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Acolhimento à Demanda Espontânea na Saúde

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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
O QUE É ACOLHIMENTO?
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
Deve ser baseado nos princípios do 
acolhimento e da escuta qualificada à 
população, de forma a garantir um 
atendimento humanizado, resolutivo e que 
propicie a criação de vínculo entre as equipes 
e as pessoas, legitimando este ponto como a 
porta de entrada prioritária e preferencial para 
as redes de atenção à saúde (RAS).
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
O acolhimento é uma diretriz da PNH. Não tem 
local nem hora certa para acontecer, nem um 
profissional específico para fazê-lo. 
É uma postura ética que implica escuta 
qualificada do usuário, estímulo ao 
protagonismo no processo de saúde e 
adoecimento, e responsabilização pela 
resolução. Acolher é um compromisso de 
resposta às necessidades dos cidadãos!
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
O acolhimento à DE e atendimento às urgências em uma UBS 
diferencia-se do atendimento em uma unidade de PS, pois a 
AB trabalha em equipe, tem conhecimento prévio da 
população, possui registro anterior em prontuário, possibilita 
o retorno e acompanhamento do quadro com a mesma 
equipe, o que caracteriza a continuidade do cuidado e o 
estabelecimento de vínculo, e não somente um atendimento 
pontual.
Atendimento às 
urgências no PS
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
 Fazem parte da primeira avaliação dos casos de demanda 
espontânea: 
1. identificação de vulnerabilidades, 
2. classificação de risco e
3. trabalho em equipe, 
A fim de ajudar a organizar e priorizar o atendimento dos casos.
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IDENTIFICAÇÃO DE VULNERABILIDADES
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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
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ACOLHIMENTO À DEMANDA 
ESPONTÂNEA
 TRABALHO EM EQUIPE
A atenção à demanda espontânea faz parte das atribuições de todos 
os trabalhadores da Unidade Básica de Saúde. Por isso, é 
importante que os profissionais se reúnam com regularidade para 
tratar da organização e avaliação do processo de acolhimento 
O objetivo é utilizar a classificação de risco e a avaliação de 
vulnerabilidade como ferramentas geradoras de equidade e de 
boa prática clínica.
A PRIMEIRA ESCUTA DO USUÁRIO NO 
PROCESSO DE
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
O principal papel do profissional que faz a primeira escuta na classificação 
de risco é organizar o acesso dos usuários que buscam a unidade.
Faz parte do processo de trabalho da equipe “na primeira escuta do 
usuário”:
• Avaliar a necessidade de cuidados imediatos → Prestar/facilitar os 
primeiros cuidados.
• Identificar as vulnerabilidades individuais ou coletivas.
• Classificar o risco para definir as prioridades de cuidado.
• Organizar os pacientes no serviço, de modo a acomodar os que 
necessitam de observação, ou administração de medicação, ou que 
estejam esperando remoção para outro serviço, ou que sejam suspeitos 
de portar doenças infectocontagiosas.
• Encaminhar o usuário para o cuidado de acordo com sua classificação.
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Experiências de Implantação de 
Acolhimento na Atenção Primária à 
Saúde APS
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 QUEIXAS COMUNS NO ATENDIMENTO À 
DEMANDA ESPONTÂNEA
 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA –
ALTERAÇÕES AGUDAS
 DESCOMPENSAÇÃO DO DIABETES 
MELLITUS: HIPOGLICEMIA E 
HIPERGLICEMIA
 DIARREIA E VÔMITO
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
(HAS)
Um dos maiores problemas em saúde pública no Brasil e no 
mundo, gerando elevado custo médico-social, principalmente 
pelas complicações como doença cerebrovascular, 
arterialcoronária, insuficiência cardíaca (IC), insuficiência renal 
crônica (IRC), retinopatiahipertensiva e insuficiência vascular 
periférica. 
A HAS pode ser traduzida como o aumento dos níveis 
pressóricos acima do recomendado para uma determinada faixa 
etária e condição clínica, com base na média de três ou mais 
medidas em diferentes visitas, com técnica adequada, aparelho 
calibrado e com indivíduo em posição sentada, é possível definir o 
diagnóstico.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
(HAS)
Elevações da PA podem ser divididas inicialmente em:
1) Emergências hipertensivas: situações em que
ocorre progressiva lesão aguda de órgãos-alvo e risco iminente de
morte, que necessitam de redução imediata da PA (não
necessariamente para níveis normais). Ex.:
 Edema agudo de pulmão
 Dissecção aguda de aorta
 Encefalopatia hipertensiva
 Hipertensão maligna
 Eclâmpsia
 AVE
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
(HAS)
2) Urgências hipertensivas: elevação 
importante da PA sem acometimento de 
órgãos-alvo.
