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ósseo, o Tubérculo de Lister. É neste tubérculo que o tendão do extensor longo do polegar faz uma verdadeira polia. Localizado distal- mente ao processo estilóide do rádio e ao tubérculo de Lister, notamos a tabaqueira anatômica, que corresponde a um sulco na face dorso-lateral do punho, cujos limi- tes são: LATERAL, abdutor longo e extensor curto do polegar; MEDIAL, extensor longo do polegar; PROXIMAL, extremidade distal do rádio. Ulna – Na face dorso medial e distal da ulna podemos palpar o processo esti- lóide da ulna. Podemos notar que o pro- cesso estilóide da ulna localiza-se em média 5 a 8 mm mais proximal ao proces- so estilóide do rádio. A palpação dessas estruturas, como pontos de referência, são particularmente importantes nas fra- turas da extremidade distal do rádio e da ulna. Essas fraturas são muito freqüentes e podemos citar a fratura de Colles, onde ocorre um encurtamento do rádio pelo desvio característico, sendo a palpação das apófises estilóides do rádio e da ulna um parâmetro para verificação da redu- ção. O carpo é classicamente composto por duas fileiras. Na fileira proximal, de radial para ulnar, temos o escafóide, semi- lunar, piramidal e pisiforme. A fileira distal é composta também, de radial para ulnar, pelos ossos trapézio, trapezóide, capitato e hamato. • Escafóide: é o maior osso da fileira proximal e o mais suscetível à fratura por sua posição quase que intercalar entre as duas fileiras. O escafóide pode ser palpa- do ao nível da tabaqueira anatômica, logo distal ao processo estilóide do rádio, como um assoalho convexo. Na posição anatômica o escafóide mantém uma posi- ção oblíqua em relação ao eixo do ante- braço, de tal forma que sua porção distal é mais ventral. O tubérculo do escafóide, que corresponde a sua porção mais dis- tal, pode ser palpado na base da eminên- cia tenar. O desvio ulnar facilita a palpa- ção do corpo do escafóide ao nível da tabaqueira anatômica e, por outro lado, leva à uma horizontalização do escafói- de, fazendo com que seu tubérculo torne- se menos saliente. O desvio radial do punho leva a uma verticalização do esca- fóide tornando sua tuberosidade mais 19 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Palpação do escafóide ao nível da tabaqueira ana- tômica. Palpação da superfície dorsal côncava do capitato na região central e dorsal do punho em posição neutra. Palpação do semilunar na região dorsal do punho em flexão. saliente ao nível da base da eminência tenar. • Trapézio: O trapézio também pode ser palpado ao nível da tabaqueira anatô- mica. É possível palpar e perceber que logo após o escafóide, que possui uma superfície convexa, aparece um sulco que corresponde à articulação entre o escafói- de e o trapézio. Após o sulco, palpamos o trapézio, que possui uma superfície mais plana. Um pouco mais distalmente, palpa- mos outro sulco que corresponde a articu- lação trapézio-metacarpiana, que é do tipo selar. • Capitato: é o maior dos ossos do carpo. Se palparmos o tubérculo de Lister e caminharmos distalmente na região central do dorso do punho em posição anatômica, notaremos que aparece uma depressão. Essa depressão corresponde à superfície dorsal côncava do capitato. O semilunar, na posição anatômica, é dificil- mente palpado por estar contido na fossa articular do rádio. Ao realizar a flexão do punho, a cabeça e o colo do capitato, bem como o semilunar, tornam-se mais dorsais e preenchem a cavidade ou depressão dorsal. A articulação entre o capitato e a base do terceiro metacarpiano também pode ser palpada facilmente na região dorsal. • Semilunar: Com o punho fletido, pode-se palpar o semilunar, que se proje- ta distalmente, na superfície articular dor- sal do punho. Sua face dorsal é convexa e é seguida, distalmente, pela superfície côncava do capitato. • Complexo Ulno Carpal: Distalmente