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Empreendedorismo e o Perfil do Empreendedor

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APOSTILA
EMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMO
E MARKETINGE MARKETING
1 
- O EMPREENDEDOR
- CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
- VISÃO EMPREENDEDORA
- MISSÃO, VISÃO E VALORES
- PROCESSO PARA EMPREENDER
- ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE MERCADO
- PENSAMENTO ESTRATÉGICO
- MARKETING ESTRATÉGICO
- EMPREENDEDOR CRIATIVO
- EMPREENDEDOR LÍDER
- ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS
- PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
- FUNDAMENTOS DE MARKETING
- GESTÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
- GESTÃO DE PESSOAS
- MODELO DE NEGÓCIO
- INOVAÇÃO
- PLANO DE NEGÓCIO
- GERENCIAMENTO ORGANIZACIONAL
- MARKETING DIGITAL PARA EMPREENDEDORES
- ANÁLISE ESTRATÉGICO
- PESQUISA MERCADOLÓGICA
2 
 
O EMPREENDEDOR 
Entre os ideais de vida que muitas pessoas traçam para si, empreender faz 
parte de muitos deles. Mas o que é ser empreendedor? 
Existe muita gente que entende empreendedorismo como sinal de conforto 
e estabilidade financeira. Outros imaginam que se trata de um senso de 
realizar o que parece impossível. 
Seja qual for o seu ponto de vista, uma coisa deve ficar clara: empreender 
não é fácil. Mas os benefícios mostram por que tanta gente se esforça para 
alcançar esse objetivo. 
Para começar nossa análise com alguma base histórica, vamos pegar o ponto 
de vista do economista austríaco Joseph A. Schumpeter. Para ele, que 
escreveu o livro “COapitalismo, Socialismo e Democracia”, publicado em 
1942, o empreendedor é um visionário, que vê além do senso comum e 
realiza essa visão. 
A parte de colocar a visão em prática é fundamental para diferenciar o 
empreendedor do sonhador. Afinal, quantas boas ideias você já viu por aí? 
Ou melhor ainda, quantas ideias geniais você mesmo já teve? 
Sem execução, uma ideia não passa de um pensamento aleatório. 
Empreendimento envolve geração de valor, o que só acontece com ações 
concretas. 
Na maioria dos casos, as visões realizadas por empreendedores são para 
solucionar grandes problemas que afetam muitas pessoas. Em resultado 
disso, é possível ganhar muito reconhecimento, dinheiro e poder como 
empreendedor. 
Mas o foco principal é cumprir um objetivo, esteja ele relacionado à 
resolução de um problema ou a uma forma de facilitar a vida de outras 
pessoas. 
Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e 
oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio, 
projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um 
impacto positivo. Se queremos ser bastante objetivos, é bem por aí! Só que, 
para nós, ele vai um pouco mais além. Certamente, bem além de algumas 
linhas de definições. 
3 
 
O empreendedorismo começa com a ideia de um produto ou serviço 
que ofereça a solução para os problemas e necessidades que mencionamos 
acima. 
O primeiro passo para ser um empreendedor, portanto, é ter a perspicácia 
de perceber essas oportunidades. 
Mas não se trata de mera intuição. 
Ela tem um papel importante, é claro, mas é possível partir da racionalidade, 
analisando fatos. 
Há cada vez mais dados e informações diversas para embasar a criação de 
novos negócios. 
Podem ser escolhidos vários caminhos, por exemplo: 
 Atender a uma demanda reprimida em determinada localidade 
 Desenvolver um produto ou serviço novo, criando um público novo 
 Diferenciar-se e chamar a atenção melhorando um produto ou serviço 
que já existe e é conhecido. 
De qualquer maneira, observar uma oportunidade e pensar na solução é 
apenas o começo. 
Ninguém empreende se não sair do campo das ideias. 
O empreendedorismo implica em correr riscos, em colocar o planejamento 
em prática e desenvolver uma empresa. 
 
 
QUAIS PERGUNTAS RESPONDER, ANTES DE COMEÇAR UM 
NEGÓCIO 
É possível empreender oferecendo um serviço, desenvolvendo um produto, 
prestando consultoria, agregando pessoas e empresas (economia 
colaborativa) ou fazendo investimentos. 
Seja qual for o caminho, procure responder às seguintes perguntas antes de 
começar a empreitada: 
4 
 
 Qual é o seu perfil de empreendedor? Seguindo os tipos de que 
falamos acima, como você se definiria? 
 Qual o seu propósito? O que o motiva a empreender, além do 
dinheiro? 
 Qual o valor oferecido? O que exatamente você vai oferecer para seus 
futuros clientes? 
 Como você produzirá esse valor? Quais serão os recursos (matéria-
prima, capital, pessoas e parceiros) que serão mobilizados? 
 Quem são os futuros clientes? O que eles procuram, qual sua idade, 
gênero, classe social, etc.? 
 Qual o diferencial do seu produto ou serviço? O que você vai oferecer 
que a concorrência não possui? 
 Qual será a sua dedicação? Vai largar o emprego para abrir o 
negócio ou desenvolvê-lo aos poucos, nas horas vagas? 
 Qual a estrutura necessária? O trabalho pode ser feito em casa ou 
precisa de um escritório ou ponto de venda? 
 Onde se instalar? Caso seja necessário buscar um ponto comercial, 
qual é a localização ideal para ele? 
 Qual a burocracia que envolve o negócio? Quais as formalidades 
legais que precisam ser cumpridas para a abertura e funcionamento 
da empresa? É viável cumpri-las? 
É claro que algumas respostas podem mudar com o andar das coisas, mas é 
importante tê-las muito claras na cabeça antes de abrir o negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO 
Será que você reúne as características do empreendedor moderno? 
Essa pode ser uma condição necessária para ser bem-sucedido em seu 
projeto. 
E se você já tem ou deseja ter um negócio para chamar de seu, saiba que 
acompanha uma tendência. 
Não é de hoje que o empreendedorismo tem se mostrado como a uma das 
mais eficientes ferramentas para a transformação do mundo. 
Apesar do senso comum direcionar a definição como aquele agente 
que abre uma empresa com a finalidade de se ter uma renda, a figura do 
empreendedor não se limita à essa definição. 
Uma pessoa que funda uma ONG ou desenvolve um projeto social, por 
exemplo, pode ser considerada empreendedora. 
Existe ainda a figura do empreendedor corporativo, que desenvolve 
atividades e propõe ideias para o crescimento da empresa na qual trabalha. 
Ser empreendedor é demonstrar autonomia de ação e autoconfiança para 
inovar, propor desafios e realizar mudanças. 
O empreendedor é aquela pessoa que confia em suas próprias opiniões mais 
do que na das outras pessoas. 
Possui otimismo acima da média, é determinado mesmo diante das 
dificuldades e consegue transmitir para os outros a confiança na própria 
capacidade. 
Também identifica oportunidades com mais facilidade e rapidez, ao mesmo 
tempo em que não se conforma com a situação atual. 
Existem traços da personalidade das pessoas empreendedoras que são mais 
conhecidos: disposição para o trabalho duro, apetite ao risco, 
competitividade, mentalidade orientada para o crescimento, entre outras. 
No entanto, há outras que são menos percebidas, mas igualmente 
importantes para o sucesso no empreendedorismo. 
 
 
6 
 
Vamos a elas: 
Otimismo: o medo do fracasso é uma característica inexistente no perfil do 
empreendedor. O grau de otimismo das pessoas empreendedoras é acima 
da média sempre. Em 2016 o empreendedor suíço-brasileiro, Jorge Paulo 
Lemann tuitou: “Prefiro ser otimista. Não conheço muitos pessimistas bem-
sucedidos.” 
Perspicácia: as pessoas empreendedoras são mais perceptivas. A 
identificação de uma oportunidade antes dos outros não é uma tarefa trivial 
e, indo além, o empreendedor é capaz também de fazer um diagnóstico de 
como transformar oportunidade em negócio 
Curiosidade: o acúmulo de informações pertinentes ao negócio de forma a 
permitir a tomada de decisões. O empreendedor busca informações sobre o 
tamanho do mercado, quer entender como o cliente pensa, identifica os 
concorrentes e os possíveis riscos presentes no negócio. 
Carisma: a capacidade de vender a ideia para clientes, investidores, parceiros 
e funcionários. Dentre os traços menos evidentes da personalidade dos 
empreendedores,a capacidade de influenciar as pessoas se destaca. 
Resiliência: possuem capacidade de absorver os impactos sem permitir que 
os objetivos sejam alterados. Embora seja recomendado o planejamento 
para qualquer tipo de empreendimento, existem fatores que não são 
possíveis de serem mapeados. E o empreendedor de sucesso é aquele que 
consegue superar as dificuldades e se mantém firme em seus objetivos. 
 
Características que um bom empreendedor precisa ter 
Iniciativa 
A primeira característica para ser um excelente empreendedor é claro que é 
a iniciativa. 
Neste setor do empreendedorismo, as pessoas costumam ter muitos 
receios, medos e dúvidas. Por isso, acabam deixando o projeto no papel e 
adiando-o por um longo período. 
No entanto, se você realmente quiser empreender, precisar tomar a 
iniciativa, precisa dar o “start”. 
7 
 
É claro que começar a colocar em prática alguma coisa nos dá um certo 
“friozinho na barriga”. Mas, queremos propor algumas reflexões: 
 Se você não tentar, como saberá se vai dar ou não certo? 
 Não é melhor se arrepender de algo que foi feito do que algo que 
nunca ao menos tentou? 
 
Persistência 
Sim, nós já falamos sobre ela mais acima, mas é preciso reforçar. 
A persistência é algo que realmente fará com que você se torne um 
empreendedor de sucesso. 
Todo sonho precisa de perseverança para ser realizado. E, quanto mais 
empenho depositarmos em alguma coisa, maiores serão as chances dela dar 
certo. Isso é fato! 
Portanto, persista, quantas vezes forem preciso. E, principalmente, diante 
de problemas. Lembre-se que nada na vida é fácil, mas quando há dedicação, 
tudo pode se tornar melhor e mais promissor. 
 
