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Afecções respiratórias em aves

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Principais Afecções Respiratórias 
em Aves de Companhia 
▪ Animal de vida livre ou pet? 
▪ Aspectos anatômicos 
o Trato respiratório superior: narinas, cavidade 
nasal, conchas nasais, seio intra-orbitário, 
coanas, laringe, sacos aéreos cervicais, 
traqueias 
o Trato respiratório inferior: siringe, brônquios, 
saco aéreo clavicular, sacos aéreos torácicos 
craniais e caudais, sacos aéreos abdominais e 
pulmões 
o OBS.: Os únicos sacos aéreos em TRS são os 
cervicais 
o Coruja não tem inglúveo 
▪ A maioria das aves possuem 9 sacos aéreos 
▪ Saco aéreo cervical é o único que não é par (4 pares+1), 
algumas espécies possuem mais e outras menos 
▪ Parabrônquios: unidade respiratória 
ASPECTOS FISIOLÓGICOS: 
▪ Fluxo respiratório contínuo 
▪ Os sacos aéreos realizam 2 ciclos respiratórios por vez 
(aumento de 20% de sua eficácia) 
▪ Ausência de diafragma – respiração mecânica 
▪ Trocas gasosas: o ar passa de forma contínua nos 
parabrônquios e a troca gasosa é realizada nos capilares 
aéreos 
▪ Mecanismo de defesa: tosse, espirro, muco, inflamação, 
cels de defesa 
▪ Fluxo de sacos aéreos (dois ciclos respiratórios) 
o 1ª inspiração: o ar entra nos sacos aéreos caudais 
o 1ª expiração: o ar sai dos sacos aéreos caudais e 
vai para o pulmão 
o 2ª inspiração: o ar sai dos pulmões e vai para os 
sacos aéreos craniais 
o 2ª expiração: o ar sai dos sacos aéreos craniais e 
vai para o meio externo 
▪ Para anestesias inalatórias – sacos craniais 
▪ Não ocorre troca gasosa em sacos aéreos, pois estes são 
praticamente avasculares o que também representa uma 
dificuldade terapêutica. Preferir optar por inalação 
MANEJO E AMBIENTE 
▪ Nutrição 
▪ Ventilação 
▪ Umidade/temperatura 
▪ Uso desenfreado de medicações pelo tutor – 
resistência bacteriana 
▪ Relações inter e intraespecífica 
▪ Cuidado com medicações diluídas em água 
▪ Exame clínico: estresse 
▪ Inspeção de sinais respiratórios 
▪ Planejamento 
▪ Contenção correta 
▪ Oxigenoterapia 
AFECÇÕES BACTERIANAS 
Klebsiella spp 
▪ Bacilo gram negativo 
▪ Pode ser agente primário ou secundário 
▪ Infecção sistêmica (septicemia) ou localizada 
(mais comum) 
▪ Doença respiratória crônica 
▪ Cepas extremamente resistentes a vários 
antibióticos 
▪ Infecções localizadas: sinusite, aerosaculite, 
pneumonia 
▪ Diagnóstico: Cultura com antibiograma 
▪ Tratamento: antibioticoterapia 
 
Pseudomonas spp 
▪ Gram negativa 
▪ Normalmente encontradas em pequenas 
quantidades na microbiota. Atua em aves 
imunossuprimidas (ex.: filhotes) e/ou com 
deficiência nutricional 
▪ Acomete trato respiratório e comprometimento 
digestório secundário 
▪ Trato respiratório superior 
▪ Pneumonia, aerossaculite, broncopneumonia 
▪ Sinais clínicos (em sequência) 
o Discretos espirros sem secreção – o tutor 
acha que é comum 
o Secreção nasal 
o Dispneia – onde o tutor começa a se 
preocupar 
o Diarreia: enterite catarral hemorrágica 
(consequentemente terá uma desidratação) 
▪ Obs.: não há cura espontânea 
 
