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APOSTILA EMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMO E MARKETINGE MARKETING 1 - O EMPREENDEDOR - CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR - VISÃO EMPREENDEDORA - MISSÃO, VISÃO E VALORES - PROCESSO PARA EMPREENDER - ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE MERCADO - PENSAMENTO ESTRATÉGICO - MARKETING ESTRATÉGICO - EMPREENDEDOR CRIATIVO - EMPREENDEDOR LÍDER - ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - FUNDAMENTOS DE MARKETING - GESTÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS - GESTÃO DE PESSOAS - MODELO DE NEGÓCIO - INOVAÇÃO - PLANO DE NEGÓCIO - GERENCIAMENTO ORGANIZACIONAL - MARKETING DIGITAL PARA EMPREENDEDORES - ANÁLISE ESTRATÉGICO - PESQUISA MERCADOLÓGICA 2 O EMPREENDEDOR Entre os ideais de vida que muitas pessoas traçam para si, empreender faz parte de muitos deles. Mas o que é ser empreendedor? Existe muita gente que entende empreendedorismo como sinal de conforto e estabilidade financeira. Outros imaginam que se trata de um senso de realizar o que parece impossível. Seja qual for o seu ponto de vista, uma coisa deve ficar clara: empreender não é fácil. Mas os benefícios mostram por que tanta gente se esforça para alcançar esse objetivo. Para começar nossa análise com alguma base histórica, vamos pegar o ponto de vista do economista austríaco Joseph A. Schumpeter. Para ele, que escreveu o livro “COapitalismo, Socialismo e Democracia”, publicado em 1942, o empreendedor é um visionário, que vê além do senso comum e realiza essa visão. A parte de colocar a visão em prática é fundamental para diferenciar o empreendedor do sonhador. Afinal, quantas boas ideias você já viu por aí? Ou melhor ainda, quantas ideias geniais você mesmo já teve? Sem execução, uma ideia não passa de um pensamento aleatório. Empreendimento envolve geração de valor, o que só acontece com ações concretas. Na maioria dos casos, as visões realizadas por empreendedores são para solucionar grandes problemas que afetam muitas pessoas. Em resultado disso, é possível ganhar muito reconhecimento, dinheiro e poder como empreendedor. Mas o foco principal é cumprir um objetivo, esteja ele relacionado à resolução de um problema ou a uma forma de facilitar a vida de outras pessoas. Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um impacto positivo. Se queremos ser bastante objetivos, é bem por aí! Só que, para nós, ele vai um pouco mais além. Certamente, bem além de algumas linhas de definições. 3 O empreendedorismo começa com a ideia de um produto ou serviço que ofereça a solução para os problemas e necessidades que mencionamos acima. O primeiro passo para ser um empreendedor, portanto, é ter a perspicácia de perceber essas oportunidades. Mas não se trata de mera intuição. Ela tem um papel importante, é claro, mas é possível partir da racionalidade, analisando fatos. Há cada vez mais dados e informações diversas para embasar a criação de novos negócios. Podem ser escolhidos vários caminhos, por exemplo: Atender a uma demanda reprimida em determinada localidade Desenvolver um produto ou serviço novo, criando um público novo Diferenciar-se e chamar a atenção melhorando um produto ou serviço que já existe e é conhecido. De qualquer maneira, observar uma oportunidade e pensar na solução é apenas o começo. Ninguém empreende se não sair do campo das ideias. O empreendedorismo implica em correr riscos, em colocar o planejamento em prática e desenvolver uma empresa. QUAIS PERGUNTAS RESPONDER, ANTES DE COMEÇAR UM NEGÓCIO É possível empreender oferecendo um serviço, desenvolvendo um produto, prestando consultoria, agregando pessoas e empresas (economia colaborativa) ou fazendo investimentos. Seja qual for o caminho, procure responder às seguintes perguntas antes de começar a empreitada: 4 Qual é o seu perfil de empreendedor? Seguindo os tipos de que falamos acima, como você se definiria? Qual o seu propósito? O que o motiva a empreender, além do dinheiro? Qual o valor oferecido? O que exatamente você vai oferecer para seus futuros clientes? Como você produzirá esse valor? Quais serão os recursos (matéria- prima, capital, pessoas e parceiros) que serão mobilizados? Quem são os futuros clientes? O que eles procuram, qual sua idade, gênero, classe social, etc.? Qual o diferencial do seu produto ou serviço? O que você vai oferecer que a concorrência não possui? Qual será a sua dedicação? Vai largar o emprego para abrir o negócio ou desenvolvê-lo aos poucos, nas horas vagas? Qual a estrutura necessária? O trabalho pode ser feito em casa ou precisa de um escritório ou ponto de venda? Onde se instalar? Caso seja necessário buscar um ponto comercial, qual é a localização ideal para ele? Qual a burocracia que envolve o negócio? Quais as formalidades legais que precisam ser cumpridas para a abertura e funcionamento da empresa? É viável cumpri-las? É claro que algumas respostas podem mudar com o andar das coisas, mas é importante tê-las muito claras na cabeça antes de abrir o negócio. 5 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO Será que você reúne as características do empreendedor moderno? Essa pode ser uma condição necessária para ser bem-sucedido em seu projeto. E se você já tem ou deseja ter um negócio para chamar de seu, saiba que acompanha uma tendência. Não é de hoje que o empreendedorismo tem se mostrado como a uma das mais eficientes ferramentas para a transformação do mundo. Apesar do senso comum direcionar a definição como aquele agente que abre uma empresa com a finalidade de se ter uma renda, a figura do empreendedor não se limita à essa definição. Uma pessoa que funda uma ONG ou desenvolve um projeto social, por exemplo, pode ser considerada empreendedora. Existe ainda a figura do empreendedor corporativo, que desenvolve atividades e propõe ideias para o crescimento da empresa na qual trabalha. Ser empreendedor é demonstrar autonomia de ação e autoconfiança para inovar, propor desafios e realizar mudanças. O empreendedor é aquela pessoa que confia em suas próprias opiniões mais do que na das outras pessoas. Possui otimismo acima da média, é determinado mesmo diante das dificuldades e consegue transmitir para os outros a confiança na própria capacidade. Também identifica oportunidades com mais facilidade e rapidez, ao mesmo tempo em que não se conforma com a situação atual. Existem traços da personalidade das pessoas empreendedoras que são mais conhecidos: disposição para o trabalho duro, apetite ao risco, competitividade, mentalidade orientada para o crescimento, entre outras. No entanto, há outras que são menos percebidas, mas igualmente importantes para o sucesso no empreendedorismo. 6 Vamos a elas: Otimismo: o medo do fracasso é uma característica inexistente no perfil do empreendedor. O grau de otimismo das pessoas empreendedoras é acima da média sempre. Em 2016 o empreendedor suíço-brasileiro, Jorge Paulo Lemann tuitou: “Prefiro ser otimista. Não conheço muitos pessimistas bem- sucedidos.” Perspicácia: as pessoas empreendedoras são mais perceptivas. A identificação de uma oportunidade antes dos outros não é uma tarefa trivial e, indo além, o empreendedor é capaz também de fazer um diagnóstico de como transformar oportunidade em negócio Curiosidade: o acúmulo de informações pertinentes ao negócio de forma a permitir a tomada de decisões. O empreendedor busca informações sobre o tamanho do mercado, quer entender como o cliente pensa, identifica os concorrentes e os possíveis riscos presentes no negócio. Carisma: a capacidade de vender a ideia para clientes, investidores, parceiros e funcionários. Dentre os traços menos evidentes da personalidade dos empreendedores,a capacidade de influenciar as pessoas se destaca. Resiliência: possuem capacidade de absorver os impactos sem permitir que os objetivos sejam alterados. Embora seja recomendado o planejamento para qualquer tipo de empreendimento, existem fatores que não são possíveis de serem mapeados. E o empreendedor de sucesso é aquele que consegue superar as dificuldades e se mantém firme em seus objetivos. Características que um bom empreendedor precisa ter Iniciativa A primeira característica para ser um excelente empreendedor é claro que é a iniciativa. Neste setor do empreendedorismo, as pessoas costumam ter muitos receios, medos e dúvidas. Por isso, acabam deixando o projeto no papel e adiando-o por um longo período. No entanto, se você realmente quiser empreender, precisar tomar a iniciativa, precisa dar o “start”. 7 É claro que começar a colocar em prática alguma coisa nos dá um certo “friozinho na barriga”. Mas, queremos propor algumas reflexões: Se você não tentar, como saberá se vai dar ou não certo? Não é melhor se arrepender de algo que foi feito do que algo que nunca ao menos tentou? Persistência Sim, nós já falamos sobre ela mais acima, mas é preciso reforçar. A persistência é algo que realmente fará com que você se torne um empreendedor de sucesso. Todo sonho precisa de perseverança para ser realizado. E, quanto mais empenho depositarmos em alguma coisa, maiores serão as chances dela dar certo. Isso é fato! Portanto, persista, quantas vezes forem preciso. E, principalmente, diante de problemas. Lembre-se que nada na vida é fácil, mas quando há dedicação, tudo pode se tornar melhor e mais promissor. Autoconfiança Se você não acreditar em si mesmo, como as outras pessoas irão acreditar naquilo que está lançando? Ter autoconfiança fará com que você se apresente de forma mais autêntica e até mesmo segura perante as pessoas. E, isso, o tornará um empreendedor respeitado e transparente. Se você desconfiar de si, não apostar que a ideia vai dar certo e ter sempre um pensamento pessimista, com toda a certeza terá mais dificuldade em lidar com tudo e estará mais suscetível ao fracasso. Acredite! Confie! 