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Trabalho AV2 - Assédio Moral e Assédio Sexual

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O Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho
ASSÉDIO MORAL
O assédio moral por definição é toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude) que atente, por sua repetição ou sistematiza​ção, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pes​soa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.
O assédio Moral nas relações de Trabalho constitui reiteradas condutas que são abusivas e constrangedoras, atacando a integridade psicológica do trabalhador que é exposto a situações humilhantes que ofendem a sua personalidade e dignidade, deteriorando o ambiente de trabalho que passa a ser insuportável até que a vítima desista de continuar no seu trabalho.
Estudos sobre o tema confirmam que a humilhação constitui um risco “invisível”, porém concreto, nas relações de trabalho e que compromete, sobretudo, a saúde dos(as) trabalhadores(as). Analisar o assediador e entender suas atitudes são os primeiros passos para incrementar o combate ao assédio moral no ambiente de trabalho.
O assédio costuma acontecer da seguinte maneira: A vítima¹ escolhida é isolada do grupo, sem explicações. Passa a ser hostilizada, ridicularizada e desacreditada no seu local de trabalho. É comum os colegas romperem os laços afetivos com a vítima e reproduzirem as ações e os atos do(a) agressor(a) no ambiente de trabalho. O medo do desemprego, e a vergonha de virem a ser humilhados, associados ao estímulo constante da concorrência profissional, os tornam coniventes com a conduta do assediador.
� A maioria das vítimas são mulheres e são negras, no entanto o homem não está livre do assédio, particularmente se for homoafetivo ou possuir algum tipo de limitação física ou de saúde.
É importante evidenciar que o assédio moral desenvolve-se em qualquer relação de trabalho.
O assédio moral não está restrito ao poder hierárquico no ambiente de trabalho. A noção de assédio moral é extensiva a qualquer um no am​biente de trabalho, do topo da hierarquia à base do quadro. Podendo ser classificado como:
Assédio vertical – é praticado pelo servidor hierarquicamente superior (chefe) para com os seus subordinados;
Assédio horizontal – é praticado entre colegas de serviço de mesmo nível hierárquico;
Assédio ascendente – é praticado pelo subordinado que possui os conhecimentos práticos inerentes ao processo produtivo so​bre o chefe.
O assédio moral mais comum é o descendente, configurando-se pelo abuso de poder, podendo ainda ser uma tentativa de esquivar-se de obrigações trabalhistas com a dispensa do funcionário.
Nem sempre o assédio é intencional, é possível que os atos causem efeitos no servidor assediado independente de intenção, ainda que o assediador afirme não ter desejado fazê-lo. Nesse caso existirá apenas a ignorância do agente quanto à extensão dos efeitos provocados pelo seu comportamento.
1.1 Consequências Econômicas do Assédio Moral nas Organizações
A prática do assédio moral vai surtir efeitos econômicos à empresa principalmente no que tange aos aumentos de custos, que surgem em decorrência da queda de produtividade do trabalhador, pelas ausências constantes provindas de doenças, pela menor eficiência no serviço, entre outros. Por conseguinte, estes fatores levam a uma alteração na qualidade do produto, a falta de concentração dos empregados acaba culminando em acidentes de trabalho e em danos aos equipamentos. E desta forma, essas características acima abordadas quase sempre levam ao desligamento dos trabalhadores a empresa, pois os mesmos não se veem em condições aptas de desempenhar suas funções normalmente, o que implica também em maiores custos, devido ao aumento de rotatividade de mão de obra, gerando desta forma despesas com rescisões contratuais, e ainda custos advindos da necessidade de treinamento e qualificação dos novos empregados.
1.2 Ações preventivas da empresa
Os problemas de relacionamento dentro do ambiente de trabalho e os prejuízos daí resultantes serão tanto maiores quanto mais desorganizada for a empresa e maior for o grau de tolerância do empregador em relação às praticas de assédio moral.
• Estabelecer diálogo sobre os métodos de organização de trabalho com os gestores (RH) e trabalhadores;
• Realização de seminários, palestras e outras atividades voltadas à discussão e sensibilização sobre tais práticas abusivas;
• Criar um código de ética que proíba todas as formas de discriminação e de assédio moral.
ASSÉDIO SEXUAL
	Assédio sexual por definição é toda tentativa, por parte do superior hierárquico (chefe), ou de quem detenha poder hierárquico sobre o subordinado, de obter dele favores sexuais por meio de condutas reprováveis, indesejáveis e rejeitáveis, com o uso do poder que detém, como forma de ameaça e condição de continuidade no emprego. Pode ser definido, também, como quaisquer outras manifestações agressivas de índole sexual com o intuito de prejudicar a atividade laboral da vítima, por parte de qualquer pessoa que faça parte do quadro funcional, independentemente do uso do poder hierárquico.
