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TRABALHO DIREITO PENAL II

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Curitiba - PR 
2022 
SUSANA MARIA DE SOUZA 
ISABELLI SOUZA COSTA 
ANA VITÓRIA DE CAMPOS PEREIRA 
MARCELO DORIGO 
 
QUESTÕES: ESTUDO DIRIGIDO E AVALIAÇÃO 
Direito Penal II – 1º Bimestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba - PR 
2022 
SUSANA MARIA DE SOUZA 
ISABELLI SOUZA COSTA 
ANA VITÓRIA DE CAMPOS PEREIRA 
MARCELO DORIGO 
QUESTÕES: ESTUDO DIRIGIDO E AVALIAÇÃO 
Direito Penal II – 1º Bimestre 
 
Questões de Estudo Dirigido e de Avaliação Bimestral 
apresentadas ao Curso de Bacharelado em Direito na 
disciplina de Direito Penal II como requisito para a 
obtenção da nota do 1º Bimestre pela UniDomBosco. 
Orientador: Prof. Dr. Xxxxxxxxxx Orientador: Prof. Dr. Xxxxxxxxxx Professor: Henrique Brunini Sbardelini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Em todas as coisas, o sucesso depende de preparação prévia." 
Confúcio (551 a.C. – 479 a.C.), filósofo chinês 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Questões formuladas pelo Professor Henrique Brunini Sbardelini, apresentadas á 
disciplina de Direito Penal ll, que tratam esse conjunto de normas positivas que 
disciplinam a matéria dos crimes, das penas, multas e medidas de segurança. A 
finalidade deste trabalho é estudar, compreender, avaliar, mas sobretudo adquirir o 
conhecimento através do aprendizado dos temas abordados em aula no 1º Bimestre 
de 2022 que contemplaram: Concursos de Pessoas. Teoria da Pena. Espécies de 
Pena. Aplicação. Dosimetria. Regimes. Progressão. 
 
 
 
Palavras-chave: Concursos de Pessoas. Teoria da Pena. Espécies de Pena. 
Aplicação. Dosimetria. Regimes. Progressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...…15 
 2. ESTUDO DIRIGIDO DIREITO PENAL II ...................................................16 
 2.1 QUESTÃO 01 .............................................................................................16 
 2.2 QUESTÃO 02......................................................................... ..................... 19 
 2.3 QUESTÃO 03............................................................................................ ... 20 
 3. AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 21 
 3.1 QUESTÃO 01 ................................................................................................22 
 3.2 QUESTÃO 02 ............................................................................................... 24 
 3.3 QUESTÃO 03 ............................................................. ................................. 26 
 3.4 QUESTÃO 04 ............................................................................................... 39 
 3.5 QUESTÃO 05 .......................................................... .................................... 41 
 4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 46 
 5. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A disciplina do Direito Penal II, bem como suas instituições ministradas em 
aula tem por finalidade demonstra o sistema de penas Brasileiro, visando que os 
acadêmicos possuam conscientização jurídica do interim entre as proporções entre o 
crime e a pena. O conteúdo desenvolveu um entendimento social e jurídico das 
questões do sistema penitenciário brasileiro; um entendimento do sistema prisional, 
desde a sua origem até barreiras da sua aplicabilidade. 
Demonstrou todos os benefícios da execução penal, como também 
apresentou a melhor forma da utilização dos mesmos. Apresentou possíveis extinções 
da punibilidade bem como regressões das penas previstas no processo legal penal. 
 
16 
 
 
 
2. ESTUDO DIRIGIDO DIREITO PENAL II 
 
1) Beltrano ajuda Fulana a matar seu filho recém nascido. Considerando que 
Beltrano sabia da condição de Fulana, responda: Houve concurso de agentes? 
Justifique sua resposta. 
 
2) Melvio e Nilvo, um sem saber do outro, atiram simultaneamente para matar 
Cícero. Houve concurso de agentes? Que espécie de autoria se trata? Não 
podendo afirmar qual bala matou Cícero, como devem responder? 
 
 
3) Klever resolve matar Sido. Para tal pede para que Rodolfo entregue um pacote 
contendo explosivo à Sido. Assim que abre o pacote, Sido vem imediatamente 
a óbito. Houve concurso de agentes? Justifique sua resposta. Que espécie de 
autoria se trata? 
 
 
2.1 QUESTÃO 01 
 
1) Beltrano ajuda Fulana a matar seu filho recém nascido. Considerando que 
Beltrano sabia da condição de Fulana, responda: Houve concurso de 
agentes? Justifique sua resposta. 
 
Conforme descrito no Código Penal, no Artigo 29 que descreve o concurso de agentes 
e no artigo 30 que indica as circunstâncias elementares do crime: 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser 
diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, 
ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, 
na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
Utilizando-se ainda do que diz o Jurista Victor Eduardo Rios Gonçalves, acerca do 
concurso de pessoas: Crimes unissubjetivos (ou monossubjetivos) são aqueles que 
podem ser praticados por uma só pessoa, como o homicídio, o furto, o estupro, dentre 
inúmeros outros. Nada obsta, entretanto, que duas ou mais pessoas se unam para 
perpetrar essas infrações penais, havendo, em tais casos, concurso de agentes 
(GONÇALVES, 2018). 
17 
 
 
 
Conclui-se que neste caso, crime de infanticídio é unissubjetivo, logo está 
sujeito ao concurso de pessoas pelo estado puerperal da mãe, e por esse fato 
ser fundamental ao crime, acabam se comunicando o coautor ou partícipe que 
responderá, assim como a mãe, também pelo crime de infanticídio. 
Beltrano que consente à vontade de Fulana influenciada pelo estado puerpério, 
direciona escrupulosamente sua conduta causando a morte do recém-nascido, 
isto posto de acordo com a regra contida nos artigos 29 e 30 do Código Penal, 
deverá Beltrano ser responsabilizado pelo delito de infanticídio, assim como a 
parturiente. 
É este o entendimento jurisprudencial: 
Recurso em sentido estrito contra decisão de pronúncia. 
Preliminares de desconsideração das alegações finais apresentadas pelo 
patrono anterior e pedido de inquirição de testemunha não ouvida durante a 
fase de instrução. No mérito, recorrente que pretende a reforma da 
decisão para que seja reconhecida a tese de legítima defesa ou 
a desclassificação da conduta para o delito de lesão corporal 
seguida de morte. Preliminares rejeitadas. Com efeito, a constituição de novo 
patrono não torna inválidos os atos praticados pelo patrono anterior. O novo 
patrono recebe os autos no estado em que se encontram. (AgRg no AREsp 
1101683/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 
13/03/2018, DJe 21/03/2018). Não obstante, bem ou mal, as novas alegações 
finais foram consideradas pelo Juízo na sentença de pronúncia. Em relação ao 
pleito de inquirição de uma nova testemunha, verifico que o Juízo de primeira 
instância bem afastou o pleito ao indicar que ela não foi arrolada no momento 
oportuno. Nada impede, contudo, que, caso mantida a sentença de pronúncia, 
referida testemunha seja inquirida em plenário, na forma do artigo 422 do CPP. 
No mérito, verifico que há indícios suficientes que indicam ter 
sido o recorrente o autor do delito. Teses de legítima defesa 
e desclassificação da conduta quenão se mostram 
possíveis de reconhecimento, ao menos nesta etapa procedimental, pois há 
relatos de que o recorrente continuou as agressões mesmo com a vítima já 
desfalecida, o que indica que, além de desferir golpes desnecessários, agiu 
com, ao menos, dolo eventual. Em relação à tese de quebra do nexo causal 
pela demora no atendimento da vítima e falha do pronto socorro, destaco que 
não há elementos que confirmem tal afirmação. Laudo pericial que 
expressamente consignou que a vítima faleceu em decorrência das lesões 
sofridas. Além disso, eventual negligência médica (não comprovada no caso 
em questão) não exclui a responsabilidade do réu, uma vez que ela somente 
teria se somado ao ato praticado pelo acusado, de modo a só 
contribuir para o resultado morte. É dizer: encontrando-se no mesmo 
curso de desenvolvimento causal da conduta original, a eventual contribuição 
negligente dos médicos ou a demora no atendimento, por si sós, não foram 
18 
 
 
 
capazes de produzir o resultado morte. Prova amealhada que é 
suficiente para fins de pronunciar o acusado. Incidência do princípio in dubio 
pro societate. Qualificadoras que não se mostraram abusivas diante das 
circunstâncias narradas. Exclusão que somente se opera quando 
flagrantemente incabíveis, o que não é o caso dos autos. 
Sentença de pronúncia mantida. Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO. 
Homicídio qualificado. Sentença condenatória. Recurso defensivo. Vítima que 
deve ser submetida a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. Decisão dos 
jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Pedido de 
desclassificação da conduta para Infanticídio. Reconhecimento da incidência 
das atenuantes da menoridade relativa e da confissão espontânea. 1. Autoria 
e materialidade demonstradas nos autos. Animus necandi evidenciado. 
Veredicto de acordo com o conjunto probatório. Desclassificação para o crime 
de Infanticídio. Inviável. Ausência de provas no sentido de que a ré se 
encontrava sob a influência do estado puerperal. Soberania das decisões do 
Tribunal do Júri. Qualificadoras demonstradas pelo conjunto probatório dos 
autos. Motivo torpe e crime cometido mediante asfixia. 2. Dosimetria que 
merece reparos. Pluralidade de qualificadoras reconhecida pelo Conselho de 
Sentença. Utilização de uma delas como qualificadora e a outra como 
circunstância judicial desfavorável. Cabimento. Precedentes. Atenuante da 
menoridade relativa que deve ser compensada, integralmente, com a 
agravante prevista pelo artigo 61, inciso II, alínea "e", do Código Penal. Causa 
de aumento de pena. Homicídio praticado contra menor de 14 anos. 
Exasperação em 1/3. 3. Manutenção do regime prisional fechado. 4. Recurso 
conhecido e parcialmente provido. 
(TJSP; Apelação Criminal 1528081-16.2019.8.26.0228; Relator (a): Marcos 
Alexandre Coelho Zilli; Órgão Julgador: 16ª Câmara de Direito Criminal; Foro 
Central Criminal - Juri - 2ª Vara do Júri; Data do Julgamento: 14/03/2022; Data 
de Registro: 14/03/2022) 
 
Importante salientar a exemplo do caso citado acima depreende-se que, só é 
considerado estado puerperal quando há perturbação psicológica dos réus. 
 
