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ENFERMAGEM-NA-ASSISTÊNCIA-BÁSICA-EM-GINECO-OBSTETRICIA

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1 
 
ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA BÁSICA EM 
GINECO-OBSTETRICIA 
 
 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
2. CONTEXTO HISTÓRICO ................................................................................... 7 
3. COMO SURGIU A GINECO-OBESTETRICIA .................................................... 8 
4. A ESPECIALIDADE GINECO-OBSTETRICA ..................................................... 9 
5. A ROTINA DO GINECO-OBSTETRÍCO ........................................................... 10 
7. ÁREAS DE ATUAÇÃO...................................................................................... 11 
8. SUBESPECIALIDADES .................................................................................... 16 
9. MORTALIDADE MATERNA .............................................................................. 18 
10. HUMANIZAÇÃO DO PARTO ............................................................................ 19 
12. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA OBSTETRA .............. 22 
13. SAÚDE DA GESTANTE ................................................................................... 25 
14. PRE NATAL ...................................................................................................... 26 
15. ASSISTÊNCIA BÁSICA A SAÚDE DA MULHER ............................................. 29 
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 31 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
3 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
Quando se procura definir a especialidade de Ginecologia e Obstetrícia (G&O), 
vem à mente, de imediato, que é um ramo da Medicina que lida com a gravidez, o 
parto, o período do pós-parto (obstetrícia) e, ao mesmo tempo, com a saúde dos 
sistemas reprodutivos femininos (vagina, útero e ovários) e das mamas (ginecologia). 
Claro que na prática não existe interface nítida entre a Obstetrícia e a Ginecologia. 
Existem imbricações múltiplas entre ambas, razão pela qual, mundo afora, se 
constituem em uma especialidade única. 
Um segundo ponto relevante, é que os novos conhecimentos e as novas 
técnicas diagnósticas e terapêuticas evoluíram e se sofisticaram de maneira muito 
rápida em benefício de uma atenção mais competente e segura para as nossas 
pacientes. Entretanto, exigem especializações com curvas de aprendizado longas, 
levando a um fenômeno da superespecialização dentro da própria G&O. Hoje, apenas 
para citar as mais conhecidas áreas de atuação, temos a Medicina materno-fetal, a 
Endocrinologia reprodutiva e a infertilidade, a Oncologia ginecológica, a Medicina 
pélvica feminina e cirurgia reconstrutiva (uroginecologia), a Cirurgia laparoscópica 
avançada, a Ginecologia pediátrica, a do adolescente e a Ginecologia menopáusica e 
geriátrica, entre outras. 
 Este imenso cenário de opções de áreas de atuação oferece ao jovem médico 
em seu final de residência a possibilidade de estender a formação por mais alguns 
anos. Pode, portanto, direcionar sua carreira profissional, após concluído o seu 
período de treinamento, para atividades dentro do própria G&O que lhe proporcionem 
maior probabilidade de êxito profissional, melhor qualidade de vida e remuneração 
mais digna. 
Com essa perspectiva, em futuro breve perderemos as características que nos 
marcaram ao longo do tempo. Provavelmente nos dividiremos em G&Os generalistas 
e especialistas. 
Na Obstetrícia, é provável que se perderá a intensidade do forte vínculo 
obstetra/paciente das últimas décadas que, tudo faz crer, passará a ter um caráter 
institucional. O vínculo, provavelmente, se fará com uma determinada equipe ou com 
 
 
 
 
 
5 
a própria maternidade, e não mais com um médico específico. Na Ginecologia 
teremos, possivelmente, por um lado, médicos dedicados à atenção básica da saúde 
da mulher e aos cuidados próprios da especialidade e, por outro, ginecologistas com 
longo tempo de formação que trabalharão em centros superespecializados atendendo 
pacientes com situações muito específicas que demandem resolução de alta 
complexidade. 
Diante de tudo que se avizinha para a nossa especialidade, a expectativa 
maior, e porque não dizer o meu grande sonho, é que não nos percamos em 
tecnicismos e continuemos a prover atendimento competente, atencioso, respeitoso e 
comprometido. De igual maneira, que continuemos a merecer manifestações de 
reconhecimento e gratidão das nossas pacientes em qualquer situação apresentada 
e em qualquer momento de suas vidas. Este reconhecimento espero que se 
mantenha, independentemente do futuro que nos couber e do caminho ou mesmo da 
área de atuação específica escolhida para se praticar a G&O. 
A esperança é que conseguiremos passar para as gerações mais jovens de 
especialistas em G&O que devemos nos manter fiéis a essas referências que 
herdamos dos nossos antigos mestres e que tanto nos orgulham no convívio cotidiano 
com nossas pacientes. Esta foi a marca registrada de nossa especialidade ao longo 
do tempo. 
Para que a Atenção Básica (AB) possa cumprir seu papel na Rede de Atenção 
à Saúde, é fundamental que a população reconheça que as unidades básicas de 
saúde (UBS) estão próximas a seu domicílio e podem resolver grande parte de suas 
necessidades em saúde. 
Para isso, gestores e trabalhadores possuem a tarefa de organizar os serviços 
de modo que eles sejam, de fato, acessíveis e resolutivos às necessidades da 
população. Por meio do acolhimento, compreendido como uma escuta atenta e 
qualificada, que considera as demandas trazidas pelo usuário, a equipe de saúde 
define as ofertas da UBS para o cuidado e estabelece critérios que definem as 
necessidades de encaminhamento desse usuário para outro ponto da Rede de 
Atenção à Saúde. 
 
