Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GRUPO SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Juliana Queiroz Pinto Marques RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I MAIO - ANANINDEUA-PA 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ............................................................................... 5 - 6 3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA ....................................................................................... 7 - 9 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................ 10 - 11 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 13 4 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 1 INTRODUÇÃO Na história da humanidade, os farmacêuticos desempenham papel importantíssimo à sociedade. Trata-se de um profissional de saúde que pode atuar em diversas categorias ligadas à sua área, tais como indústria farmacêutica, cosmetologia, perícia criminal, área alimentícia, entre outras. Entretanto, seu maior destaque de atuação está nas atividades voltadas em farmácias, seja em drogarias, farmácia hospitalar/similar, manipulação ou farmácias comunitárias. Neste sentido, é importante ressaltar o quanto as farmácias em geral são consideradas “porta de entrada” para a aplicação de novos conhecimentos, conscientização e bem-estar dos indivíduos, da família e comunidade. As atribuições do farmacêutico são diversas, na farmácia comunitária, por exemplo, prestam serviços diretamente à população, tais como, aferição de taxas de glicose e de gordura no sangue (colesterol etc.), verificação da pressão arterial e etc. Além disso, abordam vários temas ligados à saúde, difundindo e aumentando o conhecimento dos pacientes sobre suas enfermidades, bem como o uso racional dos medicamentos, através de medidas educativas, melhorando assim a adesão ao tratamento proposto. Medidas como esta proporciona aos farmacêuticos a oportunidade de prover aconselhamento aos pacientes, interagir e discutir suas necessidades, fornecer informação sobre medicamentos e sobre o cuidado de doenças, incluindo a busca de outros profissionais. Sendo assim, torna-se evidente que a atuação do profissional farmacêutico é indispensável na promoção, proteção e recuperação da saúde. Sua atuação está muito além da na dispensação correta de medicamentos, eles oferecem, sobretudo, assistência farmacêutica qualificada à população, com o intuito principal de educar e instruir acerca de todos os aspectos relacionais ao medicamento, com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Ele garante que o medicamento correto seja fornecido ao paciente na dose e formulação mais adequadas. Neste contexto, o farmacêutico é peça fundamental e fonte confiável de conhecimento e aconselhamento, não apenas para pacientes, mas também para outros profissionais de saúde, garantindo que cada indivíduo receba o tratamento ideal. Visam proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia. 5 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitou definir a Assistência Farmacêutica e incluí-la como parte integrante da política pública de saúde (ARAÚJO et al., 2005). Essa inclusão foi possível uma vez que, a integralidade, garantida pelo SUS, defende a atenção completa aos seus usuários, estimulando a utilização de várias tecnologias capazes de promover a saúde da população, tornando-se então uma das bandeiras de luta por uma saúde pública de qualidade (MATTOS, 2005). A assistência farmacêutica é sem dúvida precursora ao desenvolvimento e melhoria das atividades do profissional farmacêutico, uma vez que é determinante para a realização de ações voltadas à saúde pública, ou seja, é parte integrante do sistema de saúde. Neste contexto, para melhor entendimento, é importante conhecer um pouco da sua trajetória até os dias atuais, as principais dificuldades e desafios para manter o equilíbrio frente ao contexto político e educacional em saúde. Seu surgimento foi em 1971 com a instituição da central de medicamentos, tendo como missão o fornecimento de medicamentos à população sem condições econômicas para adquiri-los e se caracterizava por manter uma política centralizada de aquisição e de distribuição de medicamentos (BRASIL, 1971). A central, conhecida como Ceme, foi responsável pela assistência farmacêutica no Brasil até meados de 1997, sendo suas atribuições transferidas para diferentes órgãos e setores do Ministério da Saúde (COLEÇÃO