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DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA Belo Horizonte Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA http://4.bp.blogspot.com/- kXk8Mrr4P60/Tjsp3InySSI/AAAAAAAAAnM/Fl6zKgC3JM4/s400/Deficiencia+multipla.jpg ASPECTOS IMPORTANTES PARA SABER SOBRE SURDOCEGUEIRA Texto adaptado de Shirley Rodrigues Maia SOBRE CONCEITO, DEFINIÇÃO E TERMINOLOGIA A surdocegueira é uma terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas que tem perdas visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes, podendo ser: a) Surdocego total: ausência total de visão e audição. b) Surdocego com surdez profunda associada com resíduo visual: ausência de percepção da fala mesmo com aparelho de amplificação sonora individual, com Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 resíduo visual que permite orientar-se pela luz, facilitando a mobilidade e com apoio de alto contraste é possível ter percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos c) Surdocego com surdez moderada associada com resíduo visual: dificuldade para compreender a fala em voz normal e sua percepção visual à luz permite mobilidade e com apoio de alto contraste é possível ter percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos. d) Surdocego com surdez moderada ou leve com cegueira: dificuldade auditiva para compreender a fala em voz normal ou baixa é necessário falar mais próximo ao ouvido e tom mais alto (fala ampliada), total ausência de visão, sem percepção de luminosidade ou vulto. e) Surdocego com perdas leves, tanto auditivas quanto visuais: dificuldade para compreender a fala em voz baixa e seu resíduo visual possibilita que defina e perceba volumes, cores e leitura em tinta ampliada. DEFINIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE SURDO-CEGUEIRA http://4.bp.blogspot.com/- kXk8Mrr4P60/Tjsp3InySSI/AAAAAAAAAnM/Fl6zKgC3JM4/s400/Deficiencia+multipla.jpg As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física. A múltipla deficiência é uma situação grave e, felizmente, sua presença na população geral é menor, em termos numéricos. Talvez os Telecentros raramente (ou nunca) recebam pessoas com múltipla deficiência, mas consideramos importante trazer informações sobre esta possibilidade. Tradicionalmente, os profissionais especializados e os familiares de pessoas com múltipla deficiência focalizavam sua atenção no que estas pessoas não podiam fazer, em suas desvantagens e dificuldades. Atualmente temos uma postura diferente: preocupamo-nos em descobrir quais são as possibilidades que a criança apresenta e quais são as suas necessidades, em vez de destacar suas dificuldades. Assim, temos descoberto formas e métodos para atendê-la. É importante que a família seja orientada a manter um contato com essa criança por meio dos sentidos que não foram lesados, para estimular o resíduo auditivo e, principalmente, o resíduo visual, se houver. Por exemplo: a família do bebê Surdocego deve passar informações a ele por meio de toques afetivos; ele deve sentir que é amado e perceber a presença do adulto através de brincadeiras. As instituições que recebem os casos de múltipla deficiência costumam atender principalmente casos de Surdocegueira, que combinam as deficiências auditiva e visual. A pessoa que tem Surdocegueira não pode ser comparada com um surdo nem com um cego, pois a pessoa com cegueira e a pessoa surda utilizam seus sentidos de forma complementar: a pessoa com deficiência visual trabalha mais sua audição e a pessoa surda conta mais com sua visão, No caso da Surdocegueira, esta complementação não acontece - é uma outra deficiência. É por esta razão que escrevemos esta deficiência com uma só palavra, "Surdocegueira". O grupo mais numeroso de Surdocegos é composto por pessoas com 65 anos ou ainda mais idosas, que adquiriram a deficiência sensorial tardiamente. As causas da Surdocegueira podem ser: Acidentes graves; Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Síndrome de Usher (as manifestações clínicas desta síndrome de origem genética incluem a surdez, que se manifesta logo no início da vida e a perda visual que ocorre, geralmente, mais tarde); Surdocegueira congênita, resultante de doenças como a rubéola ou de nascimentos prematuros. É difícil imaginar como uma pessoa surdocega se comunica, mas isso é possível. Os surdocegos possuem diversas formas para se comunicar com as outras pessoas. A LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais, desenvolvida para a educação dos surdos, pode ser adaptada aos Surdocegos, utilizando-se o tato. Colocando a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete, a pessoa com Surdocegueira pode sentir a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito. Esse método de comunicação é chamado de Tadoma. Também é possível para o Surdocego escrever na mão de seu intérprete, utilizando o alfabeto manual dos surdos, soletrando as palavras ou ele pode redigir suas mensagens em sistema braile, que é um alfabeto composto por pontos em relevo criado para a comunicação dos portadores de deficiência visual. Existe ainda o alfabeto moon, que substitui as letras por desenhos em relevo e o sistema pictográfico, que usa símbolos e figuras para designar os objetos e ações. Há casos de crianças surdocegas brasileiras que desenvolvem condições de serem educadas com os surdos, comunicando-se em LIBRAS e usando o braile para o conhecimento da leitura e escrita. Mas, para que isso aconteça é necessário que a intervenção seja precoce, ou seja, quando a criança for bem pequena. Cada Surdocego adulto tem o direito de decidir qual vai ser sua forma de comunicação, para que participe das atividades em casa, no trabalho e no lazer. Carlos Roberto, Surdocego que mora no Estado de São Paulo, Brasil, diz: "descobri outro sentido, com o tato consigo ver o mundo". Ele se desenvolveu tão bem comunicando-se em LIBRAS que está sempre rodeado de amigos, conversando e contando piadas e está aprendendo atualmente o braile. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ttp://4.bp.blogspot.com/- kXk8Mrr4P60/Tjsp3InySSI/AAAAAAAAAnM/Fl6zKgC3JM4/s400/Deficiencia+multipla.jpg QUANTO AO PERÍODO EM QUE SURGIU A SURDOCEGUEIRA TEMOS A DEFINIÇÃO: a) Surdocegueira congênita: quando a criança nasce surdocega ou adquire a surdocegueira nos primeiros anos de vida antes da aquisição de uma língua (português ou Libras – Língua Brasileira de Sinais). Um exemplo mais frequente destes casos é a criança com sequelas da síndrome da rubéola congênita. b) Surdocegueira adquirida: quando a pessoa ficou surdocega após a aquisição de uma língua, seja oral ou sinalizada. Os exemplos mais frequentes deste grupo são pessoas com Síndrome de Usher. Segundo Grupo Brasil (2002), este grupo de pessoas podem ser: parciais de visão e audição visual adquirida Por que os termos Surdocegueira, surdocegos são escritos sem hífen? Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A partir do ano de 1991, profissionais, familiares e pessoas com surdocegueira se uniram para uma “Ação Afirmativa” do reconhecimento da surdocegueira como uma deficiência única, em virtude de não se beneficiarem dos programas educacionais para pessoas somente com surdez e ou de pessoas com deficiência visual. Essaação afirmativa ganhou vulto mundial e hoje ela é reconhecida pela ONU conforme Convenção ratificada pelo Brasil, pelos parlamentos: Andino e Europeu bem como nos governos dos: Estados Unidos, Austrália e Canadá. ORIENTAÇÕES PARA A CONVIVÊNCIA COM OS SURDOCEGOS CONHEÇA AS MELHORES FORMAS DE SE COMUNICAR http://valdicelsia.files.wordpress.com/2011/04/aluno.jpg Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Ao aproximar-se de um Surdocego, deixe que ele perceba sua presença com um toque. Combine um sinal para que ele o identifique da próxima vez que se encontrarem; Aprenda e use o método de comunicação que ele souber, mesmo que seja elementar, bem simples; Tenha a certeza de que o Surdocego o está percebendo quando tentar se comunicar. Lembre-se que você não pode se comunicar à distância; Encoraje-o a usar a fala se ele conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras; Se outras pessoas estiverem presentes, avise-o quando for o momento apropriado para ele falar; Avise-o sempre do que o rodeia; Informe-o quando sair, mesmo que seja por pouco tempo; Assegure-se que ele está confortável e em segurança. Se ele precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência, coloque a mão dele no que servirá de apoio. Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja familiar; Mantenha-se próximo dele para que ele perceba a sua presença; Ao andar deixe-o apoiar-se no seu braço, nunca o empurre ou puxe-o pelo braço; Utilize sinais simples para o avisar da presença de escadas, uma porta ou um carro; Um Surdocego que esteja apoiado no seu braço perceberá qualquer mudança no seu andar; Escreva devagar na palma da mão do Surdocego, utilizando as letras de forma do alfabeto manual. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 MITOS SOBRE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA IDEIAS ERRÔNEAS QUE FAZEM PARTE DO SENSO COMUM Os preconceitos são sustentados por mitos (ideias falsas, sem correspondente na realidade) nos quais as pessoas acreditam sem muitas vezes perceber o quanto eles são absurdos. Estes preconceitos são transmitidos na sociedade sem serem percebidos, como se fossem naturais. Para isso a única cura é a informação e o convívio com pessoas diversas. Abaixo mostramos alguns mitos. Conhecendo-os e refletindo a respeito ficará mais fácil combatê-los. Deficiência é sempre fruto de herança familiar No Brasil e no mundo as grandes causas de deficiência não têm origem genética e nem são hereditárias. Na maior parte dos casos elas são resultados da falta de saneamento básico que ocasiona infecções, falta de assistência pré-natal e ao parto e, principalmente, os acidentes de carro e a violência por arma de fogo. As pessoas com deficiência são todas amigas ou familiares uns dos outros As pessoas quando encontram alguém com deficiência costumam perguntar se ela conhece uma outra pessoa "assim, assado, com uma cadeira de tal cor", como se todas as pessoas com deficiência do mundo se conhecessem e fossem amigas. As pessoas com deficiência não vivem em um mundo a parte onde só existam outras pessoas assim e o fato de terem a mesma deficiência, por exemplo, não faz com que automaticamente concordem sobre tudo. São pessoas diferentes com diferentes visões de mundo, assim como qualquer outra. Existem remédios milagrosos que curam as deficiências Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Apesar dos esforços e conquistas decorrentes das pesquisas e do conhecimento de biologia molecular, os diferentes tipos de deficiência ainda não têm cura. Em alguns casos existem medicamentos que podem auxiliar em um ou outro sintoma, mas o mais importante é a estimulação da pessoa e a minimização da desvantagem, ou seja, tornar o ambiente mais acessível física e atitudinalmente para que todos possam usufruilo. Deficiência é doença Deficiência não é doença nem é contagiosa. Uma deficiência pode ser sequela de uma doença, mas não é a própria doença. Pessoas com deficiência física não têm vida sexual Sexualidade é algo muito mais amplo que sexo e, consequentemente, sexo é muito mais que genitalidade. A pessoa com deficiência física, seja homem ou mulher, tem vida sexual, namora, casa e na maior parte dos casos pode ter filhos. Todo surdo é mudo A pessoa com surdez na maior parte dos casos apresenta os órgão fonoarticulatórios íntegros e tem todo o potencial para desenvolvimento da fala. Não é porque é surdo que se torna automaticamente mudo. A mudez autêntica é extremamente rara e decorrente de lesões cerebrais. A pessoa com deficiência mental gosta de trabalhos repetitivos Algumas pessoas podem se sentir mais confortáveis com atividades repetitivas, isso faz parte da diversidade humana de aptidões e personalidades, mas não é característica de um determinado grupo de pessoas. Algumas pessoas com deficiência mental gostam de ambientes e atividades mais estruturadas, outras gostam das expressivas e artísticas, ou seja, como qualquer outra pessoa elas têm gostos e preferências. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Só há duas categorias de pessoas: os cegos e os que vêm "normalmente" Existem pessoas com baixa visão, podem distinguir formas ou cores. Algumas pessoas com baixa visão podem ler com o auxílio de uma lupa. Também existem as pessoas que não enxergam. Todo cego tem tendência à música A pessoa cega tem uma atenção diferenciada aos estímulos auditivos, afinal a audição a auxilia na locomoção e localização, ajudando na noção de distância. Daí para esta atenção tornar-se um talento sobrenatural para a música, há uma grande diferença. A SURDOCEGUEIRA A surdocegueira é a incapacidade total ou parcial de audição e visão, simultaneamente. Assim como no caso da surdez, a surdocegueira pode ser identificada com a cultura das pessoas que pertencem a este grupo. Em termos de senso comum, ao falar de alguém surdocego, lembramos Helen Keller e sua professora Anne Sullivan, como história de sucesso ao desafio de viver sem visão e audição. A maior parte das pessoas com surdocegueira têm ainda limitações noutros domínios. A surdocegueira é a deficiência, em diversos graus, dos sentidos de audição e visão; isto é, o surdocego pode ver ou ouvir em pequenos níveis, dependendo do caso. http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Surdez http://pt.wikipedia.org/wiki/Surdez http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura http://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller http://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller http://pt.wikipedia.org/wiki/Helen_Keller http://pt.wikipedia.org/wiki/Anne_Sullivan http://pt.wikipedia.org/wiki/Anne_Sullivan http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Com base nos estudos de McInnes, a fim de classificarmos alguém de surdocego é preciso que esse indivíduo não tenha suficiente visão para compensar a perda auditiva, ou vice-versa, que não possua audição suficiente para compensar a falta de visão. Vários autores tais como Writer, Freeman, Wheeler & Griffin, McInnes defendem a surdocegueira como única, não como a soma de dois comprometimentos sensoriais. Segundo o pontode vista sensorial de Miles e Riggio, surdocegos podem ser: Indivíduos surdos profundos e cegos; Indivíduos surdos e têm pouca visão; Indivíduos com baixa audição e que são cegos; Indivíduos com alguma visão e audição. Antigamente, pensava-se que a principal causa da surdocegueira seria a Síndrome da Rubéola Congénita. Hoje em dia, com a tecnologia mais avançada, sabese que as principais causas se relacionam com a prematuridade ou com várias anomalias congétitas, tais como: rubéola, síndromes (Down, Usher, Trissomia 13, entre outras), anomalias congénitas (síndrome CHARGE, hidrocefalia, microcefalia, síndroma fetal alcoólico, abuso de drogas pela mãe, entre outras), prematuridade e disfunções pré- natais congénitas (SIDA, toxoplasmose, herpes, sífilis) e causas pós-natais (asfixia, traumatismo craniano, encefalite, meningite). Há, no entanto, estudiosos que acreditam que a principal causa é ainda desconhecida. Acredita-se que cerca de 80 a 90% da informação é recebida pelo ser humano visual ou auditivamente; assim sendo, a privação destas duas capacidades provoca alterações drásticas no acesso da pessoa à informação e no seu desenvolvimento. A dependência do surdocego aos outros é total, quer para aceder a objectos e às pessoas, quer para obter ajuda quanto à organização e à compreensão da informação acerca do meio que o rodeia, com o objectivo de se relacionar com o mundo, quebrando assim o isolamento. http://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola http://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Usher http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Usher http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Usher http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Usher http://pt.wikipedia.org/wiki/Trissomia_13 http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_CHARGE http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_CHARGE http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Microcefalia http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga http://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA http://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose http://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes http://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis http://pt.wikipedia.org/wiki/Asfixia http://pt.wikipedia.org/wiki/Asfixia http://pt.wikipedia.org/wiki/Encefalite http://pt.wikipedia.org/wiki/Encefalite http://pt.wikipedia.org/wiki/Encefalite http://pt.wikipedia.org/wiki/Encefalite http://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 O tato desempenha um papel crucial na comunicação e desenvolvimento com estes indivíduos. Há quem defenda que diversos graus de surdez e deficiência visual gerem quadros específicos de comportamento e de adaptação educacional. Assim sendo, este conceito desencadeia a necessidade de categorização dos surdocegos em dois níveis: o sensorial, e o educacional. Os comportamentos apresentados por surdocegos são decorrentes de como eles estabelecem contacto com o ambiente, de qual o recuso que usam para se comunicar e se conseguem fazer-se compreender e compreender os outros. A singularidade da surdocegueira prende-se ao prejuízo no processo de desenvolvimento devido à falta de comunicação e de interação social. No que toca ao comportamento infantil, ressaltam-se dois grupos: um de crianças que apresentam comportamento hipoativo (distanciando-se do ambiente social, isolando-se, evitando comunicar-se), e outro de crianças com comportamento hiperativo (que nunca param, apresenta contato visual e apresentam defesa táctil). Pesquisadores afirmam que a privação sensorial, no caso das crianças, lhes limita as respostas aos indivíduos ou às atividades do seu ambiente, isto é, interagem de forma artificial, ou estereotipada. Afirmam ainda que essas crianças demonstram uma alteração