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27/09/2010 1 Formação de Pastagens Etapas do estabelecimento de pastagens 1. Escolha da espécie forrageira; 2. Análise química; 3. Correção da fertilidade do solo; 3. Preparo do solo; 4. Escolha do material de propagação; 5. Métodos de formação (semeadura/plantio); 1. Escolha da espécie forrageira; Não existe espécie ideal para todas as condições Principais Pontos a serem considerados: Adaptabilidade às condições de Solo, clima e manejo da propriedade. a) Áreas sem uso corretivos e fertilizantes: Ex.: Brachiaria decunbens; B. humidicula; Andropogon gayanus; Stylosanthes guyanensis. b) Áreas férteis ou corrigidas: Ex.: Panicum maximum; Pennisetum purpureum; Cynodon sp; Leucaena leucocephala. c) Áreas de baixadas, mal drenadas e úmidas: Ex.: Brachiaria mutica; Brachiaria humidicola; Pueraria phaseoloides; Arachis pintoi. d) Áreas acidentadas ou sujeitas a erosão: Ex.: Cynodon sp., Paspalum sp.; Brachiaria decumbens; Brachiaria humidicola;Arachis pintoi. e) Áreas com histórico ou propícias ao ataque de cigarrinhas: Ex.: Andropogon gayanus cv. Planaltina, Brachiaria brizantha cv. Marandú; Cynodon sp. f) Áreas sujeitas a secas prolongadas: Ex.: Cenchrus ciliaris, Andropogon gayanus; Cynodon dactylon cv. Aridus; Cajanus cajan; 1. Escolha da espécie forrageira � Amostragem e análise química do solo (terra) 1ª Etapa: Subdividir a área em talhões ou glebas mais homogêneas possível, no máximo de 10 ha/gleba. 2. Análise química do solo 2ª Etapa: Antes da colheita da amostra de solo, remover a cobertura vegetal existente sobre o solo 3ª Etapa: Coletar, no mínimo 15 amostras simples/ha, misturar bem todas as amostras de cada talhão ou gleba homogênea e formar uma amostra composta; Prof.: 0-20 cm – Formação; 20-40 cm – Formação; 0-10 cm – Manutenção. 2. Análise química do solo � Amostragem e análise química do solo (terra) 27/09/2010 2 2. Análise química do solo H2O % mg/dm3 cmolc/dm 3 cmolc/dm 3 % Amostra pH C P K Ca++ Mg++ Na+ Al+++ H + Al S T V Braquiarão 5,4 1,5 1 184 0,9 0,6 0,042 0,0 2,9 2,0 4,9 41,0 Capineira 5,4 0,9 5 82 1,9 1,0 0,049 0,2 3,1 3,1 6,2 50,0 Tifton-85 5,6 0,7 16 262 3,0 2,3 0,094 0,0 3,8 6,1 9,9 62,0 3. Correção da fertilidade do solo Maioria dos solos brasileiros pH < 5,5 ���� Condições de infertilidade do solo desfavoráveis para a obtenção de produtividades adequadas ���� CALAGEM CALAGEM CALAGEM •Eleva o pH do solo • Afeta a disponibilidade de nutrientes Libera Ca2+ e Mg2+ adsovidos nas cargas negativas da matéria orgânica, argilas e óxidos; Libera P, Mo e S com o aumento de ions OH- Diminui a disponibilidade de Bo, Cu, Zn e Mn pela formação de complexos com óxidos de Al e Fe. BOHNEN(2000) 3. Correção da fertilidade do solo 3. Correção da fertilidade do solo � Calcário: Obtido pela moagem de rochas calcárias, cujos constituintes básicos são CaCo3 e MgCO3 �Calcário calcítico - menos de 10% de MgCO3 ou 5% de MgO �Calcário Magnesiano – 10 a 25% de MgCO3 ou 50 a 12% de MgO � Calcário Dolomítico - mais de 25% de MgCO3 ou mais de 12% de MgO MÉTODO BASEADO NA ELEVAÇÃO DA SATURAÇÃO POR BASES: NC = (V2 – V1) x T = t./ha de calc (100% PRNT). Obs: T (cmolc/dm-3) 100 V2 = Valor da saturação de bases trocáveis que se deseja; V1 = valor da saturação das bases trocáveis do solo, em porcentagem, antes da correção. (V1 = 100 S/T) sendo: S = Ca2+ + Mg2+ + K+ (cmolc.dm-3); T = capacidade de troca de cátions, T = S + (H+Al3+)(cmolc.dm-3); 3. Correção da fertilidade do solo 3. Correção da fertilidade do solo �Poder relativo de neutralização total (PRNT): PRNT = PN x ER/100, onde: PN = Poder de neutralização: dado pela quantidade de ácido que o mesmo é capaz de neutralizar; ER = Eficiência relativa: depende da granulometria (tamanho das partículas). �Quantidade de calcário aplicada: QA= Q recomendada x 100/PRNT 27/09/2010 3 �Aplicação de calcário – superficial e à lanço; �Incorporação do calcário (aração, gradagem pesada ou leve); 3. Correção da