 
Referências: 
GONÇALVES, V. E. R. Curso de direito penal - parte especial - Arts 121 a 183. São 
Paulo: Saraiva, 2019 
 
GONÇALVES, V. E. R. Curso de Direito Penal. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 
SILVA, Athila Bezerra. Do delito de infanticídio no Direito Penal Brasileiro obedece a 
todos os procedimentos investigatórios e instrutórios cabíveis. Disponível em 
https://jus.com.br/artigos/52717/do-delito-de-infanticidio-no-direito-penal-brasileiro-
19 
 
 
 
obedece-a-todos-os-procedimentos-investigatorios-e-instrutorios-cabiveis>acesso 
em 27.04.2022. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO 
PAULO. Acesso em 28.04.2022. Disponível em: 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do 
 
2.2 QUESTÃO 02 
 
2) Melvio e Nilvo, um sem saber do outro, atiram simultaneamente para matar 
Cícero. Houve concurso de agentes? Que espécie de autoria se trata? Não 
podendo afirmar qual bala matou Cícero, como devem responder? 
 
Melvio e Nilvo responderão individualmente pelo crime cometido. Havendo 
coautoria é indiferente saber qual dos dois disparou o tiro fatal, pois ambos 
responderão igualmente pelo delito consumado, já que no exemplo referido não 
se pode apurar qual dos dois agentes matou a vítima, autoria incerta, nesta se 
desconhece quem praticou a ação; sabe-se quem a executou, mas ignora-se 
quem produziu o resultado. Não há que se falar em concurso de pessoas, pois 
não houve liame subjetivo, mas Melvio e Nilvo cometeram dois crimes, um 
homicídio consumado e uma tentativa de homicídio, sendo impossível 
identificar qual dos dois praticou o crime tentado e o consumado. Como não foi 
possível apurar qual dos dois de fato produziu a morte, não poderá ser imputado 
o homicídio consumado a nenhum deles, devendo ambos responder por 
homicídio tentado, pois “por não se saber quem de fato provocou a morte da 
vítima, não se pode responsabilizar qualquer deles pelo homicídio consumado, 
aplicando-se o princípio in dubio pro reo.” (MASSON, 2019), constante nos 
termos do art. 17 do Código Penal. 
É este o entendimento jurisprudencial: 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - LATROCÍNIO - AUTORIA INCERTA 
- DELAÇÃO EXTRAJUDICIAL ISOLADA - INSUFICIÊNCIA 
PROBATÓRIA - ABSOLVIÇÃO 
- A delação na fase inquisitiva, quando não confirmada em juízo e isolada 
no conjunto probatório, impõe a absolvição. (TJMG - Apelação Criminal 
1.0017.09.044545-7/001, Relator(a): Des.(a) Marcos Flávio Lucas 
Padula , 5ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 30/11/2021, publicação 
da súmula em 09/12/2021) 
Da referida decisão depreende-se que: 
Não sendo possível assegurar a autoria dos delitos de homicídio por 
parte dos acusados, impõe-se a absolvição, com fulcro no art. 386, inciso 
VII do Código de Processo Penal. Absolvendo das sanções do art. 157, 
§3°, na forma do art. 70, ambos do Código Penal. 
20 
 
 
 
 
Referências: 
MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 / Cleber Masson. 
– 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019. 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS 
GERAIS Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://www4.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_resultado2.jsp?listaProcessos=1001709044
5457001 
 
2.3 QUESTÃO 03 
 
3) Klever resolve matar Sido. Para tal pede para que Rodolfo entregue um 
pacote contendo explosivo à Sido. Assim que abre o pacote, Sido vem 
imediatamente a óbito. Houve concurso de agentes? Justifique sua 
resposta. Que espécie de autoria se trata. 
 
O responsável único pelo delito é o autor mediato neste caso Klever, visto que 
o executor material Rodolfo, atua sem ter consciência da realidade, ou seja, atua 
sem dolo, por erro ou ignorância da situação fática. Quem determina o erro 
responde por ele conforme CP, art. 20, § 2º. Rodolfo possui participação por 
indução que é a seguinte: caso a participação não seja seguida do início de 
execução do crime, não é punível conforme CP, artigo 31. A autoria mediata, 
conforme Cezar Roberto Bitencourt (2013, p. 560), “encontra seus limites 
quando o executor realiza um comportamento consciente e doloso. Aí o 
“homem de trás” deixa de ter o domínio do fato, compartindo-o, no máximo, com 
quem age imediatamente, na condição de coautor, ou então fica na condição de 
partícipe, quando referido domínio pertence ao consorte”. 
Nesse sentido, cita-se 
 APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS NO INTERIOR DO 
ESTABELECIMENTO PRISIONAL (ARTS. 33, CAPUT, E 40, III, DA LEI 
N. 11.343/2006) - SENTENÇA ABSOLUTÓRIA - RECURSO DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO. PRETENDIDA CONDENAÇÃO DO 
ACUSADO - ALEGADA EXISTÊNCIA DE PROVAS ACERCA DA 
MATERIALIDADE E DA AUTORIA DELITIVA - INSUBSISTÊNCIA - 
FUNDADO ENTRECHOQUE DE PROVAS - AUSÊNCIA DE 
FLAGRANTE DELITO - DEPOIMENTOS FIRMES E COERENTES DO 
AGENTE PRISIONAL E DO ADMINISTRADOR DO ERGÁSTULO 
DANDO CONTA DE QUE OUTROS PRESOS TAMBÉMTINHAM 
ACESSO AO LOCAL ONDE A DROGA FOI ENCONTRADA - AUTORIA 
DUVIDOSA - NECESSÁRIA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO 
PRO REO - ABSOLVIÇÃO QUE DEVE SER MANTIDA. I - O 
entrechoque de provas, com existência de duas versões a respeito da 
21 
 
 
 
verdade dos fatos, conduz à dúvida, e esta é elemento incodutor à 
condenação; o Estado-acusador tem a obrigação de provar a 
responsabilidade penal de quem se lança a acusar para o fim de extrair 
a condenação almejada. II - A acusação terá que ficar provada pelo 
exercício de quaisquer dos instrumentos processuais admitidos pelo 
direito, contudo, de outro giro, os argumentos de defesa nem sempre, 
pois basta que remanesça a dúvida para que o resultado do processo 
conduza à absolvição. RECURSO DESPROVIDO. (TJSC, Apelação 
Criminal n. 0001348-74.2015.8.24.0037, de Joaçaba, rel. Luiz Antônio 
Zanini Fornerolli, Quarta Câmara Criminal, j. 05-09-2019). 
Dessa forma e é inaceitável imputar A Rodolfo a prática do crime, dado 
que é vigente no sistema processual penal brasileiro o princípio in dubio 
pro reo, no qual há ausência de elementos aptos a confirmarem a 
materialidade do delito, conduz-se à absolvição 
Referências: 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2013. v. 1. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA 
CATARINA. Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/buscaForm.do#resultado_ancora 
 
 
3. AVALIAÇÃO 
Avaliação. Valor 7 pontos. 
4) Fuleno, de 15 anos, auxilia Helvio a roubar uma senhora no centro da cidade. Houve 
concurso de agentes? Justifique. 
5) Xunda pede a Rippel que leve uma bolsa para Barcelona com “remédios’’ para sua 
avó. Ao passar pela Polícia Federal Rippel é preso por tráfico de drogas (ar. 33 Lei de 
Drogas) pois na bolsa havia 100 comprimidos de LSD. Houve concurso de agentes? 
Justifique. 
6) Carlito é reincidente no crime de perigo de abandono de incapaz (art. 133, caput). 
Qual o regime inicial de cumprimento? 
7) Nelinho é condenado por estelionato com a pena máxima (art.171). Antes do 
término da pena é novamente condenado pelo crime de furto, pena mínima. As 
circunstâncias do artigo 59 são absolutamente desfavoráveis. Qual o total da pena? 
Qual o regime inicial? O que ele precisaria para progredir de regime? 
22 
 
 
 
8) Paulo Lockci é condenado por homicídio qualificado, pena de 20 anos, e é réu 
primário. Durante o cumprimento trabalhou por 3 anos, estudou por mais 3, além de 
ter cumprido 1 ano enquanto aguardava julgamento. Durante a execução da pena, foi 
um preso exemplar. Quanto tempo resta de pena? Quais os institutos que beneficiam 
o réu? Ele teria direito a progressão de regime? 
 
3.1 QUESTÃO 01 
 
4) Fuleno, de 15 anos, auxilia Helvio a roubar uma senhora no centro da 
cidade. Houve concurso de agentes? Justifique. 
 