	Assim como o assédio moral, o assédio sexual não está restrito ao poder hierárquico no ambiente de trabalho e se estende desde o topo da hierarquia até a base do quadro funcional. Podendo ser classificado como:
Assédio sexual por chantagem (assédio quid pro quo) – definido como a exigência formulada por superior hierárquico a um subordinado, para que se preste à atividade sexual, sob pena de perder o emprego ou benefícios advindos da relação de emprego. Esta espécie de assédio é consequência direta do abuso de uma posição de poder da qual o agente é detentor. 
Neste tipo de assédio a vítima tem que provar que foi coagida e que houve conjunção carnal. Para caracterizá-lo é preciso ainda que o ato tenha sido praticado por um superior hierárquico. 
Assédio sexual por intimidação (assédio sexual ambiental) – é caracterizado por incitações sexuais inoportunas, solicitações sexuais ou outras manifestações da mesma índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a atuação de uma pessoa ou criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no ambiente em que é praticado. Nesta espécie de assédio sexual, o elemento poder é irrelevante, sendo o caso típico de assédio sexual praticado por companheiro de trabalho da vítima, ambos na mesma posição hierárquica no setor.
“Já neste tipo de assédio, não é necessário haver ameaça, pode ser um galanteio, uma cantada, uma brincadeira de mau gosto”, afirma Adriana Calvo, advogada e especialista em Direito do Trabalho.
O Assédio sexual pode começar com cantadas e insinuações, evoluir para um convite para sair e chegar ao ponto de forçar beijos, abraços e outros contatos mais íntimos. Algumas vezes, ocorre mediante ameaça de demissão ou em troca de uma vantagem ou promoção. Em todo o mundo, 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
O assédio é crime no Brasil desde 2001, quando ficou estabelecida pena de detenção de um a dois anos para quem praticar o ato. Segundo a legislação, a conduta é caracterizada quando alguém for constrangido “com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual”, desde que o agente aproveite da sua condição de superior hierárquico.
2.1 O que fazer então no em casos de assédio sexual?
Diga "não" claramente ao assediador. Cartilha do Ministério do Trabalho e Emprego
recomenda que a vítima deixe bem claro que não aceita a conduta do assediador.
Conte as colegas de trabalho o que está acontecendo. OIT(OrganizaçãoInternacional do Trabalho) estima que 52% das mulheres já sofreram assédio sexual no local de trabalho.
Reúna provas do assédio, como bilhetes, e-mails e presentes. Especialistas dizem que falta de provas dificulta condenações.
Identifique colegas que possam ser testemunhas em caso de processo. OIT calcula que 52% das mulheres já sofreram assédio sexual em todo o mundo.
Relate o comportamento do assediador ao recursos humanos ou procure a ouvidoria externa da empresa.
Se nada for feito,procure o sindicato da sua categoria. Entre as secretárias, sindicato afirma que 25% já foram vítimas de assédio sexual.
Outra saída é fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia da mulher. Assédio sexual é crime previsto no Código Penal desde 2001.
Registre uma denúncia na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Crime de assédio sexual prevê pena de detenção de um a dois anos.
2.2 A Lei brasileira
A Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001, introduziu no Código Penal a tipificação do crime de assédio sexual, dando a seguinte redação ao art.216-A: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição se superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício, emprego, cargo ou função”. A pena prevista é de detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Trata-se de evolução da legislação, pois essa conduta era enquadrada em delito de menor potencial ofensivo, ou seja, crime de constrangimento ilegal, cuja pena é a de detenção por 3 meses a 1 ano ou multa para o transgressor, conforme o art. 146 do Código Penal. Além disso, a Consolidação das Leis do Trabalho autoriza o empregador a demitir por justa causa o empregado que cometer falta grave, a exemplo dos comportamentos faltosos listados no seu art. 482, podendo o assédio sexual cometido no ambiente de trabalho ser considerado uma dessas hipóteses.
Fontes Bibliográficas
Artigo: Assédio Moral contra Mulher nas Relações de Trabalho: uma reflexão sobre suas consequências econômicas e psicológicas - Por: Alexandre Rui Neto
Cartilha Ministério da Saúde – Assédio Moral – Violência e Sofrimento no Ambiente de Trabalho - Brasília – DF, 2008.
Cartilha Ministério da Saúde – Assédio Sexual – Violência e Sofrimento no Ambiente de Trabalho - Brasília – DF, 2008.
Cartilha Assédio Moral e Sexual no Trabalho – Ministério do Trabalho e Emprego – Brasília – DF, 2010.
http://noticias.uol.com.br/empregos
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