anatomia dental

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Função:
Ativa (mastigação) e passiva (estética, 
proteção e sustentação de tecidos moles, 
fonação, oclusão e formação da ATM) 
 
Incisivo ⤑ preensão (apreende os 
alimentos) e incisão (corta os alimentos em 
partes menores) 
 
Canino ⤑ dilaceração (rasga e reduz os 
alimentos a partículas menos compactadas) 
 
Pré-molares e molares ⤑ trituração (moe os 
alimentos em partículas menores, que são 
umedecidas pela saliva p/ formar o bolo) 
 
Fixam-se nos ossos pelas fibras colágenas, 
que formam o ligamento periodontal. A 
união da raiz do dente ao seu alvéolo é 
denominada gonfose (tipo específico de 
articulação fibrosa). O ligamento alvéolo-
dental resiste a forças da mastigação, 
diminuindo os impactos dos dentes ao 
serem introduzidos nos alvéolos. 
 
O homem é difiodonte, tendo 20 dentes 
decíduos e 32 permanentes 
 
Os deciduos são pouco calcificados em 
relação aos permanentes e são brancos 
como leite. Os permanentes tem maior 
índice de sais calcários, sendo branco 
puxados para o amarelo. É a dentina que 
confere cor ao dente; o esmalte é 
praticamente incolor e transparente. 
Divisão histoestrutural
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esmalte
Tecido + mineralizado e duro do corpo (96 a 
97% de conteúdo mineral). É translúcido, 
deixando transparecer a coloração 
amarelada da dentina. Sua espessura 
diminui à medida que se aproxima do colo, 
o que influencia a coloração mais 
amarelada da coroa em sua porção cervical. 
É formado por prismas. 
 
 Dentina 
Tecido conjuntivo calcificado repleto de 
túbulos, preenchidos por prolongamentos 
dos odontoblastos, que se estendem por 
toda sua estrutura, aumentando o diâmetro 
à medida que se aproximam da polpa. 
Composto por 69% de material inorgânico, 
o que dá uma maior resiliência do que o 
esmalte. É o principal e + volumoso tecido 
do dente. É revestido pelo esmalte na coroa 
e pelo cemento na raiz. Em seu interior está 
a cavidade pulpar. 
 
 Cemento 
Tecido mineralizado especializado que 
recobre as raízes dos dentes, revestindo a 
dentina radicular, composto de 46% de 
material inorgânico. Tem um papel 
importante na inserção de fibras do 
ligamento periodontal. Faz parte do 
periodonto de inserção. 
 
@irlav_ 
 Polpa 
Tecido conjuntivo vascularizado e inervado 
que tem função nutritiva, sensorial e 
defensiva do dente. Localiza-se no interior 
da cavidade pulpar (circundada pela 
dentina). A cavidade pulpar é dividida em 
câmara pulpar (na coroa) e canais 
radiculares (na raiz). 
 
Divisão anatomodescritiva 
Os dentes dividem-se em coroa e raiz, 
sendo unidos por uma faixa estrangulada, 
denominada colo. No colo, a junção 
cemento-esmalte desenha uma linha nítida 
chamada linha cervical. 
 
Coroa ⤑ parte do dente revestida por 
esmalte e geralmente visível na cavidade 
bucal, possui coloração esbranquiçada e 
brilhante. Representa 1/3 do comprimento 
total do dente. A coroa anatômica (parte 
recoberta por esmalte) difere da coroa 
clínica (parte do dente exposta na cavidade 
da boca). 
 
Uma coroa dental tem faces, bordas e 
ângulos 
 
✹Faces livres 
Vestibular: está voltada para o vestíbulo 
(lábios e bochechas). 
Lingual: está voltada para a língua nos 
dentes inferiores. 
Palatina: está voltada para o palato nos 
dentes superiores. 
 
OBS: A face vestibular é maior que a face 
lingual/palatina e possui uma inclinação 
para a lingual/palatina com maior evidência 
nos dentes inferiores, o que permite que os 
dentes se disponham na forma de arco. 
 
