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APOSTILA GESTÃO DO CLIMAGESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONALORGANIZACIONAL - APRESENTAÇÃO - INTRODUÇÃO - AMBIENTE ORGANIZACIONAL - FATORES QUE INFLUENCIAM AS ORGANIZACÕES - CLIMA ORGANIZACIONAL - CONCEITO DE CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL - GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL - TIPOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL - APLICAÇÃO DA PESQUISA E COLETA DE INFORMAÇÕES - DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL - COMUNICAÇÃO INTERNA - ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM O CLIMA ORGANIZACIONAL - COMPORTAMENTO HUMANO - MOTIVAÇÃO - CONFLITOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL - MODELOS DE GESTÃO - TIPOS DE ORGANIZAÇÃO - FEEDBACK - IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS - SATISFAÇÃO NO TRABALHO - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES ( PLANO DE AÇÃO) INTRODUÇÃO Já se foram os dias em que o foco dos funcionários se baseava em receber os salários programados no início de cada mês. Um ambiente de trabalho com um bom clima organizacional, torna-se cada vez mais importante na hora de atrair e reter bons profissionais. Um ambiente de trabalho adequado é essencial para otimizar as tarefas desempenhadas pela equipe, e atingir os resultados de cada área para o equilíbrio interno. Portanto, são necessárias algumas dicas de como melhorar o clima organizacional na empresa. O clima organizacional é basicamente a junção de sentimentos e opiniões dos profissionais sobre o local de trabalho. Com base nesses sentimentos, as pessoas no ambiente de trabalho, vão reagir de uma determinada maneira às ações e demandas do dia a dia que acabam tendo um impacto positivo ou negativo na produtividade da empresa. O setor de Recursos Humanos, assim como os líderes dos setores devem estar atentos a quaisquer desvios negativos que possam afetar o ambiente da empresa, pois é impossível agradar a todos, mas deixar os profissionais aderirem a uma boa cultura organizacional ajudará a crescer os indivíduos e a empresa em si. Para melhorar continuamente a atmosfera no ambiente de trabalho, é necessário um cronograma de medição. Pessoas felizes podem se comunicar melhor e a comunicação interna é essencial para melhorar um clima organizacional. Uma empresa transparente pode conscientizar os talentos sobre objetivos e acontecimentos a qualquer momento, além de criar bons hábitos entre os colaboradores. A importância do clima organizacional é que, investindo ativamente nele, a empresa pode lucrar com produção, engajamento, criatividade, motivação e retenção de talentos, reduzindo a rotatividade de pessoal, retrabalho absenteísmo e conflitos internos. O clima organizacional não é algo implantado na empresa. O cultivo dele deve ser realizado todos os dias e, independentemente de quaisquer sinais de desvio, medidas corretivas devem ser tomadas para evitar reações em cadeia negativas, o que faria com que se perdesse todos os resultados obtidos anteriormente. Um bom ambiente interno não traz benefícios apenas aos profissionais e à empresa. Ele é o responsável pela saúde física e mental das pessoas, que quando valorizadas pela organização e pelos colegas, ficam motivadas e facilitam o relacionamento interpessoal. O QUE É CLIMA ORGANIZACIONAL Toda organização passa por momentos de conflito ou um clima de baixo astral. Mas o que leva as pessoas a passar por situações como essas e qual o impacto disso na produtividade e nos resultados da empresa? Por vezes esses momentos se estendem por mais tempo do que o esperado gerando sérias consequências. Para identificar e melhorar o ambiente de trabalho, uma das alternativas é aplicar uma pesquisa de clima organizacional. Ela é uma ferramenta poderosa que possibilita visualizar o panorama das percepções dos colaboradores sobre a companhia para criar uma estratégia de RH mais eficaz. Além de identificar a percepção dos funcionários sobre o ambiente interno, a pesquisa de clima permite análises que impactam diretamente nos resultados financeiros. São análises como a da forma com que a liderança é exercida, da integração dos funcionários com os objetivos da organização e das motivações das equipes. A pesquisa racionaliza as escolhas empresariais e aponta algumas direções para os próximos passos. Por esse motivo, essa ferramenta deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa, e não só algo a ser utilizado apenas pelo RH. Isso significa que cabe ao próprio profissional de gestão de pessoas mostrar o valor desse instrumento e seu impacto. IMPORTÂNCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL Manter a empresa funcionando de forma satisfatória e com índices elevados de produção e lucratividade passa obrigatoriamente. Isso por conta da necessidade da manutenção de um excelente clima corporativo. Como vimos no tópico anterior, um bom ambiente é capaz de incentivar as pessoas a darem o melhor de si, serem proativas e executarem suas tarefas com mais dedicação e perfeição. Pessoas felizes se comunicam melhor e a comunicação interna é fundamental para o fortalecimento do clima positivo. Uma empresa transparente, que mantém os talentos informados sobre metas e acontecimentos, cria bons hábitos entre os funcionários, principalmente a propagação das boas notícias e o interesse em expressar suas ideias e opiniões. A importância do clima organizacional é que ao investir positivamente nele, a empresa lucra em produção, engajamento, criatividade, motivação e retenção dos talentos, reduzindo o turnover, retrabalhos, absenteísmo e conflitos internos. Ele deve ser cultivado diariamente e a qualquer sinal de desvio, as ações corretivas devem ser tomadas para que não haja uma reação negativa em cadeia colocando a perder todos os resultados já alcançados. Um bom ambiente interno não é favorável somente aos profissionais e à empresa. Ele é responsável pela saúde física e mental das pessoas que, ao se sentirem valorizadas pela organização e pelos colegas de trabalho, têm sua motivação elevada, assim como tornam os relacionamentos interpessoais mais leves. A empresa só tem a ganhar ao investir no clima organizacional, mas não pense que é uma tarefa fácil, pois é importante que o setor de Recursos Humanos, junto com os líderes, tenha um planejamento estratégico pré- definido e esteja engajado para que dê certo. Quando essa parceria acontece, a empresa se beneficia nos seguintes aspectos: • Profissionais mais criativos, produtivos, motivados, engajados e felizes; • Tarefas realizadas com mais eficiência; • Melhoria na comunicação interna; • Redução de conflitos, rotatividade, retrabalhos e absenteísmo. AMBIENTE ORGANIZACIONAL O ambiente organizacional é o conjunto de forças, tendências e instituições – externas e internas – de uma organização. Ele é capaz de influenciar o desempenho da empresa como um todo. Uma organização consiste em um conjunto de pessoas reunidas que trabalham em prol de um objetivo comum. Ela é composta por diferentes elementos, os quais juntos compõem o contexto da organização. Para constituir o ambiente de uma organização, é necessário integrar elementos como estrutura física, tecnologias, capacidades produtivas, colaboradores, hábitos e conhecimento. Todos esses conceitos são influenciados por aspectos como a cultura e o clima organizacional, o que é determinante para diferenciar uma organização da outra. A cultura organizacional é um dos principais fatores do ambiente organizacional e, por isso, muitas pessoas acabam confundindo os dois conceitos. No entanto, a cultura consiste nos costumes, políticas e hábitos adotados pela empresa, os quais devem ser conhecidos e seguidos por todos para aprimorar o ambiente de trabalho. Portanto, é possível considerar a cultura organizacional como um dos elementos presentes no ambiente organizacional. O ambiente organizacional é o conjunto de todas as questões envolvidas na estruturação de uma empresa e de seu desempenho. Ele pode ser afetado por diferentes causas que, ao mesmo tempo, impactam negativamente ou geram oportunidadesàs organizações. Por isso, é fundamental que as empresas estejam atentas ao ambiente organizacional. O ambiente organizacional pode ser dividido em: • Externo: representa o contexto no qual a organização existe e opera. É composto pelos elementos fora dos limites da empresa; • Interno: consiste nos elementos internos da organização, como trabalhadores, administradores, cultura organizacional, tecnologia, estrutura organizacional e suas instalações. FORÇAS QUE COMPÕEM O AMBIENTE ORGANIZACIONAL Há diferentes forças que regem o ambiente organizacional. As principais são: liderança e poder, cultura, conflitos, mudanças e ambiente externo. 1. Liderança e poder A liderança é uma força importantíssima no ambiente organizacional. Os gestores de uma empresa precisam entender claramente esse conceito para conduzirem suas equipes. Ela exerce grande influência – está presente em todas as relações do ambiente organizacional: entre líderes e equipe (liderados). Enquanto isso, o poder é fundamental para que o líder seja capaz de liderar. Isso implica que ele seja eficaz em realizar suas tarefas e atingir metas e objetivos da empresa. O poder dos líderes vem de algumas fontes diferentes e são fundamentais para ajudá-lo em sua função. Elas são: autoridade, recompensas e punições. Por meio delas, ele irá agir diante de sua equipe, construindo iniciativas organizacionais que irão tornar as pessoas mais ou menos produtivas. 2. Cultura A cultura organizacional representa os costumes e normas que todos os colaboradores de uma empresa devem seguir. Ela é ditada conforme os valores, missão, problemas e objetivos de uma organização. Ter uma cultura organizacional é fundamental para as empresas. Ela irá direcionar os colaboradores no cumprimento dos objetivos, assim como seus comportamentos, desempenho e coesão da equipe. É por meio dela que o ambiente organizacional se manterá harmônico. 