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AUDITORIA-EXTERNA-E-INTERNA-1

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1 
 
 
AUDITORIA EXTERNA E INTERNA 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA ............................................................................................. 2 
1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2 
1.2 A CONTABILIDADE E O PROCESSO DE AUDITORIA ...................................................................... 3 
1.3 CONCEITO DE AUDITORIA ........................................................................................................... 4 
1.4 TIPOS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL.................................................................................... 8 
1.5 AUDITORIA INTERNA E EXTERNA ................................................................................................ 9 
CAPÍTULO 2 – PLANO DE AUDITORIA .................................................................................................... 12 
2.1 Análise Geral ................................................................................................................................... 14 
2.2 Análise Específica ............................................................................................................................ 15 
2.3 Princípios do Planejamento ............................................................................................................ 16 
2.4 Plano de Auditoria ........................................................................................................................... 18 
2.5 Programas de Auditoria .................................................................................................................. 20 
2.6 Procedimentos de Auditoria ........................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo relatos históricos na Grã-Bretanha, existiam dois tipos de auditoria: a 
auditoria de cidades e auditoria de vilas. Na época, eram apresentados diante da 
população e representantes do governo as contas, ou seja, o tesoureiro realizava a 
leitura das contas. 
Podemos dizer que até aproximadamente meados do século XVI, era realizado 
o procedimento de ouvir as contas e os auditores da época assinava com uma frase 
“ouvidos pelos auditores e abaixo-assinados”. Sendo assim, podemos dizer que a 
auditoria passou por uma evolução, sendo que a auditoria moderna saiu de um 
processo de leitura e ouvir, passando por um processo minucioso de confrontação de 
dados e testes para comprovar as evidências de fato. 
Alguns eventos contribuíram para tal evolução. Sendo assim, vejamos a linha 
do tempo. 
 4000 a.C – as primeiras auditorias sobre as cobranças de impostos na 
Babilônia; 
 1887 – criação do Instituto Americano de Contadores, conhecido 
atualmente como Instituto Americano de Contadores Públicos 
Certificados; 
 Outro fato marcante é a representação das classes de contadores e 
auditores por entidades internacionais fundada ao longo do tempo, 
como: 
Associação Interamericana de Contabilidade fundada em 1949; 
International Federation of Ac-countants fundada em 1977; 
International Accoun-ting Standards Board criada em 2001. 
 
Contribuindo com o avanço da auditoria e da profissionalização da categoria. 
Dessa forma, ao longo dessa apostila discutiremos um pouco sobre a auditoria e seus 
processos. 
 
3 
 
 
1.2 A CONTABILIDADE E O PROCESSO DE AUDITORIA 
 
Inicialmente, precisamos entender um pouco sobre o processo de 
profissionalização da contabilidade. Podemos dizer que a contabilidade existem desde 
dos primórdios da sociedade. Sendo assim, entende-se que a contabilidade tem 
acompanhado o homem em seu processo evolutivo ao bem-estar. 
Todavia, a revolução da contabilidade surgiu com as partidas dobradas. Vale 
ressaltar, que as partidas dobradas foram consequências naturais da evolução e 
desenvolvimento da sociedade no Pré-Renacismento Italiano, tendo em vista os 
eventos econômicos e sociais que criaram fundamentos para tal método se firmasse. 
Outros fatores, como uma revolução no setor de comércio, o desenvolvimento 
industrial e dos transporte, contribuíram de forma natural para o aumento do controle 
sobre as operações, e consequentemente a utilização do método para esse fim. 
Mediante a isso, podemos dizer que a contabilidade se profissionalizou a partir da 
disseminação de tal método de registro. 
A auditoria independente surgiu no Brasil no ano de 1972, por meio de uma 
resolução do Conselho Federal de Contabilidade, resolução CFC 321/72, sendo tal 
resolução desenvolvida pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. 
Atualmente, encontramos as NBC TA – de Auditoria Independente de Informação 
Contábil Histórica. 
Observando no âmbito mundial temos duas entidades responsável pela 
estruturação e desenvolvimento da auditoria, sendo elas: a International Accounting 
Standard Board (IASB) e a International Federation of Auditing Committee (IFAC). 
Como podemos observar a contabilidade está em constante evolução e a 
adaptações de convergências, buscando assim melhores soluções para o meio 
contábil. Dessa forma, precisamos entender que existem uma relação entre a 
contabilidade e o processo de auditoria. Sendo assim, podemos entender que a 
auditória contábil, é o processo de auditoria das informações geradas pela 
contabilidade, tendo em vista que essas informações são quantitativas, podendo 
assim, ser comparadas com padrões e critérios pré-estabelecidos que serão utilizados 
nesse processo de confrontação entre os dados. Sendo assim, é de suma importância 
que o auditor tenha conhecimentos prévios sobre a contabilidade, com isso, tendo 
margem e domínio para avaliar, comunicar, ressaltar informações caso julgue 
necessário. Além de transmitir essas informações a terceiros interessados. 
4 
 
