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2 ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO

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TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
2. ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO 
- é um exame simples e barato, sendo essencial 
nas emergências 
- os eletrodos são posicionados para registrar a 
atividade elétrica (diferença de potencial) a partir 
de “um ponto de vista” específico (derivações) 
- a atividade elétrica gera uma diferença de 
potencial (voltagem) que é registrada pelo 
aparelho do ECG 
 
- o ECG funciona como se várias “câmeras 
fotográficas” fossem posicionadas ao redor do 
coração e essas registrassem os impulsos 
elétricos que se aproximam e se afastam de cada 
eletrodo 
- as ondas parecem diferentes nas diversas 
derivações porque esta atividade elétrica é 
registrada em posições diferentes 
 
- são posicionados 12 eletrodos, de forma que 
cada um avalia uma porção do coração >> esses 12 
eletrodos são avaliados em conjunto, no mesmo 
momento e possuem seu registro de normalidade 
 > a avaliação de cada uma das formas de 
“visão” do funcionamento cardíaco é denominada 
derivação 
- há registros que são positivos e outros 
negativos, exatamente por cada um deles estar 
avaliando a atividade cardíaca de um determinado 
local (“visão diferente”) 
 
| vermelho: braço D; marrom ou preto: perna D; 
amarelo: braço E; verde: perna E 
| os eletrodos devem ser colocados nos locais 
indicados, pois se houver troca, há inversão da 
polaridade da derivação que for trocada 
 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- um estímulo elétrico normal nasce no nodo 
sinusal, despolariza os átrios percorrendo o trato 
intermodal (vias intermodais), chega no nodo 
atrioventricular, ali fica segundos estacionado, 
permitindo a entrada do sangue nos ventrículos, 
segue pelo feixe AV e, dali, se divide nos ramos D 
e E do feixe, de modo a despolarizar os ventrículos 
- o estímulo elétrico acontece de forma muito 
rápida, sendo que, do “nascimento” do estímulo 
elétrico no nodo sinusal até a despolarização dos 
ventrículos leva milissegundos 
- se ocorre uma falha em algum local desse 
sistema de condução há o uso do automatismo 
(capacidade de se autodespolarizar e iniciar um 
estímulo elétrico por todas as células desse 
sistema elétrico) >> se houver uma falha no nodo 
sinusal, outro foco do coração “percebe” isso e 
começa o controle desse estímulo, iniciando 
estímulo elétrico por esse ponto, permitindo a 
continuidade dos batimentos cardíacos 
| REGISTRO DA ATIVIDADE ELÉTRICA: 
 
> onda P = despolarização dos átrios 
 
> PR = milissegundos que o estímulo fica no nó 
atrioventricular 
 - do início da onda P até o início do 
complexo QRS 
- a porção isoelétrica corresponde a uma 
pausa de 1/10 de segundo que ocorre para que haja 
permissão da entrada do sangue nos ventrículos 
 
> COMPLEXO QRS = despolarização dos 
ventrículos 
 - a onda Q é a primeira deflexão negativa 
(para baixo) do complexo QRS; a seguir, vem uma 
deflexão positiva (para cima), que é a onda R; pode 
não existir a ·onda Q 
 
- a onda R, que se dirige para cima, é 
seguida de uma onda S, dirigida para baixo > esse 
complexo QRS inteiro representa a atividade 
elétrica da contração ventricular 
 
|| obs: a deflexão para cima é sempre designada 
onda R. A distinção entre as ondas Q e S dirigidas 
para baixo (negativas) depende, na verdade, do 
fato de a onda aparecer antes ou depois da onda 
R. A onda Q surge antes da onda R e a onda S vem 
depois da onda R. 
> SEGMENTO ST 
 
> ONDA T = repolarização ventricular 
- a despolarização ocorre por trocas 
iônicas; após a despolarização, os miócitos se 
contraem e, em seguida, se repolarizam (trocam 
novamente as cargas elétricas), aguardando e 
ficando prontos para receber o novo estímulo 
elétrico, que irá descer – representada pela onda 
T 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- nesse momento, não há nenhuma 
atividade cardíaca, encontrando-se o coração em 
repouso 
 
