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NOVO Modelo_relatorio estagio acadêmico I_Farmácia Digital (1)

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
Juliana Queiroz Pinto Marques 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIO - ANANINDEUA-PA 
2022
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ............................................................................... 5 - 6 
3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA ....................................................................................... 7 - 9 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................ 10 - 11 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
1 INTRODUÇÃO 
Na história da humanidade, os farmacêuticos desempenham papel importantíssimo à sociedade. 
Trata-se de um profissional de saúde que pode atuar em diversas categorias ligadas à sua área, 
tais como indústria farmacêutica, cosmetologia, perícia criminal, área alimentícia, entre outras. 
Entretanto, seu maior destaque de atuação está nas atividades voltadas em farmácias, seja em 
drogarias, farmácia hospitalar/similar, manipulação ou farmácias comunitárias. Neste sentido, 
é importante ressaltar o quanto as farmácias em geral são consideradas “porta de entrada” para 
a aplicação de novos conhecimentos, conscientização e bem-estar dos indivíduos, da família e 
comunidade. 
As atribuições do farmacêutico são diversas, na farmácia comunitária, por exemplo, prestam 
serviços diretamente à população, tais como, aferição de taxas de glicose e de gordura no sangue 
(colesterol etc.), verificação da pressão arterial e etc. Além disso, abordam vários temas ligados 
à saúde, difundindo e aumentando o conhecimento dos pacientes sobre suas enfermidades, bem 
como o uso racional dos medicamentos, através de medidas educativas, melhorando assim a 
adesão ao tratamento proposto. Medidas como esta proporciona aos farmacêuticos a 
oportunidade de prover aconselhamento aos pacientes, interagir e discutir suas necessidades, 
fornecer informação sobre medicamentos e sobre o cuidado de doenças, incluindo a busca de 
outros profissionais. 
Sendo assim, torna-se evidente que a atuação do profissional farmacêutico é indispensável na 
promoção, proteção e recuperação da saúde. Sua atuação está muito além da na dispensação 
correta de medicamentos, eles oferecem, sobretudo, assistência farmacêutica qualificada à 
população, com o intuito principal de educar e instruir acerca de todos os aspectos relacionais 
ao medicamento, com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade 
de vida do paciente. Ele garante que o medicamento correto seja fornecido ao paciente na dose 
e formulação mais adequadas. Neste contexto, o farmacêutico é peça fundamental e fonte 
confiável de conhecimento e aconselhamento, não apenas para pacientes, mas também para 
outros profissionais de saúde, garantindo que cada indivíduo receba o tratamento ideal. Visam 
proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso racional 
de medicamentos e otimizar a farmacoterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitou definir a Assistência 
Farmacêutica e incluí-la como parte integrante da política pública de saúde (ARAÚJO et al., 
2005). Essa inclusão foi possível uma vez que, a integralidade, garantida pelo SUS, defende a 
atenção completa aos seus usuários, estimulando a utilização de várias tecnologias capazes de 
promover a saúde da população, tornando-se então uma das bandeiras de luta por uma saúde 
pública de qualidade (MATTOS, 2005). A assistência farmacêutica é sem dúvida precursora ao 
desenvolvimento e melhoria das atividades do profissional farmacêutico, uma vez que é 
determinante para a realização de ações voltadas à saúde pública, ou seja, é parte integrante do 
sistema de saúde. Neste contexto, para melhor entendimento, é importante conhecer um pouco 
da sua trajetória até os dias atuais, as principais dificuldades e desafios para manter o equilíbrio 
frente ao contexto político e educacional em saúde. Seu surgimento foi em 1971 com a 
instituição da central de medicamentos, tendo como missão o fornecimento de medicamentos à 
população sem condições econômicas para adquiri-los e se caracterizava por manter uma 
política centralizada de aquisição e de distribuição de medicamentos (BRASIL, 1971). A 
central, conhecida como Ceme, foi responsável pela assistência farmacêutica no Brasil até 
meados de 1997, sendo suas atribuições transferidas para diferentes órgãos e setores do 
Ministério da Saúde (COLEÇÃO PROGESTORES, V.7, PAG.15). No ano de 1998, foi 
publicada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio da Portaria GM/MS n. 3916, 
tendo como finalidades principais (BRASIL, 2002a). Os princípios e diretrizes constitucionais 
do SUS foram fortalecidos pela PNM, cuja principal finalidade é “garantir a necessária 
segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da 
população àqueles considerados essenciais” (WALTER DA SILVA, P.10, 2015). A política 
apresenta diversas diretrizes, nas quais como prioridade pode-se destacar as seguintes:, a 
reorientação da Assistência Farmacêutica, revisão permanente da relação nacional de 
medicamentos essenciais (Rename), a promoção do uso racional de medicamentos e a 
organização das atividades de Vigilância Sanitária de medicamentos (COLEÇÃO 
PROGESTORES, V.7, PAG.16). 
A Assistência Farmacêutica é considerada uma atividade uma atividade multidisciplinar, 
envolvendo tanto o farmacêutico como outros profissionais. Neste contexto, conforme 
Resolução MS/CNS nº 338/2004, pode ser definida como: 
 