8 Liderança Para ser um empreendedor é preciso ter espírito de liderança. Você precisa saber administrar a sua empresa (ou o seu negócio) da melhor forma possível e ser inspiração para os seus colaboradores ou investidores. Mostre “para o que você veio”. Quanto mais você se esconder ou evitar determinadas situações, menos chances terá de algo dar realmente certo! Capacitação Todo bom empreendedor, ou qualquer outra área de atuação, precisa estar capacitado para ter sucesso! Não adianta ter uma ideia muito boa, se você não souber como utilizá-la. Por isso, pense sempre em se capacitar; através de treinamentos, workshops, palestras, cursos e etc. estude bastante a sua proposta, todos os possíveis percalços, mercado, público-alvo, vantagens e desafios, entre outros. Planejador Um empreendedor precisa ser um EXCELENTE planejador. É inegável que a falta de planejamento gera uma série de consequências, por isso, antes de tudo, pare e crie uma linha estratégica para cada etapa que for seguir. Um exemplo muito claro é o que se refere ao cálculo de riscos. Como todo empreendimento, você estará sujeito a riscos, certo? Mas, se o seu negócio contar com um planejamento organizado, que mapeie os gastos e as possíveis perdas, certamente terá uma margem onde estes riscos não serão tão representativos. Dica: Não queira empreender tendo somente uma ideia em mente e nenhum planejamento. Acredite, você precisa PREPARAR O TERRENO. Se achar necessário, faça roteiros, escreva, peça feedbacks, estude os concorrentes, enfim. Entre neste desafio quando estiver definitivamente preparado e qualificado para “tocar o barco”. 9 Metas e resultados Não podemos deixar de citar aqui que um empreendedor PRECISA estabelecer metas e obter resultados. Quando você estabelece um objetivo final, começa a se dedicar arduamente para alcançá-lo e isso faz com que o empenho se torne maior e até mesmo a vontade aumente. Os resultados também são fundamentais, pois serão eles que mostrarão o caminho a seguir e farão com que você potencialize ainda mais suas vendas. Visão inovadora Muitas vezes, contamos com uma ideia que a princípio era extremamente interessante. No entanto, com o passar do tempo ela se torna mais ultrapassada e até mesmo desnecessária. Neste momento, não dá para se desesperar. Pelo contrário, é preciso pensar em propostas alternativas para reverter a situação. A isso podemos chamar de ter uma visão inovadora. Inove-se sempre quando possível. Se o mercado estiver pedindo algo, arrisque-se. Ficar com um pensamento conservador fará com que esteja atrasado, e isso não é bom para nenhum negócio. VISÃO EMPREENDEDORA A visão empreendedora tem sido cada vez mais citada como o diferencial de quem atinge o sucesso no mercado, mais do que saber como gerir uma empresa é necessário encontrar as melhores oportunidades para se destacar. Uma das principais questões acerca desse conceito é se ele já nasce com os indivíduos ou se pode ser aprendido com o passar do tempo. Entender o que é essa visão e de que maneira ela pode ser incorporada a rotina de quem empreende faz toda a diferença. De forma resumida podemos dizer que a visão empreendedora nada mais é do que a capacidade de ver aquilo que os demais não conseguem enxergar. A maior parte das pessoas olha para o mercado, mas não consegue enxergar as oportunidades que podem estar camufladas em pequenos espaços. 10 Aprender a dedicar um olhar mais demorado para as potenciais oportunidades é essencial para quem deseja se tornar empreendedor. Estudar o mercado em que se pretende atuar com foco no que o futuro reserva é uma estratégia vencedora no universo corporativo. Quando se enxerga possíveis problemas com antecipação é mais fácil de resolvê-los com sabedoria, pois se teve mais tempo para meditar a respeito dos mesmos. Ter visão com foco empreendedor é estar atento a tudo o que se passa procurando possíveis soluções para tal a todo momento. Como Saber Se Eu Tenho Visão Empreendedora? Essa com certeza é a pergunta que boa parte dos leitores desse artigo está se fazendo, para respondê-la elenquei algumas características pertinentes aos indivíduos que têm a chamada veia empreendedora. Continue lendo e considere se você possui essas características. – Capacidade de realização das boas ideias Aqueles que são dotados de visão empreendedora têm mais facilidade de passar do pensamento para a ação quando tem ideias com potencial de sucesso. Apenas observar chances de realizar algo significativo sem traçar um plano de ação faz com que pessoas brilhantes deixem seu talento passar sem reconhecimento. É nesse ponto que está à diferença entre quem tem e quem não tem a visão empreendedora. – Entusiasmo pelo o que se faz O empreendedor é um indivíduo plenamente apaixonado pela sua ideia, que possui entusiasmo pelo o que está tentando realizar. Parte da visão empreendedora passa por gostar daquilo que se faz a ponto de ter prazer em buscar novas soluções para se diferenciar no mercado. – Foco em seus objetivos Quantas pessoas incríveis em suas áreas de atuação que você conhece que não conseguem ir adiante por que não têm foco naquilo que estão fazendo? 11 O empreendedor de sucesso é aquele que não fica indo de um lugar a outro a esmo. Ao determinar um objetivo para alcançar essa pessoa foca a sua visão e o seu planejamento em conquistar o sucesso. – Saber vender as suas ideias Bons empreendedores são aqueles que sabem como vender as suas ideias contagiando quem pode ajudar a colocá-las em prática. Ninguém consegue chegar ao sucesso sozinho, saber como engajar quem estáa sua volta é essencial para ter força suficiente para realizar aquilo que se deseja. Como Desenvolver a Visão Empreendedora Respondendo ao questionamento que mencionei no começo do artigo digo que existem casos em que os indivíduos nascem com o espírito empreendedor assim como casos em que é possível desenvolver tais habilidades. Abaixo vou explicar como é possível aprender a tornar-se mais visionário no sentido de encontrar um caminho para tirar seus planos do papel. – Melhore sua autoconfiança Para quem acredita que não tem todo o potencial de empreendedorismo desenvolvido sugiro que comece a avaliar como anda a sua autoconfiança. Acreditar em si mesmo é o primeiro passo para conseguir contagiar as pessoas que estão ao seu redor. Pode ser que você tenha uma boa visão de empreendedorismo e só não tenha as ferramentas para concretizá-la. – A culpa nunca é de terceiros A visão empreendedora reconhece nos problemas potenciais oportunidades para criar novas soluções mesmo em mercados aparentemente saturados. O verdadeiro empreendedor é aquele que sabe que jamais pode se vitimizar, isto é, achar que a culpa do seu insucesso é de terceiros. Quem passa parte do seu tempo reclamando acaba não realizando nada, para ser produtivo e bem-sucedido é fundamental aprender a conviver e aprender com seus erros. 12 – Observação 360 graus Por fim a forma mais efetiva de desenvolver as características da visão empreendedora é ter uma visão 360 graus, ser aquela pessoa que consegue ver tudo o que acontece ao seu redor identificando onde há alguma potencialidade de transformação e geração de valor. Boa parte das pessoas limita a sua visão ao que se passa diante dos seus olhos sem se dar conta da riqueza de possibilidades do seu entorno, não seja uma dessas pessoas deixando as melhores chances passarem. MISSÃO, VISÃO E VALORES O trio Missão, Visão e Valores é um recurso poderoso para que empreendedores consigam planejar negócios diferenciados, atrair colaboradores engajados e se orgulhar de seu trabalho. Antes de colocar o barco na água e lançar o seu negócio, é preciso criar algumas diretrizes que garantem que estão todos navegando para a mesma direção. É assim que você define, desde o começo, qual é o jeito de pensar, ser e trabalhar da sua empresa, antecipando problemas, estabelecendo limites e minimizando os conflitos entre as pessoas que vão colocar sua empresa de pé. A ferramenta Missão, Visão e Valores: Serve para definir a direção estratégica da empresa: da integração das operações à estratégia da companhia e da motivação da equipe. É útil porque permite que o empreendedor reflita sobre o papel do seu negócio na sociedade e sobre o futuro da empresa. Pode parecer difícil colocar no papel todas as intenções, planos e sonhos que você, como empreendedor, tem na cabeça. Mas, para diferenciar o que cada um dos três itens acima significa, é importante entender: Missão da empresa A missão de uma empresa é aquilo que ela determina como a razão de ser do seu negócio, a sua entrega ao cliente. Como a empresa é um ser vivo e 13 mutável, a missão pode ser revista ao longo do tempo, se adequando às novas necessidades do mercado. É fundamental que todos os integrantes da organização saibam qual o seu propósito (missão) para que, nas suas funções do dia a dia, tomem decisões adequadas a ele e promovam a entrega correta ao cliente e demais stakeholders. Como definir a missão? Para definir a missão é necessário saber para que ela existe. Se a empresa ainda não existe, ela é uma ideia que está na cabeça do empreendedor. Se ela já existe, os elementos para a construção da missão já estão postos e precisam ser identificados e descritos. A missão estabelece a estratégia de crescimento, os objetivos, metas e indicadores do negócio. Uma excelente definição de missão deve esclarecer o benefício