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CADERNO DE EXERCICIO - DIREITO DO CONSUMIDOR

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Semana-1
| Márcia, ao desembarcar no aeroporto do Rio de Janeiro, chegando da Suíça, constata que sua mala foi extraviada. Inconformada, propõe ação de indenização por danos materiais e morais em face de “Boa Viagem Companhia Aérea”, pleiteando o ressarcimento de danos materiais, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor correspondente exatamente aos bens contidos na mala, e de 100 salários mínimos por danos morais. Em contestação, a Ré invoca aplicação da Convenção de Montreal, sustentando que a indenização deve corresponder ao limite ali estipulado. Argumenta que a convenção, por ser lei especial e de hierarquia superior, prevalece em relação ao CDC. Resolva a questão, indicando os dispositivos legais pertinentes. 
RESPOSTA- Nossa lei prevê no art. 6 VI e VII, a ampla reparação de danos. Não se admite tarifação. ART. 5º, INC. V, DA CF) Prevalece a lei 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor. Supera a convenção de Montreal embora em seu art. 7º a não exclua.
No que se refere ao campo de aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a opção correta:
 a) O conceito de consumidor restringe-se às pessoas físicas que adquirem produtos como destinatários finais da comercialização de bens no mercado de consumo. - Faltam as pessoas jurídicas 
b) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o produtor, o importador e o comerciante, os quais responderão solidariamente sempre que ocorrerdano indenizável do consumidor. - Não é sempre que houver dano.
c) Produto é definido como o conjunto de bens corpóreos, móveis ou imóveis, que sejam oferecidos pelos fornecedores para consumo pelos adquirentes. -Faltam os bens incorpóreos.
d) O conceito de serviço engloba atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. CORRETA - art.3, parágrafo 2º CDC, art.48 ADCT, 170 V, 5º CF. |
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Semana-2
Antonio comprou um veículo no final de 2009 modelo 2010. Posteriormente, descobriu que o modelo adquirido sairia de linha e que a fábrica, naquele mesmo ano de 2010, lançará outro modelo totalmente diferente do anterior. Sentindo-se prejudicado, Antonio quer ser indenizado pela desvalorização do seu veículo. Há algum princípio do CDC que pode ser invocadonesse pleito indenizatório? 
RESPOSTA-Violado o princípio da boa-fé. 4º , III;Princípio da transparência, 4º caput.Princípio da informação. Art.6º, IV, CDC.Acórdão Apelação Cível 20030015280Resp. 750122 STF
Em relação à vulnerabilidade é incorreto afirmar: 
a) As normas do CDC estão sistematizadas a partir da idéia básica de proteção do consumidor, por ser ele vulnerável; 
X-b) Vulnerabilidade e hipossuficiência são a mesma coisa porque ambas indicam a fragilidade e a situação de desigualdade do consumidor; INCORRETA 
c) Vulnerabilidade é qualidade intrínseca, imanente e universal de todos que se encontram na posição de consumidor; 
d) Todos os consumidores são vulneráveis por presunção absoluta, mas nem todos são hipossuficientes; 
e) Hipossuficiência é um agravamento da situação de vulnerabilidade ligada a aspectos processuais. |
Semana-3
| Karmen Comércio de Roupas Ltda, cujo objeto social é o comércio varejista de artigos do vestuário e complementos, adquiriu de Manchete Confecções Ltda cerca de 30 peças variadas de vestuário. Alegando defeito em várias peças adquiridas, a compradora (Karmen Comércio de Roupas Ltda) recusa-se a pagar o restante do preço ajustado, invocando em seu favor a proteção do Código do Consumidor, principalmente o da inversão do ônus da prova e do foro domicílio do consumidor, já que é estabelecida no Rio e a vendedora em São Paulo – Capital. Indique se há relação de consumo no caso, fundamentando a sua resposta no entendimento jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de Justiça.
 RESPOSTA- Não há no caso relação de consumo por se tratar de consumo intermediário na linha da mais recente jurisprudência do STJ – Resp.684613 e 476428 consumidor é pessoa física ou jurídica que adquire bens de consumo para uso privado, fora da sua atividade profissional. O consumo intermediário, ou seja, o consumo a aquisição de produtos ou a utilização de serviços por pessoa natural ou jurídica para incrementar a sua atividade negocial não caracteriza relação de consumo. E tal é a oferta dos autos, posto que as peças de vestuários foram adquiridas para desempenho das atividades empresariais da autora. A jurisprudência só tem admitido a pessoa jurídica como consumidor em situações específicas, isto é, quando do exame do caso concreto decorrer a sua inegável vulnerabilidade emface do fornecedor, o que no caso, não resultou demonstrado. |
Semana-4
Foi veiculada nos principais meios de comunicação a decisão de um Laboratório Farmacêutico quanto à retirada de um antiinflamatório do mercado, em virtude da constatação de que pode causar danos aos consumidores que o utilizarem de forma contínua, dobrando a probabilidade de a pessoa sofrer infarto e outras complicações cardiorrespiratórias. A decisão deste laboratório obedece algum dispositivo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)? Fundamente suaresposta.
