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23/10/2020
1
CULTURA DO FEIJÃO
Responsável: Prof. Dr. Rogério Peres Soratto
Departamento de Produção Vegetal
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARAÚJO, R.S., RAVA, C.A., STONE, L.F., ZIMMERMANN, M.J. de O. (Coord.) Cultura do feijoeiro 
comum no Brasil. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. 1996, 
786p.
ARF, O.; LEMOS, L.B.; SORATTO, R.P.; FERRARI, S. (Ed. técnicos). Aspectos gerais da cultura do 
feijão (Phaseolus vulgaris L.). Botucatu: FEPAF, 2015. 433p.
CARNEIRO, J.E.; PAULA JÚNIOR, T.; BORÉM, A. (Ed.) Feijão do plantio à colheita. Viçosa: Editora 
UFV, 2014. 384p.
DOURADO-NETO, D.; FANCELLI, A.L. Produção de feijão. Guaíba: Agropecuária, 2000. 385p.
FANCELLI, A.L.; DOURADO NETO, D. (Org.). Feijão Irrigado: Tecnologia e Produção. Piracicaba/SP: 
Universidade de São Paulo, 2005. 174 p.
FREIRE FILHO, F. R.; LIMA, J. A. A.; SILVA, P. H. S.; RIBEIRO, V. Q. (Ed.). Feijão-caupi: Avanços 
tecnológicos. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2001. 519p.
KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. (Ed.) Fundamentos para uma agricultura sustentável, 
com ênfase na cultura do feijão. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2009. 452p.
SATORATO, A., RAVA, C.A. (Ed.) Principais doenças do feijoeiro comum e seu controle. Brasília: 
EMBRAPA, 1994. 300p.
VIEIRA, C., PAULA JUNIOR, T.J. de, BORÉN, A. (Ed.). Feijão. 2ª ed. Atual. Viçosa: UFV, 2006, 600p.
Inovações tecnológicas para a produção de feijão. Informe Agropecuário. V. 38, n.298, 2017.
23/10/2020
2
Vigna unguiculata
Caupi
Feijão-caupi
Feijão de corda
Macassar
Feijão fradinho
Cowpea
Phaseolus vulgaris
Feijão comum ou preto
Feijão vagem
Common bean ou dry bean
23/10/2020
3
23/10/2020
4
ORIGEM E IMPORTÂNCIA
23/10/2020
5
Origem e distribuição geográfica
• Dentro do gênero Phaseolus têm 56 espécies.
As mais importantes são:
- Phaseolus vulgaris L. – feijão comum
- Phaseolus lunatus L. – feijão fava
- Phaseolus coccineus L., P. acutifolius, P. polyantus
Outros feijões:
- Vigna unguiculata – feijão caupi, feijão de corda. 
- Vigna angularis – feijão adzuki
- Vigna radiculata – feijão mungo
- Vignia umbellata – feijão arroz
Origem e distribuição geográfica – Vigna unguiculata
África Tropical 
(da Nigéria a África do Sul)
23/10/2020
6
Origem e distribuição geográfica
Phaseolus vulgaris é considerada a espécie mais 
versátil do gênero, por produzir a maior 
variação de hábito de crescimento, porte de 
plantas, textura de vagens, cores e formas de 
sementes.
Phaseolus vulgaris é a leguminosa de maior 
importância para o consumo humano direto.
Origem e distribuição geográfica
Mesoamericano
Norte dos Andes
Sul dos Andes
23/10/2020
7
Origem e distribuição geográfica
• Dados recentes, com base em padrões eletroforéticos de faseolina, 
sugerem a existência de três centros primários de diversidade 
genética, tanto para espécies silvestres como cultivadas.
• Dois centros principais e um de menor expressão.
Mesoamericano - se estende desde o sudeste dos Estados 
Unidos até o Panamá, tendo como zonas principais o México e a 
Guatemala.
- Cultivares de sementes pequenas “Carioca”.
- Faseolina tipo S.
Sul dos Andes - abrange desde o norte do Peru até as províncias 
do noroeste da Argentina.
- Cultivares de sementes grandes “Jalo”.
- Faseolina tipo T (tipos A, C e H, possivelmente).
Norte dos Andes - abrange desde a Colômbia e Venezuela até o 
norte do Peru. Sementes pequenas. Centro intermediário - devido ao tipo 
da faseolina. Mesoamericano tipo S, Sul tipo T, Norte tipos S, T, B,C e H. 
Phaseolus vulgaris - Raças
23/10/2020
8
Origem e distribuição geográfica
• No Brasil predomina Phaseolus vulgaris.
• No Norte e Nordeste predomina Vigna unguiculata.
• No Brasil: 
– 80-85% feijão comum
– 15-20% feijão-caupi
Importância Econômica
• Cultura empregadora
• Base da alimentação do brasileiro
• Adaptação as diversas condições de clima e solo 
(três safras por ano)
• Explorado por pequenos, médios e grandes produtores
• Cultivo pode ser solteiro, consorciado ou intercalado.
• Sem grande expressão de comércio internacional
• Comercialização – produto de baixo tempo de 
prateleira 
• Cultivares apresentam grãos de tamanho e cores 
diferentes
23/10/2020
9
Importância Econômica
Aminoácidos essenciais no feijão e no arroz (mg g-1)
AMINOÁCIDOS FEIJÃO ARROZ
Isoleucina 100 94
Leucina 201 188
Lisina 141* 85#
Aromáticos 273 281
Metionina + Cisteína 46# 123*
Triptofano 113 79
Valina 115 121
*RICO; #POBRE.
Feijão: rico lisina, porém pobre em a.a. sulfurosos (metionia e cisteína).
23/10/2020
10
Importância Econômica
Conteúdo médio por 100 g de feijão
Calorias 322 Kcal
Proteínas 21,8 g
Lipídios 2,5 g
Carboidratos 55,4 g
Tiamina 0,63 mg
Riboflavina 0,17 mg
Niacina 1,8 mg
Cálcio 183 mg
Ferro 4,7 mg
Efeito diluição:
Quanto maior a produtividade, menor o teor de 
proteína nos grãos.
