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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICO CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CAMPUS MARABÁ Relatório de Laboratório 2021 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICO CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CAMPUS MARABÁ Relatório: Produção de iogurte (Fermentação láctea) Trabalho realizado pelos acadêmicos Ana Lúcia Silva, Beatriz Nunes e Carlos André, Como requisito de avaliação parcial da disciplina, Processos biotecnológicos e fermentações, orientado pela Professora Marycely. 2021 SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................................................... 3 2. Objetivos ...................................................................................................... 5 3. Materiais ....................................................................................................... 5 4. Produção do iogurte ...................................................................................... 6 4.2. Preparo da Calda ................................................................................................ 6 4.3. Determinação da acidez em % de ácido láctico (TITULAÇÃO) ........................... 6 4.1. Materiais ................................................................................................. 6 4.2. Procedimento ........................................................................................ 6 5. Resultados e discussão ................................................................................... 7 6. Conclusão ............................................................ Erro! Indicador não definido. 7. Referência ..................................................................................................... 9 1. Introdução A legislação brasileira define iogurte como "produto obtido pela fermentação do ácido lático de Lactobacillus delbrueckii e Streptococcus thermophilus em leite integral, desnatado ou padrão". Pode ser acompanhada por outras bactérias lácticas, e sua atividade ajuda a determinar as características do produto final por meio de sua atividade². O iogurte é amplamente recomendado por suas propriedades sensoriais, probióticas e nutricionais, pois além do leite elaborado com culturas contendo alto teor de sólidos, ácido lático e açúcar, também pode ser rico em leite em pó, proteínas, vitaminas e minerais. Abaixo de. Produzido com ou sem gordura. ² Depois do queijo, o iogurte pode ser considerado o leite fermentado mais importante do mercado brasileiro. Existem muitos tipos de iogurte manufaturado industrialmente: iogurte duro, iogurte cru, iogurte líquido, polpa e polpa aromatizada. No entanto, a mistura básica de ingredientes é basicamente a mesma. Com o surgimento do iogurte com sabor de frutas, a produção e o consumo de iogurte em todo o mundo aumentaram consideravelmente. A adição de frutas efetivamente aumentou a aceitação do produto, pois nem todos os consumidores gostam do iogurte em sua forma natural10. Além da segurança alimentar exigida pelo consumidor, o leite utilizado na fabricação do iogurte deve conter pequena quantidade de microrganismos para garantir que o produto final tenha as características de sabor e textura desejadas. A Portaria nº 46 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 24 de outubro de 2007, define o teor de ácido lático do iogurte (por 100 gramas de ácido lático) de 0,6 a 1,5, sendo o valor do pH utilizado como rótulo e padrão de qualidade para iogurte. De 3,6 a 4,5. Nos últimos anos, a produção de iogurte brasileiro aumentou significativamente e o consumo é elevado, o que se deve principalmente à atratividade dos alimentos funcionais que aceita.4 O consumo per capita no Brasil é de cerca de 2 kg por ano. O consumo urbano é 300% maior do que o consumo rural. 5. Nas últimas décadas, a atenção das pessoas aos alimentos mudou muito. A nutrição continua a desempenhar um papel no fornecimento de nutrição, mas o conceito de alimento funcional vincula essa ciência à medicina e foi desenvolvido no século XXI. 3 Foi realizado no dia 26/02/21, durante a aula de Fermentação, ministrada pela Professora Marycely, no laboratório de Tecnologia de Alimentos, da Universidade do Estado do Pará, o experimento da Fermentação láctea, aonde foi analisado à Acidez e grau Brix do processo de fermentação do iogurte de sabores abacaxi e cupuaçu, utilizando – se matérias como bureta, refratômetro entre outros, o que requer atenção dos acadêmicos no manuseio destes durante o experimento, onde se observou a titulação da acidez e os açucares redutores, além da observação da fermentação dos microorganismos Lactobacillus bulgaricus e do Streptococcus thermophilus, processos que serão mais bem explicados neste relatório. Além disso, devido ao metabolismo dos componentes do leite pelas bactérias, eles são convertidos em substâncias mais simples. Pessoas que não toleram a lactose presente no leite 7 devido à falta de lactase em seus corpos podem consumir essas substâncias. Kleinmam (1990) destacou que, pelo fato de o conteúdo de lactose ser baixo, os indivíduos podem aumentar sua tolerância aos laticínios por meio da ingestão de produtos fermentados (como o iogurte) 8. A bactéria do ácido láctico tradicional na produção de iogurte é Streptococcus salivarius, associados a bactérias termofílicos, geralmente na forma de cadeias curtas e Lactobacillus delbrueckii ssp. Os bastonetes conectados longos da Bulgária usam a lactose como substrato de energia e liberam ácido láctico. Ambos os microrganismos são termofílicos e homossexuais. 9 O crescimento associado destas duas culturas resulta em menor tempo de coagulação do leite, maior produção de ácido láctico e um maior desenvolvimento de sabor e aroma no iogurte. S. thermophilus é muito menos acidificante que o L. bulgaricus.10 2. Objetivos Obter iogurte de frutas a partir do leite integral e observe as mudanças no processo. Reconhecer e representar a fermentação do leite. Observa a manifestação dos microrganismos Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus na fermentação láctea. Analisa o grau de acidez. 3. Materiais - Panelas - Colheres - Fogão - Estufa - Termômetro - Refratômetro - Balança - Liquidificador - PHmetro - Erlenmeyer - Balão volumétrico - Béquer - Bureta Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 1: Ingredientes utilizados na produção de iogurte. Ingrediente Quantidade Leite em caixa integral 3 L Leite em pó 160 g Açúcar 390 g Polpa de cupuaçu 292,5 g Polpa de abacaxi 292,5 g Água 195 mL Iogurte natural 375 ml 4. Produção do iogurte 4.1. Processo fermentativo Primeiramente, para evitar contaminação do produto final, a água com cloro foi utilizada para esterilizar das panelas. Já nos outros materiais água destilada. Para conduzir este experimento, adicione 3 litros de leite longa vida ao pote e, em seguida, adicione 160 gramas de leite em pó para aumentar os sólidos solúveis e torná-lo consistente. O próximo passo é aquecer a 70 ° C para efeito de pasteurização. Neste intervalo, medir a temperatura até atingir 43 ° C, que é a temperatura ideal para a ativação de microrganismos. Em seguida, acrescente 375g de iogurte natural, que contém bactérias do láctea (Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus), esses microrganismos irão consumir lactose e convertê-la em ácido lático. Depois de adicionar o iogurte, foram adicionado 10 ml de mosto em 5 frascos Erlenmeyer para controle da acidez, em seguida, coloque o frasco Erlenmeyer e a panela na estufaa 43 ° C. 4.2. Preparo da Calda A próxima etapa é preparar as caldas. A primeira calda é feita de abacaxi, que é cortado em rodelas finas, pesado e triturado com 48ml de água. Em seguida, colocado em uma panela com 45ml de água e 195g de açúcar até que se dissolva. Após a homogeneização, adicione o abacaxi até obter uma textura de calda consistente. A próxima calda é feita com polpa de cupuaçu, adicionado 48ml de água e triturado no liquidificador, portanto, ao misturar na homogeneização de 45ml de água e 195ml de açúcar, obtemos a calda. 4.3. Determinação da acidez em % de ácido láctico (TITULAÇÃO) 4.1. Materiais Amostra a ser analisada, solução de hidróxido de sódio N/9, solução alcoólica de fenolftaleína a 1%. 4.2. Procedimento Em seguida, foi feita a primeira titulação, pegue um Erlenmeyer e acrescentado água destilada e 3 gotas de fenolftaleína 1%. Em seguida, utilizamos uma bureta de 25ml a que se adiciona hidróxido de sódio 0,01% e incluindo 5ml dessa solução até atingir a coloração rosa, resultando em 0,45% de acidez. Após mais três titulações com os mesmos parâmetros, os resultados obtidos na 2° foram 7 ml de hidróxido de sódio e 0,63 de acidez. 3° 8,3ml de hidróxido de sódio e acidez 0,74. Por fim, é realizado um choque térmico, no qual um pote contendo iogurte é colocado em um recipiente grande com água gelada para inativar os microorganismos, sendo então refrigerado e misturado, em sequência foi distribuído amostras para todos presentes, cada um dando sua opinião sobre sabor, textura. 5. Resultados e discussão Durante o processo de fermentação, as bactérias do iogurte Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus (Figura 2) crescem de forma simbiose, produzindo ácido láctico, compostos aromáticos e coágulos. Fonte: Laboratório de Tecnologia de Alimentos UFPA, campus Belém. 13 Figura 1: a) Streptoccous thermophilus e b) Lactobacillus bulgaricus No início da fermentação, a acidez do leite (abaixo de 20ºD) é propícia ao crescimento de Streptococcus thermophilus, e alguns aminoácidos livres (principalmente valina) produzidos por Lactobacillus bulgaricus estimulam o crescimento de Streptococcus thermophilus, aumentando assim a Acidez, conforme mostrado em Figura 2. Conforme mostrado na Figura 2, a porcentagem de ácido láctico aumenta com o tempo. 11 Figura 2: % de ácido láctico em função do tempo Fonte: Laboratório de Tecnologia de Alimentos UEPA, campus marabá. Quando a temperatura atinge cerca de 46ºD, o meio não é propício ao Streptococcus thermophilus, é propício ao rápido desenvolvimento de Lactobacillus bulgaricus e produz acetaldeído, que é a principal razão para o aroma único do iogurte. Conforme a acidez aumenta, o valor do pH se aproxima de 4,6 (o ponto isoelétrico da proteína do leite) e ocorre a coagulação. 11 Porém, a cultura (inicial) de iogurte deve conter porcentagens iguais das duas bactérias, caso contrário não será possível obter odor consistente e características desejáveis em produtos industrializados. 1 A temperatura provou ser um fator importante na realização desta atividade, pois se a temperatura for superior à temperatura ideal, a bactéria não sobreviverá e, abaixo desta temperatura, a velocidade de processamento será bastante reduzida. A Portaria Normativa nº 46 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 24 de outubro de 2007 reduziu o teor de iogurte (por 100 gramas de ácido lático) de 0,6 para 1,5 conforme o padrão de identificação e qualidade do iogurte, portanto o ácido lático na produção final real O teor é de 0,65%, atendendo aos requisitos legais. Fonte: Laboratório de Tecnologia de Alimentos UEPA, campus marabá. O resfriamento do iogurte interrompeu o crescimento das bactérias lácticas, mas as bactérias lácticas mantiveram certa atividade metabólica. É por isso que a acidez do produto tende a aumentar e a viscosidade diminui durante o armazenamento. O iogurte preparado em boas condições de higiene e guardado no frigorífico pode ser guardado cerca de 30 dias, 1. Mas, segundo a professora Marycely, como não há aditivos nem conservantes, o iogurte produzido pela própria turma deve ser consumido em até 2 dias e pode ser produzido em casa. 1,1 0.74 0,63 0,45 A ci d ez Erlenmeyer 1 2 3 4 6. Conclusão Por meio desse trabalho, é possível conhecer as características de um iogurte de alta qualidade, ou seja, consistência suficiente, coalhada firme, textura cremosa, sabor e aroma únicos. Além disso, é possível conhecer as diversas etapas do processamento do iogurte, tais como: seleção da matéria-prima e preparo das misturas, homogeneização, tratamento térmico, inoculação, incubação e resfriamento. Do ponto de vista dos produtos caseiros, o iogurte é fácil de produzir, manejar e econômico, e a quantidade de iogurte obtida é maior do que a quantidade de leite utilizada. O teor final de ácido lático do iogurte é de 1,11%, atendendo aos requisitos legais. Portanto, um excelente iogurte comestível é obtido. 7. Referência 1. BEHMER, M. L. A. Tecnologia do Leite – 13ª ed. Revisada e atualizada – São Paulo: Nobel,1999. 2. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Resolução nº 46, de 24 de outubro de 2007, dos padrões de identidade e qualidade (PIQ) de leites fermentados. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 out. 2007. Seção 1, p. 5. 3. FUCHS, R.H.B.et al. Iogurte de soja suplementado com oligofrutose e inulina. Ciênc. Tecnol. Alim., Campinas, v. 25, n.1, p.175-181, jan. -mar. 2005. 4. VEDAMUTHU, E.R. The yogurt story – past, present and future. Part. V. Dairy, Food Environ. Sanit., v. 11, n. 8, p. 444-446, 1991. 5. SCHLINDWEIN, M.M.; KASSOUF, A.L. Mudanças no padrão de consumo de alimentos tempo-intensivos e de alimentos poupadores de tempo, por região do Brasil.In: SILVEIRA, F.G. et al. (Org.). Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas. Brasília, DF: IPEA, 2007. v. 2, p.423-462. 6. VEDAMUTHU, E.R. The yogurt story – past, present and future. Part. V. Dairy, Food Environ. Sanit., v. 11, n. 8, p. 444-446, 1991. 7. SALADO, G. A.; ANDRADE, M. O. Processamento e qualidade nutricional do iogurte. 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