Autoconfiança 
Se você não acreditar em si mesmo, como as outras pessoas irão acreditar 
naquilo que está lançando? 
Ter autoconfiança fará com que você se apresente de forma mais autêntica 
e até mesmo segura perante as pessoas. E, isso, o tornará um empreendedor 
respeitado e transparente. 
Se você desconfiar de si, não apostar que a ideia vai dar certo e ter sempre 
um pensamento pessimista, com toda a certeza terá mais dificuldade em 
lidar com tudo e estará mais suscetível ao fracasso. 
Acredite! Confie! 
 
 
 
 
8 
 
Liderança 
Para ser um empreendedor é preciso ter espírito de liderança. Você precisa 
saber administrar a sua empresa (ou o seu negócio) da melhor forma 
possível e ser inspiração para os seus colaboradores ou investidores. 
Mostre “para o que você veio”. 
Quanto mais você se esconder ou evitar determinadas situações, menos 
chances terá de algo dar realmente certo! 
 
Capacitação 
Todo bom empreendedor, ou qualquer outra área de atuação, precisa estar 
capacitado para ter sucesso! Não adianta ter uma ideia muito boa, se você 
não souber como utilizá-la. 
Por isso, pense sempre em se capacitar; através de treinamentos, 
workshops, palestras, cursos e etc. estude bastante a sua proposta, todos os 
possíveis percalços, mercado, público-alvo, vantagens e desafios, entre 
outros. 
 
Planejador 
Um empreendedor precisa ser um EXCELENTE planejador. É inegável que a 
falta de planejamento gera uma série de consequências, por isso, antes de 
tudo, pare e crie uma linha estratégica para cada etapa que for seguir. 
Um exemplo muito claro é o que se refere ao cálculo de riscos. Como todo 
empreendimento, você estará sujeito a riscos, certo? Mas, se o seu negócio 
contar com um planejamento organizado, que mapeie os gastos e as 
possíveis perdas, certamente terá uma margem onde estes riscos não serão 
tão representativos. 
Dica: Não queira empreender tendo somente uma ideia em mente e 
nenhum planejamento. Acredite, você precisa PREPARAR O TERRENO. Se 
achar necessário, faça roteiros, escreva, peça feedbacks, estude os 
concorrentes, enfim. Entre neste desafio quando estiver definitivamente 
preparado e qualificado para “tocar o barco”. 
 
9 
 
Metas e resultados 
Não podemos deixar de citar aqui que um empreendedor 
PRECISA estabelecer metas e obter resultados. 
Quando você estabelece um objetivo final, começa a se dedicar arduamente 
para alcançá-lo e isso faz com que o empenho se torne maior e até mesmo 
a vontade aumente. 
Os resultados também são fundamentais, pois serão eles que mostrarão o 
caminho a seguir e farão com que você potencialize ainda mais suas vendas. 
 
Visão inovadora 
Muitas vezes, contamos com uma ideia que a princípio era extremamente 
interessante. No entanto, com o passar do tempo ela se torna mais 
ultrapassada e até mesmo desnecessária. Neste momento, não dá para se 
desesperar. Pelo contrário, é preciso pensar em propostas alternativas para 
reverter a situação. A isso podemos chamar de ter uma visão inovadora. 
Inove-se sempre quando possível. Se o mercado estiver pedindo algo, 
arrisque-se. Ficar com um pensamento conservador fará com que esteja 
atrasado, e isso não é bom para nenhum negócio. 
 
 
VISÃO EMPREENDEDORA 
A visão empreendedora tem sido cada vez mais citada como o diferencial de 
quem atinge o sucesso no mercado, mais do que saber como gerir uma 
empresa é necessário encontrar as melhores oportunidades para se 
destacar. Uma das principais questões acerca desse conceito é se ele já 
nasce com os indivíduos ou se pode ser aprendido com o passar do tempo. 
Entender o que é essa visão e de que maneira ela pode ser incorporada a 
rotina de quem empreende faz toda a diferença. 
De forma resumida podemos dizer que a visão empreendedora nada mais é 
do que a capacidade de ver aquilo que os demais não conseguem enxergar. 
A maior parte das pessoas olha para o mercado, mas não consegue enxergar 
as oportunidades que podem estar camufladas em pequenos espaços. 
10 
 
Aprender a dedicar um olhar mais demorado para as potenciais 
oportunidades é essencial para quem deseja se tornar empreendedor. 
Estudar o mercado em que se pretende atuar com foco no que o futuro 
reserva é uma estratégia vencedora no universo corporativo. Quando se 
enxerga possíveis problemas com antecipação é mais fácil de resolvê-los 
com sabedoria, pois se teve mais tempo para meditar a respeito dos 
mesmos. Ter visão com foco empreendedor é estar atento a tudo o que se 
passa procurando possíveis soluções para tal a todo momento. 
 
Como Saber Se Eu Tenho Visão Empreendedora? 
Essa com certeza é a pergunta que boa parte dos leitores desse artigo está 
se fazendo, para respondê-la elenquei algumas características pertinentes 
aos indivíduos que têm a chamada veia empreendedora. Continue lendo e 
considere se você possui essas características. 
 
– Capacidade de realização das boas ideias 
Aqueles que são dotados de visão empreendedora têm mais facilidade de 
passar do pensamento para a ação quando tem ideias com potencial de 
sucesso. Apenas observar chances de realizar algo significativo sem traçar 
um plano de ação faz com que pessoas brilhantes deixem seu talento passar 
sem reconhecimento. É nesse ponto que está à diferença entre quem tem e 
quem não tem a visão empreendedora. 
 
– Entusiasmo pelo o que se faz 
O empreendedor é um indivíduo plenamente apaixonado pela sua ideia, que 
possui entusiasmo pelo o que está tentando realizar. Parte da visão 
empreendedora passa por gostar daquilo que se faz a ponto de ter prazer 
em buscar novas soluções para se diferenciar no mercado. 
 
– Foco em seus objetivos 
Quantas pessoas incríveis em suas áreas de atuação que você conhece que 
não conseguem ir adiante por que não têm foco naquilo que estão fazendo? 
11 
 
O empreendedor de sucesso é aquele que não fica indo de um lugar a outro 
a esmo. Ao determinar um objetivo para alcançar essa pessoa foca a sua 
visão e o seu planejamento em conquistar o sucesso. 
 
– Saber vender as suas ideias 
Bons empreendedores são aqueles que sabem como vender as suas ideias 
contagiando quem pode ajudar a colocá-las em prática. Ninguém consegue 
chegar ao sucesso sozinho, saber como engajar quem estáa sua volta é 
essencial para ter força suficiente para realizar aquilo que se deseja. 
 
Como Desenvolver a Visão Empreendedora 
Respondendo ao questionamento que mencionei no começo do artigo digo 
que existem casos em que os indivíduos nascem com o espírito 
empreendedor assim como casos em que é possível desenvolver tais 
habilidades. Abaixo vou explicar como é possível aprender a tornar-se mais 
visionário no sentido de encontrar um caminho para tirar seus planos do 
papel. 
– Melhore sua autoconfiança 
Para quem acredita que não tem todo o potencial de empreendedorismo 
desenvolvido sugiro que comece a avaliar como anda a sua autoconfiança. 
Acreditar em si mesmo é o primeiro passo para conseguir contagiar as 
pessoas que estão ao seu redor. Pode ser que você tenha uma boa visão de 
empreendedorismo e só não tenha as ferramentas para concretizá-la. 
 
– A culpa nunca é de terceiros 
A visão empreendedora reconhece nos problemas potenciais oportunidades 
para criar novas soluções mesmo em mercados aparentemente saturados. 
O verdadeiro empreendedor é aquele que sabe que jamais pode se vitimizar, 
isto é, achar que a culpa do seu insucesso é de terceiros. Quem passa parte 
do seu tempo reclamando acaba não realizando nada, para ser produtivo e 
bem-sucedido é fundamental aprender a conviver e aprender com seus 
erros. 
12 
 
– Observação 360 graus 
Por fim a forma mais efetiva de desenvolver as características da visão 
empreendedora é ter uma visão 360 graus, ser aquela pessoa que consegue 
ver tudo o que acontece ao seu redor identificando onde há alguma 
potencialidade de transformação e geração de valor. Boa parte das pessoas 
limita a sua visão ao que se passa diante dos seus olhos sem se dar conta da 
riqueza de possibilidades do seu entorno, não seja uma dessas pessoas 
deixando as melhores chances passarem. 
 
 
MISSÃO, VISÃO E VALORES 
O trio Missão, Visão e Valores é um recurso poderoso para que 
empreendedores consigam planejar negócios diferenciados, atrair 
colaboradores engajados e se orgulhar de seu trabalho. 
Antes de colocar o barco na água e lançar o seu negócio, é preciso criar 
algumas diretrizes que garantem que estão todos navegando para a mesma 
direção. É assim que você define, desde o começo, qual é o jeito de pensar, 
ser e trabalhar da sua empresa, antecipando problemas, estabelecendo 
limites e minimizando os conflitos entre as pessoas que vão colocar sua 
empresa de pé. 
A ferramenta Missão, Visão e Valores: 
Serve para definir a direção estratégica da empresa: da integração das 
operações à estratégia da companhia e da motivação da equipe. 
É útil porque permite que o empreendedor reflita sobre o papel do seu 
negócio na sociedade e sobre o futuro da empresa. 
Pode parecer difícil colocar no papel todas as intenções, planos e sonhos que 
você, como empreendedor, tem na cabeça. Mas, para diferenciar o que cada 
um dos três itens acima significa, é importante entender: 
 
Missão da empresa 
A missão de uma empresa é aquilo que ela determina como a razão de ser 
do seu negócio, a sua entrega ao cliente. Como a empresa é um ser vivo e 
13 
 
mutável, a missão pode ser revista ao longo do tempo, se adequando às 
novas necessidades do mercado. 
É fundamental que todos os integrantes da organização saibam qual o seu 
propósito (missão) para que, nas suas funções do dia a dia, tomem decisões 
adequadas a ele e promovam a entrega correta ao cliente e demais 
stakeholders. 
 