23/10/2020
11
Produção mundial de feijão de 1961 a 2010 e em 2018, em milhões de 
toneladas
MUNDO
Fonte: FAOSTAT (2020)
10
12
14
16
18
20
22
24
19
61
19
63
19
65
19
67
19
69
19
71
19
73
19
75
19
77
19
79
19
81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
20
03
20
05
20
07
20
09
M
il
h
õ
e
s
 d
e
 t
o
n
e
la
d
a
s
2018 = 30,4 milhões de toneladas
34,5 milhões de ha
MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS
Brasil, Índia, China, Miyamar, México, EUA
70% da produção mundial = 18 milhões de toneladas.
MAIORES ÁREAS PLANTADAS
Índia, Brasil, México, China, EUA, Argentina
~28 milhões de ha
MAIORES PRODUTIVIDADES
EUA, China, Argentina, México, Brasil, Índia
EUA (1785 kg/ha) > Índia (421 kg/ha)
CONSUMO
Brasil, México, Índia, EUA, Argentina, China
Brasil (18kg/hab./ano) > China (<0,4 kg/hab.ano)
23/10/2020
12
Fonte: CONAB (2019)
BRASIL
ÁREA PLANTADA
Em mil hectares
Fonte: CONAB (2019)
BRASIL
PRODUÇÃO NACIONAL DE FEIJÃO (1ª, 2ª e 3ª SAFRAS) – 1991-2017
Em mil toneladas
23/10/2020
13
BRASIL
PRODUTIVIDADE MÉDIA DE FEIJÃO – 1991-2017
Em kg/ha
Fonte: CONAB, Bradesco (2019)
Fonte: CONAB (2014)
23/10/2020
14
Fonte: CONAB (2020)
FEIJÃO TOTAL (1ª, 2ª e 3ª SAFRA)
COMPARATIVO DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO
SAFRAS 2018/19 E 2019/20
REGIÃO/UF
ÁREA (Em mil ha) PRODUTIVIDADE (Em kg/ha) PRODUÇÃO (Em mil t)
Safra 18/19 Safra 19/20
VAR. 
%
Safra 18/19 Safra 19/20 VAR. % Safra 18/19 Safra 19/20 VAR. %
(a) (b) (b/a) (c) (d) (d/c) (e) (f) (f/e)
NORTE 88,4 77,9 (11,9) 909 971 6,8 80,4 75,7 (5,8)
NORDESTE 1.457,4 1.511,4 3,7 450 568 26,4 655,5 859,2 31,1 
CENTRO-OESTE 401,7 402,4 0,2 1.772 1.924 8,6 711,7 774,1 8,8 
SUDESTE 463,5 444,1 (4,2) 1.631 1.713 5,0 756,2 760,6 0,6 
SUL 511,2 490,9 (4,0) 1.592 1.549 (2,7) 813,9 760,2 (6,6)
NORTE/NORDESTE 1.545,8 1.589,3 2,8 476 588 23,5 735,9 934,9 27,0 
CENTRO-SUL 1.376,4 1.337,4 (2,8) 1.658 1.716 3,5 2.281,8 2.294,9 0,6 
BRASIL 2.922,2 2.926,7 0,2 1.033 1.104 6,9 3.017,7 3.229,8 7,0 
18,5%
48,6%
15,1%
14,2%
3,6%
29,2%
3,3%
25,4%
18,7%
23,4%
CARACTERÍSTICAS DA SAFRA 2016/17
Área
Produção
23/10/2020
15
Produção e consumo por região
BRASIL
23/10/2020
16
Fonte: CONAB, Bradesco (2019)
BRASIL
PRODUÇÃO DE FEIJÃO POR ESTADO – 2018/2019
23/10/2020
17
ESTRUTURA DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE 
FEIJÃO
ATÉ 10 HA 
10 À 100 HA 
100 À 500 HA 
MAIS DE 500 HA 
75%
19%
6%
SAFRA BRASILEIRA
1ª SAFRA 2ª SAFRA 3ª SAFRA
Meses Plantio Colheita Plantio Colheita Plantio Colheita Entressafra
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
TRÊS SAFRAS NUM MESMO ANO COMERCIAL
SAFRA DAS ÁGUAS
Concentrada no Sul
CULTIVO DA SECA.
Menos doenças 
fúngicas, problema 
mosca branca
SAFRA DE INVERNO
Feijão irrigado
MAIOR 
PRODUÇÃO 
DE PRETO
MAIOR 
VOLUME 
DO PR PARA CIMA
23/10/2020
18
Conab (2020)
23/10/2020
19
23/10/2020
20
23/10/2020
21
65%
15%
20%
36%
CARIOCA
FEIJÃO-CAUPI
PRETO
BRASIL
PRODUÇÃO NACIONAL DE FEIJÃO POR TIPO – 2018/2019
Fonte: CONAB (2020)
23/10/2020
22
BRASIL
Fonte:CONAB
PRODUÇÃO NACIONAL DE FEIJÃO POR TIPO
1.2. Importância Econômica - MERCADO
• Mercado Internacional – sem relevância
• Tem ampla variedade de espécies e tem pouca importância 
comercial em termos mundiais, pois o consumo é muito pequeno e 
até mesmo inexistente em países de primeiro mundo.
• Os principais países produtores são também grandes 
consumidores, não havendo portanto excedente exportável.
• O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de feijão, 
seguido pela Índia, China e México.
• No Mercosul, o 2º maior produtor é a Argentina que exporta a 
quase totalidade da sua produção interna. A Argentina é o 
principal fornecedor de feijão preto para o Brasil (RJ). Os 
principais tipos de feijão produzidos pela Argentina são o preto e o 
branco. Cerca de 90% do feijão branco produzido na Argentina é 
destinado à exportação sobretudo para a Espanha. A totalidade do 
feijão preto produzido na Argentina é exportado, sendo o Brasil o 
principal importador. As importações brasileiras giram em torno de 
2% do consumo interno.
