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Apostila COMUNICAÇÃO LINGUISTICA (COMPLETA)

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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
 
 
 
Disciplina de 
COMUNICAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
 
 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
 
 
 
MEDIANEIRA/PR 
2015-2 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Tabela de Aulas e Atividades – Comunicação Linguística 
Aula Data Tema / Atividade 
01 12/08/15 Gêneros Textuais / Texto Argumentativo 
02 19/08/15 Carta do Leitor 
03 26/08/15 Texto de Opinião 
04 02/09/15 Carta de Solicitação 
05 09/09/15 Editorial 
06 16/09/15 Resenha 
07 23/09/15 Resumo 
08 30/09/15 1ª AVALIAÇÃO 
09 07/10/15 Texto Dissertativo 
10 14/10/15 Texto Dissertativo 
11 21/10/15 Carta Comercial 
12 28/10/15 Ofício 
13 04/11/15 Memorando 
14 11/11/15 Curriculum Vitae 
15 18/11/15 Ata 
16 25/11/15 Texto Dissertativo 
17 02/12/15 2ª AVALIAÇÃO 
18 09/12/15 Texto Dissertativo 
 
 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 1 – Comunicação Linguística 
Introdução à Comunicação Linguística 
Gêneros Textuais 
O gênero textual é a forma como a língua é empregada nos textos em suas diversas 
situações de comunicação, de acordo com o seu uso temos gêneros textuais diferentes. É 
importante lembrar que um texto não precisa ter apenas um gênero textual, porém há 
apenas um que se sobressai. 
Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de estabelecer algum tipo de 
comunicação, possuem algumas características básicas que fazem com que possamos 
saber em qual gênero textual o texto se encaixa. Algumas dessas características são: o 
tipo de assunto abordado, quem está falando, para quem está falando, qual a finalidade 
do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumentativo, instrucional, etc.). 
 
Distinguindo 
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e tipo textual. Cada 
uma dessas classificações é referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é 
um gênero literário e um tipo textual: 
Gênero Literário – nestes os textos abordados são apenas os literários, diferente do 
gênero textual, que abrange todo tipo de texto. O gênero literário é classificado de 
acordo com a sua forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e 
etc. 
Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como 
narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para 
o qual foi escrito. 
Tipos de gêneros textuais 
Existem muitos tipos de gêneros textuais, eles podem ser: 
Romance 
Conto 
Artigo de opinião 
Receita culinária 
Lista de compras 
Carta 
Telefonema 
Aula expositiva 
Debate 
Reunião de condomínio 
E-mail 
Relato de viagem 
Lenda 
Fábula 
Biografia 
Seminário 
Piada 
Relatório científico 
 
Os gêneros textuais são infinitos e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e 
de estrutura. Desta forma fica mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles 
e poder classifica-los de acordo com suas características. 
Exemplos de gêneros textuais 
Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não há um 
destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa que está escrevendo, é um 
relato dos acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças 
e em alguns momentos desabafar. Veja um exemplo: 
“Domingo, 14 de junho de 1942. Vou começar a partir do momento em que ganhei 
você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu 
estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.) 
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era 
meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar 
minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a 
sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas 
pernas.” Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”. 
Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é destinada a 
algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E formal quando destinada a 
alguém mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da carta a 
mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou 
descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da 
carta e para finalizar a despedida. 
Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente da maioria dos 
outros gêneros. Suas principais características são a linguagem argumentativa e 
expositiva, pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário se interesse 
pelo produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é 
claro e objetivo. 
Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua linguagem é 
narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é informar algo que aconteceu. 
Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou 
escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito 
parecidas, com características mais comuns, procuram atingir intenções comunicativas 
semelhantes e ocorrem em situações específicas. Gênero Textual ou Gênero de 
Textualidade se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da 
Literatura, temos, por exemplo, poemas, crônicas, contos, prosa,etc. 
 
Gêneros orais e escritos 
Domínios sociais 
de comunicação 
Aspectos 
tipológicos 
Capacidade de 
linguagem 
dominante 
Exemplo de gêneros orais e escritos 
Cultura Literária 
Ficcional 
Narrar 
Detalhes de ação 
através domínio do 
verossímil 
Conto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, 
narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa 
mítica, história engraçada, biografia romanceada, romance, 
romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, 
adivinha, piada 
Documentação e 
memorização das 
ações humanas 
Relatar 
Representação pelo 
discurso de 
experiências vividas, 
situadas no tempo 
Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário 
íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, 
curriculum vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica 
esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil 
biográfico, biografia 
Discussão de 
problemas sociais 
controversos 
Argumentar 
Sustentação, refutação 
e negociação de 
tomadas de posição 
Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, 
carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, 
assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de 
acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou 
assinados, editorial, ensaio 
Transmissão e 
construção de 
saberes 
Expor 
Apresentação textual 
de diferentes formas 
dos saberes 
Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, 
comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, 
verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de 
notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, 
relatório científico, relatóriooral de experiência 
Instruções e 
prescrições 
Descrever 
ações 
Regulação mútua de 
comporta. 
Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de 
jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos 
prescritivos 
O texto faz parte do nosso dia a dia, não é verdade? Para pedir o café da manhã, para 
convencer a mãe a liberar o carro no final de semana, para convidar um amigo para uma 
festa, para declarar o amor, para solicitar que o banco cancele o cartão de crédito, para 
reivindicar melhorias no transporte, o que utilizamos? O texto, claro! Seja oral ou 
escrito. 
Os textos, embora diferentes entre si, possuem pontos em comum, pois podem se repetir 
no conteúdo, no tipo de linguagem, na estrutura. Quando eles apresentam um conjunto 
de características semelhantes, seja na estrutura, conteúdo ou tipo de linguagem, 
configura-se o gênero textual, que pode ser definido como as diferentes maneiras de 
organizar as informações linguísticas, destacando que isso acontecerá de acordo com: 
o A finalidade do texto; 
o O papel dos interlocutores; 
o A situação. 
Não podemos definir a quantidade de gêneros textuais existentes. Por que isso 
acontece? Graças à sua natureza. Com que objetivo eles foram criados? Para satisfazer a 
determinadas necessidades de comunicação. Assim sendo, podem aparecer ou 
desaparecer de acordo com a época ou as necessidades dos povos. Por isso, podemos 
afirmar que gênero textual é uma questão de uso. 
O gênero textual não exclui ou despreza a tipologia textual tradicional (narração, 
descrição e dissertação), pelo contrário, os aspectos tipológicos são apresentados de 
forma mais ampla, já que passam a ser analisados a partir das situações sociais em que 
são usados. Acompanhe a seguir os exemplos de gêneros e os grupos aos quais estão 
inseridos. 
Narrativo: 
 Conto maravilhoso; 
 Conto de fadas; 
 Fábula; 
 Lenda; 
 Narrativa de ficção científica; 
 Romance; 
 Conto; 
 Piada; 
Relato: 
 Relato de viagem; 
 Diário; 
 Autobiografia; 
 Curriculum vitae; 
 Notícia; 
 Biografia; 
 Relato histórico; 
Argumentativo: 
 Texto de opinião; 
 Carta de leitor; 
 Carta de solicitação; 
 Editorial; 
 Ensaio; 
 Resenhas críticas; 
 Resumos; 
Expositivo: 
 Texto expositivo; 
 Seminário; 
 Conferência; 
 Palestra; 
 Entrevista de especialista; 
 Texto explicativo; 
 Relatório científico; 
Instrucional: 
 Receita; 
 Instruções de uso; 
 Regulamento; 
 Textos prescritivos; 
Cada gênero possui sua característica. Entretanto, é importante destacar que não existe 
um texto que seja, por exemplo, exclusivamente argumentativo. Ao afirmar que a carta 
de leitor é argumentativa, as características dominantes são levadas em consideração. 
Para facilitar a aprendizagem, entenda que o gênero textual é a parte concreta, prática, 
enquanto a tipologia textual integra um campo mais teórico, mais formal. 
 