 
Dessa forma, a auditória contábil é de suma importância para o processo de 
transparência e apresentação de forma fidedigna das informações contábeis. Vale 
ressaltar, que no cenário mundial a auditória contábil veio a evoluir a partir de 1934 
com a implantação da Security Exchange Comission (SEC), nos Estados Unidos. 
Sendo, que os investidores americanos começaram utilizar a auditoria, buscando 
maior credibilidade nas informações apresentadas pelas Demonstrações Contábeis, 
com isso os mesmos passaram a avaliar seus investimentos nas empresas cotadas 
na Bolsa de Valores Americana. 
Sendo assim, podemos dizer que a auditoria desempenha um papel 
fundamental no meio contábil, agregando valores e contribuindo no processo de 
confiabilidade, transparência e segurança ao que se refere as informações e 
demonstrações contábeis. 
A auditoria é de suma importância no meio econômico e empresarial, sendo 
reconhecido em diversos segmentos, entre eles, governo, negócios, áreas sociais, 
entre outros. Buscando estabelecer níveis de cumplicidade e responsabilidade entre 
eles. 
 
1.3 CONCEITO DE AUDITORIA 
 
É difícil apresentarmos um conceito universal de auditoria. Tendo em vista, que 
a maioria dos autores buscam focar nas especializações da matéria, 
consequentemente na parte conceitual acaba focando Auditoria Interna e Externa. 
Segundo Crepaldi (2012) podemos definir como auditoria “levantamento, estudo e 
avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das 
demonstrações financeiras de uma entidade.” 
Sob uma ótica ampla, podemos definir como auditoria, o processo de 
contestação da expectativa com a realidade, ou seja, do que é para ser feito com o 
que foi feito. A auditoria é um processo independente que busca realizar uma 
conferência dos fatos ocorridos com as normas, procedimentos, legislação, visando 
fornecer um parecer de conformidade ou não desse atos. 
Podemos dizerde forma resumida, que a auditoria é o processo de 
confrontação das condições (realidade) com os parâmetros (expectativa), vejamos a 
figura 01. 
5 
 
 
 
Figura 1 – Auditoria 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado Arruda e Araújo, 2012. 
 
Vele ressaltar que a auditoria é aplicada nas mais diversas áreas de 
conhecimento, contudo, na ciência contábil esse procedimento é mais normatizado. 
Sendo assim, surge o que chamamos de auditoria contábil. O principal objetivo da 
auditoria contábil é emitir um parecer sobre as conformidades das demonstrações 
contábeis, esse parecer é emitido por meio de um relatório, após a aplicação dos 
procedimentos de avaliações baseado na conformidade com a legislação, normas 
independentes, normas profissionais, princípios contábeis, normas internacionais de 
contabilidade, dentre outros. 
Podemos dizer de forma resumida, que a auditoria contábil visa identificar se 
as demonstrações contábeis, por exemplo, fluxo de caixa. Além de buscar identificar 
como os bens da organização foi adquirido, bem como a organização aplicou suas 
riquezas, estão conforme os princípios contábeis, bem como legislações vigentes. 
Ademais, vale ressaltar que a auditoria contábil contribui para preservação 
dos direitos de terceiros, bem como na redução de práticas ineficientes, além de 
controlar práticas abusivas, bem como assegurar as regularidades nas informações 
contábeis e financeiros, além de promover adequação das demonstração contábeis. 
Vejamos o que o Conselho Federal de Contabilidade – CFC fala em sua 
resolução CFC Nº 1.203 DE 27.11.2009, por meio da sua Norma Brasileira de 
Contabilidade aplicada à Auditoria – NBC TA 200 (R11) define como objetivo da 
auditoria: 
 
aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos 
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os 
 
1 A Letra R seguida do numeral indica que houve alteração, sendo assim a NBC 200 TA de 2009 sofreu 
alteração em seu texto no ano de 2016, passando a ser identificada NBC TA 200 (R1), tendo em vista 
que foi sua primeira alteração. 
Realidade – Fato realizado Expectativa – Como deveria ser 
Processo de Confrontação - Auditoria 
6 
 
 
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório 
financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins 
gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão 
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em 
conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida 
em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes 
capacita o auditor a formar essa opinião (CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, 2016). 
 
Analisando a NBC TA 200 (R1) sob a ótica do Conselho Federal de 
Contabilidade – CFC, entende-se a auditoria aplicada a demonstrações financeiras é 
um processo sistêmico, baseado em normas técnicas profissionais emitidas por 
entidades autorizadas seja nível nacional ou internacional, bem como exigências 
éticas, esse processo é realizado por meio de procedimentos selecionados baseado 
nas circunstâncias dos exames, bem como do entendimento do auditor independente, 
onde são incluídos as avaliações de riscos e controles internos, buscando evidenciar 
de forma suficiente, adequada, segura e razoável, que as demonstrações estão 
conforme a legislação, práticas contábeis e estrutura dos relatórios financeiros e que 
estão livre de fraude ou erros. 
Sendo assim, podemos entender como auditoria contábil o conjunto de ações 
técnicas aplicadas de forma planejada e independente, por meio de um profissional 
habilitado, seguindo as regras preestabelecidas, com o intuito de emitir de 
documentação com parecer sobre as demonstrações financeiras, baseado nos 
Princípios de Contabilidade, Normas Nacionais e Internacionais de Contabilidade, 
bem como legislação relacionada a finanças. 
De acordo com as novas regras no CFC, a Auditoria Contábil busca evidenciar 
se as demonstrações contábeis estão de acordo com as estruturas financeiras 
aplicáveis, definidas no Brasil como práticas contábeis brasileiras e estando de acordo 
com as: 
a. Legislação Societária; 
b. Normas Brasileiras de Contabilidade; 
c. Pronunciamentos, Orientações emitidas Comitê de Pronunciamento Contábeis; 
d. Princípios Contábeis; 
e. Legislação Internacional; 
f. Dentre outros. 
 
