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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DA DISCIPLINA DE COSMÉTICOS E SANIFICANTES FORTALEZA – CE 2022 PRÁTICA 01 – ENXAGUANTE BUCAL Introdução Antisséptico bucal, elixir bucal, colutório, enxaguatório ou ainda enxague bucal são líquidos utilizados para realizar a higiene da cavidade oral. O seu uso diário pode evitar diversos problemas, como cáries, formação de placa bacteriana, mau hálito e gengivite, entre outros. Alguns produtos usam doses extras de flúor e/ou contêm agentes branqueadores dos dentes em sua composição. Há produtos que contêm álcool e outros que não. O uso prolongado dos antissépticos bucais que possuem álcool em sua fórmula podem agredir a mucosa, causando uma descamação, afeta também as papilas linguais, interferindo assim na função gustativa e pode também interferir na coloração do elemento dental. A cavidade bucal é um ambiente ideal para o crescimento de microrganismos, tendo sido identificadas em torno de 500 espécies bacterianas, com características morfológicas e bioquímicas distintas. Visando a eliminação de microrganismos indesejados o desenvolvimento de novas técnicas e metodologias para tratamento se faz essencial. Entre as metodologias de combate a microrganismos é o uso de enxaguante bucal, visando os benefícios de seu uso a nossa equipe por meio da aula prática de cosméticos e sanificantes, coordenado pela professora Edilene Oliveira desenvolveu essa formulação no laboratório de farmacotécnica do centro universitário Maurício de Nassau. Materiais e métodos Tabela 1. Para a formulação do enxaguante bucal foram utilizados os seguintes excipientes. Excipientes Função na fórmula Sacarina sódica Confere sabor doce Triclosan Antisséptico EDTA Agente quelante Benzoato de sódio Solvente Antioxidante Álcool etílico Solvente Propilenoglicol Umectante Polissobato Tensoativo Salicilato de metila Antisséptico, ação refrescante Mentol Confere sensação de frescor Aromatizante de laranja Confere aroma de laranja Corante laranja Confere coloração alaranjada Água purificada Veículo Hidróxido de sódio Ajuste de Ph Tabela 2. Concentrações utilizadas para formulação do enxaguante bucal. Excipiente Concentração Sacarina sódica 0,5g Triclosan 0,3g EDTA 0,05g Benzoato de sódio 10g Álcool etílico 10ml Propilenoglicol 15ml Polissobato 1,2ml Salicilato de metila 0,07g Mentol 0,04g Aromatizante de laranja 1ml Corante 6gts Água purificada 100ml Hidróxido de sódio qsp Primeiramente pesou-se na balança a Sacarina, EDTA e Benzoato de sódio e dissolveu-se em 60 ml de água aquecida em Becker. Após pesa-se o triclosan, salicilato de metila, o mentol e através de uma pipeta, pipetou-se 10 ml de álcool etílico e dissolveu-se em um Becker. Após todas as substâncias serem dissolvidas transferiu-se para o cálice e se deu início o processo de mistura. Após isso, acrescentou-se 15 ml de propilenoglicol mais 1,2 ml de Polissobato 80 e 1ml de Aroma. O corante foi acrescentado em 6 gotas, além disso, foi usado 22,8 ml de água pra completar a solução total de 100 ml. No final do processo, foi realizado o teste de ph que ficou entre 6 e 7. Resultado e discussão O resultado obtido foi uma formulação de ph ideal, contendo todas as concentrações em quantidades que não excederam as concentrações previamente preconizadas pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA). A cor observada no final, além do sabor e aroma faziam alusão a laranja, uma vez que a sensação de frescor causado pelo salicilato de metila e pelo mentol assemelham-se com a leve acidez presente na ingestão natural da fruta, tornando assim a formulação mais palatável. PRÁTICA 02 – XAMPU Introdução O xampu (do inglês, shampoo, que vem do hindi, chāmpo (चाँपो [tʃãːpoː]) ''massageie com as mãos” tem a finalidade de cuidar do cabelo, e consiste em um produto utilizado principalmente para remover óleo do cabelo, sujeira, pele morta do