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NELIZE MILENA BOMFIM MILEK -RA 1312020230 
 
AO DOUTO JUÍZO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA DA COMARCA DE 
CURITIBA/PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AIRTON SANTANA RODRIGUES, brasileiro, divorciado, vigilante, inscrito no CPF 
sob o nº 024.533.319-30 e no RG nº 7371805-8, Cel.: (41)996638831, residente e 
domiciliado à rua Belmiro Kruger, nº 185, Bairro Campo de Santana, CEP nº 81490-514, 
nesta Comarca, Curitiba-PR, vem, respeitosamente, por meio de seu advogado que esta 
subscreve (procuração em anexo), perante Vossa Excelência, com base nos Arts. 13 e 15, 
da Lei nº 5.478/68, no Art. 1.699, do Código Civil, bem como Art. 693, § único, do 
Código de Processo Civil, propor: 
 
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS C/C 
REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO 
DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
 
Em face de JULIA WYNNE DE SOUZA RODRIGUES, brasileira, menor, 
representada no ato por sua genitora, JOANA APARECIDA DE SOUZA, brasileira, 
divorciada, inscrita no CPF sob o nº 351.287.982-91, residente e domiciliada à rua Lydia 
Girardi Bertholdi, nº 60, bairro Campo de Santana, CEP nº 81490-416 nesta Comarca, 
Curitiba-PR, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir: 
 
1 DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
Tendo em vista que o requerente declara não possuir, no momento, condições 
financeiras para arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios, sem 
prejuízo do seu próprio sustento ou da sua família, requer a concessão dos benefícios da 
Justiça Gratuita, nos termos do Art. 98 e seguintes do CPC. 
 
 
2 DOS FATOS 
 
O requerente foi casado com a representante da requerida até o dia 13 de 
novembro de 2012, conforme termo de acordo realizado em audiência anexado às fls..., 
data em que, além do divórcio, foi estipulada a pensão alimentícia no valor de 27,30% 
dos rendimentos líquidos do requerente, a ser descontado e folha de pagamento. 
Ademais, ficou estipulado que a guarda permaneceria com a genitora e que o 
direito de visitas do requerente seria exercido aos sábados e domingos alternados, sendo 
que deveria buscar a sua filha às 14 horas na residência materna e devolvê-la às 18 horas 
no mesmo dia e local. 
Ocorre que o requerente, recentemente, tornou-se pai de duas outras filhas, 
gêmeas, Ana Karolina Alves Rodrigues e Anna Julia Alves Rodrigues, nascidas aos 08 
de janeiro de 2015, resultantes de sua união com a senhora Lucineia Alves, conforme 
certidões de nascimento anexadas (fls...). Diante disso, o autor precisa que seja reduzida 
a pensão da requerida para que seja possível sustentar suas outras duas filhas, pois com o 
percentual atual da pensão não tendo sido possível. 
Ademais, o autor requer que sejam regularizadas as visitas, pois o que foi 
determinado na sentença (fls...) não está sendo cumprido há mais de dois anos. Sempre 
que o autor marcava para buscar a menor, a genitora nunca se encontrava em casa, sendo 
que, algumas vezes, até foi à praia sem avisar para não cumprir com a visita. 
Além disso, é necessário ressaltar também que a genitora chegou a se mudar para 
Rondônia, em 2013, com a menor, sem ao menos avisar ao autor, que apenas ficou 
sabendo pela irmã da genitora. 
Diante disso, o requerente pretende a revisão da pensão alimentícia e a 
regularização do seu direito de visitas, motivo pelo qual interpõe a presente demanda. 
 
3 DO DIREITO 
3.1 DO DIREITO DE REVISÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA 
 
 A pensão alimentícia é fixada com base em três fatores: a necessidade de quem 
recebe, a possibilidade de quem paga e a proporcionalidade. Diante disso, se um desses 
fatores é modificado também é possível revisar o valor da pensão. Nesse sentido, prevê o 
Art. 1.699 do CC: 
 
“Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na 
situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, 
poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as 
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.” 
 
Para corroborar, salienta o doutrinador e professor Silvio Rodrigues, “uma vez 
fixada, a pensão alimentícia pode ser alterada por reclamação de qualquer das partes, 
desde que evidencie ter sobrevindo mudança na fortuna de quem fornece os alimentos, 
ou na de quem os recebe.” 
Nesse sentido, vale trazer à baila decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo: 
 
REVISIONAL DE ALIMENTOS - Alimentos fixados, para filha 
menor, em 33% dos ganhos líquidos do alimentante - Alegações 
de novo casamento e de nascimento com a mãe, que contraiu 
novas núpcias - Necessidade de o alimentante prover, com uma 
única fonte de renda, o sustento próprio e da nova família - 
Situação financeira do alimentante, desde a fixação da pensão - 
Ocorrência de fatos que aumentaram as despesas do 
alimentante e que justificam a redução da pensão devida à filha 
menor - Alteração do binômio necessidade / possibilidade, que 
norteia a obrigação alimentar - Tratamento equitativo de todos 
os filhos - Aplicação dos arts. 400 e 401, do Código Civil - Ação 
julgada improcedente - Recurso provido, em parte, para reduzir 
a pensão a 25% (vinte e cinco por cento) dos ganhos líquidos do 
alimentante. (TJSP - AC 92.525-4 - São Paulo - 8ª C. D. Priv. - 
Relª. Juíza Desª. Zélia Maria Antunes Alves - J. 24.03.1999 - v. 
U.) 
 
