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13/04/2022
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IMPLANTE COCLEAR • 1800 – Alessandro Volta – inventor da 
primeira pilha elétrica, colocou em seu 
próprio ouvido duas placas de metal, e 
criou entre elas uma corrente de 50 Volts.
• O experimento não deu muito certo, 
porque Volta acabou desmaiando. Antes 
disso, porém, ele relata que ouviu “um 
ruído parecido com água fervente”, que 
cessou assim que ele desligou a corrente.
• 50 anos depois - O francês Duchenne de 
Boulogne repeLu o experimento de Volta, 
mas uLlizou uma corrente alternada. Ele 
descreveu o som do resultado como “um 
inseto encurralado entre uma vidraça e 
uma corLna.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
• O tema ressurgiu em 1930 com os 
psicólogos Glen Wever e Charles 
Bray. Eles descobriram que nosso 
ouvido era capaz de gerar um 
esCmulo elétrico como resposta a 
uma esEmulação audiEva.
• Seis anos depois, os russos Gersuni
e Volkov concluíram que a cóclea 
era o órgão responsável pela 
captação do sons. Com isso, eles 
conseguiram determinar que os 
próximos experimentos deveriam 
ser aplicados na cóclea para obter 
um sucesso maior.
• Francês Andre Djourno - Foi só no 
dia 25 de fevereiro de 1957 que foi 
relatado a primeira experiência de 
esEmulação do nervo audiEvo 
através da inserção de um eletrodo 
no ouvido de uma pessoa surda.
• O paciente implantado conseguiu 
reconhecer palavras simples, 
percebia o ritmo da fala e disse que 
o implante ajudava na leitura 
labial.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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IMPLANTE COCLEAR
• Década de 60 - primeiros 
equipamentos eram bem simples: 
chamados de monocanais, eles 
produziam es;mulos através de um 
único eletrodo que emi>a uma 
descarga elétrica. Eles tornavam o 
paciente capaz de perceber os sons 
da fala, mas não eram suficientes 
para que o deficiente audi>vo 
conseguisse discriminar as palavras 
e entender o que era dito.
• Década de 80 - Implante ganhou 
eficiência e se tornou parecido com 
o que temos hoje. Com o 
surgimento dos implantes 
“mul>canais”, que permi>am uma 
percepção dos sons muito melhor, 
o IC se popularizou e se expandiu. 
Estes implantes es>mulavam 
diferentes regiões da cóclea e, 
conforme a região es>mulada, 
diferentes sensações de frequência 
eram produzidas.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
• Em 1977 foi implantado o primeiro 
paciente brasileiro pelo Professor 
Pedro Luiz Mangabeira Albernaz 
u<lizando o implante monocanal.
• No Brasil, o primeiro implante com 
tecnologia avançada foi realizado 
em 1990, no Centrinho de Bauru. 
Atualmente, são mais de 7 mil 
implantados no Brasil, número que 
cresce a cada dia e tende a crescer 
ainda mais.
• No Rio de Janeiro - O Hospital 
Universitário Clemen<no Fraga 
Filho (HUCFF) foi credenciado, em 
maio de 2007, para o programa de 
Saúde Audi<va de Alta 
Complexidade.
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IMPLANTE COCLEAR
• Nos pacientes com pouca reserva coclear que não conseguem boa 
discriminação mesmo com amplificação sonora, o implante coclear é
uma alterna:va para reabilitação da deficiência audi:va. 
• É uma prótese eletrônica introduzida cirurgicamente na orelha interna. 
Ao contrário da prótese audi:va convencional, o implante coclear capta 
a onda sonora e transforma em impulso elétrico es:mulando 
diretamente o nervo coclear. 
• IC é indicado para subs:tuir a função da cóclea, atuando não como um 
amplificador, mas como um decodificador do som em esGmulos elétricos 
que irão ser captados pelo nervo audi:vo e compreendidos pelo 
cérebro.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
• O implante coclear é
composto por duas 
unidades, uma externa, 
contendo um microfone, um 
processador de fala e uma 
antena transmissora; e um 
unidade interna, 
cirurgicamente implantável, 
que contém um 
receptor/es:mulador e um 
fino cabo de eletrodos. 
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Imagem de raio-X
Paciente com 
implantes bilaterais
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
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IMPLANTE COCLEAR
• Seleção dos pacientes
• Os pacientes candidatos a implante coclear passam por uma avaliação
mul5disciplinar composta por médicos, fonoaudiológos, psicólogos e 
assistentes sociais.
• Tipo e o grau da perda audi5va, idade e tempo de privação sensorial, 
capacidade audi5va, desenvolvimento global, engajamento da família, 
o acesso da criança à terapia fonoaudiológica especializada.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
Até 4 anos de idade com PNS severo 
a profundo bilateral:
• Experiência com uso de AASI por 
um período mínimo de 3 meses, 
com exceção de casos de 
meningite ou doença genéDca 
comprovada de perda audiDva 
profunda;
• Idade mínima de 6 meses para PA 
profunda e 18 meses para PA 
severa;
• Falta de acesso aos sons da fala 
em AO com AASI, limiares piores 
que 50dBNA de 500-4.000Hz.
