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Kurt Lewin - aula 1 - Kurt Lewin era Judeu durante a época da Segunda Guerra Mundial, assim, todo seu estudo fora baseado nas minorias psicológicas devido ás suas experiências pessoais com o nazismo. - Por ser Judeu, foge para os Estados Unidos e a convite da MIT, funda um centro de pesquisa de grupos. - Não concorda com o positivismo e segue os princípios da Gestalt como embasamento para seus estudos. - É considerado um divisor de águas para a Psicologia Social. Como Kurt Lewin chega ao estudo das minorias? Como dito anteriormente, Kurt Lewin transforma um problema pessoal em pesquisa. A discriminação que sofreu junto com seu grupo religioso por parte dos nazistas o deixou intrigado e fez com que estudasse cada vez mais sobre "porquê os Judeus?" Maiorias e Minorias: 1.1 Demográficas São definidas aritmeticamente; sentido de espaço geográfico; 50% + 1 = Maioria Demográfica 50% - 1 = Minoria Demográfica 1.2 Psicológicas Não se definem pelo número ou porcentagem de membros. Neste caso, a maioria ou a minoria se define pelo PODER de DECIDIR o PRÓPRIO DESTINO, status e privilégios. ex: Negros. Por mais que componham grande parte demográfica da população brasileira, ainda sim são considerados minorias psicológicas justamente por não terem poder sobre seu próprio destino devido ao racismo. Kurt produziu quatro estudos a partir delas: 1- O problema psicológico do grupo minoritário (1935) 2- Ao se deparar com o perigo (1939) 3- Trazendo a tona a criança judia (1940) 4- Auto ódio entre judeus (1941) Minorias judaicas Minorias e minoritários 1.1 Origem das Minorias - A partir dos estudos das questões judaicas, Lewin busca generalizar o que aprendeu para formular uma teoria que explique a psicologia de todo grupo minoritário; - Ele foco na experimentação em psicologia social, tendo como objeto de estudo os pequenos grupos; - TESE FUNDAMENTAL: todas as minorias têm antes questões sociais. Ele não opõe o social ao psíquico; sua dinâmica é essencialmente social - A importância da minoria psicológica vai depender da TOLERÂNCIA da maioria; - A tolerância não se dá a partir de comportamentos individuais do grupo minoritário, mas, por motivos extrínsecos, assim, a maioria diminui ou aumenta as barreiras psicossociais; - A maioria opera privando as minorias de privilégios e direitos; - Em momentos de tensão ou escassez, as minorias se tornam alvo de repressão (bode expiratório); 1.2 Constituintes - Parte da estrutura da sociedade; - No CENTRO encontram-se os membros que aderem de boa vontade as instituições, costumes e valores; há uma identificação com o grupo. - Os membros PERIFÉRICOS são os mais fluidos, compostos de membros que experimento a ambivalência em relação a tudo (membros marginais da minoria; há esperança de que o sucesso pessoal os torne mais aceitáveis pela maioria; surgimento de lideranças); Equilíbrio mais ou menos estável entre dois polos 1.1 Centrípeta - Forças de coesão geradas pelas características culturais próprias do grupo e irredutíveis a outras culturas; essa força representa o núcleo nos seios da minoria: observam-se atitudes de lealdade, desejo de emancipação (independência) em relação a maioria. 1.2 Centrífugas - Tem a influência dissolvente sobre os membros da minoria; É o desejo da assimilação pela maioria para usufruir de seus privilégios e prestígios. 1.3 Constituídos - A minoria é concebida como uma totalidade dinâmica; Há dois tipos: 1- Unidade articulada e orgânica (aqueles cujos estratos centrais englobam na maioria dos membros em grupos estreitos) 2- Unidade artificial (estas resultam de pressões e de coerções exteriores; estas minorias não constituem um grupo, trata-se de um agregado de indivíduos submissos as mesmas restrições, privações e frustrações; o núcleo é constituído por poucos indivíduos e que perderem a fé no destino do grupo = vínculos frágeis) 1.4 Constitutivo - Questão central: "porque algumas minorias se constituem como orgânicas e outras tem apenas uma parente integração?" Segundo Kurt Lewin, o fator constitutivo de todo um grupo é a interdependência da sorte de seus membros (sorte no sentido de destino); No caso das minorias orgânicas, sua sorte de minoritários é aceita, e isto permite aos membros que se unam em sua luta pela emancipação; por outro lado, no caso das minorias artificiais, sua sorte é suportada, não há uma interdependência. O devir das minorias - Tanto a origem/existência, quanto a emancipação das minorias é de cunho social. - Só em termos de sobrevivência é que o devir das minorias pode se definir; as minorias que perderam a fé em sua sobrevivência se dispõem a tudo que se apresse e favoreça a sua assimilação a maioria. - Em relação as minorias que optam por sua sobrevivência, duas atitudes são possíveis, mas, indicaremos antes a sua semelhança: ambas conceberão sua sobrevivência como uma emancipação do jugo arbitrário da maioria; - Distinção: algumas minorias querem garantir a sua sobrevivência na integração com a maioria, na igualdade de direitos e dos privilegiados; já outras minorias creem que só podem garantir sua sobrevivência separando-se totalmente da maioria; elas aspiram a independência definitiva em relação a maioria. Segundo Kurt, somente as minorias que almejam a independência tem alguma chance de sobreviver; ele acredita que é um engano acreditar que se integrar a maioria e nela conservar sua identidade étnica, sendo cedo ou tarde assimilados a ela.
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