gerado pela empresa para o cliente. De acordo com o Sebrae, “uma empresa deve existir não para produzir o produto ou prestar o serviço que consta em seu contrato (ou estatuto) social, mas sim, para levar o benefício (do produto ou serviço) ao seu público-alvo”. Do ponto de vista inspiracional, uma boa missão deve propor desafios a todos da organização e alimentar o engajamento à empresa. Líderes focados, empregados e parceiros engajados nas entregas aos clientes são o primeiro passo para uma empresa de sucesso. Outro ponto importante é que a missão não seja rebuscada. Ela precisa ser clara, limpa e simples, traduzindo em poucas palavras o sentido e propósito da organização e, se possível, deve ser construída a partir do coletivo. Muitas vezes trazer o grupo para este alinhamento pode ser muito benéfico porque o sentido de pertencimento aflora em todos. Quando a construção é coletiva, os participantes sentem-se responsáveis pelo processo, estabelecendo uma relação de autoria e orgulho em relação à missão. Aspectos importantes para a definição da missão Não existe receita de bolo, mas alguns aspectos devem ser levados em conta no processo de definição da missão. Veja quais fazem sentido ao seu 14 negócio, estabeleça os parâmetros e parta para o papel – de preferência com o seu time ou parceiros. Defina o principal benefício que sua empresa entrega ao cliente Defina qual é o diferencial competitivo que o torna diferente da concorrência. Defina se há algo especial que deve estar na missão. Elabore uma frase curta que representa os aspectos definidos de maneira clara e objetiva. Apresente e valide com todos os participantes e interessados. Ela tem que fazer sentido para eles. Divulgue e tenha sempre em mente que a missão deve ser viva e ser usada em todos os momentos de tomada de decisão e ações do dia a dia. Exemplos de missões inspiradoras Algumas missões podem ser muito inspiradoras e servir de exemplo para a construção da sua missão, mas é muito importante lembrar que cada missão é única e deve ser o espelho do propósito da sua organização. Conheça alguns exemplos e se inspire, mas no momento da construção da sua missão, lembre-se: é papel em branco e mãos à obra. 1.Google A missão da Google é “Organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal”. 2.Microsoft “Na Microsoft, a nossa função é ajudar as pessoas e empresas em todo o mundo a concretizarem todo o seu potencial. Esta é a nossa missão. Tudo o que fazemos reflete-se nesta missão e nos valores que a tornam possível.” 3.McDonald’s “Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável”. 15 Visão da empresa A visão de uma empresa é onde ele quer chegar em um determinado tempo. É importante ter a visão sempre no horizonte, pois as ações presentes devem estar alinhadas com onde se quer chegar. Ter visão do seu negócio estabelece os parâmetros para a tomada de decisão, para os investimentos e principalmente para a estratégia de negócio que levará a visão. Assim como a missão, a visão está alicerçada em um ecossistema em constante mudança e ela deve ser vista sempre que necessário. Em alguns cenários a visão se torna obsoleta em pouco tempo, de acordo com a dinâmica do mercado, em função de novas tecnologias ou processos. Em outros cenários, a visão se torna inalcançável no tempo estipulado no planejamento, o que pode desestimular tanto os empreendedores quanto seus empregados. Dessa forma é fundamental que além de estar na ponta da língua de todos, a visão seja um norteador de ações que estimulem o negócio ao crescimento e não um balde de água fria, sem perspectiva de alcance. Como definir a visão? Com a missão definida, o segundo passo para estabelecer a cultura da empresa é estabelecer até onde vai a sua visão. É o horizonte que se enxerga e a partir de ações concretas será incansavelmentebuscado. Para ter uma visão séria e concreta é preciso estabelecer indicadores e metas de curto, médio e longo prazo. Na maioria das visões não estão estipulados prazos e valores a serem alcançados e isto se dá em função do mercado, concorrência e, no caso de empresas abertas, para não prometer entregas de longo prazo que não dependem apenas do ambiente interno da organização. Assim como a missão, a visão é combustível para a busca do resultado. Estabelecer onde se quer chegar e estipular tempos para isso é o melhor caminho pois remete às pessoas a realizarem ações integradas e possíveis para o atingimento. 16 Aspectos importantes para a definição da visão No caso da definição da visão, é importante estabelecer o sonho, do sonho passar para o plano e no plano estruturar o como chegaremos lá, em que condições e com quais passos. Pra ser bem sucedido nessa definição você precisa: Definir um horizonte de planejamento, normalmente de 3 ou 5 anos. Escreva como você gostaria que sua empresa estivesse no final desse período. Descreva, com base na sua primeira resposta, quais indicadores e metas mensuráveis que devem ser atingidas ao longo do período de tempo estabelecido Crie um documento em que fique claro quais objetivo(s) que a empresa irá atingir durante o período. Se possível, identifique os pontos de corte e objetivos intermediários. Apresente e valide com todos os participantes e interessados. Ela tem que fazer sentido para eles. Divulgue e tenha sempre em mente que a missão deve ser viva e ser usada em todos os momentos de tomada de decisão e ações do dia a dia. Exemplos de visões inspiradoras Ainda mais claro que no caso da missão, cada empresa tem a sua visão. negócios diferentes, metas e objetivos diferentes, levam a visões diferentes. Conheça algumas visões importantes que podem te inspirar, mas foque na sua visão, de acordo com o seu sonho e possibilidades reais de atingimento. 1.Apple “Mudar o mundo através da tecnologia”. 2. Cacau Show “Ser a maior e melhor rede de chocolates finos do mundo, oferecendo aos seus clientes e parceiros uma relação duradoura, com foco no crescimento, rentabilidade e responsabilidade socioambiental”. 17 Valores de uma empresa Os valores são o DNA da organização. São os ideais de atitude, comportamento e busca de resultados comuns aos empregados, líderes e acionistas nas relações com clientes, fornecedores, comunidade, parceiros e governos. É a partir dos valores que as organizações se definem e alimentam a sua estratégia através das pessoas. No momento de aquisição de talentos, por exemplo, é extremamente importante que os recrutadores identifiquem o fit cultural e valores comuns entre os candidatos e a empresa. Dessa forma a integração será mais fácil e rápida. Um pouco diferente da missão e visão, os valores são mais perenes. Pode- se agregar valores novos ou excluir algum que não identifique mais o DNA da organização, mas como estão relacionados a atitudes e comportamentos, é necessário entender que este movimento normalmente é lento e orgânico para que não se promova uma mudança não natural na empresa. Como definir os valores? Como falamos acima, os valores compõem o DNA da organização. São comportamentos e atitudes em relação a todos os aspectos e relações que, estabelecidos, devem ser seguidos por todos na empresa. Normalmente as pessoas já entram na organização com valores alinhados e os usam como balizadores das pequenas e grandes tomadas de decisão. Por serem vitais para o alinhamento interno e ao externo, os valores servem de parâmetro desde os processos seletivos até as definições que envolvem questões rotineiras ou éticas. É de vital importância para a reputação e consequente sucesso do empreendimento que líderes, empregados, parceiros e fornecedores estejam alinhados e comunguem dos valores da organização. No médio e longo prazo este alinhamento leva segurança aos clientes e ajuda a estabelecer a relação de confiança necessária em todos os negócios. 18 Aspectos importantes para a definição dos valores Os valores precisam ser definidos ou identificados a partir de uma base comum que está no DNA (invisível) da empresa. Normalmente são palavras chave ou expressões que definem comportamentos alinhados e atitudes que todos tem em comum e querem que a organização demonstre externamente e para o público interno. Para estabelecer os seus valores considere: Quais atitudes e comportamentos a sua empresa gostaria de ser lembrada, caso fosse uma pessoa? Da mesma forma, por quais atitudes e comportamentos ela gostaria de ser admirada? A partir das duas listas acima quais destas atitudes e comportamentos fazem sentido como valores para serem incorporados no DNA da sua empresa? Coloque todos os valores no papel. No primeiro momento, apenas a palavra ou expressão chave. Identifique quais comportamentos e atitudes observáveis representam os seus valores. Apresente e valide com todos os participantes e interessados. A relação precisa fazer sentido para eles. Compartilhe e use como livro mestre para tomada de decisão no dia a dia e nas questões estratégicas. Exemplos de valores Aqui não vamos citar empresas, mas sim redações de valores que podem te ajudar na identificação daqueles que fazem sentido para sua empresa. Como no caso da missão e visão, são apenas exemplos para se inspirar. Lembre-se que cada caso é um caso e cada DNA é um DNA. Transparência Criatividade Equilíbrio Sustentabilidade Inovação O cliente no controle 19 Ética Responsabilidade social PROCESSO PARA EMPREENDER Empreender sempre foi um desejo latente em grande parte da população brasileira. Muitas pessoas, desde muito cedo, sentiram um impulso interno que as levou a realizar o sonho de abrir o próprio negócio. Outras, mesmo não tendo esse anseio tão evidente assim, mas em decorrência das