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ISTs – doenças que causam corrimento vaginal Tricomoníase Introdução -> Agente etiológico: Trichomonas vaginalis, protozoário flagelado anaeróbico facultativo; -> Epidemiologia: geralmente está associada a outra IST e facilita a infecção por HIV. Manifestações clínicas -> Na maioria dos casos a mulher é sintomática, porém após a menopausa podem se tornar assintomáticas; -> Os homens são na maioria dos casos assintomáticos, funcionando como vetores, mas podem também desenvolver quadro de uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite; -> As características do corrimento são: amarelo ou amarelo-esverdeado, abundante, fétido e bolhoso; -> O pH vaginal, normalmente, é > 5; -> Ardência, edema e hiperemia; -> Disúria, polaciúria e dor pélvica; -> Na colposcopia, ou raramente a olho nu, é visualizada a colpite focal ou difusa em “colo de framboesa”, característica da tricomoníase. Diagnóstico -> Clínico; -> Pode-se realizar medida do pH vaginal, teste de Whiff e microscopia a fresco do fluido vaginal; -> Pacientes que não tiveram diagnóstico confirmado por microscopia podem realizar Teste de Amplificação do Ácido Nucleico (NAAT), o exame mais sensível e específico disponível. Tratamento -> É feito de forma sistêmica, com Metronidazol 2g, VO, DU e Tinidazol 2g, VO, DU; -> Como alternativa, Metronidazol 500mg, VO, 12/12h, por 7 dias; -> O tratamento do parceiro ocorre da mesma forma e abstinência sexual durante o tratamento é obrigatório. Doença inflamatória pélvica Introdução -> É uma síndrome clínica aguda atribuída a ascensão de microorganismos do trato genital inferior, através do colo uterino, comprometendo endométrio, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas; -> Geralmente ocorre em duas etapas: ⚫ 1ª etapa: ocorre a infecção vaginal ou cervical, podendo a paciente permanecer assintomática; ⚫ 2ª etapa: corresponde à ascensão dos microrganismos patogênicos. -> Os microrganismos, ao atingirem as tubas uterinas, promovem uma intensa reação inflamatória, o qual o processo cicatricial pode levar a formação de aderências na superfície tubária, podendo resultar em oclusão tubária ou formação de traves, possível responsável pelo aumento de chance de gravidez ectópica; -> Pode ocorrer piossalpinge por aglutinação das fímbrias; -> O comprometimento dos ovários adjacentes leva a uma periooforite, podendo resultar também em abcessos na cavidade peritoneal, no fundo de saco de Douglas. Diagnóstico -> Para o diagnóstico clínico, deve-se estar presente três critérios maiores e um critério menor; ou então presença de um critério elaborativo: Classificação de Monif -> Estágio I: mulheres com endometrite e salpingite aguda sem peritonite; -> Estágio II: mulheres com salpingite e peritonite; -> Estágio III: mulheres com salpingite aguda com oclusão tubária ou comprometimento tubo-ovariano. Abcesso integro; -> Estágio IV: mulheres com abcesso tubo-ovariano roto. Tratamento -> Estágio I: tratamento ambulatorial. Primeira opção Ceftriaxona 500 mg, IM, DU + Doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia, por 14 dias + Metronidazol 250 mg, VO, 2x/dia, por 14 dias; -> Estágios II e III: demandam conduta hospitalar, com Cefoxitina 2g, IV, 4x/dia, por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia, por 14 dias; -> Estágio IV: cirúrgico.
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