significativa no desenvolvimento das habilidades de comunicação, mobilidade e acesso à comunicação. A criança surdocega pode apresentar os seguintes comportamentos: Comportamento autista (movimentos estereotipados e/ou rítmicos); Comportamento social imaturo; Inabilidade de comportamento afectivo; Dificuldade de uso dos sentidos próximos. Considera-se uma criança com múltipla deficiência sensorial aquela que apresenta deficiência visual e auditiva associadas a outras condições de comportamento e comprometimentos, sejam eles na área física, intelectual ou emocional, e dificuldades de aprendizagem. Quase sempre, os canais de visão e audição não são os únicos afetados, mas também outros sistemas, como os sistemas tátil (toque), vestibular (equilíbrio), proprioceptivo (posição corporal), olfativo (aromas e odores) ou gustativo http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 (sabor). Limitações em uma dessas áreas podem ter um efeito singular no funcionamento, aprendizagem e desenvolvimento da criança (PERREAULT, 2002). Crianças que apresentam graves comprometimentos múltiplos e condições médicas frágeis: 1. Apresentam mais dificuldades no entendimento das rotinas diárias, gestos ou outras habilidades de comunicação; 2. Demonstram dificuldades acentuadas no reconhecimento das pessoas significativas no seu ambiente; 3. Realizam movimentos corporais sem propósito; 4. Apresentam resposta mínima a barulho, movimento, toque, odores e/ou outros estímulos. Muitas dessas crianças têm dificuldade na obtenção e manutenção do estado de alerta. Isso é crítico porque a prontidão é o estado comportamental em que as crianças estão mais receptivas à estimulação, aprendem melhor e são capazes de responder de uma maneira socialmente aceita. Crianças com múltipla deficiência sensorial têm uma variedade de necessidades especiais que se assemelham às necessidades da criança surdas cegas. Nesse sentido, toda a abordagem descrita neste documento aplica-se também à criança com múltipla deficiência sensorial. A criança surda cega não é uma criança surda que não pode ver e nem um cego que não pode ouvir. Não se trata de simples somatória de surdez e cegueira, nem é só um problema de comunicação e percepção, ainda que englobe todos esses fatores e alguns mais (MCINNES & TREFFY, 1991). Segundo Telford & Sawrey (1976), quando a visão e audição estão gravemente comprometidas, os problemas relacionados à aprendizagem dos comportamentos socialmente aceitos e a adaptação ao meio se multiplicam. A falta dessas percepções limita a criança Surdocega na antecipação do que vai ocorrer a sua volta. A entrada da mãe no quarto do bebê, por exemplo, pode não significar tranquilidade, comida ou carinho, mas pode promover instabilidade e insegurança. Sua dificuldade na antecipação dos fatos faz com que cada experiência possa parecer nova e assustadora, como ser transportada de um lugar para o outro, sentir na boca a introdução de um alimento novo Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ou ser tocado repentinamente. Ainda como resultado da privação da visão e audição, sua motivação na exploração do ambiente é proporcionalmente diminuída. Seu mundo se limita ao que por casualidade está ao alcance de sua mão e, sobretudo, a si mesmo. Essas crianças precisam ser encorajadasa desenvolver um estilo de aprendizagem próprio para compensar suas dificuldades visuais e auditivas e para estabelecer e manter relações interpessoais. Portanto, as trocas interativas das crianças precisam estar orientadas para o desenvolvimento dos sentidos remanescentes, entre eles, cutâneo, cinestésico (corporal - articulações e músculos; e, sensorial - visceral), gustativo e olfativo, como forma de acesso à informação na ausência dos sentidos da visão e audição. Myklebust (1971) afirma que quando faltam os sentidos de distância, o tato assume o papel de sentido-guia, sendo complementado pelos sentidos remanescentes na exploração e no estabelecimento de contatos com o mundo exterior. Como lembram Vygotski (1995), e Salomon (2002), é necessário que os estímulos proporcionados sejam apropriados à singularidade de cada criança. Telford & Sawrey (1976) destacam a importância de despertar na criança, por meio de outros canais sensoriais, o desejo de aprender. É, portanto, preciso vencer “o isolamento do indivíduo Surdocego e só depois de ter sido estabelecido o contato efetivo e seu isolamento ser reduzido é que a instrução formal se torna possível” (TELFORD & SAWREY, 1976, P. 389). Além de não poder valer-se dos sentidos de distância (visão e audição) para captar informações reais do mundo, a criança Surdocega pode apresentar alguns problemas decorrentes de saúde, aspecto que pode vir a interferir no processo de ensino e aprendizagem. Em ambos os casos o desafio é complexo: as crianças precisam desenvolver formas de comunicação inteligíveis com os seus interlocutores, antecipar sucessos futuros ou o resultado de suas ações. Além dessas questões, é importante que Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 a criança esteja motivada a participar de experiências externas, ainda que básicas, como alimentação, higiene, lazer etc. O processo de aprendizagem ocorre por repetição e estimulação orientada em contextos naturais, dado que a Surdocegueira interfere na capacidade de aprendizagem espontânea e na capacidade de imitação. A criança Surdocega é portadora de características únicas, que resultam do efeito combinado das deficiências auditiva e visual. As características clínicas que definem a criança, do ponto de vista oftalmológico e audiológico, são insuficientes para prever o quanto poderá se desenvolver quando imersa num ambiente que proporcione uma estimulação adequada às suas necessidades (CADER & COSTA, 2001). A característica da interação da criança com deficiência primária no ambiente, frequentemente marcada pela carência de estímulos, pode desencadear um desenvolvimento atípico, compatível com os limites impostos pela combinação das deficiências auditiva e visual. Assim, enquanto o surdo utiliza o campo visual-espacial como principal via de acesso às informações e ao estabelecimento de interações com o meio, o cego utiliza o campo auditivo temporal (CADER, 1997). Já o Surdocego necessitará aprender a utilizar os sentidos remanescentes e/ou os resíduos auditivos e visuais para o estabelecimento de trocas significativas e necessárias à sua participação efetiva no ambiente. A falta de audição faz com que a criança surdocega não possa responder usando a fala ou o movimento do corpo (ex: voltar-se para a pessoa que a chama). Outras vezes, o comprometimento visual pode restringir os movimentos da criança na exploração sensório motora de seu ambiente físico e humano. As implicações das limitações visuais e auditivas nas interações podem ser minimizadas com a introdução do toque. Muitas crianças parecem não gostar de serem tocadas por não conseguirem identificar a origem e o significado do toque. Nesses casos, Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 a utilização de objetos e/ou toques familiares à criança poderão ser usados como meio intermediário entre a criança e o professor. Esse é um fator importante no sucesso das interações. Na ausência desses cuidados, a criança Surdocega poderá apresentar comportamentos inadequados socialmente, ou seja, pode desenvolver comportamentos indesejáveis, como movimentar aleatoriamente as mãos e/ou corpo, emitir sons, direcionar o olhar compulsivamente para luz, provocar sons em locais com vibrações mais intensas e tatilmente perceptíveis, balançar, bater os pés, apertar os olhos, agredir-se, entre outros. Estes comportamentos reativos são geralmente recursos utilizados pela criança para substituir a falta dos estímulos adequados e dão aos educadores informações importantes quando interpretados numa perspectiva comunicativa. O fato de as crianças Surdocegas apresentarem, frequentemente, comportamentos como: 1) dificuldades em elaborar a consciência da relação dos segmentos corporais em si e destes com objetos (fase comum a todas as crianças); 2) limitações para o movimento e funcionamento do próprio corpo; 3) insegurança pessoal; e, 4) atraso no desenvolvimento motor e afetivo, pode ser atribuído à qualidade e quantidade das interações mantidas com o ambiente. Afinal, enquanto as crianças normais usam a audição e a visão para direcionar sua ação, e com isso aprendem, por exemplo, que seu comportamento e movimento têm consequências determinadas e que objetos e crianças que não podem ser vistos continuam a existir, a criança Surdocega não possui condições para responder e compreender as demandas do meio, precisando, por isso, que esses aspectos lhes sejam ensinados. O papel do professor, intérprete ou guia-intérprete junto à criança Surdocega será o de suprir sua carência de funcionamento sensorial com estímulos organizados e significativos, promovendo a construção de sua consciência e imagem corporal, seu desenvolvimento motor e afetivo, e também sua autonomia (ERIKSON, 2002). Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 As informações do mundo deverão chegar à criança de forma estruturada e sistematizada, para que ela possa começar a construir seu mundo. Esse procedimento a auxiliará na construção do conhecimento como um todo, uma vez que a carência de informações sensoriais tão básicas como a visão e a audição fazem com que cada criança, quando exposta a um estímulo, consiga absorver apenas parte dessa informação. Apenas a repetição de estímulos em contextos significativos poderá assegurar que ela venha a ser capaz de assimilar a estimulação como um todo. As crianças Surdocegas podem apresentar perfis distintos, em função de vários aspectos: 1. Características da interação que mantém com o meio, decorrentes do comprometimento dos sentidos de distância (audição e visão) e da disponibilidade do meio para interagir com elas utilizando formas adaptadas às suas necessidades; 2. Grau de perda auditiva; 3. Grau de perda visual; 4. Outros comprometimentos associados, entre eles o motor e o neurológico; 5. Período de aquisição da surdocegueira. As características do meio socioeconômico e cultural no qual a criança está inserida pode desencadear atrasos no seu processo inicial de aprendizagem e desenvolvimento. Assim, as capacidades apresentadas por elas podem ser decorrentes não da deficiência em si, mas da relação entre a forma, o método e o conteúdo das interações vivenciadas, ou seja, a aprendizagem vai ser dependente do modo como a criança Surdocega estabelece seu contato com o meio e este com ela, de qual o recurso utilizado na comunicação e a de sua capacidade de ser compreendida e de compreender as demandas do seu universo familiar, escolar, social e cultural. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 http://valdicelsia.files.wordpress.com/2011/04/aluno.jpg O processo de aprendizagemda via de comunicação exige atendimento especializado, com estimulação específica e individualizada. Quando a criança é estimulada precocemente, ela adquire comportamentos sociais mais adequados e, também, poderá desenvolver e aprender a usar seus sentidos remanescentes melhor do que aquela que não recebeu atendimento. No Brasil a deficiência múltipla é considerada como uma associação de duas deficiências ou mais. Na América Latina, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania a Deficiência Múltipla só é considerada se há nas associações das Deficiências a Deficiência Intelectual. Como pode ocorrer a Deficiência Múltipla no Brasil Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Física e Psíquica à Deficiência Intelectual Sensorial e Psíquica isual associada à Deficiência Intelectual Sensorial e Física ada à Deficiência Física ( cegueira ou baixa visão) associada à Paralisia Cerebral Física, P síquica e Sensorial. i- ência Intelectual. baixa visão), paralisia cerebral e Deficiência Int e- le c tual. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE COMUNICAÇÃO COM PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA E COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA http://www.ilitc.org.br/imagens/pedagogia2m.jpg Para as pessoas com surdocegueira e ou com deficiência múltipla dividimos a comunicação em Receptiva e Expressiva, para favorecer a eficiência da transmissão e interpretação. A comunicação receptiva ocorre quando alguém recebe e processa a informação dada por meio de uma fonte e forma (escrita, fala, Libras e etc.). A informação pode ser recebida por meio de uma pessoa, radio ou TV, objetos, figuras, ou por uma variedade de outras fontes e formas. No entanto, comunicação receptiva requer que a pessoa que está recebendo a informação forme uma interpretação que seja equivalente com a mensagem de quem enviou tentou passar. A comunicação expressiva requer que um comunicador (pessoa que comunica) passe a informação para outra pessoa. Comunicação expressiva pode ser realizada por Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 meio do uso de objetos, gestos, movimentos corporais, fala, escrita, figuras, e muitas outras variações. A figura abaixo descreve algumas formas de comunicação expressiva que inicialmente são utilizadas pelas crianças com surdocegueira e ou com deficiência múltipla que não se comunicam pela fala. Fonte: Livro Iniciando a comunicação de crianças com surdocegueira 2003. (Descrição da Figura): um retângulo na cor azul escrito Expressões Naturais, deste retângulo saem flechas indicativas que o circulam que na sua ponta encontram-se outros retângulos coloridos escritos às expressões naturais: Bocejar, Alegria, Rir, Voltar a Lugares, rolar, Gestos, sinais no corpo, Sorriso, movimento do corpo, choro, gritos, pistas de cheiros, apontar, toque, voz. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A INTERAÇÃO SOCIAL E A COMUNICAÇÃO- ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM Os termos “interação social” e “comunicação” estão intimamente relacionados. Tomemos por definição de interação social o processo pelo qual dois indivíduos influenciam mutuamente os atos um do outro. A comunicação implica em interação, e mais, a comunicação é definida como uma forma de interação em que o significado é transmitido por meio do uso de sinais, que são percebidos e interpretados por um dos pares. Dado que a interação é o “veículo da comunicação”, é obvio que, para um contato ser mantido e para que haja uma interação harmoniosa, é indispensável que se estabeleça uma comunicação de alta qualidade. Nas atividades do dia-a-dia com pessoas com surdocegueira, uma atitude pode ser tanto social quanto comunicativa, dependendo da reação e da interpretação de um dos pares, assim como da intenção da pessoa com surdocegueira Mesmo no mais avançado uso da linguagem formal e da comunicação, a interação sempre representa um papel importante. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 pois servem para comunicar sobre diversas situações. e substituir a palavra, assim podem representar pessoas, obje- tos, lugares, atividades ou conceitos. temporal: ex: passado ou futuro (função antecipação). O que os objetos de referência podem representar - O objeto a ser selecionado deverá ser significativo para o aluno dentro da atividade, por exemplo: a caneca para tomar o café da manhã, pois o aluno a utiliza para executar a ação. - É difícil para pessoa com surdocegueira e para pessoa com deficiência múltipla entender a principio horas, podendo ser representado por objetos que determinam o tempo, por exemplo, ampulheta, relógio quando há reconhecimento ou desenho da atividade com relógio para indicar o horário do acontecimento ou um objeto que determine a hora: A chave da casa para indicar que o período escolar acabou e que é hora de ir para casa. sim é representando por um objeto em formato de X e o Não em formato de Círculo. Caixa de antecipação guardar os obj etos de referê n- cias de pessoas, ações, locais que começam a ter significado para a criança. Objetos de Referência a- dos especiais associados a eles, Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 contexto daquele espaço a ser utilizado e fixado na porta de entrada do mesmo. algo que para pessoa tenha um significado e a pessoa com surdocegueira possa manuseá-la sem constrangimento. Porque usar Objetos de Referência saber seus significados para que serve, onde está, quem é a pessoa. -se com outras pessoas, quando já identifica e antecipa , demonstrando suas vontades, seu interesse e sentimentos istradas em calendários e em livros de conversação. Os objetos de referência oferecem algo tangível – um meio concreto de se falar sobre experiências e eventos. evento agradável. capaz de olhar para trás para eventos do passado. É dado então à criança com surdocegueira e ou para criança com deficiência múltipla oportunidade para tornar-se uma pessoa com presente, passado e futuro. COMUNICAÇÃO Trecho adaptado de Ximena Serpa Definição de Comunicação A comunicação entre os seres humanos é um processo interpessoal através do qual se estabelecem vínculos com os outros; esta relação é estabelecida de diferentes Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 maneiras e, segundo as possibilidades comunicativas de cada um, podem acontecer com movimentos do corpo, utilizando objetos do ambiente ou desenvolvendo um código linguístico. O uso de objetos reais é uma possibilidade que consiste em interpretar uma atividade, ação ou situação por meio de um objeto, que adquire um valor simbólico. Através do uso dos objetos, a criança pode compreender e expressar as intenções comunicativas. Em outras palavras, a comunicação é um ato intersubjetivo que acontece entre duas ou mais pessoas, onde há uma troca entre significados e sentidos. (Habermas, Jurgen.1991). O que foi mencionado anteriormente permite estabelecer a via pela qual se concebe a comunicação e o caráter flexível que possui com relação às possibilidades que cada sujeito demonstra. A comunicação não só acontece no âmbito verbal mas transcende o não verbal, como modalidade discursiva que tem um conteúdo expressivo e compreensivo, apto para ser incluso dentro do fenômeno comunicativohumano. Nas crianças surdocegas e multideficientes, a COMUNICAÇÃO é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem. Início