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<p>Modelo de Petição Inicial - Alimentos</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __º VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXXXXXXXX – PR.</p><p>ANA MARIA, brasileira, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora, MARIA, brasileira, solteira, portador da Cédula de Identidade RG nº XXXXXX SSP/PR e inscrita no CPF/MF nº XXXXXXXXXXX ambas residentes e domiciliadas na Rua XXXXXXXXX, nº XXXXXXX, Pq. Universidade,XXXXXXXX/PR., CEP XXXXXXXXXXXXXX, Paraná, por meio de seu procurador infra-assinado (instrumentos de procuração em anexo), vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE ALIMENTOS em face de JOÃO, brasileiro, inscrito no CPF/MF nº XXXXXX residente e domiciliado no endereço situado na Rua XXXXXXXXXXXXX o, nº 464, XXXXX/PR, CEP: XXXXXXXX, pelas razões de fato e de direito, que passará a expor, para ao final, requerer:</p><p>I. PRELIMINARMENTE.</p><p>A parte autora da presente ação pede, que seja concedido os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis a espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente, na forma do artigo 4º, da Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83. Declaração de hipossuficiente em anexo.</p><p>II. DOS FATOS.</p><p>A requerente é filha do requerido Sr. JOÃO e da Sra. Maria. A filha vive com a mãe Sra. Maria, sendo a genitora a que arca com todas as despesas que garantem a subsistência da requerente.</p><p>A genitora da requerente é desempregada, mas com seus poucos de rendimentos que consegue, todos são comprometidos com as despesas dela, isto é, gastos típicos com escola, alimentação, vestuário, etc.</p><p>Assim, apenas com a apuração e fixação judicial dos alimentos, poderá se estabelecer a valor que atenda ao menos as necessidades alimentares da requerente, visto que também cabe ao Pai a dita obrigação, que decorre da Lei e da moral.</p><p>Enfim, o sustento da filha se tornou impossível apenas para ser arcado pela Mãe, razão pela qual se faz necessária a condenação do requerido para o pagamento da pensão alimentícia, no importe de um salário mínimo, que atualmente totaliza o valor de R$1.100,00 (um mil e cem reais).</p><p>Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer sucessivamente, seja fixado como pensão no valor de 30% sobre os ganhos do requerido, incluindo férias e 13º salário, é o mínimo legal e moral que o genitor deve pagar.</p><p>III. DA NECESSIDADE DO ALIMENTANDO.</p><p>A Requerente tem hoje despesas mensais fixas em torno de R$1.799,90 (um mil, setecentos e noventa e nove reais e noventa centavos) sendo elas descritas na tabela abaixo, bem como comprovadas por inúmeros documentos que a presente peça inicial acompanha.</p><p>>>>>>>>> INSERIR PLANILHA DE GASTOS <<<<<<</p><p>Assim, requer a condenação do requerido para o pagamento da pensão alimentícia, no importe de uma salário mínimo, que atualmente totaliza o valor de R$1.100,00 (um mil e cem reais).</p><p>Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer sucessivamente, seja fixado como pensão no valor de 30% sobre os ganhos do requerido, incluindo férias e 13º salário, é o mínimo legal e moral que o genitor deve pagar.</p><p>IV. DO DIREITO.</p><p>A nossa Constituição Federal, em seu art. 229, tem o seguinte teor:</p><p>Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.</p><p>Já o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil fala que “a criação e a educação dos filhos menores competem aos pais”, o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90, em seu artigo 22, determina:</p><p>Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.</p><p>Como verificado compete também ao requerido, promover a subsistência da filha, algo que não vem ocorrendo no caso citado, antes posto que a Sra. Maria é quem vem mantendo o sustento da filha.</p><p>A grande Doutrinadora Maria Helena Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil Brasileiro, 5. Vol., 18. Ed., São Paulo: Saraiva, 2003, p. 467 diz que:</p><p>(...) o fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da preservação da dignidade da pessoa humana ( CF, art. 1º, III) e o da solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao alimentado.</p><p>Podemos aqui citar o referente artigo 1.694, no seu caput, do Código Civil, subscreve que:</p><p>Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitarem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.</p><p>O requerido mesmo trabalhando, em nada colabora com o sustento da filha, que necessita do mínimo de subsistência para sobreviver. Neste sentido, fica demonstrado o binômio (necessidade x possibilidade), vez que as necessidades do alimentando demandam recursos consideráveis.</p><p>A ação de alimentos é disciplinada pela Lei 5.478/68, em seu artigo 2º, onde diz que o credor de alimentos exporá suas necessidades, provando apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor.</p><p>Assim resta mais que provado, que o pai tem o dever de prestar alimentos não podendo se escusar sobre tal dever em nenhuma hipótese.</p><p>Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente senão buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.</p><p>Pelos fatos em questão, requer a condenação do requerido para o pagamento da pensão alimentícia, no importe de um salário mínimo, que atualmente totaliza o valor de R$1.100,00 (um mil e cem reais).</p><p>Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer sucessivamente, seja fixado como pensão no valor de 30% sobre os ganhos do requerido, incluindo férias e 13º salário, é o mínimo legal e moral que o genitor deve pagar.</p><p>V. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS (TUTELA DE URGÊNCIA)</p><p>O art. 4º da Lei 5.478/68 fala que: “ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.</p><p>De mais a mais, a fixação dos alimentos provisórios em tutela de urgência é ínsita ao caso em pauta, dada a presença dos requisitos do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”, exigidos pelo art. 300, do CPC/15.</p><p>Ora, o primeiro requisito se mostra presente em vista da possibilidade patente de o alimentante arcar com os gastos de sua filha, na medida em que esta necessita de recursos mínimos para a sobrevivência, tratamento de saúde, medicamentos, moradia, lazer e alimentação, estando impossibilitada de auferir outra renda, bem como que há previsão expressa em lei de tal requerimento e há indícios suficientes e provas materiais nos autos, de tudo o que fora alegado.</p><p>O segundo requisito é igualmente inquestionável, à vista dos elementos capazes de demonstrar o perigo de dano à subsistência da parte requerente e de sua família.</p><p>Destarte, visto que é de extrema necessidade a alimentação da Requerente, deverão de máxima vênia, ser fixados imediatamente os alimentos provisórios nos termos acima declinados.</p><p>VI. DOS PEDIDOS</p><p>a) Diante dos fatos e fundamentos jurídicos, acima dispostos sobre a necessidade de subsistência da menor, requer a Vossa Excelência a concessão de liminar, de alimentos provisórios em favor da requerente, no importe de uma salário mínimo, que atualmente totaliza o valor de R$1.100,00 (um mil e cem reais). Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer sucessivamente, seja fixado como pensão no valor de 30% sobre os ganhos do requerido, incluindo férias e 13º salário, é o mínimo legal e moral que o genitor deve pagar.</p><p>b) Após isso, seja feita a citação do requerido, no endereço indicado no preâmbulo desta peça inicial, para,</p><p>Ilustrando o entendimento jurisprudencial, o julgado do Tribunal de Justiça da Paraíba, entende, in verbis:</p><p>AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO CONSENSUAL – Cônjuges que já estão separados de fato – Impossibilidade de retorno à vida em comum – Presença de interesse de incapaz na ação – Acordo que resguardou o direito dos cônjuges e, em especial, da prole menor de idade do casal – Disponibilidade do direito transacionado – Princípio da primazia da 1 DIAS, Maria Berenice. Direito das Famílias. 14 ed. Salvador: Revista Ampliada e Juspodivm, 2021. p. 564 autonomia da vontade das partes – Aplicação do § 6º do art. 226 da Constituição Federal, com a nova redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional n.º 66 – Procedência do pedido – Homologação das cláusulas do acordo, com a consequente decretação da dissolução da sociedade conjugal, pondo termo casamento e ao regime matrimonial de bens adotado pelos cônjuges. (TJPB - Processo Cível XXXXX-23.2021.8.15.2001, Juiz (a): Almir Carneiro da Fonseca Filho, 6ª VARA CÍVEL, julgamento em 13/03/2022)</p><p>Para tanto, a doutrina em consonância com o art. 731, do CPC e seus incisos, entende que para a jurisdição voluntária que dissolverá o casamento pelo divórcio deve a petição deve observar requisitos legais, conforme Gediel fundamenta em sua doutrina:</p><p>Como se vê, a fim de viabilizar o divórcio consensual, os interessados devem estar acordados sobre a divisão dos bens do casal, a guarda dos filhos menores, o valor da pensão alimentícia tanto para os filhos como reciprocamente, quando isso for viável e possível. Embora não seja mencionado pelo legislador, o casal deve ainda dispor sobre o uso do nome de casado, caso tenha havido a sua adoção. (Referência bibliográfica: JR., Gediel Claudino A. Prática no Direito de Família. São Paulo: Grupo GEN, 2020. p. 42)</p><p>Rolf Madaleno explica que o pedido seguindo os requisitos da fundamentação legal previstas nos art. 731 a 733, torna-se necessário apenas comprovar a mera existência do casamento e a mútua vontade de sua dissolução:</p><p>O divórcio direto regulado pela Emenda Constitucional n. 66/2010 é proposto por consentimento mútuo do casal, mediante petição modelada em consonância com os pressupostos previstos nos artigos 731 a 733 do Código de Processo Civil, devendo ser provado, por documento anexado com a petição inicial, a mera existência do casamento a ser dissolvido. (Referência bibliográfica: MADALENO, Rolf. Direito de Família. São Paulo: Grupo GEN, 2021. p. 427)</p><p>Vejamos ainda o entendimento jurisprudencial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais no que se refere ao divórcio consensual:</p><p>APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO DE FAMÍLIA - AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL - PROVA DA SEPARAÇÃO DE FATO DO CASAL - DESNECESSIDADE - AUSÊNCIA DE DISCORDÂNCIA ENTRE AS PARTES - PRETENSÃO MÚTUA - ACORDO HOMOLOGADO - RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO "IN CASU". O divórcio consensual deriva do acordo de vontade entre as partes, que tem como objetivo dissolver a sociedade conjugal, sendo, portanto, um negócio bilateral em que não existe litígio. - Não havendo nenhuma discordância das partes nos pontos do acordo e inexistindo prova em contrário de suas alegações, estas se fazem prova inequívoca. -Pelo fato de a pretensão das partes ser mútua e as informações convergirem, bem como que a pretensão não é resistida, dispensa-se a produção de prova. (v.v) ementa: Apelação - DIVÓRCIO CONSENSUAL: HOMOLOGAÇÃO - dilação probatória: dispensa - SEPARAÇÃO DE FATO: TERMO INICIAL: PROVA: AUSÊNCIA - AÇÃO ÚNICA: CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. 1. É possível que o casal divorciando peça, em única ação, a declaração da data da separação de fato e a homologação do divórcio. 2. É dispensável dilação probatória se o casal requerente do divórcio consensual pede a sua homologação, comprovada a capacidade das partes e a existência válida do casamento legal. 3. Ainda que se trate de consenso entre as partes, não se pode decidir, menos ainda homologar, pedido de declaração de data de separação de fato do casal sem fundamento probatório do fato só alegado e não provado. (TJMG - Apelação Cível XXXXX-5/001, Relator (a): Des.(a) Belizário de Lacerda, 7ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 16/11/2021, publicação da sumula em 22/11/2021)</p><p>Conclui-se, portanto, que apenas a mútua vontade e acordo entre as partes é o suficiente para que ocorra a homologação do pedido formulado em inicial, uma vez que a presente Ação visa dispor sobre todos os requisitos legais para o feito.</p><p>2. DA GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITA DA INFANTE</p><p>As partes, de comum acordo, optam pela guarda legal, isto é, guarda compartilhada, no qual a menor ficará com residência fixa com a genitora, mas poderá, de forma livre, considerando a conveniência de datas e horários da menor, podendo acordar finais de semanas e férias de forma antecipada com a genitora.</p><p>O código civil, art. 1.583, sobre a guarda de menores, elenca:</p><p>Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.</p><p>§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5º) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.</p><p>§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos.</p><p>Vislumbra-se que, a guarda compartilhada é a melhor opção visando o melhor interesse da menor, que poderá crescer com a presença dos genitores, neste sentido, o entendimento jurisprudencial discorre:</p><p>APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL C/C PEDIDO DE ALIMENTOS – GUARDA COMPARTILHADA FIXADA – COMPATIBILIDADE – VERIFICAÇÃO TÉCNICA – ESTUDO PSICOSSOCIAL – FIXAÇÃO DA RESIDÊNCIA DO INFANTE NO LAR PATERNO – LIVRE VISITAÇÃO MATERNA – FIXAÇÃO ADEQUADA – CONFORMIDADE COM PARECER MINISTERIAL – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A divisão da responsabilidade não só pelo sustento, mas também pela criação de menores, sempre que possível, deve ser repartida entre ambos os genitores, uma vez que o deferimento da guarda compartilhada é extremamente saudável para a relação da criança com os pais, especialmente quando esta situação é verificada de forma técnica por meio de Estudo Psicossocial. O deferimento da guarda compartilhada não significa que o menor tenha que morar em duas residências. A guarda compartilhada e esquema de residência e visitação, conforme realizada no caso em análise, se deu de maneira extremamente saudável para a relação da criança com ambos os genitores, especialmente como nos casos em comento, em que esta situação é verificada de forma técnica, conforme se depreende do Estudo Psicossocial colacionado aos autos, devendo ser mantida a forma fixada na decisão combatida. (TJ-MT - AC: XXXXX20168110041 MT, Relator: DIRCEU DOS SANTOS, Data de Julgamento: 22/01/2020, Terceira Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 29/01/2020).</p><p>O genitores, embora desejem pela dissolução do vínculo conjugal, entendem que o bem estar da menor e o exercício de direito-dever familiar deve ocorrer da forma harmoniosa, onde os pais, ainda que não estejam mais formando um casal, possam diariamente acordar sobre a educação e interesses da menor até que está possa ter capacidade civil.</p><p>3. DOS ALIMENTOS</p><p>Acerca dos alimentos entre os cônjuges, as partes entendem por não a exercer, conforme Arnaldo Rizzardo, a renúncia aos alimentos, na ação de divórcio, não é aceita. É possível unicamente o não exercício ao direito de alimentos, no que se mostra enfático o art. 1.707 do Código Civil: “Pode o credor não exercer, porém, lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora”.</p><p>Todavia, em relação à infante, fica acordado, nos termos do art. 229 da CF/88 c/c 1.694 e 1.695 do Código Civil Brasileiro, que o genitor pagará o importe de 80%, R$969,60 (novecentos e sessenta e nove reais e sessenta centavos) do salário</p><p>mínimo vigente todos os meses para a menor, em consideração ao poder familiar e ao dever alimentar, bem como todos os outros inerentes e previstos para o desenvolvimento da infante.</p><p>Acerca do poder familiar após a dissolução do vínculo matrimonial, Rolf Madaleno dispõe, in verbis:</p><p>O divórcio enseja o término da sociedade conjugal e dissolve o casamento válido ( CC, art. 1.571, IV e § 1º), e não modifica os deveres dos pais em relação aos filhos ( CC, art. 1.579), e tampouco o novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos poderá importar em restrições aos direitos e deveres ( CC, art. 1.579, parágrafo único), como no tocante aos alimentos devidos pelos pais à sua prole. (Referência bibliográfica: MADALENO, Rolf. Direito de Família. São Paulo: Grupo GEN, 2021. p. 421.)</p><p>Nesse sentido, o genitor, não estando mais na residência onde construíram o lar e a família, arcará com o dever alimentar de forma paulatina, exercendo seu direito-dever advindo do poder familiar em relação à prole.</p><p>4. DA PARTILHA DOS BENS</p><p>As partes, conforme os fatos relatados, casaram sob comunhão parcial de bens, onde legalmente os bens adquiridos na constância do casamento são de ambas as partes, nos moldes do art. 1.658 c/c art. 1.660 do CC. Com a dissolução do casamento, faz-se necessário a partilha dos bens elencados e conquistados com esforços do casal. As partes decidiram de comum acordo pela partilha nos termos abaixo:</p><p>PLANILHA USADA NOS FATOS DEMONSTRANDO OS BENS E VALORES.</p><p>Os bens do casal totalizam a monta de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), um vez que é deduzido o valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) decorrentes de um débito fruto de um financiamento imobiliário.</p><p>As partes decidiram por, manter a cônjuge virago na posse e propriedade da última residência do casal, onde ainda vive com a infante, com a partilha, a cônjuge virago ficará com o encargo do débito resultante do financiamento e abrirá mão do veículo automotor do casal, ficando este na posse e propriedade do cônjuge varão.</p><p>5. DA ALTERAÇÃO DO NOME</p><p>A cônjuge virago, com o início do vínculo matrimonial alterou o nome, incorporando o nome familiar do cônjuge varão, contudo, com a dissolução do matrimônio, a parte deseja retornar a utilizar o nome de solteira, portanto, manifesta expressamente em acordo de divórcio consensual o referido desejo.</p><p>A alteração ou não do nome é uma faculdade de quem incorporou o nome do cônjuge em seu nome, desta forma, embora haja o direito de permanecer previsto no art. 1.571 § 2º, a parte opta pela retificação do nome.</p><p>Maria Berenice Dias, em Direito das Famílias e acerca da alteração do nome, doutrinariamente relata que no divórcio consensual:</p><p>Também é necessária a deliberação a respeito do nome, se um dos cônjuges havia adotado o sobrenome do outro quando do casamento. No silêncio, presume-se que o nome permanece inalterado. Mas a qualquer momento, mesmo depois do divórcio, sempre é possível buscar o retorno ao nome de solteiro. (Referência bibliográfica: DIAS, Maria Berenice. Direito das Famílias. 14 ed. Salvador: Revista Ampliada e Juspodivm, 2021. p. 566.)</p><p>Neste sentido, a parte passará a utilizar o sobrenome XXX, e retirará o nome familiar do cônjuge, XXXX, com a efetiva homologação de divórcio consensual.</p><p>IV – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU RATIFICAÇÃO</p><p>Embora a Lei nº 6.515/77, Lei do divórcio, ainda vislumbre a audiência de conciliação ou ratificação no divórcio consensual, a Código de Processo Civil de 2015 não mais prevê tal instituto, portanto, sendo um rito meramente formal e não obrigatório como requisito da homologação do feito e consequente desejo das partes.</p><p>Neste sentido, considerando que as partes cumprem e dispõem de todos os requisitos do art. 731 do CPC, bem como desejam exercer o direito potestativo e em comum acordo de dissolver a sociedade conjugal, desejam ainda, a dispensa da referida audiência.</p><p>No que tange à audiência de conciliação ou ratificação, o Superior Tribunal de Justiça, pacificou o entendimento que, a audiência não constitui requisito para homologação do divórcio consensual, vejamos:</p><p>PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL DIRETO. AUDIÊNCIA PARA TENTATIVA DE RECONCILIAÇÃO OU RATIFICAÇÃO. INEXISTÊNCIA. DIVÓRCIO HOMOLOGADO DE PLANO. POSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. Em razão da modificação do art. 226, § 6º, da CF, com a nova redação dada pela EC 66/10, descabe falar em requisitos para a concessão de divórcio. 2. Inexistindo requisitos a serem comprovados, cabe, caso o magistrado entenda ser a hipótese de concessão de plano do divórcio, a sua homologação. 3. A audiência de conciliação ou ratificação passou a ter apenas cunho eminentemente formal, sem nada produzir, e não havendo nenhuma questão relevante de direito a se decidir, nada justifica na sua ausência, a anulação do processo.4. Ainda que a CF/88, na redação original do art. 226, tenha mantido em seu texto as figuras anteriores do divórcio e da separação e o CPC tenha regulamentado tal estrutura, com a nova redação do art. 226 da CF/88, modificada pela EC 66/2010, deverá também haver nova interpretação dos arts. 1.122 do CPC e 40 da Lei do Divórcio, que não mais poderá ficar à margem da substancial alteração. Há que se observar e relembrar que a nova ordem constitucional prevista no art. 226 da Carta Maior alterou os requisitos necessários à concessão do Divórcio Consensual Direto.5. Não cabe,in casu, falar em inobservância do Princípio da Reserva de Plenário, previsto no art. 97 da Constituição Federal, notadamente porque não se procedeu qualquer declaração de inconstitucionalidade, mas sim apenas e somente interpretação sistemática dos dispositivos legais versados acerca da matéria.6. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp XXXXX/RS, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/03/2015, DJe 27/03/2015).</p><p>Deste modo, as partes, em consideração aos anos já separados de fato, dispensam a audiência de conciliação e ratificação.</p><p>V – DOS PEDIDOS</p><p>Diante do exposto, em consideração aos fatos e os fundamentos jurídicos elencados pelas partes, requerem à Vossa Excelência:</p><p>a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no art. 98 caput, do CPC, c/c Lei nº 1.060/50, artigo 1º da Lei nº 7.115/83, em consideração as declarações dos requerentes, pessoas naturais e em condição de hipossuficiência;</p><p>b) A intimação do representante legal do Ministério Público para acompanhamento do feito e devida manifestação como fiscal da ordem jurídica, conforme preconiza o art. 178, II, c/c art. 698 do CPC;</p><p>c) A dispensa da audiência de Conciliação ou Ratificação das partes para a devida homologação do divórcio consensual;</p><p>d) A concessão do regime de Guarda Compartilhada, com fixação de residência da infante com a genitora e a livre visitação do genitor, obedecendo apenas a conveniência de datas e horários da menor;</p><p>e) A fixação de alimentos, conforme acordado entre as partes, no importe de 80% do salário mínimo vigente, valor de R$969,60 (novecentos e sessenta e nove reais e sessenta centavos), em beneficio à infante, filha do casal, a serem pagos pelo genitor, em conta corrente de titularidade da guardiã da menor, no banco “...”, conta corrente “...”, agência “...”, todos os meses, até o dia “...”;</p><p>f) A partilha de bens, conforme o estabelecido pelas partes e em consideração ao regime de bens da comunhão, nos moldes do art. 1.658 do Código Civil c/c art. 731, I do CPC;</p><p>g) A alteração do nome de casada, XXXXXXX, para o nome de solteira, XXXXXX, da parte que incorporou o nome de família do cônjuge em razão do casamento, conforme preconiza o art. 17 § 2º, da Lei nº 6.151/77; e a consequente expedição da mandado de averbação para a alteração;</p><p>h) A homologação do divórcio consensual, devidamente assinado pelas partes e o patrono, pondo fim na sociedade conjugal e os deveres inerentes ao casamento, nos termos estabelecidos e acordados pelos requerentes, nos moldes do art. 1.571 do Código Civil c/c art. 731, do CPC;</p><p>i) A dispensa do prazo recursal,</p><p>em razão da presente Ação tratar-se de jurisdição voluntária das partes para homologar a dissolução do vínculo matrimonial de forma consensual, caso seja homologado nos termos aqui requeridos;</p><p>j) A expedição do mandado de averbação do divórcio para alterar a certidão de casamento das partes e o estado civil para divorciados, nos termos do art. 734, § 3º, do CPC;</p><p>Protestam-se por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela prova documental e depoimento pessoal das partes, bem como todas as outras que se fizerem necessária para a homologação do divórcio consensual.</p><p>Dá-se o valor da causa R$281.635,20 (duzentos e oitenta e um, seiscentos e trinta e cinco e vinte centavos). Nos moldes do art. 292, III, IV e VI do CPC.</p><p>Nesses Termos, pede deferimento.</p><p>“Local, data...”</p><p>“Advogado (a)...”</p><p>“OAB/UF Nº...”</p><p>Divórcio Consensual c/c Alimentos, Guarda e Partilha de Bens</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ..../...