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Pele e Anexos - Histologia - Super Material - SanarFlix

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SUMÁRIO
1. Tegumento ................................................................... 3
2. Pele .................................................................................. 3
3. Epiderme ...................................................................... 6
4. Derme ..........................................................................21
5. Sistema Vascular ......................................................23
6. Receptores Sensoriais da Pele ...........................25
7. Anexos .........................................................................28
Referências Bibliograficas .........................................44
3PELE E ANEXOS
1. TEGUMENTO
O tegumento é composto pela pele 
e seus anexos, as glândulas sudorí-
paras, glândulas sebáceas, folículos 
pilosos e unhas. Ele reveste todo o 
corpo e é contínuo com as mem-
branas mucosas do sistema diges-
tório, respiratório, sistemas urinários e 
genitais. 
2. PELE
A pele é o maior órgão do corpo 
humano, cobrindo toda superfície do 
corpo e correspondendo a 16% do 
peso corporal. Possui diversas fun-
ções, sendo elas: proteção contra 
lesões, atrito, invasão de bactérias 
e dessecação, termorregulação cor-
poral, percepção sensorial contínua 
do ambiente (tato, temperatura e dor), 
excreção de diversas substâncias 
(pelas glândulas sudoríparas), prote-
ção contra os raios ultravioleta (por 
conta da melanina) e absorção dessa 
para síntese de Vitamina D3. 
FUNÇÕES DA PELE 
Proteção contra invasão de micro-organismos
Proteção contra lesões, atrito e dessecação
Termorregulação
Percepção sensorial
Excreção de substâncias 
Proteção contra a radiação UV
Síntese de Vitamina D3
Tabela 1. Funções da pele Fonte: Tratado de Histologia em Cores, 3ª Ed, 2007
É composta por duas camadas, a 
epiderme e a derme. A epiderme é 
a camada mais superficial, de origem 
ectodérmica, já a derme é de origem 
mesodérmica. A hipoderme é uma 
camada encontrada abaixo da derme, 
que não faz parte da pele. Ela nada 
mais é que uma camada de tecido ce-
lular subcutâneo, composto por tecido 
conjuntivo frouxo com células adipo-
sas, sendo responsável pela união da 
pele com os órgãos subjacentes. Ba-
sicamente, a hipoderme permite que 
a pele deslize sobre as estruturas em 
que ela se apoia. 
4PELE E ANEXOS
Figura 1. Organização geral da pele. A – Pode-se observar a formação da pele em 2 camadas, a epiderme e a derme, 
além da presença do tecido celular subcutâneo, a hipoderme. B – Configuração histológica da pele. Fonte: Adaptado 
de Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A B
SE LIGA! A hipoderme é um fino teci-
do conjuntivo frouxo que se encontra 
abaixo da pele, mas que não faz par-
te dela! A hipoderme contém variáveis 
quantidades de tecido adiposo e cons-
titui o tecido celular subcutâneo e a 
fáscia superficial (no contexto da dis-
secção anatômica), cobrindo todo o cor-
po, de forma semelhante à pele.
A interdigitação entre a epiderme e 
a derme é conhecida como apare-
lho em rede (rete apparatus), sendo 
uma junção irregular. Essa junção é 
formada pelas papilas dérmicas, pro-
jeções da derme em concavidades da 
epiderme, chamadas de cristas epi-
dérmicas, estruturas que conectam e 
fazem a interface entre a epiderme e 
a derme. Essa interdigitação é muito 
mais profunda e generalizada na pele 
espessa. 
5PELE E ANEXOS
Figura 2. Nessa imagem pode ser observada uma lâmina de pele espessa com a epiderme (E) e a derme (D), assim 
como as papilas dérmicas (DR) que se interdigitam com as cristas epidérmicas (ER). Fonte: Tratado de histologia em 
cores, 3ª Ed., 2007.
Existem dois tipos de pele, a pele fina 
e a pele espessa. A pele fina tem 
poucas camadas celulares, princi-
palmente da última camada da epi-
derme, que é a camada de querati-
na. A pele espessa, por sua vez, está 
presente em regiões de maior atrito 
(por exemplo: palma de mãos, planta 
de pés), possuindo diversas cama-
das celulares e maior espessura da 
camada de queratina. Uma caracte-
rística da pele espessa é a ausência 
de glândulas sebáceas e pelos, po-
dendo ser encontradas apenas glân-
dulas sudoríparas. 
SAIBA MAIS!
A superfície das polpas dos dedos das mãos e dos pés tem cristas e sulcos alternados, que 
compõem alças, curvas e vórtices com padrões específicos para cada indivíduo, chama-
dos de dermatoglifos (impressões digitais), os quais se formam no feto e se mantém por 
toda a vida, sendo úteis para fins de identificação na medicina forense e em investigações 
criminais.
6PELE E ANEXOS
FIgura 3. Características da pele fina ou delgada versus características da pele espessa. Fonte: Tratado de histologia 
em cores, 3ª Ed., 2007; Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
Pele fina Pele espessa
Poucas camadas 
celulares
Fina camada de 
queratina
Regiões de 
menor atrito
Presença de 
glândulas 
sebáceas e pelos
Diversas 
camadas 
celulares
Maior camada 
de queratina
Regiões de atrito 
(palma de mão e 
planta de pé)
Ausência de 
glândulas 
sebáceas e pelos
3. EPIDERME 
A epiderme é um epitélio estratifi-
cado pavimentoso queratinizado, 
ou seja, é um tecido formado por vá-
rias camadas de células achatadas, 
com uma camada superficial de que-
ratina. Alguns tipos celulares podem 
ser encontrados na epiderme, sendo 
eles os queratinóticos, melanócitos, 
células de Langerhans e células de 
Merkel. 