da Comunicação Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Como foi mencionada anteriormente, a perda visual e auditiva limita o conhecimento do que acontece, já que sua percepção de distância fica comprometida. Não saber o que acontece fora do corpo pode gerar angústia, instabilidade emocional e temor. É então que a unidade de vida e conexão com o mundo é feita através do tato, “adquirindo uma relevância especial nas suas necessidades de comunicação, obtenção de conhecimentos e aprendizagem”. (Alvarez, 1991); este sentido depois da visão e da audição, é o que pode oferecer mais informação. Se compararmos as porcentagens, a proporção é mínima em comparação com os outros dois. Estas cifras demonstram que o tato é sinônimo de comunicação para as pessoas surdocegos (Carvajal,1997). Ao falarmos das pessoas surdocegos que ainda não alcançaram a fase dos sinais, devemos dar ênfase à importância da leitura dos movimentos do corpo e do uso dos outros sentidos básicos para que elas aprendam. Se as pessoas adultas ou aquelas que interagem com elas não entendem ou não conseguem interpretar estas formas de comunicação, não haverá troca e elas deixarão de se comunicar, chegando à frustração. Deve-se “negociar” o sentido ou o significado, dizendo a elas, por exemplo: se você quer dizer SIM, levante o braço. Se você quer dizer NÃO, deixe-o abaixado. Lembrem que devemos permanentemente ANTECIPAR e DAR tempo para que a criança processe a pergunta e possa responder; elas precisam de mais tempo. A forma de comunicar-se que as pessoas que se encontram nestes níveis anteriores à comunicação formal de palavras, sinais ou desenhos mostrarão, será movimentando uma parte do seu corpo, ficando tensas, chorando, fazendo um gesto, olhando para o outro lado. Dentre as estratégias para criar, facilitar e incrementar a comunicação não simbólica se deve levar em conta: Interesses Individuais: O interesse das crianças deve estar baseado na interação física através do estabelecimento de rotinas de jogo, onde seja possível a imitação de comportamentos com ou sem intenção. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Deve-se permitir à criança escolher tantas vezes como lhe seja possível, a imitação de ações específicas dentro de um contexto determinado; esta conduta pode ser considerada como um sinal. Compensar a perda dos sentidos à distância: A habilidade individual para explorar encontra-se limitada pela perda sensorial. Para alcançar este fim, podem ser estabelecidas estratégias com posições que impliquem o contato corporal com os pares comunicativos, assim como, a manipulação do ambiente com pequenos movimentos, o que implica ajudar a criança no reconhecimento de pessoas familiares através da exploração tátil e visual. Responder às tentativas de comunicação: As crianças realizam tentativas de comunicação através de formas muito simples, em alguns casos imperceptíveis, como uma mudança na tensão muscular, um movimento dos olhos ou de uma mão; estas tentativas devem ser respondidas. Assim mesmo, devemos prestar atenção às condutas estereotipadas. Estas tentativas, se canalizadas, podem chegar a se transformar em formas de comunicação não verbal intencional. Consistência: as rotinas consistentes e estruturadas ajudam a criança surdocega e multideficiente a antecipar os próximos eventos. As interações devem ser consistentes, tanto nas rotinas como nas formas de comunicação. Uma vez que tenham sido estabelecidas as rotinas, uma interrupção na sua sequência pode favorecer a interação comunicativa. Proporcionando contingências: A contingência no conhecimento ou consciência de que uma ação é importante para dar ênfase às relações entre os comportamentos e seus efeitos. Uma criança tem sua conduta reforçada quando um resultado desencadeado por esta conduta é positivo. Nestas circunstâncias, o estudante deve estar munido de contingências para aprender que estas expressões têm antecipações e elas podem ser desenvolvidas para exercer o controle sobre a vizinhança. Criando a necessidade de se comunicar: Se nada positivo acontece como resultado dos esforços comunicativos ou se todas as necessidades ou desejos do estudante são proporcionados sem esforço ou pedido, devem ser criadas situações onde a criança tenha que interagir para poder participar e obter a atividade desejada. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Introduzindo um tempo de espera nas respostas: Uma vez que a necessidade de se comunicar tenha sido estabelecida, a criança requer um tempo para dar a sua resposta. A criança surdocega e multideficiente precisa de mais tempo para responder. Estabelecer uma vizinhança cooperativa social: Muitas crianças não são consideradas pelos outros dentro do seu ambiente e isto diminui as oportunidades para interagir. Estabelecer categorias individuais para o ensino pode inadvertidamente diminuir a interação social e comunicacional. Devem ser criadas situações que envolvam duas ou mais pessoas que implique uma participação recíproca ou onde seja necessário cumprir turnos e mantê-los; também deverão ser estabelecidos turnos com rotinas diárias, assim como, ter a oportunidade de interagir com crianças menos limitadas ou que não tenham limitações. Incrementar as expectativas comunicacionais: Incrementar a comunicação não simbólica a partir de uma variedade de situações diárias, aumenta a complexidade e diversidade da interação comunicacional. A comunicação simbólica nem sempre tem que ser a meta. Muitas crianças surdocegos permanecem neste nível comunicativo porque existe algum problema neurológico; talvez não o superarão e nem desenvolverão as habilidades suficientes à nova etapa exigirá delas. Intensificar e especializar as habilidades de comunicação não simbólica, são esforços que tendem a obter maior controle sobre o seu meio. Uma estratégia pode ser usar frequentemente gestos naturais nas interações com crianças que não usem sinais, dando maior ênfase às respostas através de diferentes ações, gestos, sinais e vocalizações para criar uma maior comunicação intencional. As ações que devem ser realizadas na elaboração de rotinas devem estar baseadas nos seguintes preceitos: Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 • Organizar o ambiente ao seu redor, a estrutura, a rotina e ter persistência neste ambiente para poder responder a um estímulo, usando todos os canais sensoriais. Talvez no começo as crianças surdocegos e multideficientes não entendam que suas condutas têm efeito sobre as respostas que o adulto dá a elas e a única maneira de criar este vínculo é através da rotina. • Dar a oportunidade de: controlar o meio (situação, objetos, pessoas); expressar suas necessidades e receber uma resposta adequada a elas. • Ao sentir-se numa atmosfera segura, a criança desenvolverá condutas comunicacionais intencionais. Começamos a considerar intencional quando ela usar gestos, vocalizações ou sinais. • O anterior é obtido através da troca entre o adulto e a criança, que tem sua atenção compartilhada e a utiliza para conseguir coisas do ambiente de uma maneira funcional, com um propósito determinado. • As rotinas estruturadas devem realmente ser do gosto da criança e devem ter um INÍCIO e um FINAL claros. Como fazer? _ Usar a caixa de antecipação ou as pequenas divisões que permitem a interação. _ Usarrotinas diárias e sequências. _ Criar diversas relações sociais, vínculos e mensagens. _ Criar uma relação de confiança e segurança, que sirva de base para desenvolver a comunicação através de vivencias cotidianas dentro de um ambiente ativo. _ Criar situações nas quais sejam criadas oportunidades de comunicação e interação. Quando a rotina for estruturada e quisermos que tenha intenções comunicativas, é possível começar de novo, fazer pausas e esperar que a criança solicite MAIS; esta forma de expressão pode ser de qualquer tipo: movimentos do corpo, choro, etc., ou trocar uma rotina para que a criança pergunte o porquê desta mudança. Quando esperar uma resposta, procure informar à criança: 1. Que esperamos uma resposta. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 2. Que deve reagir, já que houve uma mudança. 3. Que esta estruturando sua maneira de responder. 4. Que responde. (Sense, 1997). Para que a comunicação aconteça e sejam alcançados os objetivos estabelecidos dentro de cada atividade para as crianças, é necessário fazer o seguinte: • Alertar a criança sobre a presença de quem interage com ela. • Alertar a criança sobre a atividade que vai ser desenvolvida. • Introduzir pouco a pouco a criança na atividade. • Falar sobre o que se faz enquanto a atividade é executada. • Repassar uma e outra vez o que fez durante a atividade, dando à criança a oportunidade de PEDIR, REJEITAR ou EXPRESSAR escolhas reais. http://www.ilitc.org.br/imagens/pedagogia2m.jpg Criar acontecimentos que, com certeza, NÃO acontecem normalmente dentro de suas atividades. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 • Criar oportunidades para resolver problemas individuais ou em grupo (a complexidade varia segundo as habilidades da criança). Outros aspectos que devem ser contemplados na programação do plano a ser seguido visando à criação da comunicação nas crianças surdocegos e multideficientes, são algumas ideias sobre o inicio da comunicação em crianças pré-verbais, descritas por Sharon Anderson, do Meyer Children´s Rehabilitation Institute de Nebraska, USA. Lá foi estabelecida uma hierarquia para a comunicação total. É conveniente que, primeiro, você decida qual é seu objetivo de comunicação com a criança. Como a criança funciona agora? Compreende símbolos corporais ou sinais? Usa sinais para solicitar eventos? Compreende gestos tais como ordens simples em linguagem formal? Uma vez que conheça o nível no qual você e a criança se comunicarão, estabeleça uma rotina com atividades que forneçam várias oportunidades para a comunicação sobre o que está acontecendo. Ficcocello (1975), retomado por Anderson S. (1978), diz que as atividades devem possuir as seguintes condições: 1. Refletir os objetivos integrais em longo prazo. 2. Ser relevantes para o ambiente da criança. 3. Acontecer no decorrer das rotinas diárias. 4. Considerar as condições limitantes da criança e o nível de funcionamento. O “vocabulário” que será “ensinado” deve referir-se aos objetivos dentro das áreas de: autocuidado, cognição, habilidades motoras, conduta social aceitável e todas as demais que a criança possa necessitar. O “vocabulário” deverá incluir objetos, ações e eventos de acordo com as experiências diárias da criança e excluir aquelas com as quais a criança não tenha experiência. Uma criança que não brinque com bolas ou carros ou bicicletas realmente não tem necessidade ou desejo de aprender essas palavras, até que um vocabulário básico seja estabelecido. A linguagem deve esta baseada na experiência: você deve ter alguma coisa para falar. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 5. Como quinta condição poderíamos acrescentar que todas as atividades planejadas devem ser prazerosas para a criança e o professor. Dentro das rotinas familiares, você desenvolverá um sistema de comunicação usando sinais táteis, gestos naturais, a fala e qualquer outra forma de representação apropriada para a criança. Use este sistema para informar o que a criança está experimentando: ações, emoções e ações antecipadas (que acontecem depois). Quando a criança iniciar a compreensão de um grupo particular de sinais dentro de uma situação específica, comece a realizar duas ações (uma de cada vez): 1. Mude a situação um pouco (ordem dos eventos, objetos usados dentro do evento); a criança tem que generalizar os sinais conhecidos desde uma situação para outra. 2. Incremente a ênfase sobre os sinais de alto nível enquanto diminui os sinais de baixo nível. Em outras palavras, uma criança que compreenda muito bem os sinais táteis, mas só um ou dois gestos precisa de uma rotina que lhe permita ter acesso às atividades que lhe ofereçam estes gestos. Enquanto a criança usa sinais táteis que chegam a ser familiares com a sequência de eventos e conhece o que acontecerá depois, você pode gradualmente substituir estes sinais táteis com gestos. Na medida em que a criança aprenda estes gestos, modifique um pouco as atividades para que a compreensão destes gestos seja transferida para novas situações. A seguir, oferecemos algumas ideias dentro da sequência de desenvolvimento das habilidades comunicacionais pré-verbais que devem ser observadas na programação do plano proposto para a geração da comunicação nas crianças surdocegos e multideficientes. Consideramos pertinente retomar algumas ideias sobre o início da comunicação em crianças pré-verbais descritos por Sharon Anderson do Meyer Children´s Reahabilitation Institute de Nebraska USA: 1. Mudanças de conduta quando é estimulada. 2. Diferença entre sorriso e choro produzida por sensações físicas. 3. Antecipação de atividades físicas familiares baseadas em sinais físicos. 4. Cooperação passiva: permite ser orientada, mas não se interessa. 5. Expectativa com a repetição de estímulos familiares baseados em sinais físicos. 6. Responde a sinais: participa da modificação do movimento que faz o professor. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 7. Começa a se interessar por objetos: repete a conduta para interessar-se na ação do objeto. 8. Compreende consistentemente um sinal tátil com símbolos situacionais. 9. Sinaliza para continuar sua atividade favorita. 10. Antecipa rotinas diárias: o sentido do tempo baseia-se em necessidades físicas. 11. Em sequências simples de ação, antecipa qual ação continua. 12. Diferencia alguns gestos/mensagens táteis e responde adequadamente. 13. Inicia a imitação espontânea. 14. Inicia o puxar ou empurrar, para solicitar ajuda ou atenção. 15. Usa poucas mensagens táteis para se expressar. 16. Compreende alguns gestos. 17. Distingue atributos físicos de objetos e responde a atributos visuais. 18. Antecipa rotinas baseadas em sinais físicos. 19. Utiliza gestos de ação que se referem a situações físicas imediatas. 20. Responde ordens simples, dadas em linguagem formal. As expressões afetivas, as posições corporais, os gestos de aproximação e de distância em localização espacial e, particularmente, os gestos cotidianos, podem ser à base das negociações sobre o fato de compartilhar um primeiro vocabulário (Un compartir el universo del discurso y compartir significados. Nafstad, 1996). Quando você iniciar o ensino dos sinais, leve em conta todas as demais formas de comunicação não verbal como sinalizações, pantomimas e expressões faciais, pois são aspectos importantes da comunicação. Você pode dizer muitas coisas através de sinais, tais como: “vem”, “põe aqui”, “olha”, “isto vai aqui”. (Johnson C) INCLUSÃO: ESCOLAS REGULARES Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 32704500 A inclusão no âmbito da nossa sociedade já é uma realidade, os pais de crianças com Necessidades Educacionais Especiais, respaldado na Lei de Diretrizes e Bases, Carta de Salamanca e ultimamente a campanha realizada na mídia, tem matriculado ou tentado o ingresso dos seus filhos em escolas regulares. Mas a questão principal é que os professores e escolas se julgam despreparados para esta proposta, então as crianças agrupadas nesta situação permanecem ainda segregadas dentro de salas de aula regular. Para que a inclusão obtenha sucesso, é necessário incluir como objetivos específicos e fundamentais para o trabalho com a diversidade: 1. Sensibilização de professores, coordenadores e direção; 2. Sensibilização dos demais funcionários; 3. Conhecimento das diversidades, dos portadores de necessidades educativas especiais/ comportamentos/ possibilidades; 4. Sensibilização com os pais e alunos da escola; 5. Adaptações, recursos, sala de apoio. (SANTANA, 2003) As atitudes do professor, segundo Wang (1995) apud Ferreira (2004) no texto da Exclusão à Inclusão, revelam que as mesmas são fatores determinantes no tipo de relacionamento que se estabelece na sala de aula. Em outras palavras, uma atitude igualitária e positiva encorajará a aprendizagem da criança, a interação com os colegas e o apoio ao aluno. Uma atitude discriminatória e segregadora trarão discriminação, isolamento e fracasso educacional. O trabalho com professores é fundamental visto que o desempenho do grupo depende deles. Blanco (2002) na entrevista com a Revista Gestão em Rede – Implicações Educativas do Aprendizado na Diversidade, julga importante que o docente comum tenha ferramentas, instrumentos e conhecimentos, para dar a resposta à Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 diversidade. A proposta é um desafio que deve ser acompanhado de processos de formação, sendo essa vinculada a construção de projeto educativo institucional. Acredita-se que inclusão não é apenas condição do professor isoladamente, mas sim de toda a escola. Para trabalhar com essa nova perspectiva são necessárias mudanças, e mudar a escola exige trabalho em muitos âmbitos. O livro Acesso de Aluno com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, publicado pelo PFDC (Procuradoria Federal do Cidadão) consideram primordiais, para que se possa transformar a escola na direção de um ensino de qualidade e, em consequência, inclusiva. Agir urgentemente: Colocando a aprendizagem como eixo das escolas, porque escola foi feita para fazer com que todos aprendam; Garantindo tempo e condições para que todos possam aprender de acordo com o perfil de cada um e reprovando a repetência; Garantindo o atendimento educacional especializado, preferencialmente na própria escola comum da rede regular de ensino; Abrindo o espaço para que aja cooperação, o dialogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas por professores, administradores, funcionários e alunos, pois são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania; Estimulando, formando continuamente e valorizando o professor, que é o responsável pela tarefa fundamental da escola – a aprendizagem dos alunos. (PFDC, 31, 2004). A escola descrita para atender os alunos com deficiência, segundo PFDC deve ter um compromisso social não só com base na inclusão, mas também com a educação como todo, visto que ele determina aprendizagem