✹ Faces proximais/contato 
Mesial: mais próxima do plano sagital 
mediano. 
Distal: mais distante do plano sagital 
mediano. 
 
OBS: Elas são opostas entre si e são as faces 
que fazem contato de um dente com outro. 
A face mesial geralmente é maior do que a 
face distal e e a face distal geralmente é 
mais convexa do que a mesial. 
 
 
 
✹ Face oclusal ou incisal 
Oclusal: Em dentes posteriores. É a face que 
entra em contato com o dente antagonista 
no momento de oclusão dos dentes 
(fechamento da boca, quando os dentes 
entram em contato uns com os outros). 
Incisal: Em dentes anteriores. É o encontro 
da face vestibular com a face lingual. 
 
✹ Borda ou margem 
Encontro entre duas faces. As bordas 
delimitam as faces. Sua denominação será a 
combinação das faces que a compõe. 
 
Ex: borda mésio-vestibular, borda 
oclusolingual 
 
✹ Ângulos 
@irlav_ 
O encontro de três faces do dente 
determina um ângulo. Sua denominação 
será a combinação das três faces que o 
compõe. 
 
Ex: ângulo mésio-ocluso-vestibular, ângulo 
mesioincisal e distoincisal. 
 
 
Detalhes anatômicos da coroa 
 
Cíngulo: saliência arredondada que se 
encontra no terço cervical da face lingual 
dos incisivos e caninos 
 
 
 
Cúspide: saliência em forma de pirâmides 
quadrangulares (possuem quatro faces, 2 
para a vestibular e 2 para a lingual/palatina) 
que compõe a face oclusal dos dentes 
posteriores. Essas faces são denominadas 
livres ou triturantes. 
 
As faces livres são aquelas que quando o 
dente está em contato com o dente 
antagonista ficam sem contato com outras 
faces. 
 
As faces triturantes são aquelas que quando 
o dente está em contato com o dente 
antagonista, têm contato com faces 
antagonistas, promovendo a trituração dos 
alimentos. Possibilitam a engrenagem entre 
os superiores e inferiores e a melhor função 
mastigatória e estabilidade da arcada 
dental. 
 
É visto nos molares decíduos e 
permanentes e pré-molares 
 
 
 
Crista marginal: eminência linear nas partes 
distal e mesial da face lingual de incisivos e 
caninos e nas bordas mesial e distal dos 
pré-molares e molares (unem entre si as 
cúspides vestibulares e linguais). É um 
elemento de reforço do dente no sentido 
vestíbulo-lingual, serve para que os 
alimentos não escapem da zona de 
mastigação e também para evitar 
impactação de alimento nas áreas de 
contato. 
1. Crista marginal mesial (CMM) 
2. Crista marginal distal (CMD) 
 
 
Ponte de esmalte: eminência linear que une 
cúspides interrompendo um sulco principal. 
 
Tubérculo: saliência menor que a cúspide e 
sem forma definida. 
@irlav_ 
 
1. Tubérculo de Carabelli ⇢ molares 
superiores permanentes e 
decíduos. Fica na face lingual da 
cúspide mésio-lingual 
 
2. Tubérculo Zuckerkandl ⇢ molares 
inferiores permanentes e decíduos. 
Fica na porção mesial da face 
vestibular 
 
 
 
 
Bossa: elevação arredondada no terço 
cervical da face vestibular de todos os 
dentes permanentes e decíduos. Entre os 
terços cervicais e médio da face lingual de 
pré-molares e molares ou nas faces de 
contato de alguns dentes 
 
Sulco principal: depressão em forma de 
sulco que separa as cúspides dos dentes. 
No seu trajeto pode ter fissuras, devido a 
defeitos no desenvolvimento. É um local de 
fácil desenvolvimento de cárie 
 
Sulco secundário: depressão menos 
profunda que o sulco principal. Aparece em 
forma e número variados, principalmente 
sobre as cúspides e na delimitação das 
cristas marginais. Torna a superfície oclusal 
menos lisa de forma que a mastigação se 
torne mais eficaz. 
 