7 
 
 
Desse modo, podemos entender que a definição busca testar a eficiência e a 
eficácia do controle patrimonial, de acordo com os aspectos e princípios contábeis. 
Sendo assim, podemos entender que auditor é o responsável pelo processo de 
verificação de conformidade dos dados apresentados. De modo geral, subentende 
que a auditoria busca certificar a conformidade dos dados apresentados nas 
demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
Figura 1 - Definição de Auditoria 
 
Fonte: Carvalho 
 
Segundo Franca e Marra (2011) podemos conceituar objetivo da auditoria, 
como: 
“conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os 
quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, 
arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a 
legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa 
dos interesses patrimoniais”. 
 
ATENÇÃO! 
Caro discente, para um visualização melhor da imagem, gentileza utilizar zoom 160%. 
8 
 
 
A partir desse momento, podemos dividir a auditoria em dois grandes grupos, 
sendo eles Governamental e Privada. 
A auditoria governamental ou pública segundo Secretaria Federal de Controle 
Interno da Controladoria-Geral da União é o “conjunto de técnicas que visa avaliar a 
gestão pública pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma 
situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal”. De 
modo resumido, podemos dizer que auditoria governamental tem como meta a 
seguridade com os resultados patrimoniais, bem como com o gerenciamento público. 
Por outro lado, podemos entender como Auditoria Privada como o processo de 
auditar as demonstrações contábeis das organizações privadas, buscando apresentar 
um parecer se tais demonstrações estão de acordados com os princípios e legislação 
específica. 
 
1.4 TIPOS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL 
 
Vale ressaltar que cada autor podem definir ou ter sua própria classificação de 
auditoria. Nessa etapa nos basearemos nos autores Peter e Machado (2008). 
 
 Auditoria de Gestão 
Tem como objetivo emitir um parecer sobre a gestão pública com intuito de 
certificar a regularidade das contas públicas, bem como a verificação de contratos, 
convênios que envolvem aplicação de dinheiro público. 
 
 Auditoria de Programas 
Esse tipo de auditoria tem como intuito auditar a execução dos projetos e 
programas governamentais. 
 
 Auditoria Operacional 
Esse tipo de auditoria busca certificar se as ações gerenciais e os processos 
operacionais, buscando apresentar melhorias para os procedimentos. 
 
 Auditoria Contábil 
9 
 
 
A auditoria contábil tem como principal objetivo apresentar um parecer sobre 
os registros contábeis, ou seja, busca munir de informações e documentos 
comprobatórios buscando apresentar se as demonstrações estão de acordo com a 
legislação e princípios contábeis e se refletem de forma fidedigna a situação financeira 
do patrimônio. 
 
 Auditoria de Sistemas 
Esse tipo de auditoria está ligado diretamente ao processamento de dados, 
buscando garantir a segurança e privacidade das informações oriundas desse 
processamento. 
 
 Auditoria Especial 
A auditoria especial é utilizada em casos não previsto, porém considerados 
relevantes, ou seja, caso incomuns que sãodeterminados por alguma autoridade 
competente. 
 
 Auditoria da Qualidade 
Esse processo de auditoria está relacionado ao processo de avaliação da 
gestão, buscando incentivar uma gestão de resultados focado nos princípios da 
qualidade. 
 
 Auditoria Integral 
Está relacionada numa auditoria global, envolvendo a organização como um 
todo, ou seja, audita os dos controles, processos e sistemas utilizados na organização. 
 
1.5 AUDITORIA INTERNA E EXTERNA 
 
Entende-se por auditoria interna aquela realizada dentro da própria 
organização, utilizando seus colaboradores, além dos dados financeiros e contábeis, 
essa auditoria também se preocupa com o operacional. Nesse processo interno é 
reportado à presidência da empresa, com isso funcionando com um órgão de 
assessoria a presidência. Segundo Guzmán podemos definir auditoria como: 
 
10 
 
 
Atividade independente de avaliação de uma organização, mediante a 
revisão de sua contabilidade, finanças e outras operações que servem de 
base a administração da empresa. Também se pode dizer que é um controle 
gerencial que funciona medindo e avaliando a eficácia de outros controles. 
 
 
Vale salientar que a auditoria interna, vai além dos aspectos contábeis, então, 
é interessante que a equipe seja multidisciplinar. 
Por outro lado, temos a auditoria externa que pode ser entendida como o 
processo de auditar dentro da organização realizado por pessoas independentes. 
 