ATIVIDADE 
Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO, conforme encaminhamento a seguir: 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Comunicação Linguística 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
TEXTO ARGUMENTATIVO 
Aluno(a): Turma: 
MOBILIDADE URBANA COMO UM PROBLEMA 
10 de janeiro de 2014 - Categoria: Ideias & Debates 
Ao falarmos em direito à cidade consideramos também as possibilidade de ver o espaço 
urbano como algo seu, também englobando, portanto, a atuação política para sua 
transformação. Por L. Lucas 
Como resultado de um encontro de militantes de diversos movimentos sociais, ocorrido 
em São Paulo em 2012, fui convidado para escrever na revista do Movimento dos 
Trabalhadores Sem Teto (MTST) sobre transportes e a questão urbana. Por algum 
motivo o texto nunca foi publicado. Agora, depois de muitos outros frutos mais 
interessantes daquele encontro, acho interessante divulgá-lo, para pensar, à luz das 
novas mobilizações, os caminhos discutidos antes de junho 
Recentemente temos visto a questão da mobilidade urbana ganhar destaque nas 
discussões sobre a cidade. Parece existir um amplo consenso sobre a necessidade de 
permitir a melhor circulação das pessoas, resolvendo os problemas de trânsito caótico, 
diminuindo o tempo gasto em deslocamentos, ampliando as infraestruturas urbanas. 
Contudo, se pretendemos discutir mobilidade urbana a sério, é necessário ultrapassar 
aquele consenso e perceber como as contradições sociais presentes na cidade se 
expressam nesta temática. 
 
O enfoque comumente adotado ao se tratar de mobilidade urbana é o caos no trânsito 
ou, de maneira um pouco mais elaborada, a crise nos transportes, considerando-se como 
problema básico o tempo gasto com os deslocamentos realizados na cidade. As soluções 
apontadas para este problema giram em torno de dois eixos: a construção de 
infraestruturas voltadas para os carros, como avenidas, pontes e viadutos; e maiores 
investimentos no transporte coletivo, particularmente na expansão da malha metro-
ferroviária e na construção de corredores de ônibus. 
Como os investimentos na circulação de automóveis terão uma seção própria no texto, 
analisaremos agora os investimentos em transportes coletivos. Estes são feitos com o 
intuito de garantir que pessoas e mercadorias circulem de maneira mais rápida pela 
cidade, já que para o empregador não é interessante que um funcionário chegue atrasado 
ou cansado em seu trabalho, pois assim ele renderá menos. Por outro lado, quanto mais 
tempo as pessoas gastarem no transporte coletivo menos elas passarão consumindo, 
implicando em uma menor arrecadação de impostos em todos os âmbitos. Sob a 
perspectiva dos gastos públicos, há também que se considerar o alto índice de 
problemas de saúde advindo de nosso modelo de mobilidade, incluindo atropelamentos, 
doenças respiratórias e stress. Enquanto investimento, a melhoria do transporte coletivo 
incide na melhor circulação de mercadorias na cidade; em verdade, de uma mercadoria 
específica, a força de trabalho. A mobilidade urbana seria – deste ponto de vista – a 
garantia de que o trabalhador efetue seu deslocamento de casa para o trabalho da 
maneira mais rápida possível. Apesar do estado aparentemente caótico de nosso atual 
sistema de transporte, é este seu objetivo de fundo. Porém, as mudanças não são fruto 
da vontade de governantes e empresários. 
 
Redija uma dissertação argumentativa, (15 a 20 linhas) expondo seu ponto de vista a 
respeito do tema. Depois dê um título. 
 
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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 2 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Carta do Leitor 
Carta do Leitor 
A carta do leitor, como o próprio nome expõe, é escrita pelo leitor de uma revista ou 
jornal. Em geral, as cartas do leitor têm várias finalidades, dentre elas: elogiar a 
publicação, a matéria ou até mesmo o jornalista pela qualidade ou pela abordagem do 
assunto expressando aprovação aos fatos e ideias mencionadas; criticar a publicação ou 
o jornalista pela qualidade ou pela abordagem do assunto da matéria ou da reportagem; 
discordar dos fatos ou das ideias defendidas em um texto publicado na revista ou no 
jornal. Ao escrever a carta do leitor, o leitor deve defender suas ideias por meio de 
argumentos, portanto, o argumento é o sustento dessas cartas que objetivam convencer 
sobre sua opinião. Normalmente, as revistas e jornais de grande circulação têm uma 
seção exclusiva para a publicação das cartas dos leitores. A revista ao disponibilizar 
espaço para essa publicação espera que outros leitores sejam incentivados a escrever 
para a revista ou jornal, assim, os editores desses suportes podem inteirar-se do que 
agrada ou não seus leitores, fato que pode lhes auxiliar nas futuras publicações. A carta 
do leitor é escrita para ser publicada e tem como público-alvo, inicialmente, os editores 
da revista ou do jornal, o jornalista responsável pela matéria sobre a qual se opina e, por 
fim, os demais leitores. 
A fim de esclarecimento, observe as cartas dos leitores abaixo: 
Parabéns para a revista pela matéria sobre os pedidos de “última refeição” dos 
condenados à morte. Achei muito interessante, respeitosa até, a maneira como a revista 
abordou o assunto. Mas fiquei surpreso com a generosidade do condenado Philip 
Workman, além de achar uma crueldade não terem atendido seu último pedido. O 
homem era um assassino condenado, mas tentou realizar um último ato de bondade 
antes de morrer e não foi atendido. Acho que todos deveriam ter o direito de tentar se 
redimir e acalmar um pouco a consciência. Pelo menos o gesto inspirador dele motivou 
outras pessoas a realizarem seu desejo. Só a Mundo Estranho para trazer matérias tão 
interessantes sobre assuntos que ninguém merece! Parabéns, pessoal. 
George Andrade, por e-mail. 
Pisou na bola 
Muito fraca a reportagem sobre personalidade. Achei a linguagem muito cheia de 
termos técnicos, o que não combina com a revista. Também achei a matéria muito curta: 
quando começa a ficar interessante, acabou! Pisaram na bola dessa vez, edição. 
Carlos Cavalcanti, Salvador – BA. 
 
GÊNERO TEXTUAL: CARTA DO LEITOR 
CARTA DO LEITOR 
Características: 
gênero textual em que um leitor expressa opiniões (favoráveis ou não) a respeito de 
assunto publicado em revistas, jornais, ou a respeito do tratamento dado ao assunto; 
nesse gênero textual, o autor pode também esclarecer ou acrescentar informações ao que 
foi publicado; 
apesar de ter um destinatário específico – o diretor da revista, ou o jornalista que 
escreveu determinado artigo –, a carta do leitor pode ser publicada e lida por todos os 
leitores do meio de comunicação para o qual ela foi enviada; 
na carta ao leitor, a linguagem pode ser mais mais pessoal (empregando pronomes e 
verbos em 1ª pessoa) ou mais impessoal (empregando pronomes e verbos na 3ª pessoa) 
ou ainda pode utilizar os dois tipos de linguagem; a menor ou maior impessoalidade 
depende da intenção do autor: protestar, brincar ou impressionar, por exemplo. 
 