 
 
 
 
6 
Com o objetivo de ampliar a resolutividade das equipes de saúde, 
proporcionando ampliação do escopo de práticas e apoio ao processo de trabalho a 
partir da oferta de tecnologias assistenciais e educacionais, o Departamento de 
Atenção Básica (DAB) tem empregado esforços na produção de diversos materiais 
técnicos norteadores para o processo de trabalho das equipes na AB. 
Os Protocolos da Atenção Básica (PAB) têm enfoque clínico e de gestão do 
cuidado, e servem como subsídio para a qualificada tomada de decisão por parte dos 
profissionais de saúde, de acordo com aspectos essenciais à produção do cuidado na 
AB. Trata-se de um instrumento potente para a implementação de boas práticas e 
deve funcionar efetivamente como material de consulta no dia a dia dos profissionais 
de saúde. Deve também ser constantemente avaliadosegundo sua realidade de 
aplicação, com acompanhamento gerencial sistemático e revisões periódicas, 
permitindo espaço para criação e renovação dentro do processo de trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
CONTEXTO HISTÓRICO 
 
Historicamente, cabe o registro, até as décadas de setenta e oitenta do século 
passado, os G&Os tinham fortes vínculos com suas pacientes, exerciam as funções 
de parteiro e tratavam as doenças próprias das mulheres. Praticamente não existiam 
áreas de atuação específicas e os especialistas de então se sentiam bem preparados 
para atender todas as questões trazidas pelas pacientes de então. 
Muitas evoluções se fizeram no bojo da nossa especialidade em curto espaço 
de tempo e as mulheres também mudaram neste período. Nesse sentido, em que 
pese o conceito expresso do que vem a ser a G&O, dois pontos importantes merecem 
serem considerados. O primeiro, e provavelmente o mais relevante, é que a nossa 
especialidade aumentou muito o seu espectro de atuação por uma demanda vinda do 
processo de hierarquização dos sistemas de saúde e, ao mesmo tempo, por termos 
sido eleitos por nossas pacientes como seus provedores primários de saúde. 
Este alargamento de atribuições aumentou em muito a necessidade de 
amealharmos conhecimentos além fronteiras de nossa especialidade médica. Assim, 
nestes últimos tempos, o G&O foi impelido a se capacitar para atender de forma 
competente e apropriada este requerimento que, até cerca de duas a três décadas 
atrás, não fazia parte do nosso escopo de atuação. Buscamos novos conhecimentos 
no seio de outras especialidades para compor o perfil de competências que se exige 
do G&O destes tempos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
COMO SURGIU A GINECO-OBESTETRICIA 
 
Desde os primeiros registros da história, o parto é feito por outras mulheres, de 
forma natural, em sua maioria feito por parteiras. O parto era algo a ser assistido e 
havia interferência apenas se houvesse alguma complicação. 
No século XVI, na Europa, em especial na França, formou-se uma cooperação 
entre parteiras e médicos, com o entendimento de que o segundo esteja presente para 
garantir que o corpo da futura mãe continue funcionando normalmente. Nessa 
época, o parto ainda era compreendido como uma patologia, o que trazia medo às 
mulheres e acabou possibilitando aos homens o controle sobre os partos nos séculos 
seguintes. 
O cenário só mudou em meados do século XIX. Nos Estados Unidos a 
população mais pobre era atendida por parteiras, que realizavam partos mais seguros 
e bem sucedidos do que os realizados por médicos em classes mais altas. Com isso, 
através de algumas pesquisas, a profissão passou a assumir que o parto era algo 
natural e normal, mesmo havendo possibilidades de incidentes. 
Até o século XIX as duas profissões se confundiam e a Ginecologia só ganhou 
espaço após a Revolução Industrial. 
No Brasil, a profissão só passou a existir em 1808 e apenas em 1930 a 
profissão passou a ser reconhecida como uma especialização. Em 1959, a Federação 
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia foi fundada em Belo 
Horizonte, para promover o aperfeiçoamento e fornecer o título de especialista em 
Ginecologia e Obstetrícia. 
 
 
https://www.sanarmed.com/parto-um-desafio-para-humanizacao-colunistas?term=o%20parto
https://www.febrasgo.org.br/pt/
https://www.febrasgo.org.br/pt/
 
 
 
 
 