3) Pseudocrises hipertensivas: o aumento 
acentuado da PA é desencadeado por dor, 
desconforto ou ansiedade.
4) Elevação eventual do nível pressórico: 
quando há apenas alteração dos níveis 
pressóricos sem queixas dos pacientes. 
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
(HAS)
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DIABETES MELLTUS (DM)
Transtorno metabólico de etiologias heterogêneas,
caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo
de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos
da secreção e/ou da ação da insulina (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 1999).
 Hipoglicemia: Glicose plasmática < 60mg/dl. Os sintomas clínicos, 
entretanto, ocorrem quando a glicose plasmática é < 50mg/dl, 
podendo esse limiar ser mais alto ou mais baixo.
 Hiperglicemia: A hiperglicemia é causada por deficiência absoluta 
de insulina ( DM tipo 1) ou precipitada por infecção ou outros 
problemas (IAM e AVE). Se não for diagnosticada e tratada, pode 
evoluir para cetoacidose ou síndrome hiperosmolar não cetótica.
HIPOGLICEMIA
Todos os pacientes devem aprender a reconhecer os sintomas e os sinais de hipoglicemia.
À noite é possível ocorrer casos graves, uma vez que a glicemia diminui às 3h-4h da 
manhã, quando o paciente está dormindo e não percebe os sintomas.
As crianças que dormem cedo (19h) e, erroneamente, não são acordadas para a última 
refeição, são as mais sujeitas à hipoglicemia noturna, a depender do esquema insulínico 
que usa.
Muitos idosos moram sozinhos e são especialmente vulneráveis à hipoglicemia pelo uso de 
hipoglicemiantes orais ou insulina, que aumenta o risco de quedas e fraturas.
MANEJO DA HIPOGLICEMIA NA UNIDADE DE SAÚDE
HIPERGLICEMIA
A hiperglicemia grave é, em geral, causada por deficiência absoluta de insulina. Se não for 
diagnosticada oportunamente e tratada adequadamente, pode evoluir para quadros graves 
de cetoacidose (DM 1 ou 2) ou hiperosmolaridade não cetótica (DM 2).
Clínica de cetoacidose ou estado hiperglicêmico hiperosmolar:
É uma evolução lenta e progressiva dos sinais e sintomas do DM: polidipsia, vômitos, perda de 
peso, sonolência, torpor, e pode levar ao coma. Há desidratação com pele seca e fria, língua 
seca, olhos encovados, fácies hiperemiada, agitação, pulso rápido e respiração de Kussmaul. 
Nos casos mais graves pode haver dor abdominal provocada pela desidratação, que dificulta 
o deslizamento dos folhetos da pleura e peritônio.
TRATAMENTO
Enquanto a remoção é providenciada, a hidratação venosa com SF 0,9% (1.000ml na 1ª hora e 
500ml/hora até atingir uma boa diurese) deve ser iniciada. Para crianças, o cálculo de 
hidratação é 10ml-20ml/kg na primeira hora, que deverá ser mantido até que a glicemia atinja 
em torno de 250mg/dl.
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HIPERGLICEMIA
Orientações ao usuário e à família para a prevenção de complicações 
hiperglicêmicas:
1. Rotina de monitoramento da glicemia capilar. Não deixar de usar insulina nos 
dias de doença.
2. Equilíbrio entre a insulinização, ingesta alimentar, atividade física, estresse, 
uso medicações, cirurgias e outras doenças.
3. Testar a glicemia capilar de 4h/4h.
4. Doses extras de insulina regular podem ser necessárias. Beber muita água.
5. Procurar uma unidade de saúde mais próxima se:
– precisar de duas doses extras de insulina regular em 24h, glicemia capilar 
acima de 400mg/dl por 12h ou febre alta, vômitos ou diarreia.6. Procurar emergência se houver:
– Vômitos, fraqueza muscular, dor abdominal, sinais de desidratação, 
respiração difícil, hipotensão, hálito cetônico e alteração do estado mental.
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DIARREIA 
Classicamente, a diarreia é dividida em aguda, 
prolongada e crônica.