ATENÇÃO: NAS CARTAS, DEVEM CONSTAR: DATA, VOCATIVO, 
DESPEDIDA, SAUDAÇÕES, ASSINATURA (SEMPRE A ABREVIAÇÃO DO 
NOME, CASO NÃO HAJA INSTRUÇÃO DE COMO ASSINAR) 
 
Cartas publicadas sobre o artigo de opinião "Baleias não me emocionam", publicado na 
edição de 01/09/2004, da Revista Veja 
Num tempo em que a hipocrisia e a mídia, de mãos dadas, ditam nosso modo de agir e 
pensar, fico muito feliz ao ler o último artigo de Lya Luft ("Baleias não me 
emocionam", Ponto de vista, 25 de agosto). Nós nos sensibilizamos com aquilo que não 
nos causa esforço. Como nos sensibilizar com um mendigo na calçada quando 
poderíamos tê-lo auxiliado? Melhor pensar nas baleias, coitadinhas. Como também são 
coitadinhos aqueles que passam fome na África, nunca os famintos de nossas ruas. 
Passo, a partir de hoje, a ler seus textos com outros olhos. A senhora ganhou meu 
respeito e minha admiração. 
Gilberto Carlos Nunes - Brasília, DF 
 
Estou decepcionada com o Ponto de vista escrito por Lya Luft. Não esperava um texto 
tão frio de uma escritora que havia demonstrado tanta sensibilidade anteriormente. Sou 
defensora dos animais e acredito que os seres humanos têm uma idéia terrivelmente 
equivocada de que são prioridade na Terra. Somos apenas elementos que compõem a 
vida no planeta. Acredito que a humanidade é responsável pelas maiores tragédias do 
nosso planeta, desde baleias encalhadas até a miséria brasileira de todos os dias. 
Frida Frick - Cascais, Portugal 
 
Comungo com Lya Luft em sua opinião sobre os animais. Compartilho respeito e amor 
por eles e abomino o trato de gente que tantos bichos recebem enquanto seres humanos 
não recebem a ínfima parte desse trato. Comovem-me, sim, notícias como a de seres 
humanos queimados vivos por viverem nas ruas à falta de um teto. Entristece-me, sim, 
saber que tantos passam frio, não têm o que comer, o que vestir ou que não têm acesso a 
assistência médica. Quanta criança privada de futuro por já nascer condenada, excluída 
da sociedade, sem direito a um lar, alimentação, creche, escola, educação... As prisões 
aí estão abarrotadas e, dentro delas, quantos artistas, médicos, professores, mecânicos, 
comerciantes, empresários que não tiveram o direito de "nascer" pela falta de mínimas 
oportunidades. Enquanto isso, verdadeiras somas são direcionadas aos animais... O que 
é isso? Que inversão é essa? Se a sociedade fosse realmente tão boa e solidária quanto 
acredita ser, pelo que oferece de amor e dinheiro aos animais, certamente colocaria as 
prioridades humanas num plano de maior respeito. 
Diolásia de Lima Cheriegate - Rio de Janeiro, RJ 
 
A exemplo de tantas outras espécies, as baleias cada vez mais encalham nas praias de 
todosos lugares, mais por consequências das ações dos homens do que por seus 
instintos ou mera fatalidade. Nossos oceanos estão se tornando verdadeiras latas de lixo; 
empresas e governos realizam testes submarinos cada vez mais intensivos que 
desnorteiam baleias e outras espécies e a senhora acha que tentar salvar as que encalham 
é coisa de quem não tem mais o que fazer. Ora, que demagogia achar que devemos 
abandonar causas que protegem os animais por achar que poderíamos agir mais a favor 
do ser humano. Um erro não justifica outro. Não é porque há miseráveis e crianças 
abandonadas que devemos deixar os animais à mercê de sua própria sorte. Toda vida 
merece ser salva. O homem extermina a natureza e animais por ações criminosas, mas 
aceitáveis na sociedade, tudo em nome do progresso humano que, infelizmente resume-
se aos interesses do poder econômico. Devemos sim, cuidar dos nossos irmãos 
humanos, porém, jamais abandonar nossos irmãos irracionais, não medindo esforços 
nem sacrifícios para servir tanto a um quanto a outro, porque todo problema requer 
cuidados, seja ele qual for. Os animais, como seres espirituais em evolução, são nossos 
companheiros de jornada, merecendo ser respeitados e, sobretudo, amados. 
Sylvia Gatto - Itanhaém, SP 
 
As emoções brotam nas pessoas por razões diferentes. Há quem chore ao ver um quadro 
de Picasso e quem não liga a mínima. Eu prefiro baleias a Picasso. Se uma baleia 
encalhasse na praia onde moro eu ficaria torcendo por sua volta ao mar. Só vi duas até 
hoje, mesmo assim ao longe. Sei que são enormes e que empurrá-las de volta ao mar 
exige força, trabalho em equipe, decisão e compaixão. Se encalhasse um ser desses por 
dia a rotina mataria a emoção e trataríamos baleias como tratamos os velhos, os pobres, 
os loucos, os doentes... Torçamos para que isso não aconteça. Há algum tempo um 
tubarão (ou seria um golfinho?) foi morto a pauladas numa praia do Rio. Pergunto-me 
por que alguém deu a primeira paulada. Não é de assustar? Por que o enjôo com quem 
se dispõe a salvar, seja lá o que for? É doloroso saber da fome das pessoas e é possível, 
ao mesmo tempo, se comover com baleias, pessoas e até com corujas condenadas a 
ausência do par. Os sentimentos não se excluem e envolvem muitos outros detalhes. 
Vamos torcer pelas baleias e por quem as salva. Torcer pelos que nada têm e pelos que 
os ajudam. Sobre a coruja de sua infância, prisão é prisão. Coruja quer viver com 
coruja, solta na mata. 
Georgeta Gonçalves - São Sebastião, SP 
 
ATIVIDADE 
Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – CARTA DO LEITOR, conforme 
encaminhamento a seguir: 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Comunicação Linguística 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
A CARTA DO LEITOR 
Aluno(a): Turma: 
 
A seguir, apresentam-se: A matéria original sobre o uso de sacolas plásticas e em 
seguida, uma carta do leitor. 
Com base na mesma matéria, produza a sua CARTA DO LEITOR, tomando o cuidado 
para utilizar todos os elementos de carta. 
 
 
SP SERÁ 2ª CAPITAL A BANIR SACOLA PLÁSTICA 
 
Câmara proíbe uso de embalagem que polui água e causa enchentes; medida 
entra em vigor em 1º de janeiro 
Projeto segue para a sanção do prefeito, que disse ser favorável à medida; 
multa prevista vai de R$ 50 a R$ 50 mi 
 
TONI SCIARRETTA, DE SÃO PAULO 
A cidade de São Paulo será a segunda capital brasileira -após Belo Horizonte- a 
banir do comércio as sacolas plásticas, embalagem praticamente extinta na Europa 
e em grande parte dos Estados Unidos e que demora mais de cem anos para se 
decompor no ambiente. 
A Câmara Municipal aprovou ontem a proibição do uso e da distribuição de 
sacolas plásticas na cidade de São Paulo. Quem desrespeitar a regra, que entra em 
vigor em 1º de janeiro de 2012, poderá ser multado entre R$ 50 e R$ 50 milhões 
ou ter a licença comercial suspensa. 
Polêmica, a matéria dividia os vereadores e segue agora para sanção do prefeito, 
Gilberto Kassab (PSD), que já vetou uma proposta semelhante no passado 
alegando deficiência jurídica. 
Dessa vez, porém, Kassab deve aprová-la porque "interessa à cidade". Além de 
poluir os mananciais, as sacolinhas também entopem bueiros e causam enchentes. 
"Somos favoráveis a esse projeto. O encaminhamento é pela aprovação", disse o 
prefeito ontem, pouco antes da votação na Câmara. 
O projeto de lei municipal estava em tramitação desde 2007, mas só tomou corpo 
há duas semanas, quando foi encampado por Roberto Tripoli (PV-SP), 
ambientalista e líder do governo na Casa. 
Tripoli tentou organizar um consenso em torno do projeto, que teve ontem 35 
votos favoráveis, 5 contrários e 12 abstenções. 
A proibição valerá para todo o comércio, e não apenas para os supermercados. 
 