3. Conflitos Essa força está presente em qualquer ambiente organizacional, não há como eliminá-la. Portanto, a questão é justamente como a organização irá lidar com ela – isso é possível através da gestão de conflitos. Normalmente, um conflito acontece a partir de divergências de ideias e opiniões entre os membros da equipe. Ele é considerado uma disfunção do ambiente organizacional. Mas, quando é gerenciado de forma eficaz pode até ser positivo para a empresa. Para que isso aconteça, o líder deve conhecer os níveis de gravidade dos possíveis conflitos para saber como agir e solucionar as situações. A liderança poderá ajudá-lo nessa missão, pois ele saberá como conduzir o processo, transformando-o em melhorias na qualidade do trabalho e dos processos. Portanto, se bem gerenciado poderá trazer mais benefícios do que prejuízos para o ambiente organizacional. 4. Mudanças Elas podem implicar em transformações estruturais, pessoais e tecnológicas do ambiente. Há diversas forças externas e internas que podem promover as mudanças organizacionais. As empresas costumam ter uma certa resistência a mudanças organizacionais, pois elas podem alterar as rotinas, recursos, desempenho e cultura do ambiente. Além disso, podem envolver riscos e perdas econômicas. No entanto, aquelas organizações que não aceitam as mudanças tornam-se obsoletas. Por isso, é fundamental implementá-las e realizar um planejamento eficiente de como devem acontecer. 5. Ambiente externo As forças externas não podem ser ignoradas. Nenhuma empresa está livre de fatores vindos do meio que estão. Portanto, clientes, fornecedores, concorrência, legislações, situações econômicas e políticas podem interferir diretamente no sucesso dos negócios. Dessa forma, o ambiente externo de uma empresa também pode representar uma ameaça ou oportunidade. A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) é um método de planejamento estratégico e gestão que ajudam as empresas a lidarem com as situações externas que afetam seus negócios. CONCEITO DE CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAL Há uma grande diferença entre clima e cultura organizacional, porém, muitas vezes, os assuntos são confundidos ou tratados como sinônimos. Apesar disso, é crucial entender que os dois aspectos são capazes de fazer uma empresa próspera e longeva no mercado. Ao entender suas peculiaridades, é possível gerenciar mais eficazmente os dois campos, bem como colher os resultados em médio e longo prazo na empresa. Assim, conseguirá profissionais mais felizes, motivados e focados no que realmente importa. Cultura organizacional: o DNA da companhia A cultura é um dos elementos mais importantes em qualquer empresa, uma vez que ela determina a forma como os profissionais pensam, agem e reagem em cada situação do cotidiano. Lembrando que deve sempre estar alinhada com o posicionamento que se pretende adotar perante os clientes, fornecedores ou parceiros. Já a cultura organizacional, refere-se aos valores e regras éticas que devem nortear o comportamento das pessoas em uma empresa, pois trata do conjunto de normas e comportamentos que regem uma organização e integram o planejamento estratégico. Em algumas empresas, os hábitos praticados e repetidos pelos colaboradores se constituem na sua cultura organizacional, ou seja, um padrão a ser seguido, logo, quem foge dele, fatalmente, não se enquadrará. Para muitos, a cultura organizacional é representada como o DNA do empreendimento, ou seja, sua identidade. Se compararmos a empresa a uma pessoa, entende-se que é o perfil dessa pessoa. Ainda, toda companhia tem esse DNA instaurado, ainda que de forma inconsciente. Todavia, é preciso saber como desenvolver a cultura na direção certa. Quando um colaborador chega à empresa, a identidade da organização deve ser transmitida a ele para que consiga se adaptar às normas, valores e comportamentos e garantir que todos sigam na mesma direção. No entanto, apesar da cultura organizacional ser algo próprio da empresa, ela não é estática. Ao contrário, deve ser transformada e aperfeiçoada gradualmente, de acordo com as necessidades do mercado e, até mesmo, para acompanhar os planos da organização. A prática também foi explicada ao longo da história, por teóricos mundialmente reconhecidos, como é o caso do guru da administração, Peter Drucker, e o norte-americano William Joyce. Segundo Drucker, “a cultura devora a estratégia todos os dias no café da manhã”. Isso quer dizer que de nada adianta ter uma boa estratégia, se os profissionais não abraçam os valores ou têm os hábitos certos. A frase é reforçada pela constatação de William Joyce, um dos autores do livro “O Que (realmente!) Funciona”. Ao analisar 160 organizações, ele percebeu que as mais prósperas e bem-sucedidas eram aquelas com uma cultura forte e compartilhada pelos profissionais. Em resumo, é possível dizer que a cultura é representada pelo conjunto dos hábitos, crenças e valores das pessoas que estão dentro da empresa. Ainda, que deve ser estruturada a partir de pontos essenciais importantes para solidificar e concretizar a organização. Confira alguns dos pontos e características considerados essenciais: • Partindo de que cada coisa dentro da organização tem um peso, definem-se os valores que a empresa tem; • A partir da convivência das pessoas em grupo são definidas as crenças da empresa; • A materialização dos valores e das crenças constituem os costumes a serem exercidos pelos colaboradores; • As atividades que são desenvolvidas com frequência e regularidade formam os ritos da organização; • As cerimônias que a empresa realiza, sejam formais ou informais. É importante destacar que esses pontos devem ser avaliados a partir da realidade de cada organização, pois a cultura organizacional só fará sentido se ela tiver identificação com as características da empresa. Assim, conclui-se que a cultura organizacional representa o espelho da empresa,que precisa se ver refletida. Portanto, nunca se esqueça de disseminá-la entre seus colaboradores. Isso pode ser um grande desafio tanto interna quanto externamente. Pilares da cultura organizacional Apesar de cada empresa ter sua cultura própria, pessoal e intransferível, existem pilares que sustentam e são comuns em organizações bem- sucedidas. Ainda, que devem refletir os ideais da organização e considerar as características do time de colaboradores. A cultura organizacional cria condições para que a empresa possa alcançar seus objetivos de negócio e se manter competitiva, além de proporcionar projeção futura. Eis alguns exemplos de pilares de uma prática sólida: • Cultura inovadora: cada vez mais, a criatividade é uma soft skill indispensável para o sucesso em diversos segmentos. Ser criativo significa achar relação entre conceitos que são ou estão aparentemente desconectados. Estimular a cultura inovadora em uma organização permite aos seus colaboradores “pensar fora da caixa” para alcançar soluções a velhos problemas; • Trabalho em equipe: fomentar o trabalho em equipe é importante dentro de uma empresa. Se a cultura organizacional permite a formação de equipes multidisciplinares, com históricos profissionais diferentes e que se especializaram em áreas distintas, com características, comportamentos, habilidades e pontos de vista diversos pode ser salutar. No fim, as aptidões se complementam, superam desafios e conquistam; • Comunicação assertiva: este pilar requer certa habilidade. Não que os demais citados aqui não mereçam cuidado, mas se comunicar de forma clara, dinâmica e respeitosa é uma competência a ser desenvolvida. A comunicação assertiva é uma das principais habilidades de um profissional qualificado. Ela tem a ver com a inteligência emocional do gestor e, quando bem executada, é um ponto importante para criar uma cultura organizacional baseada na transparência e no diálogo; • Gestão de conflitos: onde há pessoas, há conflito. O enfrentamento é um processo natural do ser humano e frequentemente está presente no ambiente corporativo. Logo, saber gerenciar os conflitos que surgem de tempos em tempos mostra a capacidade de utilizar métodos e processos para administrar as situações divergentes. Ainda, empresas que fazem a gestão de conflitos e têm essa premissa na sua cultura organizacional estão no caminho certo para o sucesso; • Respeito às diferenças: esse pilar é fundamental em uma empresa e na vida. Em um mundo cada vez mais diversos e plural, estabelecer respeito às diferenças é altamente necessário. A organização que compreende a importância da diversidade, congregando pessoas com diferentes origens, etnias, crenças, classes sociais, culturas e opiniões, tem na sua base um pilar fundamental para uma cultura organizacional sólida; • Impacto social: foi-se o tempo em que uma empresa existia apenas pelo lucro. Atualmente, as organizações têm entre os pilares formadores da sua cultura organizacional a preocupação com o papel que elas representam para a sociedade. O impacto social é definido como o conjunto de ações que uma organização pode adotar para transformar o mundo de forma positiva; • Foco no cliente: o sucesso do seu cliente é o seu sucesso. Essa premissa mostra que manter o foco no cliente é um pilar essencial na cultura de uma organização. Logo, é importante demonstrar, por meio de ações, que o cliente é sua razão de existir. Personalizar o atendimento, aplicar pesquisas de satisfação, disponibilizar canais de comunicação, ou seja, ouça seu cliente. Tipos de culturas das empresas bem-sucedidas É pela grande importância desse ponto que algumas das maiores companhias do mundo têm culturas tão bem-desenvolvidas. A