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Benzodiazepínicos e Insônia: Tratamento e Consequências

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Benzodiazepínicos e 
 
 
INSÔNIA 
Fisiopatologia complexa e difícil tratamento 
Consequências sociais e profissionais, prejuízo de 
desempenho diário e alto custo indireto 
Transtorno caracterizado por dificuldade em iniciar ou 
manter o sono, ou ainda por insatisfação com a qualidade 
do sono, resultando em sintomas diurnos, físicos ou 
emocionais, com impacto no desempenho de funções 
sociais ou cognitivas 
CLASSIFICAÇÃO 
 Inicial – dificuldade em iniciar o sono, latência > 
30 min 
 De manutenção – despertares de longa ou curta 
duração durante a noite 
 Terminal – despertar precoce 
 Aguda - < 3 meses, em resposta a fator 
precipitante 
 Crônica - > 3 meses 
Sintomática – ocorre paralelamente a outras condições 
medicas ou ambientais, os quais tem participação 
importante na manutenção da insônia 
 Depressão, TAG, fibromialgia, dores crônicas, 
uso de substancias ou medicamentos e outros 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
Apneia obstrutiva do sono, sono curto, fibromialgia, 
transtorno do atraso de fase do sono e do avanço, 
síndrome das pernas inquietas 
ETIOPATOGENIA 
Componente neurobiológico – fatores predisponentes 
 Alteração dos mecanismos de homeostase 
vigília-sono – processo S, envolvendo adenosina 
 
 
 
