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Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Disciplina de COMUNICAÇÃO LINGUÍSTICA Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem MEDIANEIRA/PR 2015-2 Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Tabela de Aulas e Atividades – Comunicação Linguística Aula Data Tema / Atividade 01 12/08/15 Gêneros Textuais / Texto Argumentativo 02 19/08/15 Carta do Leitor 03 26/08/15 Texto de Opinião 04 02/09/15 Carta de Solicitação 05 09/09/15 Editorial 06 16/09/15 Resenha 07 23/09/15 Resumo 08 30/09/15 1ª AVALIAÇÃO 09 07/10/15 Texto Dissertativo 10 14/10/15 Texto Dissertativo 11 21/10/15 Carta Comercial 12 28/10/15 Ofício 13 04/11/15 Memorando 14 11/11/15 Curriculum Vitae 15 18/11/15 Ata 16 25/11/15 Texto Dissertativo 17 02/12/15 2ª AVALIAÇÃO 18 09/12/15 Texto Dissertativo Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 1 – Comunicação Linguística Introdução à Comunicação Linguística Gêneros Textuais O gênero textual é a forma como a língua é empregada nos textos em suas diversas situações de comunicação, de acordo com o seu uso temos gêneros textuais diferentes. É importante lembrar que um texto não precisa ter apenas um gênero textual, porém há apenas um que se sobressai. Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de estabelecer algum tipo de comunicação, possuem algumas características básicas que fazem com que possamos saber em qual gênero textual o texto se encaixa. Algumas dessas características são: o tipo de assunto abordado, quem está falando, para quem está falando, qual a finalidade do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumentativo, instrucional, etc.). Distinguindo É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: Gênero Literário – nestes os textos abordados são apenas os literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc. Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. Tipos de gêneros textuais Existem muitos tipos de gêneros textuais, eles podem ser: Romance Conto Artigo de opinião Receita culinária Lista de compras Carta Telefonema Aula expositiva Debate Reunião de condomínio E-mail Relato de viagem Lenda Fábula Biografia Seminário Piada Relatório científico Os gêneros textuais são infinitos e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de estrutura. Desta forma fica mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles e poder classifica-los de acordo com suas características. Exemplos de gêneros textuais Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um exemplo: “Domingo, 14 de junho de 1942. Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.) Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.” Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”. Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais características são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo. Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é informar algo que aconteceu. Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características mais comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Gênero Textual ou Gênero de Textualidade se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poemas, crônicas, contos, prosa,etc. Gêneros orais e escritos Domínios sociais de comunicação Aspectos tipológicos Capacidade de linguagem dominante Exemplo de gêneros orais e escritos Cultura Literária Ficcional Narrar Detalhes de ação através domínio do verossímil Conto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada Documentação e memorização das ações humanas Relatar Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia Discussão de problemas sociais controversos Argumentar Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio Transmissão e construção de saberes Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatóriooral de experiência Instruções e prescrições Descrever ações Regulação mútua de comporta. Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos O texto faz parte do nosso dia a dia, não é verdade? Para pedir o café da manhã, para convencer a mãe a liberar o carro no final de semana, para convidar um amigo para uma festa, para declarar o amor, para solicitar que o banco cancele o cartão de crédito, para reivindicar melhorias no transporte, o que utilizamos? O texto, claro! Seja oral ou escrito. Os textos, embora diferentes entre si, possuem pontos em comum, pois podem se repetir no conteúdo, no tipo de linguagem, na estrutura. Quando eles apresentam um conjunto de características semelhantes, seja na estrutura, conteúdo ou tipo de linguagem, configura-se o gênero textual, que pode ser definido como as diferentes maneiras de organizar as informações linguísticas, destacando que isso acontecerá de acordo com: o A finalidade do texto; o O papel dos interlocutores; o A situação. Não podemos definir a quantidade de gêneros textuais existentes. Por que isso acontece? Graças à sua natureza. Com que objetivo eles foram criados? Para satisfazer a determinadas necessidades de comunicação. Assim sendo, podem aparecer ou desaparecer de acordo com a época ou as necessidades dos povos. Por isso, podemos afirmar que gênero textual é uma questão de uso. O gênero textual não exclui ou despreza a tipologia textual tradicional (narração, descrição e dissertação), pelo contrário, os aspectos tipológicos são apresentados de forma mais ampla, já que passam a ser analisados a partir das situações sociais em que são usados. Acompanhe a seguir os exemplos de gêneros e os grupos aos quais estão inseridos. Narrativo: Conto maravilhoso; Conto de fadas; Fábula; Lenda; Narrativa de ficção científica; Romance; Conto; Piada; Relato: Relato de viagem; Diário; Autobiografia; Curriculum vitae; Notícia; Biografia; Relato histórico; Argumentativo: Texto de opinião; Carta de leitor; Carta de solicitação; Editorial; Ensaio; Resenhas críticas; Resumos; Expositivo: Texto expositivo; Seminário; Conferência; Palestra; Entrevista de especialista; Texto explicativo; Relatório científico; Instrucional: Receita; Instruções de uso; Regulamento; Textos prescritivos; Cada gênero possui sua característica. Entretanto, é importante destacar que não existe um texto que seja, por exemplo, exclusivamente argumentativo. Ao afirmar que a carta de leitor é argumentativa, as características dominantes são levadas em consideração. Para facilitar a aprendizagem, entenda que o gênero textual é a parte concreta, prática, enquanto a tipologia textual integra um campo mais teórico, mais formal. ATIVIDADE Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO, conforme encaminhamento a seguir: Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Comunicação Linguística Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem TEXTO ARGUMENTATIVO Aluno(a): Turma: MOBILIDADE URBANA COMO UM PROBLEMA 10 de janeiro de 2014 - Categoria: Ideias & Debates Ao falarmos em direito à cidade consideramos também as possibilidade de ver o espaço urbano como algo seu, também englobando, portanto, a atuação política para sua transformação. Por L. Lucas Como resultado de um encontro de militantes de diversos movimentos sociais, ocorrido em São Paulo em 2012, fui convidado para escrever na revista do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sobre transportes e a questão urbana. Por algum motivo o texto nunca foi publicado. Agora, depois de muitos outros frutos mais interessantes daquele encontro, acho interessante divulgá-lo, para pensar, à luz das novas mobilizações, os caminhos discutidos antes de junho Recentemente temos visto a questão da mobilidade urbana ganhar destaque nas discussões sobre a cidade. Parece existir um amplo