> ONDA U = repolarização do músculo papilar 
(músculos papilares que seguram as cordoalhas 
tendíneas, que sustentam as válvulas cardíacas) 
 - não está presente em todos os pacientes, 
sendo rara a sua visualização >> está presente 
apenas em pacientes que têm esses músculos 
robustos 
| PAPEL DO REGISTRO DE ECG 
 
- é um papel padrão 
- a velocidade que o papel corre também é 
padronizada 
 > velocidade tradicional de 25mm/s 
 > pode ser regulada para 50mm/s a 
depender do que se deseja avaliar 
- o papel corre em unidades de tempo na 
horizontal e na vertical, há registro da amplitude 
- o quadradão contém quadradinhos 
 > cada quadradão contém 5 quadradinhos 
na vertical e 5 na horizontal 
 > cada quadradinho na horizontal 
representa 40ms (0,04s) | cada quadradão tem 
200ms (0,2s) 
 > cada quadradinho na vertical possui 1mm 
| cada quadradão possui 5mm 
 
- a amplitude máxima de uma onda P normal é de 
2,5mm (2 quadradinhos e meio na vertical) 
 > sua duração deve ser de até 100ms = 0,1s 
– 1 quadradinho = 0,04s >> 2,5 quadradinhos na 
horizontal 
- o complexo QRS, a depender da derivação que 
se está observando, pode ser positivo, negativo, 
amplitude maior ou menor, então não há uma 
medida exata de amplitude de normalidade; mas 
de tempo, existe um valor de referencia 
 > sua duração normal deve ser de, no 
máximo, 120ms (3 quadradinhos pequenos na 
horizontal) 
- a onda T é considerada normal quando tem 
amplitude na vertical menor do que 5mm nas 
derivações frontais e menos do que 10mm nas 
derivações precordiais 
- a onda U não possui padronização por ser uma 
onda rara 
| COMPLEXO QRS 
- pode ter formas variadas, mas sempre é assim 
denominado 
- nem sempre possuirá todas as ondas (Q, R e S), 
podendo ter apenas uma ou 2 delas e, mesmo 
assim, continua sendo denominado de complexo 
QRS 
- o VE é o que possui a maior massa muscular > 
local onde ocorre o maior estímulo elétrico 
- o estímulo elétrico é enviado em sua maior 
proporção para o VE, mas uma porção é desviada 
para o VD 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- o objetivo do complexo é o de despolarizar os 
cardiomiócitos ventriculares e produzir a SÍSTOLE 
>> maior função cardiovascular 
 
- há uma linha de base >> o que está acima é 
positivo; o que está abaixo, é negativo 
 > onda Q representa o VD 
 > onda R representa o VE – primeira 
deflexão positiva | despolarização da base ao 
ápice do VE – maior massa cardíaca 
 > onda S representa a despolarização da 
lateral alta do VE – vai contra o maior eixo do 
coração, por isso, aparece como uma onda 
negativa 
| VARIANTES DO QRS 
 
| apenas o 1º é normal; os outros são considerados 
complexos QRS de anormalidade 
i. primeira deflexão negativa é denominada onda 
Q; primeira deflexão positiva é denominada onda 
R; segunda deflexão negativa é denominada onda 
S 
iv. R’ é a segunda deflexão positiva que pode 
ocorrer 
v. RSR’ – ausência de deflexão negativa, mas há 
visualização de 1º deflexão positiva + uma deflexão 
negativa (S) + 2º deflexão positiva (R’) 
- quando se lauda um ECG, descreve-se a 
patologia que representa o traçado dado pela 
avaliação das ondas encontradas 
| INTERVALOS E SEGUNDOS 
 
 
- PR: 3 quadradinhos a no máximo 5 quadradinhos 
>> se o intervalo PR tem menos ou mais, há 
indícios de diferentes patologias 
- segmento ST (repolarização ventricular) – 
normal deve estar isoelétrico (na mesma linha de 
base) >> se estiver acima ou abaixo, há indícios de 
diferentes patologias 
- intervalo QT – é variável de acordo com a FC do 
paciente 
 > taquicárdico – intervalo QT mais curto 
 > bradicárdico – intervalo QT se alarga 
 > utiliza-se, portanto, um cálculo que 
corrige um intervalo QT pela FC – raiz quadrada 
de FC (RR) – na normalidade, deve ser <0,44 
 > há determinadas Síndromes genéticas 
que alargam o intervalo QT, que, maior, predispõe 
a arritmias ventriculares que podem ser fatais 
- intervalo RR (entre onda R até próxima onda R) 
= distância de um ciclo cardíacoa outro, que 
permite determinar a FC 
- ponto J > avaliação de alterações de lesões 
isquêmicas 
 