Auditoria realizada por um organismo externo e independente da entidade 
controlada, tendo por objetivo, por um lado, emitir parecer sobre as contas e 
a situação financeira, a regularidade e a legalidade das operações e/ou sobre 
a gestão financeira e, por outro, elaborar relatórios correspondentes 
(EVERARD E WOLTER, 1986, p. 187). 
 
Sendo assim, podemos dizer que a auditoria externa é aquela realizada por 
profissionais independentes da organização e qualificados, tendo como objetivo emitir 
uma opinião independente com base em normas e precipícios técnicos, apresentando 
se as demonstrações estão ou não adequadas, apresentado relatório de regularidade 
das operações e/ou sobre o resultado da gestão financeira e administrativa. 
11 
 
 
Figura 2 - Principais Diferença entre Auditoria Interna e Externa 
 
Fonte: Felipe Bernardo 
 
12 
 
 
CAPÍTULO 2 – PLANO DE AUDITORIA 
 
Para uma execução eficaz e estratégica do plano de auditoria é necessário 
inicialmente um planejamento prévio do processo de auditoria, ou seja, o auditor deve 
estudar e conhecer aquilo que deve ser auditado, bem como traçar metas e objetivos 
e utilizar conhecimentos e legislação para verificar as informações declaradas. 
Como entendemos anteriormente, a auditoria tem como principal objetivo emitir 
um laudo técnico de conformidade ou não conformidade sobre o objeto de estudo. 
Contudo, para linha de estudo nesse capítulo focaremos na auditória contábil. Como 
visto, a auditoria contábil tem como objetivo estudar as demonstrações contábeis e 
posteriormente emitir um parecer de conformidade. Porém, o processo e plano de 
auditoria deve ser estudado e planejado, todavia, o processo de planejamento muitas 
vezes é a parte que o auditor encontra-se mais dificuldade para elaboração. Mas, 
afinal como deve ser esse planejamento? 
Inicialmente, precisamos entender o que seria o planejar. Podemos entender 
como planejar o processo de pensar agora as implicações futuras de nossas ações, 
ou seja, é buscar no dia de hoje prever o que poderá ocorrer no futuro. Para isso, 
precisamos sermos estratégicos em nosso planejamento. 
Podemos entender como planejamento de auditoria: 
 
é a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a estratégia 
geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a 
partir da contratação dos serviços, estabelecendo a natureza, a oportunidade 
e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria 
eficaz (SERGIO JUND, 2007, p. 413). 
 
Podemos apresentar o conceito ainda do Conselho Federal de Contabilidade 
sobre planejamento: “o planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento 
sobre as atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas 
operacionais da entidade, e o nível geral de competência de sua administração”. 
O planejamento da auditoria possui alguns propósitos conforme a NBC TA 300 
(R1) – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis, sendo eles: 
 auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da 
auditoria; 
 auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas 
potenciais; 
13 
 
 
 auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria 
para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; 
 auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis 
apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos 
esperados e na alocação apropriada de tarefas; 
 facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e 
a revisão do seu trabalho; auxiliar, se for o caso, na coordenação do 
trabalho realizado por outros auditores e especialistas. 
 
Como descrito, o planejamento de auditoria representa a fase inicial e basilar 
de todo o processo. Nele o auditor procura compreender o ente auditado, 
suas áreas-chave, avaliar os fatores internos e externos que podem afetar a 
execução do trabalho e definir as finalidades da ação a ser realizada. 
Consoante recomendam as normas de auditoria universalmente aceitas, o 
auditor responsável deve planejar seus exames de modo a atender aos 
objetivos da auditoria de forma eficiente e eficaz (BERNADO, 2020, p. 45) 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Para um planejamento eficaz de trabalho o auditor deverá levar em conta os 
fatores relevantes para uma boa execução do trabalho, sendo eles: 
 
 o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela 
entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior; 
Figura 3 - Etapas Planejamento de Auditoria 
14 
 
 
 o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos 
da entidade e seu grau de confiabilidade; 
 os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da 
entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de 
suas atividades; 
 a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a 
serem aplicados; 
 a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas; 
 o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e 
auditores internos; 
 a natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros 
informes a serem entregues à entidade e 
 a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades 
reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos 
demais usuários externos. 
 
O planejamento de auditoria pode ser dividido em dois estágios, sendo eles: 
análise geral e análise específica. Vejamos sobre cada tópico. 
 