9 
A ESPECIALIDADE GINECO-OBSTETRICA 
 
A Ginecologia Obstetrícia é a formação que lida com as duas especialidades 
ao mesmo tempo. A Ginecologia é a especialização que, como o nome já diz, estuda 
o aparelho genital feminino. A Obstetrícia, por sua vez é a ciência que estuda 
a reprodução humana, ou seja, gestação, parto e puerpério, contemplando seus 
aspectos fisiológicos e patológicos. 
É possível optar pela especialização em Ginecologia, obstetrícia ou 
Ginecologia Obstetrícia. Nesse último caso, o especialista é responsável tanto pela 
rotina da mulher, como exames preventivos, quanto pela gestação e parto. O 
ginecologista obstétrico também lida com cirurgias e momentos mais complexos, 
como a retirada de um útero ou de uma mama. 
A Ginecologia Obstetrícia é uma área bastante completa da medicina, pois 
pode estar presente em todos os níveis de atendimento, como por exemplo: 
 Ambulatorial 
 Hospitalar 
 Clínico 
 Cirúrgico 
 Laboratorial 
Apesar de muitas ginecologistas terem especialidade também em obstetrícia, 
isso não é uma regra. Por isso há a especialidade de ginecologia obstetrícia – a 
famosa GO. Assim, essa profissional fica responsável tanto pela rotina de saúde da 
mulher, quanto da sua gestação, do parto e do puerpério (pós-parto). 
Por isso, esta especialidade da medicina está entre as mais completas. Isso 
porque ela consegue atuar em todos os níveis de atendimento: desde o ambulatorial, 
passando pelo hospitalar, clínico, cirúrgico até o laboratorial. Isso sem contar a 
presença quase que constante na vida das mulheres. 
 
 
 
 
 
 
10 
A ROTINA DO GINECO-OBSTETRÍCO 
 
O especialista em Ginecologia Obstetrícia deve ter algumas características que 
facilitem sua atuação. Assim como outras especializações, a área exige que o 
profissional tenha um contato mais próximo da paciente e saiba como reagir a 
diferentes situações. Veja algumas características desejáveis: 
 Gostar de contato com as pessoas 
 Gostar de conversar 
 Saber conduzir bem uma conversa 
 Conseguir se envolver com a história de suas pacientes 
 Saber trabalhar bem em equipe 
Em seu dia a dia, o especialista em Ginecologia Obstetrícia deverá lidar com 
gestantes, com pacientes com problemas hormonais e patologias das mais diversas 
do corpo feminino. Deverá por em prática basicamente tudo o que foi visto na 
faculdade, sendo necessário ter em mente conhecimentos de anatomia, embriologia, 
técnica cirúrgica, farmacologia, psicologia, ética, entre outras. 
No atendimento de gestante de rotina, utiliza materiais simples, como fita 
métrica, balança e aparelho de ultrassonografia. No atendimento ginecológico, 
diferentes tamanhos de espéculos e material para coleta de exame preventivo, por 
exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 
Planejamento da Gravidez 
Se você está planejando engravidar, este pode ser o melhor momento para 
marcar uma consulta com uma profissional da ginecologia obstetrícia. 
Isso porque você poderá tirar todas as suas dúvidas, pedir os exames 
necessários, receber as indicações de vacinação e até mesmo saber se há 
necessidade de ingerir suplementos, vitaminas e/ou ácido fólico. 
 
Exames 
Os principais exames neste momento estão relacionados a uma primeira 
inspeção da saúde do casal que busca engravidar. 
Assim, a médica poderá avaliar qual a melhor alternativa ao casal. 
Os exames podem ser de sangue para avaliar a situação hormonal do casal, 
bem como os de rotina para avaliar glicemia, hemograma e a existência ou não de 
doenças infectocontagiosas. 
Além dos outros exames ginecológicos também de rotina, como o próprio 
papanicolau – exame de prevenção de câncer de colo de útero. 
 
Cuidados 
Os cuidados para esse momento compreendem uma alimentação saudável, 
prática de exercícios físicos e cuidado com a saúde mental também. Você sabia que 
a sua saúde mental pode impactar (e muito!) seu planejamento? Por isso, um 
acompanhamento psicológico também pode ser uma ótima escolha. 
Tudo isso contando com as recomendações específicas da sua médica. 
 
Pré-Natal 
Se sua gravidez foi de surpresa, não precisa se assustar! Ainda dá tempo de 
procurar sua obstetra e tirar suas dúvidas. 
Mas durante a sua gestação, alguns exames e algumas consultas de rotina são 
essenciais. Isso porque você poderá acompanhar o desenvolvimento do seu bebê. 
 
 
 
 
 
12 
Assim como ter a certeza de que tudo está correndo bem e/ou tomar os devidos 
cuidados. 
 
Gravidez de baixo-riscoNo caso de uma gravidez de baixo-risco, os cuidados e os exames são bem 
mais simples e rotineiros. 
 