consenso sobre a necessidade de permitir a melhor circulação das pessoas, resolvendo os problemas de trânsito caótico, diminuindo o tempo gasto em deslocamentos, ampliando as infraestruturas urbanas. Contudo, se pretendemos discutir mobilidade urbana a sério, é necessário ultrapassar aquele consenso e perceber como as contradições sociais presentes na cidade se expressam nesta temática. O enfoque comumente adotado ao se tratar de mobilidade urbana é o caos no trânsito ou, de maneira um pouco mais elaborada, a crise nos transportes, considerando-se como problema básico o tempo gasto com os deslocamentos realizados na cidade. As soluções apontadas para este problema giram em torno de dois eixos: a construção de infraestruturas voltadas para os carros, como avenidas, pontes e viadutos; e maiores investimentos no transporte coletivo, particularmente na expansão da malha metro- ferroviária e na construção de corredores de ônibus. Como os investimentos na circulação de automóveis terão uma seção própria no texto, analisaremos agora os investimentos em transportes coletivos. Estes são feitos com o intuito de garantir que pessoas e mercadorias circulem de maneira mais rápida pela cidade, já que para o empregador não é interessante que um funcionário chegue atrasado ou cansado em seu trabalho, pois assim ele renderá menos. Por outro lado, quanto mais tempo as pessoas gastarem no transporte coletivo menos elas passarão consumindo, implicando em uma menor arrecadação de impostos em todos os âmbitos. Sob a perspectiva dos gastos públicos, há também que se considerar o alto índice de problemas de saúde advindo de nosso modelo de mobilidade, incluindo atropelamentos, doenças respiratórias e stress. Enquanto investimento, a melhoria do transporte coletivo incide na melhor circulação de mercadorias na cidade; em verdade, de uma mercadoria específica, a força de trabalho. A mobilidade urbana seria – deste ponto de vista – a garantia de que o trabalhador efetue seu deslocamento de casa para o trabalho da maneira mais rápida possível. Apesar do estado aparentemente caótico de nosso atual sistema de transporte, é este seu objetivo de fundo. Porém, as mudanças não são fruto da vontade de governantes e empresários. Redija uma dissertação argumentativa, (15 a 20 linhas) expondo seu ponto de vista a respeito do tema. Depois dê um título. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... .............................................................................................................................................................................................................................................................. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 2 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Carta do Leitor Carta do Leitor A carta do leitor, como o próprio nome expõe, é escrita pelo leitor de uma revista ou jornal. Em geral, as cartas do leitor têm várias finalidades, dentre elas: elogiar a publicação, a matéria ou até mesmo o jornalista pela qualidade ou pela abordagem do assunto expressando aprovação aos fatos e ideias mencionadas; criticar a publicação ou o jornalista pela qualidade ou pela abordagem do assunto da matéria ou da reportagem; discordar dos fatos ou das ideias defendidas em um texto publicado na revista ou no jornal. Ao escrever a carta do leitor, o leitor deve defender suas ideias por meio de argumentos, portanto, o argumento é o sustento dessas cartas que objetivam convencer sobre sua opinião. Normalmente, as revistas e jornais de grande circulação têm uma seção exclusiva para a publicação das cartas dos leitores. A revista ao disponibilizar espaço para essa publicação espera que outros leitores sejam incentivados a escrever para a revista ou jornal, assim, os editores desses suportes podem inteirar-se do que agrada ou não seus leitores, fato que pode lhes auxiliar nas futuras publicações. A carta do leitor é escrita para ser publicada e tem como público-alvo, inicialmente, os editores da revista ou do jornal, o jornalista responsável pela matéria sobre a qual se opina e, por fim, os demais leitores. A fim de esclarecimento, observe as cartas dos leitores abaixo: Parabéns para a revista pela matéria sobre os pedidos de “última refeição” dos condenados à morte. Achei muito interessante, respeitosa até, a maneira como a revista abordou o assunto. Mas fiquei surpreso com a generosidade do condenado Philip Workman, além de achar uma crueldade não terem atendido seu último pedido. O homem era um assassino condenado, mas tentou realizar um último ato de bondade antes de morrer e não foi atendido. Acho que todos deveriam ter o direito de tentar se redimir e acalmar um pouco a consciência. Pelo menos o gesto inspirador dele motivou outras pessoas a realizarem seu desejo. Só a Mundo Estranho para trazer matérias tão interessantes sobre assuntos que ninguém merece! Parabéns, pessoal. George Andrade, por e-mail. Pisou na bola Muito fraca a reportagem sobre personalidade. Achei a linguagem muito cheia de termos técnicos, o que não combina com a revista. Também achei a matéria muito curta: quando começa a ficar interessante, acabou! Pisaram na bola dessa vez, edição. Carlos Cavalcanti, Salvador – BA. GÊNERO TEXTUAL: CARTA DO LEITOR CARTA DO LEITOR Características: gênero textual em que um leitor expressa opiniões (favoráveis ou não) a respeito de assunto publicado em revistas, jornais, ou a respeito do tratamento dado ao assunto; nesse gênero textual, o autor pode também esclarecer ou acrescentar informações ao que foi publicado; apesar de ter um destinatário específico – o diretor da revista, ou o jornalista que escreveu determinado artigo –, a carta do leitor pode ser publicada e lida por todos os leitores do meio de comunicação para o qual ela foi enviada; na carta ao leitor, a linguagem pode ser mais mais pessoal (empregando pronomes e verbos em 1ª pessoa) ou mais impessoal (empregando pronomes e verbos na 3ª pessoa) ou ainda pode utilizar os dois tipos de linguagem; a menor ou maior impessoalidade depende da intenção do autor: protestar, brincar ou impressionar, por exemplo. ATENÇÃO: NAS CARTAS, DEVEM CONSTAR: DATA, VOCATIVO, DESPEDIDA, SAUDAÇÕES, ASSINATURA (SEMPRE A ABREVIAÇÃO DO NOME, CASO NÃO HAJA INSTRUÇÃO DE COMO ASSINAR) Cartas publicadas sobre o artigo de opinião "Baleias não me emocionam", publicado na edição de 01/09/2004, da Revista Veja Num tempo em que a hipocrisia e a mídia, de mãos dadas, ditam nosso modo de agir e pensar, fico muito feliz ao ler o último artigo de Lya Luft ("Baleias não me emocionam", Ponto de vista, 25 de agosto). Nós nos sensibilizamos com aquilo que não nos causa esforço. Como nos sensibilizar com um mendigo na calçada quando poderíamos tê-lo auxiliado? Melhor pensar nas baleias, coitadinhas. Como também são coitadinhos aqueles que passam fome na África, nunca os famintos de nossas ruas. Passo, a partir de hoje, a ler seus textos com outros olhos. A senhora ganhou meu respeito e minha admiração. Gilberto Carlos Nunes - Brasília, DF Estou decepcionada com o Ponto de vista escrito por Lya Luft. Não esperava um texto tão frio de uma escritora que havia demonstrado tanta sensibilidade anteriormente. Sou defensora dos animais e acredito que os seres humanos têm uma idéia terrivelmente equivocada de que são prioridade na Terra. Somos apenas elementos que compõem a vida no planeta. Acredito que a humanidade é responsável pelas maiores tragédias do nosso planeta, desde baleias encalhadas até a miséria brasileira de todos os dias. Frida Frick - Cascais, Portugal Comungo com Lya Luft em sua opinião sobre os animais. Compartilho respeito