 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
| PLANOS DE ANÁLISE DO ECG 
 
- resultado final de um plano frontal imaginário 
sobre o tórax do paciente 
 
- resultado final de um plano horizontal sobre o 
tórax do paciente 
- avaliam de onde parte o estímulo elétrico, até 
onde chega 
 >> por isso não se pode trocar os eletrodos 
e cores com associações aos membros 
| PLANO FRONTAL: 
. DERIVAÇÕES FRONTAIS UNIPOLARES: 
 
| D1 – analisa os estímulos elétricos que correm 
de um polo negativo (braço D) a um polo positivo 
(braço E) 
 > os estímulos elétricos que correm do 
braço D ao braço E devem aparecer como 
positivos (acima da linha de base) no traçado do 
ECG 
 > se os eletrodos forem trocados 
(invertidos), o traçado seria mostrado ao 
contrário (traçado apareceria negativo, abaixo da 
linha de base) 
 
| DII: analisa estímulos elétricos que correm do 
braço D para a perna E 
 > coração normal corre nessa posição – 
ponta do coração é voltada para baixo, virado para 
a E e mais anteriormente – espera-se que todas 
as ondas em DII sejam positivas 
 
| DIII: analisa estímulos elétricos a partir do Braço 
E para a perna E 
 > em pacientes saudáveis, na maioria dos 
casos, as ondas serão positivas 
. DERIVAÇÕES FRONTAIS BIPOLARES: 
- analisam a partir do centro do coração (como se 
fosse o início do estímulo) para os braços D (aVR), 
E (aVL) e para os pés (aVF) 
 
| aVR: do centro do corpo para o braço direito 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 > deve aparecer com deflexão negativa no 
ECG, já que a leitura é contra a direção do estímulo 
 
| aVL: do centro do corpo para o braço E 
 > deve aparecer como uma deflexão 
positiva no ECG - já que a leitura é a favor da 
direção do estímulo 
 
| aVF: do centro do corpo para o pé E 
 > deve aparecer como uma deflexão 
positiva no ECG - já que a leitura é a favor da 
direção do estímulo 
 | DERIVAÇOES DO PLANO FRONTAL 
> TRIÂNGULO DE EITHOVEN: 
 
- um PAR de eletrodos forma UMA DERIVAÇÃO 
- a referência, aqui, é a perna E > eletrodo na 
perna E 
 
- embora as derivações estejam deslocadas para 
o centro do triângulo, elas permanecem no 
mesmo ângulo > são ainda as mesmas derivações 
produzindo a mesma informação 
| PLANO HORIZONTAL: 
. DERIVAÇÕES PRECORDIAIS UNIPOLARES: 
 
- importante saber onde se colocar os eletrodos, 
que são espécies de “câmeras fotográficas” que 
irão avaliar o coração 
 > se se colocar em diferentes posições, a 
representação eletrocardiográfica fica diferente 
- a depender da patologia que o paciente 
apresenta, pode-se apresentar outras derivações 
> V7, V8 e V9 – avaliação da parede 
posterior do VE 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 
- V1 avalia uma porção do VD e uma porção septal 
do VE 
- V2, V3 e V4 olham para a porção anterior do VE 
- V5 e V6 avaliam a porção lateral do VE 
- V7 e V8 avaliam porção posterior do VE 
| EIXO ELÉTRICO – PLANO HORIZONTAL 
 
- há uma progressão que ocorre nos complexos 
QRS, que se tornam cada vez mais positivos 
- entre V2 e V4 há uma transição, complexo QRS 
sai de negativo e se torna positivo 
- V1 é mais negativo por estar olhando o VD >> a 
onda elétrica desvia para estimular o VD 
 
 
- observar que V5 é a representação de maior 
positividade, visto que trata-se da direção que o 
estímulo elétrico corre a partir do nodo 
atrioventricular até o ápice do coração 
| CONCLUINDO: 
 