Como definir a missão? 
Para definir a missão é necessário saber para que ela existe. Se a empresa 
ainda não existe, ela é uma ideia que está na cabeça do empreendedor. Se 
ela já existe, os elementos para a construção da missão já estão postos e 
precisam ser identificados e descritos. A missão estabelece a estratégia de 
crescimento, os objetivos, metas e indicadores do negócio. 
Uma excelente definição de missão deve esclarecer o benefício gerado pela 
empresa para o cliente. De acordo com o Sebrae, “uma empresa deve existir 
não para produzir o produto ou prestar o serviço que consta em seu contrato 
(ou estatuto) social, mas sim, para levar o benefício (do produto ou serviço) 
ao seu público-alvo”. 
Do ponto de vista inspiracional, uma boa missão deve propor desafios a 
todos da organização e alimentar o engajamento à empresa. Líderes 
focados, empregados e parceiros engajados nas entregas aos clientes são o 
primeiro passo para uma empresa de sucesso. 
Outro ponto importante é que a missão não seja rebuscada. Ela precisa ser 
clara, limpa e simples, traduzindo em poucas palavras o sentido e propósito 
da organização e, se possível, deve ser construída a partir do coletivo. Muitas 
vezes trazer o grupo para este alinhamento pode ser muito benéfico porque 
o sentido de pertencimento aflora em todos. Quando a construção é 
coletiva, os participantes sentem-se responsáveis pelo processo, 
estabelecendo uma relação de autoria e orgulho em relação à missão. 
 
Aspectos importantes para a definição da missão 
Não existe receita de bolo, mas alguns aspectos devem ser levados em conta 
no processo de definição da missão. Veja quais fazem sentido ao seu 
14 
 
negócio, estabeleça os parâmetros e parta para o papel – de preferência 
com o seu time ou parceiros. 
 Defina o principal benefício que sua empresa entrega ao cliente 
 Defina qual é o diferencial competitivo que o torna diferente da 
concorrência. 
 Defina se há algo especial que deve estar na missão. 
 Elabore uma frase curta que representa os aspectos definidos de 
maneira clara e objetiva. 
 Apresente e valide com todos os participantes e interessados. Ela tem 
que fazer sentido para eles. 
 Divulgue e tenha sempre em mente que a missão deve ser viva e ser 
usada em todos os momentos de tomada de decisão e ações do dia a 
dia. 
 
Exemplos de missões inspiradoras 
Algumas missões podem ser muito inspiradoras e servir de exemplo para a 
construção da sua missão, mas é muito importante lembrar que cada missão 
é única e deve ser o espelho do propósito da sua organização. Conheça 
alguns exemplos e se inspire, mas no momento da construção da sua missão, 
lembre-se: é papel em branco e mãos à obra. 
1.Google 
A missão da Google é “Organizar as informações do mundo todo e torná-las 
acessíveis e úteis em caráter universal”. 
 
2.Microsoft 
“Na Microsoft, a nossa função é ajudar as pessoas e empresas em todo o 
mundo a concretizarem todo o seu potencial. Esta é a nossa missão. Tudo o 
que fazemos reflete-se nesta missão e nos valores que a tornam possível.” 
 
3.McDonald’s 
“Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo 
e agradável”. 
15 
 
Visão da empresa 
A visão de uma empresa é onde ele quer chegar em um determinado tempo. 
É importante ter a visão sempre no horizonte, pois as ações presentes 
devem estar alinhadas com onde se quer chegar. Ter visão do seu negócio 
estabelece os parâmetros para a tomada de decisão, para os investimentos 
e principalmente para a estratégia de negócio que levará a visão. 
Assim como a missão, a visão está alicerçada em um ecossistema em 
constante mudança e ela deve ser vista sempre que necessário. Em alguns 
cenários a visão se torna obsoleta em pouco tempo, de acordo com a 
dinâmica do mercado, em função de novas tecnologias ou processos. Em 
outros cenários, a visão se torna inalcançável no tempo estipulado no 
planejamento, o que pode desestimular tanto os empreendedores quanto 
seus empregados. 
Dessa forma é fundamental que além de estar na ponta da língua de todos, 
a visão seja um norteador de ações que estimulem o negócio ao crescimento 
e não um balde de água fria, sem perspectiva de alcance. 
 
Como definir a visão? 
Com a missão definida, o segundo passo para estabelecer a cultura da 
empresa é estabelecer até onde vai a sua visão. É o horizonte que se enxerga 
e a partir de ações concretas será incansavelmentebuscado. Para ter uma 
visão séria e concreta é preciso estabelecer indicadores e metas de curto, 
médio e longo prazo. 
Na maioria das visões não estão estipulados prazos e valores a serem 
alcançados e isto se dá em função do mercado, concorrência e, no caso de 
empresas abertas, para não prometer entregas de longo prazo que não 
dependem apenas do ambiente interno da organização. 
Assim como a missão, a visão é combustível para a busca do resultado. 
Estabelecer onde se quer chegar e estipular tempos para isso é o melhor 
caminho pois remete às pessoas a realizarem ações integradas e possíveis 
para o atingimento. 
 
 
16 
 
Aspectos importantes para a definição da visão 
No caso da definição da visão, é importante estabelecer o sonho, do sonho 
passar para o plano e no plano estruturar o como chegaremos lá, em que 
condições e com quais passos. Pra ser bem sucedido nessa definição você 
precisa: 
 Definir um horizonte de planejamento, normalmente de 3 ou 5 anos. 
Escreva como você gostaria que sua empresa estivesse no final desse 
período. 
 Descreva, com base na sua primeira resposta, quais indicadores e 
metas mensuráveis que devem ser atingidas ao longo do período de 
tempo estabelecido 
 Crie um documento em que fique claro quais objetivo(s) que a 
empresa irá atingir durante o período. Se possível, identifique os 
pontos de corte e objetivos intermediários. 
 Apresente e valide com todos os participantes e interessados. Ela tem 
que fazer sentido para eles. 
 Divulgue e tenha sempre em mente que a missão deve ser viva e ser 
usada em todos os momentos de tomada de decisão e ações do dia a 
dia. 
 
Exemplos de visões inspiradoras 
Ainda mais claro que no caso da missão, cada empresa tem a sua visão. 
negócios diferentes, metas e objetivos diferentes, levam a visões diferentes. 
Conheça algumas visões importantes que podem te inspirar, mas foque na 
sua visão, de acordo com o seu sonho e possibilidades reais de atingimento. 
1.Apple 
“Mudar o mundo através da tecnologia”. 
 
2. Cacau Show 
“Ser a maior e melhor rede de chocolates finos do mundo, oferecendo aos 
seus clientes e parceiros uma relação duradoura, com foco no crescimento, 
rentabilidade e responsabilidade socioambiental”. 
 
17 
 
Valores de uma empresa 
Os valores são o DNA da organização. São os ideais de atitude, 
comportamento e busca de resultados comuns aos empregados, líderes e 
acionistas nas relações com clientes, fornecedores, comunidade, parceiros 
e governos. 
É a partir dos valores que as organizações se definem e alimentam a sua 
estratégia através das pessoas. No momento de aquisição de talentos, por 
exemplo, é extremamente importante que os recrutadores identifiquem o 
fit cultural e valores comuns entre os candidatos e a empresa. Dessa forma 
a integração será mais fácil e rápida. 
Um pouco diferente da missão e visão, os valores são mais perenes. Pode-
se agregar valores novos ou excluir algum que não identifique mais o DNA 
da organização, mas como estão relacionados a atitudes e comportamentos, 
é necessário entender que este movimento normalmente é lento e orgânico 
para que não se promova uma mudança não natural na empresa. 
 
Como definir os valores? 
Como falamos acima, os valores compõem o DNA da organização. São 
comportamentos e atitudes em relação a todos os aspectos e relações que, 
estabelecidos, devem ser seguidos por todos na empresa. 
Normalmente as pessoas já entram na organização com valores alinhados e 
os usam como balizadores das pequenas e grandes tomadas de decisão. Por 
serem vitais para o alinhamento interno e ao externo, os valores servem de 
parâmetro desde os processos seletivos até as definições que envolvem 
questões rotineiras ou éticas. 
É de vital importância para a reputação e consequente sucesso do 
empreendimento que líderes, empregados, parceiros e fornecedores 
estejam alinhados e comunguem dos valores da organização. No médio e 
longo prazo este alinhamento leva segurança aos clientes e ajuda a 
estabelecer a relação de confiança necessária em todos os negócios. 
 
 
 
18 
 
Aspectos importantes para a definição dos valores 
Os valores precisam ser definidos ou identificados a partir de uma base 
comum que está no DNA (invisível) da empresa. Normalmente são palavras 
chave ou expressões que definem comportamentos alinhados e atitudes que 
todos tem em comum e querem que a organização demonstre 
externamente e para o público interno. Para estabelecer os seus valores 
considere: 
 Quais atitudes e comportamentos a sua empresa gostaria de ser 
lembrada, caso fosse uma pessoa? 
 Da mesma forma, por quais atitudes e comportamentos ela gostaria 
de ser admirada? 
 A partir das duas listas acima quais destas atitudes e comportamentos 
fazem sentido como valores para serem incorporados no DNA da sua 
empresa? 
 Coloque todos os valores no papel. No primeiro momento, apenas a 
palavra ou expressão chave. 
 Identifique quais comportamentos e atitudes observáveis 
representam os seus valores. 
 Apresente e valide com todos os participantes e interessados. A 
relação precisa fazer sentido para eles. 
 Compartilhe e use como livro mestre para tomada de decisão no dia 
a dia e nas questões estratégicas. 
 