como eixo da escola, garantindo aos alunos o conhecimento e reprovando a repetência assegurando mais uma vez a aprendizagem como direito e dever de todos. Nem sempre é possível, segundo os referenciais, a inclusão dos deficientes em salas regulares, mas coloca-se como prioridade o atendimento especializado na Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 finalidade de satisfazer as Necessidades Educacionais com o objetivo da aprendizagem e do desenvolvimento social. Nesta perspectiva a escola não somente está garantindo o desenvolvimento das capacidades dos deficientes, mas também exercitando as habilidades do exercício do respeito e da cidadania. Para se trabalhar com a diversidade é necessário que se conheça a categoria das deficiências, que são organizadas em quatro: A deficiência física, a deficiência mental, a deficiência auditiva e a deficiência visual, além da múltipla, quando a mesma pessoa possui varias deficiências, para que os espaços sejam organizados com a finalidade de cumprir a LDB/96. Para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, toda a escola deve eliminar suas barreiras arquitetônicas e de comunicação, tendo ou não alunos com deficiência matriculados no momento (Leis 7.853/89, 10.048 e 10.098/00, CF). A inclusão de deficiente mental é o verdadeiro entrave nas escolas comuns, a Constituição Federal (Art.208, V) garante o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um, e que o Ensino Fundamental – completo – é obrigatório. Mas não é isso o que as escolas têm feito, pois os professores continuam com a ilusão de que seus alunos apresentarão um desempenho semelhante, em um tempo estipulado pela escola para aprender um dado conteúdo escolar. Esquece-se de suas diferenças e especificidades. Nessa ânsia de nivelar o alunado, invariavelmente, acontece o fracasso escolar, não apenas dos deficientes mentais, mas também daqueles que demonstram dificuldade em aprender. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Para que o aluno com deficiência auditiva seja matriculado numa escola de ensino regular, esta deve promover as adequações necessárias e contar com os serviços de língua de sinais, de professor de português como segunda língua e de outros profissionais de saúde como fonoaudiólogos. Em caso de deficientes visuais, a escola deve providenciar para o aluno, após a sua matricula, o material didático necessário para as atividades de uma vida autônoma e social. A educação inclusiva é um direito. O não cumprimento desta lei deve ser denunciado as autoridades (Conselho Tutelar e Ministério Publico Estadual), recusar e fazer cessar a matrícula é crime também já existente (Lei 7.853/89), como também de acordo com Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (2001) todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e que os direitos e liberdades de cada pessoa devem ser respeitados sem qualquer distinção. Nesta perspectiva cabe a sociedade, a família e a escola fazer cumprir seus direitos e deveres. Werneck (1997) apud Santana (2003), membro do Down Síndrome Me- dical Interes Group, diz que: “Partindo da opinião de que quanto mais a criança interage espontaneamente com situações diferentes mais ela adquire conhecimentos, fica fácil entender porque a segregação é prejudicial tanto para os alunos com Necessidades Especiais como para os ”normais”, isto porque, ela impede que as crianças das classes regulares tenham oportunidade de conhecer a vida humana com suas dimensões e desafios. E se não houver desafio, como pode existir evolução?”. Assim a escola tem como objetivo preparar a criança para a cidadania, isto inclui orientá-la para valorizar as particularidades. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Dessa forma, a educação inclusiva vem beneficiar não só as crianças especiais como também as ditas “normais”. Através da inclusão é que as crianças especiais aprendem a: A gostar da diversidade; Adquirem experiência direta com a variedade das capacidades humanas; A demonstrarem crescentesresponsabilidades; Melhora a aprendizagem através do trabalho em grupo, com outros deficientes ou não; A ficarem mais preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada entendendo que são diferentes, mas não inferiores. As crianças não portadoras ao interagiram com as deficientes; Perdem o medo e o preconceito em relação aos diferentes; Desenvolvem a cooperação e a tolerância; Adquirem senso de responsabilidade em relação a tudo que o cerca; Melhoram o rendimento escolar; Tornar-se pessoas preparadas para conviverem com os ambientes heterogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano (SANTANA, 2003). Uma condição para a prática inclusiva é contar com currículos amplos, flexíveis e abertos que não considerem somente capacidades do tipo cognitivo ou conteúdos e capacidades relacionadas com o social, com o afetivo-emocional. Faz se necessário um projeto educativo institucional que incorpore a diversidade com eixo de tomada de decisão. Para melhorar a qualidade do ensino é preciso enfrentar as barreiras e buscar novos caminhos que atendam a pluralidade dos alunos. A proposta pedagógica inclusiva norteia-se pela base nacional comum (LDB) e referendam a educação não disciplinar, Gallo (1999), no Livro Transversalidade e Educação: Pensando uma Educação não Disciplinar (1999), enfatizando que o ensino inclusivo se caracteriza por: Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Formação de redes de conhecimento e de significações em contraposição a currículos apenas conteúdistas, a verdades prontas e acabadas. Listadas em programa escolares seriados; Integração de saberes decorrente da transversalidade curricular e que se contrapõe ao consumo passivo de informações e de conhecimento sem sentido. Descoberta, inventividade e autonomia do sujeito na conquista do conhecimento; Ambientes polissêmicos, favorecidos por temas de estudo que partem da realidade, da identidade social e cultural dos alunos, contra a ênfase no primado de enunciado da prática social e contra a ênfase no conhecimento pelo conhecimento. (GALLO, 1999:17-43). A educação inclusiva não esta ligada apenas a escola, ao se propor redes de conhecimento Gallo (1999), destaca o entrelaçamento entre os conteúdos didáticos e prática social, ampliando os conteúdos de sala de aula para o todo, o universo social, tornando então a educação algo realmente significativo. A proposta do PCN (Ministério da Educação), Apresentação dos Temas Transversais e Ética argumentam a transversalidade como “uma relação entre aprender na realidade e da realidade de conhecimento teoricamente sistematizado (...)”. Essa aprendizagem transpõe os limites das salas de aula repercutindo em todos os setores sociais e culturais, fazendo com que todos estejam inseridos no processo de mudanças dando o verdadeiro sentido no ato de incluir. No ensino para todos e de qualidade, as ações educativa se pautam por solidariedade, colaboração e compartilhamento do processo educativo com todos os sujeitos que estão direta ou indiretamente envolvidos. A escola é o alicerce para esse desenvolvimento, neste intuito ela deve se preparar para trabalhar com a diversidade valorizando todos os indivíduos como seres singulares e capazes de estar e fazer uma sociedade diferente, onde todos tenham direitos e deveres com o objetivo único: O conhecimento. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A CONTRIBUIÇÃO DAS AJUDAS TÉCNICAS E DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA A APRENDIZAGEM. http://www.ilitc.org.br/imagens/pedagogia2m.jpg Os alunos com necessidades educacionais especiais são aqueles que durante o processo educacional, apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares; dificuldades de comunicação e sinalização diferenciada dos demais alunos demandando a utilização de linguagens e códigos aplicados; ou altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levam a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes. Estes alunos precisam ter seus direitos assegurados, direito de serem tratados como diferentes-iguais, ou seja, diferente na sua individualidade, na sua condição de deficiente, com altas habilidades ou de superdotado, iguais por interagir, relacionar-se e Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 competir em seu meio com recursos proporcionados pelas adaptações de acessibilidade a que se dispõe. Para possibilitar ou facilitar o acesso à comunicação e a informação as pessoas deficientes foram criadas Tecnologias Assistivas que, segundo o ISO 9999, são qualquer produto, instrumento, estratégia, serviço e prática, utilizado por pessoas com deficiência e pessoas idosas, especialmente produzida ou geralmente disponível para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia à pessoa com deficiência. De acordo com Alves (2006, p. 18): ...a lei n° 10.098/00, que trata das normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, dispôs que o poder público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas. Na regulamentação da lei, o art. 61 do Decreto n°. 