e amor por eles e abomino o trato de gente que tantos bichos recebem enquanto seres humanos não recebem a ínfima parte desse trato. Comovem-me, sim, notícias como a de seres humanos queimados vivos por viverem nas ruas à falta de um teto. Entristece-me, sim, saber que tantos passam frio, não têm o que comer, o que vestir ou que não têm acesso a assistência médica. Quanta criança privada de futuro por já nascer condenada, excluída da sociedade, sem direito a um lar, alimentação, creche, escola, educação... As prisões aí estão abarrotadas e, dentro delas, quantos artistas, médicos, professores, mecânicos, comerciantes, empresários que não tiveram o direito de "nascer" pela falta de mínimas oportunidades. Enquanto isso, verdadeiras somas são direcionadas aos animais... O que é isso? Que inversão é essa? Se a sociedade fosse realmente tão boa e solidária quanto acredita ser, pelo que oferece de amor e dinheiro aos animais, certamente colocaria as prioridades humanas num plano de maior respeito. Diolásia de Lima Cheriegate - Rio de Janeiro, RJ A exemplo de tantas outras espécies, as baleias cada vez mais encalham nas praias de todosos lugares, mais por consequências das ações dos homens do que por seus instintos ou mera fatalidade. Nossos oceanos estão se tornando verdadeiras latas de lixo; empresas e governos realizam testes submarinos cada vez mais intensivos que desnorteiam baleias e outras espécies e a senhora acha que tentar salvar as que encalham é coisa de quem não tem mais o que fazer. Ora, que demagogia achar que devemos abandonar causas que protegem os animais por achar que poderíamos agir mais a favor do ser humano. Um erro não justifica outro. Não é porque há miseráveis e crianças abandonadas que devemos deixar os animais à mercê de sua própria sorte. Toda vida merece ser salva. O homem extermina a natureza e animais por ações criminosas, mas aceitáveis na sociedade, tudo em nome do progresso humano que, infelizmente resume- se aos interesses do poder econômico. Devemos sim, cuidar dos nossos irmãos humanos, porém, jamais abandonar nossos irmãos irracionais, não medindo esforços nem sacrifícios para servir tanto a um quanto a outro, porque todo problema requer cuidados, seja ele qual for. Os animais, como seres espirituais em evolução, são nossos companheiros de jornada, merecendo ser respeitados e, sobretudo, amados. Sylvia Gatto - Itanhaém, SP As emoções brotam nas pessoas por razões diferentes. Há quem chore ao ver um quadro de Picasso e quem não liga a mínima. Eu prefiro baleias a Picasso. Se uma baleia encalhasse na praia onde moro eu ficaria torcendo por sua volta ao mar. Só vi duas até hoje, mesmo assim ao longe. Sei que são enormes e que empurrá-las de volta ao mar exige força, trabalho em equipe, decisão e compaixão. Se encalhasse um ser desses por dia a rotina mataria a emoção e trataríamos baleias como tratamos os velhos, os pobres, os loucos, os doentes... Torçamos para que isso não aconteça. Há algum tempo um tubarão (ou seria um golfinho?) foi morto a pauladas numa praia do Rio. Pergunto-me por que alguém deu a primeira paulada. Não é de assustar? Por que o enjôo com quem se dispõe a salvar, seja lá o que for? É doloroso saber da fome das pessoas e é possível, ao mesmo tempo, se comover com baleias, pessoas e até com corujas condenadas a ausência do par. Os sentimentos não se excluem e envolvem muitos outros detalhes. Vamos torcer pelas baleias e por quem as salva. Torcer pelos que nada têm e pelos que os ajudam. Sobre a coruja de sua infância, prisão é prisão. Coruja quer viver com coruja, solta na mata. Georgeta Gonçalves - São Sebastião, SP ATIVIDADE Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – CARTA DO LEITOR, conforme encaminhamento a seguir: Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Comunicação Linguística Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem A CARTA DO LEITOR Aluno(a): Turma: A seguir, apresentam-se: A matéria original sobre o uso de sacolas plásticas e em seguida, uma carta do leitor. Com base na mesma matéria, produza a sua CARTA DO LEITOR, tomando o cuidado para utilizar todos os elementos de carta. SP SERÁ 2ª CAPITAL A BANIR SACOLA PLÁSTICA Câmara proíbe uso de embalagem que polui água e causa enchentes; medida entra em vigor em 1º de janeiro Projeto segue para a sanção do prefeito, que disse ser favorável à medida; multa prevista vai de R$ 50 a R$ 50 mi TONI SCIARRETTA, DE SÃO PAULO A cidade de São Paulo será a segunda capital brasileira -após Belo Horizonte- a banir do comércio as sacolas plásticas, embalagem praticamente extinta na Europa e em grande parte dos Estados Unidos e que demora mais de cem anos para se decompor no ambiente. A Câmara Municipal aprovou ontem a proibição do uso e da distribuição de sacolas plásticas na cidade de São Paulo. Quem desrespeitar a regra, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2012, poderá ser multado entre R$ 50 e R$ 50 milhões ou ter a licença comercial suspensa. Polêmica, a matéria dividia os vereadores e segue agora para sanção do prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que já vetou uma proposta semelhante no passado alegando deficiência jurídica. Dessa vez, porém, Kassab deve aprová-la porque "interessa à cidade". Além de poluir os mananciais, as sacolinhas também entopem bueiros e causam enchentes. "Somos favoráveis a esse projeto. O encaminhamento é pela aprovação", disse o prefeito ontem, pouco antes da votação na Câmara. O projeto de lei municipal estava em tramitação desde 2007, mas só tomou corpo há duas semanas, quando foi encampado por Roberto Tripoli (PV-SP), ambientalista e líder do governo na Casa. Tripoli tentou organizar um consenso em torno do projeto, que teve ontem 35 votos favoráveis, 5 contrários e 12 abstenções. A proibição valerá para todo o comércio, e não apenas para os supermercados. ACORDO Na semana passada, a Apas (Associação Paulista de Supermercado) fechou acordo com o governador Geraldo Alckmin para banir as sacolinhas até o final do ano no Estado. O acordo só vale para o setor e não prevê punição para quem desrespeitá-lo. Dois vereadores -Aurélio Miguel (PR) e Francisco Chagas (PT)- afirmaram que vão entrar na Justiça contra a lei. Chagas é ligado aos trabalhadores do setor químico, que temem perder emprego com o fim das sacolas plásticas. A fiscalização será feita pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. As sacolas plásticas deverão ser substituídas por embalagens ecológicas, confeccionadas com uma espécie de "plástico verde", que se decompõe em poucos meses. Cada sacolinha custará R$ 0,19 e será vendida nos caixas dos supermercados. Como ocorreu em outras cidades, a ideia é que a cobrança pelas embalagens diminua seu uso. Além da embalagem verde, os supermercados venderão sacolas retornáveis de pano a R$ 1,80. Colaborou EVANDRO SPINELLI, de São Paulo CARTA DO LEITOR 29.05.2011 À Folha de São Paulo Sr. Toni Sciarretta, Em relação à matéria publicada no caderno Mercado em 18.05, em que o Sr. informa sobre a proibição do uso de sacolas plásticas como embalagem a partir de 1º de janeiro próximo, penso que São Paulo demorou muito a tomar a decisão de transformar em lei a proibição. Todas as vezes que vou ao supermercado fico indignada com a quantidade de sacolas que são utilizadas pelos consumidores que não parecem preocupados com as conseqüências que o uso destas embalagens causa ao meio ambiente. Só quero lembrar às autoridades que não basta sancionar a lei. É preciso ter uma fiscalização rigorosa e que as multas previstas sejam realmente aplicadas para aqueles que a desrespeitarem. Espero que não se torne mais uma estratégia