2.1 Análise Geral 
 
A análise geral é o estágio do planejamento onde o auditor procura obter o 
conhecimento e a compreensão geral do auditado, avaliando as principais 
informações endógenas e exógenas inerentes ao trabalho a ser realizado. O objetivo 
fundamental dessa análise é obter e avaliar as principais informações sobre o objeto 
a ser examinado para fornecer subsídios para a elaboração do plano de auditoria e 
permitir uma adequada realização dos exames, com a identificação das áreas que 
serão examinadas e os respectivos critérios auditoriais (BERNADO, 2020). 
 As mencionadas informações são obtidas, normalmente, através de 
observações; análise da legislação básica inerente ao auditado; de exames de 
documentos, relatórios gerenciais, de auditorias anteriores, sendo complementadas 
por entrevistas e discussões, principalmente com funcionários-chave das principais 
áreas. Elas devem ser analisadas, levando-se em consideraçãoos objetivos, metas, 
15 
 
 
finalidades, principais antecedentes históricos, atividades, planos, recursos 
disponíveis, procedimentos e controles administrativos. Ainda nesta fase o auditor 
deve procurar avaliar o risco envolvido no processo auditorial (BERNADO, 2020). 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, podemos definir como 
Risco de Auditoria, “é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião 
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente 
incorretas”. A análise de risco envolve a relevância em dois níveis: 
 geral: demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como 
as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil 
e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade 
(BERNADO, 2020); 
 específicos: saldo das contas ou natureza e volume das transações 
(BERNADO, 2020). 
 
2.2 Análise Específica 
 
E o estágio que representa o elo de ligação entre a fase do planejamento e a 
de execução. A análise específica corresponde à avaliação detalhada das áreas-
chave, objetivando verificar se os sistemas de controle interno existentes garantem a 
salvaguardado patrimônio, a adequação das informações e a eficiência e a eficácia 
operacional. Envolve os seguintes procedimentos: revisão dos sistemas de controle 
interno, exame de registros e documentos, entrevistas e discussões com as pessoas 
responsáveis pelas citadas áreas do auditado. Ao cabo desta etapa, deve ser 
elaborado o plano de auditoria, que é a materialização do planejamento, constituindo-
se em seu ponto de controle (BERNADO, 2020). 
Após identificação das áreas-chave e dos critérios de auditoria de modo a 
avaliar as principais atividades, os sistemas e controles aplicados e os pontos fortes 
e fracos, os auditores devem proceder, na análise específica, à avaliação dos pontos 
de potencial importância identificados. Nessa fase, caso os auditores julguem 
necessário, pode-se recorrer a peritos e especialistas para a definição e programação 
de procedimentos especiais (BERNADO, 2020). 
16 
 
 
O prazo para a realização dos exames das áreas-chave identificadas pode 
variar de acordo como tamanho e a complexidade do negócio auditado que estão 
sendo examinado (BERNADO, 2020). 
 
Figura 4 – Planejamento da Auditoria 
 
Fonte: Estratégia Concurso 
 
2.3 Princípios do Planejamento 
 
 Princípio da contribuição aos objetivos 
Esse princípio propõe que planejamento deve visar as metas máximas da 
organização, além disso propõe que essas metas devem ser organizadas de forma 
hierárquica, e sempre que possível representar sua integralidade. 
 
 Princípio da procedência do planejamento 
Neste princípio, identificamos que o planejamento deve ser realizado de forma 
prévia, ou seja, antes da execução. Podemos dizer que o planejamento deve ser 
elaborado no início do processo e que ele seja um norteador durante o processo. 
 
 Princípio das maiores influência e abrangência 
17 
 
 
Este princípio está relacionado as mudanças que o planejamento pode 
provocar nas atividades das organizações, dessa forma deve ser considerado a 
influência e abrangência dessa atividades, posteriormente avaliar o impacto sobre a 
organização, esse impacto pode provocar mudanças no quadro de pessoal, na 
aquisição de novas tecnologias e sistemas, dentre outros. 
 
 Princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade 
Inicialmente deve identificar a diferença de eficiência, eficácia e efetividade. 
Podemos entender por eficiência como fazer certo as coisas, ou seja, é uma atitude 
mais individual, por outro lado a eficácia é uma atividade mais coletiva, é significa 
fazer as coisas certas, e por fim, a efetividade é quando a organização consegue ser 
eficiente e eficaz, dessa forma se tornando efetiva perante as suas atividades. 
 
 Planejamento Participativo 
Esse ponto é de suma importância para o sucesso do planejamento, dessa 
forma não é necessário somente montar um plano de ação, contudo, deve ser montar 
um plano de ação efetivo, verificar se existe as condições para atingir esses objetivos 
e recursos facilitem a execução desses recursos. Dessa forma, é de grande valia um 
planejamento participativo, onde todos envolvidos se interage. 
 
 Planejamento Coordenado 
Este princípio está relacionado uma visão sistêmica, sendo assim, baseado 
no princípio anterior a visão tem que ser de um todo, o planejamento deve ser 
realizado de forma Inter dependentemente, ou seja, todos os aspectos envolvidos no 
planejamento devem ser projetados em conjunto. 
 
 Planejamento Integrado 
Esse princípio está relacionado ao nível hierárquico da organização, dessa 
forma é de suma importância a integração desses planejamentos. 
 
 Planejamento permanente 
E por fim, esse princípio está relacionado a um constante planejamento, ou 
seja, um planejamento permanente. 
18 
 
 
Agora que estudamos sobre a ferramenta de planejamento, focamos nossos 
estudos na utilização dessa ferramenta no planejamento da auditoria. 
 
2.4 Plano de Auditoria 
 
O processo de auditoria é realizado sequencialmente, segundo a figura 5. 
 