Exemplos de valores 
Aqui não vamos citar empresas, mas sim redações de valores que podem te 
ajudar na identificação daqueles que fazem sentido para sua empresa. Como 
no caso da missão e visão, são apenas exemplos para se inspirar. Lembre-se 
que cada caso é um caso e cada DNA é um DNA. 
 Transparência 
 Criatividade 
 Equilíbrio 
 Sustentabilidade 
 Inovação 
 O cliente no controle 
19 
 
 Ética 
 Responsabilidade social 
 
 
PROCESSO PARA EMPREENDER 
Empreender sempre foi um desejo latente em grande parte da população 
brasileira. Muitas pessoas, desde muito cedo, sentiram um impulso interno 
que as levou a realizar o sonho de abrir o próprio negócio. Outras, mesmo 
não tendo esse anseio tão evidente assim, mas em decorrência das mais 
variadas situações da vida, se viram inseridas na jornada empreendedora e 
também investiram na abertura de suas empresas. 
Estes dois perfis de empreendedores têm suas particularidades e diferenças, 
mas, observando de perto, é possível dizer que existe um ponto em comum 
entre ambos. Este ponto diz respeito às dúvidas que sempre surgem no 
começo, como: “Por onde começar?”, “Qual o perfil do meu público?, “Abro 
uma loja física ou começo apenas no ambiente online?”, entre muitas outras 
questões, que, sem o esclarecimento e o conhecimento necessários, podem 
acabar fazendo com que o futuro empresário desista de seu sonho sem ao 
menos tê-lo começado. 
O processo empreendedor consiste em organizar todas as etapas da criação 
e desenvolvimento de um negócio antes de colocá-lo efetivamente em 
prática. Pensando nisso, o futuro empresário deve ter em mente tudo que 
precisa saber para abrir uma empresa, compreender quais são os seus 
trâmites burocráticos e também como administrar seu empreendimento de 
forma assertiva. 
Ter esta consciência é muito importante, pois muitos erros podem ser 
evitados quando o futuro empresário consegue ajustar os pontos e definir 
qual é o seu modelo de negócio e de qual modo fará a gestão do seu 
empreendimento. Do contrário, quando as coisas ficam soltas demais, as 
dificuldades também aumentam, já que, tanto os detalhes como os aspectos 
mais importantes da empresa, não foram previamente organizados. 
 
 
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-e-e-como-funciona-a-gestao-empresarial/
20 
 
ETAPAS DO PROCESSO EMPREENDEDOR 
Com o objetivo de evitar que a falta de organização prejudique a 
implantação e o crescimento da empresa, o processo empreendedor 
apresenta quatro etapas importantes, segundo Dornelas (2005). Continue 
lendo e conheça cada uma delas: 
IDENTIFICAR E AVALIAR A OPORTUNIDADE 
Antes de dar o pontapé inicial,o empreendedor deve buscar conhecer bem 
o mercado onde deseja atuar, identificar quais são as suas oportunidades de 
negócio, nichos não atendidos e avaliar como ele pode se encaixar em tudo 
isso e oferecer o que os seus futuros clientes querem. 
Alguns pontos a serem analisados nesta etapa: 
 Criar e analisar a abrangência da oportunidade; 
 Verificar quais são os valores percebidos da oportunidade; 
 Analisar os riscos e retornos; 
 Fazer um paralelo entre as oportunidades e as habilidades e metas 
pessoais; 
 Verificar qual a situação dos competidores e da concorrência. 
 
DESENVOLVER O PLANO DE NEGÓCIOS 
Fazer este planejamento geral da empresa é essencial, pois isso é o que traz 
ao empreendedor um mapeamento completo de todas as suas ações, 
possibilidades e que, ajuda muito, a expandir sua visão e gerenciar seu 
negócio com mais efetividade. Tendo como base um estudo específico e um 
direcionamento mais elaborado, maiores são suas chances de sucesso. 
O que o Plano de Negócio precisa contemplar: 
 Sumário Executivo; 
 O conceito do negócio; 
 Quais serão os membros da equipe de gestão; 
 Análise do mercado e da concorrência; 
 Plano de Marketing e Vendas; 
 Como vai funcionar a Estrutura e Operação da empresa; 
 Realizar uma Análise Estratégica; 
 Pensar no Plano Financeiro; 
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/conheca-os-principais-tipos-de-empreendedores/
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/como-fazer-um-planejamento-para-abrir-uma-empresa/
21 
 
 E incluir os Anexos ao final. 
 
DEFINIR E CAPTAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS 
Quanto você precisará investir em seu negócio? De onde você vai tirar esses 
recursos? Qual o capital de giro necessário? Quanto tempo até dar lucro? 
Estas são perguntas que devem ser respondidas pelo empreendedor, pois 
sem dinheiro, o negócio não nasce. Esta, sem dúvida, é uma das etapas mais 
importantes do processo empreendedor. 
De onde podem vir os recursos: 
 Recursos pessoais; 
 De amigos ou parentes; 
 De Capitais de Risco; 
 Bancos; 
 Governos; 
 
ADMINISTRAR A EMPRESA 
Eis que chega a hora de colocar todo o planejamento em prática e a empresa 
para verdadeiramente funcionar. Para isso, o empreendedor além de seu 
plano e modelo de negócio em mãos, precisa dominar conhecimentos no 
que tange gerenciar processos e pessoas, para, a partir disso, garantir a 
efetividade de suas ações e que seu empreendimento tenha mais chances 
de ser bem-sucedido. 
O que definir e observar antes e depois de colocar o planejamento em 
prática: 
 Definir o Estilo de Gestão; 
 Quais são os Fatores Críticos de Sucesso; 
 Identificar problemas atuais e que podem surgir no futuro; 
 Implementar um Sistema de Controle; 
 Profissionalizar a gestão; 
 Como explorar novos mercados. 
 
 
22 
 
ANÁLISE DE MERCADO 
Conhecida por ser um dos elementos mais importantes do plano de 
negócios, a análise de mercado é imprescindível em um cenário econômico 
cada vez mais competitivo e instável. 
Para se sobressair, as empresas precisam conhecer a fundo seu mercado e 
a necessidade dos seus possíveis clientes. 
Sem essa análise, que antecede o planejamento estratégico, abrir um novo 
negócio ou expandi-lo para outros nichos pode se tornar um processo 
fadado ao fracasso. 
Mesmo com ideias inovadoras no mercado, os empreendedores precisam 
também conhecer a fundo o terreno em que estão prestes a pisar para 
tomar as decisões corretas e assertivas. 
Esteja você no início de um negócio ou em um momento de expansão, saiba 
o que levar em consideração antes de agir! 
A análise de mercado nada mais é do que o processo de obtenção de dados 
e informações relevantes sobre o mercado em que seu negócio ou ideia está 
inserido. 
Ela é importante em todos os momentos do negócio: desde o início, para 
que seu empreendimento saia do papel e se torne viável e durante toda sua 
existência, para que ele não fique para trás com o passar dos anos. 
As ações e decisões da sua empresa precisam sempre ser tomadas tendo em 
vista as oportunidades e ameaças que impactam diretamente sobre ela. 
Somente dessa forma é possível tomar ações vantajosas de maneira 
estratégica. E, como os mercados estão sempre em constante mudança, a 
análise deve ser um processo contínuo realizado pela gestão. 
Afinal, de nada adianta ter uma ideia de produto ou serviço inovador que 
não será comprado por ninguém, não é mesmo? 
A análise de mercado, portanto, tem o papel de fornecer respostas a 
perguntas importantes que guiam o futuro do negócio. 
Com ela, é possível entender: 
 Quais são as necessidades dos clientes; 
 O que seus concorrentes estão fornecendo; 
23 
 
 Se uma ideia consegue ser bem implantada no mercado; 
 Se existe um nicho que necessita de determinado serviço e muito 
mais; 
 Quão atrativo é o mercado para sua empresa. 
 
Tipos de análise de mercado 
Existem dois tipos de análise de mercado: a análise de gabinete e a pesquisa 
de mercado. 
1. Análise de gabinete 
A análise de gabinete consiste na coleta de dados de maneira mais ativa. 
Esse tipo de pesquisa pode ser feita internamente, sem a necessidade da 
empresa entrar em contato com o público ou outros elementos externos. 
A análise de gabinete é conhecida por ser mais genérica e ampla, uma vez 
que os dados são coletados de forma passiva, e são limitados pelas 
informações que estão disponíveis através das mais diversas mídias. 
A análise aprofundada de concorrentes específicos, por exemplo, através 
desse modelo, é impossível, uma vez que as informações coletadas de forma 
passiva tendem a ser mais rasas. 
No entanto, se a proposta for aumentar o seu conhecimento sobre o 
mercado, de modo geral, pode ser a forma mais eficiente de realizar essa 
tarefa. 
 
2. Pesquisa de mercado 
A pesquisa de mercado é uma forma de análise mais ativa. 
Através dela, é possível entrar em contato com muitas pessoas que são de 
interesse da empresa: clientes, fornecedores e prospects. 
Ao realizar uma pesquisa de mercado, você poderá levantar questões como: 
 Quais tipos de serviços e produtos são esperados pelos clientes; 
 Quais são as expectativas dos clientes a respeito da empresa; 
 Como anda o mercado; etc. 
24 
 
Ao entender a fundo as ideias, necessidades e as objeções dos seus clientes, 
certamente você terá em mãos informações valiosas para otimizar seu 
negócio e transformar a realidade da sua empresa. 
A pesquisa de mercado também é uma ótima alternativa para empresas que 
querem lançar um novo produto, mas querem validar esse lançamento com 
os possíveis clientes. 
Além disso, é possível avaliar de forma mais aprofundada quais são os seus 
concorrentes e levantar informações importantes e estratégicas sobre eles 
para análise futura. 
 
Análise do macro e microambiente 
Existem dois tipos complementares de análise de mercado que devem ser 
feitas pelas empresas. 
São elas a análise macroeconômica, voltada para uma visão político-
econômica de mercado e a microeconômica, voltada para questões internas 
do setor no qual a empresa se insere. 
 