mais variadas situações da vida, se viram inseridas na jornada empreendedora e também investiram na abertura de suas empresas. Estes dois perfis de empreendedores têm suas particularidades e diferenças, mas, observando de perto, é possível dizer que existe um ponto em comum entre ambos. Este ponto diz respeito às dúvidas que sempre surgem no começo, como: “Por onde começar?”, “Qual o perfil do meu público?, “Abro uma loja física ou começo apenas no ambiente online?”, entre muitas outras questões, que, sem o esclarecimento e o conhecimento necessários, podem acabar fazendo com que o futuro empresário desista de seu sonho sem ao menos tê-lo começado. O processo empreendedor consiste em organizar todas as etapas da criação e desenvolvimento de um negócio antes de colocá-lo efetivamente em prática. Pensando nisso, o futuro empresário deve ter em mente tudo que precisa saber para abrir uma empresa, compreender quais são os seus trâmites burocráticos e também como administrar seu empreendimento de forma assertiva. Ter esta consciência é muito importante, pois muitos erros podem ser evitados quando o futuro empresário consegue ajustar os pontos e definir qual é o seu modelo de negócio e de qual modo fará a gestão do seu empreendimento. Do contrário, quando as coisas ficam soltas demais, as dificuldades também aumentam, já que, tanto os detalhes como os aspectos mais importantes da empresa, não foram previamente organizados. https://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-e-e-como-funciona-a-gestao-empresarial/ 20 ETAPAS DO PROCESSO EMPREENDEDOR Com o objetivo de evitar que a falta de organização prejudique a implantação e o crescimento da empresa, o processo empreendedor apresenta quatro etapas importantes, segundo Dornelas (2005). Continue lendo e conheça cada uma delas: IDENTIFICAR E AVALIAR A OPORTUNIDADE Antes de dar o pontapé inicial,o empreendedor deve buscar conhecer bem o mercado onde deseja atuar, identificar quais são as suas oportunidades de negócio, nichos não atendidos e avaliar como ele pode se encaixar em tudo isso e oferecer o que os seus futuros clientes querem. Alguns pontos a serem analisados nesta etapa: Criar e analisar a abrangência da oportunidade; Verificar quais são os valores percebidos da oportunidade; Analisar os riscos e retornos; Fazer um paralelo entre as oportunidades e as habilidades e metas pessoais; Verificar qual a situação dos competidores e da concorrência. DESENVOLVER O PLANO DE NEGÓCIOS Fazer este planejamento geral da empresa é essencial, pois isso é o que traz ao empreendedor um mapeamento completo de todas as suas ações, possibilidades e que, ajuda muito, a expandir sua visão e gerenciar seu negócio com mais efetividade. Tendo como base um estudo específico e um direcionamento mais elaborado, maiores são suas chances de sucesso. O que o Plano de Negócio precisa contemplar: Sumário Executivo; O conceito do negócio; Quais serão os membros da equipe de gestão; Análise do mercado e da concorrência; Plano de Marketing e Vendas; Como vai funcionar a Estrutura e Operação da empresa; Realizar uma Análise Estratégica; Pensar no Plano Financeiro; https://www.jrmcoaching.com.br/blog/conheca-os-principais-tipos-de-empreendedores/ https://www.jrmcoaching.com.br/blog/como-fazer-um-planejamento-para-abrir-uma-empresa/ 21 E incluir os Anexos ao final. DEFINIR E CAPTAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS Quanto você precisará investir em seu negócio? De onde você vai tirar esses recursos? Qual o capital de giro necessário? Quanto tempo até dar lucro? Estas são perguntas que devem ser respondidas pelo empreendedor, pois sem dinheiro, o negócio não nasce. Esta, sem dúvida, é uma das etapas mais importantes do processo empreendedor. De onde podem vir os recursos: Recursos pessoais; De amigos ou parentes; De Capitais de Risco; Bancos; Governos; ADMINISTRAR A EMPRESA Eis que chega a hora de colocar todo o planejamento em prática e a empresa para verdadeiramente funcionar. Para isso, o empreendedor além de seu plano e modelo de negócio em mãos, precisa dominar conhecimentos no que tange gerenciar processos e pessoas, para, a partir disso, garantir a efetividade de suas ações e que seu empreendimento tenha mais chances de ser bem-sucedido. O que definir e observar antes e depois de colocar o planejamento em prática: Definir o Estilo de Gestão; Quais são os Fatores Críticos de Sucesso; Identificar problemas atuais e que podem surgir no futuro; Implementar um Sistema de Controle; Profissionalizar a gestão; Como explorar novos mercados. 22 ANÁLISE DE MERCADO Conhecida por ser um dos elementos mais importantes do plano de negócios, a análise de mercado é imprescindível em um cenário econômico cada vez mais competitivo e instável. Para se sobressair, as empresas precisam conhecer a fundo seu mercado e a necessidade dos seus possíveis clientes. Sem essa análise, que antecede o planejamento estratégico, abrir um novo negócio ou expandi-lo para outros nichos pode se tornar um processo fadado ao fracasso. Mesmo com ideias inovadoras no mercado, os empreendedores precisam também conhecer a fundo o terreno em que estão prestes a pisar para tomar as decisões corretas e assertivas. Esteja você no início de um negócio ou em um momento de expansão, saiba o que levar em consideração antes de agir! A análise de mercado nada mais é do que o processo de obtenção de dados e informações relevantes sobre o mercado em que seu negócio ou ideia está inserido. Ela é importante em todos os momentos do negócio: desde o início, para que seu empreendimento saia do papel e se torne viável e durante toda sua existência, para que ele não fique para trás com o passar dos anos. As ações e decisões da sua empresa precisam sempre ser tomadas tendo em vista as oportunidades e ameaças que impactam diretamente sobre ela. Somente dessa forma é possível tomar ações vantajosas de maneira estratégica. E, como os mercados estão sempre em constante mudança, a análise deve ser um processo contínuo realizado pela gestão. Afinal, de nada adianta ter uma ideia de produto ou serviço inovador que não será comprado por ninguém, não é mesmo? A análise de mercado, portanto, tem o papel de fornecer respostas a perguntas importantes que guiam o futuro do negócio. Com ela, é possível entender: Quais são as necessidades dos clientes; O que seus concorrentes estão fornecendo; 23 Se uma ideia consegue ser bem implantada no mercado; Se existe um nicho que necessita de determinado serviço e muito mais; Quão atrativo é o mercado para sua empresa. Tipos de análise de mercado Existem dois tipos de análise de mercado: a análise de gabinete e a pesquisa de mercado. 1. Análise de gabinete A análise de gabinete consiste na coleta de dados de maneira mais ativa. Esse tipo de pesquisa pode ser feita internamente, sem a necessidade da empresa entrar em contato com o público ou outros elementos externos. A análise de gabinete é conhecida por ser mais genérica e ampla, uma vez que os dados são coletados de forma passiva, e são limitados pelas informações que estão disponíveis através das mais diversas mídias. A análise aprofundada de concorrentes específicos, por exemplo, através desse modelo, é impossível, uma vez que as informações coletadas de forma passiva tendem a ser mais rasas. No entanto, se a proposta for aumentar o seu conhecimento sobre o mercado, de modo geral, pode ser a forma mais eficiente de realizar essa tarefa. 2. Pesquisa de mercado A pesquisa de mercado é uma forma de análise mais ativa. Através dela, é possível entrar em contato com muitas pessoas que são de interesse da empresa: clientes, fornecedores e prospects. Ao realizar uma pesquisa de mercado, você poderá levantar questões como: Quais tipos de serviços e produtos são esperados pelos clientes; Quais são as expectativas dos clientes a respeito da empresa; Como anda o mercado; etc. 24 Ao entender a fundo as ideias, necessidades e as objeções dos seus clientes, certamente você terá em mãos informações valiosas para otimizar seu negócio e transformar a realidade da sua empresa. A pesquisa de mercado também é uma ótima alternativa para empresas que querem lançar um novo produto, mas querem validar esse lançamento com os possíveis clientes. Além disso, é possível avaliar de forma mais aprofundada quais são os seus concorrentes e levantar informações importantes e estratégicas sobre eles para análise futura. Análise do macro e microambiente Existem dois tipos complementares de análise de mercado que devem ser feitas pelas empresas. São elas a análise macroeconômica, voltada para uma visão político- econômica de mercado e a microeconômica, voltada para questões internas do setor no qual a empresa se insere. Macroambiente Para fazer uma boa análise macroeconômica, a ferramenta Análise PESTAL se mostra como braço direito dos gestores. Sua sigla, que significa Política, Economia, Social, Tecnologia, Ambiental e Legal diz respeito aos fatores macroeconômicos que podem afetar sua empresa. Por exemplo, é importante levar em consideração aspectos como: (P) Fatores políticos: políticas governamentais, eleições e tendências políticas, mudanças de governo, políticas de negociação, financiamentos, bolsas, iniciativas, guerra, terrorismo, conflitos, problemas políticos internos, relações entre países, corrupção, entre outros; (E) Fatores econômicos: economia local, tributação, inflação, juros, tendências econômicas, problemas sazonais, crescimento da indústria, taxas de importação/exportação, comércio internacional, taxas de câmbio 25internacionais, taxa de desemprego, situação de dívida externa, entre