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Avaliação Fisioterapêutica Prof. Me. Ruy Luiz Lorenzetti Branco Seminários Integrados em Fisioterapia 1 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Em uma avaliação, deve-se considerar as doenças próprias da idade, sexo e etnias, com relação à naturalidade e à hereditariedade. A anamnese tem como objetivo direcionar a prescrição do tratamento e também servir como um registro para futuras estatísticas, ou ainda, para um levantamento evolutivo da doença ou tratamento. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Queixa principal: registrar os sintomas e sinais de acordo com a narração e vocabulário do paciente. O profissional deve investigar entre as queixas, aquelas que o ajudarão a elaborar o tratamento, conhecendo assim, as restrições de recursos fisioterapêuticos. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA História da doença atual – HDA: trata-se de uma descrição dos acontecimentos recentes relacionados com a queixa principal. É importante que tenha: início e provável data em que percebeu; como evoluiu e como tratou; pesquisar sintomas que o paciente possa não ter notado relacionados com o problema; e atuais queixas, como, frequência, duração, circunstâncias e intensidades. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA História da doença pregressa - HDP: informações sobre doenças preexistentes e limitações já instaladas, pois podem se relacionar com o atual quadro ou mesmo influenciar no planejamento do tratamento e reabilitação. Devem ser incluídas as cirurgias, tratamentos e seus sucessos. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA História familiar: levantar as morbidades comuns na família do paciente, buscando relevância com condições hereditárias, congênitas e genéticas. Atividades de vida diária – AVD: como é o dia a dia do paciente, suas dificuldades, estresse, alimentação e diversão. Qualquer informação que ajude explicar a doença e que ajude a traçar objetivos da terapia e reabilitação. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exames complementares: exames de imagem, como radiografias, tomografias, ressonâncias e ultrassonografia, que demostram as causas das limitações de mobilidade do paciente e exames laboratoriais, hemodinâmicos, físicos e bioquímicos, dentre outros, que demonstram possíveis alterações celulares e metabólicas. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Pressão arterial (PA): é a tensão que o sangue exerce sobre a parede das artérias durante o bombeamento do coração. A PA normal em um adulto é de ótima em 120x80 mmHg (milímetros de Mercúrio) e normal até 130x85 mmHg, quando em repouso. Pressões superiores a esta são de risco e denominadas hipertensão (“Pressão alta”), entretanto, vários fatores contribuem para um diagnóstico de hipertensão. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência cardíaca: Também chamada de pulso cardíaco, refere-se à quantidade de batimentos cardíacos por minuto (bpm), que pode-se sentir na palpação das diversas artérias do corpo por meio das contrações das paredes das artérias. A frequência normal de um indivíduo adulto considerado saudável em repouso é de 60 a 80 bpm. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência cardíaca Os principais pontos de palpação de artérias: temporal, carotídea, femoral, poplítea, facial, braquial, ulnar, radial, tibial anterior, posterior e dorsal do pé. Palpe uma dessas artérias e conte durante 30 segundos a quantidade de batimentos sentidos, multiplique por 2 para saber o ritmo do coração. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência respiratória - FR: Para verificar a FR, deve-se contar quantas vezes houve uma elevação da caixa respiratória no período de 1 minuto, incursões por minuto (IPM). Em geral, conta-se as respirações durante 15 segundos e multiplica-se por 4. A FR de um indivíduo adulto é de 14 a 18 IPM. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência respiratória considerada normal, pela idade: Recém-nascidos: 44 IPM. Bebês: 20 a 40 IPM. Crianças até 7 anos: 20 a 30 IPM. Crianças e adolescentes: 16 a 25 IPM. Adultos: 14 a 18 IPM. Idosos: 19 a 26 IPM. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Alterações de respiração Apneia: parada respiratória. Dispneia: é a respiração difícil, ou curta, comum em doenças pulmonares e cardíacas. Ortopneia: a respiração só consegue ser realizada com facilidade na posição ortostática. Bradipneia: respiração muito lenta. Taquipneia: respiração muito rápida em geral curta. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Temperatura corporal: é a quantidade de calor que está em distribuição pelo corpo, é regulada pelo hipotálamo; quando ela é considerada normal, denomina-se de normotermia ou eutermia. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Temperatura corporal Hipotermia: considera-se hipotermia a redução da temperatura sanguínea central abaixo de 36°C. É geralmente causada por exposição a baixas temperaturas ou choque hipovolêmico (perda de sangue). Hipertermia ou febre: é quando a temperatura sistêmica está acima de 37,5°C. Na maior parte dos casos a febre é causada por infecção. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Ausculta: murmúrio vesicular (sons normais) e os ruídos adventícios (sons anormais): Secos: estridor, roncos (secreção), sibilos (murmúrios). Úmidos: estertores crepitantes (presença de líquido em vias aéreas de pequeno calibre), estertores subcrepitantes (em vias de médio calibre). AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Análise de cor e aparência física: A pigmentação normal da pele varia de pessoa para pessoa, e de região corporal, precisamos discernir sobre a diferença da coloração normal em relação a alterações na coloração da pele que podem indicar alguma patologia: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Cianose: é a coloração azulada de pele e mucosas, e pode indicar deficiência circulatória; apresenta-se perifericamente nas mãos e pés, ou centralizadas na boca. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Hiperemia: aparência avermelhada causada pela vasodilatação dos capilares, pode ser causada por excesso de calor, alterações metabólicas ou inflamação (podendo ou não ser acompanhada por edema). AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Ictérica: quando a pele tem uma aparência amarelada, em geral causada por icterícia, devido a patologias que acometem o fígado e ocorre o excesso de bilirrubina na circulação do sistema sanguíneo. São decorrentes por exemplo: icterícia neonatal, malária, hepatite, cirrose, anemia falciforme, leptospirose, entre outros. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Palidez: quando há uma queda brusca da PA ou uma desidratação por exemplo; ficamos com uma coloração pálida que indica fraqueza. Avaliação fisioterapêutica e monitorização do paciente em unidade de terapia intensiva Prof. Me. Ruy Luiz Lorenzetti Branco Seminários Integrados em Fisioterapia 24 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA A avaliação fisioterapêutica é o ponto principal para a condução do tratamento correto, sendo que uma avaliação bem estruturada reflete uma conduta de qualidade. A anamnese tem como objetivo direcionar a prescrição do tratamento e também servir como um registro para futuras estatísticas, ou ainda, para um levantamento evolutivo da doença ou tratamento. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Pressão arterial (PA): é a tensão que o sangue exerce sobre a parede das artérias durante o bombeamento do coração. A PA normal em um adulto é de ótima em 120x80 mmHg (milímetros de Mercúrio) e normal até 130x85 mmHg, quando em repouso. Pressões superiores a esta são de risco e denominadas hipertensão (“Pressão alta”), entretanto, vários fatores contribuem para um diagnóstico de hipertensão. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência cardíaca: Também chamada de pulso cardíaco, refere-se à quantidade de batimentos cardíacos por minuto (bpm), que pode-se sentir na palpação das diversas artérias do corpo por meiodas contrações das paredes das artérias. A frequência normal de um indivíduo adulto considerado saudável em repouso é de 60 a 80 bpm. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência cardíaca Os principais pontos de palpação de artérias: temporal, carotídea, femoral, poplítea, facial, braquial, ulnar, radial, tibial anterior, posterior e dorsal do pé. Palpe uma dessas artérias e conte durante 30 segundos a quantidade de batimentos sentidos, multiplique por 2 para saber o ritmo do coração. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência respiratória - FR: Para verificar a FR, deve-se contar quantas vezes houve uma elevação da caixa respiratória no período de 1 minuto, incursões por minuto (IPM). Em geral, conta-se as respirações durante 15 segundos e multiplica-se por 4. A FR de um indivíduo adulto é de 14 a 18 IPM. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Frequência respiratória considerada normal, pela idade: Recém-nascidos: 44 IPM. Bebês: 20 a 40 IPM. Crianças até 7 anos: 20 a 30 IPM. Crianças e adolescentes: 16 a 25 IPM. Adultos: 14 a 18 IPM. Idosos: 19 a 26 IPM. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Alterações de respiração Apneia: parada respiratória. Dispneia: é a respiração difícil, ou curta, comum em doenças pulmonares e cardíacas. Ortopneia: a respiração só consegue ser realizada com facilidade na posição ortostática. Bradipneia: respiração muito lenta. Taquipneia: respiração muito rápida em geral curta. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Escala modificada de BORG AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Temperatura corporal: é a quantidade de calor que está em distribuição pelo corpo, é regulada pelo hipotálamo; quando ela é considerada normal, denomina-se de normotermia ou eutermia. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Temperatura corporal Hipotermia: considera-se hipotermia a redução da temperatura sanguínea central abaixo de 36°C. É geralmente causada por exposição a baixas temperaturas ou choque hipovolêmico (perda de sangue). Hipertermia ou febre: é quando a temperatura sistêmica está acima de 37,5°C. Na maior parte dos casos a febre é causada por infecção. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular (sons normais) e os ruídos adventícios (sons anormais) MV+/MV↓/MV abolido: Secos: estridor, roncos (secreção), sibilos (murmúrios). Úmidos: estertores crepitantes (presença de líquido em vias aéreas de pequeno calibre), estertores subcrepitantes (em vias de médio calibre). AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Ausculta pulmonar AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Tosse Tosse eficaz: Boa tosse, consegue eliminar secreções. Tosse ineficaz: Fraca, sem capacidade de eliminar corpos estranhos. Produtiva: Presença de secreção. Improdutiva: Tosse seca, sem secreção. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Expectoração: Rósea: Edema agudo de pulmão (EAP); Mucóide: Resfriados, bronquites e Infecções virais; Amarelo ou esverdeado: Infecções Bacterianas; Cor de ferrugem: Tuberculose e Pneumonia Pneumocócica. Hemoptise: tosse de sangue, ou de escarro com sinais de sangue. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame Físico: Inspeção estática Condições da pele (coloração, integridades, cicatrizes); Abaulamentos; Retrações ou tiragens intercostais. Dinâmica Assimetria; Configuração do tórax; Frequência Respiratória; Amplitude (superficial ou profunda); Uso de musculatura acessória. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Excursão respiratória Consiste em uma estimativa da expansão torácica e pode revelar informações significativas a respeito do movimento torácico durante a respiração: Amplitude; Simetria. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Análise de cor e aparência física: A pigmentação normal da pele varia de pessoa para pessoa, e de região corporal, precisamos discernir sobre a diferença da coloração normal em relação a alterações na coloração da pele que podem indicar alguma patologia: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Cianose: é a coloração azulada de pele e mucosas, e pode indicar deficiência circulatória; apresenta-se perifericamente nas mãos e pés, ou centralizadas na boca. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Hiperemia: aparência avermelhada causada pela vasodilatação dos capilares, pode ser causada por excesso de calor, alterações metabólicas ou inflamação (podendo ou não ser acompanhada por edema). AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Ictérica: quando a pele tem uma aparência amarelada, em geral causada por icterícia, devido a patologias que acometem o fígado e ocorre o excesso de bilirrubina na circulação do sistema sanguíneo. São decorrentes por exemplo: icterícia neonatal, malária, hepatite, cirrose, anemia falciforme, leptospirose, entre outros. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Sinais vitais Palidez: quando há uma queda brusca da PA ou uma desidratação por exemplo; ficamos com uma coloração pálida que indica fraqueza. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Edema Frequente em casos de insuficiência cardíaca devido à falha na função do ventrículo esquerdo e consequente extravasamento de líquido para o espaço intersticial, o acúmulo de líquido acontece principalmente nos pés, devido à ação da gravidade. Cacifo 49 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame físico AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame físico AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame físico AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame físico AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Exame físico AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Monitorização cardíaca em terapia intensiva Alguns pacientes em estado de choque são monitorados por sistemas avançados, como a monitorização por meio da cateterização da artéria pulmonar. É um cateter (Swan-Ganz) inserido por meio de uma veia periférica até a artéria pulmonar. Permite a aquisição da medida da pressão da artéria pulmonar e da pressão de oclusão da artéria pulmonar, entre outros dados. 55 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Avaliação do nível de consciência Escala de coma de Glasgow Utilizada para avaliar nível de consciência em intervalos frequentes e para sua comparação aos achados prévios. São atribuídos valores numéricos as seguintes respostas da vítima: Abertura ocular Melhor resposta verbal Melhor resposta motora Avaliação do nível de consciência A soma da pontuação reflete o status neurológico da vítima: Lesão encefálica grave (coma) - menor ou igual a 8 pontos; Lesão encefálica moderado - de 09 a 12 pontos; Lesão encefálica leve - acima de 12 pontos. Avaliação das pupilas Miose: diminuição do diâmetro da pupila. Pode ser causada por hemorragia intracraniana ou consumo de algumas drogas (opióides, antipsicóticos, mirtazapina, álcool e o THC). Midríase: aumento do diâmetro da pupila. Pode ser causada por Intoxicação, lesões cerebrais, traumatismo craniano, hipóxia cerebral, estado de choque, AVC, PCR.
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