Exames para Gravidez de baixo-risco 
Há uma lista com os exames mais adequados a cada trimestre da gestação, no 
intuito de prevenir possíveis agravantes. 
1º trimestre 
A lista inclui: 
 Papanicolau; 
 Exame de sangue; 
 Exame de Urina; 
 Ultrassom obstétrico; 
 
2º trimestre 
A lista de exames do 2º trimestre de gestação inclui: 
 Repete-se o exame de sangue para confirmar a ausência (ou presença) de 
doenças infectocontagiosas e para confirmar também a tendência (ou falta dela) à 
diabetes gestacional; 
 O exame de urina é refeito para ter a certeza de que não há infecção urinária; 
 Ultrassom obstétrico morfológico – este auxilia na análise da formação dos 
órgãos fetais. 
3º trimestre 
No 3º trimestre, a gravidez está em sua reta final. Por isso, a lista de exames 
inclui: 
 Novamente o exame de sangue; 
 Assim como o exame de urina; 
 Ultrassom obstétrico – este com o intuito de avaliar o crescimento do bebê; 
 
 
 
 
 
13 
 Monitoramento de líquido amniótico e das condições da placenta. 
 
Cuidados na gestação 
Uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos são essenciais em 
qualquer momento da vida. Então, por que seria diferente na gestação? 
Durante a gestação, é possível que a mulher apresente variações de humor em 
decorrência de vários fatores, incluindo as alterações hormonais. Por isso, o cuidado 
com a saúde mental continua sendo de extrema importância neste momento. 
 
Fisioterapia 
Segundo especialistas, a partir do segundo trimestre – ou até um pouco antes, 
caso haja recomendação de um profissional – a mulher pode começar com exercícios 
passados por um fisioterapeuta para auxiliar no momento do parto. 
Os exercícios que o fisioterapeuta (podendo ser especializado em fisioterapia 
uroginecológica) recomenda vão fortalecer o assoalho pélvico da mulher. 
Mas o que isso significa? 
Durante a gravidez, o peso do bebê vai sobrecarregando a musculatura da 
pelve da mãe. Uma das consequências disso é a compressão da bexiga da mulher, 
fazendo com que ela fique cada vez menos resistente. 
É nesse sentido que o fortalecimento do assoalho pélvico auxilia as gestantes. 
Assim, quando fortalecido, deixa a bexiga mais resistente e diminui as chances de 
laceração no parto vaginal. 
 
Gravidez de alto-risco 
Em gestações de alto-risco, o acompanhamento com um psicólogo acaba 
tendo uma importância ainda maior. Justamente por apresentar riscos, a gestante 
deve fazer um acompanhamento psicológico para que consiga lidar com as 
dificuldades. 
Isso sem levar em consideração que, além dos agravantes, ainda é uma 
gestação e a mulher passa por grandes alterações hormonais. 
Além disso, as recomendações da obstetra devem ser levadas à risca! 
 
 
 
 
 
14 
Exercícios físicos? Somente com a autorização. 
Todo cuidado deve ser levado em consideração. 
Inclusive a fisioterapia que, nestes casos, pode ajudar no sistema circulatório 
da mulher gestante. 
 
Parto 
Então o momento do parto chegou! O bebê está pronto para nascer e os pais 
não aguentam mais de ansiedade. 
Podendo ser cirúrgico, ou normal, o tipo de parto vai depender da vontade dos 
pais e também das condições de saúde da mãe e do bebê. 
Ou seja, nem sempre o parto normal é possível. Tendo em vista que às vezes, 
para a segurança da mãe e do bebê a obstetra pode optar pelo parto cirúrgico. 
 
Exames 
No momento do pré-trabalho de parto, geralmente é feito um exame chamado 
cardiotocografia. Este vai fazer uma análise de bem-estar do feto para que se tenha 
certeza dos métodos a serem utilizados a seguir. 
Enquanto a gestante se “acomoda” no hospital, os exames a serem feitos são 
somente para ter certeza do bem estar da mãe e do bebê. 
A obstetra faz o acompanhamento do desenvolvimento dos sinais que a 
gestante apresenta até o momento do parto. 
 
Pós-Parto (Puerpério) 
O momento do puerpério começa assim que o parto se encerra e só termina 
quando os órgãos genitais da mulher voltarem às condições anteriores à gestação. 
Este período pode durar entre 45 e 60 dias. 
Além de ser um momento de adaptação ao novo ser que se integra à família, é 
também o momento em que a mulher passa por grandes mudanças físicas, 
emocionais e hormonais. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Amamentação 
Este é também o momento de adaptação da amamentação. 
Sendo recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a 
amamentação é muito benéfica tanto à mãe, quanto ao bebê. 
Entretanto, é uma prática trabalhosa e exige dedicação. 
 
Cuidado psicológico 
Entre 50 e 70% das novas mamães sentem a manifestação do que é chamado 
de “tristeza materna”. Este transtorno emocional pode surgir no terceiro dia do pós-
parto e pode durar até 2 semanas. Outros transtornos, mas menos comuns, também 
podem acometer às puérperas, tal como depressão pós-parto e psicose puerperal. 
Por isso, o acompanhamento psicológico se mantém sendo de extrema 
importância. 
 
