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Mecânica dos Solos II Aula 02 – Mecanismos de ruptura no solo Profa Paloma Medeiros Resistência ao cisalhamento do solo • Resistência interna por unidade de área que a massa de solo pode oferecer para resistir a rupturas e a deslizamentos ao longo de qualquer plano no seu interior. Ângulo de atrito interno • Máximo ângulo que a força transmitida pelo corpo à superfície pode fazer com a normal ao plano de contato sem que ocorra deslizamento Coesão • Pode ser definida de uma forma genérica como a resistência ao cisalhamento de um solo quando não há nenhuma pressão externa sobre ele. Esta resistência pode ter três origens: Em função da presença de um cimento natural que promove um processo de aglutinação dos grãos; Devido à ligações exercidas pelo potencial atrativo de natureza molecular ou coloidal; Pelo efeito da pressão capilar na água intersticial do solo. Atrito Interno e Coesão • A propriedade dos solos em suportar cargas e conservar sua estabilidade, depende da resistência ao cisalhamento do solo; toda massa de solo se rompe quando esta resistência é excedida; • A correta determinação da resistência ao cisalhamento dos solos é um dos problemas mais complexos da Mecânica dos Solos. Atrito Interno e Coesão Equação de Coulomb • Segundo Mohr (1900) a ruptura de um material ocorre pela combinação de σ e τ, de forma que: • A envoltória de ruptura dos solos é não linear. Contudo, para uma faixa limitada de tensões, a envoltória pode razoavelmente ser ajustada por uma reta.” Equação de Coulomb • EQUAÇÃO DE COULOMB: τ = c + σ tg ϕ • Onde: • c = coesão aparente x coesão verdadeira; • ϕ = ângulo de atrito; • σ = tensão normal ao plano de ruptura Equação de Coulomb • Onde: c = coesão aparente x coesão verdadeira; ϕ = ângulo de atrito Equação de Coulomb • Para as areais podemos escrever: • Onde: ϕ = ângulo de atrito Para a maioria das areias o valor de ϕ acha-se entre 25° e 35°. Resistência ao cisalhamento das areias • Para uma areia solta, o angulo de atrito interno (ϕ) e igual ao ângulo de repouso (α), definido como o ângulo, entre a horizontal e o talude, produzido mediante o derramamento de areia seca de uma pequena altura. Resistência ao cisalhamento das argilas • Os principais fatores que influem na resistência ao cisalhamento dos solos coesivos, são: o o estado de adensamento do solo; o a sensibilidade da sua estrutura; o as condições de drenagem; o a velocidade de aplicação das cargas. Resistência ao cisalhamento das argilas • Os principais fatores que influem na resistência ao cisalhamento dos solos coesivos, são: o o estado de adensamento do solo; o a sensibilidade da sua estrutura; o as condições de drenagem; o a velocidade de aplicação das cargas. Ensaio de compressão triaxial Ensaio de compressão triaxial Índice de vazios crítico • Evolução do índice de vazios durante o ensaio. Observa-se: • Após a ruptura todos os corpos de prova tendem ao mesmo índice de vazios: Índice de Vazios Crítico • Areais fofas: comprimem, reduzindo o índice de vazios até atingir o valor crítico • Areais compactas: dilatam, aumentando o índice de vazios até atingir o valor crítico • Índice de vazios crítico: aquele em que a areia sofre deformação sem variar mais de volume, sendo rompida. Círculo de Coulomb Círculo de Coulomb Condição drenada e não drenada Critério de Mohr-Coulomb Critério de Mohr-Coulomb • Pelo critério de ruptura: 1. Quando o círculo de Mohr tangencia a envoltória situação de ruptura iminente; 2. Para que um estado de tensões seja possível em uma determinado ponto do solo o círculo de Mohr tem de estar contido na envoltória de resistência; 3. Não é fisicamente concebível um estado de tensões representado por um círculo de Mohr secante à envoltória; 4. O ponto de tangência define o plano de ruptura e as tensões sobre ele. A resistência ao cisalhamento do solo será igual a tensão cisalhante no ponto. E aí, tudo certinho até agora? Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de compressão simples - o ensaio só é aplicável em solos puramente coesivos, onde ϕ=0. Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de cisalhamento direto – NBR 12957/2013 Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de cisalhamento direto – NBR 12957/2013 • Realizando-se ensaios com diversas tensões normais, em no mínimo três corpos de prova, pode-se obter a envoltória de resistência ao cisalhamento do solo. Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de cisalhamento direto – NBR 12957/2013 Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de cisalhamento direto – NBR 12957/2013 – DESVANTAGENS 1. O principal problema a ser apontado neste ensaio e a imposição de uma superfície de ruptura, principalmente em solos homogêneos; 2. O solo não rompe segundo o plano de maior fraqueza, mas ao longo do plano horizontal XX. Ensaios para determinação do cisalhamento nos solos • Ensaio de cisalhamento direto – NBR 12957/2013 – DESVANTAGENS 1. O principal problema a ser apontado neste ensaio e a imposição de uma superfície de ruptura, principalmente em solos homogêneos; 2. O solo não rompe segundo o plano de maior fraqueza, mas ao longo do plano horizontal XX. Perguntas para fixação https://padlet.com/lomita_mm/bard7ltbwdz7laug Exercício 1 1. Os resultados abaixo foram obtidos em ensaios de cisalhamento direto em amostras de areia compactada. Determine os parâmetros de resistência. Exercício 2 1. Uma amostra de solo não coesivo foi submetida a variações nas tensões efetivas σ’1 e σ’3, sendo a ruptura observada para σ’1=300kPa e σ’3=100kPa. Determinar o ângulo de atrito e a inclinação do plano de ruptura. Exercício 3 1. Para um ensaio de compressão triaxial em areia, com tensão normal na ruptura de 100kPa e respectiva tensão cisalhante de 35 kPa, pede-se determinar o ângulo de atrito, a direção e magnitude das tensões principais. Estado de tensões e critérios de ruptura As tensões normais são consideradas positivas quando são de compressão, e as tensões de cisalhamento são positivas quando atuam no sentido anti-horário, e consideram-se os ângulos positivos quando no sentido anti-horário Estado de tensões e critérios de ruptura • Em qualquer ponto do solo, a tensão atuante e a sua inclinação em relação à normal ao plano (e, consequentemente, suas tensões normal e cisalhante) variam conforme o plano considerado; • Existem três planos em que a tensão atuante é normal ao próprio plano, não existindo a componente de cisalhamento; • Esses planos são ortogonais entre si e recebem o nome de planos de tensão principal ou planos principais Tensões num plano genérico Tensões num plano genérico Tensões num plano genérico • O estado de tensões atuantes em todos os planos que passam por um ponto pode ser representado graficamente num sistema de coordenadas em que as abcissas são as tensões normais e as ordenadas são as tensões cisalhantes. Tensões num plano genérico • Da análise do círculo de Mohr, chega-se a diversas conclusões, como as seguintes: a) A máxima tensão de cisalhamento em módulo ocorre em planos que formam 45º com os planos principais; b) A máxima tensão de cisalhamento é igual à semidiferença das tensões principais; c) As tensões de cisalhamento em planos ortogonais são numericamente iguais, mas de sinal contrário; d) Em dois planos que formam o mesmo ângulo com plano principal maior de sentido contrário, ocorrem tensões normais iguais e tensões de cisalhamento numericamente iguais, mas de sentido contrário. Equações gerais de transformação de tensão no plano Tensões principais e tensão de cisalhamento máxima no plano Tensões principais e tensão de cisalhamento máxima no plano Exercício 4 Exercício 4 Exercício 5
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