couro cabeludo que se agregam ao cabelo com o tempo. Originalmente, sabão e xampu eram produtos muito similares. Ambos eram substâncias de emulsão tensoativas, um tipo de detergente. A formulação do xampu desenvolveu-se, tornando-se específica para a limpeza dos cabelos, e não um produto para o corpo em geral. Durante o século XX, diferentes tipos de xampus foram criados para cada tipo de cabelo; e atualmente utiliza-se principalmente substâncias sintéticas. O xampu, uma vez que é considerado um produto de higiene pessoal essencial e de uso contínuo, tornou-se um produto globalizado e rentável. Sabendo disso, diversas empresas do ramo de produtos estéticos e de cuidados pessoais decidiram investir em formulações e apresentações diferentes, buscando exclusividade e consequentemente uma elevação do número de vendas. Tendo em vista o valor econômico e de uso dos xampus, nossa equipe orientada pela professora Edilene Oliveira preparou uma formulação de xampu no laboratório de farmacotécnica do centro universitário Maurício de Nassau. Materiais e métodos Tabela 1. Para a formulação do xampu foram utilizados os seguintes excipientes. Excipientes Função na fórmula Extrato de jaborandi Ativo Cocoamidopropilbetaína Tensoativo anfótero Dietolamina de ácido graxo de coco Tensoativo aniônico Glicerina Umectante Mutilparabeno Conservante Propilparabeno Conservante EDTA Agente quelante Lauril éter sulfato de sódio Tensoativo aniônico Essência de frutas vermelhas Confere aroma de frutas vermelhas Corante vermelho Confere cor avermelhada Água purificada Veículo Ácido cítrico Ajuste de Ph NaCl Ajuste de viscosidade Tabela 2. Concentrações utilizadas para formulação do xampu. Excipientes Concentração na fórmula Extrato de jaborandi 2% (2ml) Cocoamidopropilbetaína 6% (6g) Dietolamina de ácido graxo de coco 4% (4g) Glicerina 2% (2g) Mutilparabeno 0,01% (0,01g) Propilparabeno 0,001% (0,001g) EDTA 0,01% Lauril éter sulfato de sódio 21% (28g) Essência q.s Corante q.s Água purificada q.s.p 100ml Ácido cítrico q.s (50%) NaCl 1.s (25%) O processo da produção da fórmula se deu início com as pesagens em balança analítica dos excipientes: Cocoamidopropilbetaína, Dietolamina de ácido grago de coco, glicerina, metilparabeno, propilparabeno, laurel éter sulfato de sódio. Após pesagem todos os excipientes ficaram devidamente guardados em diferentes béqueres, devidamente etiquetados para o uso. Já o extrato de jaborandi foi aferido em uma pipeta e colocado em um béquer para uso posterior. Na segunda etapa, o EDTA o metilparabeno e o propilparabendo foram solubilizados em água purificada que estava em um béquer sob aquecimento em uma temperatura de 60°c. Simultaneamente os outros membros da nossa equipe deram início ao processo de mistura do cocoamidopropilbetaína com a dietolamina e glicerina em um béquer que também estava sob aquecimento, a temperatura era de 40°c nessa etapa. O lauril éter sulfato de sódio foi adicionado ao extrato de jaborandi em um béquer. A terceira etapa se deu início com a mistura de todas as 3 fases que haviam sido preparadas anteriormente e se encontravam separadas em seus devidos recipientes. Após a mistura foi adicionado o corante vermelho e a essência de frutas vermelhas, em quantidade suficiente para percepção visual e olfativa. Posteriormente foi verificado o Ph da fórmula e foi necessário um pequeno ajuste com ácido cítrico e um leve ajuste de viscosidade usando um pouco de solução de NaCl. Resultado e discussão O resultado obtido foi uma formulação de ph ideal, contendo todas as concentrações em quantidades que não excederam as concentrações previamente preconizadas pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA). A cor observada no final, além do sabor e aroma faziam alusão a frutas vermelhas, tornando a apresentação da formulação semelhante a diversas outras formulações já comercializadas.
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