5.296/04 definiu: “consideramse ajudas técnicas os produtos, instrumentos e equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistiva”. São consideradas Tecnologias Assistivas desde artefatos simples, como uma colher adaptada até sofisticados programas especiais de computador que visam a acessibilidade. Muitas vezes a adaptação de recursos é feita de maneira natural, de acordo com a necessidade e, principalmente porque alguém se preocupou em buscar soluções rápidas que possibilitassem a inclusão. Como uma classe que teve suas pernas serradas para diminuir de altura e ficar ao alcance de uma criança cadeirante ou um mapa Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 contornado com cola colorida para que um aluno deficiente visual pudesse sentir. Estes recursos artesanais, pesquisados e desenvolvidos pelos próprios professores ou pais, podem fazer a diferença entre poder ou não estudar junto com seus colegas. As Tecnologias da Informação e da Comunicação vem se tornando, cada vez mais, instrumentos de inclusão, uma vez que viabilizam a interação do sujeito com o mundo. Há uma grande variedade de materiais e recursos pedagógicos que podem ser utilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até na sala de aula regular, entre eles destacam-se: os jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, a criatividade e o desenvolvimento de estratégias de lógica e pensamento; os jogos adaptados, como aqueles confeccionados com simbologia gráfica, utilizada nas pranchas de comunicação correspondentes à atividade proposta pelo professor; livros didáticos e paradidáticos impressos em letra ampliada, em Braille, digitais em Libras, livros de histórias virtuais, livros falados; recursos específicos como reglete, punção, soroban, guia de assinatura, material para desenho adaptado, lupa manual, calculadora sonora, caderno de pauta ampliada, mobiliários adaptados e muitos outros. As Ajudas Técnicas eTecnologias Assistivas que serão utilizadas têm que partir de um estudo minucioso das necessidades e potencialidades de cada um. Pois têm a finalidade de atender o que é específico dos alunos com necessidades educacionais especiais, buscando recursos e estratégias que favoreçam seu processo de aprendizagem, habilitando-os funcionalmente na realização de tarefas escolares. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR0MGjR8y5G4mUf4QoAME0OXc1WVzqX51ze1r1Zer6kYbgro6 9iSR2Zawvq A IMPORTÂNCIA DO COMPUTADOR NA ESCOLA COMO FERRAMENTA DO PROFESSOR EM SEU PROCESSO MEDIADOR NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR0MGjR8y5G4mUf4QoAME0OXc1WVzqX51z e1r1Zer6kYbgro69iSR2Zawvq Se adequadamente usado, torna-se um instrumento capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma disciplina ou de um conjunto de disciplinas. A Internet mostra-se como um recurso significativo para a aprendizagem, pois possibilita o acesso à informação em horários mais adequados ao usuário. Na estrutura da internet pode-se enviar ao receptor novas informações e, o usuário ao modificá-lo, passa a valorizar-se como autor, num direcionamento para a formação contínua. O computador viabiliza a comunicação de estudantes de localidades diferentes. Sabe-se que um site educacional pode ser utilizado por diversos usuários e cada um analisará conforme sua expectativa individual. Para Heide e Stilborne, idem (2003, p. 42) a Internet auxilia no processo de construção e produção de conhecimento nos quais os estudantes “podem explorar ambientes, gerar perguntas e questões, colaborar com os outros e produzir conhecimento, em vez de recebê-lo passivamente.” A Internet proporciona que realidades vividas em localidades e tempos diferentes sejam comparadas. O professor deve orientar as atividades, auxiliar na organização, contextualização e reflexão sobre as informações buscando ampliar o conhecimento do educando. Almeida (2005, p. 42) aponta que “Descrever ideias com o uso das mídias digitais cria um movimento entre o escritor e o texto que os aproxima, criando vínculos que seduzem o leitor para ler, refletir, reescrever, atribuir significados, trocar informações e experiências, divulgar fatos do cotidiano, produzir histórias, criar hipertextos e desenvolver projetos.” Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Há no campo educacional a preocupação com a formação do ser humano e reflexões sobre os impactos da tecnologia da informática sobre o meio social, pois é uma tecnologia que onde se insere, modifica a vida. A interação do estudante com a tecnologia modifica o próprio estudante. Na escola, a orientação e conscientização podem auxiliar o educando a usufruir dos benefícios da informática, pois a Internet pode apresentar finalidades pouco interessantes à Educação, por exemplo, infidelidade de algumas informações ou, pela quantidade de informações, o leitor se dispersar da essência do assunto proposto ou ter “achatamento” da capacidade intelectiva diante de tanta informação, com efeitos como: canseira mental e/ou visual e esgotamento físico. O docente pode estabelecer critérios como - a indicação de links e sites específicos. Para avaliar essa tecnologia é preciso embasamento das informações, pois há possibilidades valiosas, como também vias desnecessárias, prejudiciais. É imprescindível a interação entre a tecnologia e as pessoas para que se produza uma aprendizagem dinâmica e eficaz. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Sabe-se que há limitações na máquina informatizada, pois não foi concebida especificamente para uso educacional. Marques, Mattos e Taille (1986, p. 38) salientam que pela sua programação os comandos computacionais foram gerados pela matemática binária e por isso apresentam limitação de resposta “só pode lidar com informações precisas, não ambíguas, como sim e não ou certo e errado. Da mesma forma, só pode devolver informações deste tipo.” Mas, sabemos que a informática é uma das áreas do conhecimento humano que mais rapidamente se aperfeiçoa. Cabe ao professor prever as possibilidades de lime, buscando maneiras de adaptar as respostas à sua realidade educacional. Fazendo um paralelo entre a informática e o nosso cérebro: a programação do computador é linear, mas a internet não é linear e mostra-se incrivelmente flexível, permitindo a interação entre milhares de páginas com textos, imagens e sons. Para Gimeno (1998, p. 47) no ser humano não existe uma relação linear “Ao contrário do modo de processar as rotinas por parte da máquina, entre o conhecimento e a ação, no aluno intercalam-se complexos e contraditórios processos de tomada de decisões, entre os quais aparece com especial relevância a forma de sentir, o rico e complicado terreno das emoções, as tendências e as expectativas individuais e sociais.” A Internet caracteriza-se no ambiente educativo como mais uma possibilidade de aprendizagem e não como a única fonte de pesquisa. A escola como elemento da sociedade deve proporcionar experiências e construção de conhecimento, preparando os estudantes para essa nova realidade que tem a informação e a comunicação cada vez mais elaborada, sendo a capacidade de interpretação e de organização, requisitos Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 da sociedade global. Quanto a linguagem digital, Moraes (2005, p. s/n.º) cita que “É nela que, hoje em dia, a informação é gerada, processada, armazenada e transmitida. Queiramos ou não, o novo ‘idioma’ está mudando o modo de ver o mundo.‘A tendência é que, mais rapidamente do que podemos imaginar, essa mudança atinja a todos’.” A nova sociedade de conhecimento tem como suporte principal o desenvolvimento digital. O docente precisa refletir como os recursos da informática podem promover aprendizagem em sua realidade escolar. Percebe-se que, muitas vezes há um descompasso entre o que aprendemos na escola e o que necessitamos na vida. A educação brasileira precisa estar conectada com o conhecimento universal e estar atento à mudança tecnológica mundial. Há grande futuro na Educação que busca na informática recursos para o desenvolvimento da aprendizagem. Vários pesquisadores preocupam-se com a lacuna que pode vir a existir entre aqueles que dominam a informática e aqueles que não têm acesso. Ao docente compete buscar conhecimentos, pois trabalha com seres humanos que precisam ser inseridos no diálogo entre escola e vida. Ao referir-se à informática educacional, Freire citado por Camargo e Bellini (1995, p.11), salientou que “’A tecnologia é maravilhosa. Mas é preciso que ela chegue à escola pública, senão as diferenças sociais vão se aprofundar.” Na educação contemporânea, busca-se que a parceria com a informática transponha os limites do ensino convencional, rompendo paradigmas. A tecnologia da informática é um segmento que está em constante modificação e atrai profissionais ligados à pesquisa, pois se mostra ao mesmo tempo: prática, complexa e também em constante metamorfose. Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 BIBLIOGRAFIA AMARAL, Isabel. Formação de educadores de pessoas com deficiências sensorial e múltipla deficiência sensorial. In: Organização de Serviços Transdisciplinares. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2000. (Apostila de curso -