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Aula 3_FOTOGRAFIA JORNALÍSTICA

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FOTOGRAFIA	JORNALÍSTICA:	CONCEITO	
	 A	fotografia	jornalística	ou	fotojornalismo	é	uma	área	em	que	o	objetivo	do	profissio-
nal	é	passar	a	informação	através	da	imagem,	que	deve	ser	clara	e	concisa.	Tem	que	se	saber	
captar,	o	profissional	tem	de	colocar-se	no	lugar	do	público,	ser	seus	olhos,	e	poder,	através	
de	uma	imagem,	contar	uma	história.	O	fotógrafo	tem	de	ser	persistente,	paciente	e	sensível	
ao	que	o	rodeia.	É	no	fotojornalismo	que	a	fotografia	pode	exibir	toda	a	sua	capacidade	de	
transmitir	informações.		
	 					 	
HISTÓRICO	
	 A	fotografia	é	marcada	pela	invenção	da	câmera	escura,	e,	com	o	daguerreótipo,	já	era	
possível	realizar	coberturas	de	acontecimentos	e	fatos.	A	fotografia	não	era	bem	vista	pelos	
impressos,	que	a	consideravam	como	uma	espécie	de	um	produto	inferior.	Os	editores	des-
valorizavam	a	seriedade	da	informação	fotográfica.	Com	o	surgimento	do	primeiro	tabloide	
fotográfico,	o	Daily	Mirror	em	1904,	a	fotografia	deixa	de	ser	secundária	e	ganha	destaque	e	
credibilidade.	
	 O	desenvolvimento	da	indústria	fotográfica	também	auxiliou	na	consolidação	do	foto-
jornalismo,	as	câmeras	mais	leves	e	menores	permitiam	maior	mobilidade,	e	as	lentes	com	
maior	luminosidade	permitiram	menor	tempo	de	exposição	e,	com	isso,	maior	agilidade	na	
divulgação.	Após	a	guerra,	na	Alemanha,	surgem	várias	revistas	ilustradas.	A	junção	de	texto	
e	imagem	já	aparece	com	maior	propriedade,	e	não	de	modo	isolado,	como	antes.			
	 Na	revolução	pós-guerra	do	fotojornalismo,	era	crescente	a	industrialização	e	massifi-
cação	do	produto	fotojornalístico	mas,	com	a	televisão,	houve	o	início	da	crise	das	revistas	
ilustradas,	devido	ao	desvio	de	verba	publicitária	para	ela.		
	 A	segunda	revolução	no	fotojornalismo	é	explorado	a	sensibilidade	e	a	emoção	do	lei-
tor,	com	imagens	da	Guerra	do	Vietnã	menos	censuradas.	Na	terceira	revolução,	houve	a	pos-
sibilidade	de	edição	de	imagens,	e	a	rapidez	na	transmissão	e	veiculação	de	imagens.		
A	LINGUAGEM	DA	FOTOGRAFIA	JORNALÍSTICA:	Características					
	 O	Fotojornalismo	é	a	definição	da	celebre	frase:	“uma	imagem	vale	mais	que	mil	pala-
vras”,	pois	a	sua	principal	característica	é	exatamente	a	de	mostrar	para	o	mundo	o	que	está	
ocorrendo	na	realidade,	mostrar	os	fatos	por	meio	de	imagens,	tornando	assim	a	fotografia	
uma	das	áreas	mais	importantes	do	jornalismo.			
	 O	jornalismo	tem	um	aspecto	 importante	que	é	seu	cunho	social,	como	de	fazer	os	
cidadãos	enxergarem	a	realidade	e	serem	mais	conscientes,	abordam	isso	por	meio	de	infor-
mações	transmitidas	por	textos	e	fotos,	pois	a	imagem	ajuda	a	compreender	mais	a	fundo	o	
que	é	relatado	por	meio	do	texto.		
	 A	linguagem	da	imagem	fala	diretamente	com	o	cidadão,	muitas	vezes	precisando	ape-
nas	de	uma	imagem	para	compreender	todo	o	assunto	do	texto.		A	linguagem	das	fotografias	
do	jornalismo	é	baseada	em	enquadramentos,	planos	e	composições	de	imagem,	instinto	do	
próprio	fotógrafo,	pois	são	elementos	que	influenciam	diretamente	na	compreensão	da	foto.		
	 O	enquadramento	é	o	espaço	de	realidade	da	foto,	ou	seja,	qual	o	lugar	preciso	que	
será	fotografado	para	passar	a	mensagem	desejada,	focando	no	que	é	importante	ser	mos-
trado.		
	 Os	planos	são	elementos	da	fotografia	que	influenciam	na	expressividade	da	fotogra-
fia,	existem	quatro	tipos	de	planos,	que	são:		
• Plano	Geral:	É	o	plano	que	servem	para	apontar	ao	observador	o	lugar	que	está	ocor-
rendo	do	fato,	pois	a	imagem	é	mais	aberta	e	informativa.			
• Plano	de	Conjunto:	Geralmente	são	planos	fechados,	que	servem	principalmente	para	
diferenciar	a	ação,	os	integrantes	e	elementos	da	ação	com	facilidade.			
• Plano	Médio:	Esse	plano	se	aproxima	de	uma	visão	mais	objetiva	do	fato,	relacionando	
os	elementos	presentes	com	essa	visão	objetiva.			
• Primeiro	Plano:	Tem	uma	característica	mais	expressiva	do	que	informativa.		
	 Outro	aspecto	 importante	sobre	a	 linguagem	da	fotografia	que	deve	ser	 levado	em	
consideração,	 são	 os	 ângulos	 das	 imagens,	 esses	 ângulos	 também	 aparecem	 nos	 planos,	
como:		
• Plano	Ângulo	Normal:	Que	é	a	tomada	da	foto	que	se	faz	no	mesmo	nível	da	superfície	
da	foto,	dado	assim	um	olhar	objetivo	de	ocorrido.		
• Plano	Ângulo	Picado:	Tomada	que	se	faz	de	cima	para	baixo,	dando	assim	uma	desva-
lorização	ao	motivo	fotografado.			
• Plano	Ângulo	Contrapicado:	Tomada	que	se	faz	de	baixo	para	cima,	valorizando	o	ob-
jeto	fotografado.	
	 Já	a	composição,	outro	elemento	 importante	da	 linguagem	do	fotojornalismo,	nada	
mais	é	do	que	a	organização	dos	elementos	fotográficos,	dando	assim	um	efeito	unificado,	
permitindo	que	a	imagem	em	si	transmita	uma	ideia,	uma	sensação	para	quem	a	veja.			
	 Diferente	de	outras	áreas	da	fotografia,	outra	característica	do	fotojornalismo	é	que	o	
profissional	não	tem	uma	proposta	do	que	fotografará,	pois	raramente	ele	sabe	o	que	encon-
trará	no	local	e	nem	as	condições	de	trabalho	que	será	submetido,	muitas	vezes	sendo	obri-
gado	a	agir	por	instinto.		
	 A	única	coisa	que	o	fotojornalista	tem	em	mente	é	que	tem	que	capturar	o	momento	
com	rapidez	e	sensibilidade,	sem	deixar	de	lado	a	força	noticiosa	que	a	imagem	deve	conter,.	
	 Ou	seja,	além	de	todas	as	dificuldades	encontradas	no	local	para	fotografar,	a	fotogra-
fia	deve	ser	 tirada	pensando	no	 texto	que	 lhe	acompanhará	e	ainda	considerando	relação	
espaço-tempo,	a	utilização	expressiva	da	profundidade	de	campo,	da	travagem	do	movimento	
e	do	movimento	escorrido,	que	são	elementos	do	fotojornalismo.			
A	REPORTAGEM	FOTOGRÁFICA:	Pauta	jornalística	
					 	