Macroambiente 
Para fazer uma boa análise macroeconômica, a ferramenta Análise PESTAL 
se mostra como braço direito dos gestores. 
Sua sigla, que significa Política, Economia, Social, Tecnologia, Ambiental e 
Legal diz respeito aos fatores macroeconômicos que podem afetar sua 
empresa. 
Por exemplo, é importante levar em consideração aspectos como: 
(P) Fatores políticos: políticas governamentais, eleições e tendências 
políticas, mudanças de governo, políticas de negociação, financiamentos, 
bolsas, iniciativas, guerra, terrorismo, conflitos, problemas políticos 
internos, relações entre países, corrupção, entre outros; 
(E) Fatores econômicos: economia local, tributação, inflação, juros, 
tendências econômicas, problemas sazonais, crescimento da indústria, taxas 
de importação/exportação, comércio internacional, taxas de câmbio 
25internacionais, taxa de desemprego, situação de dívida externa, entre 
outros; 
(S) Fatores sociais: taxa de crescimento, mudanças de gerações, tendências 
de estilo de vida, tabus culturais, atitudes e opiniões dos consumidores, 
padrão de compra, problemas éticos, faixa etária, classe social, expectativa 
de vida, entre outros; 
(T) Fatores tecnológicos: tecnologias emergentes, maturidade da tecnologia, 
legislação tecnológica, pesquisa e inovação, informação e comunicações, 
desenvolvimento de tecnologia concorrente, problemas de propriedade 
intelectual, entre outros; 
(E) Fatores ecológicos: regulamentos ambientais, sustentabilidade, gestão 
de resíduos, poluição, entre outros; 
(L) Fatores legais: legislação em vigor, legislação futura, legislação 
internacional, órgãos e processos regulatórios, lei trabalhista, direito do 
consumidor, normas de saúde e segurança, regulamentos fiscais, normas 
específicas da indústria, entre outros. 
Tendo este estudo em mãos, é possível criar planos de ação eficazes para 
lidar com cada uma das situações da melhor maneira possível. 
 
Microambiente 
Para fazer uma análise microeconômica da empresa, que leve em 
consideração aspectos importantes sobre a concorrência, fornecedores e 
clientes, a ferramenta 5 Forças de Porter é largamente utilizada para auxiliar 
a equipe. 
Conheça cada uma delas abaixo: 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Analisando cada um destes itens, é possível chegar a conclusões específicas 
que definem onde a empresa se encontra no mercado e como ela poderá 
traçar seu caminho. Conhecendo a si própria e a seus concorrentes, clientes 
e fornecedores, a empresa se beneficia com esta ferramenta de análise por 
saber quais são seus pontos fracos e fortes e de que maneira os explorar. 
 
Como é feita a análise de mercado? 
Para cada um desses quesitos, é preciso que você dê uma nota de 0 a 10, 
sendo 0 nada atrativo e 10 altamente atrativo. 
 
Tamanho do mercado 
Entender o tamanho do mercado irá te ajudar a entender, também, o 
tamanho da concorrência. 
Quanto maior for o seu mercado, maior será a sua concorrência e, por isso, 
maior deverá ser seu esforço para conseguir entregar produtos e serviços 
que se destacam da maioria. 
 
Urgência 
É necessário pesquisar, também, sobre a urgência do seu mercado para os 
produtos e serviços que estão sendo comercializados. 
As pessoas naquela região, por exemplo, estão precisando desse tipo de 
solução? Ou elas buscam algo um pouco diferente? 
A concorrência é alta? Ou você possui diferenciais competitivos bem 
definidos? 
 
Potencial de precificação 
É preciso analisar como é a relação de oferta e procura dos seus produtos 
ou serviços. 
Junto a isso, analise também como estão os preços dos concorrentes, para 
você conseguir ter uma visão mais clara de como precificar seus produtos. 
27 
 
É preciso que o preço seja competitivo, mas sem prejudicar sua empresa. 
Preços muito altos podem reduzir a clientela, se comparado à concorrência, 
por exemplo. 
Por outro lado, preços baixos demais podem dar a impressão de que seus 
produtos ou serviços são inferiores, o que também poderá afastar essas 
pessoas. 
Por isso, o ideal é fazer uma boa pesquisa e conseguir identificar um valor 
justo, que representa lucro para a sua empresa, ao mesmo tempo que seja 
acessível para o seu público alvo. 
Para fazer a precificação dos seus produtos e serviços, considere os seguintes 
pontos: 
 Análise da concorrência; 
 Análise do mercado em que sua empresa está inserida; 
 Projeção do ponto de equilíbrio da sua empresa; 
 Projeção da margem de contribuição. 
 
Custo de entrega de valor 
Um dos pontos mais importantes para conseguir precificar seu produto e 
entender melhor seu mercado é entender, por exemplo, quanto deverá ser 
investido para conseguir entregar valor para os seus clientes. 
Nesse processo, qual é o esforço envolvido? 
É preciso considerar detalhes como: 
 Aluguel do espaço; 
 Contas fixas; 
 Salários; 
 Impostos; etc. 
Tudo isso precisa ser pontuado para conseguir identificar o custo do seu 
negócio. 
 
 
 
28 
 
Custo da aquisição de clientes 
Um detalhe importantíssimo que precisa ser considerado é o custo de 
aquisição de clientes. 
Quando pensamos nos lucros da empresa, é comum encontrarmos 
empresários que se esquecem de mensurar essa métrica. 
Por exemplo: se a sua empresa gasta R$50 para conquistar cada cliente, é 
preciso que o ticket médio seja acima desse valor para gerar alguma 
rentabilidade para o negócio. 
Se o ticket médio for abaixo, a sua empresa está tendo prejuízo, visto que 
ela estará pagando para conquistar um novo cliente. 
Em casos de custo de aquisição maior que o valor do ticket médio, a empresa 
precisará trabalhar na consistência de vendas, fidelizando o cliente e 
aumentando a recorrência de compra. 
Dessa forma, após uma quantidade X de transações, os clientes terão se 
pagado e passarão a dar lucros para a instituição. 
Para descobrir qual é o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) da sua empresa, 
basta fazer o seguinte cálculo: 
CAC = soma de todos os valores investidos em marketing e vendas / número 
de novos clientes adquiridos no mesmo período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
ETAPAS DA ANÁLISE DE MERCADO 
O processo consiste em analisar o contexto da área de atuação, seguido por 
uma pesquisa completa sobre o público alvo e, por último, de um 
conhecimento da concorrência e dos possíveis fornecedores. 
 
Etapa 01: Contexto de atuação 
Na análise de mercado, o contexto de atuação é referente aos aspectos 
externos à empresa propriamente dita, ou seja, que não dizem respeito aos 
fornecedores, público alvo ou concorrência. 
Uma análise do contexto requer o entendimento de diversos fatores, como 
por exemplo: das normas regulamentadoras; do potencial de mercado; 
desenvolvimento do setor; contexto econômico; oferta e demanda e a 
oferta de crédito disponível. 
É necessário avaliar todos os aspectos externos relacionados ao setor de 
atuação que possam interferir de alguma forma em seu negócio. 
 
Etapa 02: Metas e objetivos de negócios 
Para conseguir analisar o mercado e identificar as possibilidades para a sua 
empresa, é preciso que você tenha definido claramente as metas e objetivos 
do seu negócio. 
Isso porque, é através desses parâmetros que você identifica se, no mercado 
em que está inserido, é possível alcançar esses resultados esperados. 
 
Etapa 03: Tendências de mercado e taxa de crescimento 
A próxima etapa consiste na análise das tendências de mercado e da taxa de 
crescimento para o seu segmento. 
Nesse sentido, é importante que você veja como está sendo o 
comportamento do consumidor, quais são as suas exigências e como a 
tecnologia, por exemplo, tem caminhado para a inovação na sua área. 
Além disso, é interessante que você analise também a taxa de crescimento 
das empresas de mesmo segmento, sejam elas concorrentes ou não, para 
30 
 
entender também quais são as expectativas de desenvolvimento nesse 
mercado. 
 
Etapa 04: Fornecedores e concorrência 
O quarto passo consiste em avaliar como seus concorrentes no segmento se 
posicionam no mercado. 
Qual a sua reputação; forma de gestão; situação financeira; pontos positivos 
e negativos, diferenciais e também quais são as demandas em que falham 
em atender. 
Basicamente, é necessário conhecer todos os aspectos da sua concorrência. 
Em relação aos fornecedores, é imprescindível para a sua análise de 
mercado manter uma lista com todos os que está considerando para a 
parceria, com pontos positivos e negativos; valores; prazos; qualidade do 
produto e das matérias primas e, inclusive, da forma com que trabalham. 
 
Etapa 05: Público alvo 
É impossível que um empreendimento cresça sem consumidores e, para 
ganhar consumidores, é necessário oferecer algo que eles queiram e 
necessitem. 
Por isso, é preciso conhecer o seu público alvo.Pesquisas demográficas (como as feitas por órgãos governamentais, 
universidades ou demais instituições); análises comportamentais; hábitos e 
estilo de vida e avaliação do poder de compra, são ótimos exemplos de como 
fazer isso. 
É necessário, ainda, ir além e buscar saber quais as opiniões dos seus 
consumidores sobre os produtos similares disponíveis no mercado, quais as 
motivações e expectativas por trás da compra e quais meios utilizam para 
adquirir. 
 
 
 
31 
 
Etapa 06: Avalie fatores internos e externos 
Aqui, entram os famosos fatores internos e externos da análise SWOT: as 
forças e fraquezas da empresa (fatores internos) e as oportunidades e 
ameaças da instituição (fatores externos). 
Avalie o que pode ser considerado força para o seu negócio, bem como seus 
diferenciais competitivos. 
Também é importante que você aponte quais são seus pontos fracos, e em 
quais dessas questões seus concorrentes conseguem ser mais eficientes do 
que você. 
Por fim, é hora de avaliar os fatores externos, identificando quais são as 
oportunidades mais valiosas para o seu negócio, bem como as ameaças do 
seu mercado de atuação. 
Isso te ajudará a ter uma visão muito mais clara e ampla de como a sua 
empresa está atualmente, quais são as previsões e possibilidades de 
crescimento e, também, os pontos que merecem atenção e prevenção, para 
evitar problemas futuros. 
 
Etapa 07: Análise das informações obtidas 
Depois de seguir todas as seis etapas anteriores, é hora de analisar as 
informações obtidas. 
Aqui, infelizmente, é onde muitas empresas erram: falta a análise estratégica 
dos dados obtidos impede de desenvolver um plano de negócios mais 
eficiente. 
Reúna todas as informações que você conquistou ao longo da sua análise de 
mercado e avalie todos esses dados de forma estratégica, sem se influenciar 
pelos interesses da empresa. 
Tenha em mente que quanto mais analítico você for, melhores serão seus 
insumos para melhorar a realidade do seu negócio e aumentar sua 
competitividade no mercado. 
 