PROGESTORES, V.7, PAG.15). No ano de 1998, foi publicada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio da Portaria GM/MS n. 3916, tendo como finalidades principais (BRASIL, 2002a). Os princípios e diretrizes constitucionais do SUS foram fortalecidos pela PNM, cuja principal finalidade é “garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais” (WALTER DA SILVA, P.10, 2015). A política apresenta diversas diretrizes, nas quais como prioridade pode-se destacar as seguintes:, a reorientação da Assistência Farmacêutica, revisão permanente da relação nacional de medicamentos essenciais (Rename), a promoção do uso racional de medicamentos e a organização das atividades de Vigilância Sanitária de medicamentos (COLEÇÃO PROGESTORES, V.7, PAG.16). A Assistência Farmacêutica é considerada uma atividade uma atividade multidisciplinar, envolvendo tanto o farmacêutico como outros profissionais. Neste contexto, conforme Resolução MS/CNS nº 338/2004, pode ser definida como: “um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e uso racional. Esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, prescrição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação da sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população”. (BRASIL, 2004, P.1) Sedo assim, pode-se resumir conceitualmente que a Assistência Farmacêutica engloba um conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o ciclo do medicamento e o seu uso racional como foco. Neste sentido, é importante ressaltar que, mesmo sendo multidisciplinar, a assistência farmacêutica conta imprescindivelmente com o profissional farmacêutico para o desenvolvimento das atividades relacionadas à área, ou seja, cabe ao profissional ir além do âmbito logístico, sendo necessário fazer as programações das aquisições, seleção dos medicamentos, avaliando sempre seu custo benefício, bem como realizar a 6 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital dispensação de maneira humanizada e com a orientação devida aos usuários, avaliar e verificar o surgimento de reações adversas, entre outras tantas ações, ou seja, o farmacêutico é o responsável do início ao fim por toda a cadeia de gestão da farmácia. É claro que realizar todas essas atividades não é um caminho fácil, existem muitas particularidades e obstáculos para que se possa ofereceruma assistência farmacêutica de qualidade à população como, por exemplo, a maneira inadequada e irregular no fornecimento dos medicamentos, equipes sem o profissional farmacêutico em atuação, condições físicas inadequadas para o armazenamento e dispensação dos fármacos, aumento e sobrecarga de funções para os profissionais da Equipe. Sendo assim, o time multidisciplinar vai aos poucos, conforme sua realidade, tentando superar esses problemas e buscando soluções junto à gestão para que possam minimizar os impactos. A Assistência Farmacêutica representa hoje um dos setores de maior impacto financeiro no âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a tendência de demanda por medicamentos é crescente. A ausência de um gerenciamento efetivo pode acarretar grandes desperdícios, sendo considerado recurso crucial (MSH, 1997). As ações de Assistência Farmacêutica devem estar fundamentadas nos princípios previstos no Artigo 198 da Constituição Federal e no Artigo 7 da Lei Orgânica da Saúde, bem como em preceitos inerentes à Assistência Farmacêutica, sendo destacados (BRASIL, 1988; BRASIL, 1990; MARIN et al., 2003): Universalidade e equidade, Integralidade, Descentralização, com direção única em cada esfera de governo, regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde, Multidisciplinaridade e intersetorialidade, Garantia da qualidade, Estruturação e organização dos serviços farmacêuticos, com capacidade de resolução, Normalização dos serviços farmacêuticos, Enfoque sistêmico, isto é, ações articuladas e sincronizadas. Sendo uma das diretrizes prioritárias da Política Nacional de Medicamentos, o desenvolvimento da Assistência Farmacêutica agrega valor às ações e serviços de saúde. Planejar, organizar, coordenar, acompanhar e avaliar as ações são atividades inerentes a um bom gerenciamento (COLEÇÃO PROGESTORES, V.7, PAG.20). Como já visto, a atuação do profissional farmacêutico no eixo da saúde pública é vasta e cheia de possibilidades, principalmente em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1988, com a reforma na Constituição. Ele atua no atendimento direto ao paciente para que receba todas as orientações necessárias à condução correta, segura e racional do seu tratamento, garantindo que os medicamentos e formas farmacêuticas proporcionem o melhor resultado terapêutico. A atuação do farmacêutico na rede pública de saúde já é vista pelo Ministério da Saúde como uma das grandes forças para a promoção da saúde e também para o gerenciamento sustentável do sistema (ROSSANA SPIGUEL, 2017). 