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Prof.: Luciano Fernandes de Paiva MEDULA ÓSSEA: é um tecido líquido- gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Fabrica do sangue Células progenitora hematopoiética MIELOGRAMA Todas as células do sangue surgem das células “tronco” (stem cells) Auto – renovação Resistentes Pluripotentes Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal? Medula óssea como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos. Medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo. O que é compatibilidade? Num transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossomo 6, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%. Capacidade de aceitar transplantes entre indivíduos Relacionada ao Sistema de HLAs (Human Leukocyte Antigens). O que é o Sistema HLA : Os genes do Sistema HLA (Human Leukocyte Antigens) são importantes no desenvolvimento de doenças auto-imunes e responsáveis pela rejeição de transplantes de órgãos e tecidos. São moléculas encontradas em todas as células nucleadas do corpo e que caracterizam cada indivíduo como único. Estes antígenos são herdados do pai e da mãe. Os antígenos dos leucócitos humanos (HLA) determinam a compatibilidade dos tecidos para os transplantes. Estrutura e função do Sistema HLA Os loci HLA estão localizados no braço mais pequeno do cromossoma 6 na banda 6p21.3 formando um complexo sistema de genes funcionalmente relacionados entre si. O sistema HLA é constituído por 224 genes, dos quais 128 são genes funcionais e 96 são pseudogenes. Quando não há um doador aparentado, a solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. 12 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 1 milhão e 400 mil doadores. RERENE (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea ) BSCUP (2001) REDE BRASILCORD (2004) A seleção do doador no caso dos transplantes alogênicos é feita, primeiramente, através de tipagem HLA do paciente e dos familiares de primeiro grau (irmãos e pais). Aqueles pacientes que não possuem doadores aparentados HLA compatíveis são inscritos no REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea), através do qual é feita a conexão com os dados existentes no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), e aguardam para realizar um transplante alogênico não aparentado. A Portaria nº 1315/GM, de 30 de novembro de 2000, que regulamenta a captação de dodores voluntários de células tronco hematopoiéticas, preconiza "no mínimo" que haja compatibilidade HLA Classe I, locus A e B em baixa resolução e Classe II locus DRB1 e DQB1 por alta resolução. BUSCA INTERNACIONAL A busca realizada pelo registro nacional, inclui a pesquisa dos dados de todos doadores voluntários registrados no Brasil e dos cordões umbilicais congelados nos bancos de cordão públicos (BSCUP). Não sendo encontrado doador compatível no Brasil, seu médico deve contatar o registro nacional para solicitar uma busca nos registros internacionais. BUSCA INTERNACIONAL Uma busca internacional preliminar pode ser realizada pelo seu médico em vários sites, que disponibilizam consultas preliminares e rápidas. A função da busca rápida é saber se haverá muita dificuldade em encontrar um doador, ou não. Isto é determinado basicamente pela freqüência dos alelos HLA que o paciente possui. O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009. SEJA UM DOADOR DE MEDULA A história do transplante de medula óssea esta ligada a historia do primeiro artefato nuclear deflagrado. A irradiação produzida foi responsável pela destruição da medula óssea de vários indivíduos. EVENTO DAVID VENTER : síndrome de imunodeficiência, onde sua medula era incapaz de produzir as defesas orgânicas ficando suceptivel a diversas infecções. ate os dozes anos viveu dentro de uma bolha (menino da bolha) ESTRATEGIA DE TRATAMENTO DECADA DE 60 ( PRIMEIRO TRANSPLNATE DE MEDULA Oferecer substituição do tecido hematopoético Destruir a doença maligna DOENÇAS MALIGNAS DOENÇAS NÃO MALIGNAS Leucemias Aplasia de Medula Óssea Linfomas Imunodeficiências congênitas Sindromes Mielodisplásicas Doenças de depósito Mieloma Múltiplo Hemoglobinopatias Tumores sólidos Doenças autoimunes O fundamento para o transplante de células progenitoras está baseado no fato de que todas as células maduras