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Resumo – histologia I- Histologia renal O rim é envolvido por três envoltórios, sendo eles: • Cápsula renal – formada por tecido fibroso • Gordura perirrenal – formada por tecido adiposo • Fáscia renal O rim é dividido em duas regiões, sendo elas o córtex e a medula. Os néfrons são a unidade funcional do rim, e eles podem ser de dois tipos: • Cortical • Justaglomerular O néfron é dividido em corpúsculo renal (glomérulo+espaço urinário+cápsula renal), túbulos contorcidos proximal e distal, alça de Henle e ducto coletor. Os túbulos contorcidos distais têm luz maior do que os proximais, pois a absorção do proximal é maior. Esse também é o motivo pelo qual o túbulo proximal tem orla em escova e maior quantidade de mitocôndrias. A cápsula renal é formada por dois folhetos, sendo um parietal e um visceral. A cápsula também forma os podócitos (no folheto visceral). Os podócitos realizam a proteção do capilar. Cada podócito é dividido em cabeça e pedicelos. O espaço entre cada pedicelo é denominado fenda de filtração. Os podócitos, em conjunto com os capilares glomerulares (fenestrados sem diafragmas), são os componentes histológicos da filtração glomerular. Existem dois polos no rim, sendo um vascular e o outro, urinário. O polo urinário é o local onde a cápsula se torna o túbulo contorcido proximal. O polo vascular é o local onde entra a artéria aferente e sai a artéria eferente. As células mesangiais realizam proteção (fagocitose), sustentação e contração/relaxamento dos capilares glomerulares. Essas células podem encontrar-se no corpúsculo renal ou no polo vascular (extraglomerulares, próximas às arteríolas). As células mesangiais também possuem algumas funções como aumento da PA, possuem receptor de angiotensina II, possuem receptor de hormônio natriurético além também de produzir endotelina. A mácula densa, localizada nos túbulos contorcidos proximal e distal, é um conjunto de células mesangiais (epiteliais cuboides alongadas) muito próximas umas das outras. A mácula densa, em conjunto com as células justaglomerulares, formam o aparelho justaglomerular. Esse aparelho controla o quanto deve ser excretado (volume e concentração) através do controle das artérias e arteríolas aferentes e eferentes. II- Histologia tubular Os túbulos renais possuem como principais funções realizar a reabsorção parcial ou inteiramento de determinadas substâncias, além de adicionar outras substâncias ao ultrafiltrado pela atividade secretora das células tubulares. O túbulo contorcido proximal constitui o local inicial de reabsorção. Suas principais características são a presença de pregas ou dobras localizadas nas superfícies laterais das células, além de grande quantidade de mitocôndrias e extensas interdigitações dos prolongamentos basais das células adjacentes. O lúmen do TCP é menor do que o do distal, pois a absorção é maior. A absorção principal no TCP é de glicose, aminoácidos, 85% do NaCl e H2O. O túbulo contorcido distal possui um lúmen maior e não conta com a orla em escova, porque a absorção ocorre em menor quantidade. O túbulo contorcido distal tem como funções o equilíbrio acidobásico, reabsorção de Na e H2O. Sobre a alça de Henle: • Os ramos descendente e ascendente delgados de néfrons de alça curta possuem epitélio simples e fino. • O ramo ascendente delgado de néfrons de alça longa possuem epitélio baixo e plano, sem microvilosidades. • O ramo descendente de néfrons de alça longa possui epitélio simples e alto com abundantes organelas e microvilosidades. • O ramo descendente delgado na medula interna possui epitélio delgado e menor quantidade de microvilosidades. A principal função da alça de Henle é a absorção de H2O e Na. O ducto coletor e a alça de Henle se encontram na medula renal, e o que diferencia os é que o ducto tem uma parede mais espessa (células cuboides), enquanto a alça de Henle tem uma parede mais delgada (células pavimentosas). A função do ducto coletor é principalmente o ajuste do teor de H2O. Na medula renal, ainda estão presentes as células intersticiais, que produzem eritropoietina (induz produção de hemácias). III- Histologia das vias urinárias inferiores As vias urinárias inferiores tem como uma característica o urotélio, o qual é um epitélio de transição, o que significa que ele se altera de cúbico para pavimentoso de acordo com a distensão da bexiga. É importante citar que o epitélio de transição tem a capacidade de se regenerar. Por exemplo, em quadros de nefrolitíase os cálculos lesionam a mucosa. No entanto, após uma cirurgia de retirada de cálculo, é inserido o cateter duplo J o qual permite a restauração dessa mucosa. Além disso, o epitélio de transição é composto por três camadas, sendo elas a camada basal, composta por células tronco que permitem a capacidade de regeneracao; a camada intermediaria composta por células intermediarias; e a camada apical, a qual se torna pavimentosa de acordo com a distensão da bexiga. - Ureter: • Túnica mucosa: composta por epitélio de transição e lamina própria (tecido conjuntivo denso não modelado), além disso possui várias pregas; • Túnica muscular: os dois terços proximais são compostos por uma camada externa circular e uma camada interna longitudinal, enquanto o terço inferior é composto por uma cama longitudinal externa, circular média e longitudinal interna; • Túnica adventícia: composta por tecido conjuntivo denso, além da presença de vasos. No ureter, há uma grande quantidade de tecido conjuntivo entre as pregas musculares, o que garante o movimento da urina. -Bexiga urinária: • Túnica mucosa: composta por epitélio de transição e lamina própria, a qual varia de tecido conjuntivo frouxo a denso. As células epiteliais próximas da luz possuem placas espessas separadas por faixas de membrana delgada, dessa forma, se a bexiga estiver vazia, as placas invaginam e formam vesículas fusiformes e ficam na superfície, enquanto se a bexiga estiver cheia, as vesículas formam placas e inserem-se na membrana plasmática, aumentando a superfície de contato. (Não possui camada submucosa); • Túnica muscular: camada longitudinal interna e camada circular externa; • Túnica adventícia: composta por tecido conjuntivo denso; • Deve se ressaltar que na parte superior da bexiga urinaria a túnica adventícia é substituída por túnica serosa. Na bexiga urinaria, a quantidade de tecido conjuntivo entre as pregas é menor quando comparado ao ureter. - Uretra masculina: • Parte intramural: revestida por epitélio de transição; • Parte prostática: revestida por epitélio de transição, presença dos ductos da próstata e o par de ductos ejaculatórios (3 – 4cm); • Parte membranácea: revestida por epitélio pseudo-estratificado colunar, envolvida pelo esfíncter externo da uretra o qual é musculo estriado, além disso estão presentes as glândulas bulbouretrais (1 – 2cm); • Parte esponjosa: revestida por epitélio pseudo-estratificado colunar intercalado com trechos de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado(15 -16cm); • Fossa navicular da uretra: revestida por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. -Uretra feminina: • Parte intramural: revestida por um epitélio de transição; • Parte membranácea: revestida por epitélio pseudo-estratificado colunar e epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, envolvida pelo esfíncter externo da uretra. Deve se ressaltar que a uretra feminina é composta apenas por: • Túnica mucosa: epitélio de transição perto da bexiga e epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado com áreas de epitélio pseudo-estratificado colunar; • Túnica muscular: composta pelas camadas longitudinal interna e circular externa.
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