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ANA_KARINA_REZAGHI_TCC

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Jundiaí 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidade 
Ano 
ANA KARINA REZAGHI BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO TERAPÊUTICO DA CANABIDIOL OBTIDOS ATRAVÉS 
DE CANNABIS SATIVA NA EPLEPSIA 
 
 
 
 
Jundiaí 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO TERAPÊUTICO DA CANABIDIOL OBTIDOS ATRAVÉS 
DE CANNABIS SATIVA NA EPLEPSIA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera de Jundiai como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Biomedicina. 
Orientador: NAGILA BORTOLATO 
 
 
 
ANA KARINA REZAGHI BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA KARINA REZAGHI BARBOSA 
 
USO TERAPÊUTICO DA CANABIDIOL OBTIDOS ATRAVÉS 
DE CANNABIS SATIVA NA EPILEPSIA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera de Jundiaí como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Biomedicina. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 Profa. Ma. Silvia Bandiera Borges 
 
 
Profa. Me. Priscila Martins 
 
 
 Prof. Me. Rodrigo Eduardo da Silva 
 
 
 Jundiaí , 05 de maio 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gratidão primeiramente a Deus que me capacitou pra que eu chegasse até 
aqui, segundamente a eu mesma pela dedicação e foco, vencendo cada desafio 
proposto com muita garra e olha que não foram poucos ao longo desses 4 anos. 
 Agradeço a minha excepcional rede de apoio, Caroline minha noiva que com 
certeza fez com que estes desafios fossem mais leves, sempre acreditando no meu 
potencial. 
Minha Vó minha grande inspiração que é um dos maiores motivos de me 
fazer continuar firme e forte, ao meus pais que me educaram e me prepararam para 
continuar resili ente independente das ocasiões. 
Aos meus Professores dedicados que compartilhou sua sabedoria, e a 
Coordenadora Priscila que literalmente se dispôs a fazer a diferença e deu seu 
melhor pra que chegássemos até aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REZAGHI, Ana Karina. Efeito terapêutico do canabidiol, obtidos através da 
cannabis sativa na epilepsia . 2022. 30 Trinta paginas . Trabalho de Conclusão de 
Curso (Graduação em Biomedicina) – Faculdade Anhanguera, Jundiaí , 2022 . 
 
RESUMO 
O estudo presente consiste em reunir dados bibliográficos e documentais em busca 
de achados científicos que comprovem a efetividade do perfil terapêutico do 
Canabidiol , no tratamento da epilepsia. 
A epilepsia é uma doença neurológica, caracterizada por perpetuar convulsões 
epilépticas, não provocadas de curta ou longa duração, isso ocorre pelo 
comportamento anormal das células cerebrais, que ocorre devido uma excessiva 
atividade dessas células no sistema nervoso , fazendo com que ocorra a 
manifestação das crises epilépticas e assim afetando o controle dos músculos, a 
sensibilidade, o comportamento e a consciência do individuo. As informações 
coletadas para composição desta pesquisa provêm de artigos, revistas e livros 
datados no período de 2010 a 2022, tendo como base de dados SciELO, PubMed, 
Google Acadêmico e Associação Brasileira de Epilepsia. Diversos estudos clínicos 
evidenciam os efeitos benéficos do CBD contra crises convulsivas, apresentando 
melhora total ou parcial na maioria dos pacientes analisados. Além disso, a 
utilização do canabinoide não manifestou relevantes efeitos adversos e tóxicos, e 
seu uso por tempo prolongado não produz tolerância, nem qualquer sinal de 
dependência ou abstinência. Entretanto, dados importantes como a descrição do 
perfil químico da droga e a definição minuciosa da farmacocinética ainda são 
escassos na literatura, o que tem impedido o desenvolvimento de novos 
medicamentos contendo o CBD. É possível concluir que o CBD representa uma 
alternativa promissora para pacientes epilépticos que não apresentam resposta aos 
tratamentos disponíveis, uma vez que ele pode impedir a ocorrência de danos 
cerebrais e consequentemente modificar a história natural da doença. 
 
 
Palavras-chave: Cannabis sativa; Canabinoides; Canabidiol; Epilepsia; Efeitos 
anticonvulsivantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REZAGHI, Ana Karina. Therapeutic effect of cannabidiol obtained through 
cannabis sativa in epilepsy.2022. 30 Thirty Pages. Completion of course work 
(Graduate in Biomedicine) – Faculdade Anhanguera, Jundiai, 2022. 
 