de marketing pré eleitoreira, como foi com a lei que proíbe os cidadãos dirigirem alcoolizados. No começo fazem blitz, causam um barulho, mas depois de algum tempo tudo volta ao que era antes: não há fiscalização para coibir as infrações. Atenciosamente Josilda Cardoso – professora de ensino fundamental- São Paulo Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 3 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Texto de Opinião O texto de opinião Os textos de opinião devem ser breves, claros na interpretação dos factos, opinativos, mas devidamente fundamentados sem ferirem a ética e o rigor da escrita. A opinião tem na polissemia um poderoso aliado, pois procura sempre apresentar uma visão crítica, tentando induzir o receptor e levá-lo a compartilhar das suas posições. Os recursos expressivos, quer depreciativos quer laudatórios, são, frequentemente polissémicose presentes através das metáforas e das metonímias. A opinião volta-se para o juízo que cada um ou o grupo (opinião pública) tem sobre alguma coisa. Há uma enorme carga subjetiva na forma de ver a realidade. Podemos recorrer à definição de Platão que diz que a opinião (em grego, doxa) é um juízo sobre os seres do mundo sensível, sendo o seu ponto de partida a sensação que se torna como uma síntese das sensações anteriores. Daí o seu carácter arbitrário que pode traduzir ideias verdadeiras ou falsas. A opinião apresenta os factos, como a informação, enquadrando-os no respetivo contexto, relaciona-os, através de uma interpretação, e elabora um juízo de valor sobre eles. Na opinião, o autor escolhe o ângulo de abordagem dos acontecimentos e das situações, mas não se preocupa com a distanciação nem com a simples explicação imparcial, característica da interpretação. Enquanto a notícia dá a informação, a interpretação explica os factos e as razões, a opinião adianta juízos de valor. Na comunicação social, a opinião surge, frequentemente, em forma de editorial (geralmente, assinado por um elemento da direção editorial) a fazer a apreciação sobre os acontecimentos marcantes da atualidade; de um comentário (assinado por um diretor, editor ou jornalista) ou artigo de fundo, que permite a interpretação e a apreciação valorativa sob o seu próprio ponto de vista; e em forma de artigo de opinião, propriamente dita (assinado por um jornalista ou qualquer outra pessoa convidada), que pode abordar questões diversas desde factos noticiados a questões de arte, de literatura, de cinema ou televisão ou artigos de divulgação científica. O editorial distingue-se dos restantes textos de opinião ao exprimir a opinião e a cultura da empresa como um todo; os outros textos são da responsabilidade apenas dos seus autores. A opinião tem por finalidade informar e influenciar, nomeadamente a nível político ou ideológico. Os opinion makers utilizam os dados da realidade para, a partir deles, convencer. É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe: a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver. b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os. d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender. e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido. f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto). h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo. Reescreva-o, se necessário. ATIVIDADE Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – TEXTO DE OPINIÃO, conforme encaminhamento a seguir: Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Comunicação Linguística Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem TEXTO DE OPINIÃO Aluno(a): Turma: A seguir apresenta-se um texto temático. Com base nesse texto, escreva seu TEXTO DE OPINIÃO. DEGRAUS DA ILUSÃO Lya Luft Fala-se muito na ascensão das classes menos favorecidas, formando uma “nova classe média”, realizada por degraus que levam a outro patamar social e econômico (cultural, não ouço falar). Em teoria, seria um grande passo para reduzir a catastrófica desigualdade que aqui reina. Porém receio que, do modo como está se realizando, seja uma ilusão que pode acabar em sérios problemas para quem mereceria coisa melhor. Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes. Porém, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos com os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas. Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos. "Somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas" (Foto: VEJA.com) Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, tocamos a comprar. Sou de uma classe média em que a gente crescia com quatro ensinamentos básicos: ter seu diploma, ter sua casinha, ter sua poupança e trabalhar firme para manter e, quem sabe, expandir isso. Para garantir uma velhice independente de ajuda de filhos ou de estranhos; para deixar aos filhos algo com que pudessem começar a própria vida com dignidade. Tais ensinamentos parecem abolidos, ultrapassadas a prudência e a cautela, pouco estimulados o desejo de crescimento firme e a construção de uma vida mais segura. Pois tudo é uma construção: a vida pessoal, a profissão, os ganhos, as relações de amor e amizade, a família, a velhice (naturalmente tudo isso sujeito a fatalidades como doença e outras, que ninguém controla). Mas, mesmo em tempos de fatalidade, ter um pouco de economia, ter uma casinha, ter um diploma, ter objetivos certamente ajuda a enfrentar seja o que for. Podemos ser derrotados, mas não estaremos jogados na cova dos leões do destino, totalmente desarmados. Somos uma sociedade alçadana maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande tolo não vê. A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, de educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, decididamente, em educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso como nossa prioridade. Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso não é subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho ilusão de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto. Leia atentamente o texto e produza seu texto de opinião em que fique evidenciado seu ponto de vista com relação à proposição: Dê um título à sua produção. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 4 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Carta de solicitação A carta de solicitação Os textos de opinião devem ser breves, claros na interpretação dos factos, opinativos, mas devidamente fundamentados sem ferirem a ética e o rigor da escrita. A opinião tem na polissemia um poderoso aliado, pois procura sempre apresentar uma visão crítica, tentando induzir o receptor e levá-lo a compartilhar das suas posições. Os recursos expressivos, quer depreciativos quer laudatórios, são, frequentemente polissémicos e presentes através das metáforas e das metonímias. Cartas de reclamação e de solicitação As cartas de reclamação e de solicitação são gêneros pertencentes à modalidade argumentativa, cuja finalidade é buscar soluções para uma problemática instaurada. Permeados em meio às distintas situações comunicativas que compartilhamos cotidianamente se encontram aqueles gêneros que permitem expressarmos nosso posicionamento de forma ainda mais democrática acerca dos problemas sociais, entre eles, o abaixo-assinado, a carta aberta, carta do leitor e, por que não dizer, as cartas de reclamação e de solicitação, todas essas modalidade marcadas pelo teor argumentativo. Assim, em se tratando do gênero em questão, eis que ambas as modalidades nos instigam a um questionamento relevante: se assim se concebem, ou seja, se uma diz respeito à reclamação e a outra à solicitação, para quem, ou seja, quem será o