Figura 5 - Sequência Plano de Auditoria 
 
Fonte: Yoskitake, 2009. 
 
 Pesquisa ambiental 
Nesta primeira sequência, o auditor obtém um entendimento preliminar das 
operações do cliente, ou seja, coleta informação a respeito da indústria, negócios e 
organização da entidade em particular; identifica a natureza e significância de vários 
segmentos de auditoria; considera os riscos relacionados que podem afetar 
significativamente a estratégia de auditoria. O auditor consulta os manuais da indústria 
e associações comerciais; e, mais restritamente, obtém informações por meio de 
papéis de trabalho – em caso de continuidade a auditorias anteriores –, por revisão 
19 
 
 
de manuais de procedimentos do cliente, por inspeção física às instalações e 
escritórios do cliente (YOSKITAKE, 2009). 
 
 Planejamento de auditoria 
 
Na segunda sequência, objetiva-se escolher as estratégias para cada conta 
ou grupo de contas, que serão efetivas e eficientes em uma situação particular. 
Especifica-se a natureza, extensão e tempestividade dos testes e procedimentos de 
auditoria para a obtenção de evidência como suporte à opinião a ser dada sobre as 
Demonstrações Contábeis. As alternativas básicas da estratégia, repousam na 
confiabilidade de aplicação direta de testes substantivos de saldos de conta ou sobre 
específicos controles contábeis internos, após a aplicação de testes de observância 
com os correspondentes ajustes de natureza, extensão e tempestividade de 
procedimentos substantivos (YOSKITAKE, 2009). 
 
 Controle interno 
 
Pressupõe-se, na terceira sequência, que a estratégia adotada está baseada 
na confiança sobre o controle, assim, o auditor precisa documentar em detalhes o 
sistema contábil e controles contábeis internos sobre os quais é possível confiar. A 
preocupação do auditor com o entendimento do sistema contábil e controles a eles 
relacionados, determina que seja confirmado entendimento por intermédio do 
seguimento de uma transação pelo sistema, pela técnica conhecida como walk-
through (rastreio) antes da execução de testes de controles. Após essa 
documentação, cada um desses controles deve ser avaliado como base preliminar 
para determinar os pontos fortes e fracos do sistema (YOSKITAKE, 2009). 
 Teste de controle 
 
Aplica-se, na quarta sequência, o teste de controle (ou observância na 
nomenclatura antiga) para determinar se o controle está sendo cumprido de acordo 
com as normas prescritas. Assim, os testes de controle ou observância, visam à 
obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno 
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento das 
normas aplicáveis (YOSKITAKE, 2009). 
20 
 
 
 
 Teste substantivo 
 
Naquinta sequência, o auditor desenvolve e executa os procedimentos 
substantivos para assegurar a exatidão dos valores (e outras informações) constantes 
das Demonstrações Contábeis e das notas explicativas anexas. A seleção de testes 
substantivos é baseada na estratégia de auditoria e no grau de confiança colocado 
nos controles contábeis internos. Os testes substantivos incluem os testes de detalhes 
de transações e saldos de contas e outros procedimentos de auditoria, tais como: os 
procedimentos analíticos e a determinação da natureza, tempestividade e extensão 
dos testes substantivos (YOSKITAKE, 2009). 
 
 Parecer do auditor 
 
Na sexta e última sequência, o auditor avalia os resultados obtidos e revisa a 
apresentação das Demonstrações Contábeis e notas explicativas quanto à sua 
adequação. Finalmente, o auditor prepara o “Parecer de Auditoria”, segundo as 
Normas Brasileiras de Auditoria (YOSKITAKE, 2009). 
 
2.5 Programas de Auditoria 
 
Os programas de auditoria serão elaborados de forma lógica, racional, clara 
e objetivo, garantindo o sucesso desse programa durante a sua execução. Dessa 
forma, deverá ser observados as seis etapas para construção desse programa. 
 
21 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Explicando sobre a figura, temos como a primeira etapa a familiarização. 
Entende-se por familiarização o conhecimento do auditor a respeito das normas 
gerais, procedimentos e avaliação do objeto de estudo. Essa fase também está 
relacionada a análise de relatórios antigos, buscando identificar os enfoques 
anteriores. Essa etapa ainda, contempla a avaliação sobre o fluxograma de cada área, 
dessa forma o auditor decidirá em quais áreas dará maiores enfoques. 
De modo resumido, podemos dizer que essa etapa é o processo que o auditor 
se familiariza com os processos anteriores, bem como com as atividades 
desempenhadas pela empresa, baseado com seus conhecimentos prévios a auditória. 
A segunda etapa consiste na seleção dos testes, nessa fase o auditor deverá 
decidir sobre a extensão dos testes, além de realizar a seleção de itens ou atividades 
que serão analisadas. A seleção é feita por meio de instrumento de amostragem, 
podendo ser: amostragem aleatória, amostragem estatística, estratificação de 
elementos. O método utilizado deve ser apresentado nos atos (papéis) de trabalhos. 
A terceira etapa consiste na formalização dos itens selecionados, nessa 
fase o auditor deverá registrar nos atos do planejamento, após a seleção quais itens 
e atividades foram selecionados por meio da seleção dos testes. 
Após definir quais itens e atividades que serão analisados, o auditor deverá 
definir os procedimentos e testes que serão executados, essa fase é a quarta etapa, 
é conhecida como estabelecimentos de testes e procedimentos, durante essa fase 
Figura 6 - Etapas Preparação dos Programas de Auditoria 
22 
 