outros; (S) Fatores sociais: taxa de crescimento, mudanças de gerações, tendências de estilo de vida, tabus culturais, atitudes e opiniões dos consumidores, padrão de compra, problemas éticos, faixa etária, classe social, expectativa de vida, entre outros; (T) Fatores tecnológicos: tecnologias emergentes, maturidade da tecnologia, legislação tecnológica, pesquisa e inovação, informação e comunicações, desenvolvimento de tecnologia concorrente, problemas de propriedade intelectual, entre outros; (E) Fatores ecológicos: regulamentos ambientais, sustentabilidade, gestão de resíduos, poluição, entre outros; (L) Fatores legais: legislação em vigor, legislação futura, legislação internacional, órgãos e processos regulatórios, lei trabalhista, direito do consumidor, normas de saúde e segurança, regulamentos fiscais, normas específicas da indústria, entre outros. Tendo este estudo em mãos, é possível criar planos de ação eficazes para lidar com cada uma das situações da melhor maneira possível. Microambiente Para fazer uma análise microeconômica da empresa, que leve em consideração aspectos importantes sobre a concorrência, fornecedores e clientes, a ferramenta 5 Forças de Porter é largamente utilizada para auxiliar a equipe. Conheça cada uma delas abaixo: 26 Analisando cada um destes itens, é possível chegar a conclusões específicas que definem onde a empresa se encontra no mercado e como ela poderá traçar seu caminho. Conhecendo a si própria e a seus concorrentes, clientes e fornecedores, a empresa se beneficia com esta ferramenta de análise por saber quais são seus pontos fracos e fortes e de que maneira os explorar. Como é feita a análise de mercado? Para cada um desses quesitos, é preciso que você dê uma nota de 0 a 10, sendo 0 nada atrativo e 10 altamente atrativo. Tamanho do mercado Entender o tamanho do mercado irá te ajudar a entender, também, o tamanho da concorrência. Quanto maior for o seu mercado, maior será a sua concorrência e, por isso, maior deverá ser seu esforço para conseguir entregar produtos e serviços que se destacam da maioria. Urgência É necessário pesquisar, também, sobre a urgência do seu mercado para os produtos e serviços que estão sendo comercializados. As pessoas naquela região, por exemplo, estão precisando desse tipo de solução? Ou elas buscam algo um pouco diferente? A concorrência é alta? Ou você possui diferenciais competitivos bem definidos? Potencial de precificação É preciso analisar como é a relação de oferta e procura dos seus produtos ou serviços. Junto a isso, analise também como estão os preços dos concorrentes, para você conseguir ter uma visão mais clara de como precificar seus produtos. 27 É preciso que o preço seja competitivo, mas sem prejudicar sua empresa. Preços muito altos podem reduzir a clientela, se comparado à concorrência, por exemplo. Por outro lado, preços baixos demais podem dar a impressão de que seus produtos ou serviços são inferiores, o que também poderá afastar essas pessoas. Por isso, o ideal é fazer uma boa pesquisa e conseguir identificar um valor justo, que representa lucro para a sua empresa, ao mesmo tempo que seja acessível para o seu público alvo. Para fazer a precificação dos seus produtos e serviços, considere os seguintes pontos: Análise da concorrência; Análise do mercado em que sua empresa está inserida; Projeção do ponto de equilíbrio da sua empresa; Projeção da margem de contribuição. Custo de entrega de valor Um dos pontos mais importantes para conseguir precificar seu produto e entender melhor seu mercado é entender, por exemplo, quanto deverá ser investido para conseguir entregar valor para os seus clientes. Nesse processo, qual é o esforço envolvido? É preciso considerar detalhes como: Aluguel do espaço; Contas fixas; Salários; Impostos; etc. Tudo isso precisa ser pontuado para conseguir identificar o custo do seu negócio. 28 Custo da aquisição de clientes Um detalhe importantíssimo que precisa ser considerado é o custo de aquisição de clientes. Quando pensamos nos lucros da empresa, é comum encontrarmos empresários que se esquecem de mensurar essa métrica. Por exemplo: se a sua empresa gasta R$50 para conquistar cada cliente, é preciso que o ticket médio seja acima desse valor para gerar alguma rentabilidade para o negócio. Se o ticket médio for abaixo, a sua empresa está tendo prejuízo, visto que ela estará pagando para conquistar um novo cliente. Em casos de custo de aquisição maior que o valor do ticket médio, a empresa precisará trabalhar na consistência de vendas, fidelizando o cliente e aumentando a recorrência de compra. Dessa forma, após uma quantidade X de transações, os clientes terão se pagado e passarão a dar lucros para a instituição. Para descobrir qual é o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) da sua empresa, basta fazer o seguinte cálculo: CAC = soma de todos os valores investidos em marketing e vendas / número de novos clientes adquiridos no mesmo período 29 ETAPAS DA ANÁLISE DE MERCADO O processo consiste em analisar o contexto da área de atuação, seguido por uma pesquisa completa sobre o público alvo e, por último, de um conhecimento da concorrência e dos possíveis fornecedores. Etapa 01: Contexto de atuação Na análise de mercado, o contexto de atuação é referente aos aspectos externos à empresa propriamente dita, ou seja, que não dizem respeito aos fornecedores, público alvo ou concorrência. Uma análise do contexto requer o entendimento de diversos fatores, como por exemplo: das normas regulamentadoras; do potencial de mercado; desenvolvimento do setor; contexto econômico; oferta e demanda e a oferta de crédito disponível. É necessário avaliar todos os aspectos externos relacionados ao setor de atuação que possam interferir de alguma forma em seu negócio. Etapa 02: Metas e objetivos de negócios Para conseguir analisar o mercado e identificar as possibilidades para a sua empresa, é preciso que você tenha definido claramente as metas e objetivos do seu negócio. Isso porque, é através desses parâmetros que você identifica se, no mercado em que está inserido, é possível alcançar esses resultados esperados. Etapa 03: Tendências de mercado e taxa de crescimento A próxima etapa consiste na análise das tendências de mercado e da taxa de crescimento para o seu segmento. Nesse sentido, é importante que você veja como está sendo o comportamento do consumidor, quais são as suas exigências e como a tecnologia, por exemplo, tem caminhado para a inovação na sua área. Além disso, é interessante que você analise também a taxa de crescimento das empresas de mesmo segmento, sejam elas concorrentes ou não, para 30 entender também quais são as expectativas de desenvolvimento nesse mercado. Etapa 04: Fornecedores e concorrência O quarto passo consiste em avaliar como seus concorrentes no segmento se posicionam no mercado. Qual a sua reputação; forma de gestão; situação financeira; pontos positivos e negativos, diferenciais e também quais são as demandas em que falham em atender. Basicamente, é necessário conhecer todos os aspectos da sua concorrência. Em relação aos fornecedores, é imprescindível para a sua análise de mercado manter uma lista com todos os que está considerando para a parceria, com pontos positivos e negativos; valores; prazos; qualidade do produto e das matérias primas e, inclusive, da forma com que trabalham. Etapa 05: Público alvo É impossível que um empreendimento cresça sem consumidores e, para ganhar consumidores, é necessário oferecer algo que eles queiram e necessitem. Por isso, é preciso conhecer o seu público alvo.Pesquisas demográficas (como as feitas por órgãos governamentais, universidades ou demais instituições); análises comportamentais; hábitos e estilo de vida e avaliação do poder de compra, são ótimos exemplos de como fazer isso. É necessário, ainda, ir além e buscar saber quais as opiniões dos seus consumidores sobre os produtos similares disponíveis no mercado, quais as motivações e expectativas por trás da compra e quais meios utilizam para adquirir. 31 Etapa 06: Avalie fatores internos e externos Aqui, entram os famosos fatores internos e externos da análise SWOT: as forças e fraquezas da empresa (fatores internos) e as oportunidades e ameaças da instituição (fatores externos). Avalie o que pode ser considerado força para o seu negócio, bem como seus diferenciais competitivos. Também é importante que você aponte quais são seus pontos fracos, e em quais dessas questões seus concorrentes conseguem ser mais eficientes do que você. Por fim, é hora de avaliar os fatores externos, identificando quais são as oportunidades mais valiosas para o seu negócio, bem como as ameaças do seu mercado de atuação. Isso te ajudará a ter uma visão muito mais clara e ampla de como a sua empresa está atualmente, quais são as previsões e possibilidades de crescimento e, também, os pontos que merecem atenção e prevenção, para evitar problemas futuros. Etapa 07: Análise das informações obtidas Depois de seguir todas as seis etapas anteriores, é hora de analisar as informações obtidas. Aqui, infelizmente, é onde muitas empresas erram: falta a análise estratégica dos dados obtidos impede de desenvolver um plano de negócios mais eficiente. Reúna todas as informações que você conquistou ao longo da sua análise de mercado e avalie todos esses dados de forma estratégica, sem se influenciar pelos interesses da empresa. Tenha em mente que quanto mais analítico você for, melhores serão seus insumos para melhorar a realidade do seu negócio e aumentar sua competitividade no mercado. 