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DIARREIA 
Alteração da função 
intestinal com perda 
excessiva de água e 
eletrólitos pelas 
fezes e/ou vômitos. 
Manifesta-se 
clinicamente pelo 
aumento do número 
de evacuações e/ou 
pela diminuição da 
consistência das 
fezes. 
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VÔMITO
O vômito é a ejeção rápida
e forçada do conteúdo
gastrointestinal pela
cavidade oral. Na maioria
das vezes é precedido por
náuseas, porém se ocorrer
sem esse sintoma, é
chamado de vômito em
jato.
VÔMITO
TRATAMENTO
Na grande maioria dos casos, somente a hidratação oral é 
suficiente, conforme Plano A ou PlanoB da diarreia. Deve-se 
também recomendar dieta fracionada, de preferência líquida, em 
menor quantidade e mais frequente. Alguns medicamentos pró-
cinéticos e antieméticos podem ser utilizados em alguns casos 
específicos
Nos casos de vômitos incoercíveis ou sinais de desidratação devem 
ser investigadas enfermidades mais severas, como as de 
hipertensão do SNC, distúrbios eletrolíticos persistentes ou outras 
condições clínicas graves, nesses casos os usuários devem ser 
encaminhados ao serviço de urgência.
Acolhimento não é um espaço
nem um local, é uma postura
ética.
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 QUEIXAS COMUNS NO ATENDIMENTO À 
DEMANDA ESPONTÂNEA (cont.)
 RINOSSINUSITES/SÍNDROMES 
GRIPAIS(IVAS)
 CEFALEIA
 DISÚRIA
 DOENÇAS DE PELE
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RINOSSINUSITES/SÍNDROMES 
GRIPAIS(IVAS)
As rinossinusites são afecções das vias aéreas superiores muito 
comuns. A maioria se enquadra em uma das três categorias: 
 Rinossinusite: doenças com sintomas predominantemente 
nasais (resfriado comum, rinofaringite e sinusite). 
 Faringite: o sintoma predominante é dor de garganta.
 Otite média: o sintoma mais comum é a dor de ouvido.
Caracterizada pela inflamação da 
mucosa do nariz e seios paranasais. 
Decorre de processos infecciosos 
virais, bacterianos e fúngicos e pode 
estar associada à alergia, polipose
nasossinusal e disfunção vasomotora 
da mucosa.
FATORES PREDISPONENTES
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CLASSIFICAÇÃO
Classificação com tempo de evolução de sintomas e frequência:
 Rinossinusite aguda (RSA): sintomas com duração de até 4 
semanas.
 Rinossinusite subaguda (RSSA): duração maior que 4 e menor 
que 12 semanas.
 Rinossinusite crônica (RSC): duração maior que 12 semanas.
 Rinossinusite recorrente (RSR): 4 ou mais episódios em 1 ano, 
com resolução completa dos sintomas entre eles.
 Rinossinusite crônica com períodos de agudização (RSCA): 
duração de mais de 12 semanas com sintomas leves e períodos 
de intensificação.
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RINOSSINUSITES AGUDAS
Início repentino de dois dos sintomas: obstrução, congestão 
ou descarga nasal, pressão ou dor facial e comprometimento 
do olfato (hiposmia ou anosmia). 
O resfriado comum é a principal causa de RSA. 
O início é súbito, com rinorreia hialina ou mucoide, obstrução 
nasal, espirros e irritação na garganta; tosse e febre podem 
ocorrer. O nariz, a orofaringe e as membranas timpânicas 
podem ficar hiperemiados. É comum a secreção nasal ficar 
mais espessa e esverdeada, em decorrência da destruição 
de células epiteliais e de neutrófilos. Esse achado é 
precipitadamente interpretado como infecção bacteriana. 
DIAGNÓSTICO
Não há sintomas específicos para diferenciação entre etiologia viral e bacteriana. 
Porém, nas rinossinusites bacterianas, os sintomas encontrados são: obstrução 
nasal, congestão facial, rinorreia mucopurulenta ou purulenta, pressão e dor 
facial (em peso, não pulsátil e pior com a inclinação da cabeça para frente), dor 
de dente na região maxilar, distúrbios do olfato (hiposmia, anosmia ou 
cacosmia), tosse seca ou produtiva, entre outros sintomas.
