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· Conhecida como pecuária desbravadora (passada) · A forrageira é a forma mais fácil e barato de alimentação animal · Manejo inadequado é o principal empecilho da pecuária · O que garante que a planta seja perene? A posição do meristema apical e o perfilhamento · O sistema de produção é feito com base na interação entre 3 fatores: solo (nutrientes), planta (nutrientes do solo são absorvidos pela planta) e animal (nutrientes da planta são ingeridos pelo animal. Parte dos nutrientes são absorvidos pelo animal e outra parte retorna ao solo para ciclagem de nutrientes (fezes)Formulação de pastagens ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO DAS PASTAGENS: 1,2 e 3: PLANEJAMENTO ESCOLHA DO LOCAL E DA FORRAGEIRA 1) Escolha do local 2) Amostragem e análise de solo · Correção do solo de 60 a 90 dias antes do plantio · pH ideal por volta de 6, VC (saturação de base) por volta de 60% · é mais fácil corrigir um solo ácido do que um solo básico Fórmula da correção de solo:NC (t/há)=Tx.(V2-V1)/PRNT 3) Escolha da forrageira: · Condições edafoclimáticas da região; · Topografia da área; · Finalidade de uso; · Condição socioeconômica do produtor. Características da planta: · Tolerância seca, geada, inundação, sombreamento, pragas e doenças · Hábito de crescimento · Potencial produtivo e valor nutritivo · Aceitabilidade animal · Exigência nutricional · Porte · Modo de propagação 4: PREPARO DA ÁREA Proporcionar condições favoráveis à semeadura, germinação, ao desenvolvimento e produção das plantas cultivadas. · Tornar o solo apto para receber sementes ou mudas Convencional: · Aração: ato de revolver a camada arável do solo (0-20cm), permite que haja a descompactação do solo · Gradagem: quebra os torrões produzidos pela aração. É nesse momento que se for necessário faz-se a correção do solo com o calcário. Semeadura direta: · É feita sem o preparo da área · É feita a dessecação com herbicida para retardar o crescimento da gramínea já existente na área, com o tempo a nova gramínea cresce, se estabelece e o outro segue com o seu crescimento normal. · É mais usado para a introdução de leguminosas Fogo: · Faz-se a queima da área, não é benéfica a longo prazo para o solo, pois o fogo altera a microbiota do solo. · Não é recomendado. · Há muita perda de solo independente do tipo de solo. Sistemas integrados: · Cultura agrícola junto com o pasto, é uma cultura de caráter anual “lavoura pecuária” · É feita a associação de 2 forrageiras diferentes (ex: gramínea e milho) · Retorno monetário é mais rápido. · O animal só entra no pasto quando o milho já estiver plantado, a exigência atendida é feita para a cultura com maior exigência nutricional (nesse caso é o milho) a outra forrageira se beneficia dos nutrientes residuais. 5:CORREÇÃO E ADUBAÇÃO Adubação: · Nutrientes são essenciais para a forrageira. · A adubação tem relação direta com a produção de matéria seca · Perfilhamento interfere na quantidade de massa da forrageira (dossel forrageiro) NITROGÊNIO (N): · É um modulador de crescimento · O nitrogênio é responsável por alterar características estruturais, morfológicas, produtivas e nutricionais · Em média 1 perfilho produz 4 folhas, mas por crescer novas folhas 1 folha deve morrer · Redução de FDN só ocorrer no manejo inadequado · No inverno vai haver menor teor de proteína bruta · Por ter alta mobilidade do solo ele é usado como cobertura após a semente germinar 60% da planta cobrindo a área · A adubação nitrogenada sempre é feita no período das águas · Sequeiro: se a propriedade possuir irrigação própria a adubação pode ser feita na seca O nitrogênio aumenta a quantidade de folhas e engrossa o colmo, por isso a altura da