Amazon, por exemplo, tem foco total no cliente, e todos da organização devem seguir esse pensamento. A missão é “ser a empresa mais centrada no cliente da Terra”. Isso é comprovado no dia a dia. Ouve-se dizer que o CEO da Amazon, Jeff Bezos, leva uma cadeira vazia para cada reunião com seus executivos. Ela representa o cliente e cada uma das decisões deve ser tomada pensando nele. Há outros exemplos de culturas sólidas, como a AmBev, distribuidora de bebidas brasileira. Nela, o foco está na alta produtividade e a companhia convida seus talentos a pensarem como donos, comprometendo-se pessoalmente com os resultados alcançados. E mais, tem um modelo de liderança voltado aos prazos, processos, metas e indicadores de desempenho. Para finalizar, podemos citar a Toyota, a maior fabricante de automóveis do planeta. Sua cultura — conhecida como Toyota Way — está focada na qualidade. A empresa estimula seus funcionários a prestarem atenção aos detalhes, afinal, só assim é possível alcançar a excelência. Clima organizacional: a atmosfera da empresa Já entendido o conceito de cultura, é o momento de conhecer o que é o clima organizacional. De modo sucinto, ele representa a forma como os profissionais percebem a qualidade do ambiente de trabalho, ou seja, é uma espécie de “atmosfera” dentro do estabelecimento. O clima gera uma série de sensações positivas ou negativas, o que pode resultar em motivação ou desmotivação dos funcionários. Esse aspecto impacta, até mesmo, os clientes que entram na empresa e podem se sentir à vontade ou intimidados, por exemplo. O clima é construído com base nas relações diárias. Se há comunicação, espírito de equipe e uma liderança participativa, é muito provável que também haja uma atmosfera positiva. Caso contrário, certamente, o ambiente será desagradável. Indicadores da qualidade do clima organizacional Muitos gestores ou empresários se perguntam se é viável mensurar o clima organizacional, avaliando se está adequado ou não. É impossível fazer isso diretamente, afinal, o clima é algo abstrato, mas é possível ter uma boa noção com base em outros indicadores, que podem ser positivos e negativos. Um estudo da McKinsey & Company, empresa americana reconhecida como a líder mundial no mercado de consultoria empresarial, aponta que, no mundo, o colaborador brasileiro é um dos que mais trabalha desmotivado. Ainda, de acordo com a pesquisa, a nota média de motivação no país é de 45, enquanto a média mundial de pontos registrados é 55, em uma escala de 0 a 100. Indicadores positivos Há muitos indicadores que podem ser considerados e pequenas coisas que conseguem dizer muito sobre o clima, por isso, é crucial que o gestor se mantenha sempre atento. A produtividade talvez seja o principal indicador em uma empresa e este fator está diretamente ligado à qualidade no ambiente de trabalho. Logo, produtividade caindo pode ser sintoma de clima organizacional ruim. Mas o contrário também deve ser verificado: produtividade alta representa que o ambiente na empresa é favorável e o clima é positivo. A razão disso é simples, quando os colaboradores estão satisfeitos e engajados com a organização, eles produzem mais e melhor. Sendo assim, a produtividade deve ser monitorada constantemente. Se os números da empresa não vão bem, a melhor atitude é melhorar o clima. Outros fatores que contribuem para o clima organizacional positivo são: • Assiduidade; • Criatividade; • Comunicação efetiva; • Objetivos claros; • Colaboradores valorizados; • Ambiente saudável; • Abertura para mudanças; • Oportunidades de crescimento; • Turnover baixo; • Ambiente livre de repreensões; • Cooperação e apoio entre os times. Indicadores negativos Em contrapartida, indicadores também podem alertar quando o clima organizacional está negativo. Trata-se de fatores que atingem o colaborador em cheio, tornando-o desestimulado e baixando sua produtividade. Entre os indicadores negativos de clima organizacional está o nível de absenteísmo. Quando os colaboradores não se sentem felizes em um lugar, costumam faltar mais ou atrasar a cada dia de trabalho. De modo muitoparecido funciona o turnover, ou seja, o percentual de talentos que deixam a empresa ao longo de cada período. Como ninguém deseja atuar em um estabelecimento com atmosfera tensa e negativa, é comum que a evasão de colaboradores aumente se o clima é ruim. Alguns exemplos a serem observados: • Queda na produtividade; • Desmotivação da equipe; • Ambiente carregado; • Má qualidade da comunicação; • Índices de reclamações trabalhistas; • Individualismo e despersonalização dos colaboradores; • Exaustão emocional; • Atitudes defensivas; • Programas e projetos malsucedidos; • Conflitos entre os colaboradores; • Queixas constantes; • Desperdícios e descuidos com os materiais da empresa. Relação entre cultura e clima organizacional Como foi possível observar, os dois aspectos são fundamentais em qualquer empreendimento, independentemente do seu tamanho ou segmento de atuação. Mas, afinal, como eles se relacionam, e mais, como podem ser otimizados em conjunto? A cultura é algo mais denso e difícil de ser mudado. Qualquer ação que vise a mudança de uma cultura deve ser pensada em longo prazo, já que é muito difícil alterar os hábitos e as crenças dos profissionais que já estão na empresa. Para tanto, ainda é importante realizar ações diárias, que tornem o clima mais positivo e perto do que se deseja chegar. Sendo assim, qualquer mudança cultural deve também envolver o clima organizacional, por exemplo, se o objetivo é criar uma cultura com foco no alto desempenho, é necessário criar um clima de urgência, que valorize prazos, padrões de qualidade e metas inicialmente definidas. Por outro lado, se o objetivo é construir uma cultura com foco na satisfação total dos clientes, deve-se primeiro pensar em um clima que favoreça os funcionários, afinal, apenas com colaboradores felizes é possível atender com qualidade. Logo, uma coisa depende da outra. A construção de uma cultura e de um clima adequado é responsabilidade de toda a empresa, e não apenas do RH. Portanto, todos os gestores devem estar focados nos resultados, agindo de acordo com o que se deseja para o futuro do estabelecimento. Ainda, é preciso de um esforço conjunto. Em resumo: a cultura organizacional está diretamente ligada ao propósito, às crenças e valores de uma empresa — ou à combinação destes fatores. Já o clima organizacional diz respeito ao sentimento dos colaboradores em relação ao ambiente de trabalho que, quando saudável, gera benefícios para qualquer tipo de empresa. BENEFÍCIOS DE UMA CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL POSITIVOS Um bom clima organizacional é um dos elementos que contribuem para melhorar e promover a qualidade geral dos processos de trabalho e aumentar o comprometimento, a participação ativa, o sentimento de pertencimento e a eficácia da equipe. Veja, a seguir, os principais benefícios de uma cultura e um clima organizacional positivos. Reduz absenteísmo Colaboradores bem-adaptados à cultura da empresa e satisfeitos com o clima de seu ambiente de trabalho faltam menos. Eles se sentem felizes e motivados a irem trabalhar todos os dias, pois têm o trabalho como uma extensão do seu lar, onde se sentem seguros e querem contribuir para melhorar a cada dia. Retém talentos Clima e cultura organizacional positivos nas empresas ajudam a atingir uma boa reputação no mercado de trabalho. Isso porque geram uma melhora na imagem da organização, promovendo-a como um bom lugar para se trabalhar. Isso facilita o recrutamento e a retenção dos melhores talentos. Proporciona um diferencial competitivo Empresas bem vistas por seus colaboradores tendem a atrair os melhores negócios. Isso porque, como seus colaboradores estão felizes em fazer parte dela, abraçam e promovem seus serviços. Assim, ela reflete confiabilidade para o mercado. Melhora a produtividade Um ambiente de trabalho com qualidade de vida, que permite o desenvolvimento individual e coletivo dos colaboradores, tem maior facilidade em otimizar tempo e recursos produtivos, já que os profissionais trabalham em sintonia e estão interessados em fazer sempre do melhor jeito. COMO CUIDAR DA CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL? Podemos perceber que, tanto a cultura quanto o clima organizacional, interferem nos resultados de uma empresa. Se não forem bem cuidados, podem levar a altos índices de rotatividade, à baixa produtividade, a dificuldades na retenção de talentos e, consequentemente, à queda na competitividade da organização. Por isso é tão importante entender bem esses conceitos e as diferenças entre eles. Assim, podemos ficar atentos para identificar a necessidade de ações de melhorias e qual dos dois merece mais atenção em determinado momento. Afinal, não adianta tentar melhorar o clima se a organização não tem uma cultura sólida, onde as ações de melhoria possam apoiar-se. Veja, a seguir, algumas dicas para garantir uma cultura e um clima organizacional fortes e bem cuidados. • Divulgue os valores, missão e visão da empresa — cada profissional precisa saber exatamente do que ele faz parte e pelo que ele trabalha; • Dê bons exemplos enquanto gestor — as equipes tendem a se espelhar em seus líderes, portanto é importante que internalizem e respeitem a cultura da empresa; • Formalize os canais de comunicação — certifique-se de que estejam ao alcance de todos; • Faça com que os colaboradores se sintam ouvidos — suas opiniões e ideias contribuem para o sucesso da empresa; • Valorize as qualidades de cada colaborador — ser percebido como uma parte importante da empresa refletirá na sua produtividade e no seu desempenho; • Dê às suas equipes um propósito — ter um bom objetivo pelo qual trabalhar muda a percepção do trabalhador, que passa a sentir-se mais