Embora o sistema penal Brasileiro considere inimputável (em termos 
penais) o menor de 18 (dezoito) anos; consta no art. 228 da C.F/88., in verbis: 
“ São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às 
normas da legislação especial.” 
Ainda conforme o artigo 27 do Código Penal: 
“ Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.” 
Ocorreu de fato o concurso de agentes, á exemplo ementas e jurisprudências 
abaixo, nos quais apontam que para haver concurso de pessoas no 
cometimento do crime ocorre a majorante de concurso, ainda que um deles seja 
inimputável. 
Nesse sentido, citam-se os entendimentos abaixo: 
PENAL - FURTO QUALIFICADO - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - 
INAPLICABILIDADE - CONCURSO DE PESSOAS - CO-AUTOR 
MENOR DE IDADE - IRRELEVÂNCIA - CONDENAÇÃO MANTIDA. 
1. A aplicação do princípio da insignificância requer análise não só do 
valor do bem subtraído, mas também da inexpressividade da lesão 
jurídica provocada, sob pena de incentivar a prática de crimes de 
pequena monta. 
2. A majorante do concurso de pessoas incide ainda que o co-autor do 
delito seja menor de idade. 
3. Apelo improvido. 
(Acórdão 295234, 20070110255599APR, Relator: SANDRA DE 
SANTIS, , Revisor: JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, 1ª Turma Criminal, 
data de julgamento: 17/1/2008, publicado no DJE: 25/3/2008. Pág.: 90) 
 
EMENTA Habeas corpus. Roubo majorado pelo concurso de agentes. 
Artigo 157, § 2º, inciso II, do Código Penal. Delito cometido em concurso 
com menor inimputável. Pretendida exclusão de causa de aumento de 
23 
 
 
 
pena. Irrelevância. Incidência da majorante. Ordem denegada. 1. O fato 
de o crime ter sido cometido por duas pessoas, sendo uma delas menor 
inimputável, não tem o condão de descaracterizar o concurso de 
agentes, de modo a excluir a causa de aumento prevista no inciso II do 
§ 2º do art. 157 do Código Penal. 2. Ordem denegada. 
(HC 110425, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado 
em 05/06/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-155 DIVULG 07-08-
2012 PUBLIC 08-08-2012) 
 
HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONCURSO DE 
PESSOAS. COAUTORIA COM INIMPUTÁVEL. MAJORANTE 
CONFIGURADA. PENAL. ART. 1º DA LEI N. 
2.252/1954. CORRUPÇÃO DE MENORES. NATUREZA FORMAL DO 
DELITO. MENOR ANTERIORMENTE CORROMPIDO. 
IRRELEVÂNCIA. 
1. O fato de o roubo ter sido praticado junto com agente inimputável não 
afasta a causa de aumento referente ao concurso de pessoas. 
2. É pacífico o entendimento de que o delito previsto no art. 1º da Lei n. 
2.252/1954 é de natureza formal. Assim, a simples participação do 
menor no ato delitivo é suficiente para a sua consumação, sendo 
irrelevante seu grau prévio de corrupção, já que cada nova prática 
criminosa na qual é inserido contribui para aumentar sua degradação. 
Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. 
3. Ordem denegada. 
(HC 150.849/DF, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA 
TURMA, julgado em 16/08/2011, DJe 05/09/2011) 
 
Conforme decisão proferida pela Des.(a) Beatriz Pinheiro Caires , 2ª 
CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 12/05/2011, publicação da súmula 
em 25/05/2011) 
APELAÇÃO CRIMINAL - FURTO QUALIFICADO POR CONCURSO DE 
PESSOAS - CO-AUTOR MENOR DE IDADE - CIRCUNSTÂNCIA QUE 
NÃO ELIDE A INCIDENCIA DA QUALIFICADORA - AGRAVANTE DA 
REINCIDÊNCIA - ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA - 
COMPENSAÇÃO - POSSIBILIDADE - REGIME PRISIONAL MAIS 
BRANDO - POSSIBILIDADE - ISENÇÃO DE CUSTAS - 
POSSIBILIDADE. 
- O concurso de pessoas no cometimento do crime denota maior 
periculosidade dos agentes, ocorrendo a majorante, ainda que um deles 
seja inimputável. 
24 
 
 
 
- Presentes a atenuante da confissão espontânea e a agravante da 
reincidência, ambas de natureza subjetiva, sem prevalência de uma 
sobre a outra, impõe-se a compensação de ambas. 
- 'É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos se 
favoráveis as circunstâncias judiciais'. (Súmula 269 do STJ). 
 (TJMG - Apelação Criminal 1.0223.10.013770-0/001, Relator(a): 
Des.(a) Beatriz Pinheiro Caires , 2ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 
12/05/2011, publicação da súmula em 25/05/2011) 
 
Referências: 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS 
GERAIS Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://www4.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_resultado2.jsp?listaProcessos=1001709044
5457001 
 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2013. v. 1. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Roubo circunstanciado pelo concurso de 
pessoas e participação de inimputável. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/459a4ddcb586f24
efd9395aa7662bc7c>. Acesso em: 28/04/2022 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DO DISTRITO FERDERAL 
E . Acesso em 28.04.2022. Disponível em https://pesquisajuris.tjdft.jus.br 
 
 
3.2 QUESTÃO 02 
 
5) Xunda pede a Rippel que leve uma bolsa para Barcelona com “remédios’’ 
para sua avó.Ao passar pela Polícia Federal Rippel é preso por tráfico de 
drogas (art. 33 Lei de Drogas) pois na bolsa havia 100 comprimidos de LSD. 
Houve concurso de agentes? Justifique. 
 
De acordo com Artigo. 33, Caput, da Lei nº 11.343/06: 
I - Travestem-se na figura de traficantes aqueles que são flagrados 
transportando grande quantidade de entorpecentes. 
Assim sendo no caso acima, constata-se o que dispõe o Inciso abaixo: 
25 
 
 
 
II - O tráfico de drogas, por se tratar de crime de ação múltipla, prescinde 
da efetiva constatação da mercancia ilícita, bastando para tanto a prática 
de um dos verbos contidos no art. 33, caput, da Lei de Drogas, como 
transportar e trazer consigo, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar. 
Sim, houve o concurso de agentes, pois no caso citado duas pessoas se 
reuniram para cometer um crime. Mesmo sob a alegação de Rippel, que 
desconhecia o que carregava consigo, a partir do citado acima (Artigo. 33, 
Caput, da Lei nº 11.343/06) ele se torna um traficante, reunindo-se com Xunda 
para praticar o crime. 
 
Nesse sentido, cita-se o entendimento Tribunal de Justiça de Santa Catarina : 
APELAÇÃO CRIMINAL – TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES 
(ART. 33, CAPUT, DA LEI Nº 11.343/06) – SENTENÇA 
CONDENATÓRIA – RECURSO DA DEFESA. PRETENDIDA 
ABSOLVIÇÃO – INVIABILIDADE – AUTORIA E MATERIALIDADE 
EVIDENCIADAS – ACUSADO VISTO ENTREGANDO MAIS DE 12 KG 
DE COCAÍNA A UM TERCEIRO – IMAGENS DE CÂMERAS, 
FOTOGRAFIAS E DEPOIMENTOS DOS AGENTES POLICIAIS 
DANDO CONTA DO FATO, ALIADO À INFORMAÇÃO REPASSADA 
POR SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA – SITUAÇÃO HIPOTÉTICA 
ARGUIDA PELA DEFESA DESPIDA DE SUBSTRATO PROBATÓRIO – 
DESCONHECIMENTO DO TRANSPORTE DA DROGA NÃO 
DEMONSTRADO EM NENHUM MOMENTO – CONDENAÇÃO 
MANTIDA. 
I - O tráfico de drogas, por se tratar de crime de ação múltipla, prescinde 
da efetiva constatação da mercancia ilícita, bastando para tanto a prática 
de um dos verbos contidos no art. 33, caput, da Lei de Drogas, como 
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, entregar a consumo 
ou fornecer, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar. 
II - A negativa de autoria prestada pelo réu não obsta a condenação pelo 
crime de tráfico se o acervo probatório, em seu conjunto, revela com 
suficiência a execução do delito. 
III - Os depoimentos dos agentes policiais relatando a ocorrência do ato 
criminoso, principalmente perante à autoridade judiciária e desde que 
harmônicos e convincentes, revestem-se de presunção de veracidade e 
constituem importante elemento de prova, inclusive quando aliados às 
demais provas. 
RECURSO DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Criminal n. 5015120-
08.2021.8.24.0005, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel. Luiz 
Antônio Zanini Fornerolli, Quarta Câmara Criminal, j. 10-02-2022). 
26 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA 
CATARINA. Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/buscaForm.do#resultado_ancora 
 
LEI Nº 1343 – PLANALTO. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm . Acesso em 
29.04.2022 
 
3.3 QUESTÃO 03 
 
6) Carlito é reincidente no crime de perigo de abandono de incapaz (art. 133, 
caput). Qual o regime inicial de cumprimento? 
 
De acordo com o Código Penal a pena-base para o crime de abandono de 
incapaz fixada legalmente se dá da seguinte forma: mínimo legal de 06 (seis) 
meses a 3 (três) anos de detenção. A pena de detenção terá seu cumprimento 
iniciado somente no regime aberto ou semiaberto. 
Ao julgar, o Juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade por uma restritiva de 
direitos, nos termos do art. 44, §2º, do Código Penal observa-se ainda que existem os 
requisitos para a concessão da pena privativa de direito em substituição da pena 
privativa de liberdade, os quais são: 
· Aplicação de pena privativa de liberdade com pena não superior a quatro anos, 
quando se tratar de crime doloso; 
· Não aplicação de violência ou grave ameaça no cometimento do crime; e 
· Condições pessoais do criminoso favoráveis, as quais são culpabilidade, 
antecedentes, conduta social, personalidade do criminoso, motivos e as 
circunstâncias do cometimento do crime. 
Consoante o CP: 
Abandono de incapaz Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu 
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Aumento de pena 
27 
 
 
 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou 
curador da vítima. 
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos 
 
No caso em questão de reincidência, de acordo com a Súmula nº 269: É 
admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes 
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. Referência: CP, arts. 33, § 2º, e 59. 
Ocorrendo a reincidência quando o agente, após ter sido condenado definitivamente 
por outro crime, comete novo delito, desde que não tenha transcorrido o prazo de 
cinco anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a prática da nova 
infração. É uma agravante que visa punir com mais severidade aquele que, uma vez 
condenado, volta a delinquir, demonstrando que a sanção aplicada não foi suficiente 
para intimidá-lo ou recuperá-lo. 
Sobre o tema destacam-se as decisões proferidas abaixo: 
 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ABANDONO DE INCAPAZ - DOLO 
COMPROVADO – PERIGO CONCRETO PARA A INCOLUMIDADE 
DOS ABANDONADOS - 
INEXIGÊNCIA DE FIM ESPECIAL DE AGIR - MERA INTENÇÃO DE 
ABANDONAR - CONDENAÇÃO MANTIDA. - Caracteriza o delito de 
abandono de incapaz a conduta de abandonar pessoa que está sob o 
seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono. – Ao 
abandonar menores dentro de uma residência, sem a companhia de um 
adulto capaz, o agente aceita o risco (dolo eventual) do perigo concreto 
para a incolumidade dos abandonados, sendo indiferente o tempo em 
que se ausentar do local. - Para a configuração do delito do art. 133 do 
CP, não há exigência de qualquer especial fim de agir - basta a mera 
intenção de abandonar, ainda que temporariamente, pessoa que está 
sob seu cuidado ou proteção". [TJMG. Apelação Criminal 
1.0390.07.018292-3/001. 1ª CÂMARA CRIMINAL. Des.(a) Alberto 
Deodato Neto. Data do julgamento: 09/03/2010]. 
 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ABANDONO DE INCAPAZ - 
ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - MATERIALIDADE, AUTORIA, 
DOLO E SITUAÇÃO DE PERIGO 
EVIDENCIADA NOS AUTOS - RECURSO DESPROVIDO. – Restando 
devidamente comprovadas nos autos a materialidade e a autoria do 
crime de abandono de incapaz, bem como o dolo na conduta da agente 
28 
 
 
 
e a exposição dos menores à situação de risco, imperiosa a manutenção 
da condenação empreendida em primeira instância”. (Apelação Criminal 
1.0348.11.001003-3/001, Relator (a): Des.(a) Eduardo Machado , 5ª 
CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 21/01/2014, publicação da sumula 
em 24/01/2014). 
 