ACORDO 
Na semana passada, a Apas (Associação Paulista de Supermercado) fechou acordo 
com o governador Geraldo Alckmin para banir as sacolinhas até o final do ano no 
Estado. 
O acordo só vale para o setor e não prevê punição para quem desrespeitá-lo. Dois 
vereadores -Aurélio Miguel (PR) e Francisco Chagas (PT)- afirmaram que vão 
entrar na Justiça contra a lei. 
Chagas é ligado aos trabalhadores do setor químico, que temem perder emprego 
com o fim das sacolas plásticas. A fiscalização será feita pela Secretaria Municipal 
do Verde e Meio Ambiente. 
As sacolas plásticas deverão ser substituídas por embalagens ecológicas, 
confeccionadas com uma espécie de "plástico verde", que se decompõe em poucos 
meses. 
Cada sacolinha custará R$ 0,19 e será vendida nos caixas dos supermercados. 
Como ocorreu em outras cidades, a ideia é que a cobrança pelas embalagens 
diminua seu uso. Além da embalagem verde, os supermercados venderão sacolas 
retornáveis de pano a R$ 1,80. 
 
 
Colaborou EVANDRO SPINELLI, de São Paulo 
 
CARTA DO LEITOR 
29.05.2011 
 
À 
Folha de São Paulo 
Sr. Toni Sciarretta, 
 
Em relação à matéria publicada no caderno Mercado em 18.05, em que o Sr. informa 
sobre a proibição do uso de sacolas plásticas como embalagem a partir de 1º de janeiro 
próximo, penso que São Paulo demorou muito a tomar a decisão de transformar em lei a 
proibição. 
 
Todas as vezes que vou ao supermercado fico indignada com a quantidade de sacolas 
que são utilizadas pelos consumidores que não parecem preocupados com as 
conseqüências que o uso destas embalagens causa ao meio ambiente. 
 
Só quero lembrar às autoridades que não basta sancionar a lei. É preciso ter uma 
fiscalização rigorosa e que as multas previstas sejam realmente aplicadas para aqueles 
que a desrespeitarem. Espero que não se torne mais uma estratégia de marketing pré 
eleitoreira, como foi com a lei que proíbe os cidadãos dirigirem alcoolizados. 
 
No começo fazem blitz, causam um barulho, mas depois de algum tempo tudo volta ao 
que era antes: não há fiscalização para coibir as infrações. 
 
Atenciosamente 
Josilda Cardoso – professora de ensino fundamental- São Paulo 
 
 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 3 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Texto de Opinião 
 
O texto de opinião 
 
Os textos de opinião devem ser breves, claros na interpretação dos factos, opinativos, 
mas devidamente fundamentados sem ferirem a ética e o rigor da escrita. A opinião tem 
na polissemia um poderoso aliado, pois procura sempre apresentar uma visão crítica, 
tentando induzir o receptor e levá-lo a compartilhar das suas posições. Os recursos 
expressivos, quer depreciativos quer laudatórios, são, frequentemente polissémicose 
presentes através das metáforas e das metonímias. 
A opinião volta-se para o juízo que cada um ou o grupo (opinião pública) tem sobre 
alguma coisa. Há uma enorme carga subjetiva na forma de ver a realidade. Podemos 
recorrer à definição de Platão que diz que a opinião (em grego, doxa) é um juízo sobre 
os seres do mundo sensível, sendo o seu ponto de partida a sensação que se torna como 
uma síntese das sensações anteriores. Daí o seu carácter arbitrário que pode traduzir 
ideias verdadeiras ou falsas. 
A opinião apresenta os factos, como a informação, enquadrando-os no respetivo 
contexto, relaciona-os, através de uma interpretação, e elabora um juízo de valor sobre 
eles. Na opinião, o autor escolhe o ângulo de abordagem dos acontecimentos e das 
situações, mas não se preocupa com a distanciação nem com a simples explicação 
imparcial, característica da interpretação. Enquanto a notícia dá a informação, a 
interpretação explica os factos e as razões, a opinião adianta juízos de valor. 
Na comunicação social, a opinião surge, frequentemente, em forma de editorial 
(geralmente, assinado por um elemento da direção editorial) a fazer a apreciação sobre 
os acontecimentos marcantes da atualidade; de um comentário (assinado por um diretor, 
editor ou jornalista) ou artigo de fundo, que permite a interpretação e a apreciação 
valorativa sob o seu próprio ponto de vista; e em forma de artigo de opinião, 
propriamente dita (assinado por um jornalista ou qualquer outra pessoa convidada), que 
pode abordar questões diversas desde factos noticiados a questões de arte, de literatura, 
de cinema ou televisão ou artigos de divulgação científica. O editorial distingue-se dos 
restantes textos de opinião ao exprimir a opinião e a cultura da empresa como um todo; 
os outros textos são da responsabilidade apenas dos seus autores. 
A opinião tem por finalidade informar e influenciar, nomeadamente a nível político ou 
ideológico. Os opinion makers utilizam os dados da realidade para, a partir deles, 
convencer. 
É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas 
polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por 
isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através 
do artigo de opinião. 
É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento 
poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da 
escrita. 
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus 
interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em 
verdades e opiniões. 
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por 
isso, são fáceis de contestar. 
Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. 
Observe: 
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe 
agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá 
desenvolver. 
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua 
produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. 
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia 
principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os. 
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender. 
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou 
confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante 
na área relativa ao tema debatido. 
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. 
g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e 
pequeno trecho do seu texto). 
h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre 
o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem 
desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se 
é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo. 
Reescreva-o, se necessário. 
 
 
ATIVIDADE 
Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – TEXTO DE OPINIÃO, conforme 
encaminhamento a seguir: 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Comunicação Linguística 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
TEXTO DE OPINIÃO 
 
Aluno(a): Turma: 
 
A seguir apresenta-se um texto temático. 
Com base nesse texto, escreva seu TEXTO DE OPINIÃO. 
 
DEGRAUS DA ILUSÃO 
Lya Luft 
Fala-se muito na ascensão das classes menos favorecidas, formando uma “nova classe 
média”, realizada por degraus que levam a outro patamar social e econômico (cultural, 
não ouço falar). Em teoria, seria um grande passo para reduzir a catastrófica 
desigualdade que aqui reina. 
Porém receio que, do modo como está se realizando, seja uma ilusão que pode acabar 
em sérios problemas para quem mereceria coisa melhor. Todos desejam uma vida digna 
para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para 
a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, 
água, e tudo de que precisam cidadãos decentes. 
Porém, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso 
constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos com os 
juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os 
serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. 
Mas palavras de ordem nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, 
somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em 
nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas. 
Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que 
compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do 
pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não 
conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos. 
 
"Somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros 
em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas" (Foto: VEJA.com) 
Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de 
maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma 
opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato 
continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, tocamos a comprar. 
Sou de uma classe média em que a gente crescia com quatro ensinamentos básicos: ter 
seu diploma, ter sua casinha, ter sua poupança e trabalhar firme para manter e, quem 
sabe, expandir isso. Para garantir uma velhice independente de ajuda de filhos ou de 
estranhos; para deixar aos filhos algo com que pudessem começar a própria vida com 
dignidade. 
Tais ensinamentos parecem abolidos, ultrapassadas a prudência e a cautela, pouco 
estimulados o desejo de crescimento firme e a construção de uma vida mais segura. Pois 
tudo é uma construção: a vida pessoal, a profissão, os ganhos, as relações de amor e 
amizade, a família, a velhice (naturalmente tudo isso sujeito a fatalidades como doença 
e outras, que ninguém controla). Mas, mesmo em tempos de fatalidade, ter um pouco de 
economia, ter uma casinha, ter um diploma, ter objetivos certamente ajuda a enfrentar 
seja o que for. Podemos ser derrotados, mas não estaremos jogados na cova dos leões do 
destino, totalmente desarmados. 
Somos uma sociedade alçadana maré do consumo compulsivo, interessada em 
“aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que 
inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores 
escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, 
saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta 
conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um 
cego ou um grande tolo não vê. 
A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, 
de educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, 
decididamente, em educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso 
como nossa prioridade. 
Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados 
num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso 
não é subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho 
ilusão de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto. 
 
Leia atentamente o texto e produza seu texto de opinião em que fique evidenciado seu 
ponto de vista com relação à proposição: Dê um título à sua produção. 
 