- nas derivações dos membros (periférica), há a 
avaliação do eixo frontal do coração 
 > em aVL, aVF, DI, DII e DIII, a análise do 
estímulo elétrico passa por uma visualização de 
forma que a carga seja visualizada saindo do – e 
chegando ao +, o que gera uma deflexão positiva 
(para cima) no ECG – ou seja: o complexo QRS 
nessas derivações é POSITIVA (para cima) 
 > em aVR, a análise do estímulo elétrico é 
feita de forma que há uma visualização da carga 
saindo também do - e indo para o +, no entanto, a 
avaliação da onda é no sentido contrário da 
direção do estímulo, o que gera uma deflexão 
negativa (para baixo) no ECG – ou seja: o 
complexo QRS nessa derivação é NEGATIVO (para 
baixo) 
- nas derivações precordiais (centrais), há a 
avaliação do eixo horizontal do coração 
 > o estímulo elétrico é analisado de forma 
que sai do nodo atrioventricular, em direção à 
ponta do ventrículo 
 > os eletrodos de V2 a V6 são positivos 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 > quando o estímulo sai do nodo 
atrioventricular e vai para a direção de V2 a V6, 
está indo A FAVOR do eletrodo positivo, ou seja, 
do – para o +, gerando uma deflexão POSITIVA 
(para cima) 
 > já quando o estímulo é avaliado pela 
visão do átrio D (em V1), é analisado de forma 
“retrógrada”, ou seja, do + para o -, gerado, então, 
uma deflexão NEGATIVA (para baixo) 
 
| ANÁLISE INICIAL DO ECG: 
> ANÁLISE SEQUENCIAL: 
 - ritmo 
 - frequência 
 - eixo cardíaco 
 - onda P 
- intervalo PR 
- complexo QRS 
- extrassístoles 
- distúrbios da condução IV 
- segmento ST 
- onda T 
I. RITMO: 
- sinusal é o normal; não sinusal é o anormal 
- FC entre 50bpm e 100bpm > FC normal de um 
coração em repouso (normocárdico) 
 > pode haver um ritmo sinusal abaixo 
(bradicárdico) ou acima (taquicárdico) 
- se não tiver uma dessas 3 características, não é 
sinusal: 
 
> onda P + em DI, DII e em aVF – as ondas 
devem ser positivas quando correm no sentido 
que corre o estímulo nervoso (avaliado de acordo 
com a imagem) – ondas que correm contra a 
direção do estímulo nervoso, são representadas 
negativas (ex: perda do nodo sinusal e início do 
estímulo ocorrendo no ápice do VE – DI, DII e aVF 
estarão negativos, pois o estímulo elétrico 
correrá ao contrário) – obs: o estímulo sempre 
segue a ordem de átrios > ventrículos 
> cada onda P é seguida de um QRS – 
ocorrência de despolarização de átrios seguida de 
despolarização dos ventrículos em todas as ondas 
 
> intervalo PR entre 120 e 200ms (entre 3 a 
no máximo 5 quadradinhos) 
- o ritmo pode não ser sinusal, podendo ser: 
 
II. FREQUÊNCIA CARDÍACA 
- FC normal entre 50 a 100bpm 
- velocidade de registro: 25mm/s = 1500mm em 
1min 
- há 2 formas: 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 1. pelo cálculo FC = 1500 / RR (número de 
quadradinhos entre 2 RR) 
 
2. regra facilitada 
 
- dentro de cada quadradão há 5 quadradinhos 
 > cada quadradão indica 300bpm 
 > em 2 quadradões seriam 150bpm 
 > em 4 quadradões seriam 75bpm 
 
III. EIXO ELÉTRICO 
> ENTENDENDO O EE: 
- maior massa cardíaca é no VE > maior porção do 
estímulo elétrico vai para o VE 
 >> ou seja, ele que “manda” no estímulo 
elétrico, montando um “vetor final” 
 >> vetor final dentro de sua normalidade, 
deve apontar para frente, para a E e para baixo 
| ANÁLISE SEQUENCIAL DO ECG 
- eixo preservado 
- coração “rodado” > desvio do eixo cardíaco 
> EIXO CARDÍACO: 
 
