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Felipe Pagnoncelli Fachin – 5ª fase - UNOESC PRINCÍPIOS DE RADIOLOGIA DO TORAX Tórax PA: póstero-anterior. Feixe de raios X atravessa o pcte de trás pra frente. o Posição ortostática(a inspiração se torna mais profunda) e inspiração máxima o Encostado no chassi e longe 1,8m do tubo de raio X o Reduz magnificação e melhora nitidez Incidência AP: antero-posterior . Pacientes em decúbito dorsal ou sentado no leito. Feixe atravessa de frente para trás. Apresenta imagens de maior magnificação e menor nitidez. Perfil: lado esquerdo posicionado contra o chassi. Localiza lesões atrás do coração, mediastino ou diafragma. Nesse caso, um nódulo no lado direito aparecerá maior do que se fosse no lado esquerdo. Posição oblíqua anterior direita: Musculo peitoral esquerdo ou mama movem-se lateralmente e a escápula esquerda move-se medialmente em relação ao tórax. As incidências obliquas auxiliam em lesões cujas estruturas se sobrepõem. Em um derrame livre, o líquido vai gravitar quando o paciente estiver em posição ortostática e para o dorso em decúbito dorsal. A radiografia apresenta elevação hemidiafragmática. Em decúbito lateral, o derrame forma uma dupla camada com parede do hemitorax afetado. O ar intrapleural, por sua vez, sobe em posição ortostática, ideal para se diagnosticar pneumotórax. Se não for possível, será útil uma radiografia em decúbito lateral com o lado suspeito para cima. Na expiração a trama pulmonar encontra-se mais densa, levando o pulmão a aparecer mais claro e o coração parece maior. Radiografias em expiração são usadas para detectar o aprisionamento focal de ar de um enfisema assimétrico ou uma obstrução brônquica parcial. No entanto, podem simular doenças. Sibilo unilateral radiografia em expiração aprisionamento aéreo Fluoroscopia: técnica radiológica em tempo real. Posição oblíqua para evitar sopreposiçoes. A absorção diferencial e a penetração dos fótons criam a imagem radiológica. Quanto mais radiopaca a estrutura, mais radiação ela absorve. Radiação difusa aumenta o contraste e degrada a imagem. Faz-se uso de uma grade que absorve esses raios difusos, a grade Bucky, tornando a imagem mais nítida. Técnicas de Diagnóstico por imagens Seccionais: TC, US e RM fatiam o paciente, eliminando sobreposição. Produto de leituras digitais múltiplas, em diferentes ângulos, convertidas por um capturador em uma imagem digital. A TC permite distinção entre músculos, líquidos e gordura. A densidade é expressa em unidades Hounsfield (UHs). Pulmão:-800, gordura -120, líquido: 0, musculo 40 e osso 350. Partes moles entre -40 e 40. Contraste iodado é administrado para aumentar a radiodensidade do sangue. Imagens axiais devem ser interpretadas como se estivesse observando o paciente de baixo para cima. RM faz uso de campos magnéticos ao invés de radiação. A RM é muito flexível, variando muito a escala de cinzas da imagem com os pulsos de radiofrequência. Após esse estímulo, os tecidos, em repouso, liberam energia que é quantificada e convertida em imagem. RM é mais útil em estruturas com líquido e para estruturas sólidas. RM e US permitem avaliar processos fisiológicos dinâmicos. Os maiores riscos são mutações genéticas e indução ao câncer, uma vez que os níveis de radiação são acumulativos durante toda a vida. Durante os anos reprodutivos, gravidez e infância as células se dividem mais rapidamente e são mais sensíveis à radiação. As radiografias convencionais apresentam quatro densidades: ar, gordura, tecidos (água) e osso (cálcio). US de derrame pericárdico é homogênea de baixa ecogenicidade. US de infecção pericárdica é heterogênea de alta ecogenicidade. A RADIOGRAFIA DE TÓRAX NORMAL Examine as áreas de menor interesse por 1º. No Rx de tórax inicie pela parte superior do abdome, examine a caixa torácica e depois as estruturas do mediastino e, por ultimo, o pulmão. No abdome, as estruturas que tem ar são o estomago e as flexuras hepática e esplênica do colon. O hemidiafragma direito é mais alto que o esquerdo. Deve-se iniciar analisando a partir da base da direita. Costelas