ABSTRACT 
The present study consists of gathering bibliographic and documentary data in 
search of scientific findings that prove the effectiveness of the therapeutic profile of 
Cannabidiol in the treatment of epilepsy. 
Epilepsy is a neurological disease, characterized by perpetuating unprovoked 
epileptic seizures of short or long duration, this occurs due to the abnormal behavior 
of brain cells, which occurs due to excessive activity of these cells in the nervous 
system, causing the manifestation of seizures. epileptic disorders and thus affecting 
the control of muscles, sensitivity, behavior and consciousness of the individual. The 
information collected for the composition of this research comes from articles, 
magazines and books dated from 2010 to 2022, having as databases SciELO, 
PubMed, Google Scholar and Associação Brasileira de Epilepsy. Several clinical 
studies show the beneficial effects of CBD against seizures, showing total or partial 
improvement in most of the patients analyzed. In addition, the use of the cannabinoid 
did not show relevant adverse and toxic effects, and its use for a long time does not 
produce tolerance, nor any sign of dependence or withdrawal. However, important 
data such as the description of the chemical profile of the drug and the detailed 
definition of the pharmacokinetics are still scarce in the literature, which has impeded 
the development of new drugs containing CBD. It is possible to conclude that CBD 
represents a promising alternative for epileptic patients who do not respond to 
available treatments, since it can prevent the occurrence of brain damage and 
consequently modify the natural history of the disease. 
 
 
 
 
 
Keywords: Cannabis sativa; cannabinoids; Cannabidiol; Epilepsy; Anticonvulsant 
effects. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
Δ9-THC Tetrahidrocanabinol 
CBD Canabidiol 
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
DCB Denominação comum Brasileira 
RDC Resolução da Diretoria Colegiada 
OMS Organização mundial da Saúde 
SUDEP Morte súbita associada a epilepsia 
CB Receptor canabinoide 
K+ Potacio 
Ca2+ Calcio 
 
 
 
 
 
 
13 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 
2. CANNABIS SATIVA .......................................................................................... 16 
4. CANABIDIOL E A EPLEPSIA ........................................................................... 22 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 26 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
14 
1. INTRODUÇÃO 
 
A canabis sativa, popularmente conhecida no Brasil como Maconha, é uma planta 
com o principal composto tetrahidrocanabinol , Δ9-THC responsável pelo efeito 
psicoativo, além do Δ9- outros, componentes podem influenciar sua atividade 
farmacológica como o canabidiol (CBD). Considerado como principal composto não 
psicotrópico da cannabis sativa, podendo até 40% dos extratos da planta. 
 Um conjunto de evidências obtidas através de estudos tanto em humanos quanto 
em modelos animais, comprovam a eficácia do tratamento CBD em transtornos 
psiquiátricos como depressão, a ansiedade e psicoses. 
Estudos demonstram que a planta é utilizada para fins medicinais, há muitos anos, 
sendo que o primeiroregistro histórico aconteceu por volta de 2.700 A.C, 
propriedades anticonvulsivantes do CBD são conhecidas pela medicina ocidental 
desde 1843, em 1980 alguns ensaios clínicos demonstraram a atividade 
antiepiléptica da substância em pacientes com epilepsia refratária, sendo somente 
sonolência seu efeito adverso. 
 A epilepsia é o segundo distúrbio neurológico mais frequente em adultos jovens, 
atrás apenas da enxaqueca. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, são 
diagnosticados cerca de 157.070 casos novos de epilepsia a cada ano no Brasil. 
Atualmente, mais de 20 drogas com propriedades anticonvulsivantes estão 
disponíveis em todo o mundo. 
Atualmente o canabidiol é usado para o tratamento de epilepsias de crianças e 
adolescentes refratárias aos tratamentos convencionais apenas como uso 
compassivo, ou seja, como demanda individual com prescrição restrita às 
especialidades de neurologia, neurocirurgia e psiquiatria cadastrados no Conselho 
Federal de Medicina. 
No entanto pelo fato de a maconha ser uma droga ilícita em muitos países, diversos 
interesses sociais e econômicos se contrapõem aos possíveis efeitos benéficos da 
planta, limitando seu estudo terapêutico e o acesso a dados epidemiológicos sobre 
seu uso e efeitos. A problemática a este medicamento é o acesso e alto custo, além 
da burocracia para a obtenção, o que a torna inacessível à maioria da população 
brasileira, seja pelo valor financeiro, seja pela inconstância da chegada ao Brasil e 
realização dos trâmites legais para uma correta continuidade do tratamento. 
Os artigos selecionados para a revisão bibliográfica, foram identificados por 
meio de busca eletrônica nos bancos de dados, PubMed, Scielo e Google 
acadêmico e compostos por estudos e revisões da literatura sobre o uso medicinal 
do canabidiol, em especial no tratamento da epilepsia, e as informações coletadas 
para essa revisão foram: autores e ano da pesquisa. Incluindo artigos completos 
publicados entre 2011 a 2022, as palavras chaves que foram utilizadas canabidiol, 
cannabis sativa, uso terapêutico, tetrahidrocanabinol e epilepsia, artigos não 
associados ao tema e as duplicações de indexação de artigos serão excluídos. 
A pesquisa mostrou com clareza nos textos redigidos sobre a finalidade e o 
potencial do CBD na epilepsia e seus efeitos adversos. Diante do exposto, o objetivo 
deste trabalho foi evidenciar o potencial terapêutico do fármaco canabidiol frente a 
 
 
15 
uma perspectiva futura de redução, e até extinção, dos efeitos causados por 
distúrbios neurológicos, em particular a epilepsia. 
 