7PELE E ANEXOS
Figura 4. Além dos queratinócitos, podem ser encontrados alguns tipos celulares imigrantes na epiderme, dentre eles 
os melanócitos, as células de langerhans e as células de Merkel. Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
Os queratinócitos são as células 
mais abundantes e se organizam 
em camadas. Essas camadas po-
dem ser observadas principalmente 
quando estamos diante de uma pele 
espessa. Da camada mais superficial 
até a mais profunda, pode-se obser-
var a camada córnea, camada lúcida, 
camada granulosa, camada espinho-
sa e camada basal.
8PELE E ANEXOS
Figura 5. Camadas da epiderme: Estrado córneo, estrato lúcido, estrato granuloso e estrato basal. Fonte: Histologia e 
Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A camada ou estrato basal ou 
germinativo é formada por células 
prismáticas a cuboides, basófilas, 
apoiadas sobre a membrana basal 
que separa a epiderme da derme. 
As células da camada basal já pos-
suem filamentos intermediários de 
queratina, mas em pequena quanti-
dade, que vai aumentando à medi-
da em que as células vão subindo 
em direção ao estrato mais super-
ficial. As células dessa camada são 
ricas em células tronco, possuindo 
uma intensa atividade mitótica, sendo 
portanto a camada responsável pela 
constante renovação da pele. A pele 
se renova a cada 15 a 30 dias. 
9PELE E ANEXOS
Figura 6. Camada ou estrato basal (SB), com células prismáticas a cuboides, apoiadas sobre a membrana basal. Fonte: 
Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
A camada ou estrato espinhoso 
possui células cuboides (observa-
-se uma tendência de achatamento 
das células à medida que caminha-
-se para o estrato mais superficial), 
que possuem um núcleo central, com 
um citoplasma possuindo feixes de 
filamentos de queratina (chamados 
tonofilamentos). As células dessa ca-
mada se ligam umas às outras atra-
vés de desmossomos, gerando uma 
coesão celular, denotando a resistên-
cia ao atrito intrínseca à nossa pele. 
Essa ligação entre as células origina a 
morfologia espinhosa celular que dá 
o nome para a camada. 
10PELE E ANEXOS
Figura 7. Camada espinhosa, com a presença de células cuboides com núcleo central. Podem-se observar os tonofila-
mentos de queratina citoplasmáticos (A) e a presença de desmossomos na membrana celular (B), o que dá a morfolo-
ginha “espinhosa” para as células. Fonte: Histologia Básica, 12ª Ed., 2013
A B
HORA DA REVISÃO!
Os desmossomos são junções de adesão semelhante a soldas ou botões, localizadas 
na membrana plasmática lateral, que auxiliam na resistência aos estresses mecânicos. 
Cada desmossomo apresenta duas placas de adesão em formato de disco, localizadasopostas uma à outra nas faces citoplasmáticas das células adjacentes. As placas de 
adesão do desmossomo são formadas por proteínas de ancoragem, sendo as mais bem 
caracterizadas as desmoplaquinas e as pecoglobinas.
NA PRÁTICA!
Algumas pessoas possuem autoanticorpos contra proteínas específicas dos desmosso-
mos, resultando em uma patologia chamada de pênfigo vulgar, em que há o rompimento 
da adesão celular, gerando uma formação difusa de bolhas na pele. 
11PELE E ANEXOS
Figura 8. Pênfigo vulgar, cursando com bolhas flácidas confluentes disseminadas. Essa patologia ocorre por doença 
autoimune específica de desmossomos da pele. Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014.
A camada ou estrato granuloso é 
composta por 3 a 5 fileiras de células 
poligonais achatadas, com citoplas-
ma contendo grânulos basófilos, 
compostos por filamentos de que-
rato-hialina, ricos em proteína his-
tidina fosforilada e cistina, precur-
soras da filagrina. Além disso, ainda 
no citoplasma podem se observar à 
microscopia eletrônica a presença de 
grânulos lamelares, responsáveis 
pela exocitose de um material li-
pídico que permanece na superfície 
da pele, tornando-a impermeável à 
água, impedindo a desidratação. 
Essa impermeabilização permite que 
os seres humanos consigam ser ani-
mais terrestres.
12PELE E ANEXOS
Figura 9. Camada Granulosa – Região de coloração escura e basofílica, devido a presente dos grânulos de querato-
-hialina. Fonte: Adaptado de Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008 e Atlas de histologia descritiva, 2012
SAIBA MAIS!
Os répteis foram os primeiros animais a desenvolverem uma pele impermeável, seca e sem 
glândulas, graças à presença dos queratinóticos na pele, responsáveis pela produção de um 
material lipídico que possibilita a impermeabilização da mesma. Esse processo impede a per-
da de líquido e a desidratação, tornando uma realidade a vida terrestre.
A camada ou estrato lúcido é mais 
facilmente observável em peles do 
tipo espessa, já que representa uma 
fina camada de células achatadas, 
eosinofílicas e translúcidas, devido à 
ausência de núcleo celular e organe-
las nesses tipos celulares, estruturas 
que foram digeridas por lisossomos. 
Por outro lado, esse citoplasma é 
rico em filamentos de queratina, por 
esse motivo se apresenta eosinofíli-
co. Nessa camada, as células ainda 
se encontram unidas firmemente 
através dos desmossomos. 
13PELE E ANEXOS
Figura 10. Camada lúcida, geralmente não visualizada em cortes histológicos, representa uma faixa homogênea, 
estreita e de coloração pálida. É constituída por diversas subcamadas de células compactas e anucleares. Fonte: Atlas 
de histologia descritiva, 2012.
Camada 
lúcida
A camada córnea possui uma es-
pessura muito variável, sendo maior 
em peles do tipo espessa. É compos-
ta por células achatadas e anuclea-
das, ou seja, são células mortas. O 
citoplasma dessas células é repleto 
de filamentos de queratina. A ca-
mada córnea sofre uma descamação 
contínua, sendo reposta através da 
proliferação e desenvolvimento das 
células basais ao longo do estrato 
epidérmico. De forma a possibilitar a 
descamação, as células da camada 
córnea não são unidas através de 
desmossomos. 
