Buscar

APX3 Questões 2022.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação Presencial (APX3) – 2022.1
Disciplina: Questões Étnicas e de Gênero
Coordenadora(o): Maria Alice Rezende Gonçalves
Aluno(a):________________________________________________________________ 
Matrícula:____________________________Polo: ______________________ 
QUESTÕES:
1. Um dos temas abordados ao longo da aula 5 trata dos debates sobre a mestiçagem no Brasil ao longo das últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do XX. O tema ora aparece como problema ora como solução para explicar a formação da nação brasileira. Leia o trecho de uma carta escrita por Monteiro Lobato, personagem inserido nessas discussões e defensor de uma determinada perspectiva para o país, em seguida, realize a atividade abaixo: 
“Diversos amigos me dizem: Por que não escreve suas impressões? E eu respondo: Porque é inútil e seria cair no ridículo. Escrever é aparecer no tablado de um circo muito mambembe, chamado imprensa, e exibir-se diante de uma assistência de moleques feeble-minded e despidos da manor noção de seriedade. Mulatada, em suma. País de mestiços onde o branco não tem força para organizar uma Kux-Klan[footnoteRef:1] é país perdido para altos destinos. André Siegfried resume numa frase as duas atitudes. ‘Nós defendemos o front da raça branca - diz o Sul - e é graças a nós que os Estados Unidos não se tornaram um segundo Brasil’. Um dia se fará justiça ao Klux Klan; tivéssemos aí uma defesa desta ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca - mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destroem a capacidade construtiva” (HABIB, 2003, p. 125). [1: A Ku Klux Klan é uma organização terrorista formada por supremacistas brancos que surgiu nos Estados Unidos depois da Guerra Civil Americana com o intuito de perseguir e promover ataques contra afro-americanos e defensores dos direitos desse grupo.] 
Fonte: Carta de Monteiro Lobato a Arthur Neiva. N. Y. 10/04/1928. Arquivo Arthur Neiva. Código 39. 
a) Escreva um texto, de no máximo 10 linhas, colocando em diálogo o que foi defendido por Monteiro Lobato com os posicionamentos de autores como Darcy Ribeiro e Gilberto Freyre. A sua resposta deve contemplar: (1) o que os dois últimos autores defendem; (2) eles têm concordância com o pensamento de Lobato, por quê?; (3) qual perspectiva tem sido usada contemporaneamente para explicar a formação do povo brasileira (4,0 pontos). 
2. A concretização de algumas demandas étnico-raciais foram conquistadas ao longo dos séculos XIX e XX por anônimos que acreditavam em melhores condições de vida e trabalho, independentemente da cor da sua pele. Nesse sentido, as lutas anti-racistas e para a promoção social da população negra não são recentes no Brasil. 
A partir da reportagem Por uma educação antirracista nas favelas: O PVNC e a Educafro do portal RioOnWatch descreva a relação que os projetos vêm estabelecendo entre educação e movimento negro, na valorização de iniciativas educacionais populares e as cotas raciais no ensino superior. (3,0 pontos)
3. Conforme aprendemos, o conhecimento sobre as comunidades remanescentes de quilombo é um processo ainda em construção. Aprendemos também que existe uma luta por uma educação inclusiva e diferenciada, que abarque as demandas culturais e sociais, do desenvolvimento do próprio grupo, dos seus valores, costumes, hábitos alimentares e musicais entre outros. Embora governos passados tivessem procurado implantar um foco sobre a diversidade, sobretudo, na área de educação, hoje assistimos seu desmonte, bem como o esvaziamento político da questão de terras. 
Como podemos compreender as iniciativas governamentais e não-governamentais para uma educação diferenciada quanto à educação quilombola? Por que são necessárias políticas educacionais específicas para esses grupos? (3,0 pontos)

Continue navegando