 
 
16 
2. CANNABIS SATIVA 
 
 
 Identificou-se que a Cannabis sativa conhecida por diferentes nomes de 
rua como maconha, charro, chamon, liamba, chocolate, tablete, taco, curro, ganza, 
hax, hash, erva, marijuana, óleo (óleo de haxixe), boi ou cânhamo. 
a Cannabis sativa pertence à família cannabaceae é originária da Ásia. A 
planta faz parte do grupo de plantas angiospermas, cujas espécies mais conhecidas 
são Cannabis sativa e Cannabis indica, que distinguem principalmente pelo modo de 
crescimento, características morfológicas e quantidade de princípios ativos. 
(PACIEVITCH, 2010,p,344). 
 A espécie predominante no Brasil é a Cannabis sativa, pois a mesma 
possui melhor desenvolvimento em lugares com climas temperados e tropicais. O 
ciclo vegetativo da planta é de três a quatro meses, os fatores ecológicos podem 
interferir no seu desenvolvimento, a fertilidade do terreno especialmente, 
temperatura, latitude e particularidades como fatores genéticos. A produção mais 
abundante da resina é observada em regiões quentes ou temperadas, de solo fértil e 
úmido. 
A Cannabis sativa é anual e dioica, com altura de um a cinco metros, cuja 
espécie masculina difere da feminina por apresentar um porte maior, ramos mais 
finos e folhas mais longamente lanceoladas. Já em plantas fêmeas encontra-se a 
maior porcentagem de compostos psicoativos (entre 10 a 20%). A concentração 
desses compostos está ligada a fatores genéticos e ambientais, porém, outras 
condições podem causar variações no conteúdo psicotrópico da planta. 
Devido o grande interesse nas substancias extraídas na cannabis e nos seus 
efeitos, vem sendo estudada e pesquisada a anos e em diversos países. 
 O primeiro caso comprovado de isolamento, em forma pura, de um princípio 
ativo da Cannabis, o D9-tetraidrocanabinol ou simplesmente D9-THC, foi reportado, 
em 1964, por Gaoni e Mechoulam. 
Quando o THC faz a ligação com receptores CB, acontece a euforia 
associada ao consumo da cannabis, isso porque o THC é psicoativo, capaz de 
mudar o comportamento e a consciência, além dos efeitos como intoxicação, 
sedação e taquicardia, já o CBD seus compostos reage de forma diferente e em 
 
 
17 
receptores diferentes, evidencias que o cannabiol atua em outro sistema de 
sinalização cerebral que pode contribuir para um efeito terapêutico, o CBD possui 
efeito antiepilético, reduzindo convulsões em modelos animais e podendo ser efetivo 
no tratamento de epilepsia em humanos. 
As propriedades anticonvulsivantes do CBD são conhecidas pela ciência 
ocidental desde 1843. Alguns ensaios clínicos em 1980 demonstraram a atividade 
antiepilética da substância em pacientes com epilepsia refratária, apresentando 
apenas a sonolência como efeito adverso.(MATOS, Rev. Virtual Quim., 2017,p,27). 
 O mecanismo de ação do Cannabidiol atua através de uma determinada via 
de sinalização, são moléculas que fazem a comunicação dentro da célula e os 
medicamentos funcionam através de moléculas que as células receptoras atuam. 
 Esse efeito foi demonstrado efetivo recentemente em humanos, o CBD foi 
efetivo em diminuir convulsões em crianças com Síndrome de dravet, uma 
desordem genética que causa convulsões prolongadas, resistentes a medicamentos 
durante a infância, atrás de desenvolvimento e alta taxa de mortalidade, nesse 
estudo verificou-se a frequência mediana de convulsões por mês que diminuiu 12,4 
para 5,9 crises convulsivas com o uso do cannabidiol em comparação com uma 
diminuição de 14,9 para apenas 14,1 com placebo no entanto os efeitos adversos 
que ocorreram no grupo de CBD. 
Em 2017, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas 
Gerais ou UFMG, foi realizado um trabalho em modelo animal de epilepsia, foi 
demonstrado inicialmente que o cannabidiol tem função anticonvulsivante bastante 
significativa, além desse efeito, ele teve também um efeito neuroprotetor, ele evitou 
que as células neuronais, neurônios, morressem. Obteve diminuição da inflamação 
cerebral durante crises convulsivas. 
A ANVISA dispõe de uma resolução -RDC nº17, de maio de 2015, 
regularizou esse composto no Brasil, reconheceu as propriedades terapêuticas do 
cannabidiol especificamente, o composto passou ser considerado uma substancia 
controlada como ocorre com medicamentos, essa mudança permitiu que cientistas 
pudessem ter acesso ao composto, para a realização de mais pesquisas, os 
medicamentos com esse composto não são produzidos no Brasil, necessitam de 
autorização para importação. No artigo 4º da resolução só é permitida a importação 
do CBD quando a concentração máxima de THC for de conhecimento da Agência 
 
