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FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA CURSO DE DIREITO DIREITO CIVIL IV ETAPA 1 Prof.º LAGROTTA 5º SEMESTRE B TABOÃO DA SERRA 04/2015 SUMÁRIO INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------1 DA FORMAÇÃO DO CONTRATO-----------------------------------------------1.1 DOS CONTRATO---------------------------------------------------------------------1.2 QUESTÕES PROPOSTAS COMENTADAS---------------------------------------------2 PESQUISA S.T.J. DOS TEMAS INDICADOS ------------------------------------------3 ART. 421 CC---------------------------------------------------------------------------3.1 ART. 423 C.C--------------------------------------------------------------------------3.2 PRINCIPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO ---------------------3.3 PRINCIPIO DA SOCIABILIDADE -------------------------------------------3.3.1 RELATÓRIO CONCLUSÕES -------------------------------------------------------------4 BIBLIOGRAFIA--------------------------------------------------------------------------------5 PRIMEIRA ETAPA 1. INTRODUÇÃO 1.1 DA FORMAÇÃO DO CONTRATO DEFINIÇÃO DE CONTRATO “É um negócio jurídico por meio do qual as partes, visando atingir determinados interesses, convergem as suas vontades, criando um dever jurídico principal, bem como deveres jurídicos acessórios, decorrentes da boa-fé objetiva e da função social do contrato”. (Pablo Stolze) 1.2 DOS CONTRATOS Contrato entre presentes Acordo recíproco de vontades, nenhum problema haverá, visto que as partes estarão vinculadas na mesma ocasião em que o oblato aceitar a proposta. Produzindo de imediato os efeitos jurídicos. A proposta poderá ou não estipular prazo para a aceitação. Mas de suma importância a determinação do momento em que foi formado entre as partes. E no caso da obrigatoriedade da avença, sob pena de responderem pelas perdas e danos, em que instante o contrato se aperfeiçoou, unindo os contraentes, impossibilitando a retratação e compelindo-os a executar o negócio. PRAZO POLICITANTE deverá SOB PENA DE COM Aceitação operar-se dentro do prazo. Desvincular-se o proponente SEM Ser manifestada imediatamente A oferta perder a força vinculativa Contratos entre ausentes A dificuldade para se precisar em que momento se deve considerar formado o contrato, avença inter absentes, efetivado por |(correspondência epistolar) carta, telegrama, fax, e-mail, etc.). Com ou sem intervenção dos serviços de correio. Pode ser encaminhada pelo interessado ou por alguém contratado para essa tarefa. Sendo que a celebração entre ausentes ou intermediários, é morosa e passa por diversas fases, levando algum tempo para chegar ao conhecimento do proponente. No caso da determinação da avença conclusa, elaborou-se duas teorias: TEORIA CONTRATO SE FORA DO PRAZO DA COGNIÇÃO (Rejeitada) No aceite, conhecimento do proponente Com adições, restrições ou modificações, importará nova proposta” (CC, art. 431) DA AGNIÇÃO (Adotado pelo CC) Sem necessidade que a resposta chegue ao conhecimento Três sub-teorias:1) Teoria da declaração propriamente dita;2) Teoria da expedição;3) Teoria da recepção TEORIA EXIGÊNCIAS OBS. Teoria da declaração propriamente dita Aceitante redige a epístola comunicando ao oblato a aceitação Menos adequada, de difícil comprovação Teoria da expedição (Adotado pelo CC, conf. caput do art. 433) Resposta redigida e expedida Pouco falha devido à natureza da resposta Teoria da recepção Não basta resposta redigida e expedida do aceitante, tem de o oblato receber por A.R. Maiores exigências, maior segurança jurídica e de fácil comprovação. 2. QUESTÕES PROPOSTAS COMENTADAS 2.1 - Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditório as, dever- se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente? Resp.: Sim, sempre! Conforme preceitua o Código Civil. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. 2.2 - Nos termos do exposto no art. 421 do Código Civil, “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. O que vem a ser função social do contrato? Resp.: Função social do contrato, tem função não mais restritiva e sim reguladora, preconiza o equilíbrio entre direitos individuais e interesses sociais, visando à obtenção de uma relação jurídica contratual de fato justa. São os princípios da boa-fé objetiva, da função social do contrato e da vedação à onerosidade excessiva, aos quais, de maneira inovadora, o legislador fez expressa referência na Lei nº 10.406/02 nos arts. 421, 422 e 478 do Novo Código Civil. Leia mais: http://jus.com.br/artigos/5779/os-contratos-atipicos-e-sua-disciplina-no-codigo-civil- de-2002#ixzz3VkqmXQTl Leia mais: http://jus.com.br/artigos/21129/o-principio-da-funcao-social-do-contrato-enunciado- no-artigo-421-do-codigo-civil-brasileiro#ixzz3Vkn43TJB 3. Relacionar o princípio da função social do contrato e o princípio da sociabilidade, na dicção de Miguel Reale. Resp.: O princípio da função social do contrato e o princípio da sociabilidade estão relacionados nas inovações ocorridas com o advento do Código Civil de 2002 no âmbito dos direitos reais em sua aplicação frente aos princípios norteadores do Código, a socialidade, a eticidade e a operabilidade. Miguel Reale, “Como se vê, o primeiro cuidado do hermeneuta contemporâneo consiste em saber qual a finalidade social da lei, no seu todo, pois é o fim que possibilita penetrar na estrutura de suas significações particulares. O que se quer atingir é uma correlação coerente entre 'o todo da lei' e as 'partes' representadas por seus artigos e preceitos, à luz dos objetivos visados”. 3. PESQUISA S.T.J. DOS TEMAS INDICADOS 3.1 - ART. 421 CC Informativo nº 0425 Período: 1º a 5 de março de 2010. Quarta Turma MULTA. COBRANÇA. CONTRATO. DESCUMPRIMENTO. Na ação de cobrança de multa ajuizada devido ao descumprimento da finalidade do contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação nas instalações da empresa ré, as partes comprometeram-se a não contratar nenhum funcionário ou representante da cocontratante na vigência do ajuste e até 120 dias após o término deste, o que não foi respeitado. Com efeito, a Turma entendeu que, no caso, inexiste violação da função social do contrato quanto à cláusula contratual que prevê a multa, pois as partes livremente pactuaram entre si, não havendo desequilíbrio social, tampouco impedimento do acesso dos indivíduos a ele vinculados, direta ou indiretamente, ao trabalho ou ao desenvolvimento pessoal. Ademais, não se determinou vantagem exagerada para nenhuma das partes, tendo-se estabelecido, tão somente,um prazo razoável à limitação do direito de contratar da ré (art. 421 do CC/2002). O que se requer dos contratantes é que atuem em cooperação no mercado, conforme o princípio da boa-fé objetiva, durante a relação obrigacional e após o cumprimento do contrato. REsp 1.127.247-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/3/2010. 3.2 - ART. 423 C.C. Informativo nº 0482 Período: 29 de agosto a 9 de setembro de 2011. Quarta Turma SEGURO. VEÍCULO. NEGATIVA. COBERTURA. CLÁUSULA LIMITATIVA. Trata-se de ação de cobrança de indenização securitária cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais contra a seguradora. Noticiou a ora recorrida ter firmado com a recorrente contrato de seguro de veículo e ter sido este roubado sem que, até a data do ajuizamento da ação, houvesse sido recuperado. Aduziu que a seguradora negou o pedido de indenização por suposto descumprimento contratual, justificando a negativa pelo fato de que o condutor eventual utilizava o veículo segurado acima de um dia por semana, independentemente do tempo de uso do veículo. O juízo singular julgou parcialmente procedente o pedido para condenar a seguradora a pagar o valor segurado, bem como indenização no valor de três salários mínimos a título de danos extrapatrimoniais, afastada essa pelo tribunal a quo. A Turma entendeu que as declarações inexatas ou omissões no questionário de risco em contrato de seguro de veículo não autorizam, automaticamente, a perda da indenização securitária. É preciso que tais inexatidões ou omissões tenham acarretado concretamente o agravamento do risco contratado e decorram de ato intencional do segurado. No caso, a circunstância de a segurada não possuir carteira de habilitação ou ter idade avançada, ao contrário de seu neto, o verdadeiro condutor, não poderia justificar a negativa da seguradora. Por outro lado, o fato de o roubo do veículo segurado ter ocorrido com o neto da segurada no interior do automóvel não guarda relação lógica com o fato de o condutor ter ou não carteira de habilitação. Não tendo o acórdão recorrido reconhecido agravamento do risco com o preenchimento inexato do formulário, tampouco que tenha sido em razão de má-fé da contratante, incide a Súm. n. 7-STJ. Soma-se a isso o fato de ter o acórdão recorrido entendido que eventual equívoco no preenchimento do questionário de risco decorreu também de dubiedade da cláusula limitativa acolhida expressamente no art. 423 do CC/2002. REsp 1.210.205-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 1º/9/2011. 