 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 4 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Carta de solicitação 
A carta de solicitação 
Os textos de opinião devem ser breves, claros na interpretação dos factos, opinativos, 
mas devidamente fundamentados sem ferirem a ética e o rigor da escrita. A opinião tem 
na polissemia um poderoso aliado, pois procura sempre apresentar uma visão crítica, 
tentando induzir o receptor e levá-lo a compartilhar das suas posições. Os recursos 
expressivos, quer depreciativos quer laudatórios, são, frequentemente polissémicos e 
presentes através das metáforas e das metonímias. 
Cartas de reclamação e de solicitação 
As cartas de reclamação e de solicitação são gêneros pertencentes à modalidade 
argumentativa, cuja finalidade é buscar soluções para uma problemática instaurada. 
Permeados em meio às distintas situações comunicativas que compartilhamos 
cotidianamente se encontram aqueles gêneros que permitem expressarmos nosso 
posicionamento de forma ainda mais democrática acerca dos problemas sociais, entre 
eles, o abaixo-assinado, a carta aberta, carta do leitor e, por que não dizer, as cartas de 
reclamação e de solicitação, todas essas modalidade marcadas pelo teor argumentativo. 
Assim, em se tratando do gênero em questão, eis que ambas as modalidades nos 
instigam a um questionamento relevante: se assim se concebem, ou seja, se uma diz 
respeito à reclamação e a outra à solicitação, para quem, ou seja, quem será o 
destinatário para o qual tais cartas serão enviadas? Nesse sentido, como se trata de um 
espaço em que você terá a oportunidade de fazer reivindicações acerca de uma 
problemática instaurada, obviamente que tem de se tratar de alguém com plenos poderes 
para tal, caso contrário, a finalidade discursiva a que se propõe a comunicação não 
teria nenhuma aplicabilidade. 
Nesse sentido, seja para apresentar reclamações acerca de um problema voltado para a 
comunidade de uma forma geral, seja para solicitar que algo seja resolvido, o fato é que 
quanto mais os argumentos apresentados estiverem calcados em bases sólidas, em ideias 
que realmente farão a diferença no momento de fazer com que o interlocutor se 
convença de que realmente o problema carece de um olhar mais cuidadoso, mais as 
possibilidades de retorno poderão ser efetivadas. 
No que se refere à linguagem nelas manifestadas, cabe ressaltar que além de fazer uso 
do padrão formal, a precisão, objetividade e consistência nos argumentos elencados são, 
sobretudo, fatores imprescindíveis, preponderantes. Não esquecendo, sobremaneira, de 
que tais modalidades, assim como os demais gêneros, obedecem a uma estrutura 
previamente definida, a qual deve ser rigorosamente seguida. 
Dessa forma, entre os elementos, cabe ressaltá-los: 
* Local e data; 
* Identificação do destinatário – por se tratar de alguém cujo cargo ocupado requer um 
tratamento mais respeitoso, o uso do pronome de tratamento adequado se torna 
indispensável; 
* Vocativo; // * Corpo do texto, seguido de argumentos que justifiquem o discurso 
manifestado; // * Expressão de despedida; // * Assinatura; // * Nome do remetente. 
 
MODELO DE CARTA DE SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO 
(PESSOA FÍSICA) 
 
 
À 
Comissão Organizadora 
Projeto “Natal de Paz, Natal Azul” 
Prefeitura Municipal de Campinas 
 
 
 
 
Eu, (nome completo do requerente), credenciado como (empreendedor na 
Secretaria Municipal de Trabalho e Renda ou expositor na Feira de Arte, 
Artesanato, Antiguidades, Quitutes e Esotéricos da Secretaria Municipal de 
Cultura), portador(a) da Cédula de Identidade (número completo), CPF (número 
completo), residente e domiciliado na (endereço completo), telefone de contato (fixo e 
celular), solicito minha inscrição no rol das tendas de comercialização de (alimentos e 
bebidas ou artesanato) da Praça de Alimentação e Artesanato do “Projeto Natal de 
Paz, Natal Azul” que acontecerá nos dias 11, 12, 13, 18, 19, 20, 21, 22 e 23 de 
dezembro de 2009, na Praça Arautos da Paz, em Campinas. 
 
Estou enviando, anexados a esta, o nome do(s) (prepostos ou auxiliares) e as 
placas e modelos dos carros que deverão ser credenciados para o estacionamento 
especial. 
 
Declaro estar ciente e de acordo com o Regulamento da da Praça de 
Alimentação e Artesanato do “Projeto Natal de Paz, Natal Azul”. 
 
Campinas, de de 2009 
 
 
Assinatura do solicitante 
Nome completo 
 
ATIVIDADE 
Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – CARTA DE SOLICITAÇÃO. 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 5 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Editorial 
 
O Editorial 
 
O editorial é um tipo de texto no qual o autor exprime o parecer do jornal acerca 
de determinado fato. É um texto dissertativo que tem como finalidade propagar a ideia 
da empresa. Apresenta ideias que evidenciam o ponto de vista escolhido pelo jornal a 
respeito da matéria em evidência. Um editorial é um artigo que apresenta a opinião de 
um grupo sobre determinada questão; por causa disso, ele normalmente não é assinado. 
Assim como um advogado faria, escritores de editoriais discutem sobre um argumento 
que já foi feito e tentam persuadir os leitores a concordar com eles acerca de 
determinado assunto atual e polêmico. Essencialmente, um editorial é um artigo de 
opinião com um pouco de notícias. A opinião de um veículo, entretanto, não é 
expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os 
assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de 
Edição jornalística). Em casos em que as próprias matérias do jornal são imbuídas de 
uma carga opinativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se que é 
Jornalismo de Opinião. 
Como Fazer, Passo a Passo(REDAÇÃO COLEGIAL) 
1° Passo : Faça a introduçao Falando Sobre o Fato sem detalhaçoes , Só os 
momentos que aconteçerao no máximo estes parágrafo dará 5 Linhas , no 1° paragrafo 
2° Passo : Faça a Descriçao com todos os acontecimentos do fato detalhado . No 
2° e 3 Paragrafo q junto no máximo dará 20 Linhas . 
3° Passo : Faça a conclusao , Dizendo como fazer para Evitar oq aconteceu no 
fato ou como parar, no máximo 6 Linhas 
Linha editorial 
Linha editorial é uma política predeterminada pela direção do veículo de 
comunicação ou pela diretoria da empresa que determina "a lógica pela qual a empresa 
jornalística enxerga o mundo; ela indica seus valores, aponta seus paradigmas e 
influencia decisivamente na construção de sua mensagem"1. 
A linha editorial orienta o modo como cada texto será redigido, define quais 
termos podem ou não, quais devem ser usados, e qual a hierarquia que cada tema terá na 
edição final (seja em páginas do meio impresso ou na ordem de apresentação do 
telejornal ou radiojornal e na web). 
Dessa forma, a linha editorial pode ser considerada um valor-notícia. No 
entanto, "a linha editorial não é um valor-notícia dos fatos a serem abordados (ou seja, 
um valor-notícia de seleção), mas sim um valor-notícia da forma de realizar a pauta (ou 
seja, um valor-notícia de construção)"2. 
O editorial está normalmente em Jornais, revistas e artigos de internet. 
Artigos e Artiguetes Grande parte dos jornais impressos (e também digitais) 
reserva uma página ou um espaço para a publicação de artigos opinativos por 
personalidades, especialistas ou convidados que tenham um comentário ou uma opinião 
relevante a expressar. Muitas vezes a página de artigos é editada ao lado da página 
editorial, quando não na mesma. Em TV e rádio, esta prática é mais rara. 
Outro espaço dedicado a textos opinativos, embora não de conteúdo editorial e 
raramente de teor jornalístico, são as colunas e Críticas. 
Além da página de editoriais principal, alguns veículos impressos optam por 
inserir ainda as chamadas notas editoriais em outras páginas, geralmente ao lado da 
matéria que trata do assunto opinado. Em alguns jornais, esta prática também é 
apelidada de artiguete ou nota pepino duro. 
 