fertilidade do solo Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio Enxofre Boro Cobalto Cloro Cobre Ferro Manganês Molibdênio Zinco MicronutrientesMacronutrientes LEI DO MÍNIMO DE LIEBERG “o crescimento de um organismo é limitado pelo elemento essencial que está presente na concentração inferior ao requerido por este organismo” ADUBAÇÃO COM ENXOFRE ► Na formação: mediante aplicação de gesso (Sub-produto da indústria de fertilizantes fosfatados) ► Para correção dos níveis de Ca em profundidade ●Gesso Agrícola (CaSO4) = 16% S Doses comumente usadas 150 a 300 kg/ha (gesso) 3. Correção da fertilidade do solo ENXOFRE � Elemento de grande importância para as plantas - componente das proteínas, coenzimas CoA e ativador de algumas enzimas. � As plantas através de suas folhas, têm capacidade de absorver o enxofre na forma gasosa = maneira pouco eficiente. � O sulfato (SO4-2) é a forma absorvida pelas plantas. � A liberação do enxofre da matéria orgânica é realizada por microorganismos aeróbios. � Sintomas de carência: apresentam folhas pequenas, enrolamento das margens, necrose e desfolhamento, internódios curtos e, redução no florescimento. Nitrogênio � Gramíneas C4 � alta capacidade fotossintética, usam água eficientemente, e respostas ao N com altas taxas de crescimento. � Níveis de adubação variam de acordo com o clima, solo e nível tecnológico; � Aplicação � implantação e períodos de rebrota da pastagem; � Funções constituinte de hormônios; Fotossíntese � constituinte da clorofila; porte da planta; tamanho de folhas; tamanho do colmo; desenvolvimento dos perfilhos; florescimento; e, formação de sementes. 27/09/2010 4 Nitrogênio * Elemento bastante móvel na planta. Nitrogênio � Sintomas de Carência Pequeno porte; Redução do perfilhamento; Colmos finos e baixos; Amarelecimento progressivo das folhas Iniciando-se pelas mais velhas; Redução das raízes; Ausência de inflorescência; e, Menor teor de proteína. Fósforo �Solos tropicais _ baixos teores de fósforo disponível + alta capacidade de fixar o fósforo pela presença de quantidade elevadas de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio. �elemento mais importante para as pastagens depois do N, importante nos períodos iniciais da vida da planta, quando é absorvido em grandes quantidades. �influência no perfilhamento e crescimento das raízes, �estimula o florescimento e ajuda a formação de sementes. Fósforo Sintomas de Carência � Porte pequeno; � Pouco perfilhamento; � Folhas inferiores totalmente secas; � Folhas intermediárias verde-pálido e arroxeadas; � Folhas novas arroxeadas; e, � Sistema radicular reduzido. Potássio �A maior parte do potássio se encontra nos minerais que formam a fração argila. ���� Funções Maior vigor e resistência às doenças; Produção de amido, óleo e proteínas; Maior resistência dos colmos ao acamamento; Diminuir o número de frutos chochos; Aumenta resistência às secas e geadas; e, Ajuda no enraizamento. ���� Sintomas de Carência Folhas velhas com margens e pontas endurecidas e dilaceradas; Espigas mal granadas; Pequeno porte; Colmos e perfilhos fracos; e, Maior ataque de moléstias e pragas. ADUBAÇÃO POTÁSSICA � Respostas à adubação potássica não são intensas; Respostas têm sido freqüentes com o uso intensivo das áreas; Leguminosas apresentam uma boa resposta ao potássio. �Recomendações de adubação: Níveis de potássio no solo; Tipo de pastagem (pura ou consorciada); Tipo ou intensidade de uso a ser dado à pastagem. Níveis de adubação nitrogenada utilizados. Pastagemde campo, feno ou capineira. �Fonte de potássio - Cloreto de potássio. Escolha da semente: em função do Valor Cultural (VC) VC = % GERMINAÇÃO X % PUREZA 100 Ex.: Saco de Semente de 20 kg Braquiaria decumbens 50% Pureza 10 kg palha, solo, outros 10 kg sementes 80% Germinação VC = 80 X 50 = 40 100 4. Escolha do material de propagação 27/09/2010 5 � Formação de pastagens com preparo total da área; � Formação da pastagens com preparo parcial da área; � Formação da pastagens em semeadura ou plantio direto; • FORMAS DE ESTABELECIMENTO: 5. Métodos de Formação (Plantio/Semeadura) • TIPOS DE SEMEADURA • Semeadura a lanço • Semeadura no sulco • Semeadura no sulco (plantio direto) 5. Métodos de Formação (Semeadura) MÉTODOS DE SEMEADURA À LANÇO •Grande capacidade operacional; • Muito dependente das condições ambientais; • Utilização de grande quantidade de sementes; • Menor contato da semente com o solo; • Estabelecimento mais lento. 