 
- analisar a partir de DI (da E para a D) e aVF (de 
cima para baixo) 
 > eixo é preservado se complexo QRS é + 
em DI e em aVF – resultante no quadrante 
preservado 
- se o complexo QRS em DI é negativo, ele aponta 
para a E; se aVF encontra-se positivo, há encontro 
do coração desviado para a D – encontra-se no 
QIE 
- se há um complexo aVF negativo e um DI positivo 
> desvio para a E – QSD 
- DI e aVF negativo >> desvio extremo do eixo – 
paciente tem patologia que desvio de forma 
extrema o coração, encontrando-se, 
provavelmente, com desvio Axial à direita máximo 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 
| exemplo 1: avaliação de DI e de aVF 
 > DI positivo 
 > aVF positivo 
 = resultante no quadrante PRESERVADO – 
sem desvio do eixo cardíaco) 
 
| exemplo 2: avaliação de DI e de aVF 
 > DI negativo 
 > aVF positivo 
 = resultante no quadrante de DESVIO PARA 
A D 
IV. ONDA P = DESPOLARIZAÇÃO DOS ÁTRIOS 
 
- onda única, mas que contéma despolarização 
dos 2 átrios 
- a despolarização do átrio D ocorre um 
pouquinho antes do átrio E >> pela localização do 
nodo 
- duração máxima de 100ms 
 > duração >100ms = sobrecarga do AE 
- amplitude máxima de 0,25mv 
 > amplitude >0,25mv = sobrecarga de AD 
> sobrecarga: pode indicar HAS, doenças valvares, 
cardiomiopatias (hipertrófica, restritiva, dilatada), 
DAC, fibrilação atrial 
 
| exemplo 3: sobrecarga de AD 
- analisar a onda P na melhor possibilidade de 
avaliação dessa onda 
 > nesse caso, a onda P é mais visível na 
derivação DII, DIII e aVF 
 > observar que em DII (escolha de 
avaliação) – onda P tem 4 quadradinhos de 
amplitude – tem amplitude maior do que a 
amplitude normal de uma onda P (>2,5 
quadradinhos) = sobrecarga de AD 
 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
| exemplo 4: olha-se todas as derivações e 
escolhe-se a que melhor se consegue avaliar a 
onda P > escolha em DI 
> em DI há 3 quadradinhos de duração (120ms – 
maior do que 100ms) = sobrecarga de AE 
> em DII há visualização de 2 “cristas” – há tanta 
sobrecarga de AE que há uma “separação” que 
indica a despolarização de AD e, depois de AE – 
conta-se como se fosse uma onda P só 
 
| exemplo 5: escolhe-se a derivação de DII 
> em DII – em amarelo há indicação de onda P 
alargada e elevada – sobrecarga biatrial 
V. INTERVALO PR: 
 
- normal = 120 a 200ms 
 
- se < 120ms: PR curto: onda delta (pré excitação 
– Síndrome de Wolff Parkinson White) – pode 
evoluir para morte 
 
- se >200ms: bloqueios AV > problema entre 
condução dos átrios para os ventrículos 
VI. COMPLEXO QRS: 
- normal: 
 > amplitude variável de acordo com a 
derivação 
 > duração <120ms (3mm) 
- se duração >120ms – distúrbio da condução 
intraventricular – o estímulo tem dificuldade de 
caminhar entre os ventrículos 
| sobrecarga de VE: 
- patologia que gera aumento da massa muscular 
de VE 
- presença de critérios de amplitude ou voltagem 
para SVE: recomendados índices de Sokolow-
Lyon e de Cornell 
 > índice se Sokolov-Lyon: quadradinhos de 
onda S de V1 + quadradinhos de onda R de V5 ou 
V6, se soma for >35mm = sobrecarga de VE – EM 
VERMELHO 
 > Cornell: quadradinhos de onda R de aVL 
+ quadradinhos de onda S de V3 > 28 mm em 
homens e >20 mm em mulheres – EM AZUL – mais 
específico (quando negativo, realmente é 
negativo) 
- idealmente, deve-se fazer os 2 > se Sokolov + e 
Cornell -, fala mais a favor de que não se trata de 
uma sobrecarga de VE 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 
| exemplo 6: em vermelho, pelo índice de Sokolov-
Lyon = sobrecarga de VE 
| exemplo 7: em azul, pelo índice de Cornell = 
sobrecarga de VE 
| sobrecarga de VD: 
- componente R de V1 e V2 de voltagem maior que 
o máximo para a idade (> 7mm em V1 no adulto) – 
comum ver R em V1 e V2 longas em crianças 
- S profundas em V5 e V6, com complexos padrão 
RS ou rS; pequena onda q seguida de R (qR) ou Rs 
(qRS) em VI e V2 ou relação RV1 ou V2/SV1 ou V2>1 
 
