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Faculdade Santo Agostinho de Itabuna 
Disciplina: Habilidades e Atitudes Médicas Semestre: 2º período 
Docentes: Robson Vidal de Andrade, Sharon Shyrley Weyll Oliveira, Thaise Santos Andrade 
Discente: Julia Menezes de Souza Soares 
 
Sistema Urinário 
Sinais e Sintomas 
As alterações do volume compreendem a oligúria, a anúria, a poliúria. 
Enquanto a disúria, a urgência, a polaciúria, a hesitação, a noctúria, a retenção urinária, a incontinência e a 
piúria compreendem as alterações da micção. 
➢ Oligúria: diminuição do volume urinário (inferior a 400 mℓ/dia ou menos de 20 mℓ/hora). 
➢ Anúria: ausência ou diminuição do volume urinário (inferior a 100 mℓ/24 horas). 
➢ Poliúria: aumento do volume urinário (superior a 2.500 mℓ/dia). 
➢ Disúria: dificuldade e/ou ardor para urinar. 
➢ Urgência: necessidade súbita e imperiosa de urinar. 
➢ Polaciúria: vontade frequente de urinar, sem aumentar a diurese. 
➢ Hesitação: ocorre quando há um intervalo maior para que apareça o jato urinário. 
➢ Nictúria ou noctúria: micções frequentes noturnas. 
➢ Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga, apesar de os rins estarem 
produzindo urina normalmente e o indivíduo apresentar desejo de esvaziá-la, pode ser 
completa ou incompleta. 
➢ Incontinência urinária: eliminação involuntária de urina. 
➢ Micção: ato de urinar. 
➢ Diurese: volume urinário. 
➢ Hematúria: urina com sangue. 
➢ Piúria: leucócitos na urina. 
➢ Glicosúria: presença de glicose na urina. 
➢ Colúria: presença de pigmentos biliares na urina. 
➢ Blenúria: presença de muco na urina. 
➢ Espumúria: aumento de proteínas na urina. 
Alterações da cor e do aspecto da urina 
A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que varia do amarelo-claro ao amarelo-escuro, conforme 
esteja diluída ou concentrada. 
As principais alterações da cor e do aspecto da urina são a ocorrência de urina avermelhada (hematúria, 
hemoglobinúria, mioglobinúria e porfirinúria) e urina turva, outra condição em que a cor da urina se altera. 
Urina Avermelhada 
➢ Hematúria: presença de sangue na urina, podendo ser macro ou microscópica. 
➢ Hemoglobinúria: hemoglobina livre na urina, condição que acompanha as crises de hemólise 
intravascular (malária, leptospirose, transfusão incompatível, icterícia hemolítica). 
➢ Mioglobinúria: decorre da destruição muscular maciça por traumatismos e queimaduras, e após 
exercícios intensos e demorados como maratonas e nas crises convulsivas. 
➢ Porfirinúria: consequência da eliminação de porfirinas ou de seus precursores, os quais produzem 
coloração vermelho-vinhosa da urina, algumas horas depois da micção. 
Urina Turva 
➢ Cristalúria: formação de cristais na urina. 
➢ Urina turva: formando depósito esbranquiçado e quase sempre com odor desagradável, está 
associada a infecção urinária, seja cistite, pielonefrite, abscesso renal, perirrenal, uretral ou 
prostático. 
➢ Piúria: presença de quantidade anormal de leucócitos na urina, que pode conferir aspecto turvo a 
esta. 
➢ Quilúria: presença de linfa na urina. 
Urina com aumento da espuma 
Decorre da eliminação aumentada de proteínas na urina, presente em glomerulopatias, nefropatia diabética, 
nefrites intersticiais. 
➢ Hiperfosfatúria: aumento da quantidade de fosfatos eliminados pela urina. 
Mau cheiro 
O odor característico de urina decorre da liberação de amônia. 
Um simples aumento da concentração de solutos na urina pode determinar cheiro desagradável. Porém, 
fetidez propriamente dita surge nos processos infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de 
substâncias orgânicas. 
Alguns medicamentos (vitaminas, antibióticos) também alteram o odor da urina. 
Dor 
A dor originada no sistema urinário pode assumir características diversas. Os tipos principais são: dor lombar 
e no flanco, cólica renal, dor vesical, estrangúria e dor perineal. 
➢ Dor lombar e no flanco: A dor renal característica situa-se no flanco ou região lombar, entre a 12a 
costela e a crista ilíaca, e às vezes ocorre irradiação anterior. 
➢ Cólica renal ou nefrética e cólica uretral: Aplica-se esta denominação a um tipo especial de dor 
decorrente de obstrução do trato urinário, com dilatação súbita da pelve renal ou do ureter, que se 
acompanhada de contrações da musculatura lisa destas estruturas. 
➢ Dor hipogástrica ou dor vesical: Dor originada no corpo da bexiga que geralmente é percebida na 
região suprapúbica. 
➢ Estrangúria ou tenesmo vesical: Percebido quando há inflamação vesical intensa podendo provocar 
a emissão lenta e dolorosa de urina, chamada estrangúria, e que é decorrente de espasmo da 
musculatura do trígono e colo vesical. 
➢ Dor perineal: Decorrente normalmente da infecção aguda da próstata, causa dor perineal intensa, 
sendo referida no sacro ou no reto. Pode causar também estrangúria. 
Edema 
➢ Edema: inchaço, aumento do volume do líquido intersticial. 
➢ Anasarca: inchaço geral por todo o corpo. 
➢ Baixo enchimento (underfill); Em situações fisiológicas, a membrana basal glomerular não permite a 
perda de grandes quantidades de proteínas. Em situações como a síndrome nefrótica, ocorre uma 
perda da seletividade da membrana basal glomerular a estas proteínas, o que leva a uma proteinúria 
maciça e perda principalmente de albumina urinária. 
➢ Superfluxo (ou overfill): Há retenção primária de sódio devido ao aumento da reabsorção de sódio no 
ducto coletor, levando ao edema. 
 