“um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e 
recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o 
medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e uso 
racional. Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e 
a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, 
programação, aquisição, distribuição, prescrição, dispensação, 
garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento 
e avaliação da sua utilização, na perspectiva da obtenção de 
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da 
população”. (BRASIL, 2004, P.1) 
 
Sedo assim, pode-se resumir conceitualmente que a Assistência Farmacêutica engloba um 
conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o ciclo do medicamento e o 
seu uso racional como foco. Neste sentido, é importante ressaltar que, mesmo sendo 
multidisciplinar, a assistência farmacêutica conta imprescindivelmente com o profissional 
farmacêutico para o desenvolvimento das atividades relacionadas à área, ou seja, cabe ao 
profissional ir além do âmbito logístico, sendo necessário fazer as programações das aquisições, 
seleção dos medicamentos, avaliando sempre seu custo benefício, bem como realizar a 
6 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
dispensação de maneira humanizada e com a orientação devida aos usuários, avaliar e verificar 
o surgimento de reações adversas, entre outras tantas ações, ou seja, o farmacêutico é o 
responsável do início ao fim por toda a cadeia de gestão da farmácia. É claro que realizar todas 
essas atividades não é um caminho fácil, existem muitas particularidades e obstáculos para que 
se possa ofereceruma assistência farmacêutica de qualidade à população como, por exemplo, 
a maneira inadequada e irregular no fornecimento dos medicamentos, equipes sem o 
profissional farmacêutico em atuação, condições físicas inadequadas para o armazenamento e 
dispensação dos fármacos, aumento e sobrecarga de funções para os profissionais da Equipe. 
Sendo assim, o time multidisciplinar vai aos poucos, conforme sua realidade, tentando superar 
esses problemas e buscando soluções junto à gestão para que possam minimizar os impactos. 
A Assistência Farmacêutica representa hoje um dos setores de maior impacto financeiro no 
âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a tendência de demanda por medicamentos 
é crescente. A ausência de um gerenciamento efetivo pode acarretar grandes desperdícios, 
sendo considerado recurso crucial (MSH, 1997). As ações de Assistência Farmacêutica devem 
estar fundamentadas nos princípios previstos no Artigo 198 da Constituição Federal e no Artigo 
7 da Lei Orgânica da Saúde, bem como em preceitos inerentes à Assistência Farmacêutica, 
sendo destacados (BRASIL, 1988; BRASIL, 1990; MARIN et al., 2003): Universalidade e 
equidade, Integralidade, Descentralização, com direção única em cada esfera de governo, 
regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde, Multidisciplinaridade e 
intersetorialidade, Garantia da qualidade, Estruturação e organização dos serviços 
farmacêuticos, com capacidade de resolução, Normalização dos serviços farmacêuticos, 
Enfoque sistêmico, isto é, ações articuladas e sincronizadas. Sendo uma das diretrizes 
prioritárias da Política Nacional de Medicamentos, o desenvolvimento da Assistência 
Farmacêutica agrega valor às ações e serviços de saúde. Planejar, organizar, coordenar, 
acompanhar e avaliar as ações são atividades inerentes a um bom gerenciamento (COLEÇÃO 
PROGESTORES, V.7, PAG.20). 
Como já visto, a atuação do profissional farmacêutico no eixo da saúde pública é vasta e cheia 
de possibilidades, principalmente em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 
1988, com a reforma na Constituição. Ele atua no atendimento direto ao paciente para que 
receba todas as orientações necessárias à condução correta, segura e racional do seu tratamento, 
garantindo que os medicamentos e formas farmacêuticas proporcionem o melhor resultado 
terapêutico. A atuação do farmacêutico na rede pública de saúde já é vista pelo Ministério da 
Saúde como uma das grandes forças para a promoção da saúde e também para o gerenciamento 
sustentável do sistema (ROSSANA SPIGUEL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA 
Sabe-se que um dos grandes desafios da humanidade é a conscientização da população 
acerca dos aspectos relacionados à saúde. Neste sentido, as farmácias comunitárias, 
sendo um estabelecimento ligado diretamente a este aspecto, possuem função 
importantíssima para contribuir positivamente à comunidade, já que, na maioria das 
vezes, é o local procurado primeiramente pelo paciente para tratar ou solucionar alguma 
enfermidade/doença. O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos 
farmacêuticos não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. 
(CORRER; OTUKI, 2013), sejam elas drogarias, farmácias de dispensação e 
manipulação, públicas ou privadas, oferecendo serviços de ampla proporção relacionado 
