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REFLETINDO SOBRE O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

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REFLETINDO SOBRE O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E 
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 
 Maria Nancy Nunes de Matos1 
 
 
RESUMO 
 Esta pesquisa objetiva refletir sobre o debate em curso acerca das sugestões e 
expectativas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Inclusiva e 
o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Será uma pesquisa de revisão 
bibliográfica inserindo também com as minhas experiências de 53 anos de trabalhos em 
prol da educação de qualidade, assim como, suporte teórico a visão de vários autores 
como Mantoan (2006); Perrenoud (2001); Pires (2006); e de algumas Leis que regem o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE), como Declaração Internacional de 
Montreal (2201); a Constituição Federal (1988); a Resolução 03/2016-CEB-CEERN 
(2016); Declaração de Salamanca (1994); a Base Nacional Comum Curricular ( BNCC-
BRASIL-2017), entre outros documentos e autores que já estudarem a respeito do tema 
em pesquisa para se ter uma ampla visão da educação de qualidade para todos. A 
Secretaria Municipal de Educação –SEMED - no município de Curralinho, iniciou a 
construção e elaboração da BNCC somente no final de 2019, e após três meses iniciou 
sua implementação, primeiro reunindo todos os profissionais da Educação Municipal 
para em seguida por escola, mas, março de 2020, surgiu a pandemia de forma brusca 
que inviabilizou de forma geral a implementação do Documento e em 2022 foi concluído. 
Palavra-chave: Educação Inclusiva. Atendimento Educacional Especializado. Base 
Nacional Comum Curricular. 
 
 
1-Doutora em Teologia com ênfase em Educação Cristã- Pedagogia Cristã - 
2-Doutoranda em Ciências da Educação –Cursando -Paraguai 
3-Mestra em Ciências da Educação – Sel- Brasilia –DF 
4-Esp. Neurociencias e Aprendizagem - UniBF- 
5-Esp. Neuropsicopedagogia _Uniasselvi-Pós 
6-Esp. Psicopedagogia Clinica e Institucional –Uniasselvi Pós 
7-Esp. Ciencias Politicas –UniBF 
8-Esp. Educação Especial Inclusiva –Uniasselvi Pós 
9-Esp. Administração Escolar Supervisão e Orientação –Uniasselvi Pós 
10-Esp. Educação Infantil e Anos Iniciais –UniasselviPós 
11-Esp. Em Historia e Cultura AfroBrasileira -UniasselviPós 
12-Graduada em Historia –Licenciatura- UVA 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Em Curralinho, Sul da Ilha de Marajó, Pará, Brasil, as politicas educacionais 
para a inclusão de pessoas com deficiência aconteceram a partir de 1994, quando se 
tornou mundial a Declaração de Salamanca e assim no decorrer dos tempos tanto a 
sociedade quanto a Educação Especial Inclusiva sofreram inúmeras modificação até 
chegar aos tempos atuais com a Resolução 02/2017- BNCC. 
 A escola se torna inclusiva quando desenvolve práticas pedagógicas apropriadas 
e possível ás especificidades dos alunos e quando distingui as diferenças dos alunos e 
busca o desenvolvimento de todos. 
 Esta pesquisa de cunho bibliográfico objetiva refletir sobre o Atendimento 
Educacional Especializado (AEE) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a 
melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem e o fortalecimento de politicas 
educacionais que possam envolver gestores, professores, pais e alunos, bem como demais 
profissionais para que a inclusão seja vista como necessidade, principalmente em âmbito 
escolar, de acordo com as leis que a orienta a escola inclusiva. 
 A Educação Especial é considerada como Educação de Pessoas com Deficiência, 
seja mental, motora, física, auditiva, visual, múltipla ou decorrente de distúrbios 
evasivos do desenvolvimento, além das pessoas superdotadas e tem uma história de lutas 
e conquistas desde dos primórdios até a atualidade, e as Escolas Especiais são as 
principais responsáveis pelos avanços da inclusão. 
 Os objetivos da Educação Especial são os mesmos da educação em geral, o que 
diferencia é o atendimento, que passa ser de acordo com as diferenças individuais do 
aluno. 
 De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), as pessoas com 
deficiências representam 10% da população mundial. Existem três categorias na 
Educação Especial. Que são: 
1.Dependentes: são aqueles atendidos em clinicas, dependem totalmente de 
serviços necessários para sua total sobrevivência, não conseguem ter hábitos 
higiênicos, não conseguem se vestir, necessitam 24 horas de acompanhamento 
2.Treinaveis: são os que frequentam Escolas Especiais, eles consegue se 
defender dos perigos, repartir e respeitar os outros, já adquirem hábitos 
rotineiros de higiene, necessitam somente de ajuda e supervisão e na maioria 
dos casos, o retardo é identificado nos primeiros anos de vida. 
 