feliz. A cultura e clima organizacional são conceitos diferentes, mas ambos são interligados e vitais para o sucesso de um empreendimento. É fundamental que a cultura seja forte, bem-estabelecida e possa abrigar um clima favorável à criatividade, ao desenvolvimento profissional e à produtividade no trabalho. GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL A gestão de clima organizacional é uma ferramenta estratégica que tem como objetivo medir o grau de motivação e satisfação dos funcionários. E essa relação agradável no ambiente de trabalho independe do tamanho da sua empresa. Seja uma microempresa ou uma multinacional, aquela que descobre o caminho para manter seus funcionários felizes e motivados se destaca no mercado. Isso porque sabem exatamente o que é gestão de clima organizacional. Trabalhando sempre para manter a equipe engajada com os objetivos da empresa. Sendo assim, empresas que de fato perseguem o segredo sobre o que é gestão de clima organizacional conseguem atrair e reter os principais talentos. O primeiro passo para criar um ambiente saudável na empresa é saber exatamente o que é gestão de clima organizacional. Por seu caráter subjetivo, muitos gestores a definem como sendo uma consequência apenas dos atos do funcionário. Ou seja, a empresa acaba não reconhecendo que a insatisfação do colaborador pode ser consequência dos problemas da própria empresa. Por exemplo, se a sua estrutura de trabalho é ruim, se você paga um salário abaixo do mercado, se não há confiança ou companheirismo entre gestor e subordinados. Cada um desses pontos tem completa influência no clima organizacional da empresa. Sendo assim, é fundamental que a empresa mantenha uma análise constante sobre seu clima. Deixando sempre as portas abertas para o diálogo com os funcionários, já que eles melhor do que ninguém podem revelar os motivos da desmotivação com o trabalho. PRINCIPAIS PROBLEMAS DA FALTA DE GESTÃO DE CLIMA ORGANIZACIONAL Insatisfação profissional O principal erro na gestão de clima organizacional é deixar sua equipe viver o tempo todo insatisfeita. Isso porque nessa realidade os gestores não estão preocupados com a opinião dos colaboradores.Eles se acham sempre os donos da verdade e por isso ignoram os sinais que a própria equipe lhe dá. E esse é um erro grave já que o grande valor da sua empresa está aplicado nos seus funcionários. Sendo assim, quando o profissional não tem uma boa visão sobre a empresa, ele se sente desvalorizado, desmotivado e insatisfeito. Criando uma barreira para que atue constantemente em alto rendimento. Diminuição da produtividade Se o ambiente da empresa não é propício na execução das tarefas, consequentemente a produtividade cai muito. De uma forma geral várias questões podem influenciar na produtividade, como estrutura, formas de cobrança, relação com os gestores, salário e etc. Entretanto, se a empresa consegue manter uma comunicação alinhada e os trabalhadores motivados, qualquer problema fica mais fácil de ser superado na base da conversa. Se um colaborador está engajado, sua produtividade aumenta e ele está sempre disposto a debater seus medos e anseios com o gestor para evoluir cada dia mais. Portanto, ter a visão sobre o que é a gestão de clima organizacional no seu dia a dia tem um papel fundamental para impactar na produtividade da equipe. Falta de comprometimento A insatisfação não só diminui a produtividade como influencia no comprometimento da equipe. Se a empresa não sabe o que é gestão de clima organizacional e mantém um ambiente ruim, o ditado de que o profissional “veste a camisa” da empresa fica na teoria. Se a empresa não preza por um clima organizacional sadio o comprometimento do colaborador com o trabalho é apenas para cumprir tabela. Em outras palavras, ele faz tudo apenas por obrigação e não está devidamente engajado com os objetivos da empresa. Aumento do turnover E com funcionários insatisfeitos se torna praticamente impossível mantê-los na empresa. Aumentando, dessa forma, a temida taxa de turnover. E todos sabem que quanto maior a taxa de turnover menores as chances da empresa alcançar resultados satisfatórios. Empresas que trocam de funcionário a todo o momento perdem dinheiro constantemente com inúmeros processos de admissão e demissão. Além disso, ficam com a imagem manchada no mercado. Se um colaborador sabe que o clima organizacional da empresa não é bom ele pensará duas vezes antes de aceitar o emprego. Sendo assim, reconhecer o que é gestão de clima organizacional se torna essencial para conter as inúmeras saídas de funcionários. BENEFÍCIOS DA GESTÃO CLIMA ORGANIZACIONAL Diminui o turnover Turnover é a métrica que acompanha a rotatividade de colaboradores numa organização. Essa avaliação é importante uma vez que a troca constante de membros da equipe pode ser um sinal de que o ambiente de trabalho não está adequado para o desenvolvimento das atividades. Nesse sentido, a gestão de clima organizacional atua para melhorar as relações de trabalho e, assim, diminuir o índice de turnover. A prática também desempenha o papel de atrair e reter talentos. Além disso, é possível diminuir os custos atrelados à alta rotatividade. Processos seletivos, treinamentos básicos e cursos, além do período de adaptação do novo colaborador, são ações cujo investimento pode ser diminuído, permitindo que a empresa foque em procedimentos que produzam valor para a sua atividade-fim. Aumenta a produtividade O ritmo de produtividade precisa ser intenso e contínuo para que a empresa consiga alcançar seus objetivos. Contudo, engana-se quem pensa que implementar uma cultura de cobrança e de controles rígidos sobre os colaboradores é o caminho para maximizar os ganhos do negócio. Aqui temos mais um exemplo de como a gestão eficiente do clima organizacional traz resultados concretos para quem a implementa. Um ambiente harmônico que disponibiliza ferramentas de trabalho adequadas e que busca fortalecer os laços entre líder e liderados é a base para a construção de uma atmosfera que incentiva a produtividade. Facilita mudanças estratégicas Ao longo da vida de uma empresa, existem momentos em que ela precisa se reinventar e adotar novos métodos para se manter lucrativa. Contudo, quem já passou por um processo de transformação corporativa sabe como a mudança é um processo lento e que sofre resistências por parte dos colaboradores. Nesse sentido, a gestão de clima atua para aumentar e solidificar a confiança dos funcionários nas decisões tomadas pela direção. O objetivo é fazer com que todos se sintam parte do projeto e, portanto, beneficiados. Isso possibilita que as alterações estratégicas sejam assimiladas de forma muito mais rápida e respaldadas por todos os níveis. O resultado é uma empresa ágil e pronta para enfrentar os desafios impostos pelo mercado. Engaja os colaboradores Os colaboradores sabem e compreendem de que forma eles são fundamentais para produzir valor e ajudar a empresa a bater seus objetivos e, consequentemente, fazê-la crescer? Eles seguem as diretrizes e as normas de conduta estabelecidas pela organização? É outra preocupação da gestão de clima avaliar como os colaboradores se comportam em relação às metas individuais e às de equipes e se eles estão engajados a assumir as suas responsabilidades. Embora esse acompanhamento seja compartilhado por cada um dos gestores de área, a alta direção deve estar focada no alinhamento das expectativas. Reduz conflitos internos Conflitos surgem naturalmente a partir do relacionamento interpessoal. Em grupos profissionais, é preciso administrar egos, ambições, afinidades, expectativas e uma série de sentimentos que podem destruir o ambiente organizacional e levar a empresa ao fracasso. Há discussões positivas para o andamento do negócio. O debate claro e respeitoso de ideias permite que equipes construam soluções mais ricas e aumentem a chance de sucesso do projeto que estão sendo executados. Assim, a troca de opiniões deve ser sempre estimulada. O problema está nos conflitos que contaminam o ambiente de trabalho. Nesse sentido, o objetivo da gestão de clima é evitar que tais situações impactem negativamente o negócio, diminuindo a produtividade e a motivação dos colaboradores. A administração do ambiente busca a transparência nas decisões e nos processos, a fim de extrair o máximo das equipes. FAZENDO UMA BOA GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL 1. Valorize sua equipe O foco da gestão de clima organizacional é o colaborador. Sendo assim, a valorização profissional é essencial para mantê-los comprometidos e engajados com os objetivos da empresa. Profissionais que percebem a sua importância e se sentem reconhecidos aumentam a produtividade e de fato vestem a camisa pela empresa. Os líderes que reconhecem o que é gestão de clima organizacional sabem como identificar as necessidades da equipe. E assim, conseguem com maior facilidade desenvolver estratégias que aumentem a satisfação dos empregados. Seja oferecendo benefícios, readequando os funcionários nas funções corretas ou até possibilitando a inscrição em cursos e formações profissionais. 2. Melhore o ambiente de trabalho O ambiente da empresa é tudo. Toda empresa possui pessoas com diferentes perfis e objetivos pessoais e profissionais, então, opiniões distintas são uma realidade. Entretanto, manter uma relação saudável, colocando todos em direção ao mesmo objetivo, é um dos principais desafios dos gestores que tem como missão reconhecer os impactos sobre a gestão de clima organizacional. Um ambiente hostil possui uma alta taxa de turnover e principalmente mantém as portas fechadas para bons resultados. Porém, empresas que mantém um alto índice de confiança entre funcionários e gestores aumentam a produtividade e fluidez da equipe. 