planta deve ser manejada. Aplicações no estabelecimento: É feita de acordo com o sistema de produção: · Dose única: 50 Kg/N dose mínima para evitar degradação · Dose intermediária: 100 Kg/N dose intermediária em 2 vezes · Dose máxima: 200 Kg/N em 4 vezes · Dose parcelada: (NT alto, 2 - 3X (100-150kg de N). A cada 20 dias. Como deve ser feita a aplicação: · 1° aplicação: quando as plantas estiverem cobrindo 60% da área · Após 7 dias do pastejo de formação. Considerações: · Alta mobilidade (solo e planta) · Sistema irrigado x sequeiro · Aplicação de estabelecimento · Manutenção: parcelado ao longo do ano. · Principal fonte de nitrogênio: ureia (45% N); sulfato de amônio (21% N e 24% S); nitrato de amônio (34% N). · A ureia é muito volátil · A ureia altera a pressão osmótica, podendo ser retida e começar a retirar a água da forrageira · Tem alto poder salino (capacidade de ressecar a planta) · Perdas. FÓSFORO (P) · Solos tropicais e subtropicais baixas concentrações/disponibilidade (compostos Fe e Al em pH ácido); · Absorção por difusão (90%); · Altamente imóvel no solo/altamente móvel na planta; · Aplicação no ESTABELECIMENTO e manutenção. · No solo brasileiro há baixa concentração de fósforo · O fósforo tem baixa mobilidade no solo, pois ele fixa os compostos presentes no solo (dissolvido), esse efeito é mais pronunciado em pH baixo · Ajuda no perfilhamento e no desenvolvimento do sistema radicular · É o nutriente que deve ser colocado junto com a semente ou com a muda · A exigência nutricional é maior no estabelecimento da forrageira · Quanto mais velha a planta menos ela tem exigência de fósforo · Pode ser colocado misturado junto com a semente e usado em até 24 horas · A adubação com o fósforo é de dose única (não deve ser fracionada) · Principal fonte de fósforo: superfosfato simples. É um composto insolúvel com rápida liberação no solo. O fosfato natural é absorvido pela planta ao longo do tempo A queda exponencial dos NíCrí de fósforo no solo e na planta evidenciou a redução dos requerimentos desse nutriente conforme a idade de crescimento das plantas. Dessa forma, recomenda-se o manejo da adubação das duas gramíneas forrageiras: adubação de plantio e outra de manutenção da produtividade. Considerações: · Aplicação de estabelecimento: misturado as sementes (cova ou sulco), dose única. Após a correção do solo (calagem). · Manutenção: caso os teores estejam baixos. · Fonte: Superfosfato simples (11-12% de S e 18% de P2O5); superfosfato triplo (40% de P2O5); MAP (12%N e 50% P2O5); DAP (17% N e 45% P2O5) e fosfato natural (FN). · FN: pode ser uma opção para reduzir perdas por adsorção na fase de manutenção (liberação mais lenta). POTÁSSIO (K): · Maior parte do K mobilizada na parte aérea da planta retorna o solo (folhas, excreta animal, ação da chuva em folha senescente); · Adução de K: conservação x pastejo; · Sistema extensivo (maior ciclagem de potássio e menor demanda) vai ter muita forragem sendo produzida, mas há pouca colheita · Sistemas intensivos (menor reciclagem e maior demanda). · Apresenta facilidade de ciclagem por não ser 100% absorvido Cálculo dessa adubação é feito com regra de 3: 100 Kg (KCL) 50 (K2O) X 50 Kg (P) 50x=5000 X= 5000/50 X=100 K2O: óxido de potássio KCL: cloreto de potássio Considerações: Aplicação de manutenção: junto com adubação nitrogenada; · Período do ano; · Fonte: cloreto de potássio (60% K2O); sulfato de potássio (48% de K2O e 22-24% de S). ENXOFRE (S): · O enxofre tem proporcionado respostas na produção de massa (sistemas intensivos, uso elevado de N); · Análise do solo e foliar (relação N:S); · Recomendação quando análise foliar apresenta concnetração de S < 1 g/kg e relação N:S de 13:1 – 15:1; · Recomendação 30 – 90 