Exames e consultas 
Segundo o Ministério da Saúde, o bebê deve retornar à consulta até o 15º dia 
após o parto e a mãe até, no máximo, 40 dias depois. 
É nesse primeiro atendimento que a saúde do bebê e seu desenvolvimento 
serão avaliados. Assim como a amamentação será examinada e também a 
cicatrização do parto. 
Depois da primeira consulta, o bebê deve fazer um acompanhamento mensal 
até o primeiro ano de vida. 
É extremamente importante a presença nas consultas e que se faça o 
acompanhamento do pós-parto com rigorosidade e responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
16 
SUBESPECIALIDADES 
 
Existem subespecialidades de atuação de médicos ginecologistas dentro da 
área da saúde da mulher. Para cada tipo de sintoma, diagnóstico e tratamento, é 
interessante saber qual deles consultar. Confira, a seguir, algumas dessas 
especialidades. 
• Dor pélvica: responsável por avaliar os sintomas e histórico para identificar o 
causador da dor na região pélvica, que pode se tornar crônica. Além do sistema 
reprodutivo feminino, outros órgãos da pelve são investigados. 
• Climatério: o médico é responsável pela avaliação de sintomas, diagnóstico e 
tratamentos de doenças decorrentes ao período do climatério e menopausa. 
• Endocrinologia Ginecológica: responsável pelas investigações da produção 
de hormônios e funcionamento de glândulas da mulher e suas patologias. 
• Ginecologia Infantopuberal: essa subespecialidade da ginecologia é voltada 
para o atendimento de crianças e adolescentes, a partir dos 2 anos de idade. 
• Videohisteroscopia e Videolaparoscopia Ginecológica: responsável pela 
investigação de todos os aspectos que envolvem o útero da mulher, como tumores e 
a fertilização in vitro, por exemplo. 
• Infecção Genital: auxilia no diagnóstico e tratamento de infecções vaginais, 
vulvites, doenças do colo do útero, ISTs e outras doenças infecciosas das genitais 
femininas. 
• Mastologia: o mastologista é responsável pela verificação de doenças da 
mama, sejam elas benignas ou malignas. Avalia presença de tumores e cistos, realiza 
exames diagnósticos e faz o acompanhamento do câncer de mama. 
• Medicina Fetal: voltada para a saúde das gestantes e seus bebês. Acompanha 
o período gestacional através de exames como a ultrassonografia, fazendo também o 
rastreamento de doenças genéticas. 
• Oncologia Clínica e Cirúrgica: esta subespecialidade recente da ginecologia, sendo 
estabelecida pela Resolução CFM 2.162/2017 tem como foco o tratamento de 
tumores relacionados às genitais da mulher. 
https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27130:2017-08-24-18-06-42&catid=3
 
 
 
 
 
17 
• Patologia do Trato Genital Inferior: o ginecologista especialista em doenças 
do trato genital inferior trata de doenças como o HPV e o câncer de colo uterino, e 
realiza diagnósticos através de exames como o Papanicolau e a Colposcopia.• Planejamento Familiar: subespecialidade que orienta homens e mulheres 
sobre a chegada dos filhos e a prevenir a gravidez indesejada. O ginecologista 
especialista nesta área é responsável por questões de concepção e contracepção. 
• Reprodução Humana: são ginecologistas especialistas na área de reprodução 
assistida (RA) com fertilização in vitro e inseminação intrauterina e auxiliam casais 
com problemas de infertilidade. 
• Uroginecologia e Cirurgia Vaginal: os uroginecologistas tratam de todas as 
questões relacionadas ao sistema urinário feminino. Tratam de doenças como a 
incontinência urinária, cistite e prolapso genital, por exemplo. Além disso, pode 
realizar cirurgias íntimas femininas. 
A saúde da mulher é um tema cada vez mais recorrente na sociedade e ainda 
é cercada de muitos tabus. Procurar um médico ginecologista é fundamental, não 
apenas quando surge algum problema de saúde, mas periodicamente para a 
realização de exames de rotina. 
 
 
 
 
 
 
18 
MORTALIDADE MATERNA 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar da redução 
importante da mortalidade infantil no Brasil nas últimas décadas, os indicadores de 
óbitos neonatais apresentaram uma velocidade de queda aquém do desejado. 
Um número expressivo de mortes ainda faz parte da realidade social e sanitária 
de nosso País. 
Tais mortes ainda ocorrem por causas evitáveis, principalmente no que diz 
respeito às ações dos serviços de saúde e, entre elas, a atenção pré-natal, ao parto e 
ao recém-nascido. 
A assistência pré-natal adequada (componente pré-natal) 
Os grandes determinantes dos indicadores de saúde relacionados à mãe e 
ao bebê, que têm o potencial de diminuir as principais causas de mortalidade materna 
e neonatal são: 
 Detecção e a intervenção precoce das situações de risco, bem como 
um sistema ágil de referência hospitalar (sistema de regulação – “Vaga sempre para 
gestantes e bebês”, regulação dos leitos obstétricos, plano de vinculação da gestante 
à maternidade); 
 Qualificação da assistência ao parto (componente de parto e nascimento – 
humanização, direito à acompanhante de livre escolha da gestante, ambiência, boas 
práticas, acolhimento com classificação de risco – ACCR). 
 