 
18 
Nacional de Vigilância Sanitária(Brasil, 2015).Em conformidade com o art. 4º da 
RDC nº 17, de maio de 2015: 
Art. 4º Somente será permitida a importação de produtos à base de 
Canabidiol quando a concentração máxima de THC for de conhecimento da 
Anvisa. 
 Mais recentemente a Planta cannabis sativa, foi incluída na lista de Plantas 
medicinais a denominação comum Brasileira ou (DCB) inclui os nomes oficiais e 
princípios farmacológicos ativos, importante principalmente para indústria 
farmacêutica que ao registrar novos medicamentos precisa que as substancias que 
o compõe façam parte desta lista, no entanto não foram reconhecidas as 
propriedades medicinaisassociadas a planta, essa conclusão não modifica a 
legislação, a maconha é uma droga ilícita e seu cultivo e legalização são ilegais. 
 De acordo com o Ministério da Saúde a ( Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária - Anvisa 2022, 18 produtos foram aprovados pela Anvisa nessa categoria, 
até o momento, conforme dispõe a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 
327/2019. Destaca-se que, desses 18 produtos, oito são à base de extratos 
de Cannabis sativa e dez do fitofármaco canabidiol. 
Extratos de Cannabis sativa: 
- Extrato de Cannabis sativa Greencare (160,32 mg/mL). 
- Extrato de Cannabis sativa Mantecorp Farmasa (160,32 mg/mL). 
- Extrato de Cannabis sativa Mantecorp Farmasa (79,14 mg/mL). 
- Extrato de Cannabis sativa Promediol (200 mg/mL).  
- Extrato de Cannabis sativa Zion Medpharma (200 mg/mL).   
- Extrato de Cannabis sativa Cann10 Pharma (200 mg/mL).  
- Extrato de Cannabis sativa Greencare (79,14 mg/mL). 
- Extrato de Cannabis sativa Ease Labs (79,14 mg/mL). 
 Fitofármaco canabidiol: 
- Canabidiol Prati-Donaduzzi (20 mg/mL; 50 mg/mL e 200 mg/mL).  
- Canabidiol NuNature (17,18 mg/mL).  
- Canabidiol NuNature (34,36 mg/mL).  
- Canabidiol Farmanguinhos (200 mg/mL).  
- Canabidiol Verdemed (50 mg/mL).  
- Canabidiol Belcher (150 mg/mL). 
- Canabidiol Aura Pharma (50 mg/mL). 
- Canabidiol Greencare (23,75 mg/mL). 
- Canabidiol Verdemed (23,75 mg/mL).  
- Canabidiol Active Pharmaceutica (20 mg/mL). 
 O produto é importado e comercializado em farmácias e drogarias no 
Brasil. A dispensação do produto deverá ser feita pelo farmacêutico a partir da 
prescrição médica por meio de receita especial do tipo B (de cor azul). 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br
https://www.gov.br/anvisa/pt-br
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/411511
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/411511
 