32 PENSAMENTO ESTRATÉGICO O pensamento estratégico organizacional nada mais é do que o alinhamento da visão e das metas de uma empresa. Isso requer uma mente bastante apurada. A forma como se busca a união entre perspectivas e objetivos deve variar conforme a situação vivida, tanto pelo ambiente interno quanto pelo ambiente externo. Esse tipo de pensamento pode ser observado na forma de agir do gestor: se mais aberto, de longos horizontes e detentor de uma visão prudente, tende a ser um grande pensador estratégico; se fechado, inconstante e de raciocínio focado somente no curto prazo, menor é a tendência a essa forma de organização mental. O estrategista procura nivelar os desafios atuais a uma perspectiva de futuro, a partir de uma visão apurada da empresa. Etapas para pensar de forma estratégica 1) Aprenda a identificar tendências A principal causa do não desenvolvimento do pensamento estratégico reside na permanência da “mente enterrada” no trabalho e nas tarefas do cotidiano empresarial, com o foco direcionado apenas para a solução de problemas e o cumprimento de prazos. Dessa forma, você não consegue olhar ao seu redor e perceber o que move os negócios. Para ser um profissional estratégico, é essencial compreender o contexto do ambiente. E as tendências de mercado mostram para onde esse cenário está avançando. Para isso, é fundamental criar o hábito de ler os noticiários, informar-se em blogs especializados, analisar os dados, fazer pesquisas e conversar com colegas e profissionais mais experientes. Além disso, também é importante perceber as tendências do seu trabalho. Atente-se aos problemas e às questões que surgem com frequência na sua rotina. Encontre padrões. Organize esses dados e reúna-se com sua equipe para compartilhar e discutir esses assuntos, a fim de desenvolver pensamentos estratégicos em conjunto. 33 2) Desenvolva uma inteligência financeira Não importa se você é o gestor de um empreendimento pequeno, médio ou grande, ou da área de RH ou marketing. Na posição gerencial, é essencial desenvolver a visão financeira da empresa. Para isso, saiba analisar a viabilidade de projetos de investimentos, definir e acompanhar um orçamento, realizar a gestão dos custos e examinar o resultado financeiro dos setores — principalmente do seu, é claro — e seu impacto na organização em geral. Em um curso de especialização, por exemplo, matérias/disciplinas referentes à visão estratégica de resultados e desempenhos podem ajudá-lo a desenvolver essas habilidades. 3) Tenha um pensamento estratégico flexível Bons estrategistas não são severos em suas abordagens. É preciso ser capaz de antecipar e enfrentar o inesperado. A flexibilidade de um pensamento estratégico permite a troca de direção sempre que necessário. Portanto, avalie constantemente os objetivos do seu setor para mensurar seu progresso. Colete dados referenciais e estabeleça prazos que possam ajudar você a enxergar quando e como fazer revisões das atividades que estão sendo desempenhadas. Isso dá a possibilidade de desenvolver abordagens proativas, evitando que você e sua equipe entrem em pânico ou “se paralisem” quando surgirem situações extraordinárias. 4) Separe a estratégia de execução Após compreender quais cenários podem trazer oportunidades, trace um mapa com a sua estratégia de negócio. Ele pode ser elaborado até mesmo no padrão de uma checklist, descrevendo cada etapa que você deverá cumprir para chegar onde deseja. Depois de definida a estratégia, exponha isso para seu time e lembre-se de que é muito importante ser compreensivo e aberto às críticas, afinal, uma empresa não funciona somente com uma pessoa em ação, correto? Portanto, aceite os feedbacks e as sugestões de seus subordinados. 34 MARKETING ESTRATÉGICO Marketing Estratégico é a abordagem do marketing focada em resultados de médio e longo prazo. Consiste no estudo, desenvolvimento e implementação de ações que não se limitam às demandas atuais e que, também, buscam atender desejos e necessidades futuras do mercado. No passado, o Marketing foi predominantemente interpretado como um acessório da comunicação. Entretanto, essa concepção foi totalmente reformulada nas últimas décadas pelos estudiosos da área, em especial Philip Kotler, e pela própria modernização das ações adotadas pelas empresas nos últimos anos. Em rigor, o Marketing moderno pode ser entendido como um grande processo que engloba toda a jornada de uma marca, um produto ou um serviço. Ou seja, pensamos em Marketing desde a pesquisa, a discussão e a concepção do negócio até o relacionamento com o público, a venda e a fidelização. Isso significa que o Marketing e a Administração de Empresas são duas disciplinas que nunca estiveram tão próximas e, por isso, seus termos frequentemente se confundem. O Marketing Estratégico, por exemplo, tal como o marketing tático e o marketing operacional, são excelentes exemplos desse “casamento”. Marketing Estratégico Quando falamos em Marketing Estratégico, estamos pensando no médio e no longo prazo. As decisões tomadas aqui serão os pilares de toda as suas ações durante um longo intervalo de tempo, o que não quer dizer que sua estratégia não possa ser corrigida ou atualizada quando necessário. As definições estabelecidas precisam girar em torno do objetivo principal do negócio e é fundamental que as ações selecionadas, assim como as metas e os prazos estipulados, sejam baseados em pesquisas e consultas com especialistas. Será preciso definir etapas e seus respectivos resultados esperados, determinar os recursos que serão alocados para essas atividades, as equipes 35 e empresas responsáveis e as alternativas para lidar com possíveis falhas ou cortes de verba. Marketing tático O marketing tático é um desdobramentodo Marketing Estratégico no qual as pautas gerais definidas anteriormente serão devidamente detalhadas e organizadas em setores. Nessa fase, o marketing se ramificará em times diferentes como pesquisa, monitoramento, publicidade, assessoria de imprensa, internet marketing etc. É claro que podemos criar um planejamento estratégico dentro de cada uma dessas áreas. Uma estratégia de Marketing de Conteúdo, por exemplo, depende de equipes de desenvolvimento, automação, redação, design, entre outros. A extensão das raízes do Marketing e suas ramificações dependerão das necessidades de cada negócio, das metodologias adotadas e das empresas contratadas. Esclarecida a fase tática do processo, é preciso pensar na operação. Marketing Operacional De uma maneira bastante simplificada, podemos pensar o marketing operacional como o dia a dia da estratégia. Chegamos, enfim, nas extremidades dos processos, ou seja, as “menores” tarefas que precisam ser desempenhadas para que o plano se mantenha vivo e caminhando em direção aos objetivos finais. Observe que o Marketing Operacional é focado em resultados de curto prazo e essa é a sua principal característica. No entanto, quando ele está inserido em um grande processo de Marketing Estratégico, essas operações de curto prazo contribuirão, em segundo plano, pelo objetivo maior previamente definido. Por outro lado, quando trabalhamos o Marketing Operacional de maneira “desmembrada”, o que é muito comum em empresas que simplesmente replicam as ações da concorrência, a comunicação geralmente não tem 36 muita eficiência, o relacionamento construído com o público não é sólido e os gastos desnecessários são frequentes. Marketing Estratégico na prática Podemos iniciar o planejamento do Marketing Estratégico a partir de três questões básicas: Segmentação — em que mercado competirá? Posicionamento — como competirá? Cronograma — quando competirá? Respondidas essas questões, ainda que de maneira breve, podemos começar a elaborar a estratégia mais apropriada para o seu negócio. Planejamento inicial O planejamento inicial de uma estratégia de marketing consiste em reunir e discutir uma série de estudos a respeito do negócio e do seu mercado. Estudo do mercado Nessa fase, realizamos o benchmarking (estudo e comparação das melhores práticas do mercado) e avaliamos a expectativa do público para um novo produto, serviço ou ação de comunicação. As dimensões do estudo variam de acordo com as necessidades do negócio. Análise SWOT A Análise SWOT é uma metodologia usada para verificar as vantagens e carências de uma empresa e sua concorrência, esclarecendo os caminhos mais vantajosos para atuação. Vale lembrar que, quanto mais ricos forem os dados obtidos em suas pesquisas, mais claros serão os resultados dessa análise. 