De 4 a 7 anos com PNS severo a 
profundo bilateral:
• Resultado igual ou menor que 50% 
de reconhecimento e sentenças em 
conjunto aberto com o uso de AASI 
na orelha a ser implantada;
• Presença de indicadores favoráveis 
para o desenvolvimento de 
linguagem oral mensurado através 
de protocolos padronizados.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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IMPLANTE COCLEAR
De 7 a 12 anos com PNS severo a 
profundo bilateral:
• Resultado igual ou menor que 50% de 
reconhecimento e sentenças em 
conjunto aberto com o uso de AASI na 
orelha a ser implantada, com 
percepção de fala diferente de zero 
em conjunto fechado;
• Presença de código linguísLco oral em 
desenvolvimento;
• Uso de AASI conNnuo e efeLvo desde 
no mínimo 2 anos de idade sugerindo 
a esLmulação das vias audiLvas 
centrais desde a infância. 
Mais de 12 anos, adultos e idosos com 
PNS pré-lingual PNS grau severo a 
profundo bilateral: 
• Resultado igual ou menor que 50% de 
reconhecimento e sentenças em 
conjunto aberto com o uso de AASI na 
orelha a ser implantada, com 
percepção de fala diferente de zero 
em conjunto fechado;
• Presença de código linguísLco oral 
estabelecido e adequadamente 
reabilitado pelo método oral;
• Uso de AASI efeLvo desde o 
diagnósLco da PA severa a profunda. 
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
TELEMETRIA
• A telemetria pode ser feita no 
intra ou pós-operatório
fornecendo informações a 
respeito do funcionamento do 
aparelho e das respostas neurais 
do paciente
• Testa-se as impedâncias dos 
eletrodos, verificando a 
presença de curto ou circuito 
aberto, detecção dos limiares do 
reflexo do estapédio e as 
respostas neurais a esFmulos
elétricos do implante, 
possibilitando determinar 
limiares mínimos e de conforto, 
facilitando a programação dos 
processadores de fala, 
principalmente em crianças. 
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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IMPLANTE COCLEAR
ATIVAÇÃO E MAPEAMENTO
• 30 dias após a cirurgia;
• Momento de maior ansiedade;
• Alguns testes são realizados em busca da 
sensação audiDva do paciente e sua reação.
• Cérebro recebendo impulsos inéditos, ainda 
sem saber bem como idenDficá-los e o que 
fazer com eles - som, voz, barulhos;
• Os primeiros trinta dias após a aDvação 
buscam fazer com que a pessoa tenha as 
primeiras experiências sonoras, percebendo 
os sons dos ambientes em que vivem e das 
vozes às quais estarão expostas;
• Primeiro mapeamento - 30 dias após a 
aDvação;
• ObjeDvo dos mapeamentos é ajustar os sons 
de maneira que fiquem cada vez mais claros, 
fortes e níDdos, sem provocar qualquer Dpo de 
desconforto.
• Ao mesmo tempo iniciará o treinamento 
audiDvo que tem como principal objeDvo 
realizar esDmulação audiDva para que se 
desenvolva de forma saDsfatória a 
comunicação expressiva e recepDva.
• Realização da audiometria em campo livre com 
o implante coclear, testes de fala, verificação 
funcionamento dos eletrodos, programação 
dos mapas.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
IMPLANTE COCLEAR
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO (PAAO)
Disposi&vo vibratório audi&vo fixado por um pino de &tânico ao 
osso mastoideo, captando o som do ambiente e o transforma 
em vibração que se propaga pelo osso da caixa craniana, 
es&mulando a cóclea diretamente.
Deficiências audi&vas condu&vas ou mistas e para perda audi&va 
unilateral.
A condução óssea também pode ser uma solução efe&va para 
indivíduos com perda audi&va condu&va permanente após 
cirurgia de ouvido médio, malformações ou perda audi&va 
condu&va e perda audi&va mista.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO (PAAO)
• É cons'tuída por duas unidades - um 
parafuso de 'tânio que é implantado na 
cor'cal do osso mastóideo e uma 
unidade externa, um processador sonoro, 
encaixada no pino e facilmente removível 
para limpeza.
Esta unidade externa capta a energia 
sonora do ambiente e a transforma em 
energia mecânica que se traduz em 
vibração de condução óssea.
• Há a possibilidade de testar antes da 
cirurgia.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO (PAAO)
• A indicação precisa da prótese
audi2va ancorada no osso deve 
ser feita por uma equipe 
interdisciplinar que inclui um 
cirurgião otorrinolaringologista, 
fonoaudiólogo e atendimentos 
complementares como 
psicologia e serviço social, 
quando necessários. 
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO (PAAO)
Quem é indicado à cirurgia da prótese audi3va ancorada no osso?
• A prótese audi,va ancorada no osso é indicada nos casos de perda audi,va
condu,va ou mista bilateral quando preenchidos todos os seguintes
critérios:
• a. Má formação congênita de orelha bilateral que impossibilite adaptação
de AASI;
• b. Com gap maior que 30 dB na média das frequências de 0,5, 1, 2 e 3kHz;
• c. Limiar médio melhor que 60 dB para via óssea nas frequências de 0,5, 1,
2 e 3kHz na orelha a ser implantada;
• d. Índice de reconhecimento de fala em conjunto aberto maior que 60 %
em monossílabos sem AASI.
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO (PAAO)
CRITÉRIOS DE CONTRA-INDICAÇÃO PARA A CIRURGIA 
• Ter uma doença óssea que deixa o crânio demasiado fino para suportar um 
implante. 
• Perda audiHva progressiva ou flutuante demonstrada pelos limiares por 
condução óssea na audiometria de acompanhamento; 
• Idade inferior a cinco anos; 
• Pacientes com condições clínicas que dificultem a manutenção da prótese
osteoancorada definida por equipe interdisciplinar; 
• Doenças dermatológicas não controladas, que impeçam osteointegração do 
pilar e/ou o acoplamento do áudio-processador .
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
PRÓTESE ADHEAR: MEDEL
Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes

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