 
19 
3.EPILEPSIA 
 
 
A Epilepsia é denominada como uma disfunção que ocorre no cérebro, com isso, 
ocasiona crises convulsivas periódicas, que são imprevisíveis, onde acarreta 
interferências na qualidade de vida individuo e de sua família. Apresentando 
modificações temporárias do comportamento, sendo causadas diante o disparo 
desordenado, sincrônico e rítmico de diversos neurônios , estas mudanças ocorre 
através de alterações encefálicas, se manifestando de formas distintas, dependendo 
do envolvimento das estruturas neuronais. (Marchetti, R.L.; Castro et 
al.,2005.,pg;173). 
 A literatura indica que existem diversos tipos de convulsões epiléticas. As 
duas principais categorias são as parciais e as generalizadas. Convulsões 
tônico-clônicas generalizadas envolvem todo o cérebro. Na fase tônica há 
perda de consciência, o paciente cai, o corpo se contrai e enrijece. Já na fase 
clônica o paciente contrai e contorce as extremidades do corpo perdendo a 
consciência que e abalos musculares generalizados. o tipo mais comum de 
convulsão, caracterizado por uma perda de consciência , movimentos tônico-
clônicos generalizados dos membros. Pode ocorrer perda de saliva com 
sangue devido à mordedura da língua, coloração arroxeada dos lábios, 
respiração ruidosa, às incontinência . A duração pode variar de alguns 
minutos a varias horas, após a crise há sonolência, podendo acordar com 
vômitos, dor de cabeça e dores musculares.(FISHER et al.,2017.,SADOCK et 
al.,2017). 
 De acordo com .(FISHER et al.,2017.,SADOCK et al.,2017).As convulsões 
parciais (ou focais) que afetam parte do cérebro, são classificadas como simples 
(sem alterações na consciência) ou complexas (com alteração na consciência). 
Simples caracterizam-se pelo fato do paciente ficar consciente durante a crise 
tônico- clônica. Já a complexa é associada a uma alteração da consciência, o aviso 
pode ser uma sensação de sonho, medo, opressão no estomago que sobe para a 
garganta ,alucinações, aumento da salivação, movimentos de mastigação e/ou 
movimentos com as mãos. Mais frequentes são as motoras, que se manifesta com 
abalos musculares das mãos, pés ou face, essas crises podem progredir para um 
lado todo do corpo e pode seguir-se de uma outras denominações usadas para 
convulsões parciais são epilepsia do lobo temporal, convulsões psicomotoras e 
epilepsia límbica. Essas denominações, no entanto, não constituem uma descrição 
precisa da situação clínica. A epilepsia parcial complexa, a forma mais comum da 
doença em adultos, afeta aproximadamente 3 a cada 1.000 pessoas. Cerca de 30% 
dos pacientes com convulsões parciais complexas apresentam uma doença mental 
maior, como depressão. 
 O que causa a crise convulsiva é um dano irritativo ao cérebro focal, a 
epilepsia pode ser decorrente a uma desordem genética, epilepsia do lobo mesial 
 
 
20 
temporal essa é passível de tratamento cirúrgico doença autoimune atacando uma 
parte especifica do cérebro. A Oms incluiu a epilepsia no capitulo dos transtornos 
mentais . Sua causa ainda é desafiadora para os pesquisadores, já o diagnostico é 
simplificado pois é realizado através do histórico clinico do paciente, onde o meio a 
ser pesquisado são as diferenciações entre as crises, podendo ser fracas ou fortes , 
em alguns casos contrações de músculos, apagamentos momentâneos, 
formigamento e convulsões. 
Cinquenta milhões de pessoas são acometidas no mundo, pessoas de todas 
as raças, sexos, condições socioeconômicas e regiões são acometidas. Também se 
associa a problemas sociais e econômicos, sendo considerada um problema de 
saúde pública significativo, a epilepsia não possui cura mas é possível controla-la 
por via de medicamentos anticonvulsivantes como a fenitoína e o topiramato, este 
tratamento possibilita 70% dos pacientes o controle das crises e os outros 30% 
necessitam de outras vias para amenizar as crises. 
 
Conta com opções terapêuticas, que buscam a redução de 
crises, mas muitos pacientes se tornam resistentes, ou tem uma 
melhora relativamente pequena ao esperado. O descontrole das 
crises pode trazer aos pacientes, prejuízos cognitivos, motores, 
psicológicos e sociais. Tais fatores influenciam diretamente no 
processo de saúde. no Brasil a prevalência é de cerca de quatro 
casos para cada mil habitantes, existe um conceito que a epilepsia 
tradicionalmente é uma doença que ocorre na primeira infância, existe 
um pico no primeiro ano de vida isso se deve a grande quantidade de 
síndromes genéticas que se manifestam com a epilepsia também a 
todas as complicações da fase perinatal da criança, é interessante 
ressaltar que hoje existe um segundo pico de prevalência da epilepsia 
que começa a partir dos sessenta e cinco anos de idade, sendo muito 
importante para indivíduos acima dos oitenta anos, o que faz com que 
a epilepsia venha se tornando cada vez mais uma doença de 
indivíduos idosos (the lancet,2016, p.04). 
 Causa um impacto muito grande na vida do paciente, não só pela morbidade 
associada a doença são indivíduos que tem a maior chance de quedas, fraturas, 
esfoliações mas também leva a mortalidade, existe uma entidade chamada SUDEP 
(morte súbita associada a epilepsia) que é mais frequente em pacientes com difícil 
controle. Associa também a uma morbidade associada ao tratamento, as 
 