que circulam no sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas provém de uma única célula, contida na medula óssea, denominada célula progenitora ou “stem cell”, e atualmente o termo mais amplamente aceito é células progenitoras hematopoéticas (TCPH). Assim, o termo transplante de medula de óssea denominado TMO, vêm sendo modificado por um termo mais específico: transplante de células progenitoras hematopoéticas: TCPH, pois tal denominação reflete melhor o tipo de procedimento realizado e o tipo de célula que o paciente irá receber para reconstituir sua medula óssea. O transplante consiste na retirada de células progenitoras hematopoéticas. Tais células estão localizadas em adultos principalmente nos ossos chatos como a bacia, esterno, costela e vértebras. Como coletar as células progenitoras hematopoéticas? Existem duas formas de coleta: Primeiro o procedimento consiste de múltiplas aspirações com de agulhas especiais. Existem duas formas de coleta: Segundo pode-se obter as células progenitoras periféricas mobilizadas com fator de crescimento (G-CSF), que vão circular na corrente sangüínea sendo coletadas através de máquinas denominadas leucaférese. A coleta pela veia é realizadapela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por 5 dias que estimula a multiplicação das células- tronco. Essas células migram da medula para as veias e são filtradas. O processo de filtração dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O efeito colateral mais frequente deste procedimento é devido ao uso do medicamento ,que em alguns doadores pode dar dor no corpo, como uma gripe As células progenitoras infundidas na corrente sangüínea se implantam na medula óssea iniciando a reconstituição hematopoética do paciente, após regime de condicionamento. O condicionamento é o uso de altas doses de quimioterapia associados ou não à radioterapia corporal para que o paciente seja tratado de sua doença hematológica. Durante o período de quimioterapia e radioterapia, o paciente poderá ou não apresentar alguns efeitos colaterais. NÁUSEAS, VÔMITOS E PERDA DE APETITE Priorizar alimentos pouco temperados e se alimentar de 3 em 3 horas; Comunicar sempre náuseas e vômitos para que possa ser medicado, evitando ficar sem se alimentar; MUCOSITE Feridas do trato gastrintestinal, desde a boca até o ânus. Escovar os dentes delicadamente, Realizar os bochechos e gargarejos rigorosamente e manter a boca hidratada. DIARRÉIA Comunicar a enfermagem a ocorrência de diarréia e qualquer alteração observada nas fezes como sangue ou muco; OBSTIPAÇÃO INTESTINAL Mau funcionamento do intestino ALOPÉCIA Perda dos cabelos 1 - Alogênico: as células progenitoras provém de um doador previamente selecionado por testes de compatibilidade, principalmente o HLA (antígeno de hispocompatibilidade leucocitária) normalmente identificado entre os familiares ou em bancos de medula óssea. Os bancos de medula óssea podem ter cadastrados doadores adultos ou bancos de cordão umbilical. 2 – Autólogo (autogênico) : as células progenitoras provém do próprio paciente. 3 - Singênico: as células progenitoras provém de gêmeos idênticos (univitelinos). 4) Haploidêntico: a técnica consiste em manipular as células de um doador parcialmente compatível, de modo a fazer com que sejam toleradas pelo organismo do receptor. SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL Uma fonte importante e recentemente utilizada de células progenitoras hematopoéticas. Nós sabemos que na fase fetal as células tronco primitivas são produzidas principalmente no fígado e armazedas no cordão umbilical e na placenta. VANTAGENS DESVANTAGENS Disponibilidade: tempo mediano de busca 13,5dias (MO 4meses) Nº fixo de células Ausência de riscos para o doador Doador não pode ser reutilizado para terapia celular Menor infectividade Custo de armazenamento Menor imunogenicidade Maior número de precursores imaturos Maior potencial de expansão O transplante com células tronco de cordão umbilical exige apenas 70% de compatibilidade, ou seja, basta compatibilidade entre classe IA e IB em baixa resolução e classe II DRB1 em alta resolução, não havendo necessidade de testar em classe C, sendo aceitável a compatibilidade de 4 locus em 6 locus testados.
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