3.Educáveis: são os que frequentam classes especiais, já possuem vocabulário 
suficiente para a vida diária e habilidade de adaptação pessoal e social, 
geralmente essas crianças atingem na fase adulta uma idade de 
desenvolvimento mental entre sete a doze anos. 
 A Educação Especial surgiu com muitas e muitas lutas, organizações e leis 
favoráveis aos deficientes e a Educação Inclusiva começou a ganhar espaço a partir da 
Constituição Federal (1988), a Declaração de Salamanca (1994) e a Lei Diretrizes e Bases 
(1996). 
 A Declaração de Salamanca (1994) foi o marco e inicio da trajetória para a 
Educação Inclusiva, sendo que, a Inclusão é um processo educacional através do qual 
todos os alunos, incluído, com deficiência devem ser educados juntos, com o apoio 
necessário, na idade adequada e em escola do ensino regular. 
 A prática da Educação Inclusiva merece cuidados especiais, porque estamos 
lidando com o futuro de pessoas com necessidades educacionais especiais, antes de 
incluir, é importante averiguar-se os objetivos dessa inclusão, para o aluno, quais os 
benefícios e avanços, ele poderá ter, estando juntos aos alunos da rede regular e produzir 
transformações. 
 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da Educação 
Especial que identifica; elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidades que 
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas 
necessidades especificas, também, complementa ou suplementa a formação do aluno com 
vistas á autonomia e independência na escola e fora dela. 
 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) faz o apoio ao desenvolvimento 
do aluno com deficiência, transtornos gerais de desenvolvimento e altas habilidades; 
disponibiliza o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e 
sinalização; oferece tecnologia assistiva –TA -; adequa e produz materiais didáticos e 
pedagógicos, tendo para as em vista as necessidades dos alunos; oportuniza o 
enriquecimento curricular para alunos com altas habilidades. 
 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve se articular com a 
Proposta da escola comum, embora suas atividades seja diferenciadas das realizadas em 
salas de aula de ensino comum. 
 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) se destina aos alunos com 
deficiência física, mental, sensorial ( visual e pessoas com surdez parcial e total), assim 
 
como, alunos com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades, isto é, 
que constituem o público alvo da Educação Especial, que também podem ser atendidos 
por esse serviço. 
 Na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 208. O dever do Estado com a 
Educação será efetivado mediante a garantia de: III-Atendimento Educacional 
Especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de 
ensino. A Lei Diretrizes e Bases 9.394/96 diz que: 
Artigo 58. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular 
de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 
Parágrafo 1º - Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na 
escola regular, paraatender as peculiaridades da clientela de educação 
especial. 
Parágrafo 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados sempre que, em função das condições especificas. 
 A Resolução CNE/CP nº 02, de 22 de dezembro de 2017 institui e orienta a 
implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que é um documento 
normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem 
desenvolver das etapas e modalidades da Educação Básica, tendo como objetivo traçar 
percursos de aprendizagens e desenvolvimento dos alunos da Educação Básica, ou seja, 
ao longo da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Ensino Médio em todas as 
disciplinas da Grade Curricular das escolas públicas e privadas, como também, como 
também, com a questão da Educação Inclusiva. 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) norteia novos parâmetros e novas 
direções para a educação brasileira e o Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
também precisa seguir aos novos rumos. 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não é Currículo, cada rede deve 
construir e reformular seu Currículo, pois estabelece o essencial para que todos os 
Currículos, de todas as redes, devem contemplar, porém cada rede deverá incluir, além 
do que determina o documento, os conhecimentos regionais que julgarem essenciais. 
 O Currículo é mais abrangente do que a BNCC, sendo que a Base apresenta o 
que ensinar para cada ano e o Currículo deve apresentar, além dos princípios da rede, 
 