 Alteração dos mecanismos intrínsecos de 
controle do sono-vigília – processo C, 
envolvendo células gabaégicas vs células 
hipocretinérgicas e catecolaminérgicas 
 Hiperatividade do sistema de despertar – 
mecanismo de resposta ao estresse 
Componente psicossocial – fatores desencadeantes e 
perpetuantes 
 Mudanças de ciclo de vida, comportamentais, 
modificações cognitivas, estratégias disaptativas 
pela insônia, fatores cognitivos 
Genética ? 
Avaliação do paciente: início dos sintomas, curso, 
tratamentos já efetuados, hábitos diurnos e noturnos, 
condições do quarto, hábitos de atividade física e lazer, 
diário do sono, actigrafia (percepção do sono 
subestimada); polissonografia (diagnostico diferencial) 
CAI ESSE TRATAMENTO! 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Não é o principal 
Feito com benzodiazepínicos, drogas Z – agonistas 
seletivos de receptores GABA-A, antidepressivos, 
agonistas de receptores melatoninergicos, antagonistas 
de receptores hipocretinérgicos (orexinérgicos) 
 Benzodiazepínicos 
Ligam-se inespecificamente às subunidades alfa1 e alfa2 
do receptor GABA-A e a qualquer subunidade do tipo 
gama 
Aumentam a afinidade do receptor GABA-A pós-
sináptico pelo GABA endógeno, potencializando os canais 
de cloro 
NÃO BENZODIAZEPÍNICOS 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
Subunidade alfa-1 é responsável por efeitos hipnóticos e 
cognitivos; subunidade alfa-2 pelo efeito ansiolítico, 
anticonvulsivante e miorrelaxante 
 Agonistas seletivos de receptores GABA-A 
Chamadas de drogas Z – zolpidem, zopiclona, 
eszopiclona, zaleplona e indiplon 
Zolpidem – agonista alfa1 seletivo; meia vida curta, pico 
1,6 horas após a tomada; indução do sono 
Dose de 5 a 10 mg – metabolização hepática e 
eliminação renal 
Em bula, uso por 1 mês – prolongadamente não causa 
tolerância nem efeito rebote; formulações com liberação 
prolongada, sublingual e orodispersivel 
Zopiclona – 3,7 a 7,5 mg – subunidade alfa 1 e alfa 2; 
meia vida longa e efeitos residuais no dia seguinte 
Eszopiclona – 1 a 3 mg – meia vida relativamente longa; 
insônia inicial ou de manutenção 
Zaleplona – 10mg – receptor alfa 1; pico em 1 hora; meia 
vida de cerca de 1 hora; insônia inicial, pouco efeito em 
manutenção do sono 
Indiplon – 15 a 30 mg – subunidade alfa 1; formulação de 
liberação imediata para insônia inicial e de liberação 
controlada para insônia de manutenção; não disponível 
ANTIDEPRESSIVOS SEDATIVOS 
Doxepina – 1 a 6 mg – tricíclico sem efeitos 
anticolinérgicos, antagonista de receptores H1 e H2 de 
histamina; no brasil, mediante manipulação 
Trazodona – 50 a 150 mg – opção em insônias com 
componente depressivo; inibe a receptação de 
serotonina, antagoniza receptores adrenérgicos alfa 1 e 
dessensibiliza receptores serotoninérgicos 5HT1A e 
5HT2; suprime sono levemente sono REM e melhora 
continuidade do sono 
Mirtazapina – 7 a 30 mg – mais sedativo de todos; 
antagonista de receptores alfa-2-adrenergicos. 
Antagonista de receptores de serotonina 5HT2A, 
5HT2C e 5HT3, antagonista de receptores histamínicos 
H1 
Amitriptilina – 12,5 a 50 mg – efeitos sedativos imediatos, 
precedendo os efeitos antidepressivos; perfil 
anticolinérgico, anti-histaminico, anti alfa-1-adrenergico e 
anti 5HT2A e 5HT2C 
AGONISTAS DE RECEPTORES MELATONINÉRGICOS 
Agomelatina – 25 a 50 mg – antidepressivo agonista de 
receptores de melatonina MT1 e MT2 e antagonista de 
receptores de serotonina 5HT2C; regulador do ciclo 
sono-vigília de pacientes deprimidos, com melhora 
também da depressão; reduz a latência do sono, 
despertares e aumenta sono de ondas lentas 
Ramelteona – 8 mg – agonista dos receptores MT1 e 
MT2 de melatonina, com alta seletividade; meia vida 
curta, insônia inicial, não causa perturbação cognitiva no 
dia seguinte, nem efeito rebote, não tem potencial de 
abuso ou dependência 
Melatonina – 2 a 20 mg – cronobiotico, útil em idoso e 
em deficientes visuais, no brasil – mediante manipulação 
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES 
HIPOCRETINÉRGICOS 
Suvorexanto – 10 a 20 mg 
Reduz a latência do sono, aumenta a eficiência do sono 
Efeitos adversos – alterações cognitivas e 
comportamentais, como amnesia, ansiedade, 
agravamento de depressão, incluindo pensamentos 
suicidas, alucinações hipnagógicas/hipnopômpicas e 
paralisia do sono 
OUTROS 
Tiagabina – inibidor de receptação do GABA, permitindo 
que neste permaneça no sitio de ação por período maior 
Gabapentina – aumenta a porcentagem de sono REM e 
N3, diminui a má percepção de sono 
Anti-histamínicos e fitoterápicos 
BENZODIAZEPINICOS 
Utilizados como ansiolíticos, anticonvulsivantes e sedativos 
Substancias com excelente absorção oral e alta ligação 
proteica, além de serem lipossolúveis, característica que 
permite uma rápida penetração no cérebro 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
Substituíram os barbitúricos e o meprobamato no 
tratamento da ansiedade e da insônia 
Ansiolíticos mais usados atualmente 
 
GABA 
É um neurotransmissor inibitório; sua maior atividade leva 
a inibição/depressão do SNC 
Receptores GABA tem 3 variações: a, b e c 
Alvo para as ações dos benzodiazepínicos são os 
receptores do GABAa – alfa 1 e alfa 2 
A fixação do GABAa ao seu receptor inicia a abertura 
do canal iônico central, permitindo a entrada de cloro 
através do poro 
A atividade inibitória do GABAa é potencializada pela ação 
dos benzodiazepínicos 
O influxo do íon cloreto causa hiperpolarização do 
neurônio e diminui a neurotransmissao, inibindo a 
formação de potenciais de ação 
Ocorre inibição em todos os níveis do neuroeixo, 
incluindo a medula espinal, o hipotálamo, o hipocampo, a 
substancia negra, o córtex cerebelar e o córtex cerebral 
 