3. Capacite seus profissionais Uma boa gestão de clima organizacional passa necessariamente por uma capacitação adequada dos seus profissionais. Se os colaboradores desenvolvem sua carreira constantemente dentro da empresa a autoestima permaneceelevada diariamente. E isso influencia diretamente nos resultados, já que sua empresa terá profissionais mais capacitados e com novos conhecimentos para executar suas tarefas. Saber o que é gestão de clima organizacional, portanto, não só ajuda a engajar mais os profissionais, mas traz resultados extremamente positivos para a empresa. 4. Ofereça feedbacks constantes Uma gestão de clima organizacional adequada passa necessariamente por feedbacks contínuos. Gestores que estão a todo momento avaliando o desempenho da equipe, e, principalmente expondo sua opinião com ética, tendem a criar um laço de confiança com a equipe. E quando se fala de feedback, não estamos falando de imposição de autoritarismo sobre o trabalho, mas sim de uma abertura de diálogo franco e justo entre gestor e colaborador. É necessário que o gestor, muito mais do que simplesmente falar, saiba ouvir o que o seu funcionário tem a dizer sobre a empresa em todos os sentidos. Isso faz parte do caminho do conhecimento sobre o que é gestão de clima organizacional. O que o motiva? O que o desmotiva? Essa conversa precisa ser verdadeira e respeitosa, para que todos os feedbacks tragam de alguma forma algo positivo para o crescimento tanto do gestor como do subordinado. 5. Mantenha uma boa estrutura de trabalho Todo profissional precisa do mínimo de estrutura para conseguir executar seu trabalho com qualidade. Imagina um cenário onde a empresa exige muito, mas não oferece o mínimo de condições para as tarefas. A chance de um profissional se desmotivar é muito fácil nessa realidade. Uma vez que esse profissional sabe da sua capacidade, mas é barrado por condições precárias que o impedem de contribuir efetivamente com os objetivos da empresa e com seu crescimento. Por isso, a estrutura de trabalho é ponto fundamental no caminho de descobrimento sobre o que é gestão de clima organizacional de fato. Empresas que investem em estrutura potencializam as habilidades e os talentos dos seus colaboradores. E tem até mais facilidade de serem vistas como modelo de inovação e modernidade por sua equipe e por futuros talentos disponíveis no mercado. 6. Invista hoje no seu capital humano O mercado vem se tornando cada vez mais competitivo. Empresas que hoje mensuram seus pontos fortes e pontos fracos tem mais chances de se destacar na busca por resultados. Isso porque essa análise lhes possibilita a criar estratégias que foquem principalmente em seu capital humano. E nesse universo empresarial saber o que é gestão de clima organizacional se tornou praticamente uma obrigação. Quem investe na satisfação dos seus funcionários consegue aumentar a produtividade e consequentemente atrai e retém mais talentos no mercado. TIPOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL O clima organizacional tem o poder de impactar tanto positivamente como negativamente as empresas. Influenciando de maneira satisfatória, em um ambiente que seja propício para o crescimento dos profissionais, ou de maneira negativa, aumentando a taxa de turnover. E cada empresa possui seu próprio tipo de clima organizacional que é definido pela cultura, perfil de seus profissionais, ambiente e etc. Conheça abaixo quais são os 3 tipos de clima organizacional: • Clima organizacional bom; • Clima organizacional médio; • Clima organizacional ruim. Cada um desses tipos de clima organizacional tem total impacto sobre o engajamento, desempenho e resultados da empresa. Clima organizacional bom Ter um clima organizacional considerado bom ou favorável significa que o ambiente da empresa é agradável de se trabalhar. É o cenário ideal e que todas as empresas precisam almejar se realmente desejam crescer e se destacar no mercado. A felicidade no trabalho desempenha um grande papel neste tipo de clima organizacional. Funcionários felizes trabalham com prazer, se sentem acolhidos e parte de uma verdadeira família que se dedica a um objetivo em comum. É o clássico caso da equipe que está disposta a “vestir a camisa da empresa”. Imagine, por exemplo, que você encontrou um profissional com perfil perfeito para uma vaga em sua empresa, mas ele está com duas outras propostas além da sua. Quando o clima organizacional de sua empresa é bom, se torna muito mais fácil atrair e reter este profissional de alto nível, pois ele sabe que será valorizado pelos gestores e se sentirá satisfeito no ambiente de trabalho. Em troca, você terá um colaborador engajado, produtivo, dedicado e cada vez mais alinhado com a essência da empresa, pois se enxergará como uma peça essencial para o seu sucesso. A cultura empresarial da Amazon, por exemplo, facilita para que seja possível separar os funcionários que realmente querem estar ali daqueles que só estão interessados no dinheiro e em bater ponto. No fit cultural da gigante do e-commerce, são oferecidas altas quantias para que funcionários peçam demissão se não acreditam na missão da empresa. Desta forma, apenas os colaboradores que estão comprometidos de verdade acabam ficando. Isso possibilita um clima favorável, no qual todos são participativos, se sentem livres para dar sugestões criativas e conseguem se empenhar o máximo possível. Em suma, existem diversas vantagens em ter um tipo de clima organizacional favorável, como: • Atração e retenção de novos talentos; • Aumento da motivação e do engajamento; • Redução de custos com demissões e admissões; • Comunicação eficiente e objetiva; • Redução da rotatividade e do absenteísmo; • Melhoria da imagem da empresa no mercado. Clima organizacional médio Este é um tipo de clima organizacional classificado como neutro ou “mais ou menos”. O ambiente possui um clima mediano, ou seja, com funcionários que em sua maioria trabalham por obrigação e com uma mentalidade de “tanto faz”, já que não são motivados o suficiente e flertam com a insatisfação completa no trabalho. É um cenário perigoso, pois retrata uma empresa que está mais próxima de um clima organizacional ruim do que bom, caso nada seja feito a curto e longo prazo. Geralmente, este tipo de clima organizacional pode ocorrer na seguinte situação: A própria empresa se contenta com resultados medianos, e isso faz com que os colaboradores adotem a mesma linha de pensamento. Logo, não dão 100% do que são capazes e dependem da cobrança mais direta de seus superiores. Sem contar que não há qualquer espírito de equipe e muito menos vontade de continuar ali. Com o tempo, o histórico de atrasos e faltas aumenta, as interações entre funcionários se tornam inexistentes e o desinteresse com os compromissos fica cada vez mais comum. No final das contas, os resultados da empresa começam a sofrer as consequências e as dificuldades vão se acumulando. Neste caso, é até possível atrair novos talentos para a equipe, mas as chances de retenção são baixas a partir do momento que eles percebem a falta de reconhecimento ou quaisquer perspectivas de realização e crescimento profissional. Cabe aos gestores e líderes da empresa reverter este quadro por meio de táticas e estratégias específicas e assertivas. Colocar em prática técnicas de motivação no ambiente de trabalho, por exemplo, é um excelente ponto de partida. Clima organizacional ruim Por fim, quando o clima organizacional é ruim ou desfavorável, a situação já beira o caos. Altos níveis de insatisfação, imagem negativa no mercado, conflitos internos e a falta de comunicação por parte dos gestores são apenas alguns dos sintomas. Absenteísmo e turnover são dois outros grandes exemplos de um clima organizacional ruim. As faltas, os atrasos e a rotatividade dos colaboradores atingem índices que afetam diretamente os resultados devido à produtividade limitada e aos próprios custos da empresa, pois como você já deve saber, processos de admissões e demissões pesam nas despesas. O clima é tão ruim e nocivo que os funcionários insatisfeitos que por algum milagreainda fazem parte da equipe só estão no aguardo da melhor oportunidade para sair. Neste cenário desordenado, é crucial elaborar um plano de ação mais profundo para virar o jogo e colocar a empresa no caminho certo. Entre as práticas para melhorar o clima organizacional, podemos citar: • Criar um ambiente com boas condições de trabalho; • Valorizar e reconhecer o trabalho dos colaboradores; • Ouvir os funcionários e oferecer feedback constantemente; • Incentivar o trabalho em equipe e a participação de todos; • Oferecer treinamentos e incentivos à formação profissional; • Permitir flexibilidade de horários e trabalho em home office; • Implementar uma liderança horizontal. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL Também chamado de diagnóstico empresarial, essa ferramenta se constitui em uma série de ações e análises da organização como um todo, buscando melhorar o seu desempenho. O diagnóstico organizacional ajuda a identificar lacunas na empresa e também a descobrir seus pontos positivos. Assim, a gestão pode desenvolver estratégias assertivas para corrigir as falhas e potencializar as forças da companhia, aumentando sua competitividade e resultados. O diagnóstico organizacional permite realizar um mapeamento completo da empresa, também considerando o desempenho de cada departamento no estudo, dando a gestão condições para identificar os problemas atuais, encontrar oportunidades de crescimento e descobrir soluções novas para as situações enfrentadas. Mais do que isso, esta ferramenta ajuda a prevenir acontecimentos que irão prejudicar a organização no futuro. Para isso tudo acontecer, no entanto, é necessário contar com dados objetivos que irão mostrar a realidade da empresa e, assim, pautar com maior segurança a tomada de decisão feita para melhorar a organização. Desta forma, o diagnóstico empresarial é uma excelente ferramenta para a gestão de negócios de diversos tamanhos e segmentos de mercado. Seja uma empresa recém-aberta ou uma que esteja em atividade há 30 anos, essa pesquisa tem muito a contribuir para melhorar o desempenho da organização e garantir o seu espaço. Os 7 pilares do diagnóstico organizacional Toda empresa se divide em diversas áreas de atuação. E todas elas devem trabalhar de forma integrada em busca de um objetivo comum. A administração financeira e a contabilidade precisam estar alinhadas com a área de marketing e de vendas, assim como RH, operações etc. Todos trabalhando de forma colaborativa. Sem isso, a empresa não conseguirá progredir. Afinal, cada área estará em busca de resultados que não conversam entre si. Por isso, ao realizar o diagnóstico organizacional, é importante ficar atento aos 7 pilares que compõem a organização empresarial. São eles: • Estratégias de negócio • Vendas • Gestão financeira • Marketing • Atendimento ao cliente • Recursos Humanos • Produção Assim, garante-se que todas as áreas da empresa serão analisadas e, após o diagnóstico e a definição dos planos de ação, estarão se comunicando adequadamente no ambiente de trabalho. 4 etapas do diagnóstico organizacional Um diagnóstico organizacional é realizado por meio de perguntas que vão gerar respostas com as informações necessárias para entender a situação atual da empresa. Veja como fazer isso: 1- Defina as perguntas Para cada área, uma série de perguntas deve ser criada para detectar a realidade atual de seu negócio. É importante que as perguntas de cada área sejam criadas por profissionais especializados nesse ramo de atuação. Veja um exemplo de questionário para diagnóstico empresarial que pode ser usado para entender melhor as estratégias da empresa: • Os resultados da empresa estão alinhados com o planejamento estratégico? • Quais são os pontos fortes e os pontos fracos da empresa? • Que mudanças devem ser feitas para melhorar os resultados? • Os colaboradores sabem exatamente o que se espera deles? • Se precisasse recomeçar a empresa do zero, o que faria diferente? • Se estivesse competindo contra você mesmo, onde atacaria? • O que é preciso fazer para corrigir os pontos fracos? • Como é feito o planejamento da empresa? • Como a empresa reage a mudanças? • A empresa analisa o mercado para definir estratégias? Este é apenas um exemplo. Cada empresa deve pensar nas perguntas certas a serem feitas. Por isso, a visão externa e isenta de um consultor empresarial, muitas vezes, é mais efetiva ao se realizar um diagnóstico organizacional. 2- Colete as respostas A coleta das respostas aos questionários não se resume simplesmente a entrevistas. Existem outras formas de se entender uma empresa. Isso pode ser feito também por meio da observação das equipes trabalhando; pela análise de documentos usados pela empresa e pelo estudo dos processos e dos dados dos sistemas automatizados, se a empresa contar com eles. Uma forma de agilizar a coleta das respostas dos questionários é usando formulários de pesquisa interna online. Mas entrevistas pessoais mais profundas sempre serão necessárias também. 3- Identifique problemas e oportunidades Agora, com todas as informações organizadas, é hora de identificar o que pode ser melhorado e o que pode ser uma oportunidade para a empresa. A famosa análise SWOT e outras ferramentas de planejamento estratégico podem ajudar muito nessa hora. Defina quais são os problemas mais urgentes e que devem ser solucionados antes, crie uma lista de prioridades. 4- Desenhe as estratégias e os planos de ação Agora que você sabe o que precisa ser feito, defina como suas forças podem ser usadas para eliminar problemas ou aproveitar oportunidades. Crie planos de ação para eliminar as fraquezas que estão afetando sua empresa. Quando e como fazer o diagnóstico organizacional O diagnóstico organizacional é importante tanto para empresas em início de operação quanto para empresas que precisam reavaliar sua gestão. Para começar seu diagnóstico, divida sua análise em quatro partes, e faça a si mesmo, aos outros gestores e aos seus colaboradores, as seguintes perguntas: Marketing • Investir em uma parcela segmentada da população é muito mais eficiente e barato. Eu tenho um público-alvo definido para concentrar meus esforços de marketing? • Nos últimos anos, a comunicação mudou mais que nos outros 100 anos anteriores. Será que estou divulgando meu produto de forma moderna e financeiramente otimizada? • Principalmente em um pequeno negócio, o vendedor também é um profissional de relações públicas. Ele está fazendo um bom trabalho nesta área? • Mais do que a verba de comunicação, sua mensagem deve ser eficaz. O que sua publicidade diz sobre a sua empresa significa algo para os potenciais clientes? Gestão • Bons funcionários são a alma de uma empresa. Contratar por tentativa e erro pode ser desastroso. Você possui um processo organizado para contratações? • Empreendedores e gestores costumam ter dificuldade de largar o comando. Você sabe delegar as tarefas para não se sobrecarregar? • O bom gestor deve coletar todos os dados operacionais e feedbacks da organização. Seus clientes estão satisfeitos? Seus colaboradores trabalham da melhor forma possível? Qual o efeito de cada procedimento? Contabilidade e Finanças • Uma gestão financeira bem feita não faz um mau negócio prosperar. Mas uma contabilidade descuidada pode destruir uma grande empresa. Este seu departamento está bem qualificado? • Com uma contabilidade eficiente, você conhece seus custos. Mas e seus vendedores? Eles sabem quanto vale o produto e com quais preços podem trabalhar? • O preço de seus produtos deve ser consequência do custo de produção e da proposição de valor. Você cobra um preço justo, que proporciona lucro, mas ainda é atraente? Liderança • O gestor e o líder são a cabeça do negócio. Eles podem ser a mesma pessoa, ou não. Você sabe diferenciar os dois? • Agora quevocê identificou gestores e líderes, sabe dizer se eles estão fazendo cada um o seu trabalho? Como fazer um Diagnóstico Organizacional eficiente? Algumas empresas contam com profissionais especializados para fazer este serviço, que sabem fazer este mapeamento de forma qualificada. No entanto, os gestores e interessados também podem conhecer como funciona e como fazer um diagnóstico organizacional para garantir que este estudo seja eficaz e produza os resultados desejados. Esse diagnóstico organizacional pode ser feito tanto na empresa inteira como também focar em cada departamento: o setor de marketing não está impactando a imagem e divulgação da companhia como deveria? As vendas não estão aumentando, mesmo considerando a sazonalidade do consumo do público-alvo? Há diversas falhas no estoque que estão prejudicando toda cadeia? As metodologias aplicadas pelo RH estão sendo realmente eficazes ou não? Pensando em tudo isso, podemos descrever 5 passos para fazer um diagnóstico organizacional eficiente: 1- Coletar Informações Ter dados de cada setor e da gestão é fundamental para fazer uma boa avaliação que revele a realidade da empresa. Por isso colete todas as informações que conseguir dos departamentos, por exemplo: • Faça entrevistas com os colaboradores; • Analise os documentos importantes; • Quantifique o desempenho da organização, de cada área e funcionário; • Verifique o número de vendas, lucratividade, despesas, clientes, etc; • Mapeie os fluxos de trabalho e processos; • Confira indicadores valiosos, como o turnover. Todas estas informações e tantos outros dados vão auxiliar a identificar os gargalos das operações e gestão, aquilo que está dando certo e o que pode ser melhorado. Uma dica é usar ferramentas eletrônicas e softwares para te ajudar nesse processo, tornando-o mais ágil e descomplicado – afinal, dependendo do tamanho da empresa, essa coleta e análise pode ser extensa e demorada. 2- Analisar as informações coletadas Após coletar todas essas informações, é a hora de analisar cada dado. Monte formas de estruturar cada conteúdo: relatórios; gráficos; planilhas; tabelas e outras representações são ótimas formas de conseguir encontrar e visualizar determinados fatos com maior facilidade. Separar os dados em categorias – departamento, gravidade, urgência, positivo, negativo – também é uma boa ideia para tornar a compreensão das informações mais prática e organizada. 3- Identificando forças e fraquezas Agora é o momento de entender o que todos os dados coletados significam para a empresa. O profissional que estiver fazendo o diagnóstico organizacional deve analisar as informações e descobrir quais são os pontos fortes dentro da organização e os passíveis de serem aprimorados: quais processos estão dando resultado? Quais áreas da companhia estão com um desempenho abaixo do esperado? O que pode estar por trás desses números e respostas qualitativas? Desmotivação? Metodologias ultrapassadas? Além disso, essa análise pode permitir identificar oportunidades que iriam passar despercebidas, trazendo ainda mais resultados para a empresa. Uma dica para esta etapa é separar cada item – forças, fraquezas, ameaças e oportunidades – e classificá-las por ordem de prioridade. Desta forma, se foi identificado um problema grave que está afetando o desempenho do negócio, esta questão será destacada para ser solucionada o mais rápido possível, priorizando melhor cada situação. 