o como ensinar, ou seja, quais as estratégias metodológicas mais adequadas para o 
desenvolvimento daquilo que está sendo proposto na BNCC. 
 Para Anísio Teixeira (1966, p.14) – “Educar é crescer. E crescer é viver. Educação 
é, assim, vida, no sentido mais autentico da palavra”, portanto, a educação deve 
transformar vidas das pessoas e com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
essa transformação é mais atingível que em qualquer outra parte educacional. 
 Trabalhar no dia a dia com alunos que apresentam dificuldades de aprendizado 
ou até mesmo de comunicação de forma geral faz com que o desafio que a Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) impõe ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
seja uma das tarefas mais difíceis por quem atua na área. 
 O professor do AEE acompanha e avalia a funcionalidade e a aplicabilidade dos 
recursos pedagógicos de acessibilidade na sala de aula como e nos demais ambientes da 
escola, considerando os desafios que estes vivenciam no ensino comum, os objetivos do 
ensino e as atividades propostas no Currículo de forma a ampliar suas habilidades, 
promovendo sua aprendizagem, assim como, introduzir as Competências que a BNCC 
exige aos alunos atendidos, sendo algumas dessas Competências já desenvolvidas 
naturalmente durante as aulas nas salas de Recursos Especiais e outras que irão 
requerer mais preparo e estudo por parte do professor atuante. 
 As Competências que a Base Nacional Comum Curricular exige para os alunos 
que já são trabalhadas nas Salas do AEE de maneira natural, como: Conhecimento, 
Responsabilidade e Cidadania, Comunicação, Autoconhecimento e Autocuidado, 
Empatia e Cooperação e Trabalho e Projeto de Vida (BNCC, 2018). 
 Sendo que, essas características precisam ser e já são trabalhadas a partir de 
atividades nas Salas Multifuncionais, “é a função do professor do AEE organizar 
subsídios que favoreçam o desenvolvimento do aluno com deficiência intelectual 
estimulando o cognitivo e a aprendizagem (FURLAN, 2014, p. 21)”. 
 Portanto, o professor deve se preparar para introduzir as Competências da 
BNCC que não são tão comuns ao Ensino do Professor de AEE, como: Cultura Digital, 
Repertório Cultural, Argumentação, Pensamento Cientifico, Critico e Criativo (BNCC, 
2018). 
 Para que haja inserção da Cultura Digital, é essencial que o professor crie 
atividades que usem o compactador e o celular, apresentando aos alunos as ferramentas 
 