aos cuidados em saúde, tendo como principal agente o profissional farmacêutico, 
devidamente registrado e regulamentado no conselho de classe. As farmácias 
comunitárias, particularmente farmácias e drogarias privadas, estão sujeitas a um 
conjunto de normas estabelecidas por leis, decretos, portarias e resoluções , que visam 
regulamentar a farmácia, desde a obtenção da licença de funcionamento às boas práticas 
que devem ser executadas. Possui como principal órgão responsável pela 
regulamentação e fiscalização das farmácias, sob o ponto de vista sanitário, a Anvisa-
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual é responsável pelo controle sanitário 
de todos os produtos e serviço, tais como medicamentos – nacionais ou importados. A 
tabela 1 a seguir mostra as principais legislações que tratam acerca dos medicamentos e 
farmácia comunitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA I - Fonte: A farmácia comunitária no Brasil. Cassyano J. Correr & Michel F. Otuki, 2013; pag. 10 e 11 
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Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA I - Fonte: A farmácia comunitária no Brasil. Cassyano J. Correr & Michel F. Otuki, 2013; pag. 10 e 11 
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Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
Todas as normas e resoluções contribuem para a prestação de um serviço de qualidade 
à população, pois, através delas, bem como pelas inspeções realizadas pelo órgão 
fiscalizador, seja Anvisa ou conselho de classe, é possível detectar possíveis falhas no 
serviço que precisam ser adequadas, assim como evidenciar o que também está sendo 
realizado de maneira correta e eficaz. 
Como já visto, a Política Nacional de Medicamentos (PNM) de 1998, foi indispensável 
para gerar um grande movimento em busca da ampliação da atuação do farmacêutico e 
da farmácia comunitária no sistema de saúde, sendo uma de suas diretrizes a reorientação 
da assistência farmacêutica (BRASIL, 1998a; BRASIL, 2004). No sentido mais amplo, 
ainda que a farmácia seja o local da dispensação de medicamentos em condições 
adequadas, não se resume apenas em “dispensar”, mas sim em desenvolver um 
profissional farmacêutico diferenciado, que esteja apto a orientar de maneira 
humanizada, garantir a qualidade dos medicamentos, avaliar as dosagens prescritas, 
mostrando aos usuários a maneira correta de administrar, envolver em sua comunicação 
desde os aspectos adversos e cuidados especiais, monitorando a efetividade da ação após 
o tratamento. Ou seja, ser acima de tudo o porta-voz da conscientização do uso seguro 
e racional dos medicamentos. O farmacêutico é capaz de estabelecer um relacionamento 
com o paciente a fim de obter a otimização do tratamento farmacológico. Neste processo 
é possível realizar a identificação, prevenção e resolução de problemas relacionados ao 
uso dos medicamentos, inserindo o farmacêutico na atenção primária à saúde do paciente 
(CORRER E OTUKI, 2013). 
É comum odo profissional farmacêutico sob o âmbito de dois aspectos principais: o 
medicamento e o paciente. No que se relaciona ao medicamento, está inclusa toda a 
gestão logística de programar, realizar a aquisição e armazenar de maneira inadequada, 
além disso a manipulação magistral, levando em consideração o controle de qualidade 
dos insumos e produtos manipulados, bem como a gestão orçamentária e de pessoas. Em 
relação ao aspecto paciente, os serviços prestados pelo farmacêutico estão ligados 
diretamente no estreitamento e interação direta do farmacêutico com o paciente, visando 
sempre a melhoria do processo de uso racional dos medicamentos, acompanhamento da 
obtenção de resultados terapêuticos positivos, voltados à melhoria da qualidade de vida. 
Infelizmente, essa atuação dinâmica relacionada ao paciente nem sempre é observada, 
uma vez que as farmácias comunitárias acabam se transformando em locais de indução 
medicamentosa, com propagandas que levam a apenas ao consumo indiscriminado de 
medicamentos, sem qualquer intervenção e/ou orientação farmacêutica, estando este 
centrado na logística de distribuição, dispensação de medicamentos e na prestação de 
alguns serviços técnicos, ou seja, apenas a comercialização é o que importa, ao invés da 
preocupação com o bem-estar do paciente. A falha desse serviço básico da farmácia se 
reflete em pacientespouco preparados e mais expostos aos riscos dos medicamentos 
(CORRER E OTUKI, 2013). 
É importante ressaltar que a dispensação alcança seu objetivo primordial quando o 
medicamento, em boas condições de conservação, é entregue ao paciente e este é 
adequadamente orientado sobre como utilizá-lo. Essa orientação deve permitir que o 
paciente conheça os objetivos do tratamento, como realizá-lo e os cuidados envolvendo 
o uso do medicamento. Portanto, a importância presença de um profissional 
farmacêutico, neste contexto, é importantíssima para o sistema de saúde, bem como para 
a melhoria da qualidade de vida da comunidade. 
 