O diagnóstico habitualmente é clínico, sem necessidade de exames 
complementares. A radiografia de seios da face e a tomografia computadorizada 
(TC) devem ser solicitadas quando se suspeita de complicações.
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TRATAMENTO
Como a doença é autolimitada, requer apenas tratamento de suporte.
 Antitérmicos e analgésicos
 Ingestão hídrica adequada, inalação de vapor e lavagem nasal com solução 
salina. Cuidado com queimaduras pela inalação de vapor!
 Soluções salinas isotônicas (0,9%)
 Soluções salinas hipertônicas (até 3%): aumentam a frequência do batimento ciliar 
e reduzem o edema da mucosa nasal.
 Descongestionantes tópicos e sistêmicos (ocasionalmente)
 Corticoides sistêmicos e tópicos: podem ser criteriosamente prescritos quando há 
atopia e edema importante da mucosa nasal. Não devem ser prescritos por mais de 
sete dias.
 Antibióticos
 Em lactentes, podem ser usados dispositivos próprios para aspiração nasal 
com cuidado.
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SÍNDROME GRIPAL
Nas infecções por influenza, o quadro clínico 
inicial é caracterizado por uma síndrome 
gripal, que é definida como “doença aguda 
(com duração máxima de cinco dias), 
apresentando febre acompanhada de tosse 
ou dor de garganta”.
ATENÇÃO! O profissional de saúde da APS deve estar 
atento para o adequado e oportuno diagnóstico de 
eventuais complicações do quadro gripal.
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AVALIAÇÃO DOS QUADROS DE SG
Deve-se descartar síndrome respiratória aguda grave, caracterizada por 
febre > 38ºC, tosse e dispneia ou SpO² < 95% em ar ambiente, aumento 
da FR e hipotensão. Em crianças observar os batimentos de asa de nariz 
(BAN), cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. 
Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia.
O profissional deve observar os seguintes FATORES E GRUPOS DE RISCO 
que podem estar associados ao agravamento do quadro gripal por 
influenza:
Deverão ser encaminhados para o hospital os pacientes com um ou mais dos sinais e 
sintomas :
Desde o momento do acolhimento até o encaminhamento para o hospital de referência, o 
paciente com síndrome gripal e o profissional de saúde em atendimento devem usar 
máscara cirúrgica.
TRATAMENTO
A dose recomendada de Oseltamivir é de 75mg, duas vezes ao dia, por cinco dias, 
para adultos. Para crianças acima de 1 ano de idade e com menos de 40kg, as 
doses variam de acordo com o peso, conforme especificação a seguir:
O tratamento dos casos leves e moderados, que não apresentarem sinais de 
alerta e nem fatores de risco, deve ser semelhante ao tratamento de qualquer 
síndrome gripal aguda, tendo atenção para possibilidade de complicação.
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CEFALÉIA
A cefaleia é um dos sintomas mais frequentes atendidos na 
AB!
Dentro do universo das cefaleias existem cerca de 156 tipos e 
subtipos diferentes, se destacam dois grandes grupos:
I. Cefaleias primárias
II. Cefaleias secundárias
Causas: mais comum é a cefaleia tensional (maioria dos casos), 
seguida pelas cefaleias tipo migrânea (enxaqueca) e as causadas 
por infecções sistêmicas agudas, tais como a gripe. Em menos de 
1% dos casos a cefaleia está associada a doenças 
intracranianas graves como tumores ou infecções cerebrais.
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TIPOS DE CEFALÉIA
Cefaleia tipo tensional: dor não pulsátil, em aperto ou pressão, geralmente 
bilateral, de intensidade leve a moderada e que não piora com atividade 
física rotineira. Pode durar minutos, horas ou permanecer constante 
durante dias. A presença de sintomas associados tais como fotofobia, 
náuseas e vômitos é rara. Não é associada a sintomas premonitórios ou 
aura.
Migrânea (enxaqueca): divide-se em quatro fases: fase premonitória, aura,
cefaleia e fase de resolução.
sem aura: conhecida como a enxaqueca comum, a dor costuma apresentar
duração, características e fenômenos associados típicos, porém não é
acompanhada de sintomas ou sinais neurológicos focais transitórios.
com aura: geralmente é de localização unilateral, intensidade moderada a forte, 
caráter pulsátil e piora com as atividades físicas rotineiras. Pode durar dias. 