 
 
 
 
 
19 
HUMANIZAÇÃO DO PARTO 
 
A atuação da Enfermagem Obstétrica é considerada um 
dos pilares do processo de humanização do parto e está associada a maior segurança 
e satisfação da parturiente. 
“Os países que com os melhores indicadores de assistência ao nascimento têm 
em comum uma profissional chamada enfermeira obstétrica”, afirmou a coordenadora 
da área técnica de saúde da mulher do Ministério da Saúde, Ester Vilela, em audiência 
pública do a PL de Humanização do Parto, ressaltando que os altos índices de asfixia 
intraparto e de mortalidade materna brasileiros não estão relacionados à falta de 
assistência, mas à qualidade desta assistência. No Brasil, 98% dos partos ocorrem 
em ambiente hospitalar, sendo 88% assistidos por médicos e mais de metade (57%) 
realizados através de cirurgia cesariana.” 
A Lei 7498/86 estabelece, em seu artigo 11, que estão entre as atribuições 
legais dos enfermeiros generalistas, como integrantes da equipe de Saúde: 
 A assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; 
 O acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; 
 A execução do parto sem distócia. 
Os enfermeiros obstétricos e obstetrizes, especialistas na atenção ao parto 
normal, têm autonomia profissional na assistência, conforme o artigo 9º do decreto 
94.406/87. 
Este entendimento é reforçado nas “Diretrizes para Parto Normal”, pactuadas 
por atores sociais e pelas instâncias de regulamentação técnica, incluindo o Ministério 
da Saúde, a Agência Nacional de Saúde, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), 
a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo), 
a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), o Conselho Federal de Medicina 
(CFM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia 
(Febrasgo), a Associação Médica Brasileira (AMB). 
 
https://www.grupocefapp.com.br/cursos/detalhe/recife/pos-graduacao-enfermagem-obstetrica
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7498.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D94406.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D94406.htm
 
 
 
 
 
20 
Alguns cuidados podem ser tomados, durante o parto, de forma a diminuir o 
risco das hemorragias (perdas de sangue) no pós-parto, nomeadamente: 
 A toma de medicamentos (ocitocina) que permitem manter o útero contraído, 
após a saída da placenta, diminuindo o risco de perdas de sangue excessivas. 
 
Figura 1: Cuidados antes de parto 
 
Fonte : https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/ 
 
Figura 2: Cuidados durante o parto 
 
https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/
 
 
 
 
 
21 
Fonte: https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/ 
 
 
Figura 3: Cuidados pós parto 
 
Fonte : https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/
https://www.unidospelahemofilia.pt/as-mulheres-e-a-hemofilia/cuidados-pos-parto/
 
 
 
 
 
22 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA OBSTETRA 
 
Por mais que sempre se incentive o parto normal, ele nem sempre é possível. 
Existem emergências obstétricas que podem ocorrer e fazer com que uma cesariana 
seja o procedimento mais indicado. Nesses casos, é mais do que necessário contar 
com a assistência de um enfermeiro especializado para contornar bem a situação. A 
seguir, veja seis situações em que a cesariana é indicada: 
 
Contrações não efetivas 
Para que o bebê possa descer de maneira natural, não basta que haja 
contrações. Elas precisam, de fato, empurrá-lo para baixo. 
Esse tipo de movimento, normalmente, acontece quando tem início no fundo 
do útero e desce de forma sincronizada. 
Agora, quando isso não acontece, a mãe pode ficar horas em trabalho de parto 
e a criança não vai se movimentar de forma adequada. 
 
Má administração da ocitocina 
A ocitocina é a substância que colabora para o surgimento das contrações. 
No entanto, quando usada de maneira incorreta, ela pode mais atrapalhar do 
que ajudar. 
Se administrada em excesso, por exemplo, ela pode causar sofrimento do feto 
ou impedir que ele desça de maneira mais natural. 
Por isso que é tão importante a presença de um profissional obstetra 
capacitado para seguir os protocolos e usar a dosagem adequada. 
 
Cabeça do bebê muito maior do que o canal vaginal 
Às vezes, não importa o quanto o colo do útero está dilatado, não há como um 
bebê chegar ao canal vaginal. É o que os especialistas chamam de “desproporção 
encéfalo-pélvica”. 
No entanto, nem sempre esse quadro é possível de ser diagnosticado com 
antecedência, cabendo ao profissional perceber isso durante o procedimento. 
 
 
 
 
 
23 
Nesses casos, não há o que fazer. O parto normal se torna impossível e a 
cesária, a única opção. 
 
Sofrimento do bebê 
A mãe da criança não é a única a sofrer durante o parto. Para o bebê, cada 
contração é um incômodo. 
Felizmente, esse sofrimento pode ser monitorado pelo profissional que conduz 
o parto, por meio da cardiotocografia. 
Assim, quando os batimentos cardíacos da criança estão muito baixos, pode 
ser um sinal de que ela esteja sofrendo. Ou, como os especialistas costumam definir, 
há um quadro de queda da vitalidade fetal. 
Nesses casos, para agilizar o processo e acabar com a dor e a angústia, 
recomenda-se a cesária. 
 
Posição equivocada do bebê 
A natureza humana é incrível – e isso aparece já no nascimento. 
Existe uma posição certa para o bebê vir ao mundo no parto normal, que é 
aquela na qual está com o queixoencostado no tórax. 
Quando há um problema de ângulo, chamado tecnicamente de “defletida de 2º 
grau”, optar pelo parto convencional pode ser muito arriscado, sendo altamente 
recomendada a cesária. 
Felizmente, esses casos não costumam ser recorrentes. 
 