 
 
 
10 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
1. Anexar um fluxograma sobre a organização da farmácia comunitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABERTURA E FUNCIONAMENTO DA 
FARMÁCIA
•Aspectos legais - Cadastro na Junta 
comercial, CNPJ, Inscrição estadual, 
Alvará ou Licença - Prefeitura, Vistoria 
do corpo de bombeiros ;
•Avaliar localização;
•Estrutura física da farmácia
REGISTRO NOS ÓRGÃOS 
COMPETENTES
•Conselho regional de Farmácia
• Anvisa - autorização de 
funcionamento, Vigilância 
sanitária municipal 
FUNÇÕES TÉCNICO GERENCIAIS
•Estimar a demanda de medicamentos 
necessários ao fluxo do 
abastecimento;
•Elaboração de instrumentos de 
controle e avaliação de cobertura de 
atendimento e demanda;
ARMAZENAMENTO DE 
MEDICAMENTOS
•Adoção de normas e 
procedimentos operacionais para 
todas as atividades desenvolvidas;
•Cadastrar usuários de 
medicamentos e prescritores, 
mantendo sempre de forma 
atualizada;
ATENÇÃO AO PACIENTE
•Realizar o seguimento da 
farmacoterapia, com ênfase na 
adesão ao tratamento, a 
ocorrência de reações adversas e 
eficácia terapêutica;
•Prestar orientação individual e 
coletiva quanto ao uso correto do 
MEDICAMENTO
REALIZAR A DISPENSAÇÃO DO 
MEDICAMENTO
•Assegurar o acesso de informações 
sobre medicamentos, apoiando os 
profissionais de saúde, racionalizando 
e melhorando a qualidade da 
farmacoterapia;
•Notificar a ocorrência de Reações 
Adversas, implementando a 
Farmacovigilância;
COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
•Comercialização de medicamentos é 
realizada por vendas no balcão e entregas em 
domicílio;
•Os produtos sujeitos a controle especial, 
devem ser colocados em armários especiais , 
mantidos trancados;
•Número de lote e número de registro no 
ministério da saúde;
DISPOSIÇÃO DOS MEDICAMENTOS NA PRATELEIRA
•Devem ser colocados em ordem alfabética, conforme 
apresentação;
•Estoque mais antigo deve ser colocado à frente, 
observando-se sempre a data de vencimento;
•Os produtos de menor giro (material cirúrgico, dietéticos, 
etc.,) Devem estar expostos em local de fácil acesso;
ATRIBUIÇÕES GERAIS DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO
•Conhecimento e cumprimento da legislação;
• Acompanhamento farmacoterapêutico
•Atribuições administrativas;
•Criação do manual de Boas práticas;
•Criação dos procedimentos operacional padrão da farmácia;
•Conhecimento dos Medicamentos controlados e SNGPC;
•PGRSS e Descarte de medicamentos
•Dispensação e orientação farmacêutica, baseada na Assistência 
farmacêutica.
11 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
2. Anexar um fluxograma do ciclo da assistência farmacêutica e exemplificar o papel 
do farmacêutico em cada etapa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No ciclo da Assistência Farmacêutica, o resultado de uma atividade é o ponto de partida para outra e 
a ausência ou a execução de forma inadequada de uma delas, acaba impedindo o correto 
funcionamento de todo o ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA DESCRIÇÃO DA ETAPA – PAPEL DO FARMACÊUTICO 
 