Fossetas ou fóssulas principais: depressões 
encontradas na terminação de sulcos 
principais. Normalmente presentes na face 
vestibular de molares inferiores e nas 
terminações dos sulcos principais junto às 
cristas marginais. 
 
Fossetas ou fóssulas secundárias: 
depressões menos profundas formadas no 
encontro de um sulco principal com um ou 
mais sulcos secundários 
 
 
Fossa: escavação ampla e pouco profunda 
encontrada na face lingual ou palatina de 
dentes anteriores. Vistas mais facilmente 
nos incisivos superiores do que em caninos 
e incisivos inferiores. Entre a fossa e o 
cíngulo pode surgir uma depressão 
denominada forame cego. 
 
 
 
Raiz 
 ⤑ Parte do dente que fica implantada nos 
alvéolos da maxila e mandíbula,através das 
fibras do ligamento dental-alveolar, não 
sendo visível na cavidade bucal. Todas as 
raízes possuem uma extremidade livre 
chamada de ápice (onde existe uma 
pequena abertura chamada forame apical, 
por onde passam os nervos e os vasos que 
ligam o periodonto à polpa). 
 
As faces das raízes possuem a mesma 
nomenclatura das faces da coroa. 
 
É revestida pelo cemento. Possui uma 
coloração amarelada e textura mais rugosa. 
Representa 2/3 do comprimento total do 
dente. 
@irlav_ 
Colo 
⤑ Parte do dente que se localiza entre a 
coroa e a raiz, correspondendo a um 
estrangulamento entre essas regiões. 
Possui uma reentrância mais definida na 
distal. Há uma linha sinuosa entre o esmalte 
e o cemento, chamada de LINHA CERVICAL 
 
Fatores anatômicos comuns a todos os dentes 
⇢ As faces da coroa de um dente são 
sempre curvas e, na maioria das vezes, 
convexas. 
 
⇢ As faces dos dentes unem-se por bordas 
arredondadas. Por isso, não há limites 
precisos entre uma face e outra. Bordas ou 
faces planas, quando encontradas, são por 
conta de desgastes típicos ou atípicos. 
 
⇢ A face vestibular é maior que a lingual, 
devido à convergência das faces de contato 
para lingual. 
 Exceto o 1°molar superior 
permanente e o 2° molar superior 
decíduo, que tem um predomínio 
da face lingual sobre a vestibular. 
 
⇢ A face mesial é maior que a distal, devido 
à convergência das faces livres para a distal. 
Além disso, a mesial é mais alta que a distal. 
 
⇢ A face mesial é plana e reta e a distal 
convexa e curva, por ser menor e ter os 
limites próximos um do outro. 
 
⇢ Linha cervical: o diâmetro mésio-distal é 
maior nos molares e menor nos incisivos. 
Quanto mais larga a face oclusal, maior 
base de sustentação deve ter a coroa em 
nível cervical. Logo, a linha cervical 
apresenta-se mais ou menos curva, de 
acordo com a dimensão desse diâmetro. 
 
** Nos molares, ela é uma linha 
praticamente reta. Nos pré-molares ela 
torna-se um pouco curva (abertura voltada 
para a raiz) e acentua sua curvatura nos 
caninos e incisivos 
 
** Em todos os dentes, a curvatura da linha 
cervical é mais acentuada no lado mesial do 
que no lado distal (Fig. 1-16). 
 
⇢ Inclinação da face vestibular na direção 
lingual - como as faces livres convergem 
para a oclusal, deduz-se que a face 
vestibular se inclina para o lado lingual e a 
lingual se inclina para o lado vestibular. Das 
duas, a face que se inclina mais em relação 
ao eixo do dente é a vestibular, muito mais 
nos inferiores do que nos superiores. 
 
⇢ Lobos de desenvolvimento - são centros 
primários de formação do dente durante a 
embriogênese, sendo porções que depois 
se fusionam deixam sulcos como vestígios 
de sua independência. Os dentes têm 
quatro lobos, com exceção do 1° molar 
inferior (e às vezes do 2° pré-molar inferior) 
que possui cinco. 
 
