é para frente e para baixo Rakosi, T. et. Al. Ortodontia e Ortopedia Facial: Diagnóstico. Ed. Artmed. Porto Alegre. 1 ª ed. 1999. DESLOCAMENTO SECUNDÁRIO P R O LI F E R A Ç Ã O S U TU R A L ● Complexo sutural CIRCUMAXILAR. ● Áreas de ajuste adaptativos e compensatórios ● Estímulos funcionais – abertura da sutura – formação óssea nas extremidades ● Bastante ativo Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. São Paulo. 3 ª ed. 1993 Sutura Frontomaxilar (ALTURA) Sutura Frontonasal (ALTURA) Sutura Frontozigomática (ALTURA) Sutura Temporo Zigomática (PROFUNDIDADE) Sutura Zigomático Maxilar (ALTURA E PROFUNDIDADE) Sutura lacrimo- maxilar Atlas de anatomia humana digiital - SOBOTTA Sutura Palatina transversa (PROFUNDIDADE) Sutura Palatina mediana (LARGURA) Departamento de Morfologia-Disciplina de Anatomia – FOAr/ UNESP P R O LI F E R A Ç Ã O C A R TI LA G IN O SA Não muito ativo na face média, sua atividade é predominantemente pré-natal Septo do nariz adultoSepto do nariz criança de 1 ano TU B E R O SI D A D E M A X IL A R Área de aposição: superfície da tuberosidade voltada para trás Deslocamento primário Importante na ortodontia para distalização dos segundos molares Maior local de crescimento maxilar Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. São Paulo. 3 ª ed. 1993 Departamento de Ciências Biológicas – Disciplina de Anatomia / FOB-USP Laboratório de Mesoscopia Prof. Dr. João Adolfo Caldas Navarro P A LA TO ● Príncipio de crescimento em “V” ● O arco aumenta em largura e fica amplo ● Sutura palatina mediana participa no alargamento do palato e arco maxilar ● Processo de remodelação ● Cresce em direção inferior por aposição óssea – superfície bucal e reabsorção na superfície oposta (cavidade nasal) Enlow, D. H. Crescimento facial. Ed. Artes Médicas. Porto Alegre. 3 ª ed. 1993 Rakosi, T. et. Al. Ortodontia e Ortopedia Facial: Diagnóstico. Ed. Artmed. Porto Alegre. 1 ª ed. 1999. CRESCIMENTO MANDIBULAR É formada por dois ossos geminados que articulam-se entre si na sínfise e nas extremidades caudais com os ossos temporais, através do processo condilar. A mandíbula é o único osso móvel da face Côndilo Processo coronóide Ângulo Corpo Sínfise Sínfise Departamento de Anatomia - UNESP Ramo Tuberosidade lingual Vista superior Vista supero- lateral UNESP O primeiro arco branquial dará origem a mandíbula e aos músculos da mastigação. Enlow , 1993 Departamento de Histologia - UNESP Pré-natal Departamento de Histologia - UNESP Com a fusão dos processos mandibulares surge o lábio MANDÍBULA – CRESCIMENTO PRÉ-NATAL ● Origem Intramembranosa ○ Se desenvolve lateralmente à cartilagem de Meckel do 1º. Arco Braquial ○ Cartilagem de Meckel dará origem a dois dos ossículos do ouvido (bigorna e martelo) ● Côndilo cartilaginoso se desenvolve a partir de uma cartilagem secundária que aparece mais tarde CRESCIMENTO MANDIBULAR – PÓS NATAL ● Ao nascimento o meato externo encontra-se em porção mais baixa. ● O componente temporal da ATM é achatado e raso. ● Por volta dos 4 anos a ATM alcança característcas adulta Departamento de Anatomia - UNESP ● Aumento da projeção mandibular: ○ Aleitamento ○ Erupção dos dentes ■ Decíduos – primeiras ações mastigatórias ■ 1os molares permanentes Tecido conjuntivo fibroso Zona de proliferação Cartilagem hialina Ossificação endocondral UNESP Rakosi,T e Jonas,I. Atlas de ortopedia maxilar: diagnóstico(1992) C Ô N D IL O M A N D IB U LA R Ossificação Endocondral UNESP Departamento de Histologia - UNESP Zona de cartilagem seriada ou de multiplicação Zona de cartilagem hipertrófica Zona de cartilagem calcificada Zona de ossificação Céls. Cilindricas Endocondral Rakosi,T e Jonas,I. Atlas de ortopedia maxilar: diagnóstico(1992) Pós-natal Sobotta. Atlas de anatomia humana,2000. Pós-natal UNESP No recém nascido a face representa 1/8 da cabeça No adulto a face representa ½ Sínfise Mentoniana Rakosi,T e Jonas,I. Atlas de ortopedia maxilar: diagnóstico(1992) Pós-natal UNESP Departamento de Anatomia - UNESP UNESP Existe uma fina linha de cartilagem e tecido conjuntivo na linha média da sínfise separando o corpo mandibular direito e esquerdo (união por volta dos 4-12 meses de idade). Nascimento Mecanismo de crescimento Deslizamento