 
Editorial de uma revista e de um jornal: o primeiro assinado e o outro não 
O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e 
revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente. 
É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa. 
Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, 
uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado. 
Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que 
evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de 
comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém. 
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo. 
O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião 
transmite a interpretação do que aconteceu. 
Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: 
dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que 
expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento. 
O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui 
um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”! 
Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal 
como um todo, muitos editoriais de revista mostram apreciações feitas por autores que 
assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto em uma foto! 
Veja: 
O material que faz a diferença 
Janeiro é o mês especialmente dedicado à escola. 
Neste início, múltiplas atividades focalizam a arrumação, manutenção e 
organização do prédio, o planejamento curricular dos professores e das equipes técnicas, 
a realização de cursos e de seminários de atualização dos docentes, reuniões com 
funcionários e todo um elenco de ações que envolvem naturalmente a participação real 
das famílias dos estudantes. 
Assim parece ser o cenário escolar das escolas públicas e privadas. E nem 
poderia ser diferente, num País que precisa se comprometer eticamente com a educação 
das crianças e dos adolescentes. 
Mas, dentre as despesas de consumo escolar das famílias, destaque-se o item 
material escolar, a ser usado pelos estudantes durante o ano letivo. 
Nessa despesa obrigatória, encontra-se uma considerável lista de livros-textos 
das diferentes disciplinas, livros de leituras complementares também das disciplinas, 
cadernos, lápis e canetas, que devem ser adquirida à vista ou a crédito, com ou sem 
desconto. Nesse processo, o estudante se assume como consumidor de um material que 
interfere financeiramente na renda familiar. 
Essa lista já faz uma primeira diferença entre a escola pública e a particular, 
apesar da distribuição aparentemente gratuita dos livros didáticos inseridos nos 
programas educacionais do MEC. O ministério, por sinal, estabelece a devolução dos 
livros para serem reutilizados por alunos das séries subsequentes. 
A segunda diferença consiste concretamente na utilização desse material pelos 
professores e pelos estudantes, o que nem sempre acontece. 
E uma terceira diferença diz respeito à qualidade gráfica do livro, que 
rapidamente se deteriora por meio de páginas que se soltam ou se perdem nas pesadas 
mochilas dos estudantes. 
O problema dessas listas de material escolar tem origem na participação 
pedagógica do professor, que, individualmente ou em grupos interdisciplinares, orienta 
a compra do material de acordo com os objetivos e metodologias de sua disciplina, no 
bojo de um planejamento que não se adapta mais a uma visão unidisciplinar, isto é, de 
disciplinas isoladas, por não levarem a uma visão de contexto em que a 
transdisciplinaridade permite que se trabalhe o conhecimento cotidiano dos estudantes 
sob diversos ângulos de reflexão. 
Do outro lado do problema das listas, estão os bolsos das famílias que já têm 
outras despesas escolares, se a escola for particular. 
Tais despesas repercutem e pesam fortemente no orçamento familiar, mas que é 
suportado por garantir um possível bom ensino em função de uma preparação 
intelectual condizente com a modernidade. 
Entre os objetivos pedagógicos dos professores e da escola e as despesas das 
famílias, concentram-se reclamações que devem ser vistas por todos. 
Uma dessas reclamações é relativa ao excesso de material solicitado. Para as 
famílias, significa o consumo do supérfluo que onera em muito o orçamento doméstico. 
Pode-se considerar um absurdo comprar um material que servirá apenas de 
ornamento numa sala de aula, principalmente se for considerado que muitas vezes as 
ações pedagógicas valorizam os exuberantes meios tecnológicos a serviço da didática e 
da metodologia e se esquecem ou ignoram as próprias finalidades da educação. 
Considere-se, porém, o significado cultural da produção capitalista do material 
escolar usado no País, na relação das editoras com os autores dos livros. É uma relação 
que movimenta consideráveis somas de dinheiro, de direitos autorais, da escolha 
nacional dos professores que têm o privilégio de se tornar produtores desse material 
didático que abrange também o acervo das bibliotecas. 
É preciso uma leitura questionadora e crítica do professor, objetivando a 
formação educacional e cultural do estudante. 
Texto extraído do site do Jornal O Liberal - http://www.orm.com.br/oliberal/ 
 
 
ATIVIDADE 
Diante do que estudamos sobre EDITORIAL, escolha um assunto e produza o seu. 
 
 
 
 
 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 6 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Resenha 
 
A RESENHA 
 
A Resenha é um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliaçãosobre 
ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um 
texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica. A resenha, 
por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com 
conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente. 
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros, filmes 
peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" 
rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. 
A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas. 
A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse 
tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" 
como normalmente feito nos cursos superiores... Para melhor compreender este item, 
basta ler resenhas veiculadas por boas revistas. 
O que deve constar numa resenha 
Devem constar: 
 O título 
 A referência bibliográfica da obra 
 Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada 
 O resumo, ou síntese do conteúdo 
 A avaliação crítica 
 O título da resenha 
 O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, 
conforme os exemplos, a seguir: 
 Título da resenha: Astro e vilão 
 Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson 
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher 
Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995 
Título da resenha: Com os olhos abertos 
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995 
Título da resenha: Estadista de mitra 
Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996 
A referência bibliográfica do objeto resenhado 
Constam da referência bibliográfica: 
 Nome do autor 
 Título da obra 
 Nome da editora 
 Data da publicação 
 Lugar da publicação 
 Número de páginas 
 Preço 
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço. 
Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou 
caixa. 
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago 
(Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 
de outubro, 1995). 
 
O resumo do objeto resenhado. 
O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano 
geral. Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto 
resenhado. 
Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua 
materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a 
gramática", escrita por Gilberto Scarton. 
“Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, 
sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e 
errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão 
gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que 
se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a 
prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de 
português". O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de 
espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o 
leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática 
artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; 
o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino 
útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante". 
 
Pode-se também resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos. 
Veja o exemplo da resenha "Receitas para manter o coração em forma" (Zero Hora, 26 
de agosto, 1996), sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", produzido pela LDA 
Editora, com o apoio da Beal. 
ATIVIDADE 
Diante do que estudamos sobre RESENHA, aproveite o texto a seguir e faça a 
sua. 
 