destinatário para o qual tais cartas serão enviadas? Nesse sentido, como se trata de um espaço em que você terá a oportunidade de fazer reivindicações acerca de uma problemática instaurada, obviamente que tem de se tratar de alguém com plenos poderes para tal, caso contrário, a finalidade discursiva a que se propõe a comunicação não teria nenhuma aplicabilidade. Nesse sentido, seja para apresentar reclamações acerca de um problema voltado para a comunidade de uma forma geral, seja para solicitar que algo seja resolvido, o fato é que quanto mais os argumentos apresentados estiverem calcados em bases sólidas, em ideias que realmente farão a diferença no momento de fazer com que o interlocutor se convença de que realmente o problema carece de um olhar mais cuidadoso, mais as possibilidades de retorno poderão ser efetivadas. No que se refere à linguagem nelas manifestadas, cabe ressaltar que além de fazer uso do padrão formal, a precisão, objetividade e consistência nos argumentos elencados são, sobretudo, fatores imprescindíveis, preponderantes. Não esquecendo, sobremaneira, de que tais modalidades, assim como os demais gêneros, obedecem a uma estrutura previamente definida, a qual deve ser rigorosamente seguida. Dessa forma, entre os elementos, cabe ressaltá-los: * Local e data; * Identificação do destinatário – por se tratar de alguém cujo cargo ocupado requer um tratamento mais respeitoso, o uso do pronome de tratamento adequado se torna indispensável; * Vocativo; // * Corpo do texto, seguido de argumentos que justifiquem o discurso manifestado; // * Expressão de despedida; // * Assinatura; // * Nome do remetente. MODELO DE CARTA DE SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO (PESSOA FÍSICA) À Comissão Organizadora Projeto “Natal de Paz, Natal Azul” Prefeitura Municipal de Campinas Eu, (nome completo do requerente), credenciado como (empreendedor na Secretaria Municipal de Trabalho e Renda ou expositor na Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Quitutes e Esotéricos da Secretaria Municipal de Cultura), portador(a) da Cédula de Identidade (número completo), CPF (número completo), residente e domiciliado na (endereço completo), telefone de contato (fixo e celular), solicito minha inscrição no rol das tendas de comercialização de (alimentos e bebidas ou artesanato) da Praça de Alimentação e Artesanato do “Projeto Natal de Paz, Natal Azul” que acontecerá nos dias 11, 12, 13, 18, 19, 20, 21, 22 e 23 de dezembro de 2009, na Praça Arautos da Paz, em Campinas. Estou enviando, anexados a esta, o nome do(s) (prepostos ou auxiliares) e as placas e modelos dos carros que deverão ser credenciados para o estacionamento especial. Declaro estar ciente e de acordo com o Regulamento da da Praça de Alimentação e Artesanato do “Projeto Natal de Paz, Natal Azul”. Campinas, de de 2009 Assinatura do solicitante Nome completo ATIVIDADE Elaboração de TEXTO ARGUMENTATIVO – CARTA DE SOLICITAÇÃO. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 5 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Editorial O Editorial O editorial é um tipo de texto no qual o autor exprime o parecer do jornal acerca de determinado fato. É um texto dissertativo que tem como finalidade propagar a ideia da empresa. Apresenta ideias que evidenciam o ponto de vista escolhido pelo jornal a respeito da matéria em evidência. Um editorial é um artigo que apresenta a opinião de um grupo sobre determinada questão; por causa disso, ele normalmente não é assinado. Assim como um advogado faria, escritores de editoriais discutem sobre um argumento que já foi feito e tentam persuadir os leitores a concordar com eles acerca de determinado assunto atual e polêmico. Essencialmente, um editorial é um artigo de opinião com um pouco de notícias. A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de Edição jornalística). Em casos em que as próprias matérias do jornal são imbuídas de uma carga opinativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se que é Jornalismo de Opinião. Como Fazer, Passo a Passo(REDAÇÃO COLEGIAL) 1° Passo : Faça a introduçao Falando Sobre o Fato sem detalhaçoes , Só os momentos que aconteçerao no máximo estes parágrafo dará 5 Linhas , no 1° paragrafo 2° Passo : Faça a Descriçao com todos os acontecimentos do fato detalhado . No 2° e 3 Paragrafo q junto no máximo dará 20 Linhas . 3° Passo : Faça a conclusao , Dizendo como fazer para Evitar oq aconteceu no fato ou como parar, no máximo 6 Linhas Linha editorial Linha editorial é uma política predeterminada pela direção do veículo de comunicação ou pela diretoria da empresa que determina "a lógica pela qual a empresa jornalística enxerga o mundo; ela indica seus valores, aponta seus paradigmas e influencia decisivamente na construção de sua mensagem"1. A linha editorial orienta o modo como cada texto será redigido, define quais termos podem ou não, quais devem ser usados, e qual a hierarquia que cada tema terá na edição final (seja em páginas do meio impresso ou na ordem de apresentação do telejornal ou radiojornal e na web). Dessa forma, a linha editorial pode ser considerada um valor-notícia. No entanto, "a linha editorial não é um valor-notícia dos fatos a serem abordados (ou seja, um valor-notícia de seleção), mas sim um valor-notícia da forma de realizar a pauta (ou seja, um valor-notícia de construção)"2. O editorial está normalmente em Jornais, revistas e artigos de internet. Artigos e Artiguetes Grande parte dos jornais impressos (e também digitais) reserva uma página ou um espaço para a publicação de artigos opinativos por personalidades, especialistas ou convidados que tenham um comentário ou uma opinião relevante a expressar. Muitas vezes a página de artigos é editada ao lado da página editorial, quando não na mesma. Em TV e rádio, esta prática é mais rara. Outro espaço dedicado a textos opinativos, embora não de conteúdo editorial e raramente de teor jornalístico, são as colunas e Críticas. Além da página de editoriais principal, alguns veículos impressos optam por inserir ainda as chamadas notas editoriais em outras páginas, geralmente ao lado da matéria que trata do assunto opinado. Em alguns jornais, esta prática também é apelidada de artiguete ou nota pepino duro. Editorial de uma revista e de um jornal: o primeiro assinado e o outro não O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente. É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa. Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado. Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém. Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo. O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu. Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento. O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”! Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal como um todo, muitos editoriais de revista mostram apreciações feitas por autores que assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto em uma foto! Veja: O material que faz a diferença Janeiro é o mês especialmente dedicado à escola. Neste início, múltiplas atividades focalizam a arrumação, manutenção e organização do prédio, o planejamento curricular dos professores e das equipes técnicas, a realização de cursos e de seminários de atualização dos docentes, reuniões com funcionários e todo um elenco de ações que envolvem naturalmente a participação real das famílias dos estudantes. Assim parece ser o cenário escolar das escolas públicas e privadas. E nem poderia ser diferente, num País que precisa se comprometer eticamente com a educação das crianças e dos adolescentes. Mas, dentre as despesas de consumo escolar das famílias, destaque-se o item material escolar, a ser usado pelos estudantes durante o ano letivo. Nessa despesa obrigatória, encontra-se uma considerável lista de livros-textos das diferentes disciplinas, livros de leituras complementares também das disciplinas, cadernos, lápis e canetas, que devem ser adquirida à vista ou a crédito, com ou sem desconto. Nesse processo, o estudante se assume como consumidor de um material que interfere financeiramente na renda familiar. Essa lista já faz uma primeira diferença entre a escola pública e a particular, apesar da distribuição aparentemente gratuita dos livros didáticos inseridos nos programas educacionais do MEC. O ministério, por sinal, estabelece a devolução dos livros para serem reutilizados por alunos das séries subsequentes. A segunda diferença consiste concretamente na utilização desse material pelos professores e pelos estudantes, o que nem sempre acontece. E uma terceira diferença diz respeito à qualidade gráfica do livro, que rapidamente se deteriora por meio de páginas que se soltam ou se perdem nas pesadas mochilas dos estudantes. O problema dessas listas de material escolar tem origem na participação pedagógica do professor, que, individualmente ou em grupos interdisciplinares, orienta a compra do material de acordo com os objetivos e metodologias de sua disciplina, no bojo de um planejamento que não se adapta mais a uma visão unidisciplinar, isto é, de disciplinas isoladas, por não levarem a uma visão de contexto em que a transdisciplinaridade permite que se trabalhe o conhecimento cotidiano dos estudantes sob diversos ângulos de reflexão. Do outro lado do problema das listas, estão os bolsos das famílias que já têm outras despesas escolares, se a escola for particular. Tais despesas repercutem e pesam fortemente no orçamento familiar, mas que é suportado por garantir um possível bom ensino em função de uma preparação intelectual condizente com a modernidade. Entre os objetivos pedagógicos dos professores e da escola e as despesas das famílias, concentram-se reclamações que devem ser vistas por todos. Uma dessas reclamações é relativa ao excesso de material solicitado. Para as famílias, significa o consumo do supérfluo que onera em muito o orçamento doméstico. Pode-se considerar um absurdo comprar um material que servirá apenas de ornamento numa sala de aula, principalmente se for considerado que muitas vezes as ações pedagógicas valorizam os exuberantes meios tecnológicos a serviço da didática e da metodologia e se esquecem ou ignoram as próprias finalidades da educação. Considere-se, porém, o significado cultural da produção capitalista do material escolar usado no País, na relação das editoras com os autores dos livros. É uma relação que movimenta consideráveis somas de dinheiro, de direitos autorais, da escolha nacional dos professores que têm o privilégio de se tornar produtores desse material didático que abrange também o acervo das bibliotecas. É preciso uma leitura questionadora e crítica do professor, objetivando a formação educacional e cultural do estudante. Texto extraído do site do Jornal O Liberal - http://www.orm.com.br/oliberal/ ATIVIDADE Diante do que estudamos sobre EDITORIAL, escolha um assunto e produza o seu. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 6 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Resenha A RESENHA A Resenha é um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliaçãosobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica. A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente. O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros, filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas. A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas. O que deve constar numa resenha Devem constar: O título A referência bibliográfica da obra Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada O resumo, ou síntese do conteúdo A avaliação crítica O título da resenha O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir: Título da resenha: Astro e vilão Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995 Título da resenha: Com os olhos abertos Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995 Título da resenha: Estadista de mitra Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996 A referência bibliográfica do objeto resenhado Constam da referência bibliográfica: Nome do autor Título da obra Nome da editora Data da publicação Lugar da publicação Número de páginas Preço Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço. Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995). O resumo do objeto resenhado. O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado. Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton. “Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português". O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante". Pode-se também resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos. Veja o exemplo da resenha "Receitas para manter o coração em forma" (Zero Hora, 26 de agosto, 1996), sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", produzido pela LDA Editora, com o apoio da Beal. ATIVIDADE Diante do que estudamos sobre RESENHA, aproveite o texto a seguir e faça a sua. TEXTO PARA RESENHAR Tecnologia da informação Marcos Abramo A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visam permitir a produção, armazenamento, transmissão, acesso, segurança e o uso das informações. Na verdade, as aplicações para TI são tantas – estão ligadas às diversas áreas — que há várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue determiná-la por completo. É a área de Informática que trata a informação, a organização e classificação de forma a permitir a tomada de decisão em prol de algum objetivo. A Tecnologia da informação pode contribuir para alargar ou reduzir as liberdades privadas e públicas, ou tornar-se em instrumento de dominação. O termo O TI é uma grande força em áreas como finanças, planejamento de transportes, design, produção de bens, assim como na imprensa, nas atividades editoriais, na produção musical e cinematográfica, no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação), introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados e obras armazenadas; reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial. Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos de dados, de editoração eletrônica, bem como de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a Internet). A difusão das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os cidadãos geralmente não têm acesso a grande quantidade de informação sobre eles, coletadas por instituições particulares ou públicas. As tecnologias da informação não incluem somente componentes de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo da informação, como técnicas de classificação, por exemplo, que não requerem uso de máquinas apenas em um esquema. Esse esquema pode, também, ser incluído em software que será usado, mas isso não elimina o fato de que a técnica já existia independentemente do software. As tecnologias de classificação e organização de informações existem desde que as bibliotecas começaram a ser formadas. Qualquer livro sobre organização de bibliotecas traz essas tecnologias. Os maiores desenvolvedores mundiais desse tipo de tecnologia são Suécia, Singapura, Dinamarca, Suíça e Estados Unidos, segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009-2010 do Fórum Econômico Mundial. O Brasil é o 69º nesse ranking. Tecnologias de Informação (TI) nas organizações: Impactos dos Sistemas de Informação (SI) / Tecnologias de Informação (TI) nas organizações A introdução de SI/TI numa organização irá provocar um conjunto de alterações, nomeadamente em nível das relações da organização com o meio envolvente (analisadas em termos de eficácia) e em nível de impactos internos na organização (analisados através da eficiência). As TI são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis da estruturaorganizacional: No nível estratégico, quando uma ação é suscetível de aumentar a coerência entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional; Nos níveis operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, traduzidos em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. No entanto, ao ser feita essa distinção, não significa que ela seja estanque, independente, pois existem impactos simultâneos nos vários níveis: estratégico, operacional e tático. Assim, temos que os SI permitem às organizações a oferta de produtos a preços mais baixos, que, aliados a um bom serviço e à boa relação com os clientes, resultam numa vantagem competitiva adicional, através de elementos de valor acrescentado cujo efeito será a fidelidade dos clientes. A utilização de SI pode provocar, também, alterações nas condições competitivas de determinado mercado, em termos de alteração do equilíbrio dentro do setor de atividade, dissuasão e criação de barreiras à entrada de novos concorrentes. Os SI/TI permitem, ainda, desenvolver novos produtos/serviços aos clientes ou diferenciar os já existentes dos da concorrência e que atraem o cliente de forma preferencial em relação à concorrência. A utilização de alta tecnologia vai permitir uma relação mais estreita e permanente entre empresa e fornecedores, na medida em que qualquer pedido/sugestão da parte da empresa é passível de ser atendido/testado pelos fornecedores. A tecnologia permitiu uma modificação na maneira de pensar e de agir dos produtores e consumidores. As Tecnologias de Informação têm reconhecidamente impactos no nível interno das organizações: na estrutura orgânica e no papel de enquadramento/coordenação na organização; em nível psicossociológico e das relações pessoais; no subsistema de objetivos e valores das pessoas que trabalham nas organizações; bem como no subsistema tecnológico. Os maiores benefícios somem quando as estratégias organizacionais, as estruturas e os processos são alterados conjuntamente com os investimentos em TI. As TI’s permitem, assim, ultrapassar todo um conjunto de barreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas agirem e reagirem rapidamente aos clientes, mercados e concorrência. Tecnologia de Informação e seu impacto na segurança empresarial A Tecnologia da Informação segue em avanço constante, mas ao mesmo tempo sua gestão no quesito segurança, não acompanha o mesmo ritmo das políticas de segurança e não está ainda em um patamar que pode ser considerado eficiente. Com tantos recursos disponíveis e possibilidades quase ilimitadas, os gestores esquecem que agora sua empresa possui mais uma porta para o mundo, porta esta que, se aberta, pode dar a um indivíduo valiosas informações sobre sua organização. Temos então um caso em que a tecnologia da informação se torna um risco devido a problemas de gerenciamento, é importante ressaltar os problemas que a tecnologia traz para as empresas além de seus benefícios, pois segurança também gera custos e, quando lidamos com alta tecnologia, os investimentos nem sempre são pequenos nessa área. Tecnologia da informação na saúde A tomada de decisões no sector público de saúde é extremamente dependente de uma informação eficaz e atempada. Todavia, segundo a OMS, na prática raramente os sistemas de informação de saúde funcionam sistematicamente pois são complexos, fragmentados e não respondem às necessidades. Todavia, estes são de extrema importância na manutenção dos direitos humanos, podendo documentar desigualdades de acesso aos cuidados. Da mesma forma, podem auxiliar a criação de uma plataforma de ação, fomentando o desenvolvimento sanitário de um tipo de população, social e economicamente desagregada, permitindo o seu acesso à informação. Evolução da Tecnologia de Informação Conhecendo a evolução histórica da Tecnologia da Informação (TI) podemos compreender o quanto essa ferramenta é necessária hoje nas empresas e perceber, por exemplo, como os sistemas atuais são modificados, desenvolvidos e aplicados. O desenvolvimento da TI, segundo Keen (1996, p. XXV) pode ser divida em quatro períodos distintos: Processamento de dados (década de 1960); Sistemas de informações (década de 1970); Inovação e vantagem competitiva (década de 1980); Integração e reestruturação do negócio (década de 1990); De acordo com Foina (2001), foi com o advento dos computadores nas empresas e organizações que a TI surgiu. Antes, o processo de tratamento das informações eram em formatos de memorandos, planilhas e tabulações, todas datilografadas e distribuídas por meio de malotes aos funcionários. Analisando os avanços da TI vemos o quanto esse instrumento de tomada de decisão é importante no mundo dos negócios, nas empresas e na própria tecnologia. A Era do Processamento de Dados Em 1960 os computadores começaram a se tornar importantes para as grandes e médias empresas, mas eram limitadíssimos quanto a aplicações e incompatíveis entre si. Os avanços da informática eram puxados pelo hardware como melhorias no custo, velocidade dos equipamentos e as aplicações, onde esse último era construído “do zero”, pois não existiam empresas dedicadas ao desenvolvimento de pacotes. Na década de 1970, as linhas telefônicas de voz passaram a permitir o acesso a terminais remotos de computadores e as telecomunicações se tornam uma base tecnológica, levando as empresas a automatização das atividades burocráticas. Toda a ação acontecia na sala de processamento de dados os chamados CPD´s (Centro de Processamento de Dados) responsáveis pelo tratamento das informações, onde o acesso a esse volume de dados eram realizados por relatórios gerados pelo sistema ou terminais ligados ao computador central. Porém havia resistência por parte de usuários ao novo sistema e centralização das operações. A Era dos Sistemas de Informações Em meados de 1970 as transformações tecnológicas começaram a abrir novas opções para a transformação de dados em informações e ao melhoramento e adequação dos sistemas de acordo com as necessidades da empresa, porém ainda era um período de extrema centralização. O terminal, pela primeira vez, se torna flexível, permitindo o computador processar diversas tarefas simultaneamente com vários usuários. Surge também os pacotes de software, onde combinado com a flexibilidade dos terminais estimulou uma série de inovações que vieram a ser conhecidas como “sistemas de apoio à decisão”. Segundo Keen (1996, p. XXXVII), “a maior evolução técnica dessa época foi a passagem do processamento de transações para o gerenciamento de banco de dados." Surge então os sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBDs), que organizam as informações de uma maneira eficaz, evitando duplicidade e facilitando sua análise. Assim os velhos CPDs começaram a se transformar em bibliotecas de informações. Os profissionais de informática eram os que mais resistiam às mudanças. A Era da Inovação e Vantagem Competitiva Em 1980, ocorreram mudanças tecnológicas principalmente em tecnologias de escritório e microcomputadores, e o termo “Tecnologia da Informação” passou a ser mais usado. Os gerenciadores de banco de dados se tornaram disponíveis nos PCs e softwares de custo baixo dominaram o mercado, assim as atenções se voltavam para o mercado em busca de novas estratégicas