 
32 
 
PENSAMENTO ESTRATÉGICO 
O pensamento estratégico organizacional nada mais é do que o alinhamento 
da visão e das metas de uma empresa. Isso requer uma mente bastante 
apurada. A forma como se busca a união entre perspectivas e objetivos 
deve variar conforme a situação vivida, tanto pelo ambiente interno quanto 
pelo ambiente externo. 
Esse tipo de pensamento pode ser observado na forma de agir do gestor: se 
mais aberto, de longos horizontes e detentor de uma visão prudente, tende 
a ser um grande pensador estratégico; se fechado, inconstante e de 
raciocínio focado somente no curto prazo, menor é a tendência a essa forma 
de organização mental. 
O estrategista procura nivelar os desafios atuais a uma perspectiva de 
futuro, a partir de uma visão apurada da empresa. 
 
Etapas para pensar de forma estratégica 
1) Aprenda a identificar tendências 
A principal causa do não desenvolvimento do pensamento estratégico reside 
na permanência da “mente enterrada” no trabalho e nas tarefas do 
cotidiano empresarial, com o foco direcionado apenas para a solução 
de problemas e o cumprimento de prazos. Dessa forma, você não consegue 
olhar ao seu redor e perceber o que move os negócios. 
Para ser um profissional estratégico, é essencial compreender o contexto do 
ambiente. E as tendências de mercado mostram para onde esse cenário está 
avançando. Para isso, é fundamental criar o hábito de ler os noticiários, 
informar-se em blogs especializados, analisar os dados, fazer pesquisas 
e conversar com colegas e profissionais mais experientes. 
Além disso, também é importante perceber as tendências do seu trabalho. 
Atente-se aos problemas e às questões que surgem com frequência na sua 
rotina. Encontre padrões. Organize esses dados e reúna-se com sua equipe 
para compartilhar e discutir esses assuntos, a fim de desenvolver 
pensamentos estratégicos em conjunto. 
 
 
33 
 
2) Desenvolva uma inteligência financeira 
Não importa se você é o gestor de um empreendimento pequeno, médio ou 
grande, ou da área de RH ou marketing. Na posição gerencial, é essencial 
desenvolver a visão financeira da empresa. 
Para isso, saiba analisar a viabilidade de projetos de investimentos, definir e 
acompanhar um orçamento, realizar a gestão dos custos e examinar o 
resultado financeiro dos setores — principalmente do seu, é claro — e seu 
impacto na organização em geral. Em um curso de especialização, por 
exemplo, matérias/disciplinas referentes à visão estratégica de resultados e 
desempenhos podem ajudá-lo a desenvolver essas habilidades. 
 
3) Tenha um pensamento estratégico flexível 
Bons estrategistas não são severos em suas abordagens. É preciso ser capaz 
de antecipar e enfrentar o inesperado. A flexibilidade de um pensamento 
estratégico permite a troca de direção sempre que necessário. Portanto, 
avalie constantemente os objetivos do seu setor para mensurar seu 
progresso. 
Colete dados referenciais e estabeleça prazos que possam ajudar você a 
enxergar quando e como fazer revisões das atividades que estão sendo 
desempenhadas. Isso dá a possibilidade de desenvolver abordagens 
proativas, evitando que você e sua equipe entrem em pânico ou “se 
paralisem” quando surgirem situações extraordinárias. 
 
4) Separe a estratégia de execução 
Após compreender quais cenários podem trazer oportunidades, trace 
um mapa com a sua estratégia de negócio. Ele pode ser elaborado até 
mesmo no padrão de uma checklist, descrevendo cada etapa que você 
deverá cumprir para chegar onde deseja. 
Depois de definida a estratégia, exponha isso para seu time e lembre-se de 
que é muito importante ser compreensivo e aberto às críticas, afinal, uma 
empresa não funciona somente com uma pessoa em ação, 
correto? Portanto, aceite os feedbacks e as sugestões de seus 
subordinados. 
34 
 
MARKETING ESTRATÉGICO 
Marketing Estratégico é a abordagem do marketing focada em resultados de 
médio e longo prazo. Consiste no estudo, desenvolvimento e 
implementação de ações que não se limitam às demandas atuais e que, 
também, buscam atender desejos e necessidades futuras do mercado. 
No passado, o Marketing foi predominantemente interpretado como um 
acessório da comunicação. Entretanto, essa concepção foi totalmente 
reformulada nas últimas décadas pelos estudiosos da área, em 
especial Philip Kotler, e pela própria modernização das ações adotadas pelas 
empresas nos últimos anos. 
Em rigor, o Marketing moderno pode ser entendido como um grande 
processo que engloba toda a jornada de uma marca, um produto ou um 
serviço. Ou seja, pensamos em Marketing desde a pesquisa, a discussão e a 
concepção do negócio até o relacionamento com o público, a venda e 
a fidelização. 
Isso significa que o Marketing e a Administração de Empresas são duas 
disciplinas que nunca estiveram tão próximas e, por isso, seus termos 
frequentemente se confundem. 
O Marketing Estratégico, por exemplo, tal como o marketing tático e 
o marketing operacional, são excelentes exemplos desse “casamento”. 
 
Marketing Estratégico 
Quando falamos em Marketing Estratégico, estamos pensando no médio e 
no longo prazo. As decisões tomadas aqui serão os pilares de toda as suas 
ações durante um longo intervalo de tempo, o que não quer dizer que sua 
estratégia não possa ser corrigida ou atualizada quando necessário. 
As definições estabelecidas precisam girar em torno do objetivo principal do 
negócio e é fundamental que as ações selecionadas, assim como as metas e 
os prazos estipulados, sejam baseados em pesquisas e consultas com 
especialistas. 
Será preciso definir etapas e seus respectivos resultados esperados, 
determinar os recursos que serão alocados para essas atividades, as equipes 
35 
 
e empresas responsáveis e as alternativas para lidar com possíveis falhas ou 
cortes de verba. 
 
Marketing tático 
O marketing tático é um desdobramentodo Marketing Estratégico no qual 
as pautas gerais definidas anteriormente serão devidamente detalhadas e 
organizadas em setores. Nessa fase, o marketing se ramificará em times 
diferentes como pesquisa, monitoramento, publicidade, assessoria de 
imprensa, internet marketing etc. 
É claro que podemos criar um planejamento estratégico dentro de cada uma 
dessas áreas. Uma estratégia de Marketing de Conteúdo, por exemplo, 
depende de equipes de desenvolvimento, automação, redação, design, 
entre outros. 
A extensão das raízes do Marketing e suas ramificações dependerão das 
necessidades de cada negócio, das metodologias adotadas e das empresas 
contratadas. Esclarecida a fase tática do processo, é preciso pensar na 
operação. 
 
Marketing Operacional 
De uma maneira bastante simplificada, podemos pensar o marketing 
operacional como o dia a dia da estratégia. 
Chegamos, enfim, nas extremidades dos processos, ou seja, as “menores” 
tarefas que precisam ser desempenhadas para que o plano se mantenha 
vivo e caminhando em direção aos objetivos finais. 
Observe que o Marketing Operacional é focado em resultados de curto 
prazo e essa é a sua principal característica. 
No entanto, quando ele está inserido em um grande processo de Marketing 
Estratégico, essas operações de curto prazo contribuirão, em segundo plano, 
pelo objetivo maior previamente definido. 
Por outro lado, quando trabalhamos o Marketing Operacional de maneira 
“desmembrada”, o que é muito comum em empresas que simplesmente 
replicam as ações da concorrência, a comunicação geralmente não tem 
36 
 
muita eficiência, o relacionamento construído com o público não é sólido e 
os gastos desnecessários são frequentes. 
 
Marketing Estratégico na prática 
Podemos iniciar o planejamento do Marketing Estratégico a partir de três 
questões básicas: 
 Segmentação — em que mercado competirá? 
 Posicionamento — como competirá? 
 Cronograma — quando competirá? 
Respondidas essas questões, ainda que de maneira breve, podemos 
começar a elaborar a estratégia mais apropriada para o seu negócio. 
 
Planejamento inicial 
O planejamento inicial de uma estratégia de marketing consiste em reunir e 
discutir uma série de estudos a respeito do negócio e do seu mercado. 
 
Estudo do mercado 
Nessa fase, realizamos o benchmarking (estudo e comparação das melhores 
práticas do mercado) e avaliamos a expectativa do público para um novo 
produto, serviço ou ação de comunicação. As dimensões do estudo variam 
de acordo com as necessidades do negócio. 
 
Análise SWOT 
A Análise SWOT é uma metodologia usada para verificar as vantagens e 
carências de uma empresa e sua concorrência, esclarecendo os caminhos 
mais vantajosos para atuação. 
Vale lembrar que, quanto mais ricos forem os dados obtidos em suas 
pesquisas, mais claros serão os resultados dessa análise. 
 
 
37 
 
Mix de Marketing 
O mix de marketing é o conjunto de ferramentas, ações e estratégias 
adotadas por uma empresa para promover um produto, um serviço ou uma 
marca. Os 4 Ps do Marketing são os pilares para a definição desses 
elementos: 
 Preço — público, custos, margem e valor; 
 Praça — segmentação, modalidade (físico ou online), logística, 
armazenamento e distribuição; 
 Produto — solução, atributos (tangíveis e intangíveis), demanda, 
conteúdo e embalagem; 
 Promoção — oferta, canais e estratégias de divulgação, 
posicionamento, vendas etc. 
 
Métricas e monitoramento 
As ações de marketing precisam ser monitoradas constantemente para 
identificar falhas e ferramentas ineficientes, além de garantir ajustes e 
otimizações importantes. O Marketing Digital se destaca nesse quesito, pois 
permite a análise de dados detalhados e em tempo real. 
 