7 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA Sabe-se que um dos grandes desafios da humanidade é a conscientização da população acerca dos aspectos relacionados à saúde. Neste sentido, as farmácias comunitárias, sendo um estabelecimento ligado diretamente a este aspecto, possuem função importantíssima para contribuir positivamente à comunidade, já que, na maioria das vezes, é o local procurado primeiramente pelo paciente para tratar ou solucionar alguma enfermidade/doença. O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. (CORRER; OTUKI, 2013), sejam elas drogarias, farmácias de dispensação e manipulação, públicas ou privadas, oferecendo serviços de ampla proporção relacionado aos cuidados em saúde, tendo como principal agente o profissional farmacêutico, devidamente registrado e regulamentado no conselho de classe. As farmácias comunitárias, particularmente farmácias e drogarias privadas, estão sujeitas a um conjunto de normas estabelecidas por leis, decretos, portarias e resoluções , que visam regulamentar a farmácia, desde a obtenção da licença de funcionamento às boas práticas que devem ser executadas. Possui como principal órgão responsável pela regulamentação e fiscalização das farmácias, sob o ponto de vista sanitário, a Anvisa- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual é responsável pelo controle sanitário de todos os produtos e serviço, tais como medicamentos – nacionais ou importados. A tabela 1 a seguir mostra as principais legislações que tratam acerca dos medicamentos e farmácia comunitária. TABELA I - Fonte: A farmácia comunitária no Brasil. Cassyano J. Correr & Michel F. Otuki, 2013; pag. 10 e 11 8 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital TABELA I - Fonte: A farmácia comunitária no Brasil. Cassyano J. Correr & Michel F. Otuki, 2013; pag. 10 e 11 9 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital Todas as normas e resoluções contribuem para a prestação de um serviço de qualidade à população, pois, através delas, bem como pelas inspeções realizadas pelo órgão fiscalizador, seja Anvisa ou conselho de classe, é possível detectar possíveis falhas no serviço que precisam ser adequadas, assim como evidenciar o que também está sendo realizado de maneira correta e eficaz. Como já visto, a Política Nacional de Medicamentos (PNM) de 1998, foi indispensável para gerar um grande movimento em busca da ampliação da atuação do farmacêutico e da farmácia comunitária no sistema de saúde, sendo uma de suas diretrizes a reorientação da assistência farmacêutica (BRASIL, 1998a; BRASIL, 2004). No sentido mais amplo, ainda que a farmácia seja o local da dispensação de medicamentos em condições adequadas, não se resume apenas em “dispensar”, mas sim em desenvolver um profissional farmacêutico diferenciado, que esteja apto a orientar de maneira humanizada, garantir a qualidade dos medicamentos, avaliar as dosagens prescritas, mostrando aos usuários a maneira correta de administrar, envolver em sua comunicação desde os aspectos adversos e cuidados especiais, monitorando a efetividade da ação após o tratamento. Ou seja, ser acima de tudo o porta-voz da conscientização do uso seguro e racional dos medicamentos. O farmacêutico é capaz de estabelecer um relacionamento com o paciente a fim de obter a otimização do tratamento farmacológico. Neste processo é possível realizar a identificação, prevenção e resolução de problemas relacionados ao uso dos medicamentos, inserindo o farmacêutico na atenção primária à saúde do paciente (CORRER E OTUKI, 2013). É comum odo profissional farmacêutico sob o âmbito de dois aspectos principais: o medicamento e o paciente. No que se relaciona ao medicamento, está inclusa toda a gestão logística de programar, realizar a aquisição e armazenar de maneira inadequada, além disso a manipulação magistral, levando em consideração o controle de qualidade dos insumos e produtos manipulados, bem como a gestão orçamentária e de pessoas. Em relação ao aspecto paciente, os