com base das tecnologias de TI. As telecomunicações e os microcomputadores liberaram o uso da TI nas empresas do mundo todo. Criou-se programas de “consciencializaçãogerencial” para os altos executivos e o Centro de Suporte ao Usuário (CSU) ou o chamado Help Desk, onde os usuários consultavam para esclarecer dúvidas, além de receberem consultoria na área tecnológica, ambos para possibilitar o acesso e conhecimento das ferramentas de TI existentes nas empresas e uma maior aceitação. Mesmo com todos os avanços da época, como as redes locais, os computadores ainda eram incompatíveis entre si, dificultando assim a integração dos sistemas e uma maior flexibilidade. A busca pela descentralização se torna mais forte. Compreende uma sociedade politicamente organizada que adquiriu consciência de sua própria unidade e controle , sobre ,um território próprio. Um povo politicamente organizado pode chegar a sua informação . A Era da Integração e Reestruturação do Negócio Na década de 1990, sistemas abertos, integração e modelos se tornam itens essenciais nos departamentos de sistemas acabando com a incompatibilidade. A integração tecnológica flexibilizou e facilitou a troca e o acesso às informações otimizando o funcionamento da empresa. Surge, por exemplo, o sistema EDI (electronic data interchange ou troca eletrônica de dados). “A TI é reconhecida como fator crítico de capacitação, principalmente através das telecomunicações, que permite eliminar barreiras impostas por local e tempo às atividades de coordenação, serviço e colaboração”.(KEEN, 1996, p. XLIX). De modo súbito, a mudança se acelerou em quase todas as áreas do negócio e da tecnologia. A transformação e utilização das ferramentas da TI se tornam globais e as distinções entre computador e comunicação desaparecem mudando radicalmente o mundo dos negócios. O computador se torna elemento de TI indispensável em uma organização. Referências ALMEIDA, Andreia As TIC e a Gestão da Informação nos Hospitais Públicos Portugueses SEMIME 2013 - Livro de Resumos. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana, 2013. KENN, Peter G. W. Guia Gerencial para a tecnologia da informação: Conceitos essenciais e terminologia para empresas e gerentes. Rio de Janeiro: Campus, 1996. FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de informação: planejamento e gestão / Paulo Rogério Foina. - São Paulo: Atlas, 2001. Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus de Medianeira Professora Maria Fatima Menegazzo Nicodem Aula 7 – Comunicação Linguística Texto Argumentativo: Resumo O RESUMO O Resumo é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária ou artística. Um resumo é ato de resumir alguma coisa através de uma síntese ou sumário. Fazer um resumo significa apresentar o conteúdo de forma sintética, destacando as informações essenciais do conteúdo de um livro, artigo, argumento de filme, peça teatral, etc. Em algumas ocasiões, a palavra sinopse é usada como sinônimo de resumo. A elaboração de um resumo exige análise e interpretação do conteúdo para que sejam transmitidas as ideias mais importantes. Um resumo pode ser indicativo, informativo ou crítico (com opiniões críticas do autor). O resumo é um exercício escolar cobrado frequentemente pelos professores. Escrever um texto em poucas linhas ajuda o aluno a desenvolver a sua capacidade de síntese, objetividade e clareza: três fatores que serão muito importantes ao longo da vida escolar. Além de ser um ótimo instrumento de estudo da matéria para fazer um teste. No Brasil, as normas em vigor para os resumos incluídos em trabalhos científicos e acadêmicos são da autoria da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Resumo é sinônimo de "recapitulação", quando, ao final de cada capítulo de um livro é apresentado um breve texto com as ideias chave do assunto introduzido. Outros sinônimos de resumo são: sinopse, sumário, síntese, epítome e compêndio. O resumo dos capítulos de uma novela é um recurso muito utilizado pelos canais de televisão, revistas ou sites específicos para apresentação diária de uma sequência dos principais acontecimentos em determinado capítulo. Resumo e resenha Uma resenha é um texto onde existe a opinião crítica da pessoa que escreve em relação ao livro ou documento sobre o qual foi elaborada a resenha. Apesar de transmitir a opinião do escritor, a utilização da primeira pessoa em uma resenha não é recomendada. É importante referir que no caso da resenha descritiva, a opinião do autor pode não estar presente. Por outro lado, o resumo não contém a opinião (a não ser que se trate de um resumo crítico), e se trata apenas de uma síntese das principais ideias do livro ou documento. Como fazer um resumo O primeiro passo para fazer um resumo consiste na leitura atenta do texto que vai ser resumido. Depois devem ser identificados nos diferentes parágrafos os conceitos-chave, ou seja, as ideias mais importantes. Em seguida, deve ser feito o resumo, onde os parágrafos são descritos de forma concisa, nunca esquecendo de abordar os conceitos mais importantes. Como conclusão, deve ser feita uma leitura atenta do resumo, para comprovar que as principais idéias do texto original estão incluídas no resumo. Há diversas situações em que precisamos elaborar um resumo: contar um capítulo da novela para uma amiga, indicar um livro a alguém, realizar uma tarefa pedida pelo professor, submeter um trabalho a uma comissão julgadora. Em cada um desses exemplos, é preciso sintetizar aquilo que lemos ou vimos; no entanto, alguns precisam ser mais elaborados do que outros. Como fazer, por exemplo, um bom resumo escolar ou acadêmico? Quais são os detalhes que não podem faltar? Características de um bom resumo: Correção gramatical – Releia o seu texto para ver se não há nada estranho; confira a ortografia, a coerência interna, a coesão. Se possível, leia-o em voz alta, o que pode ajudar na hora de perceber algumas coisinhas fora do lugar. Indicação de dados sobre o texto resumido – Autor e título são as informações básicas; portanto, não podem ser esquecidas. Também é recomendável indicar a editora, o ano de publicação e o gênero da obra. Apresentação das ideias principais e a relação entre elas – O resumo não é um amontoado de frases soltas. Considere argumentos, justificativas, conclusões, teses. Uma das maneiras de estabelecer tais relações é o uso de conectivos ou organizadores textuais. Em língua portuguesa, há aqueles que indicam contraste de ideias, os que introduzem conclusões, causas, entre outras ideias. Menção ao autor do texto resumido – O resumo é sempre um texto sobre outro texto e é preciso que isso fique muito claro para o leitor. Assim, é necessário que o autor da obra original seja mencionado de diversas formas. Para isso, podemos utilizar a substituição de termos por outros equivalentes. Menção a diversas ações do autor – Referência a seus questionamentos, debates e explicações. Utilizamos verbos como definir, classificar, enumerar, argumentar, incitar, levar a, abordar, enfatizar, ressaltar. O que NÃO deve aparecer em um resumo: Comentários pessoais misturados aos dados do texto. Texto incompreensível, confuso e que não permite que o leitor compreenda a ideia central da obra original. Transcrição de trechos do texto original. Avalie seu resumo: Após escrever seu texto, releia-o e veja se atende aos seguintes critérios: O resumo apresenta de maneira clara as informações básicas como o nome do autor original e o título da obra resumida? Ele é adequado ao objetivo da atividade proposta (um resumo acadêmico, por exemplo)? O texto está adequado ao destinatário (o professor, o leitor de um site, o