Anestesia em excesso 
A dor do parto é quase insuportável e está entre as mais fortes. 
Por isso, a anestesia exerce um papel muito importante. Ela permite à mãe ficar 
mais confortável, na medida do possível, para realizar os movimentos e fazer a força 
necessária para o procedimento do parto normal. 
No entanto, se aplicada em excesso, a anestesia pode acabar com a 
sensibilidade da cintura para baixo, fazendo com que a mulher perca o controle do 
próprio corpo. 
 
 
 
 
 
24 
Novamente, a presença de profissionais capacitados se mostra imprescindível. 
Somente eles têm a capacidade de saber a dosagem ideal de medicação em 
cada caso. 
 
 
 
 
 
25 
SAÚDE DA GESTANTE 
 
No Ambulatório de Pré-Natal do HCPA é proposto à gestante um atendimento 
mensal até o 7.º mês de gestação e do 7.o ao 9 .0, quinzenal, ou semanal, quando 
necessário. 
A gestante é acompanhada através de: 
- Consulta à gestante de alto risco - consulta médica; 
- Consulta à gestante sadia - consulta médica e consulta de enfermagem; 
- Entrevista à gestante de alto risco - entrevista de enfermagem. 
A entrevista à gestante de alto risco e a consulta de enfermagem à gestante 
sadia são realizadas por Enfermeira Obstétrica, com treinamento especial no serviço. 
A consulta de enfermagem é a atividade independente em que a gestante é atendida 
de forma sistemática e contínua, enquanto que a entrevista de enfermagem é a 
atividade interdependente em que a enfermeira supervisiona o seguimento da 
terapêutica médica, define e orienta os aspectos de educação relacionados aos 
problemas de saúde e à higiene pré-natal. 
A inscrição da gestante no Serviço de Pré-Natal é realizada através da consulta 
médica, ocasião em que se procede a avaliação e encaminhamento das gestantes 
sadias, para a consulta de enfermagem, e das de alto risco para a entrevista de 
enfermagem. No atendimento à gestante compete à Enfermeira Obstétrica: 
- Fazer a inscrição da gestante; 
- Realizar a consulta de enfermagem à gestante sadia; 
- Realizar entrevista de enfermagem à gestante de alto risco; 
- Fazer controle de retornos; 
- Programar e promover trabalho de grupo com gestantes (CURSO 
PSICOPROFILÁTICO). 
 
 
 
 
 
 
26 
PRE NATAL 
 
A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou 
detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um 
desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações 
sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais 
de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é 
considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. 
 
Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde: 
- O cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o 
mesmo; 
- O calendário de vacinas e suas orientações; 
- A solicitação de exames de rotina; 
- As orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões 
em grupo e visitas domiciliares; 
- O agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco. 
 
Vantagens do pré-natal: 
- Permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, 
evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do 
coração, anemias, sífilis, etc. Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que 
evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida; 
- Detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases 
iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida 
normal; 
- Avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua 
localização inadequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos 
maternos; 
 
 
 
 
 
27 
- Identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da 
pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando 
convulsões e coma. Esta patologia constitui uma das principais causas de mortalidade 
no Brasil. 
Principais objetivos: 
- Preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre 
o parto e o cuidado da criança (puericultura); 
- Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal; 
- Orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado; 
- Orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou 
medidas que possam prejudicar o feto; 
- Tratar das manifestações físicas próprias da gravidez; 
- Tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom 
andamento da gravidez; 
- Fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da 
gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela; 
- Orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade; 
- Nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação 
à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, 
hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam 
necessárias. 
A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento 
humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde 
estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende: 
- Parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem 
conduzido, não precisa de condutas intervencionistas; 
- Respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais; 
- Disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a 
insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, 
de o bebê nascer com problemas e outros temores; 
 
 
 
 
 
28 
- Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo 
da gestação, parto e nascimento; 
- Informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho 
de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo 
aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor; 
- Espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente 
deseje; 
- Direito da mulher na escolha do local de nascimento e corresponsabilidade dos 
profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde. 
 
Figura 4: Cuidados do pré natal 
 
 
Fonte: https://pebmed.com.br/5-recomendacoes-para-ginecologia-e-obstetricia/ 
https://pebmed.com.br/5-recomendacoes-para-ginecologia-e-obstetricia/
 
 
 
 
 
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ASSISTÊNCIA BÁSICA A SAÚDE DA MULHER 
 