PENAL E PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO 
DE INCAPAZ. ART. 133 DO CÓDIGO PENAL. CONCURSO FORMAL 
IMPRÓPRIO. ART. 70, DO CÓDIGO PENAL. PRELIMINAR. 
CONCESSÃO DE JUSTIÇA GRATUITA. NÃO CONHECIMENTO. 
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DAS EXECUÇÕES. PLEITO DE 
ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE DOLO. IMPROCEDÊNCIA. 
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. DEPOIMENTOS DA 
APELANTE E DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO. PERIGO 
CONCRETO. ACERVO PROBATÓRIO QUE CONFIRMA O 
ABANDONO. ANÁLISE DE OFÍCIO DA DOSIMETRIA. REVISTA A 
PENA-BASE. DECOTE DE VETOR JUDICIAL NEGATIVADO NA 
ORIGEM (CONDUTA SOCIAL). FUNDAMENTAÇÃOEM 
DISSONÂNCIA COM PRECEDENTES DO STJ. PENA EM DEFINITIVO 
REDIMENSIONADA. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA 
MANTIDO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
POR UMA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. RECURSO 
CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, IMPROVIDO. 
1. Preliminarmente, não merece conhecimento o pleito defensivo de 
isenção de custas processuais com concessão da justiça gratuita, vez 
que sua análise compete ao juízo das execuções, em harmonia com 
entendimento jurisprudencial desta Câmara Criminal. 2. Sendo o 
conjunto probatório coerente e harmonioso a comprovar a materialidade 
do delito, bem como a autoria, não procede a pretensão defensorial no 
que concerne ao crime contido no art. 133 c/c art. 70, ambos do Código 
Penal. Ademais, os depoimentos das testemunhas arroladas pela 
acusação, confirmados em juízo, comprovam o abandono de incapaz 
ensejador de perigo concreto às vítimas. 3. Em análise de ofício da 
dosimetria, em razão de fundamentação errônea e em dissonância com 
o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, foi 
decotado o vetor judicial conduta social, alterando o quantum 
condenatório da pena-base. 4. Pena em definitivo redimensionada e 
fixada em 01 (um) ano de detenção. 5. Mantido o regime inicial de 
cumprimento da pena no aberto, com fulcro no art. 33, § 2º, ‘c’ do Código 
Penal. 6. Substituição da pena privativa de liberdade por uma restritiva 
de direitos, nos termos do art. 44, §2º, do Código Penal. 7. Recurso 
parcialmente conhecido e, em sua parte cognoscível, improvido, porém 
29 
 
 
 
de ofício foi redimensionada a pena em definitivo. (TJCE; ACr 0000332-
93.2017.8.06.0206; Primeira Câmara Criminal; Relª Desª Ligia Andrade 
de Alencar Magalhães; DJCE 24/03/2022; Pág. 138) 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO MAJORADO DE INCAPAZ. 
PRESCRIÇÃO EM PERSPECTIVA. INADMISSIBILIDADE. 
PRESCRIÇÃO RETROATIVA. INOCORRÊNCIA. ABSOLVIÇÃO. 
NECESSIDADE. PERIGO CONCRETO NÃO DEMONSTRADO. 
Conforme decidem os tribunais pátrios, ao aplicador do direito não é 
dado, substituindo-se ao legislador, criar hipótese de extinção de 
punibilidade não prevista na Lei, como ocorre com a prescrição pela 
pena projetada ou prescrição em perspectiva. A prescrição ou se funda 
nas penas em abstrato ou nas penas concretizadas em sentença depois 
do trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu 
recurso, e não em penas hipoteticamente calculadas. Inteligência da 
Súmula nº 438 do Superior Tribunal de Justiça. A prescrição, depois de 
transitar em julgado a sentença condenatória para a acusação, regula-
se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo 109 do 
Código Penal. Ausente o transcurso do prazo entre os marcos 
interruptivos do artigo 117 do Código Penal, não há como reconhecer a 
prescrição. Por se tratar de crime de perigo concreto, para a condenação 
no delito de abandono de incapaz, previsto no artigo 133 do Código 
Penal, é necessária a comprovação do risco vivenciado pelo incapaz 
durante a situação de abandono. (TJMG; APCR 3152512-
51.2013.8.13.0024; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des. Flávio Leite; 
Julg. 08/03/2022; DJEMG 18/03/2022) 
 
ABANDONO DE INCAPAZ. ACUSAÇÃO POR INFRAÇÃO AO ART. 
133, §3º, II DO CP. CONDENAÇÃO A 08 MESES DE DETENÇÃO EM 
REGIME INICIAL ABERTO, DEFERIDA A SUBSTITUIÇÃO. 
Crime com pena mínima, em abstrato, inferior a 01 ano. Agente primária 
e de bons antecedentes. Proposta de suspensão condicional do 
processo que é direito subjetivo da denunciada. Não oferecimento. 
Ofensa à ampla defesa e ao devido processo legal. Nulidade 
reconhecida. Conversão do julgamento em diligência para proposta de 
suspensão condicional do processo. (TJSP; ACr 0009353-
24.2018.8.26.0361; Ac. 15478082; Mogi das Cruzes; Décima Sexta 
Câmara de Direito Criminal; Rel. Des. Otávio de Almeida Toledo; Julg. 
14/03/2022; DJESP 18/03/2022; Pág. 3027) 
 
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO 
PENAL. ABANDONO DE INCAPAZ QUALIFICADO PELO 
30 
 
 
 
RESULTADO MORTE. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. 
ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE. TESE DE INEXISTÊNCIA DE DOLO. 
DESCRIÇÃO SUFICIENTE DE CONDUTA CONSCIENTE E DO NEXO 
DE CAUSALIDADE. AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA. 
IMPOSSIBILIDADE DE APROFUNDAMENTO EM MATÉRIA FÁTICO-
PROBATÓRIA NA VIA ESTREITA DO WRIT. TESE DE AUSÊNCIA DO 
DEVER LEGAL DE AGIR. DESACOLHIMENTO. POSSÍVEL 
ASSUNÇÃO DO PAPEL DE GARANTIDOR. INEXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA. INVIABILIDADE. CONVENIÊNICA DE 
PRODUÇÃO DE PROVAS DURANTE A INSTRUÇÃO. NECESSIDADE 
DE GARANTIR O CONTRADITÓRIO E EVITAR INDEVIDA 
SUPERSSÃO DE INSTÂNCIA. CONSTRANGIMENTO NÃO 
VERIFICADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
1. A jurisprudência desta Corte Superior é firme no sentido de somente 
ser possível o trancamento de ação penal por meio de habeas corpus 
de maneira excepcional, quando de plano, sem a necessidade de 
análise fático-probatória, se verifique a atipicidade da conduta, a 
absoluta falta de provas da materialidade ou de indícios da autoria ou, 
ainda, a ocorrência de alguma causa extintiva da punibilidade. Tal não 
ocorre no presente caso. 2. A denúncia preenche os requisitos previstos 
no art. 41 do Código de Processo Penal - CPP, descrevendo, 
suficientemente as condutas imputadas ao paciente e apresentando os 
elementos de prova que serviram para a formação da opinio delicti, 
possibilitando o exercício da ampla defesa e do contraditório. 3. O dolo 
foi suficientemente descrito na intenção de abandonar a criança, ainda 
que por curto período. O risco ao qual a vítima está submetida é inerente 
à condição de criança de apenas 5 anos de idade. 4. O arcabouço 
indiciário possibilita a caracterização da situação fática de assunção da 
figura do "garantidor" pela paciente, nos termos previstos nas duas 
alíneas seguintes do artigo 13, § 2º, "b" e "c" do Código Penal. 5. 
Destaque-se não se estar a afirmar que o tipo penal insculpido no art. 
133 do Código Penal Brasileiro trata de crime de perigo abstrato. A meu 
ver, trata-se de perigo concreto que, no caso específico, decorre da 
tenra idade da vítima. 6. O acolhimento da tese de ausência de 
previsibilidade objetiva do resultado morte, o que levaria à 
desclassificação e consequente emenda da denúncia, demanda, 
necessariamente, a análise aprofundada de todos os elementos de 
prova, procedimento que não se mostra possível pela via estreita do 
habeas corpus, o que implicaria, ademais, violação ao contraditório e 
indevida supressão de instância. 7. Ausente, portanto, qualquer 
constrangimento ilegal que justifique o provimento do recurso. 8. 
Recurso desprovido. (STJ; RHC 150.707; Proc. 2021/0230479-7; PE; 
31 
 
 
 
Quinta Turma; Rel. Min. João Otávio de Noronha; Julg. 15/02/2022; DJE 
14/03/2022) 
 
ABANDONO DE INCAPAZ. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. RÉ QUE, 
CIENTE DAS CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE E DE 
INCAPACIDADE DE SE DEFENDEREM DE EVENTUAIS RISCOS, 
DEIXA AS FILHAS, UMA ADOLESCENTE E OUTRA CRIANÇA, 
SOZINHAS E SEM AMPARO NA RESIDÊNCIA. 
Adolescente com histórico de uso de drogas que não tinha condições de 
se defender e de cuidar e defender a irmã de sete anos de idade. Criança 
que, inclusive, chega a sair na via pública sozinha, sendo amparada por 
vizinhos. Relatos dos conselheiros tutelares coerentes, seguros e que 
encontra respaldo nos relatórios da rede de proteção social dando conta 
do contexto em que a família estava inserida. Versão exculpatória 
isolada nos autos. Prova hábil para a condenação pelos dois abandonos, 
em concurso formal. Pena-base exasperada em razão das 
consequências do delito e, em seguida, pela causa de aumento prevista 
no artigo 133, § 3º, inciso II, do Código Penal. Substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direito, consistente em prestação 
de serviços à comunidade. Regime aberto. Apelo provido, com 
observações. (TJSP; ACr 1501308-49.2019.8.26.0319; Ac. 15451606; 
Lençóis Paulista; Quinta Câmara de Direito Criminal; Rel. Des. Pinheiro 
Franco; Julg. 03/03/2022; DJESP 09/03/2022; Pág. 3668) 
 