	 A	pauta	jornalística	é	um	importante	elemento	da	área	do	jornalismo.	A	pauta	serve	
para	o	jornalista	como	ponto	de	partida	de	uma	reportagem.	A	pauta	deve	conter	instruções	
que	orientam	o	 jornalista	na	sua	tarefa,	especificando	detalhes	relativos	à	abordagem	que	
deve	seguir	para	fazer	a	reportagem.	
	 Antigamente,	a	pessoa	que	redigia	a	pauta	era	conhecida	como	pauteiro.	No	entanto,	
nos	dias	de	hoje,	a	pauta	costuma	ser	feita	pelos	editores	e	sub-editores.	
	 Como	fazer	uma	pauta	
	 A	pauta	é	um	dos	itens	principais	do	jornalismo.	É	a	partir	dela	que	o	jornalista/repór-
ter	irá	a	campo	buscar	informações,	apurar	e	iniciar	a	construção	da	reportagem.	A	pauta	é	a	
orientação	do	repórter	e,	por	isso,	deve	ser	muito	bem-feita.	Uma	boa	pauta	deve	ter:	
• Conteúdo:	Ligeiro	resumo	do	que	constitui	o	objeto	da	matéria;	roteiro	das	questões	
básicas;	o	enfoque	pretendido	sobre	determinado	assunto;	dicas	sobre	aspectos	des-
conhecidos	ou	interessantes	do	tema;	questionamento	dos	pontos	que	são	o	objeto	
da	reportagem.	
• Linguagem:	Crítica,	 irônica,	 instigante,	brincalhona,	dura	na	colocação	dos	pontos	a	
serem	questionados.	
• Objetivo:	(um	dos	principais):	Vender	a	matéria,	estimular	o	repórter	e/ou	a	chefia,	
espicaçando	o	espírito	crítico	de	quem	vai	fazer	a	reportagem.	
	 Quanto	à	pauta	para	o	jornalismo	on-line,	encontramos	o	seguinte	texto:	
	 A	pauta	deve	contemplar	também	as	especificidades	da	comunicação	na	Internet	sem	
deixar	de	lado	as	exigências	da	pauta	jornalística	tradicional.	Toda	pauta	é	um	planejamento	
da	produção	da	matéria.	No	caso	da	notícia	para	a	 internet,	é	preciso	prever	como	será	a	
utilização	dos	aspectos	característicos	desta	tecnologia,	tais	como	a	construção	hipertextual	
do	conteúdo,	os	recursos	multimídia	utilizados	e	as	oportunidades	de	interação	oferecidas	ao	
público.	
	 					 	