3.3 – PRINCIPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO Informativo nº 0500 Período: 18 a 29 de junho de 2012. Terceira Turma ARRENDAMENTO MERCANTIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. Trata-se de REsp oriundo de ação de reintegração de posse ajuizada pela ora recorrente em desfavor do recorrido por inadimplemento de contrato de arrendamento mercantil (leasing) para a aquisição de 135 carretas. A Turma reiterou, entre outras questões, que, diante do substancial adimplemento do contrato, qual seja, foram pagas 30 das 36 prestações da avença, mostra-se desproporcional a pretendida reintegração de posse e contraria princípios basilares do Direito Civil, como a função social do contrato e a boa-fé objetiva. Ressaltou-se que a teoria do substancial adimplemento visa impedir o uso desequilibrado do direito de resolução por parte do credor, preterindo desfazimentos desnecessários em prol da preservação da avença, com vistas à realização dos aludidos princípios. Assim, tendo ocorrido um adimplemento parcial da dívida muito próximo do resultado final, daí a expressão “adimplemento substancial”, limita-se o direito do credor, pois a resolução direta do contrato mostrar-se-ia um exagero, uma demasia. Dessa forma, fica preservado o direito de crédito, limitando-se apenas a forma como pode ser exigido pelo credor, que não pode escolher diretamente o modo mais gravoso para o devedor, que é a resolução do contrato. Dessarte, diante do substancial adimplemento da avença, o credor poderá valer-se de meios menos gravosos e proporcionalmente mais adequados à persecução do crédito remanescente, mas não a extinção do contrato. Precedentes citados: REsp 272.739-MG, DJ 2/4/2001; REsp 1.051.270-RS, DJe 5/9/2011, e AgRg no Ag 607.406-RS, DJ 29/11/2004. REsp 1.200.105-AM, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/6/2012. 3.3.1 – PRINCIPIO DA SOCIABILIDADE Informativo nº 0425 Período: 1º a 5 de março de 2010. Quarta Turma MULTA. COBRANÇA. CONTRATO. DESCUMPRIMENTO. Na ação de cobrança de multa ajuizada devido ao descumprimento da finalidade do contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação nas instalações da empresa ré, as partes comprometeram-se a não contratar nenhum funcionário ou representante da cocontratante na vigência do ajuste e até 120 dias após o término deste, o que não foi respeitado. Com efeito, a Turma entendeu que, no caso, inexiste violação da função social do contrato quanto à cláusula contratual que prevê a multa, pois as partes livremente pactuaram entre si, não havendo desequilíbrio social, tampouco impedimento do acesso dos indivíduos a ele vinculados, direta ou indiretamente, ao trabalho ou ao desenvolvimento pessoal. Ademais, não se determinou vantagem exagerada para nenhuma das partes, tendo-se estabelecido, tão somente, um prazo razoável à limitação do direito de contratar da ré (art. 421 do CC/2002). O que se requer dos contratantes é que atuem em cooperação no mercado, conforme o princípio da boa-fé objetiva, durante a relação obrigacional e após o cumprimento do contrato. REsp 1.127.247-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/3/2010. PROCESSO: 0001863-22.2012.5.01.0000 - CC 4 - RELATÓRIO- CONCLUSÕES Concluímos em nosso relatório, que a adequação em nosso ordenamento jurídico, Direito Civil, se volta não somente para as partes que o celebram, mas também, adequando-se cada vez mais, em moldar-se ao meio coletivo em que fora constituído. Compreendemos o limite da função social, do princípio da função social e do princípio da sociabilidade para os sujeitos de direito. A minuciarmos e debulharmos o que o documento quer dizer. O que ele protege. Suas seguranças, suas ambiguidades, contradições. Ensina que quando a relação se inicia com uma má formação entre as partes, com falta de clareza, esclarecimento, concordância, ritos, compromete a continuidade do contrato. Não esquecendo que, considera-se inexistente o que não estiver expresso no contrato. Com as novas teorias, artigos, jurisprudências, informativos, preceitos retomam os fins, à clareza, transparência dos objetivos visados, assegurando a correlação equilibrada, entre um todo da lei e as partes da lei. 6. BIBLIOGRAFIA 1. DIREITO CIVIL BRASILEIRO------------CONTRATOS E ATOS UNILATERAIS 2. LIVRO TEXTO ---------------------------------GONCALVES, CARLOS ROBERTO, DIREITO CIVIL BRASILEIRO: CONTRATOS E ATOS UNILATERAIS, 10º ed. S.P.: Saraiva, 2013, V. 3) 3. https://ww2.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/ 3.1. ARTIGO CENTIFICO-------------------------------------------------------------------STJ 3.2. ARTIGO CENTIFICO-------------------------------------------------------------------STJ 3.3. ARTIGO CENTIFICO-------------------------------------------------------------------STJ 3.3.1. ARTIGO CENTIFICO-----------------------------------------------------------------STJ 4. RELATÓRIO ---------------------------------------------------------------- CONCLUSÕES
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