Nesse contexto, o Protocolo da Atenção Básica: Saúde das Mulheres 
contempla desde temas como pré-natal, puerpério e aleitamento materno, até 
planejamento reprodutivo, climatério e atenção às mulheres em situação de violência 
doméstica e sexual. Contempla, ainda, a abordagem dos problemas/queixas e a 
prevenção dos cânceres que mais acometem a população feminina. 
A ênfase aqui se justifica pelo fato de que, observadas as disposições legais 
da profissão, algumas de suas atividades são referendadas pela existência de 
protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal. 
Reconhece-se que, para o alcance dos objetivos do sistema de saúde e o 
cumprimento efetivo e qualificado de suas funções como porta de entrada 
preferencial, coordenação do cuidado e resolutividade na Atenção Básica, faz-se 
necessário conferir maior qualificação, autonomia e responsabilidade a todas (os) as 
(os) trabalhadoras (es) atuantes neste nível de atenção. 
Também é fundamental estimular dispositivos parao trabalho compartilhado, 
considerando a oferta de cuidado em contextos de difícil acesso, com barreiras 
geográficas ou outras particularidades locorregionais. 
Partindo de tais objetivos e pressupostos, o Ministério da Saúde firmou parceria 
com uma instituição de excelência, cuja trajetória é reconhecida no campo de 
formação de profissionais de saúde e no desenvolvimento de projetos de apoio ao 
SUS: o Hospital Sírio-Libanês (HSL). Com recursos da filantropia, o Instituto de Ensino 
e Pesquisa (IEP) do HSL desenvolveu o processo de produção dos Protocolos da 
Atenção Básica juntamente com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da 
Saúde, ao longo de 2014. 
No cotidiano dos serviços, a integralidade se expressa pela atenção à saúde 
dos usuários, sob a ótica da clínica ampliada, com a oferta de cuidado à (e com a) 
pessoa, e não apenas a seu adoecimento. Isso inclui também a prestação de cuidados 
abrangentes, que compreendem desde a promoção da saúde, a prevenção primária, 
o rastreamento e a detecção precoce de doenças até a cura, a reabilitação e os 
cuidados paliativos, além da prevenção de intervenções e danos desnecessários, a 
 
 
 
 
 
30 
denominada prevenção quaternária. 3, 5 Isto é, o alcance da integralidade na Atenção 
Básica pressupõe a superação da restrição do cuidado às mulheres a ações 
programáticas por meio do desenvolvimento de ações abrangentes de saúde e de 
acordo com as necessidades de saúde das usuárias. 
Na atenção à saúde das mulheres, compreendemos a integralidade como a 
concretização de práticas de atenção que garantam o acesso das mulheres a ações 
resolutivas construídas segundo as especificidades do ciclo vital feminino e do 
contexto em que as necessidades são geradas. Nesse sentido, o cuidado deve ser 
permeado pelo acolhimento com escuta sensível de suas demandas, valorizando-se 
a influência das relações de gênero, raça/cor, classe e geração no processo de saúde 
e de adoecimento das mulheres. Contudo, investigações científicas com profissionais 
do campo da saúde da mulher vêm identificando obstáculos para a construção da 
integralidade do cuidado. 
As equipes multiprofissionais, cuja formação se dá sob sujeição ideológica a 
referenciais de saber e poder, desenvolvem, sobretudo, ações de caráter biológico 
dirigidas à saúde sexual e reprodutiva, mantendo-se na obscuridade outros problemas 
vivenciados, o que reproduz desigualdades sociais diante da implementação das 
políticas públicas de saúde. 
 
 
 
 
 
31 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A integralidade inexiste nas práticas profissionais estudadas, o que é 
reconhecido pelo grupo participante da pesquisa que identifica as fragilidades, mas 
não mobiliza seu potencial de organização coletiva para a mudança. As necessidades 
das mulheres originárias de relações sociais, em que se inclui a dimensão de gênero, 
são identificadas, mas há dificuldades em aprofundar discussões na perspectiva de 
minimização com participação do serviço. 
A preocupação com a organização das práticas em seus aspectos mais 
técnicos se sobrepôs a reflexões e discussões em que as(os) profissionais 
reconhecessem o seu papel na promoção de saúde das mulheres de modo efetivo 
para abrir caminhos ao empoderamento. Urge o redirecionamento das práticas em 
saúde da mulher de modo que sejam dadas respostas ágeis e mais resolutivas 
segundo os princípios da política de atenção integral à saúde da mulher. 
A escuta, a responsabilização e a criação de vínculos com a inserção da 
abordagem de gênero oferecem à mulher possibilidades de serem sujeitos e devem 
fazer parte de um projeto de reorganização das práticas direcionadas pela 
integralidade do cuidado. Sendo assim, o desenvolvimento deste estudo aponta a 
necessidade de ampliá-las nesse campo, vislumbrando projetos para intervenções 
concretas no campo das práticas em saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
COELHO, Edméia de Almeida Cardoso, apud OLIVEIRA, Jeane Freitas de. 
integralidade do cuidado à saúde da mulher: limites da prática profissional. Pág. 
154-160. 2009. 
 
ANTUNES, Anne Elizabeth Berenguer, apud MELO, Eduardo Alves. Protocolos da 
Atenção Básica: Saúde das Mulheres. 1° edição. 2016. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao abortamento: norma 
técnica. Brasília, 2011b. 
 
DUARTE, Nilcea Maria Neri, apud MULXFELD, Léa Cecilia. o papel da enfermeira 
na assistência à gestante sadia. vol.28 no.4. Brasília – DF. 1975. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília; 2010. 
(caderno de atenção básica, n. 26).

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