 
o auditor deverá anotar possíveis detalhamentos, além de confeccionar checklists 
para determinados programas de auditoria. 
A quinta etapa consiste na abordagem geral, nessa fase o auditor deverá 
registrar os aspectos relevantes, de acordo com os controles internos, legislação, 
princípios contábeis, dentre outros. 
E por fim, temos a sexta etapa que consiste na conclusão, nessa etapa o 
auditor deverá emitir seu parecer final sobre o processo de auditoria, apresentar 
pontos levantando durante o processo. 
 
2.6 Procedimentos de Auditoria 
 
Entende-se por procedimentos de auditoria o conjunto de ações prevista em 
um plano de auditoria, com o objetivo de obter evidências ou provas para assegurar 
as verificações realizadas durante esse processo. 
 
 Procedimentos Administrativos 
 
Nesses procedimentos o auditor busca identificar possíveis gargalhos durante 
a operações de suas atividades, ou seja, nesse procedimento o auditor busca 
identificar um possível gargalho que esteja gerando perdas e prejuízos para as 
organizações. 
Segundo Cabral (2018), nesse procedimento, geralmente são identificados 
erros nas seguintes atividades operacionais: 
 
 Serviços terceirizados; 
 Pequenas despesas desnecessárias; 
 Processos Operacionais Duplicados; 
 Estoques sem controle; 
 Desperdícios de Insumos; 
 Falhas no departamento de compras. 
 
 Procedimentos Técnicos e Padrões Internacionais 
23 
 
 
Nesses procedimentos o auditor busca identificar possíveis divergências entre 
as demonstrações financeiras e contábeis baseado nas normas técnicas e legais, bem 
como padrões internacionais. 
Vejamos o que as normas internacionais e brasileiras falam sobre o processo 
de auditoria. Entende-se por Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC o conjunto 
de condutas que deve ser observado pelos os profissionais de contabilidade e afins. 
As NBC são estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC. 
As NBC podem ser classificadas em normas técnicas e profissionais. 
Podemos estruturam as normas brasileiras de contabilidade Profissionais da seguinte 
maneira: 
Tabela V – Estruturas NBC Profissionais 
 
Fonte: Adaptado Cabral (2018) 
 
Destinatário Sigla Ementa 
Todos NBC PG 
São as normas brasileiras de 
contabilidade aplicadas 
indistintamente a todos os 
profissionais de contabilidade. 
Auditor 
Independente 
NBC PA 
São as normas brasileiras de 
contabilidade aplicadas aos 
profissionais de contabilidade, 
que atuma como auditor externo 
(independentes). 
Auditor Interno NPC PI 
São as normas brasileiras de 
contabilidade aplicadas aos 
profissionais de contabilidade, 
que atuma como auditor interno. 
Perito NBC PP 
São as normas brasileiras de 
contabilidade aplicadas aos 
profissionais de contabilidade, 
que atuma como peritos 
contábeis. 
 
24 
 
 
Podemos estruturam as normas brasileiras de contabilidade técnicas da 
seguinte maneira: 
Tabela VI – Estruturas NBC Técnicas 
Destinatário Sigla Ementa 
Geral NBC TG 
São as NBC convergente com as 
normas internacionais emitidas pelo 
International Accounting Standards 
Board (IASB) e normas NBC editadas 
por necessidades locais, sem 
equivalência internacional. 
Setor Público NBC TSP 
São as NBC aplicada ao setor público, 
convergentes com as normas 
internacionais para setor público, 
emitidas pela International Federation of 
Accoutants (IFAC) e normas NBC 
editadas por necessidades locais, sem 
equivalência internacional. 
Auditoria 
Independente de 
Informação 
Contábil Histórica 
NBC TA 
São as NBC aplicada à Auditoria 
convergentes com as Normas 
Internacionais de Auditoria 
Independente emitida pela IFAC. 
Revisão de 
Informação 
Contábil Histórica 
NBC TR 
São as NBC aplicada à Revisão 
convergentes com as Normas 
Internacionais de Revisão emitida pela 
IFAC 
Asseguração de 
Informação Não 
Histórica 
NBC TO 
São as NBC aplicada à Asseguração 
convergentes com as Normas 
Internacionais de Asseguração emitida 
pela IFAC 
Serviço Correlato NBC TSC 
São as NBC aplicada aos Serviços 
Correlatos convergentes com as Normas 
Internacionais para Serviços Correlatos 
emitida pela IFAC 
25 
 
 
Auditoria Interna NBC TI 
São as NBC aplicáveis aos trabalhos de 
auditoria interna 
Perícia NBC TP 
São as NBC aplicáveis aos trabalhos de 
perícia 
Auditoria 
Governamental 
NBC TAG 
São as NBC aplicadas à Auditoria 
Governamental convergentes com as 
Normas Internacionais emitidas pela 
Organização Internacional de Entidades 
Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI) 
 
Fonte: Adaptado Cabral (2018) 
 
Baseado nessas normas, o auditor deverá executar o processo de auditoria 
verificando em que norma cada situação se enquadra e verificando a compatibilidade 
do executado com que consta na norma. 
Veremos abaixo alguns tipos de procedimentos e testes que poderão ser 
executados por auditor. 
 