posteriores tem trajeto descendente medial para lateral, as anteriores da lateral para medial. Realizar uma observação geral do mediastino, procurando alterações dos contornos. Análise dos pulmões: iniciar pelo ângulo costofrênico direito, examinando o pulmão D e depois o E. Por último, comparamos os pulmões. Interstício: vasos sanguíneos e linfáticos, brônquios e tecido conjuntivo. No padrão intersticial, os pulmões aparecem bem aerados, mas a trama pulmonar esta espessada. No padrão alveolar a trama não é visível pois a região ao redor dos pulmões esta sem ar. ANATOMIA LOBAR O pulmão esquerdo é menor. O pulmão direito possui lobos superior, médio e inferior, enquanto o esquerdo tem apenas superior e inferior (língula é do lobo superior esquerdo) Espaço entre os lobos: cissura interlobar A cissura normalmente aparece como linha. Se aparecer como borda é porque o lobo está consolidado. A grande cissura corre obliquamente para baixo, a partir do nível da T5 em direção ao diafragma. A pequena cissura separa o lobo médio direito do lobo superior direito. A pneumonia lobar geralmente é de origem bacteriana. Na TC as cissuras são visualizadas quando estiverem perpendiculares ao plano da secção. A pequena cissura não é visível. Cissura ázigos localiza-se na região medial superior do lobo direito (lobo ázigos) O deslocamento das cissuras é o sinal mais confiável de colapso lobar. ANATOMIA SEGMENTAR Cada segmento é suprido por um brônquio, o brônquio segmentar. A traqueia bifurca-se na carina, formando os brônquios principais D e E. O direito divide-se em três brônquios lobares (superior, médio e inferior) e o esquerdo em dois lobares (superior e inferior). Bronquio do lobo superior direito 3 bronquios segmentares: apical, anterior e posterior. A TB afeta mais o apical e posterior. Bronquio intermediário é a continuação do principal direito e da origem ao brônquio do lobo médio, que se divide anteriormente em lateral e medial. O segmento lateral é margeado superiormente pela pequena cissura. O medial localiza-se medialmente sobre a borda direita do coração e posteriormente sobre a grande cissura. Brônquio inferior direito é a continuação direta do intermediário. Ele da um segmento superior e segmentos basais: medial, anterior, lateral e posterior. Os segmentos basais medial e anterior limitam a grande cissura. Pneumonia aspirativa ocorre mais no segmentos posterior dos lobos superiores, nos segmentos superiores e basais posteriores dos lobos inferiores. À esquerda só existem dois lobos O 1º brônquio lobar é o do lobo superior esquerdo, que se ramifica em superior e inferior (língula). O segmento superior divide-se em apical posterior e anterior. Já a língula se divide em superior e inferior, este tem contato com o coração medialmente. Ver imagens da anatomia lobar e segmentar SINAL DA SILHUETA Há quatro densidades radiológicas: ar, gordura, partes moles (água), metal (cálcio). Ocorre quando duas áreas de radiodensidade semelhantes são postas em contato. O coração e aorta ascendente são estruturas anteriores. A aorta descendente é posterior O arco aórtico cruza o mediastino anteriormente à direita para a posição posterior à esquerda. Borda direita e esquerda do coração: anterior O lobo médio direito e a língula estão em contato com as bordas direita e esquerda do coração. Ambos são anteriores. Os lobos inferiores repousam na parte inferior e posterior, não tendo contato com o coração. Hemidiafragma direito obscuro Lobo inferior direito O lobo superior direito ocupa a parte anterior e o centro do tórax acima da pequena cissura. Consolidação no LSD causara sinal da silhueta da borda superior direita do coração. Consolidação no LSE apagara o átrio esquerdo, porção media do mediastino. A ausência de sinal da silhueta não garante que o lobo não esteja doente. Aorta torácica descendente não visível alteração no LIE, cavidade pleural posterior ou mediastino posterior. Cuidar com radiografia pouco penetrada, pode gerar falsas silhuetas. Apaga botão aórtico LIE, segmento posterior apical Em perfil, o coração obscurece o