APELAÇÃO CRIMINAL.ARTIGO 133, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. 
ABANDONO DE INCAPAZ PRATICADO CONTRA DESCEDENTES. 
ABSOLVIÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 
CONJUNTO PROBATÓRIO ROBUSTO. DOSIMETRIA. PENA DE 
MULTA. AUSÊNCIA DE COMINAÇÃO LEGAL. DECOTE. RECURSO 
PARCIALMENTE PROVIDO. 
1. Mantém-se a condenação pelo crime de abandono de incapaz contra 
descendente, quando há nos autos elementos fáticos suficientes para 
sustentar o Decreto condenatório. 2. O abandono de seus 3 (três) filhos, 
sendo que pelo menos uma delas foi vítima de crime de natureza sexual, 
extrapola os limites das elementares do tipo, autorizando a fixação da 
pena-base acima do mínimo legal. 3. Decota-se a pena de multa 
estabelecida, tendo em vista a ausência de cominação de sanção desta 
espécie ao delito de abandono de incapaz, o qual é apenado unicamente 
com detenção. 4. Recurso parcialmente provido. (TJDF; APR 00019.72-
71.2016.8.07.0002; Ac. 140.2395; Segunda Turma Criminal; Rel. Des. 
Silvânio Barbosa dos Santos; Julg. 17/02/2022; Publ. PJe 26/02/2022) 
 
32 
 
 
 
APELAÇÃO CRIMINAL DEFENSIVA. ABANDONO DE INCAPAZ. 
PRETENDIDA ABSOLVIÇÃO. CABIMENTO. CONJUNTO 
PROBATÓRIO INSUFICIENTE. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO 
DECRETADA. RECURSO PROVIDO. 
O delito do art. 133 do Código Penal caracteriza-se com o perigo 
concreto, sendo necessário verificar se a conduta imputada ao agente 
gerou, de fato, um risco real de dano ao infante. No presente caso, a 
prova colhida na instrução evidencia o descuido do apelante e de sua 
companheira para com as crianças ao deixá-las sozinhas, mas esse 
elemento não é suficiente para caracterizar a sua responsabilização 
criminal por abandono de incapaz porquanto não vislumbrada nem a 
intenção de abandono e nem a situação de perigo concreto aos 
menores. (TJMS; ACr 0003475-46.2017.8.12.0005; Primeira Câmara 
Criminal; Rel. Des. Jonas Hass Silva Júnior; DJMS 02/02/2022; Pág. 
161) 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO DE INCAPAZ E APROPRIAÇÃO 
INDÉBITA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. 
Recurso do ministério público postulando a condenação da apelada nos 
termos da denúncia. Segundo se infere dos autos, o ministério público 
ofereceu denúncia em face da apelada pela prática dos delitos previstos 
nos artigos 133, §3º, II, e 168, todos do Código Penal, eis que em 15 de 
dezembro de 2010, a apelada abandonou os seus 5 (cinco) filhos 
menores de idade, à época, que estavam sob sua guarda, sendo um 
deles, b. R., portador de necessidades especiais; bem como apropriou-
se de coisa alheia móvel, mais especificamente, do cartão magnético de 
recebimento de auxílio proveniente do instituto nacional de seguridade 
social, constante em nome de seu filho portador de necessidades 
especiais, com o qual realizou durante dois meses saques referentes 
aos benefícios da previdência social, os quais não foram repassados em 
proveito do menor. A denúncia foi recebida em 18/01/2012 (e-doc. 50), 
e a sentença absolutória, proferida em 04/11/2015 (e-doc. 135), julgou 
improcedente o pedido ministerial, com base no artigo 386, VII, do 
código de processo penal. Da análise do conjunto probatório dos autos, 
verifica-se que assiste razão o parquet em sua irresignação, uma vez 
que a autoria de ambas as condutas, inclusive admitida em sede distrital 
restou indene de dúvidas. A recorrida, ao se apossar do cartão 
magnético de seu filho, e realizar os saques dos benefícios 
previdenciários durante dois meses, sem repassar os valores em favor 
do infante, demonstrou o ânimo de apoderamento suficiente para 
caracterizar o delito de apropriação indébita. No que tange ao delito de 
abandono material, a prova é inconteste acerca do dolo da recorrida em 
33 
 
 
 
abandonar os seus filhos menores. Destaque-se que a conduta descrita 
no artigo 133 do Código Penal tanto pode ser comissiva (abandonar o 
incapaz à própria sorte) quanto omissiva (deixar de evitar a situação de 
perigo que ameace a integridade do incapaz). No entanto, qualquer uma 
dessas modalidades se configura na forma dolosa. In casu, da análise 
da prova dos autos, sobretudo o teor dos estudos sociais realizados, o 
depoimento da assistente social em juízo, e as declarações da própria 
apelada em sede policial, restou evidenciada a conduta prevista no 
artigo 133 do mencionado diploma legal. Os filhos da apelada foram 
deixados praticamente à própria sorte, uma vez que, quando a recorrida 
se ausentou do lar por aproximadamente 40 (quarenta) dias, os infantes, 
de tenra idade, ficavam sozinhos durante toda a parte da manhã, 
destacando-se, além de suas tenras idades, que um dos filhos, b. R., é 
portador de necessidades especiais. O fato de os menores residirem 
com o ex-companheiro da apelada, benedito romualdo dos Santos, não 
descaracteriza o abandono de incapaz, visivelmente destacado no atuar 
da apelada, que, além de desamparar os seus filhos, ao se ausentar 
física e emocionalmente, deixou o seu filho mais vulnerável sem os 
proventos necessários à subsistência, ao se apropriar indevidamente do 
valor do benefício que lhe era destinado. Portanto, incontestável, sob 
qualquer ótica, o dolo de abandono de incapaz, razão pela qual deve ser 
condenada a apelada pela prática da conduta descrita no artigo 133, §3º, 
inciso II do Código Penal. Assim sendo, a sentença merece reparo para 
condenar a apelada nas práticas dos crimes previstos nos artigos 133, 
§3º, II e 168 do CP, em cúmulo material. Penas que alcançam montante 
afetado pela prescrição da pretensão punitiva, modalidade retroativa, 
razão da concessão de um habeas corpus de ofício, na forma do artigo 
654, §2º do CPP, haja vista que entre a data do recebimento da denúncia 
e a data em que esta decisão foi proferida transcorreram mais de 09 
(nove) anos sem nenhuma interrupção do marco prescritivo, levando-se, 
assim, ao atendimento das regras do artigo 109, V, c/c artigo 119, ambos 
do CP, extinguindo-se a punibilidade pela prescrição, na modalidade 
retroativa, a teor do artigo 107, IV do CP. Recurso ministerial conhecido 
e provido, para condenar a recorrida luciana Rodrigues, pela prática das 
condutas descritas nos artigos 133, §3º, II, e 168, ambos do Código 
Penal, estabelecendo a resposta estatal em 01 (um) anode reclusão e 9 
meses e 10 dias de detenção, a serem cumpridas no regime aberto, 
concedendo, todavia, um habeas corpus de ofício, nos termos do artigo 
654, § 2º do CPP, para reconhecer a prescrição da pretensão punitiva 
estatal, modalidade retroativa a teor do que dispõe o artigo 109, V, c/c 
artigo 119 e artigo 107, IV, todos da Lei Penal em vigor, extinguindo-se 
a punibilidade, tudo na forma do voto do relator. (TJRJ; APL 0000771-
34 
 
 
 
07.2011.8.19.0060; Sumidouro; Sétima Câmara Criminal; Rel. Des. 
Marcius da Costa Ferreira; DORJ 20/12/2021; Pág. 115) 
HABEAS CORPUS. SUPOSTA PRÁTICA DOS CRIMES DE 
ABANDONO DE INCAPAZ (ART. 133, DO CÓDIGO PENAL), POSSE 
DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28, DA LEI Nº 
11.343/06), FORNECIMENTO DE ENTORPECENTE A MENOR E 
SUBMETER CRIANÇA SOB SUA AUTORIDADE A VEXAME OU 
CONSTRANGIMENTO (ARTS. 243 E 232 DO ESTATUTO DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). 
Pedido de revogação da prisão preventiva. Alegada ausência dos 
pressupostos autorizadores da medida. Impossibilidade. Requisitos do 
art. 312 do códex instrumental preenchidos. Existência dos delitos e 
indícios de autoria. Efetiva necessidade de acautelamento da ordem 
pública. Paciente que, em tese, nas dependências de motel e sob a 
influência de entorpecentes, praticou conjunção carnal e outros atos 
libidinosos na presença de dois menores, de forma que um deles 
consumiu determinada quantidade de anfetamina, cocaína e ecstasy, 
ocasionando-lhe lesões corporais graves consistente em intoxicação 
endógena por ingestão de drogas, e perigo de vida. Necessidade da 
garantia da ordem pública consubstanciada na periculosidade do 
paciente e no risco de reiteração delituosa, tendo em vista que ostenta 
duas condenações pretéritas por crimes dolosos. Decisão devidamente 
fundamentada. Bons predicados que nãoobstam a segregação. 
Aplicação de medidas cautelares que, na hipótese, não se mostra 
adequada. Ausência de violação ao princípio da presunção de inocência. 
Ordem conhecida e denegada. (TJSC; HC 5060536-14.2021.8.24.0000; 
Primeira Câmara Criminal; Relª Des. Ana Lia Moura Lisboa Carneiro; 
Julg. 02/12/2021) 
 
PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. 
ABANDONO DE INCAPAZ. RECURSO MINISTERIAL. 
IRRESIGNAÇÃO COM O INDEFERIMENTO DE PRISÃO 
PREVENTIVA. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE PERICULUM 
LIBERTATIS. AUSÊNCIA DE CONTEMPORANEIDADE DE FATOS. 
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 
1. Inicialmente, vale salientar que a prisão preventiva deve ser medida 
de excepcionalidade, ou seja, aplicada nos casos de crimes gravíssimos 
e, ainda, se houver grande probabilidade de reiteração criminosa. 
Ademais, deve ser analisado o crime praticado, seja pela pena em 
abstrato, seja pela forma como foi executado, também é necessário que 
haja outros elementos concretos, por exemplo, a existência de inquéritos 
policiais ou ações penais em curso, com o fito de balizar a 
35 
 
 
 
indispensabilidade da cautelar preventiva. 2. Não se pode olvidar que a 
custódia preventiva é medida excepcional em nosso ordenamento 
jurídico, sendo imperativa a incidência do fumus commisi delicti e do 
periculum libertatis, bem como o preenchimento das condições legais do 
art. 312 do CPP. 3. É bem verdade que todas as infrações penais 
merecem atenção estatal para que sejam passíveis de punição ao final 
do processo, quando regularmente comprovada a culpa do réu. 
Entretanto, a conduta prevista no art. 133, §3º, II do CPB, supostamente 
praticada não se reveste de tamanha gravidade que respalde a 
consideração da grande periculosidade do pretenso infrator. 4. 
Destaque-se que o Magistrado primevo também considerou para o 
indeferimento do pedido de prisão preventiva o fato de a acusada não 
ter voltado a delinquir em todo esse período, o que esvazia a 
necessidade da medida, pois não há contemporaneidade de fatos para 
ensejar a decretação da prisão preventiva. 5. A contemporaneidade na 
fundamentação do Decreto preventivo é uma exigência. O §1º do art. 
315 do CPP dita que na motivação da decretação da prisão preventiva 
ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a 
existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a 
aplicação de tal medida. 6. Portanto, entendo que a decisão combatida 
não carece de reforma. Não há, no caso concreto, a presença de 
qualquer situação que justificaria a prisão requerida pelo Parquet, em 
que tampouco apresentou fatos novos ou contemporâneos aptos a 
justificar a decretação da prisão cautelar. 7. Recurso conhecido e 
improvido. (TJCE; RSE 0003458-06.2019.8.06.0070; Terceira Camara 
Criminal; Rel. Des. Francisco Lincoln Araújo e Silva; DJCE 25/10/2021; 
Pág. 203) 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. ABANDONO DE INCAPAZ. ATIPICIDADE DA 
CONDUTA. NÃO OCORRÊNCIA. PROVAS SUFICIENTES. 
CONDENAÇÃO MANTIDA. 
1. A conduta nuclear do crime do art. 133 do CP é abandonar, ou seja, 
deixar a vítima em total desamparo, descuido. O abandono, portanto, é 
físico, no sentido de deixar o incapaz sozinho, sem a assistência devida. 
E o elemento subjetivo é o dolo de perigo. 2. Descabe a tese absolutória 
por atipicidade da conduta quando o conjunto probatório dos autos 
demonstra que a acusada deixou os filhos, uma de 5 e outro de 2 anos 
de idade, sozinhos em casa, entre as 18h de um dia e 2h do outro, para 
ir em um bar consumir bebida alcoólica. Ainda que a acusada não tenha 
agido com dolo, assumiu o risco de expor os filhos a perigo em razão do 
abandono. E houve perigo concreto, visto que uma das crianças ficou 
presa pelo pescoço nas grades da janela da casa e foi socorrida por 
36 
 
 
 
terceiro que passava pelo local. 3. Recurso conhecido e não provido. 
(TJDF; Rec 00008.75-98.2019.8.07.0012; Ac. 134.5234; Primeira Turma 
Criminal; Rel. Des. J. J. Costa Carvalho; Julg. 02/06/2021; Publ. PJe 
26/06/2021 
 
ABANDONO DE INCAPAZ (ART. 133, § 3º, INC. II, DO CP). 
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. 1) RECURSO MINISTERIAL. PLEITO DE 
CONDENAÇÃO DO RÉU. 
Desacolhimento. Conduta descrita na exordial acusatória que não 
configura o referido crime. Provas no sentido de que a criança ficava na 
companhia do apelado, ainda que em locais inadequados para infantes. 
Conduta atípica. Absolvição mantida. Entendimento endossado pela 
douta procuradoria-geral de justiça. 2) pleito de fixação de honorários ao 
defensor dativo pela atuação recursal. Acolhimento. Recurso 
desprovido, com fixação de honorários. (TJPR; ACr 0001881-
25.2012.8.16.0081; Faxinal; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des. Miguel 
Kfouri Neto; Julg. 27/11/2021; DJPR 29/11/2021) 
 
APELAÇÃO. ART. 133, §2º, DO CP. RECURSO DA DEFESA 
PLEITEANDO A REVISÃO DA DOSIMETRIA COM O 
RECONHECIMENTO DA CONFISSÃO E CONSEQUENTE 
COMPENSAÇÃO COM A REINCIDÊNCIA, ALÉM DO 
ABRANDAMENTO DO REGIME DE PENA. 
Parecer ministerial favorável, tanto em primeira instância, quanto em 
segunda. Acerto na sentença condenatória com base na própria 
confissão do réu, em sede policial, assim como em juízo, declarando ter 
deixado a criança sozinha com a porta trancada, saindo para beber. 
Pretensão de revisão dosimétrica que procede, porquanto o magistrado 
reconheceu a reincidência, bem como a confissão espontânea, porém 
não operou a compensação. O STJ, em sede de recurso repetitivo, 
assentou que "é possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a 
compensação da atenuante da confissão espontânea com a agravante 
da reincidência" (RESP 1341370/MT, Rel. Ministro Sebastião REIS 
Júnior, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2013, DJe 17/04/2013). 
Logo, considerando o novo quantum de pena aplicado e as 
circunstâncias favoráveis ao acusado, deve ser o regime abrandado 
para o semiaberto, nos termos do art. 33 do CP. Súm. 440 do STJ. 
Recurso defensivo provido. (TJRJ; APL 0324385-04.2018.8.19.0001; 
Itaboraí; Terceira Câmara Criminal; Relª Desª Mônica Tolledo de 
Oliveira; DORJ 22/10/2021; Pág. 181) 
 
37 
 
 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 133, § 3º, II, C/C ART. 61, II, ?H?, DO 
CÓDIGO PENAL. MÉRITO. PREPONDERÂNCIA DA AGRAVANTE DO 
MOTIVO FÚTIL EM CONCURSO COM A ATENUANTE DA 
CONFISSÃO ESPONTÂNEA. NÃO OCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM 
SOBRE O RECONHECIMENTO DA AGRAVANTE PREVISTA NO ART. 
61, INCISO II, ALÍNEA ?H? DO CP. RECURSO CONHECIDO E 
DESPROVIDO, NOS TERMOS DO VOTO RELATOR. 
1. O magistrado considerou a agravante do motivo fútil preponderante 
sobre a confissão espontânea, com razão. Verifica-se que a confissão 
espontânea teve menor importância no desenvolvimento processual, 
visto que a autoria e materialidade do crime restou devidamente 
comprovada com os demais elementos probatórios. Depoimentos das 
testemunhas, prisão em flagrante. Ademais, o art. 67 do Código Penal 
dispõe que no concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve 
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, 
entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do 
crime, da personalidade do agente e da reincidência. Dessa forma, 
impossível compensar a atenuante de confissão espontânea com a 
agravante do motivo fútil, visto que esta é circunstância preponderante, 
considerando que o abandono da criança (vítima) para ir se divertir e 
ingerir bebida alcoólica em um bar resulta em motivos determinantes do 
crime. Destarte, o pleito da defesa não merece prosperar. 2. O crime de 
abandono de incapaz, tipificado no art. 133 do Código Penal é 
caracterizado pela falta de assistência ou pela ausência física de alguém 
para supervisionar. Desta forma, o incapaz fica expostos a riscos e 
desamparado e pode ter qualquer idade, embora as ocorrências mais 
comuns estejam relacionadas a crianças, adolescentes e idosos. Dessa 
forma, o sujeito passivo do crime de abandono de incapaz é qualquer 
pessoa que se encontre sobre cuidado, guarda, vigilância ou autoridade 
do sujeito ativo e por qualquer motivo seja incapaz de defenderse dos 
riscos advindos do abandono. Portanto,não necessariamente é 
cometido contra menor de idade, mas sim contra incapazes. Assim, 
escorreito a aplicação da agravante prevista no art. 61, inciso II, alínea 
?h? do CP. 3. Recurso conhecido e desprovido, nos termos do voto 
relator. (TJPA; ACr 0038213-05.2015.8.14.0028; Ac. 216033; Marabá; 
Terceira Turma de Direito Penal; Rel. Des. Mairton Marques Carneiro; 
DJPA 03/12/2020; Pág. 1078) 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL EM 
CONTINUIDADE DELITIVA. ART. 217-A, CAPUT, C/C ART. 226, 
INCISO II, NA FORMA DO ART. 71, TODOS DO CÓDIGO PENAL. 
ABANDONO DE INCAPAZ EM CONCURSO FORMAL. ART. 133, § 3º, 
38 
 
 
 
