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Anamnese com os pais · Momento de suma importância na avaliação pediátrica · Avaliar minunciosamente se algo pode ter acontecido · Gestação · Foi planejada ou não? · Descobriu cedo ou não? Mielomeningocele; · Com qual idade a mãe engravidou? Síndrome de Down · Qual a idade do pai? Autismo – a partir de 38 anos; · FIV – fator de risco para questões sensoriais, seletividade alimentar, etc; · Prematuridade – extremos de idade (muito novas ou mais de 35 anos); · A mãe já teve algum aborto ou gestação prematura? · Complicações na gestação: · Pré-eclâmpsia; · Deslocamento de placenta; · Placenta prévia; · Infecções urinárias; · Gestação gemelar. · Todas são fatores de risco! · Queixa principal: · Avaliar qual o principal fator que deve ser trabalhado naquela criança · Chegar a um objetivo em comum do terapeuta com os pais / responsáveis. · Histórico do nascimento: · Trabalho de parto – foi prolongado? Bem assistido? Evoluiu bem? · Idade gestacional – principal fator de risco para a PC é a prematuridade; · Reanimação e outras complicações; · Sofrimento fetal – o bebê relaxa o esfíncter e aumenta o peristaltismo intraútero (mecônio) – bebê pode aspirar a depender do trabalho de parto e desenvolver pneumonia, asfixia dentre outros; · Via do parto; · Apgar – de 0 a 10 (avaliação feita na sala de parto no 1°min e no 5°min); · Características físicas. História Pregressa Neonatal · Importância para suspeitas de diagnóstico; · Idade gestacional; · Peso ao nascimento – bebês muito magros tem atrasos no desenvolvimento e correlação com obesidade infantil; · Procedimentos neonatais – respiratórios (VM, HOOD, CPAP), fototerapia, antibioticoterapia; · Tempo de internação; · Alimentação; · Doenças – respiratórias, convulsões; · Medicações; · Intervenções cirúrgicas. Ambiente e preparação · Todo material separado; · Condições do ambiente; · Brinquedo dependerá da idade da criança e da habilidade que se quer avaliar; · Fita métrica, estetoscópio, goniômetro; · A avaliação inicia nas condições de chegada do paciente. Pontos de avaliação de bebês · Inspeção do crânio – RN: · Avaliação das fontanelas – se tiver reta está tudo bem, se estiver abaulada quer dizer que a pressão intracraniana está aumentada (se fecha com 1 ano e meio); · Estado do bebê: · Estado de alerta – olhos abertos com ou sem movimentos grosseiros; · Após 1h30 de alimentação; · Despido. · Perímetro cefálico: · Sexo feminino = 31,5 a 36cm ao nascimento; · Sexo masculino = 32 a 37cm ao nascimento. · Perímetro torácico: · Entre 30 a 33cm. · Tônus do bebê: · Ângulo da janela – flexão passiva de punho (é mais esperado que seja hipotônico do que hipertônico); · Ângulo pé-perna – dorsiflexão. · Não esquecer do tônus flexor fisiológico do bebê! · Manobra do Echarpe – avaliação de tônus de MMSS (bebê em supino vai com o braço do bebê até o outro lado do seu corpo – espera-se alinhamento do queixo, com o cotovelo e umbigo). · Ângulo poplíteo – bebê em supino faz a flexão do quadril e extensão completa do joelho com uma perna de cada vez; Pontos de avaliação de crianças · Melhor momento do dia para avaliação – sono, fome, escola... · Se a criança fala – escutá-la; · Diagnóstico – acabou de ocorrer? Definido? A criança sabe? · Necessidades do momento: família + criança; · Profissionais que acompanham; · Tratamentos realizados – cirúrgicos e terapias; · Dispositivos. Avaliação de ADM · Verificar quais ADMs estão com restrições de movimento e quais apresentam deformidades; · Observar também aquelas em que há aumento de ADM por compensação biomecânica – Down é comum hipermobilidade; · Goniometria padrão; · Atenção em tornozelos e punhos. Avaliação de reflexos miotáticos · Hiperreflexia; · Hiporreflexia; · Normorreflexia. · Lesão de motoneuronio inferior – hiporreflexia em um dos membros no hemisfério do mesmo