4- Defina o plano de ação Munido de todas as informações, análises e conclusões, é o momento de planejar como, na prática, os problemas serão resolvidos e as oportunidades serão convertidas em benefício para a empresa. Defina estratégias, considerando a realidade e possibilidades da sua empresa, que irão corrigir as falhas e potencializar os pontos positivos na organização. É importante que esta ação tenha metas, objetivos e cronograma para tornar o processo mais efetivo e, desta forma, verdadeiramente trazer melhorias para o negócio. FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL As ferramentas de diagnóstico organizacional descritas a seguir são os instrumentos mais adequados para avaliar seu negócio e construir um planejamento estratégico mais eficaz. Elas permitirão avaliar todas as áreas do seu negócio, abrangendo as finanças, produção, recursos humanos, vendas e tecnologia, entre outras. Assim, será mais fácil identificar pontos fracos e fortes, corrigir problemas e consolidar estratégias para obter sempre os melhores resultados. Análise SWOT A Análise SWOT é uma das mais conhecidas ferramentas de diagnóstico organizacional. É uma metodologia intuitiva que tem por objetivo verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em que ela atua. O termo SWOT é uma sigla em inglês, que representa um acrônimo com os seguintes termos: Strengths = Forças: as forças fazem parte do ambiente interno do negócio, aquele que é possível controlar. Assim, as forças de uma empresa podem ser sua marca, localização, uma rede de distribuição poderosa etc. Weaknesses = Fraquezas: da mesma forma que as forças, as fraquezas são internas ao negócio. São características da empresa que afetam negativamente seu desempenho. Por exemplo: uma força de vendas sem treinamento adequado, falta de capital para investir, lideranças fracas etc. Opportunities = Oportunidades: as oportunidades se encontram fora da empresa, fazem parte da conjuntura e não é possível controlá-las. Imagine um hotel de praia aqui no Brasil que descobre que esse será um dos verões mais ensolarados dos últimos anos. trata-se de uma excelente oportunidade para os negócios. Outra seria a alta do dólar, que inibiria viagens internacionais. Threats = Ameaças: o oposto das oportunidades, as ameaças também estão fora do controle da empresa, por exemplo: alta da taxa de juros, instabilidade política, leia ambientais que encarecem a produção etc. A matriz SWOT permite observar a atual situação da empresa, estabelecendo precisamente seu posicionamento no mercado. A partir daí os gestores poderão elaborar estratégias eficazes visando a consolidação dos pontos fortes para aproveitamento das oportunidades e a correção das fraquezas e para se proteger contra as ameaças. Matriz BCG A matriz BCG é uma ferramenta bastante visual e intuitiva, que define diferentes tipos de produtos ou de unidades de negócios baseada em dois fatores: participação de mercado e crescimento de mercado. Seu principal objetivo é auxiliar a tomada de decisões estratégicas mais adequadas sobre cada produto ou negócio analisado. A parte gráfica da ferramenta é composta por uma matriz com quatro quadrantes, cujos nomes são bem curiosos: • Estrelas: esses produtos, serviços ou unidades de negócios têm uma alta participação em um mercado que se encontra em rápido crescimento. Apesar de lucrativos, demandam um alto investimento para se manterem nesse mercado. • Pontos de interrogação: neste caso, apesar da baixa participação, o mercado também parece promissor, com indicações de crescimento. Existe uma dúvida se esses produtos, serviços ou unidades de negócio darão certo, mas é preciso investir para descobrir. • Vacas leiteiras: são as estrelas em queda. Depois de fazerem sucesso no mercado, ele se estabiliza. Assim, não é mais preciso investir muito nele, o que faz com que gerem um caixa gordo e contínuo. Mas um dia isso vai acabar. • Abacaxis: uma hora o mercado para de crescer e a participação decresce. Trata-se do fim do ciclo de vida de um produto, serviço ou unidade de negócio. É hora de decidir por seu encerramento. APLICAÇÃO DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL Muitas profissionais não sabem como fazer pesquisa de clima organizacional, pelo menos não de maneira realmente eficiente. Esse é um processo que exige dedicação e cuidado, respeitando todas as etapas para que os resultadossejam realmente úteis. Organizar uma pesquisa é uma atividade que pode custar certo tempo, sendo assim, é essencial se concentrar nessa tarefa. Uma pesquisa rápida não é suficiente para identificar quais são os reais problemas que estão afetando a performance interna. A pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta utilizada pelo RH para analisar as condições do ambiente interno de uma organização, identificando obstáculos e buscando alinhar melhor as expectativas de colaboradores e gestores. Um clima positivo é propício ao desenvolvimento do negócio, visto que é sinônimo de mais engajamento entre as equipes, comprometimento e retenção de talentos. 1. Defina o escopo da pesquisa Dentro do contexto organizacional, são diversos os fatores e situações que podem afetar as pessoas que trabalham em uma empresa. Identificar esses aspectos é fundamental para que a gestão de pessoas possa atuar sobre eles, impedindo que continuem a prejudicar a produtividade individual e coletiva. O primeiro passo é definir quais serão os campos explorados e investigados, fazendo comparações e melhorias, alcançando um nível de reconhecimento entre as melhores organizações para se trabalhar de acordo com rankings que são divulgados todos os anos. Os campos de análise que são mais comumente considerados nas pesquisas de clima organizacional de sucesso, são: • Ambiente e condições de trabalho: aqui se considera a percepção do colaborador sobre o ambiente de trabalho, ou seja, se ele se sente fisicamente seguro, emocionalmente saudável e se os desafios da rotina não provocam estresse excessivo; • Comportamentos e relações: aqui são analisados aspectos culturais do comportamento dos indivíduos para compreender a qualidade das relações, observando o grau de integração entre as pessoas, assim como as tendências ao individualismo ou à cooperação; • Qualidade da comunicação: esse ponto visa identificar problemas de comunicação que afetam as relações e prejudicam a produtividade, elaborando ações de melhoria; • Lideranças: aqui cabe uma visão quanto ao alinhamento das lideranças à cultura organizacional, assim como seu papel de influência e a qualidade das relações com os liderados; • Motivação: esse campo busca avaliar o quanto os colaboradores se sentem motivados, o grau de alinhamento entre suas expectativas e o que a empresa pode lhe oferecer; • Qualidade de vida: compreende um olhar mais atento aos sentimentos dos colaboradores quanto ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; • Política de remuneração: a estratégia de remuneração aplicada impacta diretamente na satisfação do funcionário e no clima organizacional, razão pela qual é importante entender o quão estimulante ela é para as pessoas que trabalham na empresa. 2. Elabore o questionário Após definir os campos que vão compor o escopo da pesquisa, elabore as questões. Certifique-se de usar uma linguagem simples e objetiva, que não deixe espaço para confusão. Não precisam ser especificamente perguntas. Um modelo amplamente utilizado é o das sentenças afirmativas. Com elas, o RH propõe frases afirmativas e positivas sobre a empresa, sendo assim o colaborador tem apenas que concordar ou discordar da sentença. 3. Defina a escala de respostas A chamada Escala de Likert é uma das mais utilizadas quando o assunto é pesquisa de clima organizacional. Ela oferece 5 opções de resposta para cada item do questionário, sendo elas: • Concordo totalmente • Concordo mas não totalmente • Não sei responder • Discordo mas não totalmente • Discordo totalmente 4. Estabeleça filtros Os filtros permitem análises mais específicas segundo subgrupos de colaboradores, aplicando melhorias mais direcionadas. Sendo assim, a empresa pode segmentar a pesquisa por unidade, área, faixa etária, tempo de atuação na empresa, gênero ou cargo. Dessa forma, fica mais fácil considerar as características de cada um desses grupos. O importante é ter em mente que esses filtros não devem expor, de forma alguma, a identidade dos colaboradores que pertencem a eles. 5. Escolha a metodologia de aplicação A pesquisa pode se dar através de diversos meios, sendo que formulários impressos com tabulação em planilha é uma escolha um tanto quanto ultrapassada e que consome muito mais tempo. A empresa pode utilizar ferramentas online ou, melhor ainda, contar com softwares que automatizam o processo, agilizando as demais etapas após a aplicação do questionário. 6. Faça uma campanha de engajamento Para que os resultados da pesquisa sejam satisfatórios e mais próximos da realidade, é essencial que o maior número de colaboradores participe da pesquisa de clima organizacional. Por isso, é importante investir em uma campanha que conscientize os profissionais sobre a necessidade da participação de cada um. Essa divulgação pode e deve utilizar das ferramentas de comunicação interna, assim como da voz dos gestores e líderes, que atuarão como um incentivo de peso para convencer as equipes. Use a criatividade e tenha clareza ao explicar o que representa a pesquisa e quais são os objetivos dela. Mostre que todos só têm a ganhar com ela. 7. Coloque em prática Repasse todos os aspectos de engajamento trabalhados durante a divulgação da pesquisa e coloque o questionário em prática. Forneça senhas de acesso ao sistema em que a pesquisa será feita e mostre que o anonimato é garantido, para que todos tenham segurança para serem sinceros em suas respostas. 8. Reúna informações Reúna todas as informações da pesquisa segundo os filtros definidos na etapa 4, de preferência em gráficos que facilitem a análise. Se sua empresa já tiver realizado pesquisas anteriormente, acrescente esses dados também, pois podem ser úteis para comparação. 9. Analise os resultados Analise os gráficos e informações, identificando os pontos fortes e fracos da empresa, de uma forma mais geral. Elabore soluções possíveis para cada problema encontrado e organize-os em uma ordem de prioridade, facilitando a posterior execução desse trabalho. 10. Dê feedback Após concluídas todas as etapas anteriores, é o momento de comunicar aos colaboradores os resultados da pesquisa e quais serão as ações de melhoria necessárias. Essa é uma etapa essencial para que todos estejam cientes do que será feito e estejam, também, engajados com o que será feito dali em diante. Nesse ponto, a gestão também deve ter consciência de que esse é um processo contínuo e que deve ser repetido periodicamente, buscando o aprimoramento constante. Passar essa visão para os profissionais é uma forma de comunicar que seus esforços em contribuir com essa jornada também serão reconhecidos futuramente. COMUNICAÇÃO INTERNA Comunicação interna é um setor, ou os esforços, focados em garantir um bom relacionamento e alinhamento entre uma organização e seus colaboradores. A comunicação interna permite que a empresa atue de forma integrada, promovendo maior produtividade, engajamento e resultados. Quando falamos em ações de comunicação e marketing, o primeiro público- alvo que vem à mente da maioria dos empreendedores é o externo, composto predominantemente por clientes. Certo? Por outro lado, nem sempre o público interno é lembrado, o que é um grande problema para as empresas. Afinal, são os colaboradores que fazem a máquina funcionar. Sem ter uma boa comunicação com eles, suas estratégias dificilmente alcançarão os resultados esperados. Ou você acredita que um funcionário desinformado e desmotivado será produtivo? Tais problemas podem ser resolvidos ou minimizados com a comunicação interna. Essa ferramenta é importantíssima para as empresas que sabem que precisam de profissionais engajados para atingir seus objetivos. A comunicação interna é uma área da comunicação integrada que foca suas ações nos colaboradores de uma empresa. Trata-se da transmissãoe do compartilhamento de informações relevantes e estratégicas em um ambiente corporativo. Essa troca pode ser feita tanto de forma vertical (entre superiores e subordinados e vice-versa) ou de forma horizontal (entre os funcionários de um mesmo nível hierárquico). Mas do que se tratam essas informações? Bom, isso pode variar de uma mensagem mais ampla, como a propagação dos valores, missões, visões, estratégias de mercado e objetivos organizacionais, até algo mais segmentado e restrito a um grupo de funcionários, como feedbacks e metas por departamento. O principal objetivo da comunicação interna é manter os colaboradores alinhados e engajados com os objetivos, causas e discursos da organização. Dessa maneira, são estabelecidas e estimuladas condutas que vão de encontro ao que a empresa prega. IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA Melhora o clima organizacional Se você já foi funcionário, deve ter ideia de como é chato um ambiente de trabalho em que pessoas pouco interagem entre si, não é mesmo? Por meio da comunicação interna, os profissionais são estimulados a desenvolver relacionamentos interpessoais e o espírito de cooperação. As distâncias entre os departamentos são reduzidas e, com isso, as pessoas podem interagir mais e trabalhar em sintonia. Com um maior envolvimento entre os funcionários, o entrosamento aumenta e o time sai mais fortalecido, contribuindo, assim, para um clima mais leve, respeitoso e produtivo. Aumenta a produtividade interna A partir do momento em que os colaboradores se sentirem engajados com os objetivos da empresa, é natural que eles se esforcem mais para contribuir com a organização. Cada funcionário passa a entender melhor seu papel dentro da empresa, sua importância e o impacto que seu trabalho gera nos resultados globais da companhia. Isso faz com que os profissionais saibam o quanto eles e suas respectivas equipes precisam produzir para que o negócio, como um todo, seja beneficiado. Enfim, com mais motivação e foco, a tendência é de que a produtividade também seja maior. Diminui a taxa de rotatividade Essas noções de produtividade e de relevância para a organização também contribuem para um tempo maior de permanência dos colaboradores. Mas não é só isso. Funcionários mais motivados, reconhecidos e inseridos em um ambiente de trabalho agradável são mais felizes e quase não têm motivos para sair da empresa. Uma mudança de ares será menos considerada quando a qualidade de vida no trabalho for recompensadora o suficiente. É como em um relacionamento conjugal: se a relação for verdadeira, transparente e entrosada (valores que a comunicação interna propõe), as chances de separação diminuem. Facilita a integração de novos funcionários Um novo contratado que chega conhecendo a história da empresa, sabendo as funções que deverá cumprir e sendo bem recebido pelos atuais colaboradores tende a se integrar mais facilmente. Como a comunicação interna prega a existência de um clima organizacional amigável e interativo, é essencial que os novos funcionários não fiquem isolados e se adaptem o mais rápido possível. É importante que não existam barreiras. Assim, os novatos se sentirão mais à vontade para tirar dúvidas, dar sugestões e se aproximar das outras pessoas. Minimiza os boatos e as fofocas Se tem uma coisa que detona com qualquer ambiente de trabalho são os boatos, rumores e fofocas internas. Isso é fruto de informações escondidas, desencontradas e mal distribuídas pelos líderes e seus funcionários. Imagine, por exemplo, que o diretor de uma empresa tenha contado para um funcionário próximo que está negociando a mudança de escritório para uma outra cidade, mas sem revelar o destino. Se esse funcionário contar para mais uma pessoa, essa informação incompleta vai se espalhar aos poucos pela organização, abrindo margem para especulações e preocupações desnecessárias sobre a nova sede da empresa. Se for para levar a comunicação interna a sério, o jogo precisa ser aberto com os colaboradores, ok? Reduz os efeitos de uma crise Quando uma empresa passa por um momento difícil e resolve mostrar para o público interno sua real situação e as estratégias projetadas para melhorar, ela consegue reforçar a união entre os funcionários. Mas é bom deixar claro que isso só será possível se todos os benefícios anteriores forem percebidos pelos colaboradores. Não espere comprometimento de um profissional desalinhado com os objetivos da empresa, insatisfeito com o ambiente de trabalho ou desprestigiado. Um exemplo de ação de comunicação interna que contribui com a redução de uma crise é a abertura para a participação dos colaboradores nas decisões estratégicas da companhia. Se houver um canal em que eles possam deixar suas propostas de melhorias e receber um feedback por isso, as chances de as soluções aparecerem serão maiores. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INTERNA Por mais simples que pareça, todo canal que permita a criação de um espaço ou perfil para divulgar informações oficiais da empresa serve como ferramenta de comunicação interna. Mural Ideal para equipes que preferem canais offline, o mural serve para divulgar folhetos, alertas e até para auxiliar no gerenciamento de projetos complexos. Para que seja eficaz, precisa ser posicionado em um local onde todos os interessados possam vê-lo. Intranet É uma área digital exclusiva para os gestores e funcionários da companhia, onde é possível inserir comunicados de todos os departamentos. Dependendo do propósito, vale inserir informações de contato com diferentes setores da organização, material e cursos de aperfeiçoamento, novidades, etc. E-mail Comum no dia a dia de praticamente todas as profissões, o e-mail é uma ferramenta simples, de baixo custo e grande potencial. Ele pode ser usado para qualquer tipo de comunicação, com a vantagem de ser acessível dentro e fora da empresa, permitir o encaminhamento e envio de uma mensagem para um grupo de pessoas. Reunião presencial Embora os canais a distância agilizem a rotina da empresa, há temas e situações que se resolvem com maior facilidade em encontros presenciais. Por isso, a reunião ainda é um dos instrumentos mais eficientes para fazer anúncios oficiais, planejar ações e monitorar resultados. Só tome cuidado para não se estender muito nesses encontros. Monte uma pauta e defina seu tempo de duração previamente. Caixa ou espaço para sugestões Uma comunicação de qualidade não é unidirecional. Portanto, é necessário projetar locais que favoreçam comentários e feedbacks dos funcionários, independentemente de seu nível hierárquico. A caixa de sugestões, em formato material ou virtual, é uma boa pedida para cumprir esse papel, mostrando que a empresa está aberta para escutar seus colaboradores. Lembre-se de responder cada mensagem e solicitação o mais breve possível. Newsletter Se desejar manter uma comunicação periódica via e-mail, a newsletter é uma opção interessante. Pode, ainda, ser impressa caso os empregados prefiram ler as informações em papel ou estejam acostumados com o antigo jornal da empresa. ACOMPANHAMENTO DOS RESULTADOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA Dentro do seu planejamento de comunicação interna, é importante estabelecer um ou mais indicadores ou KPI (Key Performance Indicators) para mensurar o desempenho das ações. Pode ser o ROI (Retorno sobre Investimento), NPS (Net Promoter Score), pesquisas de clima organizacional, entre outros. Você pode começar com um indicador para cada atividade de comunicação interna, que deverá avaliar se a performance foi satisfatória. Para tanto, defina o objetivo da ação, por exemplo: • Fornecer intranet para melhorar a comunicação entre lideranças e liderados. Nesse caso, vale aplicar um pequeno questionário para aferir a satisfação dos colaboradores em relação ao nível em que está a comunicação