INCISO II, DO CÓDIGO PENAL, POR TRÊS VEZES, NA FORMA DO 
ART. 70, 1ª PARTE, AMBOS DO CÓDIGO PENAL. DOSIMETRIA DA 
PENA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. CIRCUNSTÂNCIAS E 
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME DESFAVORÁVEIS AO RÉU. ABUSOS 
COMETIDOS POR VÁRIOS MESES. ERRO MATERIAL NA PENA 
DEFINITIVA CORRIGIDO. APELO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 
1. As circunstâncias do crime foram desfavoráveis tendo em vista modus 
operandi dos delitos mediante ameaças de morte relatado pela própria 
vítima, e as consequências, uma vez constatado nos autos os abalos 
psicológicos da vítima, consoante relatório psicossocial e depoimentos 
testemunhais. 2. Pena-base fixada próximo ao mínimo legal para o delito 
de estupro de vulnerável, incidindo a causa de aumento prevista no art. 
226, inciso II do CP, em face do autor do crime ser pai da vítima. 
Continuidade delitiva com fração de aumento operada em 2/3, conforme 
art. 71, do CP, tendo sido constatado na instrução processual mais de 
07 (sete) ocorrências delitivas. 3. Pena-base do crime de abandono de 
incapaz fixada no mínimo legal em 06 (seis) meses de detenção. 
Incidência da causa de aumento prevista no § 3º, inciso II, do art. 133 do 
CP, vez que o agente é pai das vítimas. Edição nº 223/2020 Recife. PE, 
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020 85 4. Ocorrência do concurso 
formal, fixada a fração de 1/5, consoante art. 70, 1ªparte do CP. Regime 
inicial fechado mantido conforme art. 33 §2º, alínea a, do Código Penal. 
5. Correção de erro material na pena definitiva do apelante. Onde se lê 
25 (vinte e cinco) anos, 10 (dez) meses e 24 (vinte e quatro) dias de 
reclusão, leia-se 25 (vinte e cinco) anos de reclusão e 10 (dez) meses e 
24 (vinte e quatro) dias de detenção. 10. Negado provimento ao apelo. 
Decisão unânime. (TJPE; APL 0001209-84.2016.8.17.1330; Primeira 
Câmara Criminal; Rel. Des. Evandro Sérgio Netto de Magalhães Melo; 
Julg. 21/09/2020; DJEPE 10/12/2020) 
 
 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ABANDONO DE INCAPAZ - DOLO 
COMPROVADO – PERIGO CONCRETO PARA A INCOLUMIDADE 
DOS ABANDONADOS - 
INEXIGÊNCIA DE FIM ESPECIAL DE AGIR - MERA INTENÇÃO DE 
ABANDONAR - CONDENAÇÃO MANTIDA. - Caracteriza o delito de 
abandono de incapaz a conduta de abandonar pessoa que está sob o 
seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono. – Ao 
abandonar menores dentro de uma residência, sem a companhia de um 
adulto capaz, o agente aceita o risco (dolo eventual) do perigo concreto 
para a incolumidade dos abandonados, sendo indiferente o tempo em 
39 
 
 
 
que se ausentar do local. - Para a configuração do delito do art. 133 do 
CP, não há exigência de qualquer especial fim de agir - basta a mera 
intenção de abandonar, ainda que temporariamente, pessoa que está 
sob seu cuidado ou proteção". [TJMG. Apelação Criminal 
1.0390.07.018292-3/001. 1ª CÂMARA CRIMINAL. Des.(a) Alberto 
Deodato Neto. Data do julgamento: 09/03/2010]. 
 
“EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ABANDONO DE INCAPAZ - 
ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - MATERIALIDADE, AUTORIA, 
DOLO E SITUAÇÃO DE PERIGO 
EVIDENCIADA NOS AUTOS - RECURSO DESPROVIDO. – Restando 
devidamente comprovadas nos autos a materialidade e a autoria do 
crime de abandono de incapaz, bem como o dolo na conduta da agente 
e a exposição dos menores à situação de risco, imperiosa a manutenção 
da condenação empreendida em primeira instância”. (Apelação Criminal 
1.0348.11.001003-3/001, Relator (a): Des.(a) Eduardo Machado , 5ª 
CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 21/01/2014, publicação da sumula 
em 24/01/2014). 
 
Referências: 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO 
PAULO. Acesso em 28.04.2022. Disponível em: 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do 
FRIGO, Augusto. Artigo: Os tipos de pena à luz do Código Penal. Disponível em 
https://augustomarciano.jusbrasil.com.br/artigos/112322003/os-tipos-de-pena-a-luz-
do-codigo-penal. Acesso em 30.04.2022. 
BEZERRA, Alberto. Artigo: Jurisprudência atualizada. ABANDONOD DE INCAPAZ. 
Disponível em https://www.peticoesonline.com.br/art-133-cp. Acesso em 30.04.2022. 
3.4 QUESTÃO 04 
 
7) Nelinho é condenado por estelionato com a pena máxima (art.171). Antes 
do término da pena é novamente condenado pelo crime de furto, pena mínima. 
As circunstâncias do artigo 59 são absolutamente desfavoráveis. Qual o total da 
pena? Qual o regime inicial? O que ele precisaria para progredir de regime? 
 
De acordo com o contido o artigo 171, o estelionato tem pena máxima prevista 
de 5 (cinco) anos, nesse caso, no regime semi-aberto. A questão de Nelinho é 
que antes do término da condenação da pena de Estelionato, ele foi condenado 
40 
 
 
 
por crime de furto que prevê, 1(um) ano de pena mínima, assim o total da pena 
dele é de no mínimo 6 (seis) anos a serem cumpridos inicialmente no regime 
semi-aberto; pois por se tratar de pena maior que 4 (quatro) anos e menor que 
8 (oito) anos de pena, esse é o regime inicial de cumprimento. 
Os requisitos para progressão da pena são: 1) Subjetivos: a) Mérito; b) Regra c) 
Exceção: o exame criminológico, psicológico e social por decisão motivada pelo Juiz 
e 2) Objetivos: a) Tempo de cumprimento da pena; Natureza dos Crimes (Comum ou 
Hediondo e equiparado); c) Condenado (Primário ou Reincidente). 
 
Observando o artigo 112 da LEP; 
O crime de estelionato, Art. 171, na sua pena máxima, 5 anos a 
progressão é de 30% da pena (considerando o crime cometido contra 
idoso ou vulnerável – paragrafo 4º (...) crime gravoso) 
e o crime de furto: 
Art. 155, na sua pena mínima de 1 ano é de 25%, observando a situação 
mais benéfica para o apenado, a progressão poderá ser de 25% da pena 
 Conclui-se então que na somatória das penas e condições, o réu será 
condenado a 1(um) ano e 6 (seis) meses de pena; e; não usufruirá do Regime 
Aberto por não preencher todos os requisitos consoantes do Artigo 59 do CP. 
(Das Circunstâncias Judiciais Que São Desfavoráveis). 
Nesse sentido verificam-se ainda em observância ao artigo 112 da LEP , o seguinte: 
 
§ 1º - Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão 
de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo 
diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a 
progressão. § 2º A decisão do juiz que determinar a progressão 
de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do 
Ministério Público e do defensor, procedimento que também será 
adotado na concessão de livramento condicional, indulto e 
comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas 
normas vigentes. § 4º O cometimento de novo crime doloso ou 
falta grave implicará a revogação do benefício previsto no § 3º 
deste artigo. § 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para 
os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º 
do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. § 6º O 
cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa 
de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão 
no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da 
contagem do requisito objetivo terá como base a pena 
remanescente. § 7º O bom comportamento é readquirido após 1 
(um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do 
requisito temporal exigível para a obtenção do direito. 
41 
 
 
 
 
 
Referências: 
YOUTUBE - AULA | Progressão de Regime com as alteraçõesdo Pacote 
Anticrime - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NOpspGEKURg. 
Acesso em 01.05.2022. 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm. Acesso 01.05.2022. 
 
3.5 QUESTÃO 05 
8) Paulo Lockci é condenado por homicídio qualificado, pena de 20 anos, e 
é réu primário. Durante o cumprimento trabalhou por 3 anos, estudou por mais 
3, além de ter cumprido 1 ano enquanto aguardava julgamento. Durante a 
execução da pena, foi um preso exemplar. Quanto tempo resta de pena? Quais 
os institutos que beneficiam o réu? Ele teria direito a progressão de regime? 
 
De acordo com o artigo 126, §1º, I, da Lei de Execução Penal, o condenado 
que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto pode remir um dia 
de pena a cada 12 horas de frequência escolar, caracterizada por atividade de 
ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, superior, ou ainda de 
requalificação. Que devem ser dividias em no mínimo 3 dias; ou, trabalhar por 
3 dias. 
Logo: 
Réu foi condenado a 20 anos 
Remição de (-) 1 (um) ano por 3 (três) anos de estudo 
Remição de (-) 1 (um) ano por 3 (três) anos de trabalho 
Tempo em que aguardou julgamento (-) 1 (um) ano 
Tempo de cumprimento após o julgamento (-) 6 (seis) anos 
Faltam ainda 11 (onze) anos de pena a serem cumpridos. 
O que beneficia o réu é o instituto da remição da pena, previsto no Artigo 
126 acima citado, concede benefício de abreviação do lapso temporal do 
cumprimento da pena privativa de liberdade, concedido ao sentenciado ou 
preso cautelar que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto. 
 
EMENTA: Lei de Execução Penal. Remição da pena. Frequência a curso 
de suplência. Possibilidade. Deve ser concedida a remição da pena do 
condenado que comprove frequência a curso de suplência, oferecido 
pelo estabelecimento prisional, desde que aferido o aproveitamento do 
42 
 
 
 
condenado-estudante e de acordo com a carga horária do curso, 
seguindo-se os mesmos critérios da remição por dia trabalhado, pois a 
tanto não se opõe o sistema de execução penal pátrio. Súmula: Deram 
provimento ao agravo ( Número do processo 1.0000.00.174312-
9/000(1)-Numeração Única: 1743129-63.2000.8.13.0000-Data do 
Julgamento: 18.05.2000-Data da Publicação 02.06.2000). 
 
Conforme Discorre sobre a progressão de regime AVENA ( 2015, p.254) 
“Sistema da Filadélfia ou Pensilvânico: Baseia-se no isolamento. O preso, com 
efeito, permanece isolado na sua cela saindo apenas esporadicamente, para 
passeios em pátios fechado. Sistema de Auburn: O condenado, em absoluto 
silêncio, trabalha durante o dia com outros presos e sujeita-se ao isolamento 
no período noturno. Sistema progressivo: Há um período inicial de isolamento 
absoluto. Após, segue-se a fase em que o apenado trabalha durante o dia na 
companhia de outros presos. No estágio final, é colocado em liberdade 
condicional.” 
Constituem requisitos objetivos para a concessão da progressão de regime o 
cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena nos crimes comuns; nos crimes 
hediondos os condenados devem cumprir 2/5 (dois quintos) da pena se réu 
primário, se reincidente 3/5 (três quintos) da pena. Já os requisitos subjetivos 
para todas as infrações consubstanciam-se na conduta carcerária do 
sentenciado de bom comportamento, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento prisional; e ouvindo o Ministério Público e os argumentos da 
defesa sobre a possibilidade da concessão da transferência para regime menos 
rigoroso. 
 