Observa-se que, na decisão acima, houve mudança na situação financeira do 
provedor de alimentos, visto que contraiu novo casamento e precisava sustentar a si e sua 
nova família, portanto, foi concedida a redução da pensão pelo Tribunal. 
Ainda, conforme dispõe o artigo 15 da Lei nº 5.478/68, os alimentos fixados ou 
homologados, não transitam em julgado, e pode a qualquer tempo ser revista para 
atender à verdadeira situação das partes. 
Nesse sentido, caracterizada a alteração negativa da situação econômica do 
requerente, se faz necessário a redução da pensão alimentícia devida à requerida, 
respeitando-se, dessa forma o binômio necessidade/possibilidade. 
 
3.2 DO DIREITO DE VISITA 
 
É direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a presença dos pais, 
e não se nega que é direito do requerente, que tendo sido impedido pela genitora de visitar 
sua filha, prestar à requerida o direito de visita, nos termos do Art. 19 do Estatuto da 
Criança e do Adolescente. Ademais, o Art. 1.583, §5º, do CC, dispõe: 
 
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha 
a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal 
supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima 
para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou 
subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente 
afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos. 
 
Portanto, o requerente, apesar de não possuir a guarda da requerida, tem a poder-
dever de supervisionar os seus interesses. Nesse sentido, salienta Maria Berenice Dias: 
 
“A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à 
mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça 
os vínculos paterno e materno-filial [...] 
Consagrado o princípio proteção integral, em vez de 
regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de 
convivência, pois não há proteção possível com a exclusão do 
outro genitor.” 
 
Sendo assim, em consonância com o princípio do melhor interesse da menor, o 
requerente requer que sejam regulamentadas as suas visitas à requerida da seguinte forma: 
 
• Finais de semana intercalados, um com a mãe e o outro com o pai, devendo a 
genitora avisar ao requerente caso pretenda se ausentar da comarca com a filha; 
• Feriados intercalados; 
• Dias dos pais com o requerente; 
• Natal e ano novo intercalados e alternados, sendo que, no primeiro ano, o Natal 
será com a representante da requerente e o Ano Novo com o requerente. 
 
3.3 DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Nos termos do Art. 300, do CPC/15: “A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direitoe o perigo de dano ou o risco 
ao resultado útil do processo.” Dessa forma, verificam-se presentes, tanto os elementos 
que evidenciam a probabilidade do direito quanto o perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo. 
Os documentos anexados à inicial (certidões de nascimentos às flss..) dão 
credibilidade à alegação do requerente, apresentando, de forma clara e cristalina, a 
probabilidade do direito invocado, principalmente pela comprovação da alteração de sua 
situação financeira daquela à época da pactuação dos alimentos. 
Já o perigo de dano se mostra no fato de que suas novas filhas são recém-nascidas 
e precisam ser sustentadas pelo pai, sendo que, com a atual pensão, tem enfrentado 
dificuldades para sustentar as 3 filhas. 
Dessa forma, requer digne-se Vossa Excelência de antecipar, liminarmente, a 
tutela pretendida, com fundamento no Art. 300, do CPC, decretando-se a redução da 
pensão alimentícia devida pelo requerente à requerida, para o valor corresponde a 10% 
(dez por cento) do salário-mínimo vigente, a ser descontado em folha de pagamento, 
devendo ser oficiada a empregadora do requerente. 
 
4 DOS PEDIDOS 
 
 Ante o exposto, requer: 
 
a) o deferimento de gratuidade de justiça, nos termos dos Arts. 98 e 99, do CPC; 
b) a título de TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, nos termos do Art. 294 
e ss. do CPC, a redução da pensão alimentícia para o valor correspondente a 15% (quinze 
por cento) sobre o salário líquido do requerente; 
c) deferida a tutela, expeça-se ofício para a empregadora do requerente, RUDDER 
SEGURANÇA LTDA, localizada à rua Pedro Augusto Menna Barreto, nº 238, bairro 
Água Verde, nesta Comarca; 
d) citação da requerida, na pessoa de sua genitora, para comparecer à audiência de 
mediação e conciliação, nos termos do Art. 695, do CPC; 
e) a intimação do Ministério Público, nos termos do Art. 698 do CPC, para que se 
manifeste no presente feito em razão do interesse de incapaz; 
f) ao final, não havendo acordo e com a contestação apresentada pelo requerido, 
nos termos do Art. 335 do CPC, sob pena de revelia, seja julgado procedente o pedido 
para decretar-se a revisão da pensão alimentícia devida pelo requerente à requerida, 
fixando-se em 10% (dez por cento) do salário-mínimo vigente, a saber, a quantia de R$ 
121,20 (cento e vinte e um reais e vinte centavos) mensais; 
g) a condenação da requerida ao pagamento de custas e honorários. 
 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, em 
especial prova oral com oitiva de testemunhas, depoimento pessoal da ré e prova 
documental. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ R$1.454,40 (mil, quatrocentos e cinquenta e quatro 
reais e quarenta centavos). 
 
 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento. 
 
Curitiba/PR, data. 
 
Advogado 
OAB/UF

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