5. Métodos de Formação (Semeadura) • Permite maior uniformidade de semeadura; • Maior contato semente com o solo; • Distribuição da semente, adubo, cobertura e compactação na mesma operação; • Bom estabelecimento também em plantio direto; • Requer boa regulagem e precisão das máquinas utilizadas. 5. Métodos de Formação (Semeadura) SULCOS • Para incorporação das sementes, após a semeadura a lanço, deve-se passar o rolo compactador ou grade niveladora fechada, variando conforme o solo; 5. Métodos de Formação (Semeadura) • Na semeadura aérea, que é um plantio de risco, recomenda-se aumento de 50 a 80% na quantidade de sementes. SISTEMAS DE CULTIVO: • Sistema de cultivo convencional: uma aração e gradagens, seguidas de semeadura a lanço e rolo compactador ou gradagem ou seguidas de semeadura no sulco (plantadeira/adubadeira); • Sistema de cultivo mínimo: uma gradagem ou escarificação, seguida de semeadura a lanço e rolo compactador ou seguidas de semeadura no sulco (plantadeira/adubadeira); • Sistema de cultivo direto (plantio direto): semeadura direta por meio de uma semeadora sem sulcador apenas com disco de corte. 5. Métodos de Formação (Semeadura) 27/09/2010 6 OCORRÊNCIAS QUE PODEM COMPROMETER O PLANTIO: • Semeadura em profundidade maior que a recomendada; • Semeadura retardada em relação ao preparo do solo (a lanço); • Falta do contato das sementes com o solo (compactação); • Plantio em solo com alta umidade, seguido de longo período de sol; • Ataques de insetos (lagartas, gafanhotos, cupins e formigas); • Ataques de aves e roedores; • Uso de sementes não certificadas (% Germinação; % Pureza e Valor Cultural (%)). 5. Métodos de Formação (Semeadura) Observações Importantes: • Momento ideal da semeadura: início da estação das chuvas; • Verificar com antecedência as condições e regulagens das máquinas que serão utilizadas no plantio; • Evitar misturar sementes com adubos nitrogenados e potássicos (prejudicam a viabiliadade das sementes); • IMPORTANTE: A profundidade recomendada para o plantio é de aproximadamente 5 vezes o diâmetro da semente. Normalmente de 1 a 2 cm de profundidade. 5. Métodos de Formação (Semeadura) Propagação por mudas: 5. Métodos de Formação (Plantio) • Por estolões, colmos, rizomas e touceiras: cynodon sp. e capim-elefante; • Mudas retiradas de plantas inteiras com 3 a 12 meses (Rodrigues et al., 2000); • Sulcos de 10 cm de prof. e 0,5 a 1,0 m espaçam. (Gomide, 1990). • Cynodon sp. (Tifton-85; Coastcross, Florakirk, Estrelas, etc.) • 1 ha de mudas para formar 10 ha pastagem. • Linhas: de 0,5 a 1 m e 6-7 cm prof., enter. 2/3 do estolão e 1/3 para fora. • lanço: 4-5 t. mudas/ha; • sulco: 2,5 t./ha; • covas: 3 t./ha; • Mudas de até 100 dias de rebrota; • Livres de pragas, doenças e plantas invasoras; • Plantar as mudas no mesmo dia em que foram colhidas; • Tempo para formação: 90 a 120 dias. Propagação por mudas: 5. Métodos de Formação (Plantio) • Pennisetum purpureum (capim-elefante) • Mudas > 100 dias (gemas laterais s/brotações); • Livres de pragas, doenças e plantas invasoras; • 5-6 t. mudas/ha; • 1 ha de mudas para formar 10 ha pastagem; • Sulcos de 10 – 15 cm; • Plantio no sistema pé com ponta; • Cortar toletes no sulco com 4 – 5 gemas (25 – 30 cm); • Espaçamento: 0,5 m (pastejo) – 1,0 m (capineira); • Enterrar toda a muda; • Plantar as mudas no mesmo dia em que foram colhidas; • Tempo para formação: 60 - 100 dias; • 1º pastejo: 1,70-1,80 m.
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