On Line que estimulem seu aprendizado, usando a referida ferramenta como suporte 
para apresentar aos alunos do AEE diversas culturas diferentes da sua, com isso se dá 
sua contribuição para despertar o repertório cultural do/no aluno. 
 É importante que o professor da AEE seja um aprendiz e assim manusear 
utensílios tecnológicos, conhecer outras culturas e ser capaz de apresentá-las de maneira 
simples nos atendimentos de AEE e compreender os fenômenos da natureza de maneira 
cientifica, sem uso do senso comum, para que assim seja um profissional totalmente 
capacitado para desenvolver o que a BNCC propõe. SALGADO (2019, p.13) explica que, 
Para que o processo de aprendizagem se efetive em sala de aula é importante 
que os professores respeitem o estilo de aprendizagem dos alunos e autora 
também apresenta três tipos de estilo de aprendizagem: visual, auditiva e 
sinestésica e as caracteriza. 
 Desta forma, Salgado nos dá maior compreensão de que o professor precisa 
transformar esses conhecimentos em atividades que estimulem as capacidades visuais, 
audíveis lógicas dos alunos atendidos no AEE. 
 As Metodologias empregadas no AEE para atender os objetivos da BNCC devem 
buscar principalmente a criatividade do aluno e ter conceitos científicos, mesmo que 
sejam simples, para que o aluno possa começar a compreender como a natureza 
funciona, por exemplo, mostrando como um grão de feijão germina. 
 O uso do Lúdico nunca deve partir para o supersticioso, porque a BNCC propõe 
que o conhecimento seja adquirido pelos alunos de modo geral, por isso é importante 
usar atividades em que se possa estimular o raciocínio lógico, mesmo que seja atividades 
lúdicas, para que o aluno compreenda que aquele fenômeno é um fato cientifico e não 
algo sobrenatural. 
 As Metodologias na AEE devem instruir o aluno a usar sua criatividade, 
permitindo que o ele faça uso de suas capacidades mentais, físicas, compreenda as 
diferenças entre etnias, países, costumes e que aprenda os conceitos científicos mais 
comuns para que ponha sua visão de mundo e de vivenciem sua aprendizagem em cada 
aula no AEE. 
 O professor que desenvolve atividades no AEE deve buscar Métodos de Ensino 
para que os alunos devolva conhecimentos diversos e que os transformem em cidadãos 
melhores e tenham consciência de que são sujeitos de direitos e história, por isso que, as 
 
atividades não se restringem somente em ler e escrever, mas sim atividades que venham 
somar para a vida diária do aluno na Sala do AEE. 
 Embasada na explicação de John Dewey (1937, p. 2) “A educação é um processo 
social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”, por isso, as 
atividades devem buscar construir uma experiência de vida para os alunos, 
principalmente aos alunos portadores de deficiências ou com síndromes, etc..que muitas 
vezes, são excluídos dos grandes grupos na escola e não podem ter experiências de vida 
se não for incentivada pelo professor da Sala de AEE. 
 Como já vimos nesta pesquisa que o AEE é um serviço da Educação Especial 
realizado contrário ao frequentado pelo aluno no Ensino Regular e sua oferta é 
obrigatória a todos os alunos público-alvo da Educação Especial (BRASIL, 2008) e o 
professor que atua neste atendimento é o professor de Educação Especial. 
 No atendimento realizado no contra turno, as necessidades e potencialidades são 
desenvolvidas, com a finalidade de oferecer novas oportunidades para aprender, ao 
aluno público-alvo da Educação Especial, e de fato ter suas diferenças atendidas e 
respeitadas e a partir da atendimento, o professor de Educação Especial contribui com 
observações e sugestões quanto as atividades realizadas em Sala de Aula, para 
juntamente com o professor do Ensino Comum planejem possibilidades de intervenção. 
E este atendimento é definido pela Politica de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (2008). 
 A educação é um direito de todos e esse direito deve serpleno, não é somente o 
fato de estar na escola, mas ter participação ativa, ser um protagonista da aprendizagem, 
os alunos com necessidades especiais é igual a outro sem necessidade, somente ele tem 
um jeito diferente de se comportar e de aprender, mas a diferença, não pode ser vista 
como exclusão, segregação e sim como um processo desafiador, onde o professor 
proporciona ao aluno diferente um caminho diferente para ele aprender a descobrir as 
suas capacidades e aperfeiçoar as suas habilidades. 
 Se observarmos ao nosso redor, veremos que ninguém cresce isolado nem tão 
pouco próximo, mas de múltiplas influencia dos outros e em constante relação com os 
outros, portanto, somos seres inacabados. Ninguém é dono da verdade. Ninguém é 
perfeito. Por isso todos os dias temos algo para aprender, se aperfeiçoar. 
 