Kg de S/ha/ano; · Fontes: Gesso (13 - 15% de S); sulfato de amônio (22 - 24% de S); superfosfato simples (12% de S) · Aplicação dose acima de 30 kg/ha deve ser parcela (adubação de N). Micronutrientes: · São requeridos em quantidades muito menores (essenciais); · Estabelecimento: solo; · Recomendação (kg/ha): boro: 0,5 – 1; cobre: 1 – 2; zinco: 2 - 4; molibdênio: 0,05 -0,15; · Formulações FTE Br 12 ou Br 16 (dose 30 – 40 kg/ha). Lei do mínimo Liebig: Quando há ausência de 1 nutriente haverá o limite de produção de matéria seca 6: QUALIDADE DAS SEMENTES OU MUDAS: · Velocidade e uniformidade;· Ausência de plantas invasoras; · Mudas (livre de doenças). É a quantidade de sementes, em percentagem, que germinará em condições normais de umidade, temperatura e oxigênio. Relação entre a pureza das sementes e a germinação VC= P x G/100 · P: pureza · G: germinação Ex: Pureza= 50% Germinação= 80% Exemplos de cálculos: Preço da 1: 4,00 Preço da 2: 3,00 · A semente que apresentar a maior germinação é a melhor · Quanto maior o VC melhor é a semente. Considerando que o valor de VC foi igual nas 2 situações, qual é a forrageira com as melhores características? · A situação 2, pois apresenta maior germinação Qual semente é mais barata baseado no VC: Situação 1 (preço do Kg): 800 g 4,00 1000g X 800X= 4000 X= 800/4000= 5,00 · Esse é possui o Kg mais barato Situação 2 (preço do Kg): 500g 3,00 1000g X X= 3000/500= 6,00 · Esse possui o Kg mais caro 7: TAXA DE SEMEADURA E PROFUNDIDADE: Taxa de semeadura: · Afeta o tempo de estabelecimento da produção inicial · Pode ser fator limitante; · Importância: Competição com plantas daninhas · Controle da erosão Depende: · Espécie · Método de semeadura; · VC · Condição do ambiente. Cálculo da taxa mínima de semeadura (kg de sementes por hectare) :PVC/ha ÷ %VC Exemplo: Capim-piatã (VC=40%) Sulco: 320 / 40 = 8 kg de sementes/ha Lanço: 520 / 40 = 13 kg de sementes/ha · Exemplo considera que a área tenha sido preparada corretamente e a época de semeadura esteja adequada. População ideal de plântulas/m^2: · Brachiaria (Marandu, Piatã, Xaraés, Humidicola, etc.) 15 a 20 plântulas/m2 · Panicum (Mombaça, Tanzânia, Massai, etc.) 20 a 40 plântulas/m2 Profundidade: Depende: · Umidade do solo · Tamanho da semente · Tipo de solo (argiloso vs. arenoso) · 2-4 cm 8: MÉTODO DE SEMEADURA: 1) Lanço (com compactação) 2) Covas (sem compactação) 3) Sulcos (sem compactação) · Podem ser feitos de forma manual (áreas pequenas) ou mecanizada (grades áreas) · Época de semeadura ou plantio: Início do período chuvoso 9: CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS · Controle manual (pequenas áreas) · Controle mecanizado (grandes áreas) · Controle químico (uso de herbicidas) 10: PASTEJO DE FORMAÇÃO · Perfilhamento · Cobertura do solo; · Evitar acamamento · Valor nutritivo; · Adubação com N. Erro de manejo: · Causa diminuição do valor nutritivo · Perda de forragem; · Diminui o perfilhamento; · Mesmo que o banco de sementes aumente o solo terá muita palhada e consequentemente essas sementes não conseguiram chegar ao solo o que não confere a perenidade a planta, mas sim o seu desaparecimento do solo Considerações: · 1° pastejo: 60 a 90 dias após o plantio da forrageira (é determinado pela altura da planta) · São colocados animais menores, mas em grande quantidade o que induz o perfilhamento por morte do meristema apical, esse maior número de perfilhos aumenta a produtividade de matéria seca e aumenta a cobertura de solo · O acamamento ocorre quando a planta cresce demais e depois ela tomba, isso aumenta a palhada · A adubação nitrogenada também pode ser feita após o primeiro pastejo, pois aumenta o perfilhamento.
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