 
21 
medicações que são usadas, em geral podem trazer o risco de reações adversas 
isso impacta na qualidade de vida do paciente e além disto pessoas com epilepsia 
precisam lidar com toda carga trazida pela desinformação e pelo estigma em torno 
da doença. 
A epilepsia hoje está na lista de prioridades da organização mundial de saúde 
(OMS) desde 2015 em uma assembleia junto com a liga internacional de epilepsia 
houve uma atenção especial para se definir uma prioridade para essas pessoas, 
com o foco nas necessidades dos indivíduos com epilepsia, na promoção de 
assistência e pesquisa na epilepsia e na redução do atraso do tratamento e na luta 
contra o preconceito e o estigma. 
 Há alguns pacientes que se expõe a situaçõesde risco extremo, por exemplo, dirigir 
automóveis, mesmo diante prescrições medicas contrarias, ou praticar esportes de 
risco mesmo na presença de epilepsia grave. O desafio principal no convívio com a 
imprevisibilidade das crises epiléticas é combater o medo e a restrição excessivas e 
não se expor a riscos desnecessários. (NETO et al.,2012,p.180). 
Então, para que se tenha um tratamento eficaz, o diagnóstico correto para 
cada tipo de epilepsia é de extrema importância. O tratamento para as crises de 
epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas 
excessivas no cérebro o que dão origem às crises epilépticas. Entretanto, esse 
tratamento pode ser longo e precisa ser feito corretamente para que se chegue ao 
controle das crises (LIGA BRASILEIRA DE EPILEPSIA - LBE, 2018, Marchetti, R.L.; 
Castro, A.P.W.; Kurcgant, D.; Cremonese, E.; Gallucci N, J). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
4.CANABIDIOL E A EPLEPSIA 
 
 
Os medicamentos anticonvulsivantes disponíveis atualmente não são 
capazes de promover a cura da doença, porém são apropriados para controlar a 
repetições das crises. Portanto, a eficácia do anticonvulsivante para os vários tipos 
de crises e seus aspectos farmacocinéticos são condições primárias básicas para a 
escolha do fármaco, pois são indispensáveis para o tratamento. Na visão 
farmacológica, a eficácia do tratamento inicial das convulsões baseia-se em diminuir 
a excitabilidade do tecido neuronal, elevando o tônus inibitório. 
O uso terapêutico da cannabis trás benefícios para o paciente como: alívio da 
dor e da melhoria das habilidades neurológicas e cognitivas dos pacientes, maior 
autonomia na realização das atividades diárias. Melhoraria no sono e combate a 
insônia, melhorando a qualidade de vida e aumentando a felicidade, incluindo 
idosos. 
Deve-se enfatizar que cada caso específico necessita de uma prescrição de 
produtos diferente, de acordo com o estado do paciente e a particularidade de cada 
doença, a concentração de THC e CBD deve variar de caso a caso. De acordo com 
as recomendações de novas pesquisas, o ideal é começar com uma dose pequena 
e aumentá-la de acordo com a situação de cada paciente. 
Endocanabinoides são produzidos em resposta à atividade epleptiforme, com 
o intuito de ativar receptores, CB1 de neurônios excitatórios, para estabilizar o 
excesso de atividade neuronal. 
A exploração dos endocanabinóides começou com a descoberta do Δ9 – 
tetrahidrocanabidiol (THC) principal ativo da Canabis e cresceu a descoberta do CB1 
e posteriormente CB2 . A canabis sativa se dispunha de efeitos analgésicos, 
antieméticos e tranquilizantes, assim sendo utilizada para fins medicinais por vários 
séculos . (L. T. Corrêa et al.pg.147) 
As preparações da cannabis possuem entorpecente do sistema nervoso 
central no histórico de uso abusivo, possuindo efeitos típicos como: amnésia, 
sedação, sensação de bem-estar, fome e paranoia. Em síntese, considera-se uma 
descoberta tardia dos fitocanabinoides quando comparado ao isolamento de 
compostos naturais, como por exemplo, a morfina, por possuir natureza altamente 
 