• Outra razão para o baixo comércio internacional de feijão é a ampla 
variedade de tipos de feijão e as diferenças de hábitos alimentares 
entre os países e até entre as regiões.
23/10/2020
23
1.2. Importância Econômica - MERCADO
• Mercado doméstico – divergências regionais 
• No Brasil, o consumo de feijão preto se concentra no Rio de 
Janeiro e no Rio Grande do Sul. 
• O feijão de cores tem consumo maior nos estados do Centro-Sul. 
• O feijão macaçar é o tipo consumido e produzido principalmente 
na região Norte e Nordeste do país.
• O feijão carioca está distribuído uniformemente entre as 3 safras, 
cada uma com participação de 33% na produção total desse tipo 
de feijão. O feijão preto tem produção concentrada na 1ª safra, com 
67% e 24% na 2ª safra. O feijão macaçar tem a produção 
concentrada na 2ª safra com 89% e só é cultivado na Região 
Norte/Nordeste do país.
23/10/2020
24
1.2. Importância Econômica - MERCADO
• DEMANDA
• O consumo interno per capita de feijão vem se reduzindo, como 
resultado da urbanização que acentuou as mudanças nos hábitos 
alimentares, com maior procura por produtos de preparo rápido.
• Saiu da média de 19 kg/hab/ano em meados dos anos 90 para os 
atuais 15 kg/hab/ano. Nos anos 60 o consumo girava em torno de 
26 kg/hab/ano. 
• Isso significa dizer que o feijão tem baixa elasticidade-renda, e que 
o consumo pouco influencia nos preços do feijão, já que está 
praticamente estável nos últimos anos, com leve queda.
Causa da redução de consumo de feijão
Êxodo rural: ao migrarem para a cidade, as pessoas do campo:
- perderam poder aquisitivo
- acesso a variedades (outros alimentos)
Diminuição do consumo in natura: 
- devido à mulher no mercado de trabalho entre outros fatores;
Possibilidade de aumento no consumo
- uso do feijão industrializado
- melhora do poder aquisitivo
- exportação – importação
Novos Canais
- Slow-food/Self-service
- Cestas Básicas
- Cozinhas Industriais
23/10/2020
25
Fonte: CONAB & IEA (2018)
BRASIL
PREÇOS INTERNOS AO PRODUTOR (PRAÇA PR) – 2000-2017
Em R$/saca
Preço do Feijão Novo Atacado - Saca 60 kg
CARIOCA
01/09/2009
São Paulo – SP 
R$ 70,00
Unaí - MG
R$ 66,00
Apucarana - PR
R$ 70,00
Goiânia - GO
R$ 65,50
www.cifeijao.com.br; www.tecagro.agr.br; www.agrolink.com.br
CARIOCA
13/08/2010
Barretos – SP 
R$ 95,00
Unaí - MG
R$ 96,50
Apucarana - PR
R$ 85,00
Goiânia - GO
R$ 95,00
CARIOCA
13/09/2013
Itapetininga– SP 
R$195,00
Apucarana - PR
R$130,00
Ivaipora - PR
R$130,00
P. Grossa - PR
R$110,00
Itumbiara - GO
R$245,00
CARIOCA
10/08/2012
Barretos – SP 
R$ 117,25
Unaí - MG
R$ 192,50
Apucarana - PR
R$ 110,00
Rio Verde - GO
R$130,00
Avaré – SP
117,25
PRETO
24/09/2019
Caçador - SC 
R$ 245,00
Guarapuava -
PR
R$ 248,20
S. Miguel do 
Oeste- SC
R$ 238,00
CARIOCA
15/08/2014
Avaré– SP 
R$ 78,20
Apucarana - PR
R$ 60,00
Ivaipora - PR
R$ 55,00
P. Grossa - PR
R$ 50,00
Itumbiara - GO
R$ 70,00
CARIOCA
01/08/2016
Avaré– SP 
R$ 410,34
Apucarana - PR
R$ 450,00
Ivaipora - PR
R$ 400,00
P. Grossa - PR
R$ 400,00
Itumbiara - GO
R$ 134,00
CARIOCA
25/10/2019
Avaré– SP 
R$ 136,78
Barreiras - BA
R$ 155,00
Ourinhos - SP
R$ 175,86
CARIOCA
29/10/2018
Avaré– SP 
R$ 117,24
Irecê - BA
R$ 120,00
Cristalina - GO
R$ 118,18
CARIOCA
24/09/2020
SJ da Boa 
Vista– SP 
R$ 226,55
Barreiras - BA
R$ 285,00
Lages - SP
R$ 212,50
http://www.cifeijao.com.br/
http://www.tecagro.agr.br/
http://www.agrolink.com.br/
23/10/2020
26
23/10/2020
27
23/10/2020
28
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE FEIJÃO
Em mil toneladas
Fonte: CONAB
Distribuição da Cultura do Feijão no Estado de 
São Paulo (por região).
23/10/2020
29
Principais causas da baixa produtividade do 
feijão no Brasil
• Cultivo em solos ácidos com ausência de calagem.
• Uso de adubação desequilibrada ou não uso de 
adubação.
• Baixo uso de sementes de boa qualidade.
• Espaçamento e densidade inadequados.
• Controle inadequados de plantas daninhas.
• Ausência de medidas eficientes de controle de erosão.
• Baixo controle de pragas e doenças.
23/10/2020
30
Produtividade de grãos das cultivares de feijão 
BRSMG Talismã, Pérola e Carioca, em MG.