Deslocamento DESLOCAMENTO PRIMÁRIO A mandíbula é deslocada da sua articulação, pelo crescimento normal dos tecidos moles da face. O côndilo e o ramo crescem pra cima e para trás, em direção ao “espaço” criado pelo processo de deslocamento. Enlow,1993UNESP Departamento de Anatomia - UNESP Deslocamento para baixo e para frente Crescimento para cima e para trás D E S LO C A M E N TO P R IM Á R IO DESLOCAMENTO SECUNDÁRIO É o movimento de todo o osso causado pelo crescimento separado de outros ossos, que podem estar próximos ou distante dele. Enlow,1993UNESP UNESP Rakosi,T e Jonas,I. Atlas de ortopediamaxilar: diagnóstico(1992) Enlow (1993) D E S LO C A M E N TO S E C U N D Á R IO DESLIZAMENTO É o movimento resultante do crescimento por remodelação (aposição de osso novo no lado da lâmina cortical e reabsorção no lado oposto) em direção à superfície de aposição. UNESP Vellini , 2002 Reabsorção Aposição A presença de reabsorção na borda anterior do ramo da mandíbula abre espaço para o terceiro molar Enlow , 1993 UNESP Rakosi,T e Jonas,I. Atlas de ortopedia maxilar: diagnóstico(1992) UNESP Teoria do Crescimento em “V” Departamento de Anatomia - UNESP Ocorre remodelação, ou seja aposição (+) do lado interno do osso e reabsorção (-) do lado externo. O movimento é em direção ao lado maior do “V”. Ocorre simultaneamente movimento de crescimento e aumento. Moyers,1991 UNESP TEORIA DO CRESCIMENTO EM V + + + + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - Departamento de Anatomia - UNESP A tuberosidade lingual têm a mesma velocidade e quantidade de crescimento, que a da maxila. UNESP Enlow(1993) Departamento de Anatomia - UNESP + + R E M O D E LA Ç Ã O CRESCIMENTO CONDILAR ● Qualquer mudança no crescimento da mandíbula sempre envolve crescimento condilar. ● O côndilo aumenta harmonicamente com o disco e a fossa glenóide conforme o tubérculo sofre desenvolvimento na região temporal. Enlow, D.H. Crescimento Facial. 3ª ed. Artes Médicas, 1993. UNESP + + + + + aposição - reabsorção - - - - + + + + -- - + + + + - - - - - - -- + + + + + + + - - -+ + + + - -- - + + + - - - -- - - - - + + + + + -- - - + + + -- - - -- ++ + ÁREAS DE APOSIÇÃO E REABSORÇÃO - Baume 1961: Sítio de crescimento é uma área não autônoma em termos de crescimento, mas adaptativa e secundária, sendo dependentes de um estímulo primário. alvéolo corpo mandibular tuberosidade lingual ramo ascendente região mentoniana apófise coronóide Departamento de Anatomia –UNESP - Foar UNESP S ÍT IO S D E C R E SC IM E N TO - Baume 1961: Os centros de crescimento seriam áreas autônomas, com informações codificadas no núcleo de suas células para crescerem num determinado momento coordenadas pelo sistema neuroendócrino. Côndilo ? Departamento de Anatomia –UNESP - Foar UNESP C E N TR O S D E C R E SC IM E N TO ● SKIELLER e BJORK – 1984: O crescimento condilar proporciona um aumento no comprimento mandibular e a direção do crescimento do côndilo é extremamente variável e dificíl de ser prevista. Papel do Côndilo: vwww.homemvirtual .com AJODO, 359-370, nov 1984. UNESP Enlow: A cartilagem do côndilo não é mais considerada como tendo a capacidade de controlar e regular o crescimento mandibular e já não existe mais a idéia de que as células desta cartilagem contém um código genético que determina a quantidade, direção e época de crescimento. Na verdade, a cartilagem do côndilo possui uma capacidade de ajuste de crescimento compensatório, fazendo com que a mandíbula se adapte à base do crânio e complexo maxilar. Papel do Côndilo: Enlow, D.H. Crescimento Facial. 3ª ed. Artes Médicas, 1993. UNESP ● Articulação na sínfise mentoniana ● Corpo mandibular Crescimento em Largura: - - - ---- - + + + + + + UNESP Departamento de Anatomia –UNESP - Foar ● Tuberosidade lingual ● Ramo ascendente ● Côndilo Crescimento Antero-posterior: reabsorção aposição erupção UNESPDepartamento de Anatomia –UNESP - Foar ● Alvéolo ● Ramo ascedente ● Côndilo Crescimento Vertical: Departamento de Anatomia –UNESP - Foar UNESP REFERÊNCIAS ● Vellini - Diagnóstico e Planejamento clínico. ● Enlow – Crescimento Facial ● PROFFIT, W.R.; FIELDS, H.W. Ortodontia contemporânea ● Moyers – Ortodontia.
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