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CONTESTAÇAO PRONTA REVISAR

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MM JUÍZO DE DA XX VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ARACAJU-SE
JULIA, e CARLA, ambas menores impúberes, representadas por sua genitora, MARIA RITA , inscrita no RG, nº123456 com inscrição no CPF,002.200.325-18 nº. , ambas residente e domiciliadas na Rua: GUANABARA., Nº 98, bairro, PAJUSSARA, SE, com CEP:49.000-020; vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência; através de sua advogada nomeada que ao final assina, (Ut instrumento de mandato, ofício-nomeação e declaração anexo), com fundamento no artigo 335 do Código d Processo Civil, propor a presente:
CONTESTAÇÃO
Em Ação de Revisão de Alimentos processo, Nº: 20200005555, que lhe move, SILVIO, brasileiro, separado, advogado, portador do RG n.º 1235544 e do CPF n.º 001.222.333-55, residente e domiciliado na Rua Campos n.º 55, Bairro Centro, Cidade Aracaju, Estado de CE com CEP:49.360-78 ,
pelos motivos de fato e de direito a seguir,
Da Justiça Gratuita
Inicialmente afirma o Alimentante, nos termos do art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, Lei 13.105/2015 - artigo 98 seguintes, que não possui condições de arcar com a custa judicial e honorária advocaticios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta declaração de hipossuficiência. – (doc. Em anexo).
PRELIMINARMENTE
INÉPCIA DA INICIAL
O artigo 319 do Código de Processo Civil, em seus incisos, estabelece os requisitos indispensáveis da petição inicial, constando expressamente no inciso "VI" do preceptivo, que a
peça vestibular deverá indicar as provas com que o requerente pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados.
A observância de tais requisitos é de primazia importância para o satisfatório desenvolvimento e deslinde da demanda, principalmente na indicação das provas, pois são através delas que o requerente define a amplitude e o embasamento do direito reclamado.
No caso em comento, faltando o requisito da indicação das provas pelas quais pretende o requerente demonstrar a verdade dos fatos, inepta é a inicial, pelo que requer digne-se Vossa Excelência de acolher a preliminar arguida, por conseguinte, decretar a extinção do processo nos termos do artigo 267, inciso I, do Código de Processo Civil, com a consequente condenação da parte sucumbente nas custas processuais e honorários advocaticios.
DO MÉRITO
Na questão de fundo, melhor sorte não assiste ao requerente, pois caso contrário à obrigação alimentar será imposta única e exclusivamente a genitora das requeridas, fazendo- se letra morta de todo ordenamento jurídico, sobretudo das disposições legais e constitucionais que atribuem aos pais (leia-se, pai e mãe) o dever de prover o sustento dos filhos menores.
Cediço quanto à matéria, que os alimentos compreendem não apenas o sustento "... como também o vestuário, habitação, assistência médica em caso de doença, enfim, de todo o necessário para atender às necessidades da vida..." (Silvio Rodrigues, Direito Civil, vol. 6, Dir. de Família, pág. 378, editora Saraiva, 1991), - e ao requerente não é permitido se esquivar de contribuir de maneira digna para o sustento de seus filhos, pois conforme disposição constitucional expressa no art. 229, é dever de ambos os pais, assistir, criar e educar os filhos menores.
Nesse ponto, é preciso levar ao conhecimento do Juízo que a genitora das requeridas está desempregada, nada recebendo a titulo de salário, tanto é verossímil, que reside juntamente com sua genitora, a Sra. MARIA RITA, conforme cópia da Carteira de Trabalho Profissional inclusa.
Outrossim, a titulo de esclarecimento, a genitora vem sustentando as filhas menores, as quais contam, atualmente com 06 e 08 anos de idade.
Ainda, desde a homologação do divórcio na data de 12/02/2005, restou pactuado a
titulo de pensão alimenticia que o ora requerente, pagaria o pagamento no valor
correspondente a 05 (cinco salários mínimos mensais), somente nos meses de julho e agosto do corrente ano.
Se é certo que a situação do requerente não é confortável, não menos certo é afirmar que a redução da pensão privaria as requeridas do mínimo necessário a sua subsistência, inclusive dos alimentos.
DO DIREITO
 Nesse sentido, podemos dizer que no caso em questão se o contestado não tem condições para manter a pensão acordada na separação do casal, conforme apregoa o código civil: Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. Destaca-se ainda no mesmo código civil: Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão atualizadas segundo índice oficial regularmente estabelecido. Sendo assim, o Contestado não cumpre com seu dever de pai, inclusive não dando assistência moral para suas filhas, não mantendo contato constante com as mesmas, conforme apregoa o Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Por derradeiro, não é demais acentuar, que SÃO DUAS FILHAS AS CREDORAS DA PENSÃO ALIMENTÍCIA, E A REDUÇÃO PARA POUCO MAIS DE UM SALÁRIO MÍNIMO, IMPORTARIA NA QUANTIA DE R$ 1.000,00. que SE APRESENTA EXCELÊNCIA, IRRISÓRIA!
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, impugnados todos os termos da inicial, requerem seja julgado improcedente o pedido de revisão de pensão alimentícia, permanecendo incólumes os valores devidos a titulo de alimentos às requeridas, condenando o requerente no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocaticios.
Provarão o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do requerente, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de documentos, etc. Protestam por outras provas.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
ARACAJU, 04 de novembro de 2018 
 Assinatura
 Nome do Advogado
 FLORÊNCIA FLORENTINA
 OAB/(SE) 020202

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