 Imaginemos uma criança Portadora de Necessidade Especial, ela também tem 
suas limitações como nós temos as nossas, mas ela também tem muitas capacidades que 
precisam ser descobertas por si mesma, e neste contexto que a educação age instigando 
a capacidade dos alunos para que eles possam desenvolver as suas competências e 
habilidades. 
 A implementação do Atendimento Educacional Especializado (AEE) precisa 
caminhar no processo de construção do Currículo alinhado á Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) e em outros objetivos relacionados á inclusão de alunos com 
deficiência, autismo e dificuldades de aprendizagem, sendo que os primeiros passos são: 
Formação de Capacitação de Professores; Equipe gestora e demais envolvidos com o 
processo ensino e aprendizagem; mentoria para a implementação do processo e 
assessoria para o desenvolvimento de Plano e Currículo. 
 
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Esta pesquisa realizada durante vários meses foi um passo muito importante para 
compreender o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) que traz inúmeros desafios para o professor, assim 
também, traz possibilidades de melhorar suas atividades, construindo de maneira mais 
significativa para a vida do aluno. 
 As metodologias precisam ser mudadas para que atinja os objetivos que a BNCC 
propõe e as técnicas de ensino precisam formar o aluno de maneira integral e para 
formar o aluno que é atendido na Sala do AEE, é uma tarefa árdua, devido a adaptação 
dele e essa pauta considerada mais social da educação é uma barreira que o atrapalha a 
vida inteira. 
 Por isso, o professor deve ter consciência de que é importante criar meios que os 
possibilitem de se socializar com os colegas da escola e da comunidade em que vive, 
assim também, quebrar sua timidez e fazer com que seja mais atuante dentro de seu 
ambiente. 
 Se conseguir alcançar esse objetivo, será muito mais fácil trabalhar as 
competências que a BNCC propõe e obter resultados mais significativos para o aluno e 
sua família, e para que isso ocorra é preciso disponibilidade do professor que atua no 
AEE, como se preparar, estudar, interagir uns com outros, desenvolver novos 
conhecimentos. 
 
 E fundamental que o professor se adaptar as novas tecnologias e usar nas Salas 
do AEE de maneira afetiva, para que os alunos se sintam á vontade, desinibidos, e 
aprendam a ter segurança com essas novas metodologias da BNCC. A sincronia entre 
AEE e Escola para que o máximo possa ser oferecido aos alunos em termos de 
conhecimentos e formação integral é de suma importância. 
 Para mim é importante ressaltar a parceria da educação com a saúde para que 
se tenha apoio de outros profissionais para colaborar com esse trabalho e assim 
gerenciar outros direitos que as crianças têm além da Educação, como no caso de algum 
beneficio, dependendo da necessidade que a criança apresenta, assim como o diálogo 
com a família é base nesse processo, de acordo com as pesquisas a maioria dos pais não 
acompanham o seu filho ao atendimento, e tem casos, ainda mais graves, é não aceitar o 
atendimento em que o filho tem direito. Acredito que para a educação de qualidade só é 
possível se tiver uma rede de parceiros em prol de um bem maior. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
-BRASIL, Presidência da República – Casa Civil, Subchefia para Assuntos Juridicos – 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
-RESOLUÇÂO nº 02/2017 -BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Ministério 
da Educação – Conselho Nacional de Educação. Brasília, DF. 2018. 
-FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa. 31 
Ed. São Paulo, SP. Paz e Terra. 2005 
-FURLAN, Ana Maria da Silva. Métodos e Técnicas de Ensino utilizado na Sala de 
Recursos Multifuncionais- Atendimento Educacional Especializado. Curitiba. 
Universidade Tecnológica do Paraná, 2014. 
-LEI DE BASES E DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO. Ministério da Educação. Brasília, 
DF. 1998. 
-SALGADO, Maria Clara. Educação Especial: Educando para a vida. São Paulo, SP. 
Universidade de São Paulo, 2017. 
-TEIXEIRA, Anísio. Educar para viver. 4 Ed. São Paulo, SP. Educar, 1966.

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