ao processo estilóide da ulna pode-se pal- par a presença um tecido de consistência cartilaginosa na face medial do punho. Sabemos que, nos humanos, a ulna não se articula verdadeiramente com o carpo e, nessa região entre a extremidade distal da ulna e o carpo, encontramos uma série de estruturas que formam o complexo ulno carpal: fibrocartilagem triangular, e ligamentos ulno carpais (ulno-semilunar e ulno piramidal). • Piramidal: distalmente ao complexo ulno carpal, podemos palpar na face medial do carpo o piramidal que possui uma superfície convexa nessa região. • Pisiforme: É facilmente palpável na base da eminência hipotenar, na extremi- dade do tendão flexor ulnar do carpo. • Hamato: O hâmulo do hamato é ven- tral e pode ser palpado distal e lateral- mente ao pisiforme, ao nível da eminência tenar. Entre o pisiforme e o hâmulo do hamato localiza-se o canal de Guyon. Neste canal, que possui como limite late- 20 Palpação do complexo ulno-carpal (fibrocartilagem triangular) entre a apófise estilóide da ulna e o piramidal. Fratura-avulsão da falange distal causando perda da ação motora do aparelho extensor. Palpação do piramidal na região medial do punho. ral o hamato e o medial o pisiforme, pas- sam o nervo e a artéria ulnar. • Metacarpos: Os metacarpos são mais facilmente palpáveis na região dor- sal já que, nessa região, a pele e o TCSC são menos espessos e os tendões exten- sores são mais finos. Podem ser palpa- dos com facilidade a base, a diáfise, o colo e a cabeça dos metacarpianos. Com a articulação metacarpo-falangiana fleti- da a cabeça pode ser palpada mais facil- mente. • Falanges: As falanges podem ser palpadas facilmente, com exceção de sua porção volar, devido a presença de ten- 21 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Dedo em botoeira por lesão do tendão extensor central. Deformidade em pescoço de cisne. dões flexores e do túnel osteofibroso. Deve-se observar simetria, sintomas dolorosos, edema, comparando um dedo com os outros. DEFORMIDADES TÍPICAS • Dedo em Martelo: Ocorre por lesão do tendão extensor terminal em sua inserção na Punho Flexão: 80 graus Extensão: 80 graus Desvio Ulnar: 30 graus Desvio Radial: 20 graus Metacarpofalangianas Extensão: 30 graus Flexão: 100 graus Adução: 20 graus Abdução: 30 graus Articulação Interfalangiana Proximal Flexão: 100-110 graus Extensão: 0 graus Articulação Interfalangiana distal Flexão: 90 graus Extensão 15 graus Carpo-Metacarpiana 2º dedo – praticamente imóvel 3º dedo – praticamente imóvel 4º dedo – 5 graus de flexão – 5 graus de extensão 5º dedo – 10 graus de flexão – 10 graus de extensão falange distal. A incapacidade de extensão da IFD promove a deformidade em flexão dessa articulação. O dedo em martelo pode ser conseqüência tanto de uma lesão tendinosa como de uma fratura-avulsão do dorso da base da falange distal. 22 Polegar A articulação trapézio-metacarpiana é uma articulação do tipo selar que permite movimentos de: Flexão: 20 graus Abdução: 20 graus Extensão: 20 graus Rotação Interna: 40 graus Abdução: 50 graus Rotação Externa: 20 graus Articulação MF Flexão: 50 graus Extensão: 0 graus Articulação IF Flexão: 90 graus Extensão: 15 graus • Dedo em Botoeira: ocorre por lesão do tendão extensor médio em sua inser- ção na base da falange média. A incapaci- dade de extensão da IFP promove a flexão dessa articulação. As bandas laterais, por perderem seus elementos de contenção, deslocam-se, ventralmente, como se fosse a casa de um botão (o botão seria a articu- lação IFP). • Deformidade em Pescoço de Cisne: caracterizada por uma deformidade em extensão da IFP com flexão do IFD. É observada com freqüência na artrite reu- matóide onde ocorre por lesão dos ele- mentos contensores do aparelho exten- sor. A deformidade em pescoço de cisne (- swan neck) pode ainda ocorrer como con- seqüência de uma deformidade em mar- telo, onde toda a