Chlamydophila psittaci 
▪ Bactéria intracelular gram negativa 
▪ Transmissão por via aerógena 
▪ Zoonose: transmitida pelo “pó” das penas e fezes, 
acomete humanos imunossuprimidos (idoso e 
criança) podendo levar à óbito. Em humanos é 
chamada de psitacose. 
▪ Tratamento LONGO: 
o 35-40 dias de Doxiciclina 
o Omeprazol (cápsula), Sulcrafato* (líquido) 
ou mandar manipular: protetor gástrico 
(utilizar antes da doxiciclina) 
▪ Sinais clínicos: 
o Anorexia 
o Desidratação 
o Asas pendentes e eriçadas 
o Hipotermia 
o Tremores 
o Conjuntivite – sinais clínicos mais 
específicos 
o Blefarite 
o Ceratoconjuntivite 
o Dispneia 
o Sinusite 
o Diarreia 
▪ Diagnósticos diferenciais: herpesvírus, 
paramixovírus, Salmonelose 
▪ Diagnóstico: PCR, a cultura bacteriana não é 
eficaz, pois é uma bactéria intracelular 
 
Mycoplasma spp 
▪ Intracelular Gram positiva 
▪ Estritores respiratórios, tosse, espirrom dispneia, 
descarga nasal e ocular, sinusite infraorbital e 
conjutivite 
▪ Acomete aves, roedores e humanos 
▪ SC inespecíficos 
▪ Não adianta fazer cultura 
▪ Tratamento: 
o Antibioticoterapia com Tetraciclinas 
▪ Diagnóstico: PCR 
▪ Diagnósticos diferenciais: herpesvírus e clamidiose 
AFECÇÕES FÚNGICAS: 
Aspergyllus 
▪ Zoonose 
▪ Transmissão por inalação ou ingestão de esporos ou 
hifas, geralmente de sementes compradas à granel com 
armazenamento irregular 
▪ Os sinais clínicos variam de acordo com a quantidade 
de esporos ingeridos ou inalados 
▪ Forma aguda: 
o grande quantidade de esporos inalados 
o Granulomas difusos 
o Colonização massiva 
▪ Forma crônica: 
o Pouca quantidade de esporos inalados 
o Progressão lenta 
▪ Aspergilomas: comum em flamingos imunossuprimidos 
▪ Diagnóstico: 
o Microlaparoscopia/videolaparoscopia 
o Endoscopia 
o Raio-x: aspergilomas vistos em situação 
crônica 
o Cultura fungica se tiver acesso com 
videolaparoscopa (20-30 dias) 
o Citologias ou topopatologico post mortem 
o Necropsia+ histopatológico 
▪ Tratamento 
o Anfotericina B – mais eficiente, porém é um 
medicamento caro e difícil de encontrar 
o Fluconazol 
o Intraconazol (maior toxicidade) 
 
Cândida spp 
▪ Presente na microbiota normal 
▪ Transmissão VO através de beijos 
▪ Sinais clínicos evoluídos 
o Se iniciam com placas esbranquiçadas perto de 
coanas que podem se proliferar e causar 
obstrução de trato respiratório 
o Hiperqueratose 
o Descamação superficial 
o Em casos graves: Necrose de lâmina própria na 
laringe, cavidade nasal, traqueia e pulmões 
▪ Diagnóstico: 
o Sinais clínicos 
o Cultura fúngica 
o histopatológico 
▪ Apresenta diagnóstico preciso quanto aos sinais clínicos 
▪ Cultura fungica é demorada 
▪ Histopatológico 
▪ Tratamento: 
o Fluconatol/cetoconazol* o melhor 
o Intraconazol 
o Nistadina: é barato e age por contato, então é 
eficaz para afecções em cavidade oral, não é 
muito bom para candidíases mais específicas, 
neste caso, entrar com intraconazol 
AFECÇÕES VIRAIS 
▪ Herpesvírus 
▪ DNA vírus 
▪ Causa Laringotraqueíde infecciosa em canários 
▪ Causa Traqueíte infecciosa dos papagaios 
▪ Transmissão por via aerógena 
▪ Sinais clínicos: 
o Dispneia 
o Engasgo 
o Tosse 
o Muco sanguinolento em situações mais 
avançadas 
▪ Diagnóstico: isolamento viral 
▪ Tratamento controverso – muitas vezes é indicada a 
eutanásia 
 
Considerações finais: 
Oxigenoterapia prévia em todas as manipulações, ter 
toalhas para contenção, estetoscópio neonatal para 
melhor ausculta respiratória e cardíaca, manter o animal 
em UTA (unidade de temperatura animal) com controle 
de temperatura e umidade. 
Nebulizador ultrassônico – quebra a partícula menor 
dado uma boa passagem para o sistema respiratório que 
é mais delgado em aves 
Nebulizador Pneumático (utilizado em humanos) – não 
quebra a molécula em partículas menores para aves e 
faz muito barulho assustando as aves 
Acetilcisteína – fluidificar secreções sólidas em casos 
severos

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