 
23 
lipídica. Com isso, acreditava-se que o mecanismo de ação do THC era através das 
modificações físico-químicas das membranas lipídicas. O descobrimento dos 
receptores acoplados no cérebro de mamíferos marcou a nova possibilidade do 
desenvolvimento de novos compostos farmacológicos que podem promover ações 
anti-obesidade/ anti-anorexígeno, antiemético, antiepiléptico, uso no tratamento de 
desordens mentais e doenças neurodegenerativas. 
O receptor canabinoide tipo 1 muitas vezes abreviado para CB1, é um tipo 
de receptor canabinoide localizado no cérebro. Ele é ativado por neurotransmissores 
endocanabinoides incluindo a anandamida (substancia endógena) capaz de agir em 
receptores canabinoides, seu nome deriva do sânscrito ananda, que significa 
“felicidade “ ou prazer extremo. A serotonina, um neurotransmissor que é a 
substância química que faz com que os neurônios passem sinais entre si. Entre suas 
funções está a regulagem do ritmo cardíaco, do sono, do apetite, do humor, da 
memória e da temperatura do corpo. 
De acordo com (L. T. Corrêa et al.pg.147) O receptor CB1 
demonstrou alta distribuição pelo sistema nervoso central 
equiparado as vias glutamatérgicas. Verifica-se a presença destes 
receptores para controle motor, resposta emocional, 
aprendizagem, memória, comportamentos orientados por objetivos, 
homeostase energética e cognitiva. Nos tecidos periféricos, há 
baixa expressão. A sua ativação resulta na inibição da adenilato-
ciclase, consequentemente, diminuição da atividade das proteínas-
quinases ( enzimas que catalisam a fosforilação de proteínas). 
Com diminuição da fosforilação dos canais de Potacio (K+) e 
aumento da saída do mesmo nos terminais pré-sinápticos. Além 
disso, inibe canais de cálcio (Ca2+) sensíveis à voltagem do Calcio 
tipo N e P/Q e canais de K+. 
 Assim, possuem caráter hiperpolarizante das células neuronais e diminuem a 
liberação de neurotransmissores pré-sinápticos. Os receptores pós-sinápticos 
regulam a excitabilidade e plasticidade sináptica via modulação de canais de K+ e 
inibição da adenilato-ciclase uma enzima que se encontra na membrana plasmática 
de uma ampla variedade de células(L. T. Corrêa et al.pg.153) . 
O receptor canabinóide tipo 2, abreviado como CB2, é um 
receptor acoplado à proteína G, receptor que transmite sinais de 
hormônios e neurotransmissores, controlando o metabolismo da 
maquinaria celular, como a contração, a transcrição e a 
secreção,da família de receptores canabinóides que em humanos 
é codificado pelo gene CNR2. Uma das maiores surpresas, 
diferentemente do CB1, não expressa alterações no humor, 
comportamentais e cognitivo-motoras, sobretudo possui alta 
expressão no sistema imunológico, descrito, principalmente, nas 
células da micróglia e neurônios pós-sinápticos. Foi constada que 
CB2 está elevado em estados de dor crônica, sendo de interesse 
clínico a promoção de medicamentos antiinflamatórios, analgesia, 
 
 
24 
artrite, modulação da dor em quadros como câncer e 
nefrotoxicidade. (L. T. Corrêa et al.pg.153.154). 
 O sistema de endocanabinoides é amplamente distribuído por todo sistema 
nervoso central, com base na distribuição dos receptores endocanabinoides, 
acreditasse que o uso de derivados canabinoides são seguros, apesar de causar 
sonolência e confusão (com possível euforia e alucinações) por afetar as áreas 
relacionadas à atenção, visão, somatossensorial e coordenação motora, não afeta 
as áreas respiratória ou cardiovascular, não trazendo ameaça à vida na 
superdosagem. 
 De acordo com (L. T. Corrêa et al.pg.156) A farmacologia do canabidiol tem 
como principais efeitos relaxamento, euforia, alterações sensoriais e déficits de 
memória. Acredita-se que os medicamentos que possam interferir no sistema de 
endocanabinoides possam ampliar a visão terapêutica da farmacologia. Com isso, 
as possibilidades de interferir neste sistema possa ser por meio da ação direta aos 
receptores, ação indireta (inibindo enzimas de degradação e recaptura) ou 
bloqueando os receptores. 
 Estudos realizados por Abuhasiraa R, et al., (2018) utilizando uma população de 
2.736 idosos, maiores de 65 anos que foram tratados com cannabis para o 
tratamento da dor (66,6%) e câncer (60,8%) mostraram que após seis meses de 
tratamento, 93,7% dos entrevistados relataram melhora em sua condição e o nível 
de dor relatado foi reduzido de uma mediana de 8 em uma escala de 0-10 para uma 
mediana de 4. Após seis meses, quase 20% dos pacientes deixaram de usar 
analgésicos opióides ou reduziram a dose. Esses resultados mostram que uso 
terapêutico de cannabis pode diminuir o uso de outros medicamentos prescritos, 
incluindo opioides, e é seguro e eficaz para população idosa. 
 As aplicações terapêuticas do canabidiol em pacientesepilépticos, agonista CB1 
modulam a excitabilidade; os endocanabinoides previnem contra excitotoxicidade 
Um estudo realizado em centro de epilepsia pediátrica 
em Israel; Centro de epilepsia terciária do Hospital Infantil da 
Universidade de Liubliana, , trata-se de estudo multicêntrico 
retrospectivo com 74 pacientes na faixa etária 1-18 anos com 
epilepsia intratável resistente a> 7 drogas antiepiléptica. Foi 
utilizado CBD associado a uma dose de THC: CBD e 
tetraidrocanabinol na proporção de 20: 1 dissolvida em azeite. A 
dose de CBD variou de 1 a 20 mg / kg / d A dosagem de THC não 
excedeu 0,5 mg /kg /, tratamento durante 3 meses, teve bons 
resultados, com uma redução da frequência de crises epilépticas 
em ate 75%, (66/74, 89%) relatou redução na frequência de crises 
13 (18%) relataram redução de 75% a 100% 25 (34%) relataram 
 