EMENTA HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO. FALTA DE 
CABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. REMIÇÃO DA PENA PELA 
LEITURA. ART. 126 DA LEP. PORTARIA CONJUNTA N. 276/2012, DO 
DEPEN/MJ E DO CJF. RECOMENDAÇÃO N. 44/2013 DO CNJ. 
1.Conquanto seja inadmissível o ajuizamento de habeas corpus em 
substituição ao meio próprio cabível, estando evidente o 
constrangimento ilegal, cumpre ao tribunal, de ofício, saná-lo. 2.A norma 
do art. 126 da LEP, ao possibilitar a abreviação da pena, tem por objetivo 
a ressocialização do condenado, sendo possível o uso da analogia in 
bonam partem, que admita o benefício em comento, em razão de 
atividades que não estejam expressas no texto legal (REsp n. 
744.032/SP, Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, DJe 5/6/2006).3. O 
estudo está estreitamente ligado à leitura e à produção de textos, 
atividades que exigem dos indivíduos a participação efetiva enquanto 
sujeitos ativos desse processo, levando-os à construção do 
conhecimento. A leitura em si tem função de propiciar a cultura e possui 
43 
 
 
 
caráter ressocializador, até mesmo por contribuir na restauração da 
autoestima. Além disso, a leitura diminui consideravelmente a 
ociosidade dos presos e reduz a reincidência criminal. 4. Sendo um dos 
objetivos da Lei de Execução Penal, ao instituir a remição, incentivar o 
bom comportamento do sentenciado e sua readaptação ao convívio 
social, a interpretação extensiva do mencionado dispositivo impõe-se n 
o presente caso, o que revela, inclusive, a crença do Poder Judiciário na 
leitura como método factível para o alcance da harmônica reintegração 
à vida em sociedade. 5. Com olhos postos nesse entendimento, foram 
editadas a Portaria conjunta n. 276/2012, do Departamento Penitenciário 
Nacional/MJ e do Conselho da Justiça Federal, bem como a 
Recomendação n. 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça.6. Writ não 
conhecido. Ordem expedida de ofício, para restabelecer a decisão do 
Juízo da execução que remiu 4 dias de pena do paciente, conforme os 
termos da Recomendação n. 44/2013 o Conselho Nacional de Justiça( 
HABEAS CORPUS Nº 312.486 -SP -2014/0339078-1).” 
 
 
Ele terá direito a progressão de regime, conforme contido no artigo 112, VI, a, 
da LEP, que, com a inserção do §6° ao art. 112 da Lei de Execução Penal, por meio 
da Lei n. 13.964/2019, o entendimento jurisprudencial majoritário do Superior Tribunal 
de Justiça, que deu origem a Súmula 534, passa a ser incorporado à Lei de Execução 
Penal, reafirmando-se, assim, que o cometimento de falta grave interrompe o prazo 
para progressão de regime, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo 
terá como base a pena remanescente, neste, a pena privativa de liberdade será 
executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a 
ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: VI - 50% 
(cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: 
 
 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado 
morte, se for primário, vedado o livramento condicional; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
Conforme tabela abaixo, extraída do Site do Ministério Público do Paraná disponível 
em: https://criminal.mppr.mp.br/pagina-1307.html# 
 
 
 
Conforme explicações ele terá direito a progressão de regime ao completar 10 
(dez) anos de cumprimento de pena, e, conforme demonstrado, ele cumpriu 9 
(nove) anos deduzindo-se os institutos de remição cumpridos pelo réu, portanto 
em um ano ele progrediria para regime semi-aberto. 
 
Referências: 
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Execução Penal: Esquematizado/ Norberto 
Cláudio Pâncaro Avena.- 2. ed. Ver. e atual.- Rio de Janeiro- Forense; São Paulo: 
MÉTODO, 2015. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178712479/habeas-corpus-
hc-317678-sp-2015-0043501-3. Acesso em 29.04.2022. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO 
Disponível em 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=15538486&cdForo=0. Acesso 
em 29.04.2022. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS 
Disponível em:http://www.tjmg.jus.br/portal/processos/execucao-penal/projeto-
remicao-pela-leitura/. Acesso em 29.04.2022. 
 
REVISTA JUSNAVIGANDI – ARTIGO: Remição da Pena pela Leitura. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/62251/remicao-da-pena-pela-leitura. Acesso em 
29.04.2022. 
 
45 
 
 
 
Cálculo - Progressão de Regime. Disponível em https://criminal.mppr.mp.br/pagina-1307.html# . Acesso em 02.05.2022. 
Lei de Execução Penal. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm - Acesso em 
01/05/2022. 
Dosimetria Pena Privativa de Liberdade. Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=z1czZ3uJGG0. Acesso em 01/05/2022. 
Homicídio Qualificado: Guia rápido para entender como funciona. Disponível em: 
https://vlvadvogados.com/homicidio-
qualificado/#:~:text=Homic%C3%ADdio%20qualificado%3A%20voc%C3%AA%20sa
be%20o,grave%20do%20que%20j%C3%A1%20%C3%A9. Acesso em 01/05/2022. 
e-book Calculando a Progressão de Regime. Disponível em: 
https://manualdaadvocaciacriminal.files.wordpress.com/2020/07/e-book-
progressc3a3o-de-regime.pdf. Acesso em 01/05/2022. 
Remição de pena. Disponível em: 
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-
facil/edicao-semanal/remicao-de-pena. Acesso em 01/05/2022. 
O elemento subjetivo na progressão de regime: Atestado de conduta carcerária x 
Exame criminológico. Disponível em https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-
167/o-elemento-subjetivo-na-progressao-de-regime-atestado-de-conduta-carceraria-
x-exame-criminologico/. Acesso em 01.05.2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
O Direito Penal em sua função primordial prevê a ressocialização do infrator da lei, e 
o controle social por meio das leis e normas, coibindo condutas que ofendam ou 
exponham a perigo os cidadãos e os bens tutelados, protegendo os indivíduos das 
adversidades que crime produz. Assegurando através das leis a ordem no convívio 
social garantidos através do direito. Para cada sanção existe uma situação que a 
desencadeou como medida de segurança e para inibir condutas delitivas 
descontroladamente. 
De uma forma geral, sobre o direito penal, se conclui o presente trabalho 
que atividade jurisdicional brasileira está completamente vinculada pelo respeito ás 
máximas do ordenamento jurídico, no Brasil, agir corretamente significa pôr á frente 
os direitos fundamentais e as leis como ponto de partida. 
 
 
47 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
GONÇALVES, V. E. R. Curso de direito penal - parte especial - Arts 121 a 183. 
São Paulo: Saraiva, 2019 
 
GONÇALVES, V. E. R. Curso de Direito Penal. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 
SILVA, Athila Bezerra. Do delito de infanticídio no Direito Penal Brasileiro obedece a 
todos os procedimentos investigatórios e instrutórios cabíveis. Disponível em 
https://jus.com.br/artigos/52717/do-delito-de-infanticidio-no-direito-penal-brasileiro-
obedece-a-todos-os-procedimentos-investigatorios-e-instrutorios-cabiveis>. Acesso 
em 27.04.2022. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO 
PAULO. Acesso em 28.04.2022. Disponível em: 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do 
 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2013. v. 1. 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA 
CATARINA. Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/buscaForm.do#resultado_ancora 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS 
GERAIS Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://www4.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_resultado2.jsp?listaProcessos=1001709044
5457001 
 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2013. v. 1. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Roubo circunstanciado pelo concurso de 
pessoas e participação de inimputável. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
48 
 
 
 
Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/459a4ddcb586f24
efd9395aa7662bc7c>. Acesso em: 28/04/2022 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DO DISTRITO FEDERAL 
Acesso: em 28.04.2022. Disponível em https://pesquisajuris.tjdft.jus.br 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA 
CATARINA. Acesso em 28.04.2022. Disponível em 
https://busca.tjsc.jus.br/jurisprudencia/buscaForm.do#resultado_ancora 
 
LEI Nº 1343 – PLANALTO. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm . Acesso em 
29.04.2022 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO 
PAULO. Acesso em 28.04.2022. Disponível em: 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do 
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Execução Penal: Esquematizado/ Norberto 
Cláudio Pâncaro Avena 2. ed. Ver. e atual.- Rio de Janeiro- Forense; São Paulo: 
MÉTODO, 2015. 
 
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Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178712479/habeas-corpus-
hc-317678-sp-2015-0043501-3. Acesso em 29.04.2022. 
 
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Disponível em 
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=15538486&cdForo=0. Acesso 
em 29.04.2022. 
 
49 
 
 
 
CONSULTA JURISPRUDÊNCIA - ACÓRDÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS 
Disponível em:http://www.tjmg.jus.br/portal/processos/execucao-penal/projeto-
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REVISTA JUSNAVIGANDI – ARTIGO: Remição da Pena pela Leitura. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/62251/remicao-da-pena-pela-leitura. Acesso em 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm - Acesso em 
01/05/2022. 
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https://www.youtube.com/watch?v=z1czZ3uJGG0. Acesso em 01/05/2022. 
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https://vlvadvogados.com/homicidio-
qualificado/#:~:text=Homic%C3%ADdio%20qualificado%3A%20voc%C3%AA%20sa
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https://manualdaadvocaciacriminal.files.wordpress.com/2020/07/e-book-
progressc3a3o-de-regime.pdf. Acesso em 01/05/2022. 
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Exame criminológico. Disponível em https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-
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FRIGO, Augusto. Artigo: Os tipos de pena à luz do Código Penal. Disponível em 
https://augustomarciano.jusbrasil.com.br/artigos/112322003/os-tipos-de-pena-a-luz-
do-codigo-penal. Acesso em 30.04.2022. 
BEZERRA, Alberto. Artigo: Jurisprudência atualizada. ABANDONOD DE INCAPAZ. 
Disponível em https://www.peticoesonline.com.br/art-133-cp. Acesso em 30.04.2022. 
YOUTUBE - AULA | Progressão de Regime com as alterações do Pacote 
Anticrime - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NOpspGEKURg. 
Acesso em 01.05.2022. 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm. Acesso 01.05.202

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