hemidiafragma anterior esquerdo. SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO A visibilização do ar nos brônquios intrapulmonares em uma radiografia de tórax é chamada sinal do broncograma aéreo, o que não é normal. Para que um brônquio cheio de ar seja visualizado, deve estar cercado por densidade de partes moles. Já um vaso precisa estar cercado de ar. Esse sinal demonstra uma lesão pulmonar e exclui lesão pleural ou mediastinal. Indica que os brônquios contem ar e que o pulmão adjacente esta consolidado (radiopaco). Pode ser visto na pneumonia, edema de pulmão, infarto pulmonar e algumas lesões pulmonares crônicas. Consolidação pulmonar periferical focal, doença intersticial e doenças que causem hiperinsuflação dos pulmões não formam broncogramas aéreos. Broncogramas aéreos através da sobra cardíaca indicam consolidação no LIE. Broncograma aéreo indica vias aéreas pervias. Brônquios cheios de ar e muito próximos evidenciam colapso lobar. COLAPSO LOBAR SEGMENTAR O pulmão tem tendência normal para o colapso. Atelectasia por reabsorção, por relaxamento, por cicatrização e por aderência. A obstrução causa atelectasia por reabsorção. Obstruções centrais em crianças são geradas por rolhas de muco ou pela aspiração de corpos estranhos. A ausência de broncograma aéreo indica atelectasia central. Se presente, indica atelectasia periférica. Pneumotorax atelectasia por relaxamento. A fibrose pulmonar focal (tb, fibrose actinica) ou generalizada (silicose, sarcoidose) resulta em diminuição do volume. Colapso por cicatrização. A diminuição do surfactante diminuí a tensão para manter o pulmão insuflado, gerando atelectasia por aderência. Para identificar colapso por reabsorção deve-se analisar o deslocamento das cissuras adjacentes, que serão deslocadas na direção da área colapsada, ou da trama do pulmão afetado, rechaço das estruturas adjacentes e alterações da densidade pulmonar. Se o hilo esquerdo deslocar para cima colapso LSD Se o hilo esquerdo se deslocar para baixo colapso LIE Normalmente o hilo esquerdo fica um pouco mais alto que o direito. O lobo médio e a atelectasia da lingula não descolam o hilo. Na atelectasia lobar o diafragma esta elevado (o direito normalmente é um pouco mais alto). É comum haver hiperinsuflação compensatória. O LID e LIE entram em colapso posteriormente, medialmente e para baixo. A grande cissura fica posteriorizada. Colapso da lingula ou LMD são melhor visualizados em perfil. A pequena cissura descola-se para baixo e a grande anteriormente. O colapso de LMD apaga borda direita do coração e a esquerda no caso da lingula. Os lobos superiores colapsam anteriormente, medialmente e para cima. A grande cissura move-se anteriormente e a pequena para cima e medialmente. PADRÕES DE DOENÇA PULMONAR O pulmão reage a doença de forma limitada, o interstício pode tornar-se espessado ou adelgaçado e os alvéolos preenchidos com liquido ou mais ar que o necessário. Essas alterações podem ser focais ou difusas, agudas ou crônicas. ATMPP Interstício: estruturas de apoio (artérias, veias, brônquios) Alvéolos ácinos lóbulo pulmonar secundário A maioria das doenças pulmonares aumentam a radiodensidade do pulmão. Na doença pulmonar intersticial o tecido peribroncovascular se espessa, fazendo com que os vasos apareçam mais. A aparência é de um pulmão aerado, mas com a trama vascular acentuada. É causada por edema, inflamação, tumor e fibrose. Se a trama vascular estiver aumentada, bem definida e distorcida, a doença provavelmente é crônica. A maioria das doenças pulmonares intersticiais difusas é crônica e geralmente devido a fibrose. Trama vascular espessada pode ser agudo ou crônico. Trama vascular bem visível é crônico. Trama vascular incaracterística é aguda. Trama vascular distorcida é crônico. Trama vascular apresenta alterações após alguns dias é aguda. A maioria das doenças alveolares é aguda. Nelas, os espaços aéreos são preenchidos com líquido, fazendo com que o pulmão permaneça sem ar. A consolidação alveolar causará um sinal da silhueta com o diafragma, coração ou aorta, somente se houver contato