Estão presentes os sintomasneurológicos focais que se instalam de forma 
gradual, antes da fase de dor. Os sintomas mais comuns: cintilações, linhas em 
zigue-zague, estocomas, hemiparestesias e por disfasia.
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DIAGNÓSTICO
É basicamente clínico:
 TIPO DE CRISE/LOCALIZAÇÃO
 INTENSIDADE DA DOR (escala de expressão facial e escala numérica)
 MODIFICAÇÃO COM ATIVIDADES ROTINEIRAS
 HORÁRIO DE INÍCIO
 FENÔMENOS ASSOCIADOS (desencadeantes)
 SINTOMAS ASSOCIADOS
 FATORES DE MELHORA
 FATORES DE PIORA
 INFLUÊNCIA HORMONAL
 ANTECEDENTES PESSOAIS
 ANTECEDENTES FAMILIARES
Exame físico: exclusão de anormalidades estruturais e avaliação neurológica.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Diante de qualquer situação ou suspeita, 
o paciente deve ser encaminhado para o 
serviço de urgência e emergência.
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TRATAMENTO DAS CRISES 
Orientações da enfermagem
 A abordagem do paciente deve ser feita de forma compreensiva e 
individualizada.
 Evitar fatores desencadeantes; tratar de doenças concomitantes (HAS e 
depressão); atividades físicas moderadas; regular o padrão de sono.
 A utilização de um diário para o registro das crises 
 Tratamentos não farmacológicos (acupuntura, técnicas de relaxamento, 
biofeedback, psicoterapia) e homeopatia também têm sido considerados.
 Procurar relaxar. Repouso em quarto escuro, evitar barulho. Medidas 
como o uso de bolsas de gelo e/ou compressão das artérias temporais 
podem ser úteis. Nas crises fracas, que não cedem com as medidas 
gerais, sugere-se o uso de analgésicos comuns.
 Metoclopramida ou domperidona se náusea ou vômito estão associados.
 Analgésicos e antiinflamatórios
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DISÚRIA
A disúria pode ser definida como a sensação de ardência, queimação ou 
desconforto ao urinar, podendo vir ou não acompanhada de outros sintomas, 
tais como:
• Polaciúria: aumento na frequência de urinar, sem que necessariamente ocorra 
alteração no volume urinário.
• Urgência miccional: forte impulso para urinar, pode acompanhar ou não a 
polaciúria.
• Hematúria: presença de sangue na urina, que pode ser microscópica, quando só 
é percebida no exame bioquímico; ou macroscópico, quando pode ser 
percebida apenas pela observação da urina, com alteração da cor e/ou 
turvação.
~DIAGNÓSTICO
Os principais eventos clínicos onde a disúria pode estar presente são:
• Infecção do trato urinário baixo (bacteriúria assintomática, cistite, prostatites, 
uretrites).
• Infecções do trato urinário alto (pielonefrite aguda).
• Litíase renal.
• Vaginites.
• Traumatismo genitourinário.
• Irritantes uretrais.
• Reação alérgica.
• Câncer vesical.
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É caracterizada pela presença de microrganismos no trato urinário, podendo ser 
sintomática ou assintomática (bacteriúria assintomática). A ITU também pode 
ser dividida em baixa (que engloba a cistite, a uretrite e a prostatite), e em alta 
(pielonefrite).
Cistite/Uretrite: Infecção bacteriana comum, mais frequente na 
mulher adulta. Caracterizada pela presença de três queixas: disúria, 
polaciúria e hematúria, geralmente agudos, concomitantes e de 
aparecimento abrupto, o que não acontece comumente na uretrite, 
quando são leves e graduais. Pode haver piúria. 
Outros sintomas podem estar presentes, como: dor na palpação da região 
suprapúbica, mal-estar geral, urina turva e com odor desagradável e 
raramente febre.
 Maior atenção para idosos, gestantes e diabéticos.
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
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PROSTATITE
É uma doença prevalente no homem e representa uma das 
suas principais queixas urológicas. As prostatites podem 
ser classificadas em:
• Agudas(mais comum em homens 50-70 anos) ou crônicas.
• Bacterianas ou não bacterianas.
• Sintomáticas ou assintomáticas
O diagnóstico e a classificação das prostatites podem ser 
feitos por meio da anamnese e do exame físico(toque).
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PIELONEFRITE
É a infecção dos rins, que na maioria das
vezes se deve à ascensão de germes do trato
urinário inferior. É caracterizada por dor na
região dos flancos, com irradiação para o
abdome, febre, náusea, vômito e sintomas
urinários irritativos.