 Testes de detalhes 
 
Entende-se por teste de detalhes procedimentos que buscam identificar 
distorções materiais em nível assertiva. Procedimentos Analíticos 
 
Entende-se por procedimentos analíticos avaliações realizadas sobre as 
informações financeiras, por meio de relação entre dados financeiros e dados não 
financeiros. 
 
 Procedimentos de Confirmação Externa 
 
Entende-se por procedimentos de confirmação externa, solicitações por parte 
do auditor para identificar alguma situação externa, por exemplo, comprovante de 
contrato externo. 
26 
 
 
 
 Testes de Controles 
 
Entende-se por testes de controles, procedimentos executados para verificar 
a efetividade operacionais dos instrumentos de controles. 
 
 Análise do processo de fechamento 
 
Nessa análise, o auditor deverá conciliar as demonstrações contábeis com 
seus registros e examinar os ajustes matérias, dessa forma confirmando as 
conformidades ou divergências. 
Além disso o auditor deverá recolher evidências para fundamentar seu 
parecer final, podendo utilizar diversos instrumentos e técnicas, vejamos alguns 
exemplos: 
 
 Inspeção 
 
Entende-se por inspeção todo o processo e procedimentos realizados pelo 
auditor sobre os registros, seja eles físicos ou eletrônicos, ou seja, o auditor deverá 
inspecionar a documentação que comprova as conformidades, por exemplo, 
autorização de compra. 
 
 Observação 
 
Nesse processo o auditor somente irá observar processos e procedimentos 
executados por outros, ou seja, dessa forma o auditor conseguirá verificar a 
efetividade de um processo ou procedimento, por exemplo, contagem de estoque. 
 
 Confirmação Externa 
 
Nesse processo o auditor solicita informações que evidências transações 
externas, por exemplo, o auditor poderá solicitar comprovante de transações de 
terceiros. 
27 
 
 
 
 Recálculo 
 
Nesse processo o auditor deverá refazer as contas matemáticas para verificar 
a exatidão dos registros contábeis. 
 Reexecução 
 
Nesse processo o auditor deverá executar de forma independe procedimentos 
ou controles. 
 
 Procedimentos Analíticos 
 
Nesse processo o auditor deverá confortar de forma analítica informações 
financeiras e não financeiras, ou seja, analisar as documentações contábeis. 
 
 Indagação 
 
Entende-se por indagação o processo de colher informações de pessoas que 
detém conhecimentos específicos na área. 
 
28 
 
 
Figura 7 - Procedimentos de Auditoria 
 
Fonte: Estratégia Concurso 
 
 
 
 
29 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARRUDA, Daniel Gomes; ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Fundamen tos 
da Auditoria: a auditoria das demonstrações financeiras em um contexto global. São 
Paulo: Saraiva, 2012. E-book. 
 
 
BERNADO, Felipe. Auditoria Contábil. [S. l.], 2020. Disponível em: 
https://www.academia.edu/37500257/Auditoria_Contabil_Apostila_Final_doc. Acesso 
em: 9 jul. 2020. 
 
BRITO, Claudenir. Fontenelle, Rodrigo. Auditoria privada e governamental: teoria 
de forma objetiva e questões comentadas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013 
 
CABRAL, Zélio. Auditoria para Concursos Públicos: Série Concursos Públicos. 1. 
ed. Brasil: [s. n.], 2018. E-book. 
 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (Brasília). Conselho Federal de 
Contabilidade. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor 
independente na condução da auditoria de demonstrações contábeis em 
conformidade com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. NBC TA 200 
(R1), de 19 de agosto de 2016. Altera a NBC TA 200 que dispõe sobre os objetivos 
gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com 
normas de auditoria. Brasília, 19 ago. 2016. Disponível em: 
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA200(R1).pdf. Acesso em: 7 JUL. 
2020. 
 
ESTRATÉGIA CONCURSO. Revisão de Auditoria Governamental com Mapas e 
Esquemas TCE RS. [S. l.]: Tonyvan de Carvalho, 2018. Disponível em: 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/tce-rs-auditor-publico-externo-revisao-
de-vespera-fcc-2018/. Acesso em: 9 jul. 2020. 
 
MINISTÉRIO DA FAZENDA (Brasil). Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). 8. ed. Brasília: [s. n.], 2018. 467 
p. E-book. 
30 
 
 
 
RAMOS, César. Auditoria Internacional: manual de auditoria e revisão de 
demonstrações financeiras e de auditoria interna. 2. ed. São Paulo: Editora César 
Ramos, 2018. E-book. 
 
YOSHITAKE, Mariano. Auditoria Contábil. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009 
 
 
 
 
31

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