- onda R grande em V1 e em V2 indicam 
sobrecarga de VD 
- onda S negativa em V5 e V6 indicam sobrecarga 
de VD (no normal, não é pra ter) 
VII. EXTRASSÍSTOLES: 
- sístoles que nasceram fora de seu próprio lugar 
(fora do nó sinusal) 
- formam padrões anormais > batimento ectópico, 
gerado fora do nó sinusal 
> ATRIAL: estimulação prematura, proveniente de 
um foco atrial (não do nó sinusal); produz uma 
onda P anormal, antes do tempo previsto 
 
| exemplo 8: 
- no normal: 1 batimento cardíaco a cada 5 
quadradões; em amarelo, há o aparecimento de 
um batimento novo, extra, fora de seu ritmo > 
batimento não gerado pelo nodo sinusal (foi mais 
precoce do que seria o estímulo normal – que 
teria acontecido após 5 quadradões e, além disso, 
a onda P tem característica diferente das 
normais) 
 > ritmo sinusal com extrassístole | obs: se 
começam aparecer muitas extrassístoles, deixa 
de ser considerado ritmo sinusal 
 > observar que ocorre uma pausa pós a 
extrassístole – o nodo sinusal percebe que houve 
uma extrassístole, fica quiescente até observar se 
esse foco de extrassístole vai gerar outra 
contração inadequada; quando o nodo sinusal 
percebe que não houve outra extrassístole, ele 
retoma o batimento cardíaco 
> VENTRICULAR: origina-se de um foco ectópico 
ventricular, sem onda P e com um QRS diferente 
(aberrante) 
- quando o estímulo elétrico surge do ventrículo, 
há um atraso no envio dessa eletricidade, sendo 
que despolariza os ventrículos miócito por miócito 
(um por cada vez), de fora que demora mais para 
ocorrer > o complexo QRS fica alargado (>120ms) 
- além disso, o nó AV não permite que o estímulo 
suba, por isso, não há despolarização atrial (o 
estímulo começa e termina no ventrículo) > não há 
formação de onda P 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- há um tempo de latência também para que o 
nodo sinusal observe se haverá produção de nova 
extrassístole, e depois retoma o ciclo cardíaco 
 
| exemplo 9: mesma extrassístole captada por 
diferentes derivações 
 > extrassístole ventricular – QRS >120ms e 
onda P ausente 
 > observar que há formação de uma onda 
“aberrante” 
 
- paciente com ritmo normal e faz uma 
extrassístole ventricular isolada 
 
- paciente com extrassístoles ritmadas > não é 
ritmo sinusal mais, mas sim, um bigeminismo 
ventricular 
 > há um batimento normal > uma 
extrassístole > há um batimento normal > uma 
extrassístole... 
 
- traço de única derivação (DII) > traçada de forma 
contínua 
 > para comprovar bigeminismo ventricular 
 > observar que há uma sístole normal 
seguida de uma extrassístole sucessivas vezes, 
produzindo um bigeniminismo ventricular 
 
- a cada 3 batimentos, 1 é uma extrassístole 
 
- a cada 4 batimentos normais, 1 é uma 
extrassístole 
 
- extrassístoles pareadas > 2 ES seguidas por 
batimentos normais 
 
- Taqui ventricular não sustentada: 3 ou mais 
batimentos extrassístoles seguidos 
VIII. DISTÚRBIO DA CONDUÇÃO IV 
- componentes do sistema de condução 
intraventricular 
- BLOQUEIO DE RAMO: estímulo elétrico encontra 
um dos ramos bloqueado, de forma que gera 
despolarização de célula a célula, o que alarga o 
QRS (>120ms) 
 > várias patologias podem gerar bloqueio 
de ramo 
> Etiologias: fibrose degenerativa senil, 
insuficiência coronariana, cardiopatia chagásica, 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
cardiopatia hipertensiva, doença valvar, 
malformação congênita, sífilis, endocardite 
infecciosa, embolia pulmonar, trauma cirúrgico, 
uremia, hipercalemia, intoxicações e 
medicamentos (digitálicos e quinidina) 
| bloqueio de ramo D: presença de complexo QRS 
no plano horizontal com as seguintes 
características: 
 - QRS com duração >120 ms no bloqueio 
completo e alterações secundárias da 
repolarização que ocorrem com maior frequência 
em V1 e V2; complexos tipo rsr’, rsR’ ou rSR’ em V1 
e V2 ou onda S alargada ou “empastada” em V5 e 
V6 
 