Planejamento Tático 
Entramos agora no planejamento tático da estratégia. Aqui definimos as 
ações de médio prazo e os setores, os profissionais e as empresas 
responsáveis. Veja o que está incluído: 
 Projetos de médio prazo: os objetivos táticos relacionados a cada 
ação, canal de divulgação, plataforma de venda e outros; 
 Responsáveis: setores, colaboradores, profissionais e empresas 
encarregadas. 
 
Planejamento Operacional 
Nessa etapa, definimos os procedimentos padrões, os projetos de curto 
prazo e os responsáveis por essas funções, sendo que: 
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 Operações e projetos de curto prazo — ações de comunicação e 
venda essenciais, contínuas e padronizadas; 
 Responsáveis — setores, colaboradores, profissionais e empresas 
encarregadas. 
 
Planejamento final 
Por fim, precisamos estudar as características de cada período e as 
circunstâncias do mercado para definir os melhores momentos para a 
implementação de cada etapa, conforme você verá a seguir. 
 
Hierarquia de marketing 
Um plano estratégico precisa estar previamente preparado para resultados 
inesperados, alterações bruscas e possíveis cortes de verba. Por isso, é 
importante estabelecer o grau de importância de cada tarefa e definir quais 
delas poderiam ser anuladas, caso necessário. 
 
Cronograma 
O cronograma elaborado também deve ser pensado de maneira estratégica. 
As datas comemorativas e a sazonalidade, por exemplo, podem ser 
exploradas. É também recomendável que as metas estipuladas considerem 
possíveis imprevistos ou atrasos. 
 
Orçamento 
Ao realizar o planejamento, podemos calcular o investimento necessário 
para que todas as ações estratégicas, táticas e operacionais sejam realizadas. 
Caso não existam recursos disponíveis para executar toda a estratégia, a 
hierarquia de marketing deve ser usada como parâmetro para eventuais 
cortes e cancelamentos. 
 
 
 
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Estudo da estratégia 
Para finalizar, a estratégia de marketing precisa ser estudada e avaliada pelos 
gestores e pelas empresas e profissionais que serão contratados. Os 
objetivos, em especial, precisam ser plausíveis aos olhos de todos para que 
o planejamento seja aprovado e colocado em prática. 
Como você pôde perceber, trabalhamos conceitos como segmentação, 
posicionamento e persona muito antes de pensarmos nos clássicos 4 Ps. 
Podemos concluir que o Marketing, no passado, foi trabalhado de maneira 
muito tática e agora caminha rumo a uma abordagem cada vez mais 
estratégica em todas as suas definições. 
 
EMPREENDEDOR CRIATIVO 
Enquanto o empreendedorismo tradicional está voltado ao lucro, o criativo 
se relaciona ao objetivo de vida dos empreendedores. 
Dessa forma, está diretamente atrelada com uma ideia ou sonho de vida, 
mas voltado ao campo pessoal. Tudo isso, claro, feito de forma criativa. Quer 
saber um pouco mais sobre como empreender de forma criativa? 
Para saber o que é empreendedorismo criativo, primeiramente você precisa 
compreender como ele se difere do empreendedorismo tradicional. 
Enquanto a versão mais clássica está voltada à lucratividade, o criativo foca 
em vontades mais profundas, relacionadas ao objetivo de vida dos 
empreendedores. 
Em suma, os empreendedores criativos são aqueles que buscam investir em 
algo que esteja alinhado a alguma paixão própria. Ou seja, buscando a 
realização pessoal antes mesmo do retorno financeiro. 
Para atuar através do empreendedorismo criativo, o profissional precisa ir 
além das habilidades tradicionais de um empreendedor. Ele deve ter, em 
primeiro lugar, uma motivação forte o bastante para que possa guiar seus 
objetivos. 
Por isso, antes de iniciar nesse tipo de modelo de negócio, você deve refletir 
sobre: o que mais gosta de fazer? Quais suas maiores ambições pessoais? 
Que marca você deseja deixar para o mundo? Como você gostaria de ser 
lembrado? 
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A partir destas reflexões, você poderá encontrar qual é a sua paixão 
verdadeira e assim, transformá-la em um negócio. Assim, poderá decidir 
qual o serviço ou produto que irá desenvolver e começar a botar a mão na 
massa. 
 
O que você deve fazer para ser um empreendedor criativo? 
O empreendedorismo criativoé algo que está diretamente relacionado com 
a vontade da pessoa. Dessa forma, vale a pena pesquisar ideias de negócios 
que tenham a ver com o seu desejo. 
Nesse sentido, algumas questões que você precisará seguir são: 
 Estudar e pesquisar a respeito da sua motivação; 
 Ter foco e rotina no trabalho, pois é muito fácil perder o foco quando 
estamos lidando com algo que gostamos; 
 Ter um plano de negócios, para pautar quais são as metas da sua 
empresa. 
Alguns exemplos de grandes empreendimentos criativos são a Apple, a 
Disney e a Ford. Todas essas empresas foram construídas através de muito 
esforço, mas sempre atrelado com a paixão pessoal dos empreendedores. 
No caso dos exemplos citados, podemos dizer que eles foram 
revolucionários em suas criações e em seu sistema de produção. A Apple 
surgiu após uma ideia de integrar tela, teclado e computador em um único 
lugar. 
A Disney iniciou da mente de seu criador que em sua produtora animava 
conto de fadas. Porém, a criatividade não parou por aí: Mickey, Alice, dentre 
tantos outros surgiram nos estúdios de Walt. 
Além disso, a criação do parque ocorreu quando percebeu que seus estúdios 
ofereciam pouco entretenimento aos seus fãs. Logo, era necessário um 
grande parque de diversões como a Disneylândia e posteriormente a Walt 
Disney World. 
 
 
 
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EMPREENDEDOR LÍDER 
Para ser empreendedor atualmente, é preciso ser também um líder. Apesar 
disso, muitos ainda confundem o ser “chefe” com um verdadeiro líder. 
A liderança se baseia em duas características: atitude e 
flexibilidade, devendo estar presentes tanto em líderes corporativos quanto 
em empreendedores individuais. 
Por qual motivo? Defendo que um ‘chefe’ jamais será um empreendedor, 
porque sua visão é curta, é individualista. Um chefe nunca pensa no grupo, 
somente em si próprio, naquilo que lhe trará vantagens, o que o fará bater 
as metas. 
Este tipo de comportamento jamais trará motivação às equipes, pelo fato de 
que as pessoas envolvidas, seja em um empreendimento de negócio ou em 
um ambiente corporativo, nunca irão sentir-se partes atuantes em um 
projeto ou em um empreendimento. 
Como não se enxergam protagonizando o processo e sim sendo apenas 
partes operantes dele, seguindo instruções em uma linha de produção em 
massa, não se estimulam a gerar valor agregado, a criarem soluções, a 
discutirem ideias, a inovarem, a empreenderem juntamente com o 
empreendedor. 
Fatores fazem um verdadeiro líder empreendedor: 
1. Estar atento ao que está acontecendo com as pessoas que gerencia, 
tentando “trazer” esses indivíduos para o seu lado, mostrando interesse em 
saber de cada colaborador o que o move, o que lhe gera curiosidade 
intelectual, determinação, e como ele se sente em relação a seu trabalho. 
2. Não impõe respeito pela força, coerção ou medo. Antes impõe sua 
autoridade respeitando cada um conforme a natureza individual. 
3. Sabe mostrar à sua equipe a necessidade de cada um conseguir explorar 
o significado de sua parte no trabalho e resolver os desafios. Ao mesmo 
tempo, o líder precisa fazer com que esses indivíduos tenham um interesse 
genuíno uns pelos outros e capacidade de mostrar que se importam com 
cada colega, formando desta maneira uma equipe forte, coesa, com um 
único objetivo, porém cada um com uma atuação individual vibrante. 
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4. Procura e incentiva em sua equipe qualidades além simplesmente do 
talento, tais como: curiosidade intelectual, coragem e caráter. 
5. Torna desafiante seu próprio trabalho e o de seus liderados ou 
colaboradores em seu empreendimento, para que ele mesmo se desenvolva 
e faça isso acontecer com quem está com ele, desta forma, criando valor 
para a Instituição na qual trabalha ou para o projeto que está 
desenvolvendo. 
6. O líder não tem medo de perder pessoas. Ele deve ter medo de não as 
perder, pois “segurando-as”, significará que todos estarão na zona de 
conforto! Onde há empreendedorismo em zonas de conforto? 
Empreendedorismo, liderança verdadeira é a busca incansável do novo, da 
criação, da aquisição de conhecimentos. 
7. Não faz com que seus liderados trabalhem para ele, trabalha para que 
seus liderados atuem com ele. 
8. Escuta, não apenas ouve, mostra-se inclinado e flexível a novas ideias, sem 
deixar de ser firme e mostrar claramente as necessidades do grupo, porém 
sem mostrar-se condescendente, pois prazos, metas e desafios são fatos que 
requerem ações coordenadas. 
9. Posta-se à frente, mas nunca acima, e sempre ao lado de seus liderados. 
10. Um líder empreendedor tem claro para si que o mais importante, além 
de gerar o resultado esperado, é gerar a evolução das pessoas, o bem estar, 
pois desta forma ele terá como experiência uma transformação 
verdadeiramente eficaz e positiva. 
11. Um líder não domina o conhecimento. Fazendo com que seu grupo 
evolua, gera conhecimento e aprendizado para si próprio a partir das trocas 
com sua equipe. 
12. Constrói uma equipe que atua coletivamente em uma mesma direção e 
quando enfrenta uma turbulência, pode contar com individualidades para 
vencê-la. 
 