TEXTO PARA RESENHAR 
Tecnologia da informação 
Marcos Abramo 
A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as 
atividades e soluções providas por recursos de computação que visam permitir a 
produção, armazenamento, transmissão, acesso, segurança e o uso das informações. Na 
verdade, as aplicações para TI são tantas – estão ligadas às diversas áreas — que há 
várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue determiná-la por 
completo. É a área de Informática que trata a informação, a organização e classificação 
de forma a permitir a tomada de decisão em prol de algum objetivo. A Tecnologia da 
informação pode contribuir para alargar ou reduzir as liberdades privadas e públicas, ou 
tornar-se em instrumento de dominação. 
O termo 
O TI é uma grande força em áreas como finanças, planejamento de transportes, 
design, produção de bens, assim como na imprensa, nas atividades editoriais, na 
produção musical e cinematográfica, no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada 
vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os 
centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação), 
introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados e obras armazenadas; 
reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea 
de redes televisivas de âmbito mundial. 
Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e 
institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos 
de dados, de editoração eletrônica, bem como de tecnologias que permitem a 
transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a 
computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a Internet). A difusão 
das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos 
principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os 
cidadãos geralmente não têm acesso a grande quantidade de informação sobre eles, 
coletadas por instituições particulares ou públicas. 
As tecnologias da informação não incluem somente componentes de máquina. 
Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo da informação, como 
técnicas de classificação, por exemplo, que não requerem uso de máquinas apenas em 
um esquema. Esse esquema pode, também, ser incluído em software que será usado, 
mas isso não elimina o fato de que a técnica já existia independentemente do software. 
As tecnologias de classificação e organização de informações existem desde que as 
bibliotecas começaram a ser formadas. Qualquer livro sobre organização de bibliotecas 
traz essas tecnologias. 
Os maiores desenvolvedores mundiais desse tipo de tecnologia são Suécia, 
Singapura, Dinamarca, Suíça e Estados Unidos, segundo o Relatório Global de 
Tecnologia da Informação 2009-2010 do Fórum Econômico Mundial. O Brasil é o 69º 
nesse ranking. 
Tecnologias de Informação (TI) nas organizações: 
Impactos dos Sistemas de Informação (SI) / Tecnologias de Informação (TI) nas 
organizações 
A introdução de SI/TI numa organização irá provocar um conjunto de alterações, 
nomeadamente em nível das relações da organização com o meio envolvente 
(analisadas em termos de eficácia) e em nível de impactos internos na organização 
(analisados através da eficiência). 
As TI são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis da 
estruturaorganizacional: 
No nível estratégico, quando uma ação é suscetível de aumentar a coerência 
entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de 
eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional; 
Nos níveis operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, 
traduzidos em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. 
No entanto, ao ser feita essa distinção, não significa que ela seja estanque, 
independente, pois existem impactos simultâneos nos vários níveis: estratégico, 
operacional e tático. 
Assim, temos que os SI permitem às organizações a oferta de produtos a preços 
mais baixos, que, aliados a um bom serviço e à boa relação com os clientes, resultam 
numa vantagem competitiva adicional, através de elementos de valor acrescentado cujo 
efeito será a fidelidade dos clientes. 
A utilização de SI pode provocar, também, alterações nas condições 
competitivas de determinado mercado, em termos de alteração do equilíbrio dentro do 
setor de atividade, dissuasão e criação de barreiras à entrada de novos concorrentes. Os 
SI/TI permitem, ainda, desenvolver novos produtos/serviços aos clientes ou diferenciar 
os já existentes dos da concorrência e que atraem o cliente de forma preferencial em 
relação à concorrência. 
A utilização de alta tecnologia vai permitir uma relação mais estreita e 
permanente entre empresa e fornecedores, na medida em que qualquer pedido/sugestão 
da parte da empresa é passível de ser atendido/testado pelos fornecedores. A tecnologia 
permitiu uma modificação na maneira de pensar e de agir dos produtores e 
consumidores. 
As Tecnologias de Informação têm reconhecidamente impactos no nível interno 
das organizações: na estrutura orgânica e no papel de enquadramento/coordenação na 
organização; em nível psicossociológico e das relações pessoais; no subsistema de 
objetivos e valores das pessoas que trabalham nas organizações; bem como no 
subsistema tecnológico. 
Os maiores benefícios somem quando as estratégias organizacionais, as 
estruturas e os processos são alterados conjuntamente com os investimentos em TI. As 
TI’s permitem, assim, ultrapassar todo um conjunto de barreiras na medida em que 
existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas agirem e 
reagirem rapidamente aos clientes, mercados e concorrência. 
Tecnologia de Informação e seu impacto na segurança empresarial 
A Tecnologia da Informação segue em avanço constante, mas ao mesmo tempo 
sua gestão no quesito segurança, não acompanha o mesmo ritmo das políticas de 
segurança e não está ainda em um patamar que pode ser considerado eficiente. Com 
tantos recursos disponíveis e possibilidades quase ilimitadas, os gestores esquecem que 
agora sua empresa possui mais uma porta para o mundo, porta esta que, se aberta, pode 
dar a um indivíduo valiosas informações sobre sua organização. 
Temos então um caso em que a tecnologia da informação se torna um risco 
devido a problemas de gerenciamento, é importante ressaltar os problemas que a 
tecnologia traz para as empresas além de seus benefícios, pois segurança também gera 
custos e, quando lidamos com alta tecnologia, os investimentos nem sempre são 
pequenos nessa área. 
Tecnologia da informação na saúde 
A tomada de decisões no sector público de saúde é extremamente dependente de 
uma informação eficaz e atempada. Todavia, segundo a OMS, na prática raramente os 
sistemas de informação de saúde funcionam sistematicamente pois são complexos, 
fragmentados e não respondem às necessidades. Todavia, estes são de extrema 
importância na manutenção dos direitos humanos, podendo documentar desigualdades 
de acesso aos cuidados. Da mesma forma, podem auxiliar a criação de uma plataforma 
de ação, fomentando o desenvolvimento sanitário de um tipo de população, social e 
economicamente desagregada, permitindo o seu acesso à informação. 
Evolução da Tecnologia de Informação 
Conhecendo a evolução histórica da Tecnologia da Informação (TI) podemos 
compreender o quanto essa ferramenta é necessária hoje nas empresas e perceber, por 
exemplo, como os sistemas atuais são modificados, desenvolvidos e aplicados. O 
desenvolvimento da TI, segundo Keen (1996, p. XXV) pode ser divida em quatro 
períodos distintos: 
Processamento de dados (década de 1960); 
Sistemas de informações (década de 1970); 
Inovação e vantagem competitiva (década de 1980); 
Integração e reestruturação do negócio (década de 1990); 
De acordo com Foina (2001), foi com o advento dos computadores nas empresas 
e organizações que a TI surgiu. Antes, o processo de tratamento das informações eram 
em formatos de memorandos, planilhas e tabulações, todas datilografadas e distribuídas 
por meio de malotes aos funcionários. Analisando os avanços da TI vemos o quanto 
esse instrumento de tomada de decisão é importante no mundo dos negócios, nas 
empresas e na própria tecnologia. 
A Era do Processamento de Dados 
Em 1960 os computadores começaram a se tornar importantes para as grandes e 
médias empresas, mas eram limitadíssimos quanto a aplicações e incompatíveis entre si. 
Os avanços da informática eram puxados pelo hardware como melhorias no custo, 
velocidade dos equipamentos e as aplicações, onde esse último era construído “do 
zero”, pois não existiam empresas dedicadas ao desenvolvimento de pacotes. 
Na década de 1970, as linhas telefônicas de voz passaram a permitir o acesso a 
terminais remotos de computadores e as telecomunicações se tornam uma base 
tecnológica, levando as empresas a automatização das atividades burocráticas. 
Toda a ação acontecia na sala de processamento de dados os chamados CPD´s 
(Centro de Processamento de Dados) responsáveis pelo tratamento das informações, 
onde o acesso a esse volume de dados eram realizados por relatórios gerados pelo 
sistema ou terminais ligados ao computador central. Porém havia resistência por parte 
de usuários ao novo sistema e centralização das operações. 
A Era dos Sistemas de Informações 
Em meados de 1970 as transformações tecnológicas começaram a abrir novas 
opções para a transformação de dados em informações e ao melhoramento e adequação 
dos sistemas de acordo com as necessidades da empresa, porém ainda era um período de 
extrema centralização. 
O terminal, pela primeira vez, se torna flexível, permitindo o computador 
processar diversas tarefas simultaneamente com vários usuários. Surge também os 
pacotes de software, onde combinado com a flexibilidade dos terminais estimulou uma 
série de inovações que vieram a ser conhecidas como “sistemas de apoio à decisão”. 
Segundo Keen (1996, p. XXXVII), “a maior evolução técnica dessa época foi a 
passagem do processamento de transações para o gerenciamento de banco de dados." 
Surge então os sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBDs), que organizam as 
informações de uma maneira eficaz, evitando duplicidade e facilitando sua análise. 
Assim os velhos CPDs começaram a se transformar em bibliotecas de informações. Os 
profissionais de informática eram os que mais resistiam às mudanças. 
A Era da Inovação e Vantagem Competitiva 
Em 1980, ocorreram mudanças tecnológicas principalmente em tecnologias de 
escritório e microcomputadores, e o termo “Tecnologia da Informação” passou a ser 
mais usado. Os gerenciadores de banco de dados se tornaram disponíveis nos PCs e 
softwares de custo baixo dominaram o mercado, assim as atenções se voltavam para o 
mercado em busca de novas estratégicas com base das tecnologias de TI. As 
telecomunicações e os microcomputadores liberaram o uso da TI nas empresas do 
mundo todo. 
Criou-se programas de “consciencializaçãogerencial” para os altos executivos e 
o Centro de Suporte ao Usuário (CSU) ou o chamado Help Desk, onde os usuários 
consultavam para esclarecer dúvidas, além de receberem consultoria na área 
tecnológica, ambos para possibilitar o acesso e conhecimento das ferramentas de TI 
existentes nas empresas e uma maior aceitação. 
Mesmo com todos os avanços da época, como as redes locais, os computadores 
ainda eram incompatíveis entre si, dificultando assim a integração dos sistemas e uma 
maior flexibilidade. A busca pela descentralização se torna mais forte. Compreende uma 
sociedade politicamente organizada que adquiriu consciência de sua própria unidade e 
controle , sobre ,um território próprio. Um povo politicamente organizado pode chegar a 
sua informação . 
A Era da Integração e Reestruturação do Negócio 
Na década de 1990, sistemas abertos, integração e modelos se tornam itens 
essenciais nos departamentos de sistemas acabando com a incompatibilidade. A 
integração tecnológica flexibilizou e facilitou a troca e o acesso às informações 
otimizando o funcionamento da empresa. Surge, por exemplo, o sistema EDI (electronic 
data interchange ou troca eletrônica de dados). 
“A TI é reconhecida como fator crítico de capacitação, principalmente através 
das telecomunicações, que permite eliminar barreiras impostas por local e tempo às 
atividades de coordenação, serviço e colaboração”.(KEEN, 1996, p. XLIX). De modo 
súbito, a mudança se acelerou em quase todas as áreas do negócio e da tecnologia. A 
transformação e utilização das ferramentas da TI se tornam globais e as distinções entre 
computador e comunicação desaparecem mudando radicalmente o mundo dos negócios. 
O computador se torna elemento de TI indispensável em uma organização. 
Referências 
ALMEIDA, Andreia As TIC e a Gestão da Informação nos Hospitais Públicos 
Portugueses SEMIME 2013 - Livro de Resumos. Lisboa: Faculdade de Motricidade 
Humana, 2013. 
KENN, Peter G. W. Guia Gerencial para a tecnologia da informação: Conceitos 
essenciais e terminologia para empresas e gerentes. Rio de Janeiro: Campus, 1996. 
FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de informação: planejamento e gestão / Paulo 
Rogério Foina. - São Paulo: Atlas, 2001. 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Campus de Medianeira 
Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem 
 
