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Estudo de Caso - Microbiologia Básica e Imunologia

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Estudo de Caso – microbiologia básica e imunologia 
O tétano neonatal é adquirido quando ocorre contaminação do cordão umbilical com esporos do Clostridium tetani, que em condições favoráveis tornam-se capazes de aumentar em número e produzir uma toxina tetânica capaz de se ligar a interneurônios inibitórios, impedindo a liberação de glicina, ocasionado uma liberação excessiva de acetilcolina, induzindo contraturas musculares intensas, podendo progredir e afetar os músculos respiratórios. 
Em relação aos esporos bacterianos, justifique a sua maior resistência em relação às formas vegetativas.
A esporulação ocorre geralmente, quando a bactéria se encontra na fase estacionária, em resposta a sinais ambientais, metabólicos e do ciclo celular. Quando nutrientes como o carbono ou o nitrogênio passam a ser um fator limitante, ocorre formação de endósporos altamente resistentes dentro das células- mães.
Quando começa a formação de um endósporo, o DNA é replicado e forma um longo nucleoide axial compacto. Os dois cromossomos formados por replicação separam-se e movem-se para diferentes locais na célula. Em algumas bactérias, o endósporo forma-se próximo ao centro da célula, ao passo que, em outras bactérias, forma-se em uma das extremidades. O DNA aonde o endósporo irá se formar dirige a sua formação. A maior parte do RNA da célula e algumas moléculas de proteínas citoplasmáticas reúnem-se ao redor do DNA para formar o cerne, ou parte viva do endósporo. O cerne contém ácido dipicolínico e íons cálcio, que provavelmente contribuem para a resistência do endósporo ao calor, estabilizando a estrutura das proteínas. O septo do endósporo, que é constituído pela membrana celular, mas não apresenta parede celular, cresce ao redor do cerne, envolvendo-o em uma dupla camada de membrana celular. Ambas as camadas dessa membrana sintetizam peptidioglicanos, que são liberados no espaço existente entre as duas membranas. Assim, forma-se uma camada laminada, denominada córtex. O córtex protege o cerne contra mudanças da pressão osmótica, como as que resultam do ressecamento. Uma capa do esporo de proteína semelhante à queratina, que é impermeável a muitas substâncias químicas, é depositada ao redor do córtex pela célula-mãe. Por fim, em alguns endósporos, a célula-mãe produz um exósporo, uma membrana lipoproteica formada fora da capa. Em condições laboratoriais, a esporulação leva cerca de 7 horas.
Quando as condições favoráveis retornam, o endósporo transforma-se em uma célula vegetativa, sem as propriedades de resistência do endósporo. A germinação, processo pelo qual o esporo retorna a seu estado vegetativo, ocorre em três estágios. O primeiro estágio, denominado ativação, geralmente exige algum agente traumático, como pH baixo ou calor, que danifique a capa do endósporo. Sem esse dano, alguns endósporos germinam lentamente ou não germinam. O segundo estágio, a germinação propriamente dita, necessita de água e de um agente de germinação (como o aminoácido alanina ou certos íons inorgânicos) que penetre na capa danificada. Durante esse processo, grande parte do peptidioglicano do córtex é degradado, e seus fragmentos são liberados no meio. A célula viva (que ocupou o cerne) capta agora grandes quantidades de água e perde a sua resistência ao calor e coloração, bem como a sua refringência (capacidade de desviar os raios luminosos). Por fim, ocorre crescimento em um meio contendo nutrientes adequados. As proteínas e o RNA são sintetizados, e em cerca de 1 hora começa a síntese do DNA. A célula agora é uma célula vegetativa que sofre fissão binária.
Referencial bibliográfico
Black, Jacquelyn G.Microbiologia : fundamentos e perspectivas / Jacquelyn G. Black, Laura J. Black; revisão técnica Roberto Lima ; tradução Patricia Lydie . - 10. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2021.

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