 
 
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ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS 
Todas as organizações precisam definir claramente os caminhos que serão 
usados para conquistar seus objetivos estratégicos. Isto é, seguir algum 
modelo de estratégia empresarial. Sem este planejamento, seus gestores e 
colaboradores se sentirão perdidos, sem saber como a empresa irá operar 
no mercado. 
Neste contexto, existem diferentes tipos de estratégias empresariais para 
transformar esse planejamento em realidade, de forma prática. Essas 
estratégias farão parte de um programa geral para garantir o desempenho 
da organização e, assim, levarão ao alcance dos seus objetivos. 
Diferentes tipos de gestores utilizam diferentes estratégias para determinar 
a direção e as atividades da empresa dentro do mercado em que está 
inserida. 
Por isso, é essencial saber quais são e como usar os tipos de estratégias 
empresariais para garantir que a empresa alcance os resultados desejados. 
Estratégia pode ser definida como a utilização dos recursos disponíveis para 
atingir determinado objetivo em um prazo estipulado. 
No contexto empresarial, as estratégias estabelecem a direção que a 
organização deve seguir para alcançar seus diversos objetivos, orientando o 
melhor aproveitamento dos recursos físicos, intelectuais, tecnológicos e 
financeiros. 
Elas também abrangem o padrão de resposta da organização aos desafios e 
aos riscos apresentados pelo mercado em que atua. 
Portanto, pensar estrategicamente é fundamental para a empresa 
sobreviver às mudanças constantes do mercado e ainda crescer de forma 
sustentável. 
As empresas que não possuem estratégias empresariais bem definidas 
nascem e crescem de forma desordenada, podendo até sobreviver por certo 
período no mercado, mas acabam não sendo sustentáveis no longo prazo. 
Mas, no médio ou longo prazo, não resistirão ao mercado atual, 
extremamente competitivo e sujeito a constantes mudanças nos aspectos 
políticos, econômicos, sociais e tecnológicos. 
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Sobreviver nesse cenário com resultados diferenciados exige muita 
organização, controle e inovação, que só se obtém adotando diferentes 
tipos de estratégias empresariais. 
 
Diferentes tipos de estratégias empresariais 
Existem diversos tipos de estratégias empresariais que podem ser 
empregados nas situações apresentadas à empresa pelo mercado. 
As empresas iniciantes, ao definir as estratégias que utilizarão, poderão 
conhecer melhor suas potencialidades e limitações, evitando falhas e 
alcançando metas e resultados mais consistentes com a sua missão. 
Para as empresas já maduras, o mercado sujeito às constantes mudanças 
torna fundamental repensar continuamente suas operações. Pode ser 
necessário, por questões de sobrevivência e competitividade, a 
reestruturação dos tipos de estratégias organizacionais, da estrutura 
financeirae até dos produtos e serviços oferecidos ao mercado. 
 
1- Estratégias de crescimento 
Estratégias empresariais voltadas para aumento dos lucros, das vendas, ou 
da participação do mercado, aumentando o valor da empresa, são 
consideradas estratégias de crescimento. 
Isso significa que existem situações favoráveis no mercado que podem 
transformar-se em oportunidades. Nesse cenário, a empresa busca lançar 
novos produtos e aumentar o volume de vendas. 
Algumas ações inerentes às estratégias de crescimento são: 
Inovação: se a empresa atua em um mercado de rápida evolução 
tecnológica, deve procurar antecipar-se aos concorrentes através do 
desenvolvimento frequente e lançamentos de novos produtos e serviços. É 
necessário o acesso rápido e direto a todas as informações necessárias. 
Joint venture: duas empresas se associam para produzir um produto e 
conseguir, juntas, entrar em um novo mercado. Normalmente, uma das 
empresas entra no negócio com o capital e a outra com a tecnologia 
necessária. 
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Expansão: o processo deve ser muito bem planejado, para não correr o risco 
de perder investimentos ou o timing do negócio, o que provocaria a perda 
de mercado, e, dependendo do prejuízo, sua venda ou associação com 
empresas de maior porte. 
Internacionalização: a empresa estende suas operações para fora do seu país 
de origem. 
 
2- Estratégia de manutenção 
Neste caso, a empresa identifica um ambiente com potenciais ameaças à 
sua sobrevivência. No entanto, ela possui uma série de pontos fortes, como, 
por exemplo, disponibilidade financeira, recursos humanos e tecnologia, 
acumulados ao longo dos anos. 
Esses fatores possibilitam aos gestores definirem as ações necessárias para 
continuar no mercado e, assim, manter a posição conquistada até o 
momento. 
Essas ações deverão abranger o fortalecimento dos seus pontos fortes, ao 
mesmo tempo em que procura minimizar seus pontos fracos. Dessa forma, 
a estratégia de manutenção é uma postura defensiva. Portanto, o objetivo é 
preparar a empresa para enfrentar possíveis dificuldades em um futuro 
próximo. 
Esses problemas podem ser a perda de mercado pela entrada de um 
concorrente forte, crise econômica, ou outra ameaça qualquer. 
Se você não conhece maneiras de identificar oportunidades e ameaças, 
então, aprenda a usar a análise de cenários e ferramentas como a Matriz 
SWOT. 
 
3- Estratégia de investimento 
Este é um dos principais tipos de estratégias empresariais que devem 
constar no planejamento estratégico da organização. 
Neste caso, as ações visam, principalmente, a utilização dos seus recursos 
financeiros, o que deve ser bem planejado para evitar falhas no projeto e, 
consequentemente, prejuízos para a empresa. 
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O investimento estratégico só deve ser realizado quando a empresa conhece 
muito bem o seu mercado, os concorrentes e os clientes. Assim, 
os gestores poderão identificar qual o setor deve receber o investimento 
para que a empresa se diferencie e se destaque. 
Para que a estratégia seja bem-sucedida, é necessário o uso do 
planejamento e da criatividade para conseguir extrair o máximo de resultado 
com os recursos disponíveis. 
 
Estratégias Competitivas Genéricas 
Porter descreve estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, 
onde devem ocorrer ações ofensivas ou defensivas com a finalidade de criar 
uma posição que permita se defender em um setor, para conseguir lidar com 
as cinco forças competitivas e com isso conseguir e expandir o retorno sobre 
o investimento. 
As estratégias competitivas dividem-se em estratégias competitivas de custos, 
de diferenciação e de foco: 
1 Estratégia competitiva de custos: 
A estratégia competitiva de custos é aquela que direciona os esforços da 
empresa nos seguintes aspectos: 
 Busca da eficiência produtiva; 
 Ampliação do volume de produção ou prestação de serviços; 
 Minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, 
distribuição, Pesquisa e Desenvolvimento e etc; 
 Neste tipo de estratégia competitiva, um dos principais atrativos 
destinados ao consumidor na disputa setorial é o preço. 
 
2 Estratégia competitiva de diferenciação: 
A estratégia competitiva de diferenciação é aquela que permite à empresa 
investir mais em: 
 Imagem; 
 Tecnologia; 
 Assistência técnica; 
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 Distribuição; 
 Pesquisa e Desenvolvimento; 
 Recursos humanos; 
 Pesquisa de mercado; 
 Qualidade; 
O objetivo da estratégia competitiva de diferenciação é criar um diferencial 
de qualidade para o consumidor através da busca pelo diferencial 
competitivo em relação aos concorrentes. 
 
Estratégias Empresariais Específicas 
As estratégias empresariais específicas dividem-se em estratégias de 
sobrevivência, de manutenção, de crescimento e de desenvolvimento. 
 
1 Estratégia de Sobrevivência 
A estratégia de sobrevivência é utilizada pelas empresas quando se sentem 
muito fracas internamente e incapazes de enfrentar as ameaças e os 
desafios do ambiente externo. 
Nesse caso, a organização não tem alternativa: o ambiente corporativo 
encontra-se em situação inadequada, pois apresenta perspectivas caóticas 
com altos índices de pontos fracos internos e ameaças externas. 
Para assumir uma postura estratégica desse tipo, a primeira decisão que 
cabe à empresa é encerrar os investimentos e reduzir ao máximo as 
despesas. 
 
1.1 Exemplos Estratégia de sobrevivência: 
 Redução de custos; 
 Desinvestimento; 
 Liquidação do negócio; 
 Fusões e aquisições. 
 
 
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A) Estratégia de redução de custos: 
A estratégia de redução de custos refere-se a redução de todos os custos 
possíveis para que a empresa possa subsistir em sua atividade. 
Normalmente, as principais providências tomadas para a adoção dessa 
estratégia resumem-se a: 
 Reduzir pessoal e níveis de estoques; 
 Diminuir compras; 
 Melhorar a produtividade; 
 Diminuir os custos de promoção e distribuição etc. 
 
 
 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
Planejamento Estratégico, ou também conhecido por plano estratégico, é o 
processo de identificar oportunidades, desenvolver a estratégia de uma 
empresa e ter ações com foco nos objetivos a serem alcançados. 
O planejamento estratégico serve para compreender o que deve ser feito, 
por que deve ser feito e como serão as diretrizes que levarão ao crescimento 
da organização, desde a tática ao operacional. E isso se faz por análise de 
cenários, definição de metas e outras atitudes para chegar onde se espera. 
Em um mercado cada vez mais competitivo, existem algumas práticas que 
auxiliam a ter mais agilidade para alcançar o sucesso na organização. Neste 
sentido, utilizar o planejamento estratégico como ferramenta de gestão 
ajudará sua empresa a impulsionar os resultados e a manter a 
alta performance dos seus colaboradores. 
De acordo com Chiavenato, o conceito de planejamento estratégico está 
associado com os objetivos estratégicos, de curto e longo prazo, e impactam 
na direção ou na viabilidade da organização. 
Ou seja, o planejamento estratégico é um processo sistêmico que identifica 
as melhores condições e formas para se alcançar sucesso organizacional. 
Assim, se estabelece um rumo a ser seguido pela empresa e ajuda nas 
tomadas de decisões e busca pelos melhores resultados. 
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Planejar significa criar táticas que possam levar a um determinado objetivo 
e, a estratégia, é a ação que elabora o melhor caminho para alcançar as 
metas. Desta forma, é possível identificar a situação atual, visualizar cenários 
e realizar a análise sobre o futuro, com as expectativas da empresa para os 
próximos anos. 
Após definir esses passos, é necessário acertar a rota, para então tomar as 
decisões e mobilizar as ações focadas nos objetivos organizacionais. 
Inclusive, esses planos podem ser desenvolvidos e implementados 
na cultura organizacional de qualquer empresa. 
Além disto, é fundamental utilizar algumas metodologias

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