No exame físico, o sinal mais característico é a
presença do sinal de Giordano (punho
percussão dolorosa em flancos). Prostração,
taquicardia e hipotensão arterial podem estar
presentes.
Dependendo da apresentação clínica, seu
manejo deve ser realizado em ambiente
hospitalar.
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TRATAMENTO
 ITU
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TRATAMENTO
 PROSTATITE
 PIELONEFRITE
Nos casos leves (com pouco comprometimento do estado geral) e sem 
comorbidades, o tratamento poderá ser empírico oral: ciprofloxacino 500mg, 
VO, de 12h/12h, 10-14 dias.
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DOENÇAS DE PELE
Doenças dermatológicas agudas, de etiologia viral, parasitária, bacteriana ou fúngica..
Impetigo: Infecção bacteriana superficial, mais frequente em crianças, e tem como 
principais agentes o Staphylococcus aureus e o Streptococcus beta-hemolítico do 
grupo A. A inoculação é facilitada por escoriações, picadas de inseto e traumas. 
O diagnóstico é clínico, baseado na anamnese e no exame físico. Pode ser 
caracterizado com não bolhoso ou bolhoso.
Tratamento
• Tópico: limpeza e remoção de crostas, 
com água e sabão, 2 a 3 vezes ao dia. 
Podem ser amolecidas com aplicação de 
vaselina.
Antimicrobianos tópicos: neomicina, 
mupirocina e ácido fusídico, aplicados após 
limpeza e remoção de crostas.
Sistêmico: quando existem lesões 
disseminadas e comprometimento do 
estado
geral.
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DOENÇAS DE PELE
Erisipela: É caracterizada por uma celulite superficial, observada mais frequentemente 
acima dos 60 anos, e tem como principal agente o Streptococcus beta-hemolítico do 
grupo A. Afeta principalmente os membros inferiores, e a penetração ocorre por 
soluções de continuidade como as micoses interdigitais.
O diagnóstico é clínico, lesão de instalação rápida e evolução com eritema e edema de 
limites bem definidos, calor e dor. A pele tem aspecto de casca de laranja. Pode haver 
comprometimento linfático
Tratamento
Orientações e antibióticoterapia oral
(ou intramuscular) e, se necessário, 
sintomáticos (analgésicos). Se houver 
comprometimento do estado geral, o 
paciente pode necessitar de 
hospitalização.
a. Antimicrobianos sistêmicos
• Penicilina G procaína 
• Penicilina benzatina
• Eritromicina 
• Cefalexina
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DOENÇAS DE PELE
Escabiose: É causada pela infestação do ácaro Sarcoptes scabiei var. hominis, 
que não sobrevive por mais de uma semana fora do hospedeiro e completa 
todo o seu ciclo biológico no homem. 
Transmitida por contato pessoal e menos comumente por vestimentas utilizadas 
por pessoa infectada. 
A distribuição das lesões, o prurido intenso, que piora à noite, e sintomas 
semelhantes em contato íntimos sugerem o diagnóstico. Em adultos, as lesões 
distribuem-se principalmente em áreas flexoras de punhos, região interdigital, 
cotovelos, axilas, cintura, nádegas e região peniana e escrotal, nos homens, e 
mamilos, nas mulheres. Em crianças, as lesões predominam principalmente na 
face, couro cabeludo, pescoço, região palmar e plantar.
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DOENÇAS DE PELE
O diagnóstico é essencialmente clínico. Se houver necessidade de diagnóstico 
laboratorial, ele é feito por meio de pesquisa microscópica do ácaro, ovos ou 
cíbalos (fezes) em material obtido da escarificação do sulco ou pápula suspeita.
Tratamento
Orientações em relação às vestimentas, toalhas e roupas de cama, que devem ser lavadas e 
passadas com ferro quente. O tratamento deve ser feito simultaneamente por todas as 
pessoas atingidas pela parasitose. Crianças poderão retornar a creches e escolas um dia 
após o término do tratamento.
Tratamento tópico
• Permetrina – creme a 5% é a droga de escolha, que deve ser aplicado por um período de 8 
a 12
horas, sem necessidade de repetir o tratamento. Apresenta boa tolerância local.
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Acolher é o início de um projeto
terapêutico, mas também o
início (ou continuidade) de uma
relação de vínculo.
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Obrigada!!

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