⇢ Desvio distal da raiz - sua(s) raiz(es) em 
geral se desvia(m) distalmente. O terço 
apical é o que mais se desvia. Trata-se de 
um deslocamento do eixo longitudinal da 
raiz em relação ao eixo da coroa. Pode 
ocorrer em todas as direções, mas a 
prevalência maior é o desvio para a distal. 
 
** Esse desvio é explicado pela posição 
distalizada da artéria nutridora do dente 
durante a sua formação, com o 
crescimento da raiz em direção dessa 
artéria dental. 
 
Variações anatômicas são frequentes, não 
se trata de anomalias dentais, porque estas 
interferem na função. As variações 
@irlav_ 
anatômicas não são disfuncionais e não 
atrapalham o funcionamento dos dentes. 
 
Os dentes mais afetados por variações são 
os 3°s molares, tanto na porção coronária 
quanto na radicular. 
 
Nomenclatura dos dentes decíduos 
Cada dente possui um número 
correspondente que o identifica e o localiza 
na arcada dental. Esse número é formado 
por dois dígitos: 
 
1. Corresponde ao quadrante em que 
o dente está inserido (superior 
direito, superior esquerdo, inferior 
esquerdo ou inferior direito). 
 
2. Corresponde à ordem do dente no 
quadrante (incisivo central = 1, 
incisivo lateral = 2, canino = 3, 
primeiro molar = 4, segundo molar 
= 5). 
 
 
 
 
Dentição mista 
Coexistem decíduos e permanentes na 
cavidade bucal. Início por volta dos 6 anos 
de idade, geralmente com a erupção do 1º 
molar inferior permanente. Termina em 
torno dos 11 anos de idade, com a troca do 
último decíduo. 
 
Fase do patinho feio: fase em que os 
incisivos centrais e laterais superiores 
permanentes já estão presentes em boca, 
porém os caninos permanentes ainda não 
erupcionaram. A erupção dos caninos se 
guia pela superfície distal das raízes dos 
incisivos laterais superiores, fazendo com 
que as raízes dos incisivos laterais se 
inclinem para mesial, e consequentemente, 
as raízes dos incisivos centrais também 
sofrem esta inclinação. Como resultado, 
ocorre a inclinação das coroas dos incisivos 
centrais e laterais para distal e a abertura 
de um diastema inter-incisal. Ocorre por 
volta dos 8 aos 10 anos de idade e se trata 
de uma alteração fisiológica e transitória. 
 
Dentição permanente 
32 dentes permanentes: 4 incisivos 
centrais, 4 incisivos laterais, 4 caninos, 8 
pré-molares e 12 molares. 
 
Nomenclatura dos dentes permanentes 
A notação dental corresponde a um 
número formado por dois dígitos: 
 
1. Corresponde ao quadrante em que 
o dente está inserido: 
 
2. Corresponde à ordem do dente no 
quadrante 
 
 
 
Dentição decídua x dentição permanente 
 
 Os decíduos são menores que os 
permanentes e sua raiz é de vida 
curta, ou seja, depois de um ou 
dois anos completamente 
formadas, elas começam um 
processo de reabsorção. 
 
 As coroas dos decíduos são mais 
baixas e largas. 
 
5 6 
8 7 
@irlav_ 
 
 Os decíduos têm o colo mais 
estreito do que os permanentes. 
 
 As bossas cervicais dos decíduos 
são mais proeminentes. 
 
 
 Os decíduos possuem sulcos e 
depressões pouco marcadas. 
 
 Os decíduos possuem as raízes 
longas em relação à coroa e são 
mais retilíneas. 
 
 
 Nos molares decíduos, o bulbo 
radicular é curto e as raízes são 
muito mais divergentes para 
acomodar os permanentes em 
formação. 
 
 O esmalte é mais fino nos decíduos. 
 
 
 Dentes decíduos são mais 
esbranquiçados do que os 
permanentes e por esse motivo são 
chamados de "dentes de leite". 
@irlav_