 RESPOSTA-A decisão do laboratório de retirar do mercado o medicamento (anti-inflamatório) tem por fundamento o princípio da prevenção, que, por sua vez, está previsto nos artigos 8 e 10 da CDC. Para evitar os danos que produtos perigosos poderão causar aos consumidores, o fornecedor tem o dever de tomar providências previstas nos parágrafos 1 a 3 do art. 10 do CDC. |
Semana-5
Macedo, usuário dos serviços de energia elétrica prestados pela concessionária LGT S.A, se insurge contra a conduta da prestadora do serviço, no que tange à suposta detecção de irregularidade em seu medidor de energia elétrica, vulgarmente denominado “gato”. Em virtude deste fato, a Concessionária realizou cobrança retroativa que totalizou R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Submetido tal caso à apreciação do Poder Judiciário, através do rito ordinário, Macedo pleiteia o deferimento da inversão do ônus da prova, previsto no artigo 6º, inciso VIII do CDC, bem como a produção de prova pericial a fim de solucionar a questão. Pergunta-se:
 a) A inversão do ônus da prova, pelo artigo 6º, inciso VIII do diploma consumerista implica na inversão de seu custeio? 
b) Discorra sobre os requisitos para a inversão do ônus da prova, de acordo com o artigo 6º, inciso VIII do CDC, bem como qual o momento em que deve ocorrer a referida inversão. Justifique sua resposta com base no que preceituam o Código de Processo Civil e o Código de Defesa do Consumidor. 
RESPOSTA – A inversão não é automática e seu custeio não recai sobre a quem cabe provar. Hipossuficiência e verossimilhança.
Verossimilhança e hipossuficiência são pressupostos para a inversão do ônus da prova: 
a) tanto para a inversão ope judicis como para a ope legis; 
b) só para a inversão ope legis; 
X-c) CORRETA só para a inversão ope judicis; 
d) são pressupostos sempre cumulativos; 
e) são sempre alternativos. Assinale a afirmativa correta. |
Semana-6
| Valdéia firmou contrato para aquisição de um imóvel, no qual assumia a obrigação de pagar 50 prestações de R$ 800,00, além de um valor como entrada. Ocorre que ela foi demitida da empresa em que trabalhava, ficando impossibilitada de honrar a obrigação assumida. Valdéia ingressa com ação revisional, invocando a teoria da imprevisão como forma de rever a cláusula contratual que impõe o pagamento da mensalidade de R$ 800,00. Considerados provados os fatos, responda: 
a) Prosperará oargumento de Valdéia? Justifique sua resposta.
b) Poderá invocar a imprevisibilidade de sua demissão para questionar a cláusula contratual referente às prestações do imóvel?
 c) Aplica-se ao caso o direito previsto no artigo 6º, inciso V do CDC? 
RESPOSTA – A revisão do contrato só tem lugar no caso de álea extraordinária. O acontecimento que causou o desequilíbrio na economia do contrato tem que ser excepcional, de alcance geral, objetiva e não subjetiva, particular emrelação à obrigação em questão. Todo contrato, mesmo o contrato comutativo, tem certo caráter aleatório, que é a instabilidade normal dos contratos. Assim, se o fato superveniente criar uma álea que, embora onerosa, está dentro do risco assumido, não será possível alegar onerosidade excessiva. O desemprego, a morte, o acidente pessoal, valorização do bem etc. não são álea extraordinária. Só justifica a revisão a álea extraordinária que desequilibra o contrato. Logo, Valdeia não faz jus à revisão
.É correto dizer que no CDC a revisão de cláusula contratual terá lugar se ocorrer:
 a) fato superveniente;
 b) a álea normal ou ordinária; 
c) fato superveniente imprevisível;
 X-d) CORRETA - a álea anormal ou extraordinária;
 e) fato superveniente de alcance particular do devedor. |
Aplicação prática e teórica | Fabrício propôs uma ação de indenização por danos morais em face de supermercado Bom Preço. Narra que o supermercado colocou em oferta o café “torradinho”. Interessado no preço atrativo, dirigiu-se com sua esposa ao local e colocaram no carrinho 50 pacotes do produto, num total de vinte e cinco quilos. Ao chegarem ao caixa, contudo, foram informados que só poderiam levar cinco pacotes de cada vez. Inconformado, uma vez que na propaganda divulgada não havia qualquer referência à limitação quantitativa do produto, pediu a presença do gerente, mas não obteve liberação. Entendendo ter havido desrespeito às normas do CDC, e sentindo-se atingido em seu patrimônio extra-material, propôs a presente demanda buscando reparação por dano moral, uma vez que o fato lhe causou constrangimento ilegal, vários aborrecimentos até conseguir efetivamente comprar o produto pretendido. Emcontestação, sustenta o réu que a pratica comercial atrativa de clientela é licita, não sendo vedada pelo diploma consumerista. Aduz que não se pode aceitar como razoável e de boa-fé, na venda promocional de gêneros alimentícios, em valor bem inferior ao praticado no mercado, que a falta de indicação do quantitativo a ser adquirido por cada consumidor na propaganda seja de molde a permitir aquisição flagrantemente incompatível com o consumo pessoal e familiar. Considerando provados os fatos, resolva a questão fundamentadamente. 
RESPOSTA- A oferta vincula o contrato. Art. 30, CDCHouve omissão de informação da quantidade de produtos na oferta. ART. 66 CDC.
Com relação à publicidade, pode-se dizer:
 a) Publicidade tem objetivo comercial, enquanto que propaganda visa a um fim ideológico. 
b) Nem toda informação é publicidade, como também nem toda a publicidade é informação. 
X-c) CORRETA No regime contratual consumerista a publicidade obriga o fornecedor e integra o contrato que vier a ser celebrado, e nisso consiste o princípio da veracidade da publicidade. 
d) Ao vedar a publicidade enganosa, o CDC consagrou o princípio da vinculação da publicidade.
e) O elemento fundamental para a caracterização da publicidade enganosa será a sua capacidade de induzir em erro o consumidor. 
Assinale a opção correta:
 I- Todas as afirmativas são corretas.
 II- Apenas a letra E está correta.
 III- Todas as afirmativas estão incorretas. 
IV- Apenas a afirmativa da letra A está correta 
V- Estão incorretas as afirmativas das letras C e D |

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