lado da lesão; · Lesão de motoneuronio superior – hiperreflexia no hemisfério contrário à lesão em caso de hemiplegia. Testes especiais · Teste de Thomas: verificar a contratura de quadril · DD (supino), flexão de quadril de uma perna e avalia o encurtamento dos flexores de quadril da perna abaixada e reta (avalia a ADM de quanto falta para o neutro ou o quanto de ADM de flexão ele tem) · Verifica ilipsoas e reto femoral. · Teste de Ely: · Paciente em DV (prono), flexão de joelho até encostar o calcanhar no glúteo sem compensar com o quadril levantando da maca; · Avaliação apenas do iliopsoas. · Espasticidade: movimentação abrupta do segmento – é realizado no joelho! · Teste do ângulo poplíteo. · Igual ao dos bebês; · Encurtamento é medido com o goniômetro na articulação do joelho medindo o que falta para a sua extensão completa (isquiotibiais – flexores de joelho). · OBS: hipertonia pode gerar encurtamento muscular! · Clônus: imaturidade ou lesão neurológica · Lesão de motoneuronio superior – sinal clínico de diagnóstico; · Faz a dorsiflexão e o paciente fica com tremor no pé. · Nelaton-Galeazzi · DD sugestivo de luxação de quadril · Flexiona as duas pernas e vê o alinhamento dos joelhos – se tiver assimetria o teste é positivo. · O quadril luxado é o do joelho mais baixo. · Criança com PC tem grande chance de luxação de quadril. · Teste de Silverskiold: · Dorsiflexão com o joelho fletido e estendido. · Especialmente avaliação de hipertonia de tríceps sural. · Joelho estendido – uso de gastrocnêmico medial, lateral e sóleo · Joelho fletido – uso do sóleo apenas na dorsiflexão. Reflexos e Reações posturais · Testados conforme a idade e a severidade do paciente. · Reações de endireitamento e de proteção – sempre! Desenvolvimento · Avaliar qual o desenvolvimento motor que a criança apresenta; · Habilidades motoras grossas – marcos motores (sentar, andar, rolar, etc); · Habilidades motoras finas – especialmente manual (mais de um ano de idade); · Funcionalidade – transição de posturas, manutenção das posturas; · Posturas rotineiras de brincar; · Equilíbrios. · A partir de um movimento executado pela criança é importante entender: · O paciente consegue realizar a ação? · Não. Porque? · Sim. Como o paciente realiza a ação (qualidade)? Faz em qualquer situação? Necessita de adaptação? · Quais os sistemas estão contribuindo para a realização do movimento? Sensação, percepção, força. Desenvolvimento Cognitivo · Tipos e formas de brincar; · Funcionalidade: · Independência da criança – tarefas rotineiras correspondentes à idade; · Assistência do adulto; · Formas de locomoção; · Tipos de manuseio de objetos; · Atividades e participação da criança. · Fala – balbuciou, comunicação alternativa; · Alimentação. Raciocínio clínico · Diante da avaliação, o terapeuta deve perguntar: · Qual é a doença em questão e/ou local da lesão? · Quais sinais clínicos estão geralmente relacionados a esse tipo de lesão? · Quais comprometimentos existem ou podem ocorrer? · Qual o prognóstico esperado? · Quais funções podem ser aprimoradas? Objetivos do tratamento · Escrita através de verbos; · Realistas; · Curto, médio e longo prazo; · Preconiza-se funcionalidade, preferencialmente aquelas em que fará diferença na vida cotidiana da criança e da família; · Participação da família. Plano de tratamento · Aquilo que se tem à disposição; · Adaptado para a idade, cognição, perfil sensorial e aquisições motoras da criança; · Necessidade de mais de uma opção para cada objetivo; · Atenção a necessidade de treino com ou sem órteses, palmilhas, etc. · Família para dentro do tratamento – equipe! Evolução do tratamento · Pode-se evoluir nos pequenos detalhes; · Brinquedos e brincadeiras; · Ambiente; · Treinos de funcionalidades; · Novas adaptações – aquisição de novas habilidades.
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