37 Mix de Marketing O mix de marketing é o conjunto de ferramentas, ações e estratégias adotadas por uma empresa para promover um produto, um serviço ou uma marca. Os 4 Ps do Marketing são os pilares para a definição desses elementos: Preço — público, custos, margem e valor; Praça — segmentação, modalidade (físico ou online), logística, armazenamento e distribuição; Produto — solução, atributos (tangíveis e intangíveis), demanda, conteúdo e embalagem; Promoção — oferta, canais e estratégias de divulgação, posicionamento, vendas etc. Métricas e monitoramento As ações de marketing precisam ser monitoradas constantemente para identificar falhas e ferramentas ineficientes, além de garantir ajustes e otimizações importantes. O Marketing Digital se destaca nesse quesito, pois permite a análise de dados detalhados e em tempo real. Planejamento Tático Entramos agora no planejamento tático da estratégia. Aqui definimos as ações de médio prazo e os setores, os profissionais e as empresas responsáveis. Veja o que está incluído: Projetos de médio prazo: os objetivos táticos relacionados a cada ação, canal de divulgação, plataforma de venda e outros; Responsáveis: setores, colaboradores, profissionais e empresas encarregadas. Planejamento Operacional Nessa etapa, definimos os procedimentos padrões, os projetos de curto prazo e os responsáveis por essas funções, sendo que: 38 Operações e projetos de curto prazo — ações de comunicação e venda essenciais, contínuas e padronizadas; Responsáveis — setores, colaboradores, profissionais e empresas encarregadas. Planejamento final Por fim, precisamos estudar as características de cada período e as circunstâncias do mercado para definir os melhores momentos para a implementação de cada etapa, conforme você verá a seguir. Hierarquia de marketing Um plano estratégico precisa estar previamente preparado para resultados inesperados, alterações bruscas e possíveis cortes de verba. Por isso, é importante estabelecer o grau de importância de cada tarefa e definir quais delas poderiam ser anuladas, caso necessário. Cronograma O cronograma elaborado também deve ser pensado de maneira estratégica. As datas comemorativas e a sazonalidade, por exemplo, podem ser exploradas. É também recomendável que as metas estipuladas considerem possíveis imprevistos ou atrasos. Orçamento Ao realizar o planejamento, podemos calcular o investimento necessário para que todas as ações estratégicas, táticas e operacionais sejam realizadas. Caso não existam recursos disponíveis para executar toda a estratégia, a hierarquia de marketing deve ser usada como parâmetro para eventuais cortes e cancelamentos. 39 Estudo da estratégia Para finalizar, a estratégia de marketing precisa ser estudada e avaliada pelos gestores e pelas empresas e profissionais que serão contratados. Os objetivos, em especial, precisam ser plausíveis aos olhos de todos para que o planejamento seja aprovado e colocado em prática. Como você pôde perceber, trabalhamos conceitos como segmentação, posicionamento e persona muito antes de pensarmos nos clássicos 4 Ps. Podemos concluir que o Marketing, no passado, foi trabalhado de maneira muito tática e agora caminha rumo a uma abordagem cada vez mais estratégica em todas as suas definições. EMPREENDEDOR CRIATIVO Enquanto o empreendedorismo tradicional está voltado ao lucro, o criativo se relaciona ao objetivo de vida dos empreendedores. Dessa forma, está diretamente atrelada com uma ideia ou sonho de vida, mas voltado ao campo pessoal. Tudo isso, claro, feito de forma criativa. Quer saber um pouco mais sobre como empreender de forma criativa? Para saber o que é empreendedorismo criativo, primeiramente você precisa compreender como ele se difere do empreendedorismo tradicional. Enquanto a versão mais clássica está voltada à lucratividade, o criativo foca em vontades mais profundas, relacionadas ao objetivo de vida dos empreendedores. Em suma, os empreendedores criativos são aqueles que buscam investir em algo que esteja alinhado a alguma paixão própria. Ou seja, buscando a realização pessoal antes mesmo do retorno financeiro. Para atuar através do empreendedorismo criativo, o profissional precisa ir além das habilidades tradicionais de um empreendedor. Ele deve ter, em primeiro lugar, uma motivação forte o bastante para que possa guiar seus objetivos. Por isso, antes de iniciar nesse tipo de modelo de negócio, você deve refletir sobre: o que mais gosta de fazer? Quais suas maiores ambições pessoais? Que marca você deseja deixar para o mundo? Como você gostaria de ser lembrado? 40 A partir destas reflexões, você poderá encontrar qual é a sua paixão verdadeira e assim, transformá-la em um negócio. Assim, poderá decidir qual o serviço ou produto que irá desenvolver e começar a botar a mão na massa. O que você deve fazer para ser um empreendedor criativo? O empreendedorismo criativoé algo que está diretamente relacionado com a vontade da pessoa. Dessa forma, vale a pena pesquisar ideias de negócios que tenham a ver com o seu desejo. Nesse sentido, algumas questões que você precisará seguir são: Estudar e pesquisar a respeito da sua motivação; Ter foco e rotina no trabalho, pois é muito fácil perder o foco quando estamos lidando com algo que gostamos; Ter um plano de negócios, para pautar quais são as metas da sua empresa. Alguns exemplos de grandes empreendimentos criativos são a Apple, a Disney e a Ford. Todas essas empresas foram construídas através de muito esforço, mas sempre atrelado com a paixão pessoal dos empreendedores. No caso dos exemplos citados, podemos dizer que eles foram revolucionários em suas criações e em seu sistema de produção. A Apple surgiu após uma ideia de integrar tela, teclado e computador em um único lugar. A Disney iniciou da mente de seu criador que em sua produtora animava conto de fadas. Porém, a criatividade não parou por aí: Mickey, Alice, dentre tantos outros surgiram nos estúdios de Walt. Além disso, a criação do parque ocorreu quando percebeu que seus estúdios ofereciam pouco entretenimento aos seus fãs. Logo, era necessário um grande parque de diversões como a Disneylândia e posteriormente a Walt Disney World. 41 EMPREENDEDOR LÍDER Para ser empreendedor atualmente, é preciso ser também um líder. Apesar disso, muitos ainda confundem o ser “chefe” com um verdadeiro líder. A liderança se baseia em duas características: atitude e flexibilidade, devendo estar presentes tanto em líderes corporativos quanto em empreendedores individuais. Por qual motivo? Defendo que um ‘chefe’ jamais será um empreendedor, porque sua visão é curta, é individualista. Um chefe nunca pensa no grupo, somente em si próprio, naquilo que lhe trará vantagens, o que o fará bater as metas. Este tipo de comportamento jamais trará motivação às equipes, pelo fato de que as pessoas envolvidas, seja em um empreendimento de negócio ou em um ambiente corporativo, nunca irão sentir-se partes atuantes em um projeto ou em um empreendimento. Como não se enxergam protagonizando o processo e sim sendo apenas partes operantes dele, seguindo instruções em uma linha de produção em massa, não se estimulam a gerar valor agregado, a criarem soluções, a discutirem ideias, a inovarem, a empreenderem juntamente com o empreendedor. Fatores fazem um verdadeiro líder empreendedor: 1. Estar atento ao que está acontecendo com as pessoas que gerencia, tentando “trazer” esses indivíduos para o seu lado, mostrando interesse em saber de cada colaborador o que o move, o que lhe gera curiosidade intelectual, determinação, e como ele se sente em relação a seu trabalho. 2. Não impõe respeito pela força, coerção ou medo. Antes impõe sua autoridade respeitando cada um conforme a natureza individual. 3. Sabe mostrar à sua equipe a necessidade de cada um conseguir explorar o significado de sua parte no trabalho e resolver os desafios. Ao mesmo tempo, o líder precisa fazer com que esses indivíduos tenham um interesse genuíno uns pelos outros e capacidade de mostrar que se importam com cada colega, formando desta maneira uma equipe forte, coesa, com um único objetivo, porém cada um com uma atuação individual vibrante. 42 4. Procura e incentiva em sua equipe qualidades além simplesmente do talento, tais como: curiosidade intelectual, coragem e caráter. 5. Torna desafiante seu próprio trabalho e o de seus liderados ou colaboradores em seu empreendimento, para que ele mesmo se desenvolva e faça isso acontecer com quem está com ele, desta forma, criando valor para a Instituição na qual trabalha ou para o projeto que está desenvolvendo. 6. O líder não tem medo de perder pessoas. Ele deve ter medo de não as perder, pois “segurando-as”, significará que todos estarão na zona de conforto! Onde há empreendedorismo em zonas de conforto? Empreendedorismo, liderança verdadeira é a busca incansável do novo, da criação, da aquisição de conhecimentos. 7. Não faz com que seus liderados trabalhem para ele, trabalha para que seus liderados atuem com ele. 8. Escuta, não apenas ouve, mostra-se inclinado e flexível a novas ideias, sem deixar de ser firme e mostrar claramente as necessidades do grupo, porém sem mostrar-se condescendente, pois prazos, metas e desafios são fatos que requerem ações coordenadas. 9. Posta-se à frente, mas nunca acima, e sempre ao lado de seus liderados. 10. Um líder empreendedor tem claro para si que o mais importante, além de gerar o resultado esperado, é gerar a evolução das pessoas, o bem estar, pois desta forma ele terá como experiência uma transformação verdadeiramente eficaz e positiva. 11. Um líder não domina o conhecimento. Fazendo com que seu grupo evolua, gera conhecimento e aprendizado para si próprio a partir das trocas com sua equipe. 