serviços prestados pelo farmacêutico estão ligados diretamente no estreitamento e interação direta do farmacêutico com o paciente, visando sempre a melhoria do processo de uso racional dos medicamentos, acompanhamento da obtenção de resultados terapêuticos positivos, voltados à melhoria da qualidade de vida. Infelizmente, essa atuação dinâmica relacionada ao paciente nem sempre é observada, uma vez que as farmácias comunitárias acabam se transformando em locais de indução medicamentosa, com propagandas que levam a apenas ao consumo indiscriminado de medicamentos, sem qualquer intervenção e/ou orientação farmacêutica, estando este centrado na logística de distribuição, dispensação de medicamentos e na prestação de alguns serviços técnicos, ou seja, apenas a comercialização é o que importa, ao invés da preocupação com o bem-estar do paciente. A falha desse serviço básico da farmácia se reflete em pacientespouco preparados e mais expostos aos riscos dos medicamentos (CORRER E OTUKI, 2013). É importante ressaltar que a dispensação alcança seu objetivo primordial quando o medicamento, em boas condições de conservação, é entregue ao paciente e este é adequadamente orientado sobre como utilizá-lo. Essa orientação deve permitir que o paciente conheça os objetivos do tratamento, como realizá-lo e os cuidados envolvendo o uso do medicamento. Portanto, a importância presença de um profissional farmacêutico, neste contexto, é importantíssima para o sistema de saúde, bem como para a melhoria da qualidade de vida da comunidade. 10 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 1. Anexar um fluxograma sobre a organização da farmácia comunitária ABERTURA E FUNCIONAMENTO DA FARMÁCIA •Aspectos legais - Cadastro na Junta comercial, CNPJ, Inscrição estadual, Alvará ou Licença - Prefeitura, Vistoria do corpo de bombeiros ; •Avaliar localização; •Estrutura física da farmácia REGISTRO NOS ÓRGÃOS COMPETENTES •Conselho regional de Farmácia • Anvisa - autorização de funcionamento, Vigilância sanitária municipal FUNÇÕES TÉCNICO GERENCIAIS •Estimar a demanda de medicamentos necessários ao fluxo do abastecimento; •Elaboração de instrumentos de controle e avaliação de cobertura de atendimento e demanda; ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS •Adoção de normas e procedimentos operacionais para todas as atividades desenvolvidas; •Cadastrar usuários de medicamentos e prescritores, mantendo sempre de forma atualizada; ATENÇÃO AO PACIENTE •Realizar o seguimento da farmacoterapia, com ênfase na adesão ao tratamento, a ocorrência de reações adversas e eficácia terapêutica; •Prestar orientação individual e coletiva quanto ao uso correto do MEDICAMENTO REALIZAR A DISPENSAÇÃO DO MEDICAMENTO •Assegurar o acesso de informações sobre medicamentos, apoiando os profissionais de saúde, racionalizando e melhorando a qualidade da farmacoterapia; •Notificar a ocorrência de Reações Adversas, implementando a Farmacovigilância; COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS •Comercialização de medicamentos é realizada por vendas no balcão e entregas em domicílio; •Os produtos sujeitos a controle especial, devem ser colocados em armários especiais , mantidos trancados; •Número de lote e número de registro no ministério da saúde; DISPOSIÇÃO DOS MEDICAMENTOS NA PRATELEIRA •Devem ser colocados em ordem alfabética, conforme apresentação; •Estoque mais antigo deve ser colocado à frente, observando-se sempre a data de vencimento; •Os produtos de menor giro (material cirúrgico, dietéticos, etc.,) Devem estar expostos em local de fácil acesso; ATRIBUIÇÕES GERAIS DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO •Conhecimento e cumprimento da legislação; • Acompanhamento farmacoterapêutico •Atribuições administrativas; •Criação do manual de Boas práticas; •Criação dos procedimentos operacional padrão da farmácia; •Conhecimento dos Medicamentos controlados e SNGPC; •PGRSS e Descarte de medicamentos •Dispensação e orientação farmacêutica, baseada na Assistência farmacêutica. 