	 No	panorama	da	profissão	e	no	jornalismo	visual,	o	fotojornalismo	também	está	sendo	
afetado	pela	crise	dos	veículos	impressos	e	já	passou	por	outros	momentos	de	crise	e	readap-
tação,	como:	
• TV	X	Revistas	ilustradas	(anos	1950	e	1960)	
• Fotografia	digital	X	Credibilidade	do	fotojornalismo	(anos	1990)	
• Seriedade	X	Espetaculização	e	sensacionalismo	(anos	1990)	
• Internet	e	produção	de	conteúdo	(anos	2000)	X	Morte	decretada.	
	 Competências	
	 As	competências	básicas	do	fotojornalista	deve	abranger	os	seguintes	aspectos:	
• Domínio	da	linguagem,	técnica	e	equipamentos	fotográficos	
• Sensibilidade	
• Capacidadede	enxergar	o	valor	notícia	da	situação	
• Rapidez	de	reflexos	
• Curiosidade	
• Intuição,	senso	de	oportunidade	
• Jogo	de	cintura	
	 O	valor	do	contexto	
	 Com	as	câmeras	digitais	gravando	mais	de	30	frames	por	segundo	em	full	HD,	perde-
se	o	sentido	do	instante	decisivo.	
	 Hoje,	a	fotografia	jornalística	é	vista	como	uma	porta	de	entrada	do	leitor	para	mais	
conteúdo.	Ele	clica	para	buscar	revelar	camadas	de	conteúdo	e	contexto	–	por	isso,	ela	deve	
ser	instigante.	
	 O	fotojornalismo	de	contexto	está	sempre	vinculado	ao	jornalismo	Longform.	Como	
descobrir	mais	sobre	história	que	as	fotos	contam?	A	resposta	disso	deve	ser	oferecida	ao	
usuário.	O	Longform	traz	como	uma	de	suas	características	evitar	que	os	“achismos”	sejam	
criados,	ou	seja,	as	informações	que	foram	divulgadas	são	todas	as	informações	que	o	jorna-
lista	conhece	sobre	o	assunto.	E	só	isso.	
	 Com	o	espaço	ilimitado	da	plataforma	digital,	cabe	ao	próprio	fotojornalista	escolher	
como	desenvolver	a	sua	narrativa	(storytelling).		
	 Ganha	espaço	novamente	a	 fotografia	de	autor,	 já	que	o	próprio	 fotógrafo	é	quem	
realiza	a	edição	da	reportagem.	
	 Manual	de	redação	jornalística	
	 O	Manual	de	redação	jornalística	dará	um	padrão	ao	trabalho	que	será	realizado.	Nele	
aprendemos	como	devemos	conduzir	o	trabalho,	suas	regras,	como	se	destacar	nas	linhas	de	
atuação	e	na	organização	do	projeto	jornalístico.	
Manual	de	redação	do	Estadão:	https://www.estadao.com.br/manualredacao/	
		
Referências:	
BUITONI	 ,	 Dulcilia	 Schroeder:	 Fotografia	 e	 Jornalismo:	 a	 informação	 pela	 imagem;	Magaly	
Prado	(organizadora	da	coleção).	–	São	Paulo:	Saraiva,	2011	
DANTAS,	 Júlia.	 FAAC	 UNESP/BAURU.	 https://pt.slideshare.net/juliadantas/fotojornalismo-i-
composio-bsica	
FOCUS.	https://focusfoto.com.br/fotografia-e-pauta-jornalistica/	
FREEMAN,	Michael.	Novo	Guia	Completo	de	Fotografia	Digital.	Porto	Alegre:	Bookman,	2013.	
KOBRE,	Kenneth.	Fotojornalismo:	Uma	abordagem	profissional.	São	Paulo;	Ed.	Campus,	2011.	
PASSEI	 DIRETO.	 https://www.passeidireto.com/arquivo/31587237/trabalho-de-fotografia-
jornalistica.	
SOUSA,	Jorge	Pedro.	Fotojornalismo:	introdução	à	história,	às	técnicas	e	à	linguagem	da	foto-
grafia	de	imprensa.	Florianópolis:	Letras	Contemporâneas,	2004.

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