 
Seleção 
etapa inicial do processo em que ocorrem os procedimentos de escolha dos medicamentos essenciais por 
meio de critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos estabelecidos pela Comissão de Farmácia e 
Terapêutica (CFT), visando o uso seguro, eficácia e custo-efetivo com a finalidade do uso racional, harmonia 
das condutas terapêuticas, direcionamento do processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas. 
Programação após seleção dos medicamentos, a programação tem como objetivo estipular as quantidades de 
medicamentos a serem adquiridas para o atendimento da população em tempo oportuno. 
Aquisição nesta etapa, com base em qualificação de fornecedores e normas técnicas adotadas, o processo de compra 
é efetivado para fornecer medicamentos em quantidades necessárias, com qualidade e menor custo-
efetividade e manutenção regular de abastecimento. 
Armazenamento após aquisição, procedimentos técnicos e administrativos são realizados para garantir as condições 
apropriadas de recepção, armazenamento, conservação e controle de estoque eficaz, assegurando a 
disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de atendimento aos usuários do SUS. 
Distribuição consiste em fornecer quantidades suficientes de medicamentos para as unidades de saúde, farmácias, 
clínicas e hospitais do SUS, garantindo a qualidade, tempo necessário, rapidez e segurança na entrega, 
eficiência no controle e informação. 
Prescrição etapa que visa a elaboração de um documento formal e escrito preparado pelo prescritor que define o 
medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento que será 
dispensado na farmácia. 
Dispensação consiste no ato farmacêutico de conferir a prescrição e avaliar a farmacoterapia do paciente antes e durante 
a liberação de um ou mais medicamentos usando métodos adotados na atenção e cuidados farmacêuticos. 
 
CICLO DA ASSISTÊNCIA 
FARMACÊTUCA 
Seleção
Programação
Aquisição
ArmazenamentoDistribuição
Prescrição
Dispensação 
e Uso
12 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante do estudo foi possível ampliar o conhecimento principalmente acerca do papel do 
farmacêutico no sistema de saúde, sendo este essencial para o bom funcionamento das ações 
inerentes a assistência farmacêutica, no que diz respeito ao uso racional de medicamentos, bem 
como na melhoria da qualidade de vida da comunidade. É importante ressaltar que para a 
obtenção de resultados positivos, é necessário que se tenha uma assistência bem estruturada e 
qualificada decorrente de ações realizadas por gestores do governo federal, secretarias de saúde 
estaduais e municipais e integração com outros profissionais da saúde. Ainda há um grande 
desafio aos profissionais, visto que as farmácias comunitárias atuam ainda somente como 
estabelecimentos comerciais, e não como um local de prestação de assistência à saúde. A 
atuação do profissional farmacêutico juntamente com o time multidisciplinar contribui em 
amplo aspecto com a qualidade de vida da população, sendo, portanto, necessário que algumas 
barreiras sejam quebradas, profissionais sejam inseridos em massa neste contexto, para que 
possam viabilizar o acesso e uso racional dos medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 
REFERÊNCIAS 
 
Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : 
CONASS, 2007. 
 
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / 
Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. 186 p. (Coleção 
Progestores – Para entender a gestão do SUS, 7) 
 
BARROS, J.A.C. Políticas farmacêuticas: a serviço dos interesses de saúde? Brasília: Unesco, 
2004. 
 
Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 maio 2004. 
Seção 1, p.52. 2004. 
 
CORDEIRO, B.C.; LEITE, S.N. (Orgs.). O farmacêutico na atenção à saúde 2.ed. Itajaí: 
Universidade do Vale do Itajaí, 2008.NICOLINE, C.B. Assistência farmacêutica no SUS: percepções de graduandos em farmácia da 
Universidade Federal de Juiz de Fora. 2010. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - 
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. 2010. 
 
Conselho Federal de Farmácia. Noticias do CFF - Farmacêutico na saúde pública gera economia 
para o SUS, Rossana Spiguel, 13 de janeiro de 2017 
 
CORRER, C. J.; OTUKI, M. F.; SOLER, O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de 
cuidado em saúde: gestão clínica do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde, [S.l.], v. 
2, n. 3, p. 41-49, 2011. 
 
OSORIO-DE-CASTRO C.G.S.; PEPE V.L. Prescrição de medicamentos. Ministério da saúde. 
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência 
Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília – DF, 2010. Disponível em: 
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/516.pdf. Acesso em setembro de 
2017

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