</p><p>(NOME COMPLETO), brasileiro, casado, jornalista, portador do RG/SP xxxxxx e do CPF xxxxx, residente e domiciliado à Rua/nº/Bairro/CEP/cidade/estado, e, (NOME COMPLETO), brasileira, casada, professora, portadora do RG/SP XXXXX e do CPF XXXXX, residente e domiciliada à Rua/nº/Bairro/CEP/cidade/estado, ambos representados por sua Advogada que ao final subscreve com endereço profissional na Rua/nº/Bairro/CEP/cidade/estado, onde recebe as intimações, vem à presença de V.Exa., requerer</p><p>“DIVÓRCIO CONSENSUAL C/C GUARDA UNILATERAL, PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS”, com fulcro no art. 226, § 6º, da CRFB/88, art. 731, do CPC, o que fazem consoante as razões fáticas e de direito que passa a aduzir.</p><p>I- DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA</p><p>Os Requerentes afirmam não ter condições econômicas para arcar com o pagamento dos custos oriundos da presente Ação, sem comprometer o orçamento familiar. Motivo pelo qual pleiteiam a concessão dos benefícios da assistência judiciária, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da CRFB/88, arts. 98 e 99, do CPC e Lei 1.060/50, requerendo desde já, a juntada da Declaração de Hipossuficiência.</p><p>II- DA REALIDADE FÁTICA</p><p>Os Autores são casados civilmente sob o regime de comunhão parcial de bens, desde XX/XX/XXXX, (escrever a data por extenso), conforme cópia da Certidão de Casamento, emitida pelo Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais. (doc. anexo)</p><p>Da união, foram concebidos dois filhos, (NOME COMPLETO), maior, absolutamente capaz, nascido em XX/XX/XXXX, conforme Certidão de Nascimento anexo, e (NOME COMPLETO), nascida em XX/XX/XXXX, menor impúbere, absolutamente incapaz, conforme certidão de nascimento anexo.</p><p>Por motivos de foro íntimo, o casal já se encontra separado de fato, desde agosto de 2020, não tendo mais condições de conciliação e manutenção da união conjugal, motivo pelo qual pleiteiam a Vossa Excelência seja oficializado o Divórcio através de consenso.</p><p>III- DO DIREITO</p><p>As causas de dissolução da sociedade e do vínculo conjugal estão previstas no art. 1.571, do Código Civil Brasileiro.</p><p>Art. 1.571, do CC - A sociedade conjugal termina:</p><p>I - pela morte de um dos cônjuges;</p><p>II - pela nulidade ou anulação do casamento;</p><p>III - pela separação judicial;</p><p>IV - pelo divórcio.</p><p>§ 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.</p><p>Com a Emenda Constitucional 66, promulgada em 2010, foi alterado o § 6º, do Art. 226, da CRFB/88, passando a admitir o Divórcio, independentemente de qualquer requisito, bastando à vontade unilateral de qualquer dos cônjuges.</p><p>Por sua vez, o Art. 731, do CPC institui que:</p><p>“A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:</p><p>I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;</p><p>II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;</p><p>III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e,</p><p>IV – o valor da contribuição para criar e educar os filhos.”</p><p>Nesse sentido, os Requerentes manifestam a Vossa Excelência, a intenção inequívoca de divorciarem-se consensualmente, dentro do direito amparado no Art. 226, § 6º, da CRFB/88, nas seguintes condições:</p><p>A) DA GUARDA UNILATERAL DA FILHA MENOR</p><p>Nos termos do art. 1.583 E 1.584, do CC, os Requerentes concluem que a Guarda Unilateral para a genitora da menor, atenderá de maneira mais eficiente as necessidades e os interesses da filha, porém, o pai prestará total e irrestrito amparo a ela.</p><p>Mesmo optando pela guarda unilateral, pretendem os requerentes que a convivência com a filha ocorra de forma igualitária e livre, pois hoje a mesma se encontra com 16 anos de idade.</p><p>Desse modo, compreendem os genitores que independente da Guarda ser Unilateral, é de corresponsabilidade dos pais o exercício do dever parental, reforçando os laços familiares por meio do esforço conjunto na criação e educação da menor, mantendo a necessária referência materna e paterna. Assim, os Requerentes buscam pelo melhor desenvolvimento da adolescente, sendo certo que assim já agem, sem nenhum obstáculo para efetivá-la.</p><p>B) DOS DE BENS</p><p>Durante a união, os Requerentes adquiriram de forma onerosa os seguintes bens:</p><p>1- IMÓVEL, Um terreno SEM BENFEITORIAS, situado nesta cidade, município, comarca e circunscrição de WWW, deste Estado de WWWW, constituído do lote 93 do loteamento denominado, com a seguinte descrição: terreno irregular medindo 7,22 metros com frente para a Avenida Marginal, 7,20 metros aos fundos confrontando com a parte dos lotes 73 e 74; 28,90 metros à direita confrontando com o lote 102; 19,40 metros a esquerda confrontando com o lote 94, encerrando uma área de ---- metros quadrados, que este imóvel encontra-se devidamente registrado na Matricula número YYYYY do Oficial de Registro de Imóveis da Comarca de WWWWW/WW e cadastrado na Prefeitura Municipal de WWWW sob nº (numeral completo), com valor venal de R$ 199.273,49 (Cento e noventa e nove mil , duzentos e setenta e três reais e quarenta e nove centavos).</p><p>2- UM VEÍCULO automotor FIAT Palio, ano de fabricação XXXX; placas GGG, da cidade de WWWWW – WW, cor VERDE, movido a gasolina, Renavam nº FFF00000022 avaliado pela tabela Fipe em R$ 20.409,00 para sua totalidade.</p><p>3- UM VEÍCULO automotor VW CHEV/PRISMA, ano de fabricação XXXX; placas VVVVV, da cidade de DDDD – DD, cor AZUL, movido a álcool/gasolina, Renavam nº GGG22222 avaliado pela tabela Fipe em R$ 48.990,00 para sua totalidade.</p><p>C) DA PARTILHA DOS BENS</p><p>1.1- O IMÓVEL, acima descrito, será doado aos filhos do casal da seguinte forma: em partes iguais, correspondentes a ½ para cada, reservando a cônjuge varoa o direito de usufruto.</p><p>1.2- O VEÍCULO automotor Fiat Palio Young, ficará na integralidade para o Requerente.</p><p>1.3- O VEÍCULO automotor Chev/Prisma, ficará na integralidade para a Requerente.</p><p>D) DOS ALIMENTOS</p><p>A nossa Carta Magna, em seu Art. 227, institui que “É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.</p><p>Assim, o Art. 229, da Lei constitucional, dispõe que “Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;”. No mesmo sentido, se demonstra o Art. 1.634, inciso I, do CC quanto à criação e educação dos filhos menores, bem como, o Art. 22 do ECA, se refere ao dever de sustento, criação e educação.</p><p>No caso em questão, os Requerentes acordam sobre os alimentos da seguinte forma: o genitor pagará a filha menor, a importância de 30% (trinta por cento), dos seus rendimentos líquidos, quando estiver empregado,</p><p>e em caso de desemprego, pagará 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente. Requisitando a Vossa Excelência, que expeça desde já, oficio para a empresa realizar o devido desconto em sua folha de pagamento.</p><p>EMPRESA: WWWWWW LTDA</p><p>CNPJ: -----------</p><p>ENDEREÇO COMPLETO</p><p>A conta para deposito dos alimentos da menor segue abaixo:</p><p>BANCO SANTANDER</p><p>Agência: YYYYYYY</p><p>Conta Corrente: 000000-00</p><p>TITULAR: NOME COMPLETO</p><p>Faz-se necessário acrescentar e ressaltar que o filho maior, (NOME COMPLETO), cursa Engenharia na UNIVERSIDADE FEDERAL DE SSS, e atualmente realiza em estágio remunerado na empresa WWWW, e a genitora juntamente com o genitor, suprem as demais necessidades básicas deste.</p><p>E para finalizar essa questão, os Requerentes acordaram entre si, que os planos médicos dos filhos continuarão sendo pagos por eles, da seguinte maneira: A Requerente pagará o plano da filha menor (NOME) e o Requerente pagará o plano do filho (NOME).</p><p>E) DOS ALIMENTOS ENTRE OS DIVORCIANDOS</p><p>Os requerentes renunciam, reciprocamente, a pensão alimentícia entre si. Renunciam expressamente, um em favor do outro, qualquer direito de herança que possam ter, seja a que título for.</p><p>F) DA RETIRADA DO NOME DE CASADA</p><p>A mulher desde que contraiu núpcias passou a utilizar o nome do marido, ou seja, (NOME COMPLETO DE CASADA), assim sendo, há necessidade de modificação de nome no Cartório de Registro Civil, e a Requerente passará a assinar o nome de solteira novamente, ou seja, (NOME COMPLETO DE SOLTEIRA).</p><p>5. DA DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE DE DOCUMENTOS</p><p>Nos termos do art. 425, inciso IV, do CPC, a Advogada que esta subscreve declara a autenticidade dos documentos que acompanham a presente exordial.</p><p>6. DOS PEDIDOS</p><p>Ante o exposto, REQUER a Vossa Excelência, o recebimento da presente Ação, determinando:</p><p>1. seja concedido aos Requerentes, os benefícios da Assistência Judiciária, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da CRFB/88, arts. 98 e 99, do CPC e Lei 1.060/50, em razão da hipossuficiência dos Requerentes;</p><p>2. a procedência do pedido, para extinguir definitivamente o vínculo conjugal mediante Sentença que decrete o Divórcio, de logo renunciando ao prazo recursal, em razão do caráter consensual da Ação, mantendo-se todas as obrigações estabelecidas entre os Requerentes;</p><p>3. nos termos do art. 178, inciso II, do CPC, tendo em vista o interesse da menor impúbere, requer a oitiva do Douto Representante do Ministério Público;</p><p>4. seja concedida a Guarda Unilateral da menor para sua genitora, nos termos especificados nesta peça exordial;</p><p>5. a expedição de Mandado de Averbação ao Oficial de Registro Civil das Pessoais Naturais de XXXXX/XX, para cumprimento dos devidos procedimentos;</p><p>6. os alimentos fixados na importância de 30% quando empregado, e em caso de, desemprego a quantia de 30% sobre o salário mínimo vigente;</p><p>7. que todas as publicações, intimações e qualquer ato de comunicação realizados na presente Ação, sejam feitas exclusivamente em nome da Advogada (NOME COMPLETO), OAB/: Nº, que subscreve a Ação, sob pena de nulidade dos atos que vierem a ser praticados, em conformidade com o que dispõe o Art. 272, § 2º, do CPC.</p><p>Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente pela oitiva de testemunha que, sendo necessário, serão oportunamente arroladas e, a juntada de documentos e, tudo o mais que se fizer indispensável à demonstração dos fatos apresentados na presente exordial.</p><p>Dá-se a causa, o valor de R$ XXXXXXXX para efeitos de alçada.</p><p>Nestes Termos,</p><p>Pede Deferimento</p><p>Cidade/dia/mês/ano</p><p>ADVOGADA</p><p>OAB</p><p>_________________________________</p><p>REQUERENTE</p><p>RG:</p><p>CPF:</p><p>_________________________________________________</p><p>REQUERENTE</p><p>RG:</p><p>CPF:</p><p>_______________________________________________</p><p>ADVOGADA</p><p>OAB/</p><p>Petição Inicial: Ação de Investigação de Paternidade (Filho maior)</p><p>AO JUÍZO DA ____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ................. – ESTADO DO ..................</p><p>[NOME DO AUTOR], nacionalidade, estado civil, profissão, portador (a) do RG sob o nº _________________, inscrito (a) no CPF sob o nº _____________________, residente e domiciliado (a) no [endereço completo], com endereço eletrônico registrado como _____@__________.com, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de sua procuradora signatária, que junta neste ato instrumento de procuração com endereço profissional completo para receber notificações e intimações, propor a presente</p><p>AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE</p><p>Em face de FULANO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador (a) do RG sob o nº _________________, inscrito (a) no CPF sob o nº _____________________, residente e domiciliado (a) no [endereço completo], com endereço eletrônico registrado como _____@__________.com, com fundamento na lei 8560/92 e nos arts. 1607 e seguintes do Código Civil, pelas razões de fato e de direito a expostas a seguir:</p><p>1 – DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA</p><p>Em conformidade com a Lei 1.060 de 05 de fevereiro de 1950 e art. 5º inc. LXXIV da Carta Magna brasileira, bem como artigo 98, § 5ª do Novo Código de Processo Civil requer gratuidade da justiça em relação a todos os atos processuais, pois não possui condições financeiras para arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios.</p><p>Informa ainda, conforme artigo 99, § 4º do Novo Código de Processo Civil, a assistência e advogado particular não impede concessão de gratuidade da justiça.</p><p>2 – DO EXAME DE DNA SER CUSTEADO PELO PODER JUDICIÁRIO / ANTE A HIPOSSUFICIÊNCIA DO AUTOR</p><p>É certo que o exame de DNA possui ainda um elevado custo no país, sendo praticamente inviável para grande parte da população brasileira arcar com as despesas do referido exame. Dispõe o art. 98, § 1º, inciso V, do Código de Processo Civil de 2015, a gratuidade da justiça compreende as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais.</p><p>Ante a hipossuficiência do autor, requer que o exame de DNA seja custeado pelo Poder Judiciário.</p><p>3 – DOS FATOS</p><p>O autor nasceu no dia ....... de ...... de ......, e foi registrado somente por sua genitora: XXXXXXXX XX XXXXXXX, segundo certidão de nascimento anexa.</p><p>A genitora do autor manteve um relacionamento amoroso com o requerido durante certo lapso temporal, inclusive durante o ano de XXXX (em que o autor foi concebido), vindo a findar a união por motivos diversos.</p><p>Relata que os genitores nunca chegaram a residir juntos, e cumpre destacar que embora nunca tivesse procedido o registro de nascimento, o requerido sempre teve conhecimento da paternidade.</p><p>Após o nascimento, a genitora do autor envidou todos os esforços na tentativa de sensibilizar e de convencer o réu a reconhecer o filho, no que não logrou êxito.</p><p>Resta ao autor recorrer ao poder judiciário para que seu direito de reconhecimento do estado de filiação seja plenamente garantido.</p><p>4 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS</p><p>I) DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO BIOLÓGICA / DIREITO PERSONALÍSSIMO, INDISPONÍVEL E IMPRESCRITÍVEL</p><p>Assiste ao autor o direito de ter reconhecido seu vínculo de filiação para com o requerido. Afinal, segundo o art. 27 da Lei 8.069/90, “o reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível”.</p><p>O direito de reconhecimento da filiação biológica é amparado pelo ordenamento jurídico brasileiro, sendo um direito indisponível.</p><p>A Constituição Federal prevê em seu art. 227, § 6º:</p><p>Art. 227 (...)</p><p>§ 6º - “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.”</p><p>O Código Civil também assegura a imprescritibilidade da filiação:</p><p>Art. 1.606. “A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.</p><p>Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.”</p><p>A jurisprudência já se manifestou quanto a imprescritibilidade da filiação, conforme exemplifica a seguinte ementa</p><p>de acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Bahia:</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. FILHO MAIOR. POSSIBILIDADE DA REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL (EXAME DE DNA). DIREITO PERSONALÍSSIMO E IMPRESCRITÍVEL. MANUTENÇÃO DA DECISÃO. RECURSO NÃO PROVIDO. Inexiste no direito brasileiro a decadência ou mesmo a prescrição do direito ou ação do filho objetivando reconhecer seu pai biológico, tendo em vista a teoria da imprescritibilidade da ação de estado. Somente através da prova pericial (exame de DNA) o filho pode ter a certeza de quem é seu pai biológico. (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia TJ-BA - Agravo de Instrumento: AI 0016604-65.2016.8.05.0000. Relator: Des. Gesivaldo Britto. Data do julgamento: 31.05. 2017)</p><p>5 – DA NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DO EXAME DE DNA / COMPROVAÇÃO DE PATERNIDADE BIOLÓGICA / CERTIFICAÇÃO DO VÍNCULO PATERNO ENTRE O REQUERENTE E O REQUERIDO</p><p>Ante a necessidade da comprovação de paternidade biológica, requer seja determinado com urgência a realização do exame de DNA, para certificação do vínculo paterno entre o requerente e o requerido.</p><p>A preferência na averiguação da paternidade tem como base o exame de DNA, dada sua precisão e confiabilidade, é o que prevê o Código Civil:</p><p>Art. 231. “Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.”</p><p>Art. 232. “A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.”</p><p>A Sumula 301 do STJ foi uníssona no assunto: “Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.”</p><p>A presente demanda pretende exclusivamente ter comprovada a paternidade e consequentemente os direitos e obrigações provenientes do vínculo.</p><p>A jurisprudência vem destacar ainda que é direito inalienável e imprescritível do filho buscar o reconhecimento de sua filiação biológica através do exame de DNA:</p><p>EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. RETIFICAÇÃO DE REGISTRO. EXAME DE DNA. FILHO MAIOR. FILIAÇÃO SÓCIOAFETIVA. DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO "IN CASU". -Ainda que exista uma filiação socioafetiva, é direito inalienável e imprescritível do filho buscar o reconhecimento de sua filiação biológica através do exame de DNA -Inexiste no direito brasileiro a decadência ou mesmo a prescrição do direito ou ação do filho objetivando reconhecer seu pai biológico -Somente através da prova científica "DNA" e da ação, o filho pode ter a certeza de quem é seu pai biológico. ( TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv AI 10699100028595001 Ubá. Desembargador BELIZÁRIO DE LACERDA (RELATOR). Data de publicação: 13/07/2012)</p><p>Sendo assim, não há dúvidas quanto ao direito do autor e a necessidade de realização do exame de DNA com finalidade de verificação da paternidade, e inexiste maneira mais segura, senão a realização do exame pleiteado.</p><p>6 - DOS PEDIDOS</p><p>Diante do exposto, requer:</p><p>Os benefícios da gratuidade judiciária, por ser economicamente hipossuficiente, conforme declaração anexa;</p><p>A determinação da realização do exame de DNA entre autor e o réu;</p><p>Que o exame de DNA seja custeado pelo convênio da justiça com laboratórios, pois o autor não possui condições financeiras para arcar com o valor;</p><p>Designação de dia e hora para a realização da audiência de mediação, determinando a citação do réu, para que apresente contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, se não houver auto composição, sob pena de revelia;</p><p>Ao final, julgar procedente a ação (em caso de verificado positivo o exame laboratorial), para reconhecer a paternidade do requerido em relação ao autor, autorizando a expedição de mandado ao cartório de registro civil competente para assentamento do registro paterno;</p><p>Condenação do requerido ao pagamento das custas, despesas processuais e dos honorários advocatícios, que devem ser arbitrados em 20% (vinte por cento) do valor atribuído à causa.</p><p>Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, tais como a juntada de novos documentos, a realização de exame pericial, a tomada do depoimento pessoal da parte contrária, sob pena de confesso e a oitiva de testemunhas, cujo rol será oportunamente apresentado.</p><p>Dá à causa o valor de R$ xxxxxxxxx (xxxxxxxxxxx) para fins de alçada.</p><p>Nestes termos, pede deferimento.</p><p>CIDADE/ESTADO, XX de xxxxxx de 2021.</p><p>ADVOGADO</p><p>OAB/XX n.</p><p>Ação de Reconhecimento de Paternidade c/c Alimentos e Guarda com Pedido de Tutela de Urgência</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ___________ – __.</p><p>xxxxxxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO, neste ato representada por sua genitora, a senhora xxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO, residentes e domiciliadas a xxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxx, xxxxxx – xx, CEP: xxxxxxx, telefones nº (DDD) xxxxxx, por seus procuradores e advogados, com escritório profissional situado à XXXXXXXX conforme instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à elevada presença de Vossa Excelência, propor a presente</p><p>AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS E GUARDA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA</p><p>Em face de xxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:</p><p>I. DA JUSTIÇA GRATUITA</p><p>PRELIMINARMENTE, cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família (declaração de pobreza em anexo), requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita como amparo na Lei 1.060/50 e consoante ao artigo 98, caput, do novo CPC/2015, in verbis:</p><p>Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.</p><p>II - DOS FATOS</p><p>A genitora da autora e o réu se conheceram em meados de 2006. Nessa época iniciaram um relacionamento amoroso de aproximadamente 4 (quatro) meses, que findou, pois, o requerido foi embora da cidade, comprometendo-se a dar toda a assistência necessária para a genitora da menor durante a gestação e para a criança, entretanto, nunca mais procurou-as.</p><p>Dessa relação nasceu a autora, em __ de _____ de _____, conforme certidão de nascimento em anexo.</p><p>Ocorre que, após o nascimento da autora, o réu esquivou-se em conhecer sua filha e assumir a paternidade, desta forma, ao nascer, a menor recebeu apenas o nome da mãe, conforme certidão de nascimento.</p><p>O requerido nunca buscou notícias da criança e tampouco prestou qualquer tipo de assistência ao menor e a sua genitora. Mesmo assim, por saber da vontade de filha em conhecer o pai, a genitora da menor conseguiu meios de entrar em contato e levou a filha até o Estado de Minas Gerais para conhece-lo.</p><p>Atendendo a pedido do requerido, foi realizado exame de DNA no dia __ de ___de ____, restando comprovado que a requerente é filha legítima do requerido.</p><p>Ora excelência, é latente que o requerido deve cumprir com sua obrigação registrando sua filha e contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões aceitáveis, levando em consideração que durante toda a vida da menor, nunca contribuiu de forma afetiva nem financeira.</p><p>Incontestável é o dever do Requerido em prestar alimento a filha menor, que necessita atualmente de pelo menos 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos.</p><p>Segundo a genitora da menor, o requerido ganha em média R$ 2.000,00 (dois mil reais) por mês, possuindo desta forma, condições de pagar o valor requisitado para a sua filha.</p><p>A genitora da menor já possui a guarda unilateral, desejando desta forma, continuar com esse direito, obtendo a guarda definitiva, regulamentando com o requerido o direito de visitas, a ser combinado antecipadamente, nas férias da menor.</p><p>Assim, a prometida regularização não se concretizou e até o momento, a autora vem sendo sustentada única e exclusivamente por sua genitora. Infrutíferas as tentativas da composição amigável ao reconhecimento da paternidade, não resta outra alternativa a autora, senão a vinda ao Judiciário.</p><p>III – DO DIREITO</p><p>III. DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE</p><p>Nos termos do artigo 1607 do Código Civil:</p><p>“Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. ”</p><p>Conforme preceitua o artigo 1609 do mesmo diploma legal, o reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e poderá ocorrer: no registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, devendo ser arquivado em cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.</p><p>Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26 e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis:</p><p>“Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. ”</p><p>“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça. ”</p><p>No que tange à prova da paternidade, merece destaque a norma do artigo 1605 do Código Civil, segundo o qual “na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”.</p><p>Sendo assim, a autora tem direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade, visto exame de DNA acostado aos autos.</p><p>Ademais, conforme demonstrado nas provas documentais (DNA) e fotos anexados à presente, além de provas testemunhais, oportunamente arroladas, rematam cabalmente qualquer dúvida que porventura pudesse existir quanto à filiação da autora.</p><p>Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a declaração de paternidade decorrente da sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento da paternidade.</p><p>Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade da menor e seja expedido por este Juízo, mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor.</p><p>III.2 DOS ALIMENTOS</p><p>Fundamenta-se na legislação vigente o pedido da requerente:</p><p>Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:</p><p>I – dirigir-lhes a criação e educação;</p><p>II – tê-los em sua companhia e guarda; (...)</p><p>Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:</p><p>VII – a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita; (...)</p><p>Assim resta evidente o direito da genitora de ficar com a guarda das menores, uma vez que, já tem a guarda de fato desde o nascimento destas. Ademais, busca-se a preservação do vínculo afetivo familiar das menores com a mãe com quem convivem desde seu nascimento.</p><p>Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada”.</p><p>Da mesma forma, o fato do requerido não participar com a manutenção necessária da requerente, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal. In verbis:</p><p>Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo.</p><p>Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País.</p><p>Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.</p><p>Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazerem as necessidades vitais das autoras, vez que estas não podem provê-las por si.</p><p>Segundo informações obtidas pela genitora da menor, o réu possui situação financeira estável, trabalha na empresa xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, percebendo cerca de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais. Assim, plenamente comprovada a possibilidade do réu.</p><p>Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente senão buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.</p><p>IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA</p><p>Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da requerente, convém salientar que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes.</p><p>Com isso, a concessão da tutela de urgência para que a requerente tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional. Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:</p><p>Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.</p><p>§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.</p><p>Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da parte contrária, conforme art. 9º, parágrafo único, inc. I, do CPC. In verbis:</p><p>Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:</p><p>I - à tutela provisória de urgência;</p><p>Assim, a concessão da tutela de urgência antecipatória, no sentido de definir provisoriamente, alicerçados nos artigos supracitados, alimentos à autora no importe 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, com vistas a salvaguardar os interesses da requerente até a decisão final do presente feito.</p><p>Dessa maneira, está mais que demonstrado pela requerente, um fato concreto e objetivo, configurando-se assim os dois requisitos da tutela provisória de urgência com relação aos seus problemas enfrentados, como ora já descritos anteriormente.</p><p>V – DOS PEDIDOS.</p><p>Diante de todo o exposto, requer-se:</p><p>a) o benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC/2015;</p><p>b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei;</p><p>c) concessão da tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provionais no valor equivalente a 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos;</p><p>d) seja oficiado o empregador do réu para que realize desconto diretamente na folha de pagamento, referente ao valor a título de pensão alimentícia,</p><p>nos termos do artigo 734 do Código de Processo Civil, e que deverão ser pagos diretamente à genitora da menor ou através de depósito bancário na conta acima informada;</p><p>e) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;</p><p>f) determinar a citação do requerido, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos. I, II e V, do CPC/2015;</p><p>g) seja concedida a guarda da menor a sua genitora, uma vez que, esta já se encontra sob sua guarda e responsabilidade de fato;</p><p>h) seja deferida a regulamentação de visitas conforme termos acima expostos;</p><p>i) a procedência de todos os pedidos, declarando-se, por sentença, que a autora é filha do réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, bem como condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;</p><p>j) a condenação do requerido às custas e honorários e sucumbenciais;</p><p>l) ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação.</p><p>Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova documental (exame DNA anexo);</p><p>Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxxx, para efeitos meramente fiscais.</p><p>Nestes Termos,</p><p>Pede Deferimento.</p><p>CIDADE - XX, __de ____ de _____.</p><p>JACQUELINE MATHEUS DOS SANTOS</p><p>OAB/BA 52.861</p><p>Ação de Reconhecimento de Paternidade, Alimentos, Guarda e Retificação de Registro Civil</p><p>AO JUÍZO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE (cidade) DO ESTADO DE (estado)</p><p>NOME DO MENOR, menor impúbere, brasileiro, solteiro, inscrito no RG sob o nºXXXXX, neste ato representado por sua genitora NOME DA GENITORA, brasileira, casada, do lar, inscrita no RG sob o nº XXXXXXX e no CPF nºXXX.XXX.XXX-XX, ambos residentes e domiciliados à XXXXXXXXXX, com endereço de email: XXXXXX, por intermédio de seus advogados que esta subscreve (procuração em anexo), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente</p><p>AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS E GUARDA C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA C/C RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL</p><p>Em face de 1º REQUERIDO , brasileiro, casado, administrador de empresa, inscrito no RG sob o nº XXXX e no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado á XXXXXXXXX; E 2º REQUERIDO, brasileiro, casado, servidor público municipal, inscrito no RG sob o nº XXXXXXXe no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à XXXXXXXXXX, pelos razões de fato e de direito a seguir expostos:</p><p>1- PRELIMINARMENTE</p><p>1.1- Da Gratuidade da Justiça</p><p>O benefício da Justiça Gratuita encontra-se assegurado pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 ( CPC), artigo 98 e seguintes:</p><p>Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;</p><p>Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.</p><p>Os requerentes pleiteiam a materialização desse direito que foi elevado pelo Constituinte Brasileiro à categoria de garantia fundamental, qual seja, o direito ao acesso à ordem jurídica justa e com assistência jurídica integral e gratuita, pois não possui condições financeiras para arcar com as despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de sua família.</p><p>Frisa-se que a segunda requerente é dona de casa e não exerce nenhuma atividade laboral. Dessa forma, ante a hipossuficiência notória dos demandantes, requer que Vossa Excelência se digne a conceder o benefício da assistência judiciária gratuita.</p><p>O entendimento jurisprudencial pacificado pelos tribunais pátrios corrobora a pretensão argumentada, conforme se vislumbra da análise do precedente declinado:</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO. BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DEFERIMENTO. BASTA SIMPLES AFIRMAÇÃO DA CONDIÇÃO FINANCEIRA. DECISÃO REFORMADA. 1. A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita a pessoa física não se condiciona à prova do estado de pobreza, mas tão-somente à mera afirmação desse estado. 2. De acordo com o § 3º do artigo 99 do NCPC, presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida pela parte requerente. 3. Os beneplácitos da assistência judiciária gratuita podem ser revogados a qualquer momento, com o advento de melhora financeira da parte beneficiada, o que, deve ser demonstrado pela agravada. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-GO - AI: 01331170820168090000, Relator: DR (A). MARCUS DA COSTA FERREIRA, Data de Julgamento: 07/02/2017, 6A CÂMARA CIVEL, Data de Publicação: DJ 2217 de 23/02/2017). Grifo nosso.</p><p>In casu, a jurisprudência supracitada enquadra-se perfeitamente, posto que ratifica o direito à concessão do benefício da justiça gratuita, desde que comprovada a impossibilidade de custear as despesas processuais em razão de força maior.</p><p>Diante disso, pugna pelo deferimento e concessão da gratuidade da justiça aos requerentes, por ser medida de inteira justiça.</p><p>2. DOS FATOS</p><p>A genitora do autor conheceu o primeiro requerido 1º REQUERIDO em meados de 2005, enquanto mantinha um relacionamento amoroso com 2º REQUERIDO, ora segundo requerido.</p><p>Passado algum tempo, GENITORA e 1º REQUERIDO se encontraram e contraíram relações sexuais uma única vez, sendo que no dia seguinte a genitora do menor também se relacionou com o segundo requerido.</p><p>Decorridos aproximadamente 20 (vinte) dias das duas relações, GENITORA começou a suspeitar da gravidez, a qual foi confirmada e acreditou piamente que o pai era o segundo requerido, haja vista que manteve mais relações sexuais com ele, e não acreditava que uma só relação com 1º REQUERIDO acarretaria a gravidez.</p><p>Em 25/07/2006 nasceu o autor, conforme certidão de nascimento em anexo, estando atualmente com 13 anos de idade.</p><p>Após o nascimento, a genitora foi procurada pelo segundo requerido, que anuiu ser o pai e ofertou a contribuição para a manutenção do menor e todo suporte necessário, incluindo registro civil, o que foi aceito, pois até o momento não havia dúvidas quanto à paternidade. Tal ajuda perdurou por alguns meses, até que a genitora passou a sustentar o autor, sozinha.</p><p>O tempo foi passando e à medida que o menor crescia, seus traços físicos se diferiam do suposto pai, o que despertou a dúvida aos olhos de todos, inclusive da mãe, a qual via no filho semelhança com o primeiro réu.</p><p>Em decorrência disso, FULANA, amiga em comum de GENITORA e 1º REQUERIDO, trepidada pela semelhança entre o menor e 1º REQUERIDO, entrou em contato, com anuência de GENITORA, com este, no desígnio de sanar a dubiez paternal através do exame de DNA, o qual de imediato foi aceito, pois até a família dele suspeitava ser ele o pai.</p><p>Na data de 06 (seis) de dezembro de 20XX foram coletadas e registradas as amostras biológicas para a extração do DNA, processando amostras biológicas da mãe GENITORA, do filho NOME DO MENOR e do suposto pai 1º REQUERIDO. No dia 12 (doze) de dezembro de 20XX obteve-se o resultado (doc. 3) dando procedência as amostras analisadas, passando de suposto para pai biológico com índice de probabilidade paterna de 99,999999999% tendo como probabilidade a priori de paternidade 0,5.</p><p>Desta forma, após o exame de DNA, 1º REQUERIDO deu a palavra que iria registrar o autor e ajudar na manutenção do mesmo. Ocorre que, o tempo passou e nada da palavra se cumprir</p><p>quanto ao registro.</p><p>É importante frisar que, em que pese o menor estar registrado em nome do segundo réu, estes nunca tiveram nenhum vínculo socioafetivo, mesmo quando não se tinha certeza sobre sua paternidade.</p><p>Após a realização do DNA, o menor passou a ter convívio com seu pai biológico e estreitaram os laços fraternais. Ocorre que a ajuda ofertada pelo pai não supre os gastos básicos do menor, e a genitora não possui condições de arcar sozinha com todas as responsabilidades. Informa-se que 1º REQUERIDO costuma pagar em torno de R$200,00 (duzentos reais), e não é todo mês, o que não é suficiente para o sustento do menor. Ademais, ele possui condições de pagar um valor maior, pois é Contador e Pastor em uma igreja na cidade de (NOME DA CIDADE).</p><p>Ora excelência, é latente que o requerido deve cumprir com sua obrigação registrando seu filho e contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que o requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões aceitáveis, levando em consideração que durante toda a vida do menor, nunca contribuiu de forma afetiva nem financeira.</p><p>Incontestável é o dever do Requerido em prestar alimento ao filho menor, que necessita atualmente de pelo menos 45% (quarenta e cinco por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, Agência XXXX, Operação XX, Conta XXXXX-X, NOME DO BANCO, até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos.</p><p>A genitora não sabe informar o valor exato que o requerido ganha, mas tem ciência que não é um valor ínfimo, haja vista as atividades exercidas, possuindo desta forma, condições de pagar o valor requisitado para seu filho.</p><p>A genitora do menor já possui a guarda unilateral, desejando desta forma, continuar com esse direito, obtendo a guarda definitiva, regulamentando com o primeiro requerido o direito de visitas, a ser combinado antecipadamente.</p><p>Diante dessa situação, foi tentada uma composição amigável a qual não surtiu efeito, logo não restou outra alternativa, senão a propositura da presente ação, visando sempre o melhor interesse do menor.</p><p>3. DO DIREITO</p><p>3.1 - Do Reconhecimento de Paternidade</p><p>Nos termos do artigo 1607 do Código Civil: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.”</p><p>Conforme preceitua o artigo 1609 do mesmo diploma legal, o reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e poderá ocorrer: no registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, devendo ser arquivado em cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.</p><p>Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26 e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis:</p><p>Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.</p><p>Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça.</p><p>No que tange à prova da paternidade, merece destaque a norma do artigo 1605 do Código Civil, segundo o qual “na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”.</p><p>Sendo assim, a autora tem direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade, visto exame de DNA acostado aos autos.</p><p>Ademais, conforme demonstrado nas provas documentais (DNA) e fotos anexados à presente, além de provas testemunhais, oportunamente arroladas, rematam cabalmente qualquer dúvida que porventura pudesse existir quanto à filiação do autor.</p><p>Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a declaração de paternidade decorrente da sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento da paternidade.</p><p>Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade do menor e seja expedido por este Juízo, mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor.</p><p>3.2 - Dos Alimentos</p><p>Fundamenta-se na legislação vigente o pedido do requerente:</p><p>Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:</p><p>I – dirigir-lhes a criação e educação;</p><p>II – tê-los em sua companhia e guarda; (...)</p><p>Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:</p><p>VII – a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita; (...)</p><p>Assim resta evidente o direito da genitora de ficar com a guarda do menor, uma vez que, já tem a guarda de fato desde o nascimento deste. Ademais, busca-se a preservação do vínculo afetivo familiar do menor com a mãe com quem convive desde seu nascimento.</p><p>Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada”.</p><p>Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazerem as necessidades vitais do autor, vez que este não pode provê-las por si.</p><p>S egundo informações obtidas pela genitora da menor, o réu possui situação financeira estável, além de ser contador, é pastor dirigente de uma igreja, o que pressupõe que o mesmo recebe um remuneração justa para isso. Assim, não resta dúvidas a possibilidade do réu, de assumir seu compromisso financeiro com seu filho!</p><p>Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente senão buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.</p><p>4. DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA</p><p>Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse do requerente, convém salientar que este não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes.</p><p>Com isso, a concessão da tutela de urgência para que o requerente tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional. Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:</p><p>Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.</p><p>§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.</p><p>Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da parte contrária, conforme art. 9º, parágrafo único, inc. I, do CPC. In verbis:</p><p>Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:</p><p>I - a tutela provisória de urgência;</p><p>Assim, a concessão da tutela de urgência antecipatória, no sentido de definir provisoriamente, alicerçados nos artigos supracitados, alimentos ao autor no importe 45% (quarenta e cinco por cento) do salário mínimo vigente, com vistas a salvaguardar os interesses do requerente até a decisão final do presente feito.</p><p>Dessa maneira, está</p><p>mais que demonstrado pelo requerente, um fato concreto e objetivo, configurando-se assim os dois requisitos da tutela provisória de urgência com relação aos seus problemas enfrentados, como ora já descritos anteriormente.</p><p>5. DA RETIFICAÇÃO DO REGISTRO CIVIL</p><p>Importante reiterar que tanto a mãe do autor quanto o segundo requerido, no momento do registro, acreditavam que o segundo requerido era o pai biológico da Requerida. Em nenhum momento registrou a Requerida sabendo que não era seu pai. Evidente, portanto, o erro e o vício no consentimento, o que torna possível o presente pedido, posto que presentes a legitimidade e o interesse de agir.</p><p>Afastada, portanto, a limitação esculpida no Artigo 1.609 do Código Civil, aplicável apenas nos casos onde a parte, espontaneamente, mesmo sabendo da inexistência do vínculo, reconhece como seu, filho alheio.</p><p>A hipótese tratada nos presentes autos é justamente oposta, pois o Autor acreditava ser realmente o pai biológico da Requerida.</p><p>O artigo 1.604 do Código Civil ressalva que “ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro”, justamente o caso em tela.</p><p>Tal preceito é no sentido que deve prevalecer a verdade real sobre a formal, de modo que o reconhecimento voluntário não inibe o seu exercício pelo perfilhante, que por defeito do ato jurídico, quer por não espelhar a verdade. Trata-se de irrevogabilidade vitanda que impede a retração pura e simples do ato, mas não a sua anulação por meio de decisão judicial (artigos 1º da Lei nº 8.560/92, 1.604 do Código Civil de 2002 e 113 da Lei de Registros Publicos).</p><p>Informa ainda que o segundo requerido nunca possuiu contato afetivo com o autor, provando assim que não se criou vínculo afetivo entre as partes, sendo este, o melhor momento para se buscar a verdade sobre a paternidade.</p><p>Conforme doutrina do operoso magistrado JORGE LUIS COSTA BEBER (in, “Ação negatória de paternidade aforada por pai registral ou reconhecido judicialmente”, Revista da AJURIS, nº 73, Porto Alegre, p.202), a norma jurídica precisa ir ao encalço dos avanços científicos relacionados com a matéria familiar, sobretudo no campo da genética, verbis:</p><p>A identificação digital genética do DNA constitui valiosíssimo recurso na distribuição da justiça, rápida e justa, possibilitando considerável economia de tempo e dinheiro. Destarte, diante da certeza que dimana do exame científico pelo sistema DNA, reconhecida tanto na doutrina como na jurisprudência, não vejo como manter, em sede de ações declaratórias negativas, tanto da paternidade como da maternidade, o pensamento jurídico vigente a mais de oitenta anos atrás, época em que foi promulgado o vetusto Código Civil Brasileiro. (...) É que, na verdade, não há como continuar sustentando uma aparente verdade, em desfavor de uma prevalente verdade biológica; No caso concreto, o que houve, foi uma declaração de vontade não correspondente ao verdadeiro ato volitivo do pai registral, pois agiu de modo contrário ao que certamente agiria se conhecesse, na época do registro, a verdade sobre a concepção; Interessa ao Estado manter uma formalidade registral falsa (mesmo que por erro) em detrimento de uma verdade biológica? Acredito que não.</p><p>Portanto, no caso sob exame, o que houve, foi uma declaração de vontade não correspondente ao verdadeiro ato volitivo do pai registral, ora Autor, pois agiu de modo contrário ao que agiria se conhecesse, na época do registro, a verdade sobre a concepção.</p><p>6. DOS PEDIDOS</p><p>Diante de todo o exposto, requer-se:</p><p>A- o benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC/2015;</p><p>B- a intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei;</p><p>C- concessão da tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provisionais no valor equivalente a 45% (quarenta e cinco por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora do menor, Agência XXXX, Operação XX, Conta XXXXX-X, NOME DO BANCO, até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos;</p><p>D- seja oficiado o empregador do réu para que realize desconto diretamente na folha de pagamento, referente ao valor a título de pensão alimentícia, nos termos do artigo 734 do Código de Processo Civil, e que deverão ser pagos diretamente à genitora do menor ou através de depósito bancário na conta acima informada;</p><p>E- a designação de audiência prévia de conciliação/mediação, nos termos do Artigo 319, VII, do Código de Processo Civil;</p><p>F- determinar a citação dos requeridos, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do Artigo 246, incisos. I, II e V, do Código de Processo Civil;</p><p>G- seja concedida a guarda do menor a sua genitora, uma vez que, está já se encontra sob sua guarda e responsabilidade de fato;</p><p>H- seja deferida a regulamentação de visitas conforme termos acima expostos;</p><p>I- a procedência de todos os pedidos, declarando-se, por sentença, que o autor é filho do primeiro réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, bem como a condenação do primeiro Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;</p><p>J- a condenação do requerido às custas e honorários e sucumbenciais;</p><p>K- ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação.</p><p>Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova documental (exame DNA anexo);</p><p>Dá-se a causa o valor de R$ XXX,XX (cinco mil seiscentos e quarenta e três reais), para efeitos meramente fiscais.</p><p>Nestes Termos,</p><p>Pede Deferimento.</p><p>LOCAL, DATA</p><p>ADVOGADO/OAB (UF)</p><p>Ação de Investigação de Paternidade com Alimentos</p><p>EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___________VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇUAI/MG</p><p>xxxxxxxxxxx, brasileiro, menor impúbere, nascido em xxxxxxxx, no dia 21 de junho de 2017, neste ato representado por sua genitora xxxxxxxx, brasileira, solteira, dentista, portador da cédula de identidade nº xxxxxxx inscrito no CPF nº xxxxxxxxx, ambos residentes e domiciliados na Rua xxxxxxxxx nºxxxxxxxxx, bairro Centro no município de xxxxxxxx CEPNº 39.630-00, vem à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído propor:</p><p>AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C COM ALIMENTOS</p><p>Em face de XXXXX, brasileiro, solteiro, dentista, inscrito no CPF sob nº XXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXX nº 365 Bairro Vila RE São Paulo CEP nº 03658010, na cidade de São Paulo/SP, telefone XXXXX pelos fatos e motivos que passa a expor.</p><p>I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA</p><p>O Autor, sob responsabilidade de sua genitora não dispõe de condições financeiras para arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência, cópia dos seus contracheques e certidão de nascimento dos filhos que junta em anexo.</p><p>Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a AJG ao requerente.</p><p>II- DOS FATOS QUE AMPARAM A PETIÇÃO INICIAL</p><p>O Autor, apesar de ser filho do Réu, nunca teve o reconhecimento de seu vínculo.</p><p>A genitora do autor e o réu tiveram um relacionamento em 2016. Como fruto desta relação nasceu o menor atualmente com 1 ano e 1 mês de idade.</p><p>Logo que o Réu soube da gravidez da genitora do Autor, manteve-se indiferente à notícia e simplesmente se afastou sem deixar notícias de seu paradeiro.</p><p>A genitora do autor não possui dúvidas quanto à paternidade, conforme comprovará com a instrução do feito, mas não conseguiu que o exame de DNA fosse realizado amigavelmente, conforme mensagens trocadas</p><p>com o réu (anexo).</p><p>Previamente a interposição da ação houve a tentativa de resolução dos fatos junto ao Réu sem êxito, pelo contrário NÃO QUIS NEM SABER DA CRIANÇA, razão pela qual move a presente ação.</p><p>III. DO DIREITO AO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE</p><p>O direito do Autor vem primordialmente amparado no Estatuto da criança e do Adolescente em especial em seu Art. 27 do ECA, que assim dispõe:</p><p>Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.</p><p>Tal artigo consubstancia a pretensão do Autor, visto que se trata de direito indisponível e imprescritível, da mesma forma que amparada pela Lei nº 8.560 de 1992, que dispõe em seu artigo 2º-A:</p><p>Art. 2ºA. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos.</p><p>Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.</p><p>No presente caso, tem-se que a renúncia do Autor no exame de DNA já configura presunção da paternidade, razão pela qual deve ser viabilizado ao Réu que proceda com o exame de DNA em juízo, ou, o reconhecimento da paternidade, conforme precedentes sobre o tema:</p><p>APELAÇÃO. FAMÍLIA. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. EXAME PERICIAL. AUSÊNCIA. RECUSA. ÔNUS DA PROVA INVERSÃO. Outros indícios de prova. Presunção. A recusa do investigado em realizar o teste de DNA implica em inversão do ônus da prova, que, somada ao conjunto probatório dos autos, induzem à veracidade dos fatos alegados na inicial, devendo a ação de investigação de paternidade ser julgada procedente para reconhecimento da filiação e eventuais direitos daí decorrentes. (Apelação, Processo nº 0005000-31.2010.822.0102, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 2ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Marcos Alaor Diniz Grangeia, Data de julgamento: 18/08/2016)</p><p>Trata-se, portanto, do necessário reconhecimento de paternidade para que a criança tenha condições de requerer seus direitos necessários para um desenvolvimento saudável e o devido amparo legal.</p><p>IV. DOS ALIMENTOS</p><p>Após analisadas todas as circunstâncias que cercam o presente demanda, importa ao Réu responder ao pleito do Autor quanto aos Alimentos.</p><p>A lei estabelece os parâmetros a serem seguidos para que a prestação de Alimentos seja firmada, devendo atender ao binômio Necessidade/Possibilidade.</p><p>A criança tem resguardados os direitos inerentes à pessoa humana no escopo dos artigos 227 e 229 da Constituição Federal/1988:</p><p>Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.</p><p>Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.</p><p>Trata-se de proteção disposta ainda no Estatuto da Criança e pelo Código Civil que não exclui a responsabilidade de ambos os pais na manutenção e desenvolvimento da criança, mesmo diante da separação:</p><p>Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:</p><p>Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.</p><p>Art. 1696. O direito a prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.</p><p>A jurisprudência, assegurando este direito destaca:</p><p>EMENTA: DIREITO DE FAMÍLIA - AÇÃO DE ALIMENTOS - APELAÇÃO CÍVEL - FILHO MENOR - FIXAÇÃO - BINÔMIO POSSIBILIDADE/NECESSIDADE - EFEITOS DA REVELIA - PROVA. Os alimentos devidos pelos pais aos filhos menores decorrem dos deveres inerentes ao poder familiar. Sua fixação deve se dar na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada (binômio possibilidade/necessidade). Diante da total ausência de elementos que permitam ao juiz aferir a verossimilhança das afirmações da autora, não deve ser aplicada a pena da revelia pura e simplesmente, pois o magistrado há de buscar, na medida do possível, a verdade real, e não a verdade processual, para que alcance, de forma mais substancial, a justiça no caso concreto. (TJMG - Apelação Cível 1.0027.14.014466-1/001, Relator (a): Des.(a) Dárcio Lopardi Mendes, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 06/08/0015, publicação da sumula em 12/08/2015)</p><p>Assim, considerando que o réu mantém hoje, um emprego apto a garantir sua subsistência e dos menores, é de bom alvitre que os alimentos provisórios sejam mantidos, ou seja, 30% do seu salário base.</p><p>V. DA NECESSÁRIA RETIFICAÇÃO DO REGISTRO CIVIL.</p><p>Após o devido reconhecimento da paternidade pleiteada, é devido ao Autor, conforme direito insculpido na Lei nº 6.015 de 31/12/1973, que em seus artigos 109 e seguintes, abre a possibilidade de retificação dos registros:</p><p>"Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro Civil, requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com indicação de testemunhas, que o Juiz o ordene, ouvido o órgão do Ministério Público e os interessados, no prazo de cinco (5) dias, que correrá em cartório."</p><p>Afinal, trata-se de direito à retificação consubstanciada no reconhecimento da verdadeira filiação biológica.</p><p>Trata-se, portanto, de direito que assiste ao autor conforme jurisprudência:</p><p>POSSIBILIDADE. DIREITO CIVIL. INTERESSE DE MENOR. ALTERAÇÃO DE REGISTRO CIVIL. 1. Não há como negar a uma criança o direito de ter alterado seu registro de nascimento para que dele conste o mais fiel retrato da sua identidade, sem descurar que uma das expressões concretas do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana é justamente ter direito ao nome, nele compreendido o prenome e o nome patronímico.2. É conferido ao menor o direito a que seja acrescido ao seu nome o patronímico da genitora se, quando do registro do nascimento, apenas o sobrenome do pai havia sido registrado. 3. É admissível a alteração no registro de nascimento do filho para a averbação do nome de sua mãe que, após a separação judicial, voltou a usar o nome de solteira; para tanto, devem ser preenchidos dois requisitos: (i) justo motivo; (ii) inexistência de prejuízos para terceiros. 4. Recurso especial não conhecido. (STJ. REsp 1.069.864/DF. Rel. Min. Nancy Andrighi. Julgado em: 18/12/2008, DJe 03/02/2009).”</p><p>RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL DE ÓBITO. CORREÇÃO. CABIMENTO. 1. Somente quando cabalmente demonstrada a existência de erro no registrocivil é que se admite a retificação, isto é, a sua correção. 2. Cabe promover a alteração pretendida pois flagrante a existência de erro, pois restou comprovado que os recorrentes, que constaram como sendo filhos da falecida, na verdade não o são, sendo filhos de outras pessoas e não mantém com ela qualquer relação de parentesco. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 70070600358, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 26/10/2016).</p><p>Desta feita, é patente o direito que assiste ao Autor em ter o seu registro retificado, sendo imperioso concluir-se pela procedência de seu pedido.</p><p>VI. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS</p><p>Diante de provas que serão realizadas oportunamente suficientes a comprovar o parentesco, em especial a presunção de paternidade pela recusa em realizar o exame de DNA, fica configurado o direito ao pedido de alimentos</p><p>querendo, contestar aos termos da presente demanda no prazo legal, sob pena de revelia, confissão e demais cominações legais ( CPC art. 334 e art. 344) e ao final, seja esta, julgada procedente a respectiva ação, para determinar a concessão dos alimentos.</p><p>c) Outrossim, requer seja promovida a oitiva do ilustre Representante do Ministério Público.</p><p>d) Ao fim, requer a confirmação da liminar, com a condenação do requerido ao pagamento da pensão pleiteada, assim cumprindo o seu papel como pai, bem como, a condenação do requerido ao pagamento das custas e honorários em favor deste subscritor;</p><p>e) Por fim, requer seja concedido à Requerente os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis a espécie, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente, na forma do artigo 4º, da Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83.</p><p>f) Finalmente, requer sejam deferidos todos meios de provas em direito admitidos, inclusive os moralmente legítimos que não estão previstos no Código de Processo Civil, mas hábeis a provar a verdade dos fatos em que se funda a presente demanda ( CPC, art. 369);</p><p>Dá-se a causa o valor R$ 13.200,00 (treze mil e duzentos reais), para que produza os devidos e necessários efeitos legais.</p><p>Nesses Termos,</p><p>Pede Deferimento.</p><p>XXXXXXX, XX de novembro de 202X.</p><p>Modelo de petição inicial de alimentos, guarda e visita</p><p>AO DOUTO JUÍZO DA _____ VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE XXXX, ESTADO DE XXXX.</p><p>[NOME COMPLETO DO MENOR], [nacionalidade], menor impúbere, nascido na data de XX/XX/XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, neste ato representado por sua genitora [NOME COMPLETO DA GENITORA DO MENOR], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portadora do RG nº XXXX, inscrita no CPF sob o nº XXXX, ambos residentes e domiciliados na Rua XXXX, nº XXXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXX, com endereço de e-mail registrado como XXXX, neste ato representada por sua procuradora signatária, que junta neste ato instrumento de procuração em anexo com endereço profissional completo para receber intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente</p><p>AÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DEFINITIVOS CUMULADO COM GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS</p><p>Em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX, nº XXXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXX, com endereço de e-mail registrado como XXXX, telefone/Whatsapp: XXXX, pelas razões de fatos e de direito a seguir expostas:</p><p>1. DOS FATOS</p><p>A genitora do menor e o Réu tiveram relacionamento amoroso pelo período de XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX, do qual adveio o nascimento do menor XXXX, na data de XX/XX/XXXX.</p><p>Ocorre que, desde a gravidez da genitora do menor, o Réu nunca se preocupou em arcar com os alimentos gravídicos e, após o nascimento, continuou se recusando a pagar a pensão alimentícia, mesmo tendo a genitora pedido amigavelmente diversas vezes. É importante frisar que o menor é o único filho do Réu.</p><p>Veja-se que os gastos do menor são imensos, pois possui apenas XXX meses[ou anos] de idade, fazendo assim o uso de fraldas, medicamentos, leite, frutas, verduras, legumes, etc., além, é claro, de vestimentas, lazer, saúde, transporte, creche ou babá, pois não conseguiu creche em tempo integral para que a genitora pudesse trabalhar, dentre outros.</p><p>Ao somar os gastos do menor, conforme tabela abaixo e notas fiscais anexas, veja-se que chegam a mais de R$ 1.000,00 (um mil reais).</p><p>Enquanto isso, a possibilidade do Réu é alta, vez que possui a profissão de XXXX e recebe mensalmente cerca de R$ XXXX mensais.</p><p>É razoável, portanto, que a pensão alimentícia seja fixada no importe de, no mínimo, 40% do salário mínimo vigente, que atualmente perfaz o montante de R$ 528,00 (quinhentos e vinte e oito reais) [ou XX% do salário do Réu], para que o menor tenha uma vida digna.</p><p>Ademais, o Réu não se preocupa em ver o menor, tendo o visto desde o nascimento apenas três vezes, pelo período de pouco mais de meia hora em cada ocasião. Nas vezes que o viu, recusou-se a pegar no colo e a trocar fralda, dizendo que não fará isso nunca mais em sua vida. Disse ainda (conforme conversas anexas) que somente deseja ver o filho no aniversário do mesmo e no natal, e tão somente conversar com ele por vídeo chamada uma vez na semana, pelo período de 30 minutos.</p><p>Desta forma, conforme todos os pedidos que posteriormente se fará no mérito, necessária se faz a propositura da presente demanda, para que as partes possam regular os alimentos, a guarda e a convivência do menor com a proteção do Poder Judiciário.</p><p>2. DOS FUNDAMENTOS DE MÉRITO</p><p>a) DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS</p><p>Inicialmente, cabe destacar que nas ações que se pleiteiam os alimentos, o Juízo deve os fixar de forma provisória desde logo, tendo em vista o caráter alimentar e a urgência na medida, nos termos do artigo 4º, caput, da Lei nº 5.478/68, in verbis:</p><p>"Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita."</p><p>No caso dos autos, é necessária desde logo a fixação dos alimentos provisórios, uma vez de que a situação financeira da genitora dificulta fatalmente o sustento do menor e há a comprovação de que o Réu é pai biológico do menor, conforme exame de DNA anexo [se houver] e certidão de nascimento também anexa.</p><p>Tendo em vista que se comprovam os gastos do menor em mais de R$ 1.000,00 (um mil reais) mensais, e sendo o Réu pessoa com boas condições financeiras, deve esse arcar com os alimentos provisórios no percentual de 40% do salário mínimo vigente [ou XX% dos rendimentos do Réu em caso de emprego formal], valor esse que está de acordo com o princípio da razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>b) DOS ALIMENTOS DEFINITIVOS</p><p>Para a fixação dos alimentos, deve-se observar a necessidade do alimentado e a possibilidade do alimentante, nos termos do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil, além da razoabilidade e proporcionalidade do valor, de acordo com a doutrina e Jurisprudência.</p><p>Vejamos o referido artigo, in verbis:</p><p>Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.</p><p>§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada."</p><p>Veja-se que, quanto à NECESSIDADE DO ALIMENTADO, a mesma é presumida, pois se trata de menor impúbere. Ainda assim, neste ato, apresenta-se a tabela de gastos e notas fiscais de gastos do menor, para comprovar que necessita da pensão alimentícia no importe pleiteado.</p><p>Por sua vez, as POSSIBILIDADES DO ALIMENTANTE são ótimas, pois atua na profissão de XXXX, recebe cerca de R$ XXXX mensais e não possui outro filho. [se possuir outro filho, falar que a mãe dos outros filhos também trabalha e colabora no sustento deles também - se ela trabalhar - ou procurar outros argumentos].</p><p>De igual modo, há a RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE do valor, visto que o importe pedido está dentro do que entende a doutrina e a jurisprudência, vejamos:</p><p>"O princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade deve sempre incidir na fixação desses alimentos, no sentido de que a sua quantificação não pode gerar o enriquecimento sem causa daquele que os pleiteia. Por outro lado, os alimentos devem servir para a manutenção do patrimônio mínimo da pessoa humana, o seu mínimo existencial."(Flávio Tartuce (2015, p. 510).</p><p>"Apelação. Alimentos c/c Guarda e Regulamentação de visitas. Alegação pelo genitor de cerceamento de defesa. Pretensão de provar a ocorrência de alienação parental. Julgamento antecipado da lide. Admissibilidade. Desnecessidade de</p><p>provisórios, para fins de garantir o sustento dos menores enquanto pendente o litígio, por força da lei 5.478/68 que dispõe sobre a Ação de Alimentos, in verbis:</p><p>. Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita</p><p>Art. 13, § 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário.</p><p>Trata-se de necessidade inequívoca a ser suprida pela fixação de tal provisão legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela genitora da menor.</p><p>A concessão de alimentos provisórios visa a garantir a observância ao binômio: possibilidade do alimentante e necessidade do alimentando, conforme latente a jurisprudência:</p><p>EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA - ALIMENTOS PROVISÓRIOS FIXADOS - BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Na fixação de pensão alimentícia, deve ser observado o binômio necessidade e capacidade, de modo que não se fixe um valor aquém das necessidades do alimentando nem além da capacidade do alimentante. 2. Entende-se que ônus do sustento dos filhos compete a ambos os genitores, devendo a mantença dos filhos ser dividida de forma que cada um contribua na medida da própria disponibilidade financeira. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0105.15.022790-5/001, Relator (a): Des.(a) Hilda Teixeira da Costa, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 02/02/2016, publicação da sumula em 15/02/2016)</p><p>Diante de todo o exposto, diante da demonstração inequívoca da necessidade do alimentando e da possibilidade do genitor, requer a concessão imediata ao pagamento de uma pensão alimentícia provisória no importe de 30% (trinta por cento) do salário base, assim como determina o Art. 4º c/c Art. 13, § 2º, ambos da Lei nº 5.478, de 25.07.1968.</p><p>VII. DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR</p><p>O Autor pretende instruir seus argumentos com as seguintes provas:</p><p>a) depoimento pessoal do Réu, para esclarecimentos sobre a relação que tiveram.</p><p>b) a juntada dos documentos em anexo, em especial as mensagens trocadas pela genitora do Autor com o Réu em relação a sua paternidade que serão juntadas oportunamente;</p><p>c) reprodução cinematográfica a ser apresentada em audiência nos termos do Parágrafo Único do art. 434 do CPC;</p><p>d) análise pericial, por meio de exame de DNA.</p><p>VIII. DOS PEDIDOS</p><p>Por todo o exposto, REQUER:</p><p>1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil;</p><p>2. O arbitramento de alimentos provisórios, em R$ 477,00 (quatrocentos e setenta e sete reais), equivalente a 50% do salário mínimo, a ser depositada na conta da Genitora.;</p><p>3. A citação do réu para responder a presente ação, querendo;</p><p>4. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a pericial para fins de que seja reconhecida formalmente a paternidade do Autor determinando a realização do exame de DNA – segundo praxe legal.</p><p>5. Seja designada audiência de conciliação, e não havendo êxito, seja designada audiência de Instrução e Julgamento para a oitiva das partes e testemunhas;</p><p>6. Expedição de Carta Precatória para os fins legais</p><p>7. Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do artigo 698, do CPC;</p><p>8. A TOTAL PROCEDÊNCIA da demanda, para fins de declarar o reconhecimento da paternidade e fixação de alimentos, no equivalente a 30% do rendimento do Réu;</p><p>9. A expedição de ofício ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, requerendo informações acerca da existência de vínculos empregatícios em nome do executado. Havendo notícia de vínculo, que seja oficiado o empregador para que seja descontado diretamente da folha de pagamento do devedor o valor devido a título de alimentos, tanto vencidos quanto vincendos, evitando novos inadimplementos (art. 529, § 3º, Código de Processo Civil/2015); caso haja deferimento desta Ação;</p><p>10. Dá-se à causa o valor de R$ 5724,00.</p><p>Nestes termos, pede deferimento.</p><p>Araçuaí, 18 de Setembro de 2018.</p><p>Ação de Execução de Alimentos pelo Rito da Prisão e Penhora</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE/UF</p><p>PROCESSO Nº xxxxx</p><p>xxxx, menor impúbere, representado por sua genitora xxxx, brasileira, casada, doméstica, RG nº, CPF nº, residente e domiciliada na rua , bairro , Cidade/UF, CEP , através de seus procuradores que ao final subscrevem, com fulcro nos artigos 523 e seguintes, 528 e seguinte, art. 831 e seguinte, todos do CPC/15, vem, perante Vossa Excelência, apresentar</p><p>CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PELO RITO DA PRISÃO E RITO DA EXPROPRIAÇÃO</p><p>Em face de xxx, brasileiro, solteiro, profissão, telefone/WhatsApp , residente e domiciliado na rua, cidade/UF, CEP xxx-000.</p><p>DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA</p><p>Conforme se extrai do artigo 5º, LXXIV, CF/88 e art. 98 e ss. CPC/15, aqueles que são declarados pobres na forma da lei tem direito à prestação gratuita da justiça por parte do Estado. Neste sentido, o requerente, através de sua representante, pugna pela concessão dos benefícios da justiça gratuita diante da ínfima condição financeira a qual os mesmos encontram-se, conforme declaração de hipossuficiência anexa aos autos, não podendo, pois, arcar com as despesas processuais sem comprometer a sua subsistência.</p><p>DA CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO</p><p>Em razão da falha em encontrar o endereço completo do executado, o número telefônico atribuído ao executado é válido e de seu uso, dessa forma, solicita-se, de logo, a citação através do aplicativo WhatsApp. No processo civil, a medida é recepcionada nos tribunais superiores e CPC/15, quando no contato telefônico fornecido é possível a identificação da pessoa através de foto e passível de confirmação.</p><p>DOS FATOS</p><p>Foi realizado por ambas as partes, em data xxx, acordo para o pagamento de pensão alimentícia por parte do executado, conforme ata de audiência presente no processo.</p><p>O presente acordo, homologado por sentença judicial, versa sobre o pagamento de xxx% de um salário minimo vigente, à época, equivalente a R$ xxxx (xxxx reais).</p><p>Ocorre que, da data da homologação judicial até a data de ajuizamento desta ação, o executado efetuou o pagamento somente das x primeiras parcelas, dessa forma, incorrendo em inadimplência data x até a presente data.</p><p>Em razão inexistência da prestação alimentar desde data x, diante do caráter imprescindível da demanda somando-se as inúmeras tentativas frustradas em resolver a lide através de acordo amigável, não restou outra opção aos exequentes senão o ajuizamento da presente ação de cumprimento de sentença do título judicial.</p><p>DO ENDEREÇO DO RÉU</p><p>No caso em tela, cabe explanação especifica acerca da omissão do domicilio do requerido. O endereço apontado na qualificação não é passível de confirmação pelo autor, em razão daquele estar omitindo sucessivamente o local em que reside atualmente. O executado tem plena consciência das consequências dos atos que ensejaram essa ação, razão pelo qual não fornece seu endereço. A parte autora tem informações apenas da cidade de domicilio atual.</p><p>Diante dessa problemática, requer-se a Vossa Excelência, que proceda todas as buscas necessárias para que seja esclarecido sobre o atual paradeiro do requerido, em razão da parte autora ter esgotado todos os meios possíveis para tal.</p><p>DO DESCRITIVO DE DÉBITOS</p><p>É basilar que tragamos à discussão a liquidação da sentença, feito por simples cálculo aritmético, atualizando o valor com juros e correção monetária, conforme melhor entendimento do art. 509, § 2º, CPC:</p><p>- Colocar planilha de cálculos atualizados, de acordo com o caso concreto.</p><p>Os cálculos acima foram realizados usando a área de cálculos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, conforme juntado aos autos.</p><p>DA POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DOS RITOS</p><p>A escolha da execução pelo rito da prisão ou penhora é prática corriqueira nas ações de execução de alimentos, sendo, pois, cristalino nas varas e tribunais quanto a impossibilidade de aplicar os dois ritos de execução conjuntamente.</p><p>No entanto,</p><p>em decisão recente do Superior Tribunal de Justiça, passou-se a admitir a cumulação das técnicas executórias, em razão de especial prestigio dado ao credor em ações dessa natureza, podendo aquele cumular ou não os ritos.</p><p>Nas palavras do relator da decisão no STJ, ministro Luís Felipe Salomão, "É possível o processamento em conjunto dos requerimentos de prisão e de expropriação, devendo os respectivos mandados citatórios ou intimatórios se adequar a cada pleito executório”.</p><p>Ressalta-se, entretanto, que devido ao sigilo inerente à essas ações, não foi divulgado o número do processo para consulta da decisão na sua integralidade.</p><p>Em razão de existirem verbas alimentares pretéritas (rito da expropriação) e recentes (rito da prisão), a cumulação de técnicas executórias é o que se faz necessário no caso em tela.</p><p>DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PELO RITO DA PRISÃO</p><p>Indispensável, em primeiro momento, adequar a presente execução no rito da prisão. Para ensejar o pedido, é necessário que haja, no minimo, 3 (três) prestações alimentares em atraso. Esse entendimento é extraído da SÚMULA 309 STJ e corroborado pelo § 5º, art. 528, CPC/15:</p><p>Súm. 309. “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que vencerem no curso do processo”.</p><p>§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.</p><p>Conforme citado na narração fática, as parcelas cobradas nesta lide compreendem o período de xxxx a xxx. Nesse sentido, há, inequivocadamente, mais de três prestações em atraso. Dessa forma, deverão ser executadas pelo referido rito da prisão as últimas três parcelas anteriores ao ajuizamento desta ação, somando-se aquelas que se vencerem ao longo desta lide.</p><p>A prisão civil por dívida alimentar encontra-se consolidada constitucionalmente no rol de direitos fundamentais, traduzindo a importância dos alimentos para a sobrevivência daqueles que dependem:</p><p>Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:</p><p>LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;</p><p>É mister, ainda, enquadrar a conjuntura em tela nos moldes do diploma processual civil, em que o pedido formulado pela representante legal do exequente encontra fundamento no artigo 528 e seguintes do Código de Processo Civil/2015. Esses dispositivos dispõem sobre a execução de sentença que condena ao pagamento de prestação alimentícia, bem como as consequências de seu descumprimento:</p><p>Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.</p><p>§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.</p><p>Cumpre ressaltar que o supracitado rito engloba, ainda, o protesto judicial da dívida em caso de não pagamento, provando a inadimplência e descumprimento da obrigação firmada em juízo.</p><p>§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.</p><p>Em que pese a medida extrema requerida, é necessário lembrar que o exequente está sofrendo privações inerentes ao ser humano, uma vez que sobrevive apenas com ajuda de familiares maternos. Outrossim, foram realizadas incontáveis tentativas em fazer acordo com o executado, no entanto, este relutou firmemente mesmo sabendo das obrigações firmadas em juízo.</p><p>Atendendo a norma infraconstitucional, a intimação do devedor deverá ser feita de forma pessoal. Nesse sentido, requer-se que a referida intimação seja feita de forma virtual, através do aplicativo WhatsApp, conforme o número telefônico exposto na qualificação e prezando pelo andamento célere e urgente da demanda.