 
25 
redução de 50% a 75% 9 (12%) relataram 25% Redução de 50% 
e 19 (26%),além da melhora no comportamento e no estado de 
alerta, linguagem, comunicação, habilidades motoras e sono. 
(Tzadok M et al. 2016 Fevereiro de 2016,pg; 41,44). 
 Observou relação benéfica entre o uso do canabidiol e a contenção das 
crises epilépticas, além de demonstrar possíveis vantagens de sua utilização para a 
melhoria de vários outros sintomas. Em um dos estudos descritos na tabela foi 
relatado a melhora no comportamento e no estado de alerta, linguagem, 
comunicação, habilidades motoras e sono. O comedimento desse quadro ocasiona 
uma melhora da qualidade de vida do paciente e de seus familiares. 
 
 
 
26 
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os objetivos deste trabalho foram, destrinchar a Cannabis sativa como um 
fármaco efetivo no tratamento de crianças, jovens, adultos e idosos portadores de 
uma condição neurológica nomeada Epilepsia, denominada como uma disfunção 
que ocorre no cérebro, com isso, ocasiona crises convulsivas periódicas, que são 
imprevisíveis, onde acarreta interferências na qualidade de vida do individuo e de 
sua família. 
 O estudo cientifico comprovou, que A Cannabis Sativa com seus compostos 
,tetrahidrocanabinol Δ9-THC responsável pelo seu efeito psicotrópico, e o 
Canabidiol CBD que apresenta potencial terapêutico para o tratamento de doenças, 
agrupando um conjunto de evidências obtidas através de estudos tanto em humanos 
quanto em modelos animais, comprovam a eficácia do tratamento para fins 
medicinais, se dispondo de efeitos analgésicos. antieméticos e tranquilizantes, 
trazendo benefícios e qualidade de vida para seus usuários. 
O paciente portador de Eplepsia, decorre de um disparo desordenado, 
sincrônico e rítmico de diversos neurônios, através de alterações encefálicas, se 
manifestando de formas distintas, dependendo do envolvimento das estruturas 
neuronais, o primeiro sintoma é a perda de consciência, o paciente cai, o corpo se 
contrai e enrijece, decorrentes abalos musculares generalizados, podendo ocorrer 
perda de saliva com sangue devido à mordedura da língua, coloração arroxeada dos 
lábios, respiração ruidosa, à incontinência, com duração de alguns minutos a varias 
horas, após a crise há sonolência, podendo acordar com vômitos, dor de cabeça e 
dores musculares. 
A Cannabis Sativa trás benefícios para o paciente, como um antiepiléptico, 
aliviando a dor e melhorando as habilidades neurológicas e cognitivas dos 
pacientes, maior autonomia na realização das atividades diárias, melhoraria no sono 
e combate a insônia, melhorando a qualidade de vida e aumentando a felicidade. 
Esses resultados mostram que uso terapêutico de Cannabis Sativa pode 
diminuir o uso de outros medicamentos prescritos, incluindo opioides, e é seguro e 
eficaz para população idosa. Anticonvulsivante para os vários tipos de crises e seus 
aspectos farmacocinéticos, baseando-se em diminuir a excitabilidade do tecido 
neuronal, elevando o tônus inibitório. 
 
 
27 
Deve-se enfatizar que cada caso especifico necessita de uma prescrição de 
produtos diferente, de acordo com o estado do paciente e a particularidade de cada 
doença, a concentração de THC e CBD deve variar de caso a caso. O ideal é 
começar com uma dose pequena e aumentá-la de acordo com a situação de cada 
paciente. 
 
 
 
 
28 
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cannabis medicinal em idosos. Revista Europeia de Medicina Interna, 2018. 
A ANVISA dispõe de uma resolução -RDC nº17, de maio de 2015 art 4 
 
ANVISA - acordo com o Ministério da Saúde a ( Agência Nacional de Vigilância 
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