11 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 2. Anexar um fluxograma do ciclo da assistência farmacêutica e exemplificar o papel do farmacêutico em cada etapa. No ciclo da Assistência Farmacêutica, o resultado de uma atividade é o ponto de partida para outra e a ausência ou a execução de forma inadequada de uma delas, acaba impedindo o correto funcionamento de todo o ciclo. ETAPA DESCRIÇÃO DA ETAPA – PAPEL DO FARMACÊUTICO Seleção etapa inicial do processo em que ocorrem os procedimentos de escolha dos medicamentos essenciais por meio de critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos estabelecidos pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), visando o uso seguro, eficácia e custo-efetivo com a finalidade do uso racional, harmonia das condutas terapêuticas, direcionamento do processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas. Programação após seleção dos medicamentos, a programação tem como objetivo estipular as quantidades de medicamentos a serem adquiridas para o atendimento da população em tempo oportuno. Aquisição nesta etapa, com base em qualificação de fornecedores e normas técnicas adotadas, o processo de compra é efetivado para fornecer medicamentos em quantidades necessárias, com qualidade e menor custo- efetividade e manutenção regular de abastecimento. Armazenamento após aquisição, procedimentos técnicos e administrativos são realizados para garantir as condições apropriadas de recepção, armazenamento, conservação e controle de estoque eficaz, assegurando a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de atendimento aos usuários do SUS. Distribuição consiste em fornecer quantidades suficientes de medicamentos para as unidades de saúde, farmácias, clínicas e hospitais do SUS, garantindo a qualidade, tempo necessário, rapidez e segurança na entrega, eficiência no controle e informação. Prescrição etapa que visa a elaboração de um documento formal e escrito preparado pelo prescritor que define o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento que será dispensado na farmácia. Dispensação consiste no ato farmacêutico de conferir a prescrição e avaliar a farmacoterapia do paciente antes e durante a liberação de um ou mais medicamentos usando métodos adotados na atenção e cuidados farmacêuticos. CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊTUCA Seleção Programação Aquisição ArmazenamentoDistribuição Prescrição Dispensação e Uso 12 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do estudo foi possível ampliar o conhecimento principalmente acerca do papel do farmacêutico no sistema de saúde, sendo este essencial para o bom funcionamento das ações inerentes a assistência farmacêutica, no que diz respeito ao uso racional de medicamentos, bem como na melhoria da qualidade de vida da comunidade. É importante ressaltar que para a obtenção de resultados positivos, é necessário que se tenha uma assistência bem estruturada e qualificada decorrente de ações realizadas por gestores do governo federal, secretarias de saúde estaduais e municipais e integração com outros profissionais da saúde. Ainda há um grande desafio aos profissionais, visto que as farmácias comunitárias atuam ainda somente como estabelecimentos comerciais, e não como um local de prestação de assistência à saúde. A atuação do profissional farmacêutico juntamente com o time multidisciplinar contribui em amplo aspecto com a qualidade de vida da população, sendo, portanto, necessário que algumas barreiras sejam quebradas, profissionais sejam inseridos em massa neste contexto, para que possam viabilizar o acesso e uso racional dos medicamentos. 13 Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital REFERÊNCIAS Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. 186 p. (Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, 7) BARROS, J.A.C. Políticas farmacêuticas: a serviço dos interesses de saúde? Brasília: Unesco, 2004. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 maio 2004. Seção 1, p.52. 2004. CORDEIRO, B.C.; LEITE, S.N. (Orgs.). O farmacêutico na atenção à saúde 2.ed. Itajaí: Universidade do Vale do Itajaí, 2008.NICOLINE, C.B. Assistência farmacêutica no SUS: percepções de graduandos em farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora. 2010. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. 2010. Conselho Federal de Farmácia. Noticias do CFF - Farmacêutico na saúde pública gera economia para o SUS, Rossana Spiguel, 13 de janeiro de 2017 CORRER, C. J.; OTUKI, M. F.; SOLER, O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde, [S.l.], v. 2, n. 3, p. 41-49, 2011. OSORIO-DE-CASTRO C.G.S.; PEPE V.L. Prescrição de medicamentos. Ministério da saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília – DF, 2010. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/516.pdf. Acesso em setembro de 2017
Compartilhar