- +3ms e presença de RR’ em V1 e V2 = bloqueio de 
ramo D 
- onda S alargada ou “empastada” em V5 ou V6 
| bloqueio de ramo E: complexos QRS com as 
morfologias rS ou QS com S alargado em V1 e V2, 
presença em V5 e V6 de ondas R alargadas (R 
puro ou rR) ou com entalhes em torre ou meseta 
 
- onda S funda em V1 e V2 
| REPOLARIZAÇÃO EM V1 E V6 NO BCRE 
>> quando há um bloqueio de ramo E, há uma 
alteração no segmento ST e na onda T que, se o 
complexo QRS é negativo (onda maior é a S), o 
segmento ST e a onda T fogem do complexo (são 
discordantes do complexo QRS - ocorre inversão 
dessas ondas) 
 
- há predominância de onda S (em amarelo) 
> em V1 – onda S negativa – há uma alteração 
esperada do segmento ST e da onda T quando 
ocorre essa onda S funda 
 > o normal do segmento ST é estar na 
mesma linha de base do intervalo PR – é 
esperado, na alteração de onda S negativa em V1, 
que haja uma “positivação” de segmento ST e de 
onda T 
 > avaliação necessáriapara não dizer que 
se trata de um supradesnivelamento de ST – 
nesse caso, indica um bloqueio de ramo E 
 > em bloqueio de ramo E, o segmento ST e 
a onda T fogem da onda S negativa nessa situação 
> em V6 – é normal que paciente com bloqueio 
ramo E (onda S fica “funda”, mas positiva) – é 
esperado que o segmento ST e a onda T fuja da 
direção da onda S, ficando desviadas para baixo 
(ficam negativas) 
 > observar que não há onda Q e nem onda 
S 
>> esses são padrões esperados para bloqueios 
de ramos E 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 
>> avaliação em passos: 
- observar em VI e VII que o complexo QRS está 
anômalo 
 > possui mais do que 3 quadradinhos 
(>120ms) = bloqueio de ramo 
- avaliação de VI e de VII 
 > VI – onda P negativa (mas pode estar 
negativa em VI), R bem pequenino, S funda, 
segmento ST fugindo do complexo QRS e onda T 
positiva 
 > VII – onda P pequena, R bem pequenino, 
S funda, segmento ST fugindo do complexo QRS e 
onda T positiva 
 > V6 – não tem Q e S, ST e onda T fugindo 
do segmento QRS 
| BLOQUEIOS FASCICULARES: 
 
- Bloqueio divisional ântero superior esquerdo: 
padrão rS em DII, DIII, aVF, onde S de DIII> S de 
aVF > S de DII - comum em pacientes com Doença 
de Chagas 
- bloqueio divisional póstero inferior E 
- bloqueio divisional ântero medial 
IX. SEGMENTO ST: 
- Segmento ST: início no ponto J até o início da 
onda T – deve ser isoelétrio 
X. ONDA T: 
- Onda T: repolarização ventricular positiva em 
todas as derivações (exceto aVR e V1) 
 
- ritmo sinusal: onda P + em DI, DII e aVF; todas 
ondas P seguidas de complexos QRS; tempo 
dentro do esperado 
- FC: 80bpm 
- Eixo: olhar DI (+) aVF (isoelétrico > porção + 
semelhante à porção negativa – fica no meio do 
eixo) >> eixo preservado, apontando para 0 
- onda P: melhor avaliada em DII – amplitude e 
altura adequadas – sem sinais de sobrecarga 
atrial 
- Intervalo PR: dentro do esperado (160ms) 
- sobrecargas: Sokolov-Lyon e Cornell > 
adequados – sem sinais de sobrecarga de VE 
 > quando há R grandão em V2 é sobrecarga 
de VD – não tem sobrecarga de VD 
- extrassístole: ventricular em setas > é 
aberrante – sem onda S 
- segmento ST: olhar em segmentos normais em 
todas as derivações, não nas extrassístoles 
 > pode haver alteração de segmento ST em 
apenas uma derivação 
> estão adequados

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