Febre e calafrios 
Nas infecções agudas acometendo o trato urinário, a febre costuma ser elevada acompanhando-se de 
calafrios, dor lombar ou suprapúbica. As principais causas são pielonefrite e prostatite. 
Exame Físico 
Palpação dos Rins 
A palpação renal, normalmente, não nos auxilia tanto, pois são poucos os casos em que os rins são 
palpáveis, sendo mais sensível em pacientes magros, crianças, ou em algumas condições patológicas, como 
hidronefrose, doenças císticas ou tumores. Três manobras podem auxiliar a palpar os rins: de Guyon, de 
Israel e de Goelet: 
Manobra de Guyon: 
1. Com o paciente em decúbito dorsal. 
2. O examinador deve se posicionar a sua direita. 
3. Colocando a mão não dominante na região dorsal, na altura da loja renal, tracionando-a, enquanto 
sua mão dominante palpa, por meio do rebordo costal. 
4. Pede para o paciente inspirar e durante a inspiração, encontra a mão não dominante, 
consequentemente, o rim. 
5. Para o rim esquerdo, o examinador deve se posicionar ao lado esquerdo do paciente, realizando o 
mesmo processo. 
Manobra de Israel: 
1. O paciente deve estar em decúbito lateral. 
2. Com membro inferior contralateral em extensão e homólogo em flexão, além dos membros superiores 
sobre a cabeça. 
3. O examinador deve se posicionar do mesmo lado do rim que será palpado, colocando a mão direita 
para o rim esquerdo e a esquerda para rim direito. 
4. O rim deve ser palpado anteroposteriormente. 
Manobra de Goelet: 
1. Paciente em posição ortostática, fletindo o joelho do lado que se deseja palpar, apoiando-o sobre 
uma cadeira. 
2. O examinador deve, então, tracionar anteriormente com uma das mãos, enquanto a outra tenta palpar 
o lobo inferior do rim. 
 
Dor à percussão dos rins 
Se os rins forem dolorosos à palpação, verifique se a percussão é dolorosa nos ângulos costovertebrais. 
A simples compressão da região com as pontas dos dedos pode ser suficiente para desencadear dor, mas, 
se isso não ocorrer, recorra à punhopercussão. 
Sinal de Giordano: Sensação dolorosa aguda ou em pontada, desencadeada pela punho-percussão ou com 
a borda da mão na região lombar, mais especificamente na altura da loja renal, entre a 12ª vértebra e a 3ª 
lombar. 
→ O paciente que tem o sinal de Giordano positivo dá um pulo de dor. A causa pode ser Pielonefrite, uma 
infecção do rim. 
 
Avaliar edema em membros inferiores 
Sinal do Cacifo ou de Godet: 
1. Realiza-se uma pressão digital sobre a pele por cincosegundos. 
2. É considerado sinal positivo quando a depressão formada não se desfizer imediatamente após a 
descompressão. 
A presença do sinal está relacionada a edemas localizados, principalmente nos Membros Inferiores, como 
também a estados de edema generalizado, denominado ANASARCA. 
Uma variedade de condições clínicas está associada ao desenvolvimento de edema, incluindo insuficiência 
cardíaca, cirrose, síndrome nefrítica e nefrótica, doenças venosas e linfáticas. 
O Sinal de Cacifo ou Sinal de Godet é avaliado observando o grau do edema, representado por cruzes, pela 
magnitude da profundidade e pela extensão do edema: 
➢ GRAU I corresponde a marcação de uma cruz + / ++++, magnitude de 2mm de profundidade, que 
compreende o desaparecimento da depressão quase que imediato. 
➢ GRAU II corresponde a marcação de duas cruzes ++ / ++++, magnitude de 4mm de profundidade, 
que compreende o desaparecimento da depressão em 15 segundos. 
➢ GRAU III corresponde a marcação de TRÊS cruzes +++ / ++++, magnitude de 6mm de profundidade, 
que compreende o desaparecimento da depressão em 1 minuto. 
➢ GRAU IV corresponde a marcação de QUATRO cruzes ++++ / ++++, magnitude de 8mm de 
profundidade, que compreende o desaparecimento da depressão entre 2 a 5 minutos. 
 
Referências: 
Bickley, Lynn, S. e Peter G. Szilagyi. Bates - Propedêutica Médica, 12ª edição. Disponível em: Minha 
Biblioteca, Grupo GEN, 2018. 
Porto, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019.