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Direito Penal III

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Capítulo I - DOS CRIMES DE PERIGO COMUM 
(do Art. 250 ao Art. 259) 
Nesses casos o perigo será para um número indeterminado de 
pessoas e não contra pessoa determinada. Classificação: crime 
comum
Título VIII - Dos Crimes contra a Incolumidade Pública
Objeto jurídico é a Incolumidade Pública (É a condição de estar 
livre de perigo ou dano, ileso, incólume. É a tranquilidade o 
sossego da coletividade) 
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de 
outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de 
dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos 
análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das 
hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida 
qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo parágrafo.
Modalidade culposa
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de 
efeitos análogos, a pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; nos 
demais casos, é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, 
Título VIII - Dos Crimes contra a Incolumidade Pública
Se o crime for contra pessoa certa, por obvio terá um crime contra a pessoa, se para tanto 
provoque uma explosão e dessa forma alcança o seu objetivo e o elemento subjetivo era o 
chamado animus necandi (Dolo) o agente responderá pelo crime de homicídio (Inc. III do §
2 do art. 121) todavia se o agente também provocar o perigo comum, além de ter matado a 
vítima, poderá haver concurso formal dos crimes de explosão e homicídio;
No mesmo sentido se for intenção do agente provocar lesão ao património de pessoa 
determinada sem que tal conduta implique em perigo comum haverá apenas o crime de 
dano (Art. 163, parágrafo único, inciso II, do CP);
O Sujeito Ativo: qualquer pessoa - crime comum
O Sujeito Passivo: coletividade (aqueles que tem a sua vida, integridade física ou 
patrimonial lesada ou ameaçada pela explosão.) 
Tipo Penal: A conduta incriminada no artigo 251 consiste em expor a perigo a vida, a 
integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples 
colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. O caput do artigo 
251, prevê a modalidade dolosa, sendo o dolo o elemento subjetivo.
Ação Penal Pública e Incondicionada ( irrelevante a manifestação do ofendido.)
arremessomediante explosão, ou simples colocação
Ato de detonar o artefato com 
deslocamento de ar
Lançamento à distância Por/arrumar/alocar, assentar
engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos
O Arremesso ou simples colocação do engenho explosivo, sem a explosão propriamente, 
bastara para consumar a infração, evidente que o arremesso ou colocação de um artefato com 
potencialidade lesiva de causar perigo comum, já causa enorme ofensa a incolumidade pública, 
por ter havido o perigo real. 
A tentativa é admissível: “como nas hipóteses de ser o agente interrompido quando inicia a 
montagem de um engenho explosivo ou na colocação dele quando ainda não se instalou a 
situação perigosa”.
Se for uma falsa bomba, mesmo com o pânico instalado, com necessidade de se evacuar o 
entorno, não se poderá falar ofensa ao artigo em questão (Ineficácia do meio, se tornando 
crime impossível, conforme artigo 17 do CP), do ponto de vista do art. 251 seria atípica.
Objeto Material é o engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos
O código fala exclusivamente do engenho de dinamite porque em 1940 era a substância mais 
conhecida, fala ainda de substância de efeitos análogos (similares ao da dinamite).
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Essa é a pena para explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de 
substância de efeitos análogos. Exige o elemento subjetivo o dolo.
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Nos casos de uso de substâncias com potencialidade lesiva menos danosa, a quem da dinamite 
e das substancias de efeitos iguais os da dinamite. A pena será menor, trata-se de uma figura 
privilegiada.
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, 
do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo 
parágrafo.
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou 
alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Se trata se de circunstâncias majorantes, se justificam em razão do risco ainda maior ao expor a 
vida a integridade física ou o patrimônio de pessoas diversas. 
Modalidade culposa
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos 
análogos, a pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; nos demais casos, é de 
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
A figura culposa está restrita a modalidade da explosão, sendo que o arremesso ou a colocação, 
desde que culposo irá gerar um fato atípico, porque só haverá crime culposo se houver efetiva 
explosão. Arremesso ou colocação não geram a figura culposa.
Na modalidade culposa como a pena máxima cominada não ultrapassa dois anos conforme 
artigo 61 da Lei 9.099/95 será do Juizado Especial Criminal
Formas qualificadas de crime de perigo comum
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena 
privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso 
de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, 
aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
PROVA PERICIAL
Como se trata de crime de perigo concreto, fazendo-se
necessária a comprovação de que o comportamento praticado
trouxe, perigo a vida, a integridade física ou ao patrimônio de
outrem, é indispensável a prova pericial, em caso de explosão se
colocou os bens juridicamente protegidos em perigo. E no
arremesso ou colocação de dinamite ou de substância de efeitos
análogos, deverá verificar a eficiência do instrumento, se tinha
ou não a capacidade de produzir o dano. Conforme artigo 175 do
Código de processo penal:
“Artigo 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados
para a prática da infração, a fim de se lhes verificar a natureza e
a eficiência”.
Desarmamento Lei 10.826/03
x 
Artigo 251 do código penal
Sem ocorrência do perigo comum o agente poderá incidir na figura
criminosa prevista no estatuto do desarmamento:
Art. 16, Inciso III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
,
Logo, quando ou de houver explosão, arremesso ou simples colocação
de engenho de dinamite substância de efeitos análogos com perigo
comum aplicasse o artigo 251;
Sem o perigo comum pode-se sustentar que deve ser aplicado o
dispositivo do estatuto do desarmamento, visto que uma das condutas
lá do estatuto é empregar o artefato explosivo.
MODALIDADE COMISSIVA E OMISSIVA
As condutas previstas pressupõem umcomportamento
comissivo por parte do agente, más também pode ser
realizado por omissão imprópria, quando o agente tem status
de garantidor. Conforme exemplo de Rogério Greco: “Assim,
imagine-se a hipótese daquela pessoa contratada para cuidar
da segurança de um local onde eram armazenados botijões de
gás. Percebendo a ocorrência de vazamento de grandes
proporções e querendo vingar-se, por algum motivo, de seu
patrão, sabedor de que, em virtude da enorme quantidade de
gás lançada ao ar, a explosão seria iminente, nada faz para
evitar o resultado, o que, efetivamente acontece. Nesse caso
deverá ser responsabilizado pelo delito tipificado no artigo 251
do Código Penal, nos termos do artigo 13, § 2º, do mesmo
diploma repressivo (Relação de casualidade)”.
PESCA MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS
O agente utilizando-se de explosivo para o fim de pesca
deverá responder pelo artigo 35 da lei 9.605/98, in verbis:
“Artigo 35 Pescar mediante a utilização de:
I- Explosivos ou substâncias que, em contato com a
água, produzam efeito semelhante;
II- (...)
Pena- reclusão, de um a cinco anos”.
EXPLOSÃO PROVOCADA POR MOTIVAÇÃO POLÍTICA
Se a explosão for causada por inconformismo político ou para a 
obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações 
políticas clandestinas ou subversivas, será aplicado o artigo 20 da 
Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83).

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