 
Aula 7 – Comunicação Linguística 
Texto Argumentativo: Resumo 
 
O RESUMO 
 
O Resumo é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária 
ou artística. Um resumo é ato de resumir alguma coisa através de uma síntese ou 
sumário. 
Fazer um resumo significa apresentar o conteúdo de forma sintética, destacando 
as informações essenciais do conteúdo de um livro, artigo, argumento de filme, peça 
teatral, etc. Em algumas ocasiões, a palavra sinopse é usada como sinônimo de resumo. 
A elaboração de um resumo exige análise e interpretação do conteúdo para que 
sejam transmitidas as ideias mais importantes. Um resumo pode ser indicativo, 
informativo ou crítico (com opiniões críticas do autor). 
O resumo é um exercício escolar cobrado frequentemente pelos professores. 
Escrever um texto em poucas linhas ajuda o aluno a desenvolver a sua capacidade de 
síntese, objetividade e clareza: três fatores que serão muito importantes ao longo da vida 
escolar. Além de ser um ótimo instrumento de estudo da matéria para fazer um teste. 
No Brasil, as normas em vigor para os resumos incluídos em trabalhos 
científicos e acadêmicos são da autoria da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas). 
Resumo é sinônimo de "recapitulação", quando, ao final de cada capítulo de um 
livro é apresentado um breve texto com as ideias chave do assunto introduzido. Outros 
sinônimos de resumo são: sinopse, sumário, síntese, epítome e compêndio. 
O resumo dos capítulos de uma novela é um recurso muito utilizado pelos canais 
de televisão, revistas ou sites específicos para apresentação diária de uma sequência dos 
principais acontecimentos em determinado capítulo. 
Resumo e resenha 
Uma resenha é um texto onde existe a opinião crítica da pessoa que escreve em 
relação ao livro ou documento sobre o qual foi elaborada a resenha. Apesar de 
transmitir a opinião do escritor, a utilização da primeira pessoa em uma resenha não é 
recomendada. É importante referir que no caso da resenha descritiva, a opinião do autor 
pode não estar presente. 
Por outro lado, o resumo não contém a opinião (a não ser que se trate de um 
resumo crítico), e se trata apenas de uma síntese das principais ideias do livro ou 
documento. 
 
 
Como fazer um resumo 
O primeiro passo para fazer um resumo consiste na leitura atenta do texto que 
vai ser resumido. Depois devem ser identificados nos diferentes parágrafos os 
conceitos-chave, ou seja, as ideias mais importantes. Em seguida, deve ser feito o 
resumo, onde os parágrafos são descritos de forma concisa, nunca esquecendo de 
abordar os conceitos mais importantes. Como conclusão, deve ser feita uma leitura 
atenta do resumo, para comprovar que as principais idéias do texto original estão 
incluídas no resumo. 
 
Há diversas situações em que precisamos elaborar um resumo: contar um 
capítulo da novela para uma amiga, indicar um livro a alguém, realizar uma tarefa 
pedida pelo professor, submeter um trabalho a uma comissão julgadora. Em cada um 
desses exemplos, é preciso sintetizar aquilo que lemos ou vimos; no entanto, alguns 
precisam ser mais elaborados do que outros. Como fazer, por exemplo, um bom 
resumo escolar ou acadêmico? Quais são os detalhes que não podem faltar? 
Características de um bom resumo: 
Correção gramatical – Releia o seu texto para ver se não há nada estranho; 
confira a ortografia, a coerência interna, a coesão. Se possível, leia-o em voz alta, 
o que pode ajudar na hora de perceber algumas coisinhas fora do lugar. 
Indicação de dados sobre o texto resumido – Autor e título são as informações 
básicas; portanto, não podem ser esquecidas. Também é recomendável indicar a 
editora, o ano de publicação e o gênero da obra. 
Apresentação das ideias principais e a relação entre elas –
 O resumo não é um amontoado de frases soltas. Considere argumentos, 
justificativas, conclusões, teses. Uma das maneiras de estabelecer tais relações é o uso 
de conectivos ou organizadores textuais. Em língua portuguesa, há aqueles que 
indicam contraste de ideias, os que introduzem conclusões, causas, entre outras ideias. 
Menção ao autor do texto resumido – O resumo é sempre um texto sobre 
outro texto e é preciso que isso fique muito claro para o leitor. Assim, 
é necessário que o autor da obra original seja mencionado de diversas formas. Para 
isso, podemos utilizar a substituição de termos por outros equivalentes. 
Menção a diversas ações do autor – Referência a seus questionamentos, 
debates e explicações. Utilizamos verbos como definir, classificar, enumerar, 
argumentar, incitar, levar a, abordar, enfatizar, ressaltar. 
 
O que NÃO deve aparecer em um resumo: 
Comentários pessoais misturados aos dados do texto. 
Texto incompreensível, confuso e que não permite que o leitor compreenda a 
ideia central da obra original. 
Transcrição de trechos do texto original. 
 Avalie seu resumo: 
Após escrever seu texto, releia-o e veja se atende aos seguintes critérios: 
 O resumo apresenta de maneira clara as informações básicas como o nome 
do autor original e o título da obra resumida? 
Ele é adequado ao objetivo da atividade proposta (um resumo acadêmico, por 
exemplo)? 
O texto está adequado ao destinatário (o professor, o leitor de um site, 
o