indireto. Geralmente esta ausente na doença intersticial pois o pulmão aerado é adjacente à essas estruturas. O broncograma aéreo normalmente é observado na doença alveolar pois as principais vias aéreas estão pervias mas circundadas pelo pulmão consolidado. O broncograma aéreo e os sinais da silhueta não presentas na consolidação. No entanto, na consolidação alveolar o broncograma será ausente se houver liquido preenchendo os brônquios. As causas mais frequentes de doença alveolar difusa são a pneumonia bacteriana e o edema pulmonar grave. Algumas doenças apresentam consolidação alveolar e espessamento intersticial Uma forma importante de doença alveolar focal é a massa ou nódulo. Se tiver > 3cm será massa. Se menor, nódulo. Infiltrados alveolares crônicos, nódulos e massas são mais decorrentes de infecção insidiosa ou doença pulmonar inflamatória. Quando qualquer lesão alveolar tornar-se necrótica, o material liquefeito geralmente é expectorado e substituído por ar. O centro da cavidade torna-se radiotransparente. Se o material necrosado por apenas parcialmente expelido, forma-se um nível liquido, visível somente quando o feixe de raios X for paralelo à interface. Se o material caseoso não for expelido a lesão pode evoluir para cura e organização de um granuloma, que geralmente se calcificam. A calcificação maciça é um sinal de doença benigna do pulmão. A histoplasmose e a TB curadas são as causas mais frequentes de granulomas. Pulmão radiotransparente: hiperinsuflado ou se o interstício for destruído (formação de bolhas). Hiperexpansao + bolhas enfisema Os hemidiafragmas encontram-se planos e rebaixados. O esterno encontra-se encurvado. Doença pulmonar intersticial difusa: trama vascular mais visível, pulmão aerado, broncograma e sinal da silhueta não são visíveis. Se aguda, não há distorção do padrão pulmonar. Doença alveolar ou consolidação do espaço aéreo: os vasos são menos visíveis, o pulmão acometido aparece não aerado, broncograma aéreo pode ser observado assim como o sinal da silhueta. O ESPAÇO PLEURAL E EXTRAPLEURAL Seio ou ângulo costofrênico: goteira profunda ao redor da cúpula do hemidiafragma. Um derrame pleural, seja sangue, exsudato ou transudato, é mais pesado que o pulmão cheio de ar. Assim os ângulos posterior e lateral pareçam obliterados ou mal definidos. O derrame pode estender pelo espaço pleural, formando um menisco. Ele se estende maislateralmente do que medialmente. O liquido pleural é frequentemente observado delineando a grande cissura em perfil. A radiografia em perfil é mais sensível do que a PA na detecção de pequenos derrames. Incidência decúbito lateral esquerdo é a mais útil para provar que há um derrame subpulmonar. O lado comprometido deve ficar para baixo, assim o derrame distribui-se pelo lado da cavidade. O derrame, então, pode obscurecer o ângulo costofrênico, formar menisco lateralmente, ocultar-se na região subpulmonar. Derrame subpulmonar é muito parecido com o hemidiafragma elevado. A bolha gástrica fica mais distante da base do pulmão. A cúpula diafragmática muda da posição central para lateral. Se o pulmão branco decorrente de atelectasia, o mediastino desvia-se na direção da lesão. Se o pulmão branco decorrer de um derrame pleural, o mediastino desvia para direção oposta da lesão. O derrame pleural encapsulado é atribuído a aderências pleurais. Não ocorre deslocamento de liquido de acordo com a posição do paciente. O derrame encapsulado pode simular doença pulmonar. Derrame intracissural focal pode simular uma massa no pulmão. Tem formato lenticular. Esses pseudotumores são encontrados na ICC. O ar no espaço pleural aparece mais radiotransparente que o pulmão. No pneumotórax, a pleura visceral aparece como uma fina linha branca. A mudança de pressão abaixa o diafragma, colaba o pulmão e desloca o mediastino na direção oposta do pneumotórax. Pneumotórax hipertensivo compromete o retorno venoso pulmonar. Inicio rápido de insuficiência respiratória, sons respiratórios diminuídos, traqueia desviada e distensão jugular.
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