</p><p>Por todo exposto, amparado pela legislação constitucional e infraconstitucional, é entendimento consolidado da parte exequente que a coerção pessoal se faz necessário para o cumprimento das últimas três parcelas devidas e atrasadas, mais aquelas que se vencerem ao longo da ação.</p><p>DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PELO RITO DA EXPROPRIAÇÃO</p><p>Consoante às parcelas pretéritas vencidas e não pagas há mais de três meses, constituindo o total de xx parcelas em atraso, é instituído ao credor o ajuizamento do cumprimento de sentença pela técnica da penhora de bens do executado. É o que se extrai dos artigos 523 e 530, CPC/15:</p><p>Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.</p><p>§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.</p><p>Art. 530. Não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes.</p><p>Conforme admitido no rito da prisão, na técnica executória pela expropriação, caso o devedor não pague no prazo assinalado, é instituído o protesto da dívida arguida, conforme art. 517, CPC/15:</p><p>Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.</p><p>As exigências requeridas pelo art. 524, notadamente no tocante a obrigatoriedade no detalhamento dos cálculos, encontra-se atendido acima no tópico de descrição da dívida.</p><p>A aplicabilidade do rito de penhora deve atender os mandamentos presentes nos artigos 831 e seguintes:</p><p>Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.</p><p>Seguindo a ordem estipulada pelo diploma processual, no seu art. 835, inc. I e § 1º, tem-se a penhora do dinheiro e ativos financeiros como a primeira e prioritária medida a ser tomada para satisfação do cumprimento de sentença.</p><p>Para possibilitar a maior efetividade no bloqueio judicial de valores, tem-se em vigência o sistema de SISBAJUD:</p><p>Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.</p><p>Dessa forma, diante da possibilidade de maior efetividade e celeridade no cumprimento de sentença, requer-se, de logo, que seja procedido, via sistema SISBAJUD, a penhora online de valores e ativos encontrados em contas bancárias do requerido, no limite do valor atualizado do débito já devidamente apresentados.</p><p>Ainda na matéria de satisfação da dívida através do pagamento em dinheiro, é necessário que faça o requerimento para consulta no INSS e demais órgãos com o fito de certificar possíveis vínculos de emprego do executado. Essa medida se faz presente diante da importância do art. 529, CPC/15:</p><p>Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de</p><p>empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia.</p><p>Desse modo, havendo vínculos empregatício em aberto e vigente, que o empregador seja oficiado para efetivação do disposto acima, fazendo as devidas deduções salariais para cumprimento da sentença.</p><p>DOS PEDIDOS</p><p>A. Seja deferido o pedido de Gratuidade da Justiça, nos termos do artigo 98 e seguintes, da Lei nº 13.105/ 2.015, artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e artigo 4º, da Lei nº 1.060/ 50, por não possuírem condições financeiras para arcar com as despesas e custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares;</p><p>B. seja determinada a intimação pessoal do executado, para, em 03 (três) dias, pagar o débito vencido e o que se vencer no curso do processo, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de decretação de sua prisão civil, nos termos dos §s 3º e 7º do art. 528 do CPC, Súmula nº 309 do STJ, e inciso LXVII do art. 5º da CF;</p><p>C. seja determinada a intimação do executado para pagar o débito atualizado, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, sob pena de proceder a expropriação dos bens, nos termos do art. 523, § 3º e art. 831 e seguintes, CPC;</p><p>D. não havendo pagamento nos prazos assinalados, que seja protestada a dívida nos moldes legais, conforme preceitua os artigos 517 e § 1º, 528, CPC;</p><p>E. a intimação do representante do Ministério Público, para que acompanhe o feito, conforme determina o artigo 178, do NCPC;</p><p>F. seja expedido ofício ao Instituto Nacional do Seguro Social, no sentido de requerer informações acerca da existência de vínculo empregatício em nome do executado. Em caso positivo, seja oficiado ao empregador no sentido de que seja descontado diretamente da folha de pagamento do devedor o valor devido à título de pensão alimentícia, tanto os vincendos quanto os vencidos, conforme autoriza e nos limites do § 3º, do artigo 529, do NCPC;</p><p>G. por derradeiro, se constatada conduta procrastinatória por parte do executado, requer, se digne Vossa Excelência em oficiar ao Ministério Público no sentido de se verificar a prática do crime de abandono material, previsto no artigo 244, do Código Penal, conforme autoriza o artigo 532, do Código de Processo Civil.</p><p>H. Protesta provar por todos os meios admitidos em direito, em especial prova documental;</p><p>Dar-se-á causa o valor de R$ R$ xxx (xxx reais), para todos os efeitos legais.</p><p>Termos em que,</p><p>Pede e espera deferimento.</p><p>cidade/UF, data.</p><p>ADVOGADO</p><p>OAB/UF Nº</p><p>Execução de Alimentos - Rito Prisão</p><p>Atenção advogados!</p><p>Otimize seu trabalho um material completo de mais de 60 mil modelos de petições e contratos em Word, prontos para editar. E a melhor parte? Desconto de 70%! Acesse agora: CLIQUE AQUI . 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DOS FATOS</p><p>Os genitores do menor ajuizaram a ação de Divórcio Consensual (nº ___) onde ficou definido que o genitor pagaria à título de pensão alimentícia em favor do exequente a quantia de correspondente a __% do Salário Mínimo vigente, o que atualmente corresponde ao montante de R$ ____.</p><p>Sendo que essa quantia deveria ser paga até o dia 5 de cada mês, na conta bancária da genitora que foi informada na ação de divórcio.</p><p>Apesar do acordo feito pelas partes o genitor desde [mês] de [ano] não está adimplindo com sua obrigação, conforme se demonstrará a seguir, razão pela qual foi necessário recorrer ao Judiciário.</p><p>2. DO PROCEDIMENTO</p><p>A jurisprudência e a doutrina fixaram posicionamento no sentido de que para a execução de dívida alimentícia fixada em decisão judicial, deve tramitar conforme o rito do artigo 528 do Código de Processo Civil, senão vejamos:</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. TÍTULO JUDICIAL. ARTIGO 528, § 8º CPC/15. EXECUÇÃO DE DÍVIDA CERTA E LÍQUIDA. MUDANÇA DO RITO DA EXECUÇÃO APÓS A CITAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. INCLUSÃO DAS PARCELAS VINCENDAS. POSSIBILIDADE. LIMITAÇÃO. DATA DO EFETIVO PAGAMENTO. 1. Para a execução de alimentos, o Código de Processo Civil/15, prevê dois procedimentos, a depender da natureza do título: se extrajudicial (art. 911 a 913) ou judicial (art. 528, §§ 1º a 7º). No caso do título judicial, de acordo com o § 8º do art. 528, o credor de alimentos pode optar pela execução nos moldes do cumprimento de sentença de obrigação de pagar quantia certa (art. 523 a 527), executando-se o título imediatamente, sem a possibilidade de prisão civil do devedor. 2. Se a ação de cumprimento de sentença foi recebida nos moldes do artigo 528, § 8º, do CPC/15 e o devedor foi citado para contestar nos termos do artigo 523 do CPC/15 obrigação de pagar dívida certa , sem que o credor manifestasse o desacordo com o rito imposto, não é possível a modificação posterior para adotar o rito de execução da prisão civil. 3. Mesmo no caso da opção pelo rito de cumprimento de sentença de dívida certa, prevista no § 8º do artigo 528, do CPC/15, não há óbice na legislação para que sejam incluídos no montante executado os valores referentes às prestações alimentícias vencidas no curso do processo. 4. Nos termos do art. 323 do CPC/15, em se tratando de cobrança de prestações sucessivas, consideram implícitas, no pedido, as parcelas que se vencerem no curso da demanda. 5. Com base nos dispositivos de regência, conclui-se que a inclusão, no processo de execução de alimentos, das prestações que se vencerem no curso da demanda constitui providência plenamente admissível. 6. A tendência dos tribunais superiores é de admitir que parcelas obrigatórias e periódicas a vencerem no curso da ação de execução sejam cobradas na mesma demanda executiva, a exemplo do que dispõe o Enunciado nº 309 do STJ, o qual versa sobre a exigibilidade das prestações alimentícias que se vencerem no curso da execução de alimentos. 7. A fim de compatibilizar a inclusão das parcelas que se vencerem no curso da demanda executiva com o princípio da segurança jurídica, deve-se estabelecer um termo final para a execução dos débitos, sendo esse termo a data do efetivo pagamento. Assim, no dia em que o devedor pagar as parcelas vencidas até então, a execução deve ser encerrada, de maneira que eventuais inadimplementos posteriores devem ser objeto de nova execução. 8. Agravo conhecido e provido.</p><p>Destarte, pelo presente rito, busca-se a satisfação forçada da obrigação alimentícia devida aos autores e voluntariamente inadimplida pelo seu genitor, cingindo-se, repita-se, à cobrança daquelas prestações fixadas em decisão judicial.</p><p>3. DO DIREITO</p><p>A responsabilidade pela manutenção da vida dos filhos deve ser partilhada entre ambos os pais, conforme prevê o artigo 229 da Constituição Federal:</p><p>Art. 229 – Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência, ou enfermidade. [Grifo Nosso]</p><p>Conforme foi mencionado anteriormente, o genitor não vem cumprindo com a sua responsabilidade, deixando o menor em total desamparo e em precária situação, haja vista que a genitora do exequente atualmente se encontra desempregada e não possui condições de arcar com o sustento do menor.</p><p>Por essa razão, não resta outra alternativa senão o</p><p>pedido de cumprimento do comando judicial.</p><p>3.1. DA PRISÃO CIVIL</p><p>O pedido formulado pela representante legal do exequente encontra fundamento no artigo 528 e seguintes do Código de Processo Civil, que dispõe sobre a execução de sentença que condena ao pagamento de prestação alimentícia, bem como as consequências de seu descumprimento:</p><p>Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.</p><p>[...]§ 3ºº Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do§ 1oo, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. (Grifo Nosso)</p><p>Uma vez citado e intimado o devedor para pagar dívida relativa as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução, e este injustificadamente não fizer, será cabível a imposição de prisão civil, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 528 do CPC.</p><p>Em se tratando da prisão civil do devedor de alimentos o STJ possui a Súmula nº 309 que diz:</p><p>O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo</p><p>O executado desde o mês de __ de ___ não realiza os depósitos referentes ao acordo de alimentos (vide extratos em anexo), ou seja, ___ meses, razão pela qual o montante da dívida alimentícia está totalizado em R$___ conforme tabela abaixo:</p><p>[juntar planilha/tabela]</p><p>4. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO (ARTIGO 529, CPC)</p><p>Haja vista a recorrente inadimplência por parte do genitor executado, não há outra solução mais eficaz para evitar a futura falta de pagamento que não o desconto em sua folha de pagamento, conforme previsto no artigo 529 do Código de Processo Civil.</p><p>Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia.</p><p>§ 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício.</p><p>[...]</p><p>§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse cinquenta por cento de seus ganhos líquidos.</p><p>[Grifos Nosso]</p><p>Diante da previsão dada pelo CPC, requer que seja intimada a empregadora do executado, [empresa], [endereço], para que proceda ao desconto mensal do valor de R$ _____ na folha de pagamento do executado.</p><p>5. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA</p><p>Requer-se, ainda, a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil, e da Lei n.º 1.060/50 e alterações posteriores, visto que a Requerente não reúne condições de suportar as despesas com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme declaração e atestado de pobreza em anexo.</p><p>6. DOS PEDIDOS</p><p>Diante de todo o exposto requer a Vossa Excelência:</p><p>a) Seja deferido o pedido da justiça gratuita ao exequente, por ser hipossuficiente, conforme consta em declaração anexa, nos termos do artigo 98 e 99, § 4º do Código de Processo Civil/2015 e artigo 4 º da Lei 1.060/50;</p><p>b) a intimação do executado para que, no prazo de três dias, efetue o pagamento da dívida, prove que o fez ou justifique a impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de protesto do pronunciamento judicial e prisão civil, em consonância com o artigo 528, caput e §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil/2015, bem como inscrição do nome do executado nos cadastros de inadimplentes, conforme recentemente decidido pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça e art. 782, § 3º, do Código de Processo Civil/2015;</p><p>c) a intimação do Ministério Público para intervir no feito conforme preceitua o artigo 698 do Código de Processo Civil;</p><p>d) Intimação da empregadora do executado, no endereço informado acima, para que proceda ao desconto em folha do pagamento de 1/3 dos rendimentos do mesmo em favor dos exequentes, com fulcro no artigo 529 do Código de Processo Civil.</p><p>e) Requer provar o alegado por meio de todas as provas em direito admitidos, especialmente, prova documental.</p><p>f) Requer a designação de audiência conciliatória.</p><p>Nestes termos,</p><p>Pede e Espera Deferimento.</p><p>Cidade e data.</p><p>Advogado (a)</p><p>OAB/UF nº ____</p><p>Execução de Alimentos - Rito da Penhora de Bens</p><p>AO JUÍZO DA _______</p><p>Distribuição por dependência</p><p>Autos: (número da ação de alimentos onde foram determinados os alimentos)</p><p>NOME DA CRIANÇA, menor impúbere, nascida aos__, em Cidade - UF, assistida pela sua genitora, Sra. NOME DA MÃE, brasileira, nascida aos___, portadora do RG, CPF, profissão, endereço, através de seu advogado e procurador infra-assinado (procuração anexa), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 523, § 1º e 831, do Código de Processo Civil, propor a presente:</p><p>EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS PELO RITO DA PENHORA</p><p>em face de NOME DO GENITOR, RG, CPF, profissão, nacionalidade, endereço e contato, de acordo com os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.</p><p>1. DOS FATOS</p><p>Nos autos nº. 000.000, o Requerido ficou obrigado ao pagamento de alimentos provisórios no valor de 25% do salário mínimo (acordo e sentença anexos).</p><p>Ocorre, Excelência, que o Executado não cumpriu com decisão prolatada por este Juízo, posto que deixa de efetuar o pagamento da pensão alimentícia de sua filha.</p><p>Frustradas todas as tentativas amigáveis no intuito de receber do Executado o valor da pensão alimentícia acordada, a Exequente ajuíza a presente ação para garantir o seu sustento, já que sua mãe sozinha não tem condições de arcar com toda a responsabilidade no sustento da filha, posto que enfrenta sérias dificuldades financeiras.</p><p>Requer, pois, o cumprimento de decisão, no sentido de que seja o devedor compelido a pagar o débito, com incidência de juros de 0,5% e 1% ao mês e correção monetária.</p><p>Assim, deve o Executado ser intimado para pagar o valor devido, sob pena de ser decretada a penhora em relação ao débito de R$ 10.381,50 (dez mil e trezentos e oitenta e um reais e cinquenta centavos).</p><p>Como forma de cumprir o mandamento processual, encontra-se anexa a planilha de cálculo de débito atualizada, nos termos do artigo 524 do CPC.</p><p>(Também pode incluir a planilha no corpo do documento, eu prefiro)</p><p>2. DO DIREITO</p><p>Para se promover uma execução forçada, faz-se necessária a existência de um título.</p><p>Nesse sentido, observa Wambier:</p><p>Há, então, dois tipos distintos de atividade jurisdicional: A cognitiva (ou de conhecimento) e a executória (ou executiva). A primeira é prevalentemente intelectual: o juiz investiga os fatos ocorridos anteriormente e define qual a norma que está incidindo no caso concreto. Enfim, é uma atividade lógica, e não material, a segunda é provavelmente material: busca-se um resultado prático, fisicamente concreto.</p><p>Aplicam-se ao caso em tela, as disposições do artigo 523 c/c artigo 528, § 8º, todos do Código de Processo Civil:</p><p>Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.</p><p>§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.§ 2º Ef</p><p>etuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, caput, a</p><p>multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.</p><p>§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.</p><p>O Código de Processo Civil dispõe em seu artigo 528, § 8º que “o exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.</p><p>Assim, quanto aos alimentos que não comportam a prisão civil do devedor, o crédito alimentar pretérito superior a três meses sucessivos, deve ser cobrado pelo rito da expropriação de bens. Desta forma, o artigo 530 do CPC afirma que “não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes”.</p><p>Nesta senda, o referido artigo reza que “a penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios”.</p><p>3. DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS</p><p>Ante o exposto e devidamente fundamentado, requer se digne Vossa Excelência a:</p><p>a) sejam concedidos a exequente os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil;</p><p>b) O recebimento da presente inicial para ver determinada a citação do Devedor, para, no prazo legal, pagar a importância de R$ 10.381,50 (dez mil e trezentos e oitenta e um reais e cinquenta centavos) a serem depositados na Conta de titularidade da genitora informada em momento oportuno, ou indicar bens à penhora, sob pena de serem penhorados tantos bens quanto necessários à garantida da dívida;</p><p>c) caso o Executado, em 15 (quinze) dias, não efetue o pagamento voluntário do valor indicado como devido acima, o débito deve ser acrescido de multa de 10% (dez) por cento, determinando o M.M. Juízo o protesto do título executivo judicial acrescido da referida multa, bem como a inclusão do nome do Executado em cadastros de inadimplentes, nos moldes do que dispõe os § 3º e § 5º do artigo 782 do Código de Processo Civil;</p><p>d) em havendo o pagamento parcial, a multa requerida na alínea b deve incidir sobre o restante;</p><p>e) caso o executado não nomeie bens à penhora, requer, para tanto, que seja realizada a pesquisa através do BACENJUD, a fim de realizar penhora bancária online dos valores não pagos, acrescidos da multa e devidamente atualizados até a data do efetivo pagamento, sob pena de serem penhorados tantos bens quantos necessários para garantir a dívida;</p><p>f) requer a busca concomitante no sistema RENAJUD na tentativa de localização de veículos cadastrados em nome do executado;</p><p>g) caso não localizados em nome dos executados bens, imóveis, veículos ou quaisquer outros passíveis de penhora, seja autorizado ao Sr. Oficial de Justiça a proceder a descrição dos bens que guarnecem a residência do Devedor, consoante o que determina o artigo 836, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil;</p><p>h) o arresto dos bens dos Executados pelo Sr. Oficial de Justiça, no valor suficiente para garantir a totalidade da execução, caso o Executado não seja encontrado para a intimação;</p><p>i) a intimação do douto presentante do Ministério Público Estadual para atuação no feito;</p><p>j) a intimação da Exequente para todos os atos processuais, consoante o disposto no artigo 186, § 2º, do Código de Processo Civil;</p><p>l) Finalmente, a condenação do requerido nas custas processuais e honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) do valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, § 1º do Código de Processo Civil.</p><p>Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do executado, sob pena de confesso, e a produção de provas periciais, documentais, tudo no limite de eventual oposição de embargos.</p><p>Dá-se a causa o valor de R$ 10.381,50 (dez mil e trezentos e oitenta e um reais e cinquenta centavos).</p><p>Nestes termos, pede deferimento.</p><p>Local, data e hora do protocolo.</p><p>Advogado / OAB</p><p>Modelo de Contestação Ação de Fixação de Alimentos</p><p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MMª Xª VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL II SANTO AMARO – SÃO PAULO</p><p>Processo nº.XXXXXXX</p><p>xxxxxxxxx (qualificações) vem por intermédio de sua advogada nomeada pelo Convênio DPE/OAB, mui respeitosamente, à presença de Vossas Excelências, apresentar a sua</p><p>C O N T E S T A Ç Ã O</p><p>em relação a todos os termos da Ação de Fixação de Alimentos proposta por xxxxxxxxx e outro, neste ato representados por sua genitora xxxxxxx, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.</p><p>PRELIMINARMENTE</p><p>a) Da Gratuidade da Justiça</p><p>“Ab initio”, requer à Vossa Excelência seja deferida a benesse da Justiça Gratuita com fundamento na Lei nº 1.060/50, com as posteriores alterações pela Lei nº 7.510/86, por não ter o Requerido condições de arcar com as custas processuais e honorários do advogado, nos termos da declaração de hipossuficiência anexa e comprovante de desemprego (CTPS anexa).</p><p>b) Da audiência inaugural</p><p>Considerando que restou infrutífera a audiência de conciliação, diante da ausência da representante legal do autores, vem o requerido, nos termos do que dispõe o art. 335, I do CPC, e em respeito ao contraditório e a ampla defesa, apresentar a sua contestação, impugnando as alegações da inicial nos termos que seguem.</p><p>I - SÍNTESE DA INICIAL</p><p>Alega a genitora dos autores, que conviveu com o requerido durante 8 anos, estando separados há x anos. Afirma que desta união nasceram os filhos xxxxxx atualmente com xx anos de idade.</p><p>Que em razão de deter a guarda legal dos menores e em razão das necessidades básicas para a sobrevivência dos autores, pretende a fixação dos alimentos aos menores no valor de R$ xxxx mensais.</p><p>No entanto, referido pedido no valor pretendido não merece prosperar, pelos fatos e fundamentos que o requerido passa a expor:</p><p>DO MÉRITO</p><p>II - DA VERDADE REAL DOS FATOS</p><p>Na verdade o casal viveu em união estável de xxxxxx, quando então se separaram. Da mesma forma é fato que os autores são filhos do requerido, e este sempre soube da sua responsabilidade de lhe prestar os alimentos, como sempre o fez, tendo em vista que sempre ajudou na mantença dos menores, inclusive no período em que a genitora dos autores abandonou o lar e os filhos, que ficaram sob a guarda paterna.</p><p>Posteriormente, após apontar inverdades, a genitora dos autores ingressou com ação de guarda e busca e apreensão dos menores no lar paterno e levou consigo as crianças, conforme sentença anexa.</p><p>Contudo, para evitar maiores dissabores e traumas para as crianças, o requerido optou por não recorrer, concordando que a guarda ficasse com a genitora dos menores, discordando no caso do seu afastamento da convivência com os menores, que inclusive será objeto de discussão em eventual ação de regulamentação de visitas.</p><p>III - DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO REQUERIDO</p><p>Considerando que o requerido sempre ajudou os menores dentro das suas condições financeiras, e que está desempregado desde xxxx, vivendo no mercado informal "de bicos" como pintor; ajudante geral, auxiliar de jardinagem, na verdade com o que aparece, o requerido informa que seus rendimentos brutos não passam de 1 salário mínimo mensal, isso quando consegue trabalhar, visto que tem mês que recebe em torno de R$ xxxx.</p><p>Portanto, não tem como pagar uma pensão alimentícia aos autores no montante de R$ xxxx mensais, sob pena de comprometer o seu próprio sustento, pois mesmo morando com os seus pais, o requerido ajuda na mantença da casa com o pouco que recebe, quando trabalha.</p><p>Por tais razões e diante do desemprego devidamente comprovado através dos documentos anexos, o requerido não pode de forma alguma contribuir, na proporção requerida pela genitora de R$ xxx mensais, como também não pode arcar com o valor da pensão alimentícia fixada provisoriamente neste mesmo montante, o que</p><p>desde já se impugna.</p><p>Fato é que o requerido não quer fugir da sua obrigação alimentar dos seus filhos, visto que sempre ajudou na mantença dos menores como podia, sempre se preocupou com o bem estar, a saúde, a alimentação e as necessidades básicas deles.</p><p>Contudo, mesmo tratando-se de fixação de alimentos, temos que os alimentos deverão ser fixados de acordo com os recursos da pessoa obrigada, ou seja, daquele de quem se reclama, e se pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento e de sua família.