COMPOSTOS Z 
Fármacos relativamente novos que são opção aos 
benzodiazepínicos no tratamento de insônia 
 Zolpidem, zopiclone e zaleplon 
Comparados aos benzodiazepínicos – não são eficazes 
como anticonvulsivantes ou relaxantes musculares, 
devido a sua seletividade 
1. Capazes de induzir rapidamente o sono e não 
gerar sonolência 
2. Ao contrário dos benzodiazepínicos, não 
interferem tanto no padrão do sono e tem 
menos chance de causar dependência 
DROGAS Z 
Utilizadas em um período mais prolongado, como: 
 Zolpidem, zaleplona (segunda geração), 
zopiclone e eszopiclone (terceira geração) 
São agonistas mais específicos do que os 
benzodiazepínicos, atuando como agonista parcial da 
subunidade alfa-1 do receptor GABAa 
Por serem seletivos, os efeitos colaterais são menores, 
além de não causarem a
dependência e tolerância 
 
Efeitos adversos de curto e longo prazo dos 
benzodiazepínicos e das drogas Z 
 Benzodiazepínicos, curto prazo 
Letargia, fala arrastada, ataxia, coma e parada respiratória 
(de ação curta), hipotermia, sonolência (baixa a excessiva) 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
Complicações graves mais frequentes quando novos 
agentes de ação ultracurta estão envolvidos ou outras 
drogas antidepressivas associadas 
Intoxicação por benzodiazepínicos 
 
 Benzodiazepínicos, longo prazo 
Alta chance de anomalias congênitas e problemas 
neonatais, toxicidade e dependência, prejuízo de 
memória e prejuízo de desempenho psicomotor 
Afetam a capacidade de julgamento 
Efeitos maiores em idosos – alterações metabólicas e na 
excreção renal – mais sensíveis aos efeitos 
psicomotores e cognitivos 
 Drogas Z 
Ansiedade, atraso psicomotor, desorientação, sonolência, 
dor de cabeça, tontura, insônia exacerbada, distúrbios 
cognitivos, mialgia, câimbra muscular 
Náusea, constipação, distúrbios visuais, risco de quedas, 
fraturas e AVCi, fadiga 
OUTROS USOS DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
 
 
Higiene do sono e medidas recomendadas 
Necessidade fisiológica básica, 1/3 da vida, regulado por 
homeostáticos/metabolitos e ciclo circadiano 
Fatores que influenciam o sono – idade, ambiente, 
psicológicos, farmacológicos e orgânicos 
A insônia é o transtorno mais comum – 6-10% da 
população 
Impacto na qualidade de vida – potencialidade de 
provocar e agravar outras comorbidades 
Prejuízos – sonolência, fadiga, dificuldade de 
concentração, alterações comportamentais, alterações 
mnésicas, perda da produtividade laboral e familiar 
A higiene do sono é um conjunto de hábitos 
comportamentais que facilitam o adormecer e a 
manutenção do sono 
MEDIDAS: 
 Quarto apenas para dormir e ter relações 
sexuais 
 Evitar permanecer na cama sem sono 
 Estabelecer horário de sono e vigília 
 Evitar cochilos durante o dia 
 Exercício físico moderado durante o dia – 
diminui a latência do sono e aumenta a eficiência 
e tempo total de sono 
 Evitar refeições abundantes durante a noite 
 Moderar ingestão de bebidas alcoólicas e café 
 Suspender tabagismo e evitar fumar 6 horas 
antes de dormir 
 Tentar identificar e compreender o que ajuda a 
pessoa a se sentir melhor e relaxar – banho 
quente, leitura e musica 
 Ambiente calmo, escuro, seguro e confortável 
 Evitar atividades estimulantes antes – trabalhar, 
telefonemas 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
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