Fonte: Patto Ramalho et al. (2004)
Local Época Ano BRSMG 
Talismã
Carioca Pérola
Lavras Águas 2001 3.350 3.211 2.656
Sete Lagoas Inverno 2001 5.536 4.903 4.852
Coimbra Seca 2001 3.553 2.775 3.059
Unaí Out-Inver 1998 3.178 3.078 3.491
Ubá Seca 2001 3.778 4.152 3.676
Média - - 3.879 3.623 3.546
Produtividade de feijão x dificuldade de obter
Produtividade Classificação quanto 
a dificuldade de 
obter
kg/ha Sacas de 60 kg/ha
Até 2.400 até 40 fácil
de 2.400 a 3.000 de 40 a 50 normal
acima de 3.000 acima de 50 difícil
acima de 3.600 acima de 60 Muito difícil
Fonte: Santos (Infor. Agrop., 2004)
23/10/2020
31
23/10/2020
32
23/10/2020
33
23/10/2020
34
2. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA E 
DESCRIÇÃO DA PLANTA
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
ORDEM
Rosales
FAMÍLIA
Fabaceae (Leguminosae)
SUBFAMÍLIA
Faboideae (Papiliomoideae)
TRIBO
Phaseoleae
GÊNEROS
Phaseolus Vigna
ESPÉCIES
Phaseolus vulgaris L. Vigna unguiculata L. (Walp.)
23/10/2020
35
Gênero Phaseolus
P. lunatus - Feijão fava
P. coccineus 
P. acutifolius 
P. polyanthus 
P. vulgaris - Feijão comum
Gênero Vigna
V. angularis - Feijão adzuki
V. radiculata - Feijão mungo
V. Umbellata - Feijão arroz
V. unguiculata - Feijão-caupi
Características Gerais
• Planta anual
• Herbácea
• Pubescente (pouco)
• Folhas trifoliadas
• Ciclo entre 60 e 120 dias
• Crescimento determinado
– Florescimento → inflorescência na
parte terminal
• Crescimento indeterminado
– Florescimento → continua emitindo
ramos vegetativos
• Planta C3
23/10/2020
36
Estabelecimento da plântula
• Embrião: inicia seu desenvolvimento no momento da fecundação
e cessa quando a umidade da semente diminui (maturação).
• Com a semeadura tem início o processo de germinação (semente
absorve água e incha).
– Radícula: alonga-se e rompe a testa, ao lado do hilo, crescendo para
baixo dando início ao sistema radicular.
– Hipocótilo: se alonga empurrando os cotilédones e o epicótilo mpara
fora do solo.
– Epicótilo: contém a plúmula (gema do embrião) de onde se
desenvolve as folhas primárias.
As folhas primárias são simples, opostas, inteiras com pecíolo
glabros ou ligeiramente pubescente.
tegumento
tegumento
folhas primárias
cotilédones
hipocótilo
hipocótilo
epicótilo
trifólios
23/10/2020
37
Sistema Radicular
- Ramificado (pivotante) 
• Raiz principal, secundárias, terciárias...
• Nodulação
Fixação simbiótica é mais eficiênte no Vigna.
- Distribuição varia quanto à:
• Estrutura do solo
• Porosidade
• Aeração
• Capacidade de retenção de umidade do solo
• Temperatura
23/10/2020
38
A- raiz primária
B- raiz secundária
C- raiz terciária
Em condições favoráveis pode 
alcançar mais de 1,0 metro de 
profundidade.
Sistema Radicular
- Sequeiro
• 74 a 87% do total, localizamaté 10cm de profundidade
• 97% do total, encontram-se nos primeiros 20cm de
profundidade
• 90cm
- Irrigado
• 62% do total, localizam até 10 cm de profundidade
• 70cm de profundidade
23/10/2020
39
Caule
- Eixo principal da planta e tem origem no meristema apical do 
embrião.
- Dá origem a uma sucessão de nós e entrenós.
- Nós são pontos de inserção das folhas no caule e o 
- Entrenós são os espaços entre dois nós.
- Caule principal
- Nós
• 1º → ponto de inserção dos cotilédones
• 2º → ponto de inserção da folha primária
• 3º → ponto de inserção da folha trifoliada
23/10/2020
40
Caule – Phaseolus vulgaris
- Nas axilas das folhas encontram-se gemas que darão origem às 
ramificações laterais ou as inflorescências.
- O caule pode ter habito de crescimento:
- DETERMINADO: a emissão e a elongação de folhas e ramos 
cessam por ocasião do advento das flores.
Phaseolus – tipo I
- INDETERMINADO: ocorre crescimento de folhas e ramos 
antes e após a floração.
Phaseolus – tipo II, tipo III e tipo IV.
Caule – Phaseolus vulgaris
TIPO I - Determinado arbustivo
- Planta pouco ramificada, ereta e fechada
- Espaçamentos menores
- Menor porte
- Ciclo precoce
- Período curto de florescimento (5 a 7 dias)
- Uniformidade de maturação de vagens
- Curto período de floração
- Caule principal e ramos laterais 
(inflorescência), com 5 a 10 entrenós
- Baixo potencial produtivo
- Altura → 30 a 50cm
Ex: Goiano Precoce, Bolinha, Carioca 
precoce, Pitoco.
23/10/2020
41
Caule – Phaseolus vulgaris
TIPO II - Indeterminado arbustivo
- Ramificação ereta e fechada
- Caule ereto com poucos ramos laterais (2 a 3), 
geralmente curtos
- Bom potencial produtivo
- Capacidade de compensação quando têm 
redução do estande
- Ramos curtos
- Período de florescimento (10 a 15 dias)
- Pouca desuniformidade de maturação de 
vagens
- Após floração, plantas continuam crescendo, 
porém em ritmo mais lento
- Ciclo mais longo que o tipo I
Ex: Jalo Precoce, Ouro
TIPO III - Indeterminado prostrado
- Grande número de ramificações
- Ramificação aberta
- Plantas prostradas / semiprostradas com 
ramificações desenvolvidas
- Ciclo mais longo que tipo II
- Altamente produtivas
- Caule principal e laterais podem ter aptidão 
trepadora
- Excelente capacidade de compensação
- Constituem a maior parte dos cultivares
- Grande desuniformidade de maturação e as 
vagens ficam em contato com o solo
- Após floração, o caule principal e alguns 
laterais podem se destacar como GUIAS.
Ex: IAC Carioca Eté, Aporé, Pérola
Caule – Phaseolus vulgaris
23/10/2020
42
Caule
TIPO IV - Indeterminado trepador
- Cultivares para produção de vagens 
verdes
- Grande desenvolvimento da haste 
principal (2 a 3 m)
- Período de floração muito longo (1 
mês)
- Colheita muito desuniforme
- Ciclo longo
- A colheita tem 
que ser parcelada
Caule – Phaseolus vulgaris
A – crescimento determinado arbustivo (tipo I) 
B – crescimento indeterminado arbustivo (tipo II)
C – crescimento indeterminado prostrado (tipo III)
D – crescimento indeterminado trepador (tipo IV)
23/10/2020
43
CIAT, 1985
Temperatura
Média 
24°C
Duração do ciclo de diferentes cultivares de feijoeiro
Arquitetura - Vigna 
• A arquitetura da planta de feijão-caupi é resultado da
interação dos seguintes caracteres:
• hábito de crescimento;
• comprimento do hipocótilo, do epicótilo, dos entrenós,
dos ramos principal e secundários e do pedúnculo das
vagens;
• da disposição dos ramos laterais em relação ao ramo
principal e da consistência dos ramos. Esse último
caráter tem grande influência no grau de acamamento das
plantas.
23/10/2020
44
• PORTE ERETO: ramos principal e secundários
curtos, com estes formando um ângulo de agudo a
reto com o ramo principal;
• SEMI-ERETO: ramos principal e secundários
curtos a médio, com estes formando um ângulo
reto com o ramo principal;
• SEMI-PROSTRADO: ramos principal e secundários,
médios com estes tocando o solo;
• PROSTRADO ou ENRAMADOR: ramos principais e
secundários longos, com estes tocando o solo.
Arquitetura - Vigna 
Mudanças ao longo dos anos em sua 
arquitetura
Arquitetura moderna:
Mais ereta
Porte compacto
Ramos curtos
Resistente ao acamamento
Bezerra, 1997; Lopes et al., 2001; Singh & Sharma, 1996.
23/10/2020
45
Folhas
- 2 Tipos:
- Simples ou primárias - apenas o primeiro par e são opostas.
- Compostas ou trifoliadas - 16 a 20 folhas trifoliofadas 
(habito indeterminado).
- são alternadas.
- possui pulvínolo na base do 
pecíolo.
- no ponto de inserção das folhas 
há duas estípulas lanceoladas.
- cor verde com tonalidade de 
varia de acordo com o cultivar.
- tamanho também varia com o 
cultivar.
23/10/2020
46
Inflorescência - Phaseolus
- Tipo racemo 
- Até 4 botões florais
(normalmente)
- Axilar
- Terminal
Inflorescência - Vigna
- Tipo racemo 
- Até 4 botões florais
(normalmente)
- Axilar
- Terminal
23/10/2020
47
Flor
- Tipo papilionácea com simetria bilateral.
- Cor branca, amarela, rósea, púrpura, lilás, violeta.
- 90% das cultivares tipo comercial preto possui flor de coloração 
violeta.
- Tipo Carioca – maioria cor branca (alguns de porte ereto tem flor 
violeta).
- Autofecundação: 10 estames localizados no nível do estigma, 
facilitando a fecundação, que dura de 8 a 10 horas.
- Existe cruzamento natural – 0,2 a 10% (insetos).
Flor - Phaseolus
23/10/2020
48
Flor
Phaseolus
Flor - Vigna
23/10/2020
49
Flor - Vigna
Fruto
- Tipo legume (vagem).
- É constituído por duas valvas, unidas por duas suturas, sendo 
uma dorsal (placentária) e uma ventral.
- As sementes prende-se na sutura dorsal.
- As vagens geralmente são glabras.
- 4 a 7 sementes por vagem (Phaseolus).
- até 18 sementes por vagem (Vigna).
- Deiscência - cultivares utilizados para colheita de grãos secos 
são deiscentes.
- cultivares de feijão-vagem e caupi quase indeiscentes.
23/10/2020
50
Partes que compõem o legume (vagem): A – valvas
B – sutura dorsal 
C – sutura ventral 
D – ápice 
E – dente apical 
F – semente
23/10/2020
51
Formas do perfil da vagem: A - reto; B - arqueado; C - recurvado; 
D - semi-arqueado.
Fruto
23/10/2020
52
1. Forma do ápice: A – abrupto; B – afilado.
2. Forma do dente apical: A – reto; B – arqueado.
3. Posição do dente apical: A marginal; B – não -marginal
Semente
PARTE EXTERNA
- Composta de:
- Testa (tegumento)
- Membrana secundina do óvulo, é a capa protetora 
da sementes.
- Seca é impermeável.
- Colorida. 
- Rafe - espécie de sutura.
- Hilo - cicatriz deixada pelo funículo que conecta a 
sementes com a placenta.
- É vascularizada e permeável.
- Micrópila - abertura próxima ao hilo, através da qual 
se realiza a absorção de água.
- Halo – região ao redor do hilo. Pode ter coloração diferente.
23/10/2020
53
Semente
Estrutura externa da semente:
A – testa; B – rafe; C – micrópila; D – hilo; E – halo
Semente
PARTE INTERNA
- Plúmula – pequena gema da qual procede o caule e as 
folhas.
- Hipocótilo - região da transição entre a plúmula e a radícula.
- Radícula - raiz do embrião que origina o sistema radicular.
- Cotilédones - folha seminal ou embrionária que contém as 
reservas necessárias à germinação e ao 
desenvolvimento inicial da plântula. 
* Pode ter grande variação na forma, coloração e tamanho.
23/10/2020
54
Semente
Estrutura interna da semente:
A – cotilédone; B – radícula; C – hipocótilo; D – plúmula
23/10/2020
55
-Os cultivares de feijão são classificados em 10 grupos, de 
acordo principalmente com o TIPO DE GRÃO.
-Esta divisão em grupos ocorre em função da grande 
variabilidade de forma, cor e brilho das sementes ou grãos.
7 TIPOS COMERCIAIS
- Diversos ou Carioca
- Preto
- Rosinha
- Roxinho
- Mulatinho
- Rajado
- Manteigão (jalo)
3 TIPOS ESPECIAIS
- Branco
- Camberry
- Dark Red Kidney
DIVERSOS OU CARIOCA
O feijão tipo Carioca é o 
mais consumido no Brasil. 
É considerado pequeno 
dentro da classificaçãoquanto ao tamanho do grão. 
Apresenta coloração bege 
com estrias marrons. 
Fonte: Embrapa (2007)
23/10/2020
56
PRETO
O feijão preto é bastante 
consumido na região Sul e 
nos Estados do Espírito 
Santo e Rio de Janeiro. 
Apresenta uma coloração 
preta e o tamanho do seu 
grão é classificado como 
pequeno.
Fonte: Embrapa (2007)
ROSINHA
O feijão tipo Rosinha 
apresenta uma coloração 
rosa claro e seu grão é 
classificado como pequeno. 
É consumido principalmente 
nos Estados de Goiás, Mato 
Grosso, Pará e São Paulo
Fonte: Embrapa (2007)
23/10/2020
57
ROXINHO
O feijão tipo Roxinho é 
classificado quanto ao 
tamanho do grão como 
pequeno. Apresenta uma 
coloração arroxeada e é 
consumido principalmente 
nos Estados de Goiás e 
Minas Gerais.
Fonte: Embrapa (2007)
MULATINHO
O feijão tipo Mulatinho é 
muito consumido na região 
Nordeste do país. Apresenta 
uma coloração bege claro e 
é classificado como grão 
pequeno. 
Fonte: Embrapa (2007)
23/10/2020
58
RAJADO
O feijão tipo Rajado 
apresenta uma 
coloração bege claro 
com estrias roxas. em 
relação ao tamanho do 
grão, é classificado 
como graúdo. É 
consumido 
principalmente na região 
Sul e nos Estados de 
Minas Gerais e São 
Paulo.
Fonte: Embrapa (2007)
MANTEIGÃO
O feijão tipo jalo 
(Manteigão). Apresenta 
grãos pequenos e de 
coloração amarelo graúdo. É 
consumido principalmente 
nos Estados de Minas 
Gerais, São Paulo, Pará e 
Goiás.
Embrapa (2007)
23/10/2020
59
BRANCO
O feijão tipo Branco não 
possui um mercado muito 
grande no Brasil. Está 
classificado no grupo 
especial. Apresenta grãos 
graúdos e de coloração 
branca. São mais utilizados 
no preparo de saladas.
Fonte: Embrapa (2007)
DARK RED KIDNEY
Se encontra no grupo dos 
feijões especiais. Apresenta 
grãos graúdos e de 
coloração vermelho escuro.
Fonte: Embrapa (2007)
23/10/2020
60
Os grãos do feijão-caupi podem ser reunidos 
nas seguintes classes: 
• Classe Branco - cultivares com grão de tegumento de cor branca:
– Subclasse Brancão - cultivares com grãos de tegumento de cor branca, rugoso, reniformes sem
halo e relativamente grandes;
– Subclasse Branca - cultivares com grãos de tegumento branco, liso, sem halo ou com halo,
pequeno, com ampla variação de tamanhos e formas:
– Subclasse Fradinho - cultivares com grãos brancos e com um grande halo preto, cultivadas
principalmente nos Estados da Bahia e do Rio de Janeiro, e atualmente em expansão na região
Sudeste.
• Classe Preto - cultivares com grãos de tegumento preto, cultivadas principalmente no Rio Grande do
Sul e Santa Catarina para adubação verde, e na Tailândia e Miamar, para alimentação humana.
• Classe Cores - cultivares que tem grãos com tegumento com cores diferentes das classes Branco e
Preto:
– Subclasse Mulato - cultivares com grãos de tegumento de cor marrom claro a escuro, com ampla
variação em tamanho e forma;
– Subclasse Canapu - cultivares com grãos com tegumento de cor marrom claro, relativamente
grandes, bem cheios, levemente comprimidos nas extremidades, com largura, comprimento e
altura aproximadamente iguais;
– Subclasse Sempre-Verde - cultivares com grãos de tegumento de cor esverdeada;
– Subclasse Vinagre - cultivares com grãos de tegumento de cor vermelha;
– Subclasse Corujinha - cultivares com grãos de tegumento mosqueado cinza ou azulado;
– Subclasse Azulão - cultivares com grãos de tegumento azulado;
– Subclasse Manteiga - cultivares com grãos de cor creme-amarelada, muito uniforme e que
praticamente não se altera com o envelhecimento do grão;
– Subclasse Verde - cultivares que têm o tegumento e/ou cotilédones verdes.
23/10/2020
61
FENOLOGIA e ECOFISIOLOGIA
Phaseolus vulgaris
23/10/2020
62
V0 V1 V2 V3 V4 R5 R6 R7 R8 R9
Fase Vegetativa Form. Estruturas 
Vegetativas
Fase Reprodutiva
Semeadura 1º Botão Floral Colheita
Fases de desenvolvimento do feijoeiro
Fernandez et al. (1985)
CIAT, 1985
Temperatura
Média 
24°C
Duração do ciclo de diferentes cultivares de feijoeiro
23/10/2020
63
V0 - germinação
V1 – emergência (cotilédones acima do solo)
23/10/2020
64
V2 – folhas primárias abertas
V2 – folhas primárias abertas (início da 1ª trifoliolada)
23/10/2020
65
V3 – 1ª folha tifoliolada aberta
V3 – 1ª folha tifoliolada aberta
23/10/2020
66
V4 – 3ª folha tifoliolada aberta
V4 – 4 ou 5 folhas tifolioladas abertas
23/10/2020
67
Estádio V4 (Emissão da terceira folha trifoliada )
Interferência de plantas daninhas:
✓ Kozlowski et al.(1999) a interferência das plantas daninhas
concluíram que o está entre os estádios V4 e R6, o estádio
fenológico V4 a planta do feijoeiro apresenta maior taxa de
crescimento maior (“arranque da planta ”) e, desta forma,
qualquer competição que ocorra nesta época afeta o índice de
área foliar, refletindo-se na produção final.
✓ A competição após R6 não afeta a produção.
Salgado et al. (2007)
23/10/2020
68
Fechamento Florescimento
Área foliar (%): 5,3 14,2 49,7 88,3 100 97,8
Desenvolvimento da cultura
Estádio V4 (Emissão da terceira folha trifoliada )
Adubação Nitrogenada:
✓ Se for aplicar uma única cobertura, ela deve ser feita até V4.
23/10/2020
69
Marcha de 
absorção de 
nutrientes pelo 
feijoeiro 
Fonte: Haag et al. (1967)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
k
g
/h
a
DAE
Mg
K
N
Ca
S
P
R5 – 1os botões florais (variedades de cresc. determinado)
1os racemos (variedades de cresc. indeterminado)
23/10/2020
70
R6 – 1ª flor aberta
R7 – formação das vagens (início)
23/10/2020
71
R7 – formação das vagens
R8 – formação dos grãos e enchimento das vagens
23/10/2020
72
R9 – maturação (planta perde água) - INÍCIO
23/10/2020
73
R9 – maturação (planta perde água) - FINAL
Fase vegetativa:
V0 – Semeadura;
V1 – Os cotilédones emergidos na superfície do solo;
V2 – As folhas unifolioladas completamente abertas, margens separadas;
V3 – A primeira folha trifoliolada com os folíolos separados e completamente abertos;
V4 – A segunda folha trifoliolada com os folíolos separados e completamente abertos;
V5 - A terceira folha trifoliolada com os folíolos separados e completamente abertos;
V6 – Os primórdios do ramo secundário surgem nas axilas das folhas unifolioladas e/ou 
trifolioladas;
V7 – A primeira folha do ramo secundário encontra-se completamente aberta;
V8 – A segunda folha do ramo secundário encontra-se completamente aberta;
V9 – A terceira folha do ramo secundário encontra-se completamente aberta.
Fase reprodutiva:
R1 – Surgem os primórdios do primeiro botão floral no ramo principal;
R2 – Antese da primeira flor, geralmente oriunda do primeiro botão floral;
R3 – Início da maturidade da primeira vagem, geralmente oriunda da primeira flor. Esse estádio é 
caracterizado pelo início da mudança de coloração das vagens devido ao início da secagem 
das mesmas;
R4 – Maturidade de 50% das vagens da planta; e
R5 – Maturidade de 90% das vagens da planta.
Fases de desenvolvimento do feijão-caupi
Campos et al. (2000)
23/10/2020
74
Fisiologia da planta
- Feijão  Planta C3
- Anatomia: Não apresenta bainha com 
cloroplasto ao redor dos feixes vasculares
- Bioquímica: 1 Composto apresenta 3 C (Ac. 
Fosfoglicerato)
- Fisiologia : Apresenta saturação luminosa 
Fisiologia da planta
O padrão de distribuição de carboidratos na planta de feijão 
apresenta mudanças ao longo do ciclo.
- Antes do florescimento 
Folhas inferiores  raízes
Folhas intermediárias  as extremidades (sup e inf)
Folhas superiores  folhas novas (fonte 60% de sua área)
- Florescimento: 
Folhas inferiores  haste principal e raiz
Folhas intermediárias  80% na própria folha e tecidos 
circunvizinhos 
Folhas superiores  folhas adultas e órgãos circunvizinhos.
- Crescimento intenso dos grãos:
Folhas medianas  45% ramos (vagens) 28%folha e 23% órgãos 
inferiores
Folhas superiores  Vagens na axila das folhas,traços são 
translocados para raízes.
23/10/2020
75
Fisiologia da planta
RELAÇÃO FONTE DRENO 
-Durante o rápido crescimento das vagens, o feijão pode ser 
considerado como sendo composto de unidade de fonte-dreno. 
Esta unidade opera como uma entidade isolada somente em se 
tratando de movimento de carboidrato.”
Fisiologia da planta
PADRÃO DE FLORESCIMENTO
- É uma planta autógama. 
- Cerca 70 a 80% de abortamento de flores.
Ocorrendo maior % de vingamento de vagens nos primeiros dias.
23/10/2020
76
Exigências climáticas – Phaseolus vulgaris
TEMPERATURA - Ideal 21 ºC
- Regiões aptas 15 a 29,5 ºC
ÁGUA - Sensível a falta e ao excesso
- Consumo média diária varia de 2,9 a 5,0 mm
- Precipitação ou irrigação de 300 a 450 mm
- Maior consumo na floração na ordem de 5,3
mm/dia
LUZ - Suporta o sombreamento, permitindo o seu
emprego em sistemas consorciados.
- É uma espécie fotoneutra
Fonte: Portes (1996); Dourado Neto & Fancelli (2000) 
Exigências climáticas
Efeito da baixa temperatura sobre parâmetros reprodutivos do feijoeiro.
Temperatura
ºC
Vagens por planta Sementes por 
vagem
Sementes 
abortadas
10,0 0,00 - -
11,4 2,25 2,50 60,92
12,8 6,17 3,22 45,48
13,9 5,33 4,88 19,58
18,0 6,33 5,16 15,49
21,0 6,67 5,30 10,92
Fonte: Adaptado de Farlow (1981) 
23/10/2020
77
Exigências climáticas
Efeito da alta temperatura na produção de açúcares pelo feijoeiro.
Fonte: Mack & Singh (1969)
Tratamentos Açúcar total Açúcar
redutor
Sacarose Amido
____________________(mg g-1)_______________________
Testemunha 1,10 0,47 0,60 4,51
Alta 
temperatura
0,89 0,42 0,44 2,05
Exigências climáticas
Efeito da temperatura do ar na taxa de produção de etileno pelo 
feijoeiro (Field, 1981).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
25 30 35 40 45 50
Temperatura (ºC)
P
ro
d
u
ç
ã
o
 d
e
 e
ti
le
n
o
 (
n
L
 g
-1
 h
-1
)
23/10/2020
78
Exigências climáticas
Efeito da deficiência hídrica nas diferentes fases do desenvolvimento do 
feijoeiro (Magalhães et al., 1979)
Exigências climáticas
Quantidade
de água
absorvida
Florescimento 
Formação de vagens 
Enchimento de vagens
23/10/2020
79
Exigências climáticas
Efeito do déficit hídrico nos componentes vegetativos e na produção.
Exigências climáticas
Efeito do déficit hídrico na taxa fotossintética do feijoeiro
23/10/2020
80
Deficiência hídrica Fotossíntese 
Fase Vegetativa
- Plantas menores
- Menor área foliar 
- Menor número de 
estruturas reprodutivas
Fase Reprodutiva
- Menor número de flores
- Queda de flores 
- Queda de vagens
- Grãos menores
Consumo de água e Kc para três fases do ciclo do
feijoeiro durante o cultivo de inverno
Fase de desenvolvimento Idade da 
planta (dias)
ETm 
(mm/dia)
Kc
Emerg.- início da floração (V0-R5) 0-35 3,4 0,69
Início - final floração (R6-R7) 35-60 6,0 1,28
Final floração – maturação (R8-R9) 61-80 4,7 1,04
Steinmetz (1997)
23/10/2020
81
Coeficientes de cultura do feijoeiro no sistema preparo 
convencional.
Dias após a emergência Coeficiente de cultura
0-10
11-21
0,60
0,70
22-32 0,80
33-42 0,98
43-54 1,25
55-62 1,17
63-72 0,96
73-82 0,62
Steinmetz (1984)
Floração (R6)
Dias após a emergência Coeficiente de cultura
0-14
15-24
0,49
0,69
25-34 0,77
35-44 0,90
45-54 1,06
55-64 0,89
65-74 0,74
75-84 0,48
85-94 0,27
Coeficientes de cultura do feijoeiro, cultivar Aporé, no
sistema plantio direto.
Silva & Stone (s.d.).
Floração (R6)
23/10/2020
82
Coeficientes de cultura em função do nível de cobertura do 
solo e do desenvolvimento do feijoeiro cultivado
Sistema Plantio Direto (Moreira et al., 2001).
Exigências climáticas
Efeito de períodos de inundação do solo durante o florescimento na 
produtividade do feijoeiro.
Fonte: Silva (1982)
Dias de inundação Redução da produtividade
2 48%
4 57%
6 68%
23/10/2020
83
Fenologia x Condições climáticas
Estádio Fenológicos Clima
V0 – Germinação e 
emergência
- sensível à falta de água
- taxa de velocidade de germinação:
T<12 ºC diminui, T = 25 ºC favorece
V1 – Emergência - sensível a falta e ao excesso de água
V2 – Folhas primárias 
expandidas
- sensível a falta e ao excesso de água
V3 – Primeira folha 
trifoliada
- de V1 a V3 a planta ganha maior tolerância ao 
estresse hídrico e a baixa temperatura
V4 – Terceira folha 
trifoliada
- T<15 ºC com baixa luminosidade, diminuem a
formação de ramos laterais, reduzindo a área
foliar
- Deficiência hídrica restringe o porte da planta e
o índice de área foliar
FASE VEGETATIVA
Fonte: Gepts & Fernandez (1982); Wutke et al. (1999); Dourado Neto & Fancelli (2000) 
Fenologia x Condições climáticas
FASE REPRODUTIVA
Fonte: Gepts & Fernandez (1982); Wutke et al. (1999); Dourado Neto & Fancelli (2000) 
Estádio Fenológicos Clima
R5 – Botões florais - muito sensível à falta de água
R6 – Florescimento - queda natural de flores (40 a 75%)
- T<10 ºC reduz a germinação do polén e não
produz vagens e sementes
- T<16,8 ºreduz o crescimento do tubo polínico
- T entre 12,8 e 21ºC não interfere no no de vagens
e ocorre aumento linear no no de grãos/vagem
- muito sensível à falta de água
R7 – Inicio da formação 
das vagens
- T de 30-35/25 ºC (dia/noite) promove
abortamento de vagens jovens
- muito sensível à falta de água
R8 – Enchimento de 
vagens
- T>30 ºC promove redução no no de grãos/vagem
- falta de água promove redução da massa de
grãos
R9 – Maturação - Exige ausência ou baixa disponibilidade de água
23/10/2020
84
Temperatura
• Desenvolvimento: 20 e 35ºC.
• Germinação: 23 a 32,5ºC,
independente do genótipo.
• Formação de nódulos: 24 e 33ºC.
Exigências climáticas – Vigna unguiculata
Temperatura
• O bom desenvolvimento da cultura ocorre na faixa de
temperatura de 18 a 34°C.
• A temperatura base abaixo da qual cessa o
crescimento varia com o estádio fenológico. Para a
germinação, varia de 8 a 11°C enquanto para o
estádio de floração inicial, de 8 a 10°C.
• Elevadas temperaturas prejudicam o crescimento e o
desenvolvimento da planta.
• Temperaturas baixas (<19°C) influenciam
negativamente a produtividade do feijão-caupi,
retardando o aparecimento de flores e aumentando o
ciclo da cultura.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/FeijaoCaupi/glossario.htm
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/FeijaoCaupi/glossario.htm
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O feijão-caupi possui estômatos mais efetivos
que o feijão comum.
ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS
• R = produtividade de grãos (kg ha-1)
• P = população de plantas (180 a 240 mil plantas ha-1)
• Vp = nº de vagens planta
-1 (12 a 22 vagens planta-1)
• Gv = nº de grãos vagem
-1 (5 a 7 grãos vagem-1)
• M = massa de 100 grãos (20 a 28 gramas 100 grãos-1)
• Vp, Gv e M = componentes da produção
1000
)100/.(.. MGVP
R
vp
=
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Poder de compensação
Planta de feijão com 
cerca de 120 vagens, 
encontrada isolada 
em área de pivô.
Numa lavoura cada 
planta tem entre 10 e 
15 vagens em média.

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