</p><p>Neste caso, mesmo presumida a necessidade alimentar dos autores, e sabendo-se da obrigação alimentar em face do pai, temos que o valor pretendido pela autora de R$ xxxx mensais, lançado de forma aleatória sem qualquer prova nos autos das despesas que os autores tem mensalmente, ônus que lhe competia nos termos do art. 373, I do CPC, não pode ser acatada a obrigação alimentar provisória, além do que foge complemente da condição financeira do requerido, pessoa humilde e de parcos rendimentos, como restou comprovado, pelo que se impugna veemente.</p><p>Convém ressaltar ainda que a obrigação alimentar não pode ser imputada somente ao genitor, mas à ambos os pais dos menores, em igualdade de condições, nos termos do art. 1.566, inciso IV e 1703 ambos do CPC. E mais, os menores estudam em escola pública e não tem convênio médico, necessitando apenas do necessário a sua subsistência.</p><p>Nesse sentido destacamos as Jurisprudências abaixo:</p><p>Ementa - APELAÇÃO CÍVEL - FAMÍLIA - ALIMENTOS - PENSÃO - VALOR - FIXAÇÃO - TRINÔMIO CAPACIDADE / NECESSIDADE /PROPORCIONALIDADE - OBRIGAÇÃO FAMILIAR: AMBOS OS PAIS - 1. Os alimentos são fixados em proporção à necessidade do alimentando e à possibilidade do alimentante, atentando-se para a condição econômico-financeira das partes. 2. A obrigação de prestar alimento aos filhos menores deriva do poder/dever familiar e incumbe a ambos os genitores, devendo cada qual contribuir na medida de sua capacidade. (TJ/MG - AC 10024097463202003 MG -Órgão Julgador -Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL - Publicação 14/02/2014 - Julgamento 11 de Fevereiro de 2014 - Relator Oliveira Firmo).</p><p>Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. BINÔMIO / NECESSIDADE / POSSIBILIDADE. OBRIGAÇÃO DE AMBOS OS PAIS. RAZOABILIDADE DO VALOR ARBITRADO. HONORÁRIOS. MANUTENÇÃO. I. A concessão de alimentos deve guardar relação com a capacidade econômica do alimentante e, ao mesmo tempo, atender às necessidades do alimentando, respeitando-se a diretriz da proporcionalidade. II. Nos termos dos artigos 1.566 , IV , e 1.703 , ambos do Código Civil , é também obrigação da genitora contribuir para a mantença de sua filha, dentro do possível, pois é dever dos pais somar esforços para suprir as necessidades básicas de sua prole. (...)(TJ-MG - AC 10079110188723001 MG - Orgão Julgador Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL - Publicação 11/10/2013 - Julgamento 8 de Outubro de 2013 - Relator Washington Ferreira).</p><p>Grifamos e destacamos</p><p>Contudo, comprometido com o sustento dos seus dois filhos, o Requerido requer a fixação dos alimentos aos menores no valor de R$ xxxx, mensais, correspondente a x% do salário mínimo vigente, eis que referidos valores estão dentro das suas atuais condições financeiras e dentro das necessidades das crianças, sempre observando no caso, o binômio necessidade/possibilidade, conforme dispõe o art. 1694, § 1º do Código Civil.</p><p>Quanto aos alimentos fixados provisoriamente no valor de R$ xxx, devidos a partir da citação, requer a reconsideração, visto que fixado sem qualquer informação da sua real situação financeira nos presentes autos e dos comprovantes de gastos mensais dos autores, não podendo o requerido arcar com tal valor na forma fixada, mas tão somente no valor que pode pagar atualmente de R$ xxx.</p><p>Cumpre ressaltar, que se mantido o encargo alimentar fixado provisoriamente, tornar-se-á desproporcional em relação aos ganhos mensais do requerido.</p><p>Portanto Excelência, os alimentos provisórios foram fixados sem levar em consideração a existência das reais condições financeiras do requerido, pessoa de parcos rendimentos, desempregado, vive no mercado informal para ganhar um mísero sustento, ajudar seus pais e seus filhos, não podendo desta forma permanecer o valor fixado, requerendo seja fixado no valor ofertado pelo requerido de R$ xxx, enquanto desempregado.</p><p>Desta forma, fica claro que o Requerido não tem condições de suportar os alimentos pretendidos e os fixados provisoriamente, sob pena de inviabilizar o seu próprio sustento, bem como colocar em risco a própria subsistência dos autores, pois não terá como arcar com o valor fixado, se não for observado o trinômio capacidade / necessidade / proporcionalidade, o que fica aqui requerido.</p><p>IV - DO DIREITO</p><p>Bem se sabe que a Legislação Civil substanciada, por meio do artigo 1.694 e ss., é clara ao assegurar aos menores, ora representados pela mãe, o direito a exigir os alimentos que lhe são indispensáveis, na proporção de sua necessidade.</p><p>Contudo, não podemos deixar de levar em consideração as possibilidades do alimentante, pois é necessário que este se encontre em condições de fornecer a ajuda, isto é, que não haja desfalque no tocante ao próprio sustento. Se o alimentante possui tão somente o necessário, indispensável à própria mantença, não é justo que ele seja compelido a desviar parte de sua renda para socorrer o parente. Não há direito alimentar contra quem tem o estritamente necessário à própria mantença (MONTEIRO, 2007, p. 369).</p><p>Neste caso, temos de analisar o binômio necessidade / possibilidade, onde ambos são considerados no caso concreto. Essa condição está prevista no parágrafo primeiro do artigo 1.694 do Código Civil brasileiro, que convém destacar:</p><p>“Parágrafo primeiro - Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.</p><p>Não se pode pretender que o alimentando, fique entregue à necessidade, nem que o (alimentado) necessitado dos alimentos se locuplete a sua custa (VENOSA, 2004, p. 408).</p><p>Assim, considerando o binômio necessidade / possibilidade, diante de cada situação fática, será encontrado um denominador comum para que não onere demais o alimentando e que seja suficiente para o alimentado. Trata-se, evidentemente, de mera questão de fato, a apreciar-se em cada caso, não se perdendo de vista que alimentos se concedem não “ad utilitatem”, ou “ad voluptatem”, mas “ad necessitatem” (MONTEIRO, 2007, p.369.)</p><p>Ressalta-se ainda ser de suma importância, a contribuição de ambos os pais no sustento, criação, educação, etc dos autores, conforme dispõe os artigos 1.566, inciso IV e 1.703 ambos do CPC:</p><p>Art. 1566. - São deveres de ambos os cônjuges:</p><p>IV - sustento, guarda e educação dos filhos;</p><p>Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos.</p><p>Diante desse quadro, o réu oferece como alimentos o valor mensal de R$ xxxx, que com todo o sacrifício pessoal, tentará honrar de todas as formas com os pagamentos, visto que é ciente da necessidade alimentar dos seus filhos e está dentro das suas condições financeiras, como restou devidamente comprovado nos autos os seus parcos rendimentos.</p><p>Desta forma, o valor fixado provisoriamente se mostra prejudicial à quem recebe o estritamente necessário à sua própria sobrevivência e da sua família, como no caso, o requerido, merecendo reconsideração.</p><p>Portanto, se julgado procedente a presente demanda no valor pretendido pela parte autora de R$ xxx mensais, estar-se-á causando prejuízo ao requerido e à sua família, pois poderão ter uma vida cheia de privações.</p><p>Neste caso, o que deve ser considerado, é que a condição financeira do alimentante não é capaz de pagar o valor pretendido pela autora e muito menos o valor fixado provisoriamente, visto que o requerido vem se mantendo com o parco salário que recebe no mercado informal, que mal supre as suas necessidades básicas, como restou comprovado em linhas pretéritas e nos documentos que se anexa a presente defesa.</p><p>No entanto, mesmo sabendo da sua obrigação alimentar com os seus filhos, requer, seja fixada a pensão alimentícia no valor de R$ xxx, mensais, correspondente a xx% do salário mínimo, assim estar-se-á fixando referido valor dentro das suas condições financeiras.</p><p>V - REQUERIMENTOS FINAIS</p><p>Por tudo considerado, espera o contestante que V. Exa.:</p><p>a) Regularmente receba e atue a presente contestação, para o fim de deferir expressamente ao requerido os benefícios da justiça gratuita, previstos na Lei 1.060/50, conforme declaração de pobreza anexa;</p><p>b) No mérito, Julgar IMPROCEDENTE o valor pretendido na inicial, para ao final acatar a tese da presente defesa, para fixar a obrigação alimentar no valor ofertado na presente contestação de R$ xxx, mensais, tendo em vista os parcos rendimentos do requerido.</p><p>c) Seja intimado o representante do Ministério Público, para intervir no processo até o seu final;</p><p>d) Requer a produção de todas as provas admissíveis no direito, a infirmar as alegações dos autores, depoimento pessoal da representante legal dos autores, oitiva de testemunhas (arroladas oportunamente), juntada ulterior de documentos, pedido de informações e diligências, tudo desde logo requerido, reservando-se o direito de usar os demais recursos probatórios que se fizerem necessários ao deslinde da ação.</p><p>e) Requer ainda seja os autores condenados ao final, a todos as custas e despesas processuais, periciais, expedições de ofícios, honorários advocatícios de 20% sobre o valor da causa e no ônus da sucumbência, o que fica requerido.</p><p>f) Requer ao final, seja expedida a esta patrona, a certidão de honorários em 100% do valor da Tabela do convênio DPE/OAB, conforme ofício de nomeação - Registro Geral de Indicação: xxxxxxxxx</p><p>Termos em que,</p><p>Pede deferimento.</p><p>São Paulo, xx de xxxx de xxxx.</p><p>ADVOGADO</p><p>OAB/SP XXXXX</p><p>Contestação - Pensão de alimentos</p><p>AO JUÍZO DO ___ º VARA DE FAMÍLIA DE SÃO GONÇALO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO</p><p>Processo Nº: 0000000000000</p><p>FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, desempregado, inscrito no CPF nº xxxxxxx, residente e domiciliado à (endereço), com endereço eletrônico xxxxxx@gmail.com, nos autos da Ação que lhe movem (FILHO DE FULANO DE TAL), cujo representante leal (MÃE DO AUTOR), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, no art. 335 e seguintes, do Código de Processo Civil, tempestivamente e na melhor forma de direito, apresentar:</p><p>CONTESTAÇÃO</p><p>pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:</p><p>1- DAS PUBLICAÇÕES:</p><p>Inicialmente, requer que todas as publicações e/ou intimações referentes ao presente feito sejam efetuadas exclusivamente em nome do patrono GUILHERME VALENTE ALMEIDA CARDOSO GUIMARÃES, OAB-RJ 197.115, com escritório na Rua da Conceição, nº 141, sala 1106, Centro, Niterói, RJ, requerendo, para tanto, a anotação de seu nome na contracapa destes autos.</p><p>2- TEMPESTIVIDADE:</p><p>Conforme art. 335, I, do CPC, começa-se a contar o prazo para contestação em 15 dias úteis a partir da audiência de conciliação, sendo que a audiência de conciliação ocorreu em 21 de agosto de 2019, seu primeiro dia deu-se em 22/08/2019.</p><p>Desta forma, a presente contestação é tempestiva.</p><p>3- DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA DO RÉU:</p><p>Requer preliminarmente o réu, com fulcro no artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV, da CF, combinados com os artigos 1º e seguintes da lei 1.060/50, que seja apreciado e acolhido o presente pedido do direito constitucional à Justiça Gratuita, isentando a parte ré do pagamento e/ou adiantamento de custas processuais e dos honorários advocatícios e/ou periciais caso existam, tendo em vista os seus baixos rendimentos e o fato de que ATUALMENTE PASSA POR MUITAS DIFICULDADES FINANCEIRAS POIS ESTÁ DESEMPREGADO E POSSUI MAIS DOIS FILHOS PARA SUSTENTAR, SENDO QUE O PAGAMENTO DE DESPESAS PROCESSUAIS PREJUDICARÁ O SEU SUSTENTO E O DE SUA FAMÍLIA.</p><p>Diante também do Novo Código de Processo Civil, o inteligente artigo 99 assim deixou a sua previsão:</p><p>Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no pro recurso.</p><p>§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.</p><p>§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.</p><p>Desta forma, fica evidente que se trata de uma pessoa com poucos recursos financeiros e que vem sendo coagida com cobranças abusivas relativas à presente lide.</p><p>4- SÍNTESE DA INICIAL:</p><p>O autor, através de seu representante legal, propôs ação de alimentos, buscando o pensionamento de seu genitor.</p><p>É sabido que o mesmo vinha ajudando a criança e, inclusive, pegava o mesmo para passar finais de semana, tendo uma convivência “pacífica”. Além disso, o réu encontra-se DESEMPREGADO, conforme documento anexo de baixa do Exército, especificamente à pag. Nº 3137 do documento.</p><p>Em decisão à fl.18/19 ficou determinado que o réu deve pagar, a títulos de alimentos provisórios, o valor de “20% de seus ganhos líquidos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios, incidindo o percentual, inclusive, sobre 13º salário, férias, horas extras, eventuais verbas resilitórias, se houver, mediante desconto em folha de pagamento” e em caso de “trabalhar” “SEM vínculo empregatício, o pensionamento será de 50% do salário mínimo nacional, valor este a ser depositado, até o dia 10 (dez) de cada mês, em conta a ser aberta conforme determinação abaixo”.</p><p>Mesmo após a distribuição, o demandado, sem saber, continuou tendo acesso a criança, porém, quando o genitor passou a cobrar recibos pelos valores que dava a representante legal, a mesma fez alienação parental com o menor que hoje sequer pode olhar no rosto do pai sem chorar.</p><p>Inclusive, cabe destacar, a parte requerida informa que no dia da audiência, a mãe o proibiu de falar com o menor, demonstrando, assim, a alienação parental e o comportamento da genitora, ou seja, intolerante e absolutamente agressiva.</p><p>5- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS</p><p>Inicialmente faz-se necessário e urgente o pedido de redução dos alimentos provisórios arbitrados, conforme fls.18/19:</p><p>“Inicialmente, deve ser salientado que a obrigação alimentar deve atender às necessidades próprias do alimentando, havendo presunção nesse sentido, e levando-se em conta a capacidade contributiva do alimentante, sem prejuízo do seu sustento.</p><p>No caso em tela, comprovado o dever alimentar do réu e considerando o relatado quanto aos seus rendimentos, após análise dos documentos que instruem a inicial, FIXO os alimentos provisórios em 20% de seus ganhos líquidos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios, incidindo o percentual, inclusive, sobre 13º salário, férias, horas extras, eventuais verbas resilitórias, se houver, mediante desconto em folha de pagamento.</p><p>Caso o alimentante passe a trabalhar SEM vínculo empregatício, o pensionamento será de 50% do salário mínimo nacional, valor este a ser depositado, até o dia 10 (dez) de cada mês, em conta a ser aberta conforme determinação abaixo.</p><p>(...)”</p><p>No nobre julgador estipulou os valores conforme exposto acima baseando-se única e exclusivamente na palavra da representante legal do menor, porém a cautela neste caso se torna essencial.</p><p>Atualmente o demandado encontra-se DESEMPREGADO, conforme carta de boletim interno anexado a peça de defesa, especificamente à pag. Nº 3137 do documento, afastando qualquer alegação de que o demandante serve as forças armadas, além de prejudicar outros dois filhos (certidões de nascimento anexas), uma vez que se não possui recurso suficientes para seus filhos que moram com o réu, dificilmente terá a quantia de 50% de um salário mínimo para dar como alimentos para seu filho, requerente desta demanda e não menos importante que os outros.</p><p>É certo afirmar que o requerido tem o dever de alimentar, não é esse o foco da presente narrativa, mas sim o valor arbitrado, fugindo totalmente da realidade em que vivem pessoas desempregadas.</p><p>Ainda, cabe observar que, caso o réu consiga um emprego recebendo um salário mínimo, ele iria pagar 20%</p><p>descontado em folha, ou seja, menos de R$ 200,00, ao passo que, caso esteja DESEMPREGADO, deverá adimplir o valor de 50% de um salário mínimo, ou seja, R$ 500,00. A douta decisão possuem equívocos que devem ser corrigidas imediatamente, pois não é razoável.</p><p>Neste sentido, Conforme dispõe o artigo 1.695 do Código Civil, os alimentos devem ser prestados "quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento".</p><p>E assim já compreende o r. Tribunal de Justiça do Distrito Federal por exemplo:</p><p>TJ-DF - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI 20130020300222 DF 0030976-67.2013.8.07.0000 (TJ-DF) data de publicação: 25/04/2014. 2. Na hipótese vertente, considerando as possibilidades financeiras do alimentante/agravante, demonstradas neste juízo de cognição sumária, afigura-se razoável reduzir o valor dos alimentos provisórios, ao menos até o julgamento da ação originária, oportunidade em que será apreciada de forma mais detalhada as reais possibilidades do alimentante.</p><p>O sustento dos filhos é responsabilidade de ambos os genitores, de modo a não deixar de prestar auxílio a qualquer de seus descendentes ou priorizar um em detrimento dos demais, além de os alimentos provisórios terem o dever de ser fixados em quantidade que o pai suporte.</p><p>Desta forma, sugere o réu que seja estipulado, em caso de não vínculo empregatício, um valor acessível de 20% sobre um salário mínimo em caso não vínculo empregatício, mantendo as disposições em caso de vínculo empregatícios, para que o mesmo efetue o pagamento, não prejudicando seu sustento e piorando o sustento de sua família.</p><p>6- DO MÉRITO</p><p>a) DA NECESSIDADE DO MENOR E FALTA DE PLANILHA DE GASTOS</p><p>É certo afirmar que quando se busca na justiça pensionamento de alimentos, se faz necessário a juntada de planilha de gastos do menor, conforme o presente caso, o que não foi feito, conforme professor Gediel Claudino de Araújo Júnior, em sua obra “Prática no processo Civil” – fl.32/33, vejamos:</p><p>O interessado deve ser orientada a fornecer ao advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros que o caso em particular estiver a exigir: (...) comprovantes de despesas gerais do alimentado (por exemplo: água, luz, internet, telefone, televisão a cabo, alimentos, aluguel, mensalidade escolar, medicamentos, vestuário, lazer etc.);</p><p>Este tipo de documento busca mostrar ao juízo a boa-fé por parte do requerido, bem como ajudar o nobre julgador na prolação da decisão de alimentos provisórios, o que não foi feito e, por este motivo, fica impossível para a parte ré adimplir com um valor de 50% de um salário mínimo, tendo em vista que encontra-se desempregado.</p><p>A r. decisão à fl.17, impõe ao réu uma obrigação demasiadamente excessiva, tendo em vista que caso tenha vínculo, ganhando um salário mínimo, deveria pagar com 20%.</p><p>b) DO DIREITO DO REQUERIDO</p><p>Com fulcro no art. 1.695, do Código Civil Brasileiro, os alimentos quando fixados deverão sempre obedecer ao binômio necessidade – possibilidade, não devendo desfalcar o necessário ao sustento do Devedor, devendo ser, como amplo entendimento jurisprudencial e doutrinário, fixados de acordo com percentual dos rendimentos do Requerido, neste sentido:</p><p>TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70062800537 RS (TJ-RS) Data de publicação: 27/04/2015 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS. FIXAÇÃO EM PERCENTUALDO SALÁRIO MÍNIMO. Os alimentos devem ser fixados de acordo com opercentual dos rendimentos do agravante porque, assim, melhor atendem ao binômio necessidade-possibilidade. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 70062800537, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 23/04/2015).</p><p>TJ-RS - Apelação Cível AC 70067045476 RS (TJ-RS) Data de publicação: 01/12/2015 Ementa: APELAÇÃO. REVISIONAL DE ALIMENTOS. PERCENTUAL SOBRE RENDIMENTOS EM CASO DE ALIMENTANTE COM EMPREGO FIXO.PERCENTUAL SOBRE SALÁRIO-MÍNIMO EM CASO DE DESEMPREGO. A fixação em 30% sobre os rendimentos do pai/alimentante, para o caso dele ter emprego fixo e formal, considerando que são alimentos destinados para 02 filhas menores, está em consonância com o que este colegiado tem fixado em casos análogos. Precedentes. A fixação para o caso do alimentante não ter emprego fixou ou estar desempregado deve se dar em 30% do salário-mínimo, pois esse foi o valor pedido pelas alimentadas; e esse foi o valor ofertado pelo próprio alimentante em audiência, com concordância expressa das alimentadas. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. (Apelação Cível Nº 70067045476, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Pedro de Oliveira Eckert, Julgado em 26/11/2015).</p><p>Sendo assim, levando em consideração que a douta decisão às fls.18/19, buscou determinar o valor de, aproximadamente, R$ 500,00 (quinhentos reais) em dias atuais, ignorou o fato de a representante legal do requerente usar de artifícios sem provas para convencer o douto Juízo.</p><p>Conforme amplamente demonstrado, o réu encontra-se desempregado e o que impossibilita de efetuar a quantia determinada pelo nobre julgador.</p><p>7- CONCLUSÃO</p><p>Ante o exposto, ora se requer a total improcedência da presente demanda, já que:</p><p>1. Seja acolhido o pedido de Justiça Gratuita concedendo-se ao Requerente os benefícios do art. 98 e ss. Do Código de Processo Civil;</p><p>2. Acolha-se primariamente o pedido de revisão e arbitre-se a redução dos alimentos provisórios;</p><p>3. Seja declarada parcialmente a improcedência dos pedidos deduzidos pela Requerente e ao final condenado o Requerido ao pagamento de pensão alimentícia no valor de 20% em caso de não vínculo empregatício, tendo em vista que o mesmo possui mais dois filhos e encontra-se desempregado, diferentemente das alegações autorais, conforme fatos e fundamentos expostos,, nos termos do Art. 13, § 1º da Lei 5.478/68.</p><p>4. Subsidiariamente, em caso de procedência do pedido principal, o que se admite apenas em atenção ao princípio da eventualidade, seja diminuído o valor da pensão requerida; e</p><p>5. Que seja proferida a sentença para que o requerido tenha a obrigação de adimplir com a pensão de alimentos referente a 20% de seus rendimentos líquidos, em caso de vínculo empregatício e 20% de um salário mínimo em caso de não vínculo empregatício.</p><p>Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, sem exceção, requerendo, desde logo, a oitiva de testemunhas, cujo rol será apresentado no momento oportuno, e a juntada de novos documentos, sem prejuízo da produção de outras provas que se mostrem necessárias durante a instrução processual.</p><p>Nestes Termos,</p><p>Pede juntada e Deferimento.</p><p>Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2019.</p><p>dilação probatória. Guarda unilateral fixada a favor da mãe, em observância ao princípio do melhor interesse do menor. Afastamento da guarda compartilhada pretendida pelo pai. Necessidade de regulamentação de visitas ao genitor que não possui a guarda. Pertinência do afastamento das visitas assistidas e do pernoite. Alimentos. Arbitramento correspondente a 40% do salário mínimo e 20% dos rendimentos líquidos. Verba destinada a uma única filha. Recurso da autora improvido e provido em parte o do réu. (TJ-SP - AC: 10047971720188260084 SP 1004797-17.2018.8.26.0084, Relator: Augusto Rezende, Data de Julgamento: 26/03/2020, 1ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/03/2020)". (grifos nossos).</p><p>[Recomendo utilizar jurisprudência do Tribunal do Estado em que se ajuíza a ação]</p><p>No caso, ambos os pais têm o dever de alimentar os filhos, conforme exposto nos artigos 227 e 229 da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, in verbis:</p><p>"Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."</p><p>"Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade."</p><p>Do mesmo modo dispõe o artigo 1.634, I, do Código Civil e artigo 22, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente, in verbis:</p><p>" Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:</p><p>I - dirigir-lhes a criação e a educação;".</p><p>" Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. "</p><p>Portanto, tendo sido demonstrados os três requisitos mencionados acima, é de extrema necessidade a concessão dos alimentos definitivos ao menor [NOME COMPLETO DO MENOR] no percentual de 40% do salário mínimo vigente [ou XX% dos rendimentos do Réu em caso de emprego formal] a serem homologados posteriormente.</p><p>c) DA GUARDA UNILATERAL</p><p>Quanto à guarda do filho, o artigo 1.583, § 2º, do Código Civil, apresenta a possibilidade de ser de forma unilateral pela genitora, in verbis:</p><p>"Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.</p><p>(...)</p><p>§ 2º A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:</p><p>I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;</p><p>I - (revogado);</p><p>II – saúde e segurança;</p><p>II - (revogado);</p><p>III – educação.</p><p>III - (revogado)."</p><p>No caso em apreço, desde a gravidez e após o nascimento do filho, é a genitora que apresenta zelo, cuidado, carinho, preocupação, o leva ao hospital quando necessita, cuidados esses que o Réu jamais teve.</p><p>Desta forma, não há como se falar na guarda compartilhada instituída pela Lei nº 13.058/14, pois até mesmo o Réu não a deseja, conforme vasta prova documental neste ato acostada aos autos. Portanto, é certo que a guarda unilateral com a regulamentação das visitas se adequará da melhor forma ao interesse do filho, conforme se demonstra a seguir.</p><p>d) DA REGULAMENTAÇÃO DAS VISITAS</p><p>Apesar da guarda adequada ser unilateral em favor da genitora do menor, é certo também que as visitas são importantes para o desenvolvimento do mesmo. Nesse sentido dispõe o artigo 1.583, § 3º, do Código Civil, in verbis:</p><p>"Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).</p><p>(...)</p><p>§ 3º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008)."</p><p>Desta modo, é certo que a regulamentação das visitas é imprescindível para a criação do menor, no que, de acordo com as conversas juntadas aos autos, sendo a vontade do Réu e evitando qualquer prejuízo ao menor, requer que sejam exercidas da seguinte forma:</p><p>- No aniversário do menor, o Réu poderá comparecer à festa, se houver condições de ser realizada. Se não ocorrer festa, poderá buscar o menor após às 16h00 e devolver até às 20h00, horário em que este de prepara para dormir, tendo em vista que antes das 16h00 a genitora aproveitará o dia com o filho.</p><p>- No natal, o menor poderá buscar o menor, desde que o devolva no mesmo dia, até às 20h00, horário em que este de prepara para dormir.</p><p>- O Réu não poderá passar pernoites com o menor até completar 3 anos de idade, tendo em vista que se alimenta de leite materno.</p><p>- O Réu poderá conversar com o menor por vídeo chamada uma vez na semana, pelo período de 30 minutos, conforme esse solicitou, das 19h00 às 19h30, quando esse já chegou da creche, tomou banho e se alimentou.</p><p>Portanto, na forma acima descrita, o convívio do genitor com o menor se dará de forma balanceada, equilibrada e sadia, em conformidade com o melhor interesse da criança e harmonia entre os genitores.</p><p>3. DOS PEDIDOS</p><p>Diante o exposto, requer a este Douto Juízo:</p><p>a) O arbitramento dos alimentos provisórios, nos termos das alegações supra, para o fim de que sejam imediatamente pagos pelo Réu os alimentos provisórios ao menor [NOME COMPLETO DO MENOR], no percentual de 40% do salário mínimo vigente [ou XX% dos rendimentos do Réu em caso de emprego formal];</p><p>b) A citação do Réu para que, querendo, apresente contestação em momento processual oportuno, sob pena de revelia e confissão;</p><p>a) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, depoimento pessoal e prova testemunhal;</p><p>b) A total procedência da ação para que:</p><p>(i) Seja deferida a guarda UNILATERAL do menor [NOME COMPLETO DO MENOR] em favor da genitora [NOME COMPLETO DA GENITORA];</p><p>(ii) Seja estabelecido o regime de visitação sugerido no Item D dos fundamentos jurídicos;</p><p>(iii) Sejam deferidos alimentos provisórios e definitivos ao menor [NOME COMPLETO DO MENOR] no percentual de 40% do salário mínimo vigente [ou XX% dos rendimentos do Réu em caso de emprego formal] a título de alimentos definitivos a serem homologados posteriormente;</p><p>(iv) Seja determinada a quebra do sigilo fiscal e bancário do Réu, para que sejam juntados aos autos os extratos de suas movimentações bancárias referentes a todos os meses dos anos de XXXX (quando o menor nasceu) e XXXX (presente ano), além dos demais meses e possíveis anos que vierem com o andamento processual, com fundamento no artigo 369 do Código de Processo Civil;</p><p>(v) A confirmação da antecipação de tutela.</p><p>c) A condenação do Réu ao pagamento das custas e demais despesas processuais, inclusive em honorários advocatícios sucumbenciais, que deverão ser arbitrados por este Juízo, conforme norma do artigo 85 do Código de Processo Civil;</p><p>d) A concessão do benefício da justiça gratuita, por serem as partes autoras pessoas sem condições de arcar com as custas, honorários advocatícios e demais despesas processuais, sem prejuízo ao sustento próprio e de sua família, consoante declaração anexa;</p><p>e) Manifesta-se a parte Autora sobre seu interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319, VII do Código de Processo Civil;</p><p>f) A intervenção do Ministério Público, tendo em vista que a causa envolve menor, nos termos do artigo 178, inciso II, do Código de Processo Civil;</p><p>g) [EM CASO DE EMPREGO FORMAL] A parte Autora postula que a pensão alimentícia seja descontada em folha de pagamento do Réu, de modo que seja oficiado o Órgão em que o Réu trabalha, órgão esse denominado de SXXXXXXXXX, inscrita no CNPJ sob o nº XXXXXXXXX, com sede na Rua XXXXXXXXX e ser depositado na Conta Bancária da genitora do menor até no máximo todo dia 05 de cada mês, qual seja: Banco XXXXXXXXX,</p><p>agência XXXX, Conta Corrente nº XXXXX;</p><p>Dá-se à causa o valor de R$ 6.336,00 (seis mil trezentos e trinta e seis reais) (esse valor é 12x o valor de cada alimento pleiteado).</p><p>Rol de testemunhas:</p><p>1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX, nº XXXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXX, com endereço eletrônico registrado como XXXX.</p><p>2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX, nº XXXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXX, com endereço eletrônico registrado como XXXX.</p><p>Termos em que pede e espera deferimento.</p><p>Cidade, data.</p><p>Nome do advogado</p><p>OAB/UF</p><p>[Modelo]- Ação de Guarda e Regulamentação de Visitas C/C Alimentos, com Pedido de Tutela de Urgência</p><p>EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES CÍVEL DA COMARCA DE XXXX DO ESTADO DE XXXX</p><p>FILHA DE FULANA DE TAL, brasileira, menor impúbere, nascida em XX/XX/20XX, portadora do CPF sob o nº 121.051.625-09, representada por sua genitora FULANA DE TAL, brasileira, solteira, autônoma, portadora do RG sob o nº XXXXXXXX, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, titular do e-mail: fulanadetal@gmail.com, residente e domiciliada na Rua XXXXX, nº XX, Bairro XXXXX, cidade de XXXXX-XX, CEP: XXXXXXXX, por sua advogada, que a esta subscreve (mandato incluso), com escritório profissional na Rua XXXXXX, nº XX, sala XXX, bairro, na cidade de XXXXX-XX, CEP: XXXXXXXX, vem à presença de Vossa Excelência com fulcro nos artigos 693 e seguintes do Código de Processo Civil, observando-se o procedimento especial previsto na Lei no 5.478/68-LA, propor:</p><p>AÇÃO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS C/C ALIMENTOS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA</p><p>em face de FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG sob o nº XXXXXXXX, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico desconhecido, podendo ser encontrado no estabelecimento comercial denominado XXXXXXX, situado na Rua XXXX, nº XX, na cidade de XXXX – XX, CEP: XXXXXXXX, pelos motivos e fatos expostos a seguir.</p><p>I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA</p><p>Inicialmente, requer a V. Exª. que seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça, com fulcro no artigo 98, caput, do Código de Processo Civil, por não ter condições de arcar com às custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízos do próprio sustento e de sua família, visto que a Requerente exerce trabalho autônomo, prestando serviços de venda de tortas, bolos, doces e afins, de modo que aufere renda sempre incerta e variável.</p><p>Ademais, a Requerente não possui vínculo empregatício com nenhuma empresa, conforme se faz prova mediante apresentação de sua carteira de trabalho, a qual atualmente não encontra-se assinada por nenhum empregador.</p><p>Cumpre salientar ainda entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça [1], a qual decidiu que a gratuidade de justiça nas ações de alimentos em favor de crianças e adolescentes não exige prova de insuficiência financeira do responsável legal, tendo em vista que a menor é presumidamente incapaz economicamente, não se podendo condicionar a concessão de gratuidade de justiça à demonstração de insuficiência de recursos da procuradora legal, tendo em vista que o direito à gratuidade tem natureza personalíssima (artigo 99, parágrafo 6º).</p><p>II – DOS FATOS</p><p>A Requerente é mãe da menor, conforme consta em sua certidão de nascimento. Sendo ela fruto do relacionamento entre a Requerente e Requerido, a qual nasceu no dia XX/XX/XXXX, no Município de XXX – XX, nos termos da Certidão de Nascimento anexa aos Autos.</p><p>A menor vive com sua genitora, de modo que esta recebe todos os cuidados necessários para o seu desenvolvimento. Contudo, mesmo durante a gestação da Requerente, apesar de ainda manter o relacionamento com o Requerido, este não prestou qualquer auxílio financeiro para a realização do pré-natal, pagamento do parto e outros gastos inerentes ao período gestacional. De maneira que sempre comportou – se de forma irresponsável.</p><p>Três meses após o nascimento do bebê, o relacionamento amoroso entre as partes chegou ao fim. A Requerente tentou, por diversas vezes, uma solução amigável acerca dos deveres e responsabilidades das partes acerca da vida, saúde, educação e todas as despesas que envolvem o crescimento saudável e seguro de uma criança, conforme demonstrado através de conversas no aplicativo WhatsApp. Todavia, nenhum acordo foi possível, visto que o genitor simplesmente se nega a assumir seus deveres. Na verdade, Excelência, ele sempre se negou, desde o período gestacional da Requerente.</p><p>É imprescindível relatarmos ainda os últimos meses do relacionamento foram deveras conturbados. O Requerido demonstrou, por diversas vezes, inclusive, na presença de familiares, um comportamento agressivo e instável. De modo que, visando resguardar os direitos da menor, a Requerente busca amparo judicial.</p><p>Assim, a Autora requer que seja regulamentada a guarda, que na prática já a exerce de forma unilateral, e apesar da conduta paterna, entende que a presença do genitor é um direito da menor. Por isso, roga que o direito de visita do pai seja alternado, todavia, supervisionada pela genitora ou por alguém de sua confiança, tendo em vista a idade da menor (apenas seis meses) e o comportamento do requerido, já descrito nesta exordial.</p><p>Outrossim, a Requerente requer que seja estipulado valor referente aos alimentos para a menor, fixado no importe de dois salários-mínimos mensais, corrigido anualmente de acordo o valor do salário-mínimo vigente.</p><p>III – DOS FUNDAMENTOS</p><p>III. A) DA GUARDA E DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS</p><p>Como dito, a genitora já exerce a guarda unilateral de fato da menor. Porém, a Requerente tem interesse na guarda definitiva, dispondo-se a exercê-la unilateralmente.</p><p>Ocorre que, a parte autora entende que seria importante para a criança crescer com uma referência paterna, bem como ter o convívio com o Requerido. Assim, a fim de buscar o convívio pacífico da família e tendo como objetivo maior a formação humana da menor, entende ser mais eficaz que seja estabelecido da seguinte forma:</p><p>Que o Requerido possa ter a filha em sua companhia, em fins de semana alternados, podendo pegá-la na casa materna às 09 horas do sábado e devolvê-lo até as 19 horas do domingo, no mesmo local. Terá a companhia da filha em feriados alternados, iniciando-se pelo primeiro após a prolação da sentença;</p><p>Em época de férias escolares, o genitor terá a companhia da filha metade de cada período, podendo inclusive com ele viajar, comunicando antecipadamente à genitora e indicando o local do destino;</p><p>Em festa de final de ano, a criança passará, nos anos pares, o Natal com o pai e o Ano Novo com a mãe, invertendo-se essa ordem nos anos ímpares. No Dia dos Pais, a criança passará com o genitor e o Dia das Mães, com a genitora, independentemente do final de semana;</p><p>4. No aniversário da criança, o Requerido poderá visitar a filha em sua residência, sem alterar a programação e ou eventual comemoração, podendo levá-la para almoçar fora, com a obrigação de devolvê-la na casa materna até às 17 horas do mesmo dia. No Dia das Crian��as, passará em companhia do pai nos anos pares e da mãe nos anos ímpares.</p><p>III. B) DOS ALIMENTOS À MENOR</p><p>O dever alimentar dos pais está expressamente previsto na Constituição Federal, em seu artigo 229, transcrevemos:</p><p>“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.” (grifamos).</p><p>Nessa seara, mencionamos também a inteligência do art. 22 da Lei nº 8.069/90 ( Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê:</p><p>“Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.” (grifamos).</p><p>Já o</p><p>Código Civil confere a quem necessita de alimentos, o direito de pleiteá-los de seus parentes, em especial entre pais e filhos, nos termos do art. 1.694 e 1.696:</p><p>“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.</p><p>[…]</p><p>Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.”</p><p>No caso em tela, o parentesco resta demonstrado consoante certidão nascimento. De igual forma, a necessidade dos alimentos encontra-se plenamente configurada, vez que a menor, obviamente, não pode arcar com seu sustento.</p><p>Os Tribunais Pátrios sempre concordaram no que tange à obrigação de alimentos de ambos os pais no sustento de sua prole, assim como no sentido de privilegiar uma paternidade responsável, conforme a jurisprudência recentíssima do ano de 2020 do Tribunal de Justiça de São Paulo, in verbis:</p><p>AÇÃO DE ALIMENTOS. PRETENSÃO DE MENOR IMPÚBERE EM FACE DO GENITOR. OBSERVÂNCIA DO TRINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE.</p><p>Alimentante que possui outra filha de tenra idade. Fixação da pensão alimentícia, em havendo emprego formal, correspondente a 20% dos rendimentos líquidos do alimentante, apresenta-se compatível. Em situação de desemprego ou trabalho informal, o equivalente a meio salário mínimo nacional demonstra equilíbrio. Valores mais amplos, por ora, não apresentam supedâneo. Redução ainda maior da verba configuraria comprometimento para a criação e formação do alimentado, caracterizando, ainda, incentivo à paternidade irresponsável, o que não pode sobressair. Apelo provido em parte. (TJSP; AC 1004728-48.2019.8.26.0084; Ac. 13935105; Campinas; Quarta Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Natan Zelinschi de Arruda; Julg. 04/09/2020; DJESP 23/09/2020; Pág. 2056).</p><p>Oportunamente, citamos ainda a brilhante Maria Berenice Dias que chega a definir o filho como “sócio do pai”, por tê-lo o direito de manter o padrão de vida ostentado pelo genitor. Em seu entendimento, o balizador para a fixação dos alimentos, mais que a necessidade do filho, é a possibilidade do pai: quanto mais ganha este, mais paga àquele. [2]</p><p>No que tange ao valor da pensão alimentícia, convém afirmar que não se trata aqui dos genitores contribuírem igualmente, mas sim de contribuírem de forma proporcional, de acordo com seus rendimentos. Ademais, destaca-se que esse dever vai muito além do fato de prover meramente alimentos, visto que a pensão alimentícia tem o condão de trazer dignidade ao alimentado, proporcionando a ele qualidade de vida similar à que ele teria se convivesse com o alimentante.</p><p>Assim, resta demonstrado que o Requerido tem o dever legal de contribuir com o sustento de sua filha, mediante suas condições financeiras, a fim de proporcionar dignidade à criança, promovendo uma alimentação adequada, bem como educação, vestimentas, saúde e lazer. Neste ponto, salientamos que o genitor possui um comércio consolidado e conhecido na cidade. Com fluxo de clientes e pessoas que não foram afetados com a pandemia, uma vez que trata -se de serviços considerados essenciais. Ademais, as postagens nas redes sociais da empresa comprovam o seu funcionamento.</p><p>Dessa maneira, considerando a capacidade de pagar do genitor, de contribuir e suprir partes das necessidades da criança, pede que seja arbitrada pensão alimentícia no valor de dois salários-mínimos vigentes. Aqui, deve-se levar em conta, ainda, os gatos mensais da Requerente, no que pese ser, de forma genérica: gasto fixo de R$ 800,00 (oitocentos reais) de aluguel; em média R$ 100,00 (cento reais) de energia elétrica, R$ 50,00 (cinquenta reais) de água, R$ 60,00 (sessenta reais) de internet e 500,00 (quinhentos reais) de feira de alimentos.</p><p>Além disso, com o término do período de licença-maternidade, a Requerente precisará retornar ao trabalho, de forma que, necessitará deixar a menor em uma creche da cidade, o que custará o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais).</p><p>Assim, entende-se que o sustendo da Requerente deve ser dividido entre ambos os genitores e arbitrado ao Requerido no montante equivalente a dois salários mínimos.</p><p>III.C) DO VALOR DOS ALIMENTOS</p><p>Os alimentos devem ser fixados na exata proporção do binômio necessidade da Requerente e capacidade econômica do Requerido, nos termos do § 1º do art. 1.694:</p><p>§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.</p><p>Assim, revela-se plenamente configurada a necessidade, vez que a Requerente é menor.</p><p>Corroborando a esta tese, destacamos jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal em 2015, vejamos:</p><p>CIVIL. ALIMENTOS. MENOR. RESPONSABILIDADE DOS GENITORES. BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. CONTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL AOS RECURSOS DOS PAIS. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Os alimentos devem ser fixados equitativamente pelo Juiz, que atentará para a necessidade daquele que os pleiteia e os recursos do obrigado. 2. Mostrando-se o valor fixado a título de alimentos proporcional às necessidades do alimentando e às possibilidades do alimentante, não se justifica a sua diminuição. 3. Recurso conhecido e desprovido. (TJ-DF – APC: 20131310084848, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Data de Julgamento: 08/07/2015, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 14/07/2015. Pág.: 156)</p><p>Dessa forma, a Requerente, representando as necessidades e os interesse da menor, requer o arbitramento de pensão alimentícia no valor mensal correspondente a dois salários mínimos.</p><p>IV.DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA</p><p>O artigo 294 do CPC, prevê que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, senão vejamos:</p><p>Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.</p><p>Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.</p><p>Ademais o artigo 300 do CPC preceitua que a tutela de urgência deverá ser concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano.</p><p>Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de danou ou o risco ao resultado útil do processo.</p><p>Ora, Excelência que no caso em tela o direito é cristalino, pois o pai tem o dever de zelar pela manutenção do filho, situação essa que faz prova pela documentação acostada, onde o Requerido consta como pai da Requerente.</p><p>Quanto ao risco, esse se perfaz na necessidade que tem a menor de ter suas necessidades básicas atendidas, devendo o genitor ser o primeiro interessado em provê-las.</p><p>Assim, requer que seja o Requerido condenado em sede de TUTELA DE URGÊNCIA, ao pagamento de dois salários-mínimos vigentes a época do pagamento, referente a alimentos provisionais.</p><p>V – DOS PEDIDOS</p><p>Por fim, restando infrutíferas todas as tentativas de acordo para que o Requerido cumpra com seus deveres de pai, não restou à Requerente alternativa senão a propositura da presente Ação de Alimentos, para que seu genitor, ora Requerido, seja compelido a contribuir com o necessário para que a menor sobreviva com o mínimo de dignidade e, para tanto, requer:</p><p>a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita;</p><p>b) A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do CPC/2015;</p><p>c) O arbitramento de alimentos provisórios, em dois salários-mínimos vigentes, a ser depositado na conta da representante legal da alimentada: Banco XXXX, Titular: FULANA DE TAL, portadora do RG sob o nº XXXXXXXX, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, até o dia 15 de cada mês;</p><p>d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;</p><p>e) Que</p><p>sejam julgados procedentes os pedidos elencados a presente Inicial, condenando-se o Requerido na prestação de alimentos definitivos, no valor de dois salários mínimos vigente, a ser depositado na conta bancária da representante legal da alimentada;</p><p>f) Seja deferida a guarda definitiva e unilateral da menor à genitora e regulamentada o direito a visita para o genitor, conforme descrito alhures, sendo imprescindível que até os 03 (três) anos de idade a visita se dê de modo supervisionado, nos termos do quanto estabelecido e fundamentado no item: III.2 - DA REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA UNILATERAL E DAS VISITAS SUPERVISIONADAS;</p><p>g) Seja o Requerido condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;</p><p>Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados, inclusive depoimento pessoal da representante legal da Requerente.</p><p>Requer, por fim, sejam as intimações processuais efetivadas em nome da advogada XXXXXXXX, inscrita na OAB/XX nº XXXX, com endereço eletrônico: XXXXXXXX, nos precisos termos do Art. 272, § 5 do CPC/2015, sob pena de nulidade.</p><p>Atribui-se à causa o valor R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos) para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III do CPC/2015.</p><p>Termos em que</p><p>P. deferimento.</p><p>XXXXX – XX, XX de maio de 2021.</p><p>ADVOGADA</p><p>OAB/XX XX.XXX</p><p>Modelo de Petição de Divórcio Litigioso</p><p>AO JUÍZO CÍVEL DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO</p><p>NOME DO AUTOR, NACIONALODADE, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, portador do RG nº XXXXX e inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, residente e domiciliado no ENDEREÇO, representado por seu advogado infra-assinado com escritório localizado em ENDEREÇO, onde recebe intimações, vem, perante Vossa Excelência, propor a presente:</p><p>AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C.C PARTILHA DE BENS</p><p>Em face de NOME DO RÉU, NACIONALODADE, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, portador do RG nº XXXXX e inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, residente e domiciliado em ENDEREÇO, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.</p><p>I – DA JUSTIÇA GRATUITA</p><p>Em decorrência de sua condição socioeconômica, o autor não possui condições de pagar custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, DOC XX, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes e pelo art. 5 º, LXXIV da Constituição Federal.</p><p>II – DOS FATOS</p><p>No dia DATA, as partes celebraram casamento no regime da comunhão parcial de bens no Cartório de Registro Civil das Pessoais Naturais de LOCAL, conforme DOC XX.</p><p>O casal adquiriu, após a celebração do casamento e por meio de esforço comum, um bem imóvel, CASA OU APT, quitado, na cidade de LOCAL, matrícula XXXX. Trata-se do imóvel, nº XXX do bloco XXX em ENDEREÇO com área construída de XXXX m2, conforme DOC XX.</p><p>Além disso, entre os bens a serem partilhados há um carro MARCA/MODELO, ANO, Renavam nº XXXXXXXXXX, conforme DOC XX.</p><p>Em virtude do requerente não possuir mais o animus de continuar com a vida conjugal, não havendo afeição marital entre as partes, requer-se a dissolução do vínculo matrimonial, assim como a partilha dos bens adquiridos na constância do casamento.</p><p>Muito embora a requerida também esteja de acordo em relação ao desfazimento da união conjugal, que já ocorreu, estando as partes separadas de fato, não houve acordo no que tangue à partilha dos bens, razão pela qual promove-se a presente a ação judicial de divórcio litigioso.</p><p>III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS</p><p>3.1 Do Direito ao Divórcio</p><p>O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio e não tendo mais o autor interesse na comunhão de vida, é um direito incontroverso seu divorciar-se ( CF, art. 226, § 6º c/c CPC, art. 1.571, IV).</p><p>Outrossim, o divórcio passou a ser um direito potestativo, isto é, que independe da aceitação da outra parte, não trazendo ademais qualquer necessidade de justificativa para a extinção do vínculo conjugal, tornando desnecessárias alegações de infidelidade ou qualquer outra causa de impossibilidade de comunhão de vida.</p><p>3.2 Do Julgamento Parcial do Mérito Quanto ao Divórcio</p><p>Tratando-se o divórcio de direito potestativo e incontroverso, requer seja realizado o julgamento antecipado do mérito, conforme disposição do 356 do NCPC:</p><p>Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:</p><p>I - mostrar-se incontroverso;</p><p>II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .</p><p>Assim, procedendo-se ao julgamento antecipado do mérito quanto ao pedido do divórcio, requer-se que o feito siga apenas no que tange à matéria controversa – a partilha dos bens.</p><p>3.3 Da Inexistência de Filhos</p><p>Na constância do casamento não houve o nascimento de filhos comuns.</p><p>3.4 Da Desnecessidade do Pedido de Pensão Alimentícia</p><p>Como as partes são pessoas financeiramente independentes, não é razoável a fixação de obrigação alimentar, razão pela qual o autor não requer qualquer valor a título de pensão alimentícia.</p><p>3.5 Da Mudança de Nome</p><p>Diante do fim da união de vida, formalizada através do processo de divórcio, o autor deseja retornar ao nome de solteiro: NOME DE SOLTEIRO.</p><p>3.6 Da Partilha dos Bens</p><p>Conforme o regime de bens adotado no casamento das partes no casamento, comunhão parcial de bens, o patrimônio adquirido na constância da união de vida comunica-se, trazendo o art. 1660 do Código Civil a discriminação exata de quais bens entram na comunhão:</p><p>Art. 1.660. Entram na comunhão:</p><p>I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;</p><p>II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;</p><p>III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;</p><p>IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;</p><p>V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.</p><p>Conforme descrito nos fatos, o casal adquiriu, após a celebração do casamento, e por meio de esforço comum, os seguintes bens que por determinação legal devem ser partilhados:</p><p>01 – um bem imóvel cidade de LOCAL, matrícula n º XXXX. Trata-se do imóvel n º XXX do ENDEREÇO, com área construída de XXXXm2.</p><p>02 – um carro MODELO/MARCA, ANO Renavam nº XXXXXXXXXXX, conforme DOC XX.</p><p>IV – DOS PEDIDOS</p><p>Ante o exposto, pede-se a Vossa Excelência:</p><p>4.1 O julgamento parcial do mérito, de modo a julgar antecipadamente o pedido de divórcio por tratar-se de direito potestativo e incontroverso.</p><p>4.2 A partilha dos bens adquiridos na constância do casamento, a saber: um bem imóvel cidade de LOCAL, matrícula n XXXX; um carro MODELO/MARCA, ANO Renavam nº XXXXXXXXXXXX</p><p>4.3 A alteração do nome do autor, de modo que volte a ser designado pelo nome de solteiro: NOME DE SOLTEIRO.</p><p>4.4 Seja condenado a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;</p><p>Para tanto, requer:</p><p>a) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do Novo Código de Processo Civil;</p><p>b) A citação da requerida para que compareça em audiência a ser designada, sob pena de confissão quanto à matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos termos do art. 344 do NCPC/2015;</p><p>c) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, não podendo o autor arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família;</p><p>Atribui-se à causa o valor de R$ XX.XXX,XX (XXXX mil reais) para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III do NCPC/2015.</p><p>Nestes Termos,</p><p>Pede Deferimento.</p><p>Local e Data</p><p>Nome do Advogado</p><p>OAB-UF XXX.XXX</p><p>Ação de divórcio litigioso c/c Guarda, Visitas, Partilha de Bens e Alimentos</p><p>AO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE....</p><p>OBS: Não havendo vara especializada de família/sucessões, endereçar a vara cível.</p><p>OBS: Para</p><p>definir a competência, identificar a hipótese da alínea correspondente do inciso I art. 53 do CPC.</p><p>[Requerente][Qualificação completa], através de seu advogado devidamente constituído mediante procuração em anexo (fls. xx) vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 693 e seguintes do Código de Processo Civil, propor</p><p>AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO c/c GUARDA, VISITAS, PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS</p><p>em face de [Requerido][Qualificação completa], expondo e requerendo, pelos fundamentos fáticos e jurídicos doravante apresentados:</p><p>I - DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA (Se houver)</p><p>O requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, com fundamento no art. 98 e seguintes do CPC c/c art. 5, LXXIV, da CF, tendo em vista não possuir condições financeiras para arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento ou da família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (fls. xx), cópia das últimas folhas da CTPS/renda mensal (fls. xx), cópia dos extratos bancários de contas de sua titularidade dos últimos 3 meses (fls. xx), cópia da declaração de IR apresentada a Receita Federal (fls. xx).</p><p>II - DOS FATOS</p><p>As partes são casadas sob o regime da comunhão parcial de bens desde 13 de agosto de 2000, conforme se verifica da certidão de casamento (fls. xx). Não há pacto antenupcial. Da união, nasceu um filho, Demóstenes, atualmente com 3 anos de idade (fls. xx).</p><p>Após 10 anos de intenso convívio, o casal se separou de fato; desde 5 de setembro de 2015, o requerido deixou o lar conjugal, no qual Demóstenes (menor impúbere) ficou sob a guarda fática da requerente. O casal possui bens a serem partilhados (fls. xx).</p><p>Embora o casal se encontre separado de fato, o requerido negou-se a realizar um divórcio consensual mediante contato prévio com a requerente, razão pela qual tornou-se necessária a propositura do presente divórcio litigioso.</p><p>III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS</p><p>A) DO DIVÓRCIO LITIGIOSO</p><p>A Constituição Federal de 1988, através da redação da Emenda Constitucional nº 66/2010, promoveu alterações no § 6 do art. 226 do aludido diploma, admitindo-se que o casamento civil poderia ser dissolvido pelo divórcio direto, suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 1 ano ou comprovação da separação de fato por mais de 2 anos.</p><p>Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.</p><p>§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)</p><p>Nesse sentido, é direito potestativo da requerente divorciar-se do requerido, não possuindo mais nenhum interesse em continuar a união matrimonial, consubstanciado no inciso II do art. 5 da CF.</p><p>B) DA GUARDA (Caso não haja ação autônoma regulamentando)</p><p>O filho, Demóstenes (menor impúbere), estando de fato com a requerente, permanecerá com a mesma. A priori, incumbe salientar que o direito busca, precipuamente, resguardar os interesses do menor à luz do princípio do melhor interesse da criança e, dessa forma, é salutar que toda criança conviva em ambiente familiar, sendo que o dever da família corresponde a assegurar o bem-estar da criança, nos termos do caput do art. 227 e primeira parte do art. 229, ambos da Constituição Federal, e art. 19 do ECA, in verbis:</p><p>Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.</p><p>Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores (...)</p><p>Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.</p><p>Nesse sentido, em atenção as necessidades dos menores, a primeira parte do § 1 do art. 1583 do CC e parágrafos do art. 33 do ECA, preconizam que a guarda deverá permanecer com aquele que atender o bem-estar do menor, garantindo-lhe subsistência digna, com a devida observância e regularidade de fiscalização, ipsis litteris:</p><p>Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.</p><p>§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5) (...)</p><p>§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.</p><p>Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.</p><p>Em face dos fatos narrados (explicar detalhadamente que a requerente possui melhores condições - quais condições são essas).</p><p>Dessa forma, o princípio do melhor interesse da criança é evidenciado nas atitudes da requerente, exercendo a guarda de fato do menor sob sua égide e manutenção, gerindo-o em seu seio do núcleo familiar com viabilização de demasiados benefícios e condições para os cuidados essenciais e, consequentemente, não havendo empecilhos ou ausência de motivos para pleitear a guarda da criança.</p><p>C) DAS VISITAS (Caso não haja ação autônoma regulamentando)</p><p>Outrossim, ressalta-se que os direitos de visitação do requerido permanecem, conforme caput do art. 1589 do CC, ipsis litteris:</p><p>Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.</p><p>Como consequência do estabelecimento da guarda unilateral, pretende a requerente que a convivência do menor ocorra de forma igualitária com o requerido, mediante o revezamento, nos termos do inciso II do art. 1584 do CC, in verbis:</p><p>Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:</p><p>II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.</p><p>Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Familias, 2021, p. 392) esclarece que:</p><p>Escassa (...) é a regulamentação do direito de convivência, que todos insistem em chamar de direito de visitas, expressão de todo inadequada. Os encargos inerentes ao poder familiar não se limitam a assegurar ao genitor o direito de ter o filho em sua companhia em determinados períodos de tempo (...). Daí a preferência por direito de convivência ou regime de relacionamento, eis que é isso que deve ser preservado, mesmo quando pai e filho não vivem sob o mesmo teto. (...) Consagrado o principio da proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois não há proteção possível com a exclusão do outro genitor.</p><p>Em consonância com o acatado e consubstanciado no princípio do melhor interesse da criança, a requerente entende e requer que seja regulamentada a visita do requerido nos exatos termos (delimitar férias escolares, festividades de final de ano, visitações aos finais de semana, datas comemorativas de dia dos pais e mães, dias de aniversário).</p><p>D) DOS ALIMENTOS E ALIMENTOS PROVISÓRIOS (Caso não haja ação autônoma regulamentando)</p><p>Conforme § 1 do art. 1694 e 1695 do CC, na fixação de alimentos, deverá ser observado o binômino da necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante. Ainda, por expressa determinação do art. 1703 do CC, ambos os genitores são legalmente responsáveis pela manutenção do sustento da prole, ou nos termos deste:</p><p>Art. 1.694. Podem os parentes,</p><p>os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.</p><p>§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.</p><p>Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.</p><p>Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos.</p><p>Nessa toada, o requerido possui o dever de prestar alimentos, não podendo se escusar sob nenhuma possibilidade, haja vista os demasiados custos promovidos pela requerente, como se prevê no art. 2 da Lei 5478/68:</p><p>Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.</p><p>OBS: Explicar detalhadamente as características do requerido e suas condições financeiras</p><p>Não obstante, a fixação de alimentos provisórios se faz também necessária, uma vez que os dispêndios essenciais ao sustento do filho recaiam somente a responsabilidade da requerente é inversamente proporcional e injusto, enquanto o conflito não for solucionado, à luz do art. 4 da Lei 5478/68 e caput e § 1 (se houver justiça gratuita) do art. 300 do CPC, ipsis litteris:</p><p>Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.</p><p>Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.</p><p>§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. (se houver justiça gratuita)</p><p>No tocante a probabilidade do direito, encontra-se tutelados no Código Civil e na Constituição Federal, consubstanciados no princípio do melhor interesse da criança e da dignidade da pessoa humana, visto que não é possível para a requerente por si só, manter todos os dispêndios como demonstrado nos fatos.</p><p>Em relação ao perigo da demora, a requerente não apresenta condições financeiras de suportar o sustento por si só, sendo necessidade manifesta da requerente de subsistência até o desfecho do processo e consequente prolação de sentença de alimentos definitivos.</p><p>Sendo assim, para assegurar ao menor a proteção jurisdicional ao melhor interesse durante o iter processual e em razão dos fatos aduzidos, requer-se fixação dos alimentos provisórios em prol da requerente, em caso de emprego formal, no importe de 30% de seus rendimentos líquidos, assim entendida toda a renda bruta menos o desconto da previdência social oficial, incidindo sobre décimo terceiro salário, abono constitucional de férias, horas extraordinárias, PLR, FGTS, adicionais e demais abonos, desde que não inferior a 1 salário mínimo vigente, mantido o indexador para futuros reajustes, com adimplemento mediante automático desconto em folha de pagamento com posterior depósito da quantia em conta bancária de titularidade da requerente a ser (informar conta), a ser pago até o dia 10 de cada mês, convertido em alimentos definitivos ao fim da demanda.</p><p>Em caso de desemprego ou emprego informal, o requerido deverá pagar a título de alimentos o equivalente a 1 salário mínimo vigente, mantido o indexador para reajustes futuros, devendo o adimplemento da prestação alimentícia ser pago até o dia 10 de cada mês, mediante depósito bancário realizado pelo requerido na conta de titularidade da genitora do menor supracitada, valendo o comprovante bancário como recibo de pagamento, sendo vedado o depósito em sistema eletrônico de autoatendimento.</p><p>E) DO NOME</p><p>A requerente voltará a adotar o seu nome de solteira, sendo (...)</p><p>F) DOS BENS À PARTILHA</p><p>OBS: Caso ocorra inexistência de bens adquiridos na constância do casamento, não é necessário discorrer sobre, apenas informar a ausência de bens.</p><p>No tocante aos bens, as partes elegeram o regime da comunhão parcial de bens, nos termos do art. 1658 do CC, in verbis:</p><p>Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.</p><p>Art. 1.660. Entram na comunhão:</p><p>I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;</p><p>Nesse sentido, segue a descrição patrimonial correspondente para que se efetue a partilha, considerando o direito da requerente à 50% de seu valor: (Informar detalhadamente todos os bens móveis e imóveis, anexando os documentos correspondentes a propriedade)</p><p>III - DOS PEDIDOS</p><p>Em face do exposto, requer-se à Vossa Excelência:</p><p>a) Que seja DEFERIDO os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA em prol do requerente, com fulcro no inciso LXXIV do art. 5º da CF e art. 98 do CPC, em razão da mesma ser pobre na acepção jurídica do termo, não possuindo condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família; (se houver)</p><p>b) A CITAÇÃO POR CORREIO do requerido ao respectivo (s) endereço (s) (...) para, querendo, apresentar contestação no prazo legal de 15 dias, sob pena de imposição de revelia e seus efeitos, nos termos do § 2 do art. 695 e 335 do CPC;</p><p>OBS: Caso a localização do endereço do requerido seja desconhecida, argumentar nos termos do § 1 do art. 319 do CPC para requerer a realização de diligências necessárias;</p><p>c) A INTIMAÇÃO do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito ad finem, conforme inciso II do art. 178 do CPC;</p><p>d) A TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA do feito com fulcro no inciso II do art. 1048 do CPC, em razão de envolver menor, conforme faz prova mediante documento acostado;</p><p>e) O PROCESSAMENTO da ação sob SEGREDO DE JUSTIÇA, nos termos do inciso II do art. 189 do CPC;</p><p>f) A EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO para abertura de conta corrente em nome da requerente para ser utilizada ao exclusivo depósito dos alimentos fixados;</p><p>g) Que todas as INTIMAÇÕES e PUBLICAÇÕES deste processo sejam realizadas exclusivamente em nome de (...), sob pena de nulidade absoluta dos atos subsequentes;</p><p>h) A FIXAÇÃO de ALIMENTOS PROVISÓRIOS, nos termos do § 1 e caput do art. 300 do CPC c/c art. 4 da Lei 5478/68, em caso de emprego formal no importe de (...) % de seus rendimentos líquidos, assim entendida toda a renda bruta menos o desconto da previdência social oficial, incidindo sobre décimo terceiro salário, abono constitucional de férias, horas extraordinárias, PLR, FGTS, adicionais e demais abonos, desde que não inferior a 1 salário mínimo vigente, mantido o indexador para futuros reajustes, com adimplemento mediante automático desconto em folha de pagamento com posterior depósito da quantia em conta bancária de titularidade da requerente, a ser aberta para tal fim, devendo estes AO FINAL serem CONVERTIDOS em ALIMENTOS DEFINITIVOS para a conta que este juízo designar;</p><p>OBS: Caso seja desconhecido a estrutura financeira do requerido, oficiar ao INSS e ao empregador para que seja determinada informações sobre a origem das contribuições previdenciárias do mesmo;</p><p>i) Que ao final seja a presente demanda julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, consequentemente DECRETANDO a guarda unilateral de Demóstenes em favor da requerente, mediante a expedição do termo de guarda unilateral definitiva, fixando a homologação do direito de visitas ao requerido nos exatos termos ora pleiteados;</p><p>j) Que ao final seja a presente demanda julgada</p><p>TOTALMENTE PROCEDENTE, consequentemente DECRETANDO o divórcio litigioso dos cônjuges e a respectiva expedição do mandado de averbação e inscrição da sentença ao cartório de registro civil, para que se proceda às alterações necessárias;</p><p>k) Que ao final seja a presente demanda julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, consequentemente DECRETANDO a partilha dos bens dos cônjuges na proporção de 50% para cada um, com as devidas averbações;</p><p>l) Que ao final seja a presente demanda julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, consequentemente DECRETANDO a RETIFICAÇÃO do nome da requerente, para que se configure como (...), com a expedição do respectivo mandado de averbação ao cartório de registro civil, com isenção de custas;</p><p>m) A NÃO realização de AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO e CONCILIAÇÃO, nos termos do art. 695 do CPC, tendo em vista a impossibilidade absoluta de reconciliação e a recusa do requerido em proceder no divórcio consensual;</p><p>n) A CONDENAÇÃO do requerido ao pagamento das custas processuais, sem prejuízo dos honorários advocatícios ao importe de 10%, nos termos do § 2 do art. 82 e 85 do CPC;</p><p>IV - DAS PROVAS</p><p>Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente mediante as provas documental, testemunhal, depoimento pessoal, pericial e inspeção judicial.</p><p>Atribui-se à causa o valor de R$.... (soma do valor dos bens a partilhar mais o valor equivalente a 12x o salário mínimo vigente), nos termos dos incisos I, III e VI do art. 292 do CPC.</p><p>Termos que,</p><p>pede deferimento.</p><p>Município, dia/mês/ano</p><p>(Nome do advogado)</p><p>OAB/UF XXX.XXX</p><p>Divórcio Consensual</p><p>EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____ª DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXXX/XX</p><p>AÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO DE DIVÓRICIO CONSENSUAL COM PARTILHA DE BENS, REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E ALIMENTOS.</p><p>Observações iniciais: Na Ação de divórcio consensual não há réus, as partes estão pleiteando conjuntamente, a jurisdição é voluntária, portanto, não há uma das partes em face de outra, consequentemente o advogado também não requere ônus sucumbencial.</p><p>XXXXXXXXXX (nome completo do cônjuge varão), nacionalidade, casado, profissão, com Registro Geral nº “...”, inscrito sob o CPF/MF nº “...”, com endereço eletrônico: xxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxx, nº xx, bairro xxxxx, CEP xxxxx, Cidade/UF e XXXXXXXXXXXX (nome completo do cônjuge virago) , brasileira, casada, profissão, com Registro Geral nº “...”, inscrita sob o CPF/MF nº “...”, com endereço eletrônico: xxxxxxx, residente e domiciliada na Av. xxxxxx, nº xxxx, bairro xxxxx, CEP xxxxx, Cidade/UF, por intermédio do seu advogado, onde receberá intimações e notificações, nos moldes do art. 103 e 105 § 2º, da Lei nº 13.105/15, CPC (procuração anexa), vêm, respeitosamente, perante à Vossa Excelência, propor, AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL, com fulcro no art. 731 do CPC c/c art. 24 da Lei nº 6.515/77, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.</p><p>I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA</p><p>As partes declaram hipossuficiência, conforme artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, C/C a Lei nº 1.060/50, artigo 1º da Lei nº 7.115/83 e nos termos do artigo 98, caput, da Lei 13.105/2015, Código de Processo Civil, por não possuírem condições financeiras de arcarem com as despesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio e familiar, conforme procurações anexas acostadas.</p><p>(Necessário que cada parte junte sua própria declaração de hipossuficiência, direito personalíssimo.)</p><p>II – DOS FATOS</p><p>Situação fática deve ser explicada de forma cronológica, contudo não é necessário vincular o divórcio a um motivo, trata-se de direito potestativo.</p><p>Segue abaixo modelo de narrativa fática. Adapte conforme seu caso concreto.</p><p>As partes são casadas em regime de parcial de bens desde o ano de XXXX, conforme certidão pública de casamento. Do matrimônio, o casal concebeu uma única filha, ora ainda menor.</p><p>Todavia, o casal, não possuindo mais interesse mútuo e recíproco em manter a relação conjugal em todos os seus princípios e deveres civis e sentimentais, optaram pela separação de fato, residindo em domicílios distintos, há 3 (três) anos.</p><p>Ademais, percebendo a impossibilidade de reconciliação, embora possuam boa relação e vínculo decorrente do poder familiar com a infante, desejam extinguir, de forma consensual, o matrimônio.</p><p>Neste sentido, as partes acordaram antes de propor a presente Ação acerca da guarda e regulamentação de visitas da menor, dos alimentos, da partilha de bens e alteração de nome, conforme relacionado abaixo:</p><p>No que tange à infante, as partes decidiram que a guarda seria a legal, portanto, compartilhada entre os genitores, fixando, a menor, a residência com a genitora, fato que já ocorre desde a separação de fato.</p><p>O genitor, todavia, terá direito à livre visitação, observando apenas os horários e conveniência relacionados à criança e sua faixa etária. Decidiram ainda, que o genitor pagará a título de alimentos o importe de 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, sendo a monta atual de R$969,60 (novecentos e sessenta e nove reais e sessenta centavos) em favor da menor.</p><p>Em relação ao alimentos decorrente de dever alimentar e solidariedade entre os cônjuges, as partes decidem não manifestar o direito, entendendo que cada um possui possibilidades de manter o próprio sustento.</p><p>(aqui, necessário especificar todos os bens de propriedade comum do ex-casal. Se possível, quando adquiridos e se já integralmente quitados. Por fim, demonstrar quem ficará com a posse ou propriedade de cada bem.)</p><p>Caso o casal não tenha bens, basta informar a inexistência de bens comuns.</p><p>Verificar art. 1.659 do Código Civil.</p><p>Quanto à partilha de bens, as partes, na constância do casamento adquiriram um imóvel, ainda financiado, com valor venal de R$315.000,00 (trezentos e quinze mil reais), contudo, com saldo devedor de R$60.000,00 (sessenta mil reais), Imóvel em que o casal residia e a cônjuge virago permanece residindo com a infante filha do casal, e um veículo automotor no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais). Decidiram, portanto, que o veículo automotor ficará na posse e propriedade do Sr. XXXXXX, o varão, enquanto o imóvel ficará na posse e propriedade da cônjuge virago, Sra. XXXXXX, bem como esta arcará com o pagamento do financiamento imobiliário referente ao imóvel, conforme já citado, no importe de R$60.000,00 (sessenta mil reais).</p><p>Vejamos abaixo acerca da partilha de bens:</p><p>Fiz uma planilha figurando todos os bens e débitos, bem como evidenciei o total do patrimônio conquistado pelo casal de forma onerosa e no curso da relação.</p><p>Por fim, decidiu a cônjuge virago, a Sra. XXXXXX (nome de casada) que passará a utilizar o nome de solteira, XXXXX (nome de solteira), desincorporando do seu nome e consequentemente de seus documentos o nome familiar cônjuge varão acrescentado em razão do matrimônio.</p><p>À vista do exposto, verifica-se que as partes possuem consenso e acordo sólido para tratar de todos os assuntos pertinentes do vínculo conjugal e tratativa para a dissolução pacífica, buscando a jurisdição, tão somente, para validar e concluir o ato formal de dissolução.</p><p>III – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA</p><p>1. DO DIVÓRCIO</p><p>Com a EC/66 de 2010, alterando o art. 226, § 6º, o divórcio pode ser requerido a qualquer momento e sem justificativas. Conforme Maria Berenice Dias discorre em sua respeitável doutrina sobre o Direitos das Famílias, acerca do divórcio:</p><p>Trata-se de um direito potestativo. Ou seja, não é necessária a concordância do par para a sua decretação. Basta haver o desejo de somente um dos cônjuges, que não precisa justificar o pedido, para buscar o divórcio via ação judicial. (referência bibliográfica: DIAS, Maria Berenice. Direito das Famílias. 14 ed. Salvador: Revista Ampliada e Juspodivm, 2021. p. 564)</p><p>Todavia, no que tange ao caso em tela, as partes, já em separação de fato por três longos anos e entendendo não haver a possibilidade de reconciliação, resguardados pelo art. 1.571, IV do Código Civil e art. 731 do CPC, buscam extinguir o vínculo matrimonial de forma consensual.</p>