Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Campus Toledo Disciplina: Introdução a Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Data: 12/07/2021 Nome: Rogerio Machado Nascimento R.A: a2370336 Nome: Samuel Barbosa Alves De Moura R.A: a2371480 1) A fermentação é um processo importante para a indústria alimentícia, uma vez que possibilita a fabricação de produtos como pães, cerveja, iogurte e queijos. Esses produtos são formados por diferentes modos de fermentação, sendo o iogurte e o queijo, por exemplo, formados a partir da a) fermentação alcoólica. b) fermentação simples. c) fermentação glicosídica. d) fermentação complexa. e) fermentação lática. (Resposta certa) 2) Por que o iogurte natural é fermentado diretamente na embalagem a ser comercializada? Explique. O iogurte tradicional (natural) deve ser fermentado dentro da embalagem na qual é comercializado, pois a legislação possui especificações com faixas estreitas; qualquer tentativa de realizar a fermentação fora da embalagem a ser comercializada aumenta o risco de contaminação e resultará em um produto fora das especificações. A regulamentação técnica, baseada na IN46 de 23 de outubro de 2007, determina que sua consistência deve ser firme, pastosa ou semi-sólida, de cor branca, odor e sabor característicos. Deve ainda apresentar como requisitos físicoquímicos 3,0g a 5,9g de gordura/100g e acidez na faixa de 0,6g a 1,5g de ácido láctico/100g 3) Assista aos 3 vídeos (que estão no final do arquivo da aula) e explique como é realizada a produção do iogurte saborizado. Introdução A produção do iogurte saborizado possui etapas bem definidas e consiste, principalmente, em ter um processo robusto na capacidade de misturar os ingredientes sob condições de temperatura e agitação controladas. Podemos observar que a adição de uma fruta ao iogurte é essencial para caracterizar o produto vendido, porém, em comparação aos outros ingredientes adicionados, não é o principal fator que irá definir a textura, sabor e aspecto homogêneos do produto. Leite como matéria prima Invariavelmente, o leite, matéria prima principal na fabricação do iogurte, pode sofrer variações entre os produtores devido as características de cada gado, ração, pasto e região; Doenças mastológicas não diagnosticadas, podem também influenciar na qualidade do leite e consequentemente na produção do iogurte. O estado da arte na coleta e transporte do leite com máquinas automatizadas, tubulações com sistemas de higienização eficientes, caminhões e silos com temperaturas controladas, oferece condições para que o leite entre na produção com as suas características preservadas e, consequentemente, ofereça baixo risco de desvios durante o processo. Produção da Geléia Na saborização do iogurte, além de ser feita com frutas selecionados, utiliza-se apenas a polpa da fruta que irá ser transformada em geléia com adição de água, aromatizantes artificiais, naturais e estabilizantes para dar uma consistência uniforme; para frutas que não possuem uma cor própria suficiente, em oferecer padronização ao processo, é adicionado corantes artificiais. Frutose e sacarose são açucares adicionados ao processo que, além de ser fonte energética, contribui para a padronização do sabor no produto; ao longo de todo o processo de produção da geléia, temperatura e agitação são fundamentais para homogeneidade e pasteurização da massa produzida. Padronização do leite A captação do leite para produção do iogurte é feita de várias fontes diferentes, necessitando que haja uma padronização do leite nas suas características físico químicas; esta padronização é realizada com adição de leite em pó, leite padronizado e creme. Após realizada adição nas devidas proporções, a mistura é submetida a pasteurização por meio minuto; uma vez livre de bactérias nocivas a saúde, agora a mistura precisa ser submetida a homogeneização sob pressão, para emulsificar a fração de gordura com a fração aquosa do leite. Produção do Iogurte O leite padronizado é transferido para tanques sob agitação e temperatura controlados, onde então são adicionadas bactérias vivas, inclusive semelhantes às que fazem simbiose no trato digestivo humano, para realização do processo de fermentação; essas bactérias são de cepas específicas e rigorosamente selecionadas de acordo com a legislação que trata sobre segurança alimentar, obtendo o máximo de rendimento no processo de fermentação, que pode levar de 6 a 20 horas dependendo do iogurte que se deseja produzir; dentre os diversos compostos orgânicos que estas bactérias produzem, está o acetaldeído que dá ao produto seu sabor característico. Envase e embalagem Nesta etapa é aonde a geléia e o iogurte se encontram, através de dutos e bicos dosadores, para formar o iogurte saborizado, preservando o frescor de cada massa envasada. Dentre os vários pontos críticos de controle durante o processo, o envase e a embalagem devem possuir controles rigorosos na filtragem do ar e selagem eficientes para evitar contaminação. A tecnologia de moldagem do recipiente, associada ao envase com imediata selagem, utiliza calor reduzindo os riscos de contaminação. No envase, a relação da altura e volume do recipiente, irá definir a coluna de ar necessária para dar continuidade ao processo de fermentação em estufas, produzindo Ácido Lático, e manter as características do iogurte dentro de um prazo de validade definido; este controle é realizado durante o processo através de sensores que medem a altura da massa dentro do recipiente e, consequentemente, a coluna de ar pré-determinada. 4) Qual o papel do Engenheiro de Bioprocessos na indústria do leite? Contextualizando no cenário mundial, qualquer profissão deve aplicar os conceitos de sustentabilidade em suas atividades dentro e fora da indústria. O Engenheiro de Bioprocessos tem a visão de como os processos funcionam na sua intimidade, podendo oferecer soluções que visam o aproveitamento de tudo que é produzido, seja o produto principal ou os subprodutos correlatos. Na indústria do leite não é diferente e, a relação do engenheiro com o campo deve ser estreita, através do contato e troca de experiências com outros profissionais tal como o veterinário. O maior desafio da indústria do leite é a padronização da matéria prima que, pode ter diversas proporções em sua composição, associadas principalmente a raça do animal e suas características genéticas. Neste desafio, a biotecnologia entra como ferramenta fundamental na compreensão do desenvolvimento de um animal com sua genética modificada e preservada, com foco na produção da matéria prima com as características desejadas. 5) Dentre os vários produtos lácteos existentes, na aula foi apresentado o Iogurte. Você poderia explicar mais detalhes sobre os principais microrganismos fermentadores adicionados ao leite para a formação do Iogurte? Qual a função de cada um deles no processo fermentativo? “...segundo RIISPOA, o produto obtido pela fermentação láctea através da ação de Lactobacillus bulgaricus e do Streptococcus thermophilus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado. É um produto fermentado do leite com um sabor ligeiramente azedo. Fonte de proteínas, cálcio, fósforo, potássio, algumas embalagens citam como complementos vitaminas e minerais tais com do complexo B (B6 e B12, riboflavina, ácido fólico e niacina), vitamina A e zinco.” (1) “Entende-se por iogurte, yogur ou yoghurt, daqui em diante Iogurte, o produto, cuja fermentação se realiza com cultivos proto-simbióticos de Streptococcus salivarius subsp. Thermophillus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus aos quais pode-se acompanhar, de forma complementar, outras bactérias ácido-lácticas que, por sua atividade, contribuem para a determinação das características do produto final.” (2) “O iogurte é produzidoa partir da ação de uma cultura mista dos microorganismos Lactobacillus bulgaricus e do Streptococcus thermophilus. Essas bactérias se mantêm em crescimento associado ou culturas separadas que são inoculadas no leite em proporções definidas. Geralmente, utiliza-se a proporção de 1:1 (cocos para bacilos), que definem as características reológicas e aromáticas ideais. As bactérias lácticas, em convívio simbiótico, estimulam-se mutuamente, complementando o crescimento uma da outra. No início da fermentação, o pH do leite favorece o desenvolvimento do Streptococcus thermophilus. Com o aumento da acidificação, ou seja, do teor de ácido láctico a partir da lactose, crescem os Lactobacillus delbrurckii SSP bulgaricus. Estes são proteolíticos, obtêm aminoácidos a partir da caseína (glicina, histidina, valina) e ativam o crescimento dos estreptococos que, por sua vez, estimulam o crescimento dos lactobacilos, com a produção de ácido fórmico e gás carbônico. Durante a fabricação buscam manter o equilíbrio adequado das bactérias, para que o produto permaneça suficientemente ácido e aromático. A acidez torna os iogurtes alimentos relativamente estáveis por inibir o crescimento de bactérias Gram-negativas, onde o pH pode variar de 3,6 a 4,2, podendo atingir pH final de até 4,5.” (1) Webliografia: (1) https://www.einstein.br/noticias/noticia/iogurte (Acessado em 11/07/2021) (2) SILVA, M.A.P., LEÃO, K.M. e SANTOS, P.A. Tecnologia de fabricação de lácteos fermentados: Revisão bibliográfica. PUBVET, Londrina, V. 4 N. 15, Ed. 120, Art. 814, 2010. https://www.einstein.br/noticias/noticia/iogurte
Compartilhar