14PELE E ANEXOS
Figura 11. A camada córnea é o estrato mais superficial dos queratinócitos. Esses se apresentam anucleados e sem 
a maioria de suas organelas nesse estrato. Os filamentos de queratina abundantes nessa camada produzem uma 
aparência quase homogênea à mesma.Fonte: Atlas de histologia descritiva, 2012
Camada 
córnea
SE LIGA! Os queratinócitos mais afastados da superfície possuem ainda desmossomos, en-
quanto os queratinócitos do estrato córneo, mais próximos à superfície, denominados esca-
mas ou células córneas, perdem seus desmossomos e acabam por descamar, possibilitando 
a renovação da pele.
15PELE E ANEXOS
MAPA MENTAL: RESUMO DAS CAMADAS OU ESTRATOS DE QUERATINÓCITOS DA EPIDERME
Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008
Espessura variável Células achatadas e anucleadas ↑ Queratina
+ + +
Ausência de 
desmossomos Descamação
+
Células achatadas Ausência de núcleo e organelas ↑ Queratina
+ + +
Eosinofilia Presença de desmossomos
+
3 a 5 camadas Células poligonais achatadas
Grânulos de querato-
hialina e grânulos 
lamelares
+ + +
Células cuboides Tonofilamentos de queratina
Desmossomos – 
Morfologia espinhosa
+ + +
Células prismáticas 
a cuboides Basófilas ↓ Queratina
+ + +
Células tronco Intensa atividade mitótica
+
16PELE E ANEXOS
Existem outros tipos celulares que 
podem ser encontrados na epiderme, 
dentre eles os melanócitos, células 
de Merkel (sendo esses dois tipos 
mais comuns na camada basal da epi-
derme) e as células de Langerhans 
(mais visíveis na camada espinhosa 
dos queratinócitos).
Os melanócitos são oriundos das 
cristas neurais embrionárias, cujas 
células invadem a pele em torno da 
12ª a 14ª semana gestacional. Pos-
suem uma morfologia arredondada, 
com prolongamentos citoplasmá-
ticos, citoplasma claro e núcleo 
ovoide. A função dos melanócitos é 
a síntese da melanina, um pigmen-
to pardo-amarelado que é absorvido 
posteriormente pelos queratinócitos. 
Figura 12. Morfologia de um melanócito. Os prolongamentos citoplasmáticos dessa célula se inserem na camada 
basal da epiderme, levando até ela os grânulos de melanina, que serão fagocitados pelos queratinócitos. Fonte: Histo-
logia Básica, 12ª Ed., 2013.
17PELE E ANEXOS
A síntese de melanina ocorre dentro 
dos melanossomos, que são vesí-
culas membranosas presentes nos 
melanócitos. A tirosina presente 
nos melanossomos sofre oxidação 
através da enzima tirosinase, ori-
ginando a 3,4-di-hidroxifenilalani-
na (DOPA). A substância DOPA, por 
sua vez, é novamente oxidada pela 
tirosinase, originando o pigmento 
melanina. A melanina é armazena-
da nos grânulos citoplasmáticos de 
melanina, que quando presente nos 
prolongamentos dos melanócitos são 
fagocitados pelos queratinócitos. 
Dentre as diferentes raças, há uma 
mesma concentração de melanócitos, 
o que muda é a atividade da enzima 
tirosinase, havendo uma maior efe-
tividade de produção e transferência 
da melanina aos queratinócitos em 
indivíduos com pele mais escura. Em 
indivíduos da raça negra pode ser 
observada a presença de melanina 
até a camada córnea da epiderme, 
o que difere de indivíduos da raça 
branca, em que é encontrado a me-
lanina de forma mais restrita nas ca-
madas basais e espinhosas. 
SAIBA MAIS!
Os melanócitos derivam embriologicamente de uma população germinativa de melanoblas-
tos originários da crista neural, após o fechamento do tubo neural. Os melanoblastos mi-
gram da crista neural por uma via dorsolateral entre o dermátomo dos somitos e o ectoderma, 
até seu destino na camada basal da epiderme ou no folículo piloso.
Tirosina dos 
melanossomos sofre 
oxidação pela 
tirosinase 
Origina a 3,4-di-
hidroxifenilalanina 
(DOPA)
DOPA oxidada pela 
tirosinase, originando 
a melanina
Melanina armazenada 
em grânulos 
citoplasmáticos nos 
prolongamentos
Grânulos de melanina 
fagocitados pelos 
queratinócitos
Figura 13. Processo de produção da melanina pelos melanócitos. Fonte: Adaptado de Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
18PELE E ANEXOS
A função da melanina é proteger o 
material genético da radiação ul-
travioleta, por isso, ela assume uma 
posição supranuclear, ou seja, evita 
que o núcleo sofra ação direta da ra-
diação ultravioleta. 
NA PRÁTICA!
A doença de Addison é caracterizada por uma produção inadequada de cortisol pelo 
córtex da glândula suprarrenal, levando a uma hiperprodução de ACTH. O ACTH in-
fluencia na síntese de tirosinase, gerando um aumento de melanina e hiperpigmen-
tação. O albinismo, por outro lado, ocorre por uma alteração genética na síntese de 
tirosinase, resultando em ausência de produção de melanina. 
