Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Um exemplo de ferramenta para o cuidado seguro na UTI é o Fast Hug (FH). Trata-se de um mnemônico, inicialmente proposto pelo médico Jean-Louis Vincent com o objetivo de sistematizar o atendimento ao paciente crítico. Envolve sete itens que devem ser revisados diariamente a fim de evitar omissões nos cuidados intensivos. São eles: Feeding (Alimentação), Analgesia, Sedation (Sedação), Thromboembolic prevention (Profilaxia de trombose venosa), Head of bed elevated (cabeceira do leito elevada), stress Ulcerprophylaxis (profilaxia de úlcera de estresse) e Glucose control (controle glicêmico). FAST HUG Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Dor: use a escala de EVA e adeque uma sequência lógica para os analgésicos. Os analgésicos funcionam melhor se administrados regularmente e não apenas SOS. Feeding 1ª Pergunta: Seu paciente pode se alimentar? Devemos evitar ao máximo o jejum prolongado. Diversos trabalhos mostram que a nutrição precoce, em especial por via enteral, é capaz de melhorar o prognóstico. 2ª Pergunta: Via enteral ou parenteral? Será parenteral apenas os pacientes incapazes de realizar a disgestão pelo sistema gastrointestinal, face os riscos da infecção da NPT (nutrição aprenteral total). Se a dienta for enteral, é preciso ainda decidir entre ingesta oral - pacientes acordados, capazes de mastigar e deglutir, e com apetite minimamente preservado - ou por sonda enteral. Analgesia e Sedação A sedação excessiva aumenta o tempo de ventilação mecânica e o risco de complicações infecciosas. É preciso estar atento a dois fatores: Feeding (nutrição) Analgesia Sedação Tromboprofilaxia Head of the bed (cabeceira elevada) Ulver prevention Glycemic control FAST HUG Agitação: realize a profilaxia para delirium e monitore seu paciente. O primeiro sinal, em geral, ocorrerá à noite, com inversão do ciclo sono-vigília e/ou agitação. Envolvimento familiar Painel para comunicação visual Janela para ver dia e noite Atenção às medicações Musicoterapia Mobilização precoce Prevenção Delirium Uso óculos e prótese auditiva Relógio com data e hora Ambiente calmo Rastreie e trate infecções Induza o sono à noite Boa analgesia Tromboprofilaxia A melhor profilaxia é andar. Mas, infelizmente, doenças de Hepatotoxicidade Baixa potência Indisponível via parenteral Paracetamol Mielotoxicidade Casos de intolerância ("minha pressão cai") Dipirona Nefrotoxicidade Lesão aguda de mucosa gástrica Hipertensão e retenção hidrossalina AINE (ex: diclofenaco) Constipação Náuseas e vômitos (pp tramadol) Codeína e tramadol Constipação Prurido Distensão abdominal, íleo metabólico Depressão respiratória Morfina/Nalbufina base podem aumentar o risco de TVP (ex: câncer e pós-operatório) e/ou reduzir a deambulação. Nos pacientes sem contra- indicação, a heparina de baixo peso molecular será a principal ferramenta. Head of the bed Reduzir a principal complicação infecciosa da hospitalização: pneumonia. Contudo, ela deve ocorrer no contexto do cuidado como um todo e pode envolver outros protocolos de prevenção, como da infecção urinária e do cateter venoso profundo. FAST HUG Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Higiene oral Lavagem correta das mãos Evitar sedação excessiva e delirium hipoativo Revisão diária da necessidade do cateter venoso profundo Mudança de decúbito de 2/2 horas Mantenha o dorso limpo e hidratado (mas não suado!) Mantenha o curativo do acesso profundo seco e limpo Não elevar bolsa reservatório de urina acima do nível do paciente nem deixar encostar no chão Cabeceira elevada a 45 graus nas 24h em pacientes acamados Minimizar o tempo de cateter vesical - prefira método intermitente caso haja bexiga neurogênica Evite "camisinha" para auxiliar a micção, prefira o "patinho" Uso preferencial do acesso profundo via subclávia Prefira sistema coletor de urina fechado e não deixe a bolsa encostar no chão Avalie a necessidade de colchões especiais Prefira cateter venoso com o mínimo de lúmens possíveis (mais lúmens = maior risco) Não infundir soro para ver se cateter vesical está osbtruído Combate às infecções nosocomiais Ulcer Prophylaxis Destinada inicialmente à prevenção da "úlcera de estresse", tecnicamente "lesão aguda da mucosa gástrica", foi posteriormente estendida para oc cuidados com lubrificação da córnea (em pacientes comatosos) e prevenção da úlcera de decúbito (escara). Glycemic control O controle muito rigoroso da glicemia aumenta o risco de hipoglicemia e o pode piorar o desfecho final do paciente. Desse modo, a recomendação é um alvo entre 80-140/180 mg/dL, com uso de insulina conforme o resultado.
Compartilhar