12. Constrói uma equipe que atua coletivamente em uma mesma direção e quando enfrenta uma turbulência, pode contar com individualidades para vencê-la. 43 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS Todas as organizações precisam definir claramente os caminhos que serão usados para conquistar seus objetivos estratégicos. Isto é, seguir algum modelo de estratégia empresarial. Sem este planejamento, seus gestores e colaboradores se sentirão perdidos, sem saber como a empresa irá operar no mercado. Neste contexto, existem diferentes tipos de estratégias empresariais para transformar esse planejamento em realidade, de forma prática. Essas estratégias farão parte de um programa geral para garantir o desempenho da organização e, assim, levarão ao alcance dos seus objetivos. Diferentes tipos de gestores utilizam diferentes estratégias para determinar a direção e as atividades da empresa dentro do mercado em que está inserida. Por isso, é essencial saber quais são e como usar os tipos de estratégias empresariais para garantir que a empresa alcance os resultados desejados. Estratégia pode ser definida como a utilização dos recursos disponíveis para atingir determinado objetivo em um prazo estipulado. No contexto empresarial, as estratégias estabelecem a direção que a organização deve seguir para alcançar seus diversos objetivos, orientando o melhor aproveitamento dos recursos físicos, intelectuais, tecnológicos e financeiros. Elas também abrangem o padrão de resposta da organização aos desafios e aos riscos apresentados pelo mercado em que atua. Portanto, pensar estrategicamente é fundamental para a empresa sobreviver às mudanças constantes do mercado e ainda crescer de forma sustentável. As empresas que não possuem estratégias empresariais bem definidas nascem e crescem de forma desordenada, podendo até sobreviver por certo período no mercado, mas acabam não sendo sustentáveis no longo prazo. Mas, no médio ou longo prazo, não resistirão ao mercado atual, extremamente competitivo e sujeito a constantes mudanças nos aspectos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos. 44 Sobreviver nesse cenário com resultados diferenciados exige muita organização, controle e inovação, que só se obtém adotando diferentes tipos de estratégias empresariais. Diferentes tipos de estratégias empresariais Existem diversos tipos de estratégias empresariais que podem ser empregados nas situações apresentadas à empresa pelo mercado. As empresas iniciantes, ao definir as estratégias que utilizarão, poderão conhecer melhor suas potencialidades e limitações, evitando falhas e alcançando metas e resultados mais consistentes com a sua missão. Para as empresas já maduras, o mercado sujeito às constantes mudanças torna fundamental repensar continuamente suas operações. Pode ser necessário, por questões de sobrevivência e competitividade, a reestruturação dos tipos de estratégias organizacionais, da estrutura financeirae até dos produtos e serviços oferecidos ao mercado. 1- Estratégias de crescimento Estratégias empresariais voltadas para aumento dos lucros, das vendas, ou da participação do mercado, aumentando o valor da empresa, são consideradas estratégias de crescimento. Isso significa que existem situações favoráveis no mercado que podem transformar-se em oportunidades. Nesse cenário, a empresa busca lançar novos produtos e aumentar o volume de vendas. Algumas ações inerentes às estratégias de crescimento são: Inovação: se a empresa atua em um mercado de rápida evolução tecnológica, deve procurar antecipar-se aos concorrentes através do desenvolvimento frequente e lançamentos de novos produtos e serviços. É necessário o acesso rápido e direto a todas as informações necessárias. Joint venture: duas empresas se associam para produzir um produto e conseguir, juntas, entrar em um novo mercado. Normalmente, uma das empresas entra no negócio com o capital e a outra com a tecnologia necessária. 45 Expansão: o processo deve ser muito bem planejado, para não correr o risco de perder investimentos ou o timing do negócio, o que provocaria a perda de mercado, e, dependendo do prejuízo, sua venda ou associação com empresas de maior porte. Internacionalização: a empresa estende suas operações para fora do seu país de origem. 2- Estratégia de manutenção Neste caso, a empresa identifica um ambiente com potenciais ameaças à sua sobrevivência. No entanto, ela possui uma série de pontos fortes, como, por exemplo, disponibilidade financeira, recursos humanos e tecnologia, acumulados ao longo dos anos. Esses fatores possibilitam aos gestores definirem as ações necessárias para continuar no mercado e, assim, manter a posição conquistada até o momento. Essas ações deverão abranger o fortalecimento dos seus pontos fortes, ao mesmo tempo em que procura minimizar seus pontos fracos. Dessa forma, a estratégia de manutenção é uma postura defensiva. Portanto, o objetivo é preparar a empresa para enfrentar possíveis dificuldades em um futuro próximo. Esses problemas podem ser a perda de mercado pela entrada de um concorrente forte, crise econômica, ou outra ameaça qualquer. Se você não conhece maneiras de identificar oportunidades e ameaças, então, aprenda a usar a análise de cenários e ferramentas como a Matriz SWOT. 3- Estratégia de investimento Este é um dos principais tipos de estratégias empresariais que devem constar no planejamento estratégico da organização. Neste caso, as ações visam, principalmente, a utilização dos seus recursos financeiros, o que deve ser bem planejado para evitar falhas no projeto e, consequentemente, prejuízos para a empresa. 46 O investimento estratégico só deve ser realizado quando a empresa conhece muito bem o seu mercado, os concorrentes e os clientes. Assim, os gestores poderão identificar qual o setor deve receber o investimento para que a empresa se diferencie e se destaque. Para que a estratégia seja bem-sucedida, é necessário o uso do planejamento e da criatividade para conseguir extrair o máximo de resultado com os recursos disponíveis. Estratégias Competitivas Genéricas Porter descreve estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, onde devem ocorrer ações ofensivas ou defensivas com a finalidade de criar uma posição que permita se defender em um setor, para conseguir lidar com as cinco forças competitivas e com isso conseguir e expandir o retorno sobre o investimento. As estratégias competitivas dividem-se em estratégias competitivas de custos, de diferenciação e de foco: 1 Estratégia competitiva de custos: A estratégia competitiva de custos é aquela que direciona os esforços da empresa nos seguintes aspectos: Busca da eficiência produtiva; Ampliação do volume de produção ou prestação de serviços; Minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, Pesquisa e Desenvolvimento e etc; Neste tipo de estratégia competitiva, um dos principais atrativos destinados ao consumidor na disputa setorial é o preço. 2 Estratégia competitiva de diferenciação: A estratégia competitiva de diferenciação é aquela que permite à empresa investir mais em: Imagem; Tecnologia; Assistência técnica; 47 Distribuição; Pesquisa e Desenvolvimento; Recursos humanos; Pesquisa de mercado; Qualidade; O objetivo da estratégia competitiva de diferenciação é criar um diferencial de qualidade para o consumidor através da busca pelo diferencial competitivo em relação aos concorrentes. Estratégias Empresariais Específicas As estratégias empresariais específicas dividem-se em estratégias de sobrevivência, de manutenção, de crescimento e de desenvolvimento. 1 Estratégia de Sobrevivência A estratégia de sobrevivência é utilizada pelas empresas quando se sentem muito fracas internamente e incapazes de enfrentar as ameaças e os desafios do ambiente externo. Nesse caso, a organização não tem alternativa: o ambiente corporativo encontra-se em situação inadequada, pois apresenta perspectivas caóticas com altos índices de pontos fracos internos e ameaças externas. Para assumir uma postura estratégica desse tipo, a primeira decisão que cabe à empresa é encerrar os investimentos e reduzir ao máximo as despesas. 1.1 Exemplos Estratégia de sobrevivência: Redução de custos; Desinvestimento; Liquidação do negócio; Fusões e aquisições. 48 A) Estratégia de redução de custos: A estratégia de redução de custos refere-se a redução de todos os custos possíveis para que a empresa possa subsistir em sua atividade. Normalmente, as principais providências tomadas para a adoção dessa estratégia resumem-se a: Reduzir pessoal e níveis de estoques; Diminuir compras; Melhorar a produtividade; Diminuir os custos de promoção e distribuição etc. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Planejamento Estratégico, ou também conhecido por plano estratégico, é o processo de identificar oportunidades, desenvolver a estratégia de uma empresa e ter ações com foco nos objetivos a serem alcançados. O planejamento estratégico serve para compreender o que deve ser feito, por que deve ser feito e como serão as diretrizes que levarão ao crescimento da organização, desde a tática ao operacional. E isso se faz por análise de cenários, definição de metas e outras atitudes para chegar onde se espera. Em um mercado cada vez mais competitivo, existem algumas práticas que auxiliam a ter mais agilidade para alcançar o sucesso na organização. Neste sentido, utilizar o planejamento estratégico como ferramenta de gestão ajudará sua empresa a impulsionar os resultados e a manter a alta performance dos seus colaboradores. De acordo com Chiavenato, o conceito de planejamento estratégico está associado com os objetivos estratégicos, de curto e longo prazo, e impactam na direção ou na viabilidade da organização. Ou seja, o planejamento estratégico é um processo sistêmico que identifica as melhores condições e formas para se alcançar sucesso organizacional. Assim, se estabelece um rumo a ser seguido pela empresa e ajuda nas tomadas de decisões e busca pelos melhores resultados. 49 Planejar significa criar táticas que possam levar a um determinado objetivo e, a estratégia, é a ação que elabora o melhor caminho para alcançar as metas. Desta forma, é possível identificar a situação atual, visualizar cenários e realizar a análise sobre o futuro, com as expectativas da empresa para os próximos anos. Após definir esses passos, é necessário acertar a rota, para então tomar as decisões e mobilizar as ações focadas nos objetivos organizacionais. Inclusive, esses planos podem ser desenvolvidos e implementados na cultura organizacional de qualquer empresa. Além disto, é fundamental utilizar algumas metodologias
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