Figura 14. 1 – Doença de Addison: hiperpigmentação decorrente da produção acentuada de ACTH. 2 – Albinis-
mo: decorrente da ausência de produção da melanina. Fonte: Dermatologiade Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014
1 2
19PELE E ANEXOS
Figura 15. Imagem da camada espinhosa demonstrando depósitos de melanina supranucleares, de forma a proteger 
o DNA da radiação UV. Fonte: Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
As células de Merkel são células 
com prolongamentos curtos, que 
possuem ligação com os quera-
tinócitos através dos desmosso-
mos, possuindo um núcleo volumoso 
e um citoplasma com a presença de 
filamentos de queratina. Histologi-
camente, portanto, são células mui-
to semelhantes aos melanócitos, 
porém elas ocorrem em um número 
muito menor, sendo raramente en-
contradas à Microscopia Óptica (MO). 
Geralmente o citoplasma das células 
de Merkel é composto por vesículas 
neuroendócrinas. A presença des-
sas vesículas é justificada pela fun-
ção dessas células como termina-
ções nervosas sensitivas, presentes 
na base da célula, funcionando como 
mecanorreceptoras, principalmente 
encontradas na ponta dos dedos e 
na base dos folículos pilosos. São, 
portanto, receptores táteis que fa-
zem contato direto com terminações 
nervosas. 
20PELE E ANEXOS
Figura 16. Eletromiografia demonstrando célula de Merkel (M) e seu nervo aferente associado (NT). A célula de merkel 
emite prolongamentos (asteriscos) para espaços intercelulares no estrato basal da epiderme. Fonte: Tratado de histo-
logia em cores, 3ª Ed., 2007.
HORA DA REVISÃO!
Os receptores periféricos são especializados na recepção de determinados estímulos, 
como mecanorreceptores, termorreceptores e nociceptores. Os mecanorreceptores 
respondem a estímulos mecânicos que são capazes de deformar o receptor ou os tecidos 
que o envolvem, a partir de estímulos de tato, tração, vibração e pressão. Os mecanor-
receptores podem ser não encapsulados, como os discos de Merkel, ou encapsulados, 
como os corpúsculos de Meissner e de Pacini.
As células de Langerhans fazem 
parte do sistema mononuclear fa-
gocítico, sendo células muito rami-
ficadas histologicamente, que fago-
citam e processam os antígenos 
estranhos encontrados na pele, os 
apresentando posterior aos linfócitos 
T. São mais comuns no estrato es-
pinhoso da epiderme. 
21PELE E ANEXOS
4. DERME 
A derme é composta por um tecido 
conjuntivo e sua espessura é variá-
vel de acordo com a sua localização. 
A derme possui duas camadas, a pa-
pilar (superficial – contato íntimo com 
a epiderme) e reticular (profunda – 
contato íntimo com a hipoderme).
A camada papilar é composta pe-
las papilas dérmicas e acompanha 
as reentrâncias da epiderme, sendo 
mais frequentes nas zonas sujeitas 
à tensão e atritos. Nessa camada 
pode-se observar um tecido conjun-
tivo frouxo em que predomina fibri-
las especiais de colágeno, que se 
mantém unidas à membrana basal 
da epiderme, possibilitando a manu-
tenção da junção entre epiderme e 
derme papilar. As fibras de colágeno 
são distribuídas em diversas direções. 
Além disso, nessa camada pode-se 
observar também pequenos vasos 
sanguíneos, os quais realizam a ir-
rigação da epiderme. 
A derme reticular ou profunda é for-
mada por um tecido conjuntivo den-
so não modelado, onde predominam 
as fibras elásticas, ao contrário da 
derme papilar. As fibras elásticas pre-
sentes nessa camada são responsá-
veis pela manutenção da elasticida-
de da pele. Nessa região podem ser 
encontrados diversos vasos sanguí-
neos e linfáticos, bem como nervos 
e anexos da pele. 
SE LIGA! Os anexos da pele, como glân-
dulas sudoríparas, folículos pilosos, en-
tre outros, estão situados na camada re-
ticular da derme, não na camada papilar!
Epiderme
Derme 
reticular
Derme papilar
Derme
A B
FIgura 17. A – Pode-se observar a divisão da derme em derme papilar ou superficial e derme reticular ou profunda. 
B – Lâmina de pele corada para observação de fibras elásticas, denota o predomínio de fibras elásticas na camada re-
ticular da derme. Pode-se observar também a derme papilar superficial unida à membrana basal da epiderme. Fonte: 
Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
22PELE E ANEXOS
NA PRÁTICA!
Algumas alterações ou patologias comuns na prática clínica ocorrem a nível da epiderme 
ou da derme. Aqui serão ressaltadas algumas delas! 
As sardas representam o aumento da produção e acúmulo de melanina na região basal 
da epiderme sem um aumento nos melanócitos. 
A psoríase é originada pela proliferação excessiva de queratinócitos no estrato basal e no 
estrato espinhoso, com um ciclo celular acelerado. 
As verrugas são hiperplasias epidérmicas resultantes de uma infecção dos queratinócitos 
pelo papilomavírus. 
O carcinoma de células basais se origina das células do estrato basal da epiderme, en-
quanto o carcinoma de células escamosas se origina dos queratinócitos da epiderme. O 
melanoma, por fim, se origina em melanócitos modificados.
MAPA MENTAL: CARACTERÍSTICAS DA DERME PAPILAR E DERME RETICULAR
Fonte: Adaptado de Sorrel and Caplan, 2004
Papilas dérmicas 
Fibrilas de colágeno
Junção 
derme-epiderme
Tecido conjuntivo 
denso não modelado
Fibras elásticas
Tecido conjuntivo 
frouxo
DERME RETICULAR 
DERME PAPILAR
23PELE E ANEXOS
CAMADA DA PELE CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
Epiderme Epitélio estratificado queratinizado (queratinócitos).
Estrato córneo
Diversas camadas de queratinócitos, células mortas, anucleadas ou sem organelas. 
Descamação intensa.
Estrato lúcido Camada delgada e intensamente corada, células já anucleadas e sem organelas. 
Estrato granuloso
Três a cinco camadas de células, os queratinócitos ainda mantém o núcleo. Presença 
de grânulos de querato-hialina e grânulos lamelares.
Estrato Espinhoso
Camada mais espessa da epiderme, cujos queratinócitos se associam através de pon-
tes intercelulares e uma quantidade grande de desmossomos. Presença de numerosos 
tonofilamentos e grânulos lamelares. Observam-se células de Langerhans
Estrato Basal 
(Germinativo)
Células cuboides a colunares baixas, mitoticamente ativas. Células de Merkel e melanó-
citos presentes.
Derme
Colágeno do tipo I e fibras elásticas, subdividida em duas camadas, a papilar e a 
reticular.
Camada Papilar
Interdigita-se com a epiderme, formando papilas dérmicas que compõem parte do 
aparelho em rede. Realiza a interface derme-epiderme. Presença de leitos capilares, 
mecanorreceptores e melanócitos ocasionalmente.
Camada Reticular
Camada mais profunda da pele, caracterizada pela presença de fibras elásticas. Con-
tém glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos e mecanorreceptores.
Tabela 2. Resumo de estratos da pele espessa e características histológicas de cada um deles. 
Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
5. SISTEMA VASCULAR
O sistema vascular da pele pode ser 
dividido em 3 partes: sistema ar-
terial, sistema venoso e sistema 
linfático. 
O sistema arterial é formado por 2 
plexos. O primeiro plexo se localiza 
entre a derme e a hipoderme (teci-
do celular subcutâneo), já o segundo 
plexo se localiza entre as camadas 
reticular e papilar da derme, emi-
tindo ramos para as papilas dérmi-
cas, possibilitando a irrigação da re-
gião epidérmica. 
O sistema venoso é formado por 
3 plexos. Semelhante ao sistema 
arterial, o primeiro plexo se encontra 
entre a derme e a hipoderme, bem 
como o segundo plexo se localiza en-
tre as camadas reticular e papilar 
da derme, recebendo drenagem ve-
nosa das papilas dérmicas. O terceiro 
plexo, diferentemente, se localiza na 
região média da derme. 
SE LIGA! É muito comum o achado de 
anastomoses arteriovenosas na pele, 
estruturas que possuem importan-
te papel na termorregulação do corpo 
humano.
24PELE E ANEXOS
Figura 18. Sistema vascular da pele. Pode-se observar a presença de 2 plexos arteriais, 3 plexos venosos e anastomo-
ses arteriovenosas, estruturas importantes para a termorregulação. Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
O sistema linfático de drenagem da 
pele se inicia em capilares em fundo 
cego localizados nas papilas dér-
micas, que confluem para um plexo 
linfático presente entre as camadas 
papilar e reticular da derme, se-
guindopor fim para um plexo entre a 
derme e a hipoderme.
SISTEMA VASCULAR
Arterial Venoso Linfático
2 plexos 3 plexos 2 plexos
Primeiro plexo: entre a derme e a hi-
poderme (tecido celular subcutâneo)
Primeiro plexo: entre a derme e a 
hipoderme
Capilares em fundo cego localizados 
nas papilas dérmicas
Segundo plexo: entre as camadas 
reticular e papilar da derme, emitin-
do ramos para as papilas dérmicas
Segundo plexo: entre as camadas 
reticular e papilar da derme, re-
cebendo a drenagem venosa das 
papilas dérmicas
Primeiro plexo: entre as camadas 
papilar e reticular da derme
- Terceiro plexo: região média da 
derme 
Segundo plexo: entre a derme e a 
hipoderme
Tabela 3. Resumo do Sistema Vascular da pele. Fonte: Aula Sanarflix.
25PELE E ANEXOS
6. RECEPTORES 
SENSORIAIS DA PELE
Uma das principais funções da pele 
é receber estímulos do meio exter-
no, exercida através da percepção 
sensorial. Para realizar tal função, a 
pele dispõe de dois tipos de termi-
nações, as terminações nervosas 
livres e as terminações nervosas 
encapsuladas. 
As terminações nervosas livres ge-
ralmente assumem uma morfologia 
de “cesto”, sendo nesse caso me-
canorreceptores, localizadas usual-
mente ao redor de folículos pilosos. 
Quando essas terminações assumem 
uma morfologia de “bulbo” podem 
ser tanto mecano como nocicepto-
res, localizadas diferentemente da 
anterior, de forma paralela à junção 
dermoepidérmica. Com relação às 
terminações nervosa encapsuladas, 
existem 4 tipos dessas terminações, 
sendo eles: corpúsculos de Meiss-
ner, corpúsculos de Pacini, corpús-
culos de Ruffini e bulbos terminais 
de Krause. 
Os corpúsculos de Meissner estão 
presentes nas papilas dérmicas de 
áreas sem pelos, como lábios, ma-
milos, dedos, palma de mãos e plan-
ta de pés. São estruturas alongadas 
que se organizam sob um axônio 
central envolvido por células de 
Schwann em espiral, cuja estrutura 
é contida em uma cápsula de fibro-
blastos modificados contínuos com 
o endoneuro da fibra nervosa afe-
rente. Normalmente, os corpúsculos 
de Meissner são mecanorreceptores 
que detectam pequenas deforma-
ções da epiderme, ou seja, detectam 
a pressão exercida sob a pele, cor-
respondendo a receptores táteis. 
A B
Figura 19. Corpúsculos de Meissner. A – Morfologia: estruturas alongadas sob um axônio central, envolvido por 
células de Schwann, envoltos por fibroblastos modificados contínuos com o endoneuro da fibra aferente. B – Lâmina 
demonstra corpúsculos de Meissner nas papilas epidérmicas. Fonte: Adaptado de Histologia Básica, 12ª Ed., 2013 e 
Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
26PELE E ANEXOS
Os corpúsculos de Pacini podem ser 
encontrados na derme profunda e hi-
poderme, geralmente de morfologia 
esférica a oval. Os locais onde mais 
frequentemente são encontrados os 
corpúsculos de Pacini são os dedos, 
palma de mãos e planta de pés. Se 
organizam de forma semelhante aos 
corpúsculos de Meissner, com um 
axônio central envolvido por lamelas 
concêntricas de células de Schwa-
nn e de fibroblastos modificados, 
gerando uma estrutura em “casca 
de cebola”. Também correspondem 
a mecanorreceptores, que captam 
estímulos de pressão e vibração. 
A B
Figura 20. Corpúsculos de Pacini. A – Morfologia: Esféricos a ovais, lamelas concêntricas de células de Schwann e 
fibroblastos modificados, produzindo estrutura em “casca de cebola”. B – Lâmina histológica demonstra corpúsculo de 
Pacini na derme profunda e hipoderme. Fonte: Adaptado de Histologia Básica, 12ª Ed., 2013 e Histologia e Biologia 
Celular, 2ª Ed., 2008.
SAIBA MAIS!
Além dos corpúsculos de Meissner e de Pacini existem outros mecanorreceptores encapsu-
lados, sendo eles os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de Krause. As termina-
ções ou corpúsculos de Ruffini se localizam na derme da pele, leitos ungueais, ligamentos 
periodontais e nas cápsulas articulares. A cápsula de tecido conjuntivo que envolve esses 
receptores está ancorada em cada extremidade, aumentando a sensibilidade à distensão 
e à pressão nas cápsulas articulares, sendo essa a sua principal função. O bulbo terminal 
de Krause, por sua vez, se localizam na região papilar da derme nas articulações, conjuntiva, 
peritônio, regiões genitais e no tecido conjuntivo subendotelial das cavidades oral e nasal. Sua 
função é desconhecida.
27PELE E ANEXOS
MAPA MENTAL: RESUMO DOS COMPONENTES DA PELE
Sistema Vascular Receptores Sensoriais
Epiderme Derme
Sistema arterial
Sistema venoso
Sistema linfático
Terminações nervosas livres
• Em “cesto”
• Em “bulbo” 
Terminações nervosas encapsuladas
• Corpúsculos de Meissner
• Corpúsculos de Pacini
• Corpúsculos de Ruffini 
• Bulbos terminais de Krause
Queratinócitos 
• Camada basal
• Camada espinhosa 
• Camada granulosa
• Camada lúcida 
• Camada córnea
Melanócitos
Células de Merkel
Células de Langerhans
Camada Papilar (superficial)
Camada Reticular (profunda)
28PELE E ANEXOS
7. ANEXOS
A pele possui como anexos os pelos, 
as unhas e as glândulas da pele, 
sendo que essas podem ser de 3 ti-
pos, sudoríparas, sebáceas e ma-
márias. As glândulas mamárias não 
serão abordadas nesse resumo. 
Glândulas da pele
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas estão situ-
adas na derme, se encontram de 
forma abundante no couro cabelu-
do, porém estão ausentes na palma 
das mãos e planta dos pés. 
É importante lembrar que as glân-
dulas sebáceas estão sempre asso-
ciadas a um folículo piloso, onde 
usualmente desembocam! Em algu-
mas regiões, as glândulas sebáceas 
podem desembocar diretamente 
na pele, como nos lábios, mamilos, 
na glande e vagina. O ducto de sa-
ída para os folículos pilosos é carac-
teristicamente um ducto curto re-
vestido por epitélio estratificado 
pavimentoso. 
A B
Figura 21. A – Pode-se observar nessa eletromicrografia a presença de hastes de pelos envoltas por glândulas se-
báceas. B – Observa-se uma lâmina histológica onde os curtos ductos das glândulas sebáceas se abrem no canal do 
folículo piloso. Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007 e Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
SE LIGA! As glândulas sebáceas estão sempre associadas a um folículo piloso. Sempre que 
houver uma glândula sebácea, ela estará ao redor de um folículo piloso!
29PELE E ANEXOS
As glândulas sebáceas produzem 
uma secreção lipídica rotineiramen-
te nomeada como “sebo”, sendo ela 
rica em triglicérides, ácidos graxos 
livres, colesterol e ésteres de coles-
terol. Essa produção ocorre princi-
palmente após a puberdade devido 
ao estimulo de hormônios sexuais 
associado, tendo como principal fun-
ção a lubrificação da superfície da 
pele e dos pelos, aumentando as 
características hidrofóbicas da que-
ratina, o que exacerba a função de 
impermeabilidade exercida pela 
queratina na pele.
NA PRÁTICA!
A acne é uma doença inflamatória crônica que envolve as glândulas sebáceas. Ocorre 
uma obstrução resultante da impactação do sebo e de restos celulares no folículo 
piloso, além do papel de bactérias anaeróbicas próximas à obstrução nesse processo. É 
uma patologia muito presente no período da puberdade, quando os níveis de hormônios 
sexuais passam a estimular em maior intensidade as glândulas sebáceas.
Figura 22. A – Acne vulgar com a presença de comedões, que são tampões de queratina que se formam no 
interior do óstio folicular, usualmente associadas a inflamação e formação de pústulas. B – Acne papulopustulosa. 
Fitzpatrick: Fonte: Adaptado de Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014
BA
Como se forma o “sebo”?
As glândulas sebáceas são glân-
dulas acinosas holócrinas, ou seja, 
possuem diversos ácinos organiza-
dos ao redor de um pequeno duc-
to, por onde é liberada a sua secre-
ção às custas de morte celular. Elas 
se organizam como células epiteliais 
achatadas inicialmente, que com o 
acúmulo da secreção lipídica se 
tornam células arredondadas. O 
processo de acúmulo da secreção 
gera desaparecimento do núcleo e 
a morte celular, principalmente dos 
ácinos centrais, evento que promove 
a descamaçãodas células glandu-
lares, suscitando a liberação do con-
teúdo lipídico para o ducto.
30PELE E ANEXOS
Figura 23. A glândula sebácea é uma glândula holócrina, ou seja, seu material é secretado em conjunto com restos ce-
lulares. É constituída por diversos ácinos, que produzem o “sebo”. Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007 e 
Histologia Básica, 12ª Ed., 2013
HORA DA REVISÃO!
As glândulas são classificadas em dois grandes grupos, de acordo com o método de 
distribuição de seus produtos: exócrinas (secretam através de ductos) e endócrinas (se-
cretam para os vasos sanguíneos ou linfáticos). As glândulas exócrinas possuem três 
mecanismos diferentes para liberar seus produtos de secreção, podendo ser classificadas 
em holócrinas (a célula amadurece, morre e vira o próprio produto de secreção), merócri-
na (através de exocitose) e apócrina (uma porção do citoplasma apical é liberada com o 
produto de secreção)
31PELE E ANEXOS
Figura 24. Modos de secreção de uma glândula exócrina. A - Holócrino. B – Merócrino. C – Apócrino. Fonte: Tratado e 
histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
Glândulas Sudoríparas
As glândulas sudoríparas podem 
ser de dois tipos: merócrinas (am-
plamente distribuídas) ou apócrinas 
(encontradas nas axilas, região peria-
nal e região pubiana). 
Glândulas sudoríparas merócrinas
As glândulas sudoríparas merócrinas 
são muito numerosas, encontradas 
em toda a pele, com exceção de ra-
ros locais, como a glande peniana. 
São glândulas tubulosas simples 
enoveladas, localizadas na derme e 
seus ductos se abrem diretamente 
na superfície da pele. 
32PELE E ANEXOS
Figura 25. Lâminas histológicas demonstrando glândula sudorípara merócrina, com seus ductos excretores de epitélio 
estratificado cúbico. Podem-se observar células mioepiteliais, que auxiliam na secreção do conteúdo das glândulas. 
A glândula sudorípara merócrina é composta pelas células claras e células escuras. Fonte: Histologia Básica, 12ª Ed., 
2013 e Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A secreção produzida por esse tipo 
de glândula é uma secreção aquo-
sa, conhecida como suor. O suor é 
um ultrafiltrado do plasma, respon-
sável por auxiliar na termorregula-
ção e participar da excreção de al-
gumas substâncias, sendo derivado 
de capilares localizados ao redor das 
porções secretoras das glândulas su-
doríparas. A secreção das glândulas 
sudoríparas merócrinas é eliminada 
por exocitose!
As glândulas tubulosas simples eno-
veladas que correspondem às glân-
dulas sudoríparas merócrinas são 
formadas por células secretoras 
piramidais, podendo essas serem de 
dois tipos, células escuras e células 
claras. 
As células escuras secretam glico-
proteínas, sendo encontradas pró-
ximas ao lúmen glandular, contém 
muitos grânulos de secreção apicais 
e são ricas em retículo endoplas-
mático rugoso (RER), o que justifica 
a sua coloração escura. 
As células claras se encontram mais 
na porção basal glandular, tendo 
com função o transporte de íons e 
de água, sendo dotada, portanto, de 
muitas mitocôndrias para possibilitar 
a produção da parte aquosa do suor. 
33PELE E ANEXOS
MAPA MENTAL: CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS SECRETORAS 
PIRAMIDAIS DAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS MERÓCRINA
Legenda: RER = Retículo Endoplasmático Rugoso.
(Fonte: Aula Sanarflix)
CÉLULAS ESCURAS
Próximas ao lúmen
Glicoproteínas - Grânulos 
de secreção apical
RER
Basofilia
Porção basal
Transporte de íons e água 
Mitocôndria
Eosinofilia
CÉLULAS CLARAS
As células secretoras piramidais são 
envoltas por células mioepiteliais, 
que auxiliam na propulsão para a ex-
pulsão da secreção ao ducto excretor.
HORA DA REVISÃO!
As células mioepiteliais são células originadas do epitélio, porém, que compartilham al-
gumas características com as células musculares lisas, sendo a principal a contratilidade. 
Sua contração auxilia na secreção das porções secretoras glandulares e de alguns ductos.
►
34PELE E ANEXOS
O ducto excretor dessas glândulas 
segue em um curso em hélice até a 
superfície da epiderme, sendo re-
vestido por um epitélio cúbico estra-
tificado. Usualmente, esse ducto é 
composto apenas por duas camadas 
de células; as células mais externas 
são ricas em mitocôndria, auxiliando 
na reabsorção de íons sódio, geran-
do um suor mais hipotônico e evitan-
do a desidratação, bem como na ex-
creção de substâncias, como ureia e 
ácido lático. 
Glândulas sudoríparas apócrinas
São glândulas situadas na derme e 
na hipoderme, encontradas apenas 
em algumas regiões do corpo, como 
Figura 26. Fotomicrografia de células mioepiteliais envolvendo ácinos secretores de glândulas 
sudoríparas. Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
axilas, região perianal e pubiana e na 
aréola mamária. Essas glândulas são 
inervadas por fibras adrenérgicas e 
influenciadas por hormônios sexu-
ais, o que é corroborado pela obser-
vação de suas localizações.
Os ductos das glândulas sudoríparas 
apócrinas desembocam no folícu-
lo piloso, eliminando uma secreção 
viscosa e inodora. Com a ação das 
bactérias na pele e a degradação da 
secreção liberada, apesar de essa ser 
inicialmente inodora pode passar a 
apresentar um odor característico. 
35PELE E ANEXOS
SE LIGA! A secreção das glândulas su-
doríparas apócrinas é inicialmente ino-
dora, porém com a permanência do suor 
no local ocorre metabolismo bacteriano 
do ácido-3-metil-1,2-hexanóico, um 
ácido volátil semelhante a sinais de fe-
romônios. Por esse motivo, acredita-se 
que as glândulas sudoríparas apócrinas 
evoluíram de glândulas que secretavam 
atrativos sexuais em animais inferiores.
Existe uma forte indicação de que a 
secreção das glândulas sudoríparas 
apócrinas na verdade seja por um 
mecanismo merócrino, ou seja, por 
exocitose da secreção. Porém, man-
tém-se o nome apócrino, que sig-
nifica a liberação da secreção em 
conjunto com uma porção citoplas-
mática da célula glandular. 
Além disso, existem as glândulas 
ceruminosas do conduto auditivo 
externo (produtoras do cerúmen au-
ricular) e as glândulas de Moll (das 
pálpebras), que constituem glândulas 
sudoríparas apócrinas modificadas. 
36PELE E ANEXOS
MAPA MENTAL: RESUMO DAS GLÂNDULAS DA PELE
Fonte: Aula SanarFlix
GLÂNDULAS 
DA PELE 
Tubulosas simples 
enoveladas 
Suor
Eliminação por exocitose
Células escuras e 
células claras
Células mioepiteliais
Derme e hipoderme
Regiões específicas
Relação com 
hormônios sexuais
Derme
Abundantes no 
couro cabeludo
Ausente em palma das 
mãos e planta dos pés
Associada a folículos pilosos
Produzem o “sebo”
Glândulas sudoríparas 
merócrinas
Glândulas sudoríparas 
apócrinas
Glândulas sebáceas
Glândulas sudoríparas
Glândulas ceruminosas
Glândulas de Moll
37PELE E ANEXOS
Pelos
Os pelos são estruturas delgadas 
e queratinizadas que possuem um 
crescimento descontínuo, com fases 
de repouso e fase de crescimento 
em si. A duração da fase de repouso e 
fase de crescimento dos pelos é vari-
ável entre as regiões do corpo.
CONCEITO! 
O ciclo de crescimento do pelo é com-
posto por 3 fases: a fase anagênica 
(período de crescimento), a fase cata-
gênica (um período de involução) e a 
fase telogênica (fase de repouso final, 
na qual o pelo envelhecido se despren-
de). Logo após a queda, um novo pelo 
é formado no folículo piloso e o ciclo de 
crescimento é reiniciado. A duração do 
ciclo de crescimento varia nas regiões 
do corpo.
A cor, tamanho, espessura e a dis-
posição dos pelos varia de acordo 
com a cor da pele e a região do cor-
po, fator que é diretamente influen-
ciado por hormônios sexuais. A cor 
do pelo também depende dos mela-
nócitos, localizados entre a papila e 
o epitélio da raiz do pelo. 
O pelo difere um pouco do seu pro-
cesso de queratinização que ocor-
re na pele, formando uma queratina 
dura, com filamentos embebidos den-
tro de uma matriz de trico-hialina, 
bem como as células queratinizadas 
não descamam, elas se acumulam, 
tornando resistentes e comprimidas 
com o tempo. 
SAIBA MAIS!
Dois tipos de pelo estão presentesno ser humano adulto, os velos (pelos macios, delicados, 
curtos e claros) e os pelos terminais (duros, grandes, grosseiros, longos e escuros). Apenas 
no feto e recém-nascido pode-se observar o desenvolvimento de um terceiro tipo de pelo, 
muito mais fino, chamado lanugo. 
38PELE E ANEXOS
Figura 27. Presença de Lanugo em recém-nascido. Fonte: https://bit.ly/2WjguX7.
Os pelos se desenvolvem dentro de 
estruturas chamadas folículos pilo-
sos, que são invaginações na epi-
derme. A dilatação terminal do fo-
lículo piloso é chamada de bulbo do 
pelo, cujo centro contém a papila 
dérmica. Na papila dérmica existem 
células que revestem e formam a 
raiz do pelo, de onde emerge o eixo 
do pelo. Na fase de crescimento, as 
células da raiz se multiplicam e dife-
renciam em diversos tipos celulares, 
como as células da medula (células 
grandes, vacuolizadas, com pouca 
queratina), as células do córtex (na 
região que envolve o pelo, células 
mais queratinizadas e compactas) e 
as células da cutícula (região mais 
externa, células fortemente queratini-
zadas que envolvem o córtex). As cé-
lulas epiteliais periféricas possuem 
uma bainha epitelial interna e uma 
bainha epitelial externa; a bainha 
epitelial envolve o pelo em sua porção 
inicial, sendo que sua porção externa 
se continua com a epiderme. 
39PELE E ANEXOS
Figura 28. Estrutura do folículo piloso. Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008, Tratado de histologia em co-
res, 3ª Ed., 2007 e Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
Ao redor do folículo piloso existe uma 
bainha de tecido conjuntivo bem 
espessa que o envolve. Essa bai-
nha é conectada a um músculo liso 
chamado músculo eretor de pelo, 
cuja contração é responsável por “eri-
çar” os pelos, resposta que ocorre 
diante de estímulos adrenérgicos. 
40PELE E ANEXOS
Figura 29. Representação de folículo piloso, glândula sebácea e músculo eretor do pelo. Esse último se insere, de um 
lado, na camada papilar da derme e, do outro, na bainha de tecido conjuntivo do folículo piloso. Fonte: Histologia Bási-
ca, 12ª Ed., 2013.
Lembre-se: sempre existirá uma 
glândula sebácea associada a um 
folículo piloso! 
Unhas
Unhas nada mais são que placas de 
células queratinizadas. A camada 
córnea, nessa região, possui esca-
mas compactas e fortemente ade-
ridas uma sobre a outra, que crescem 
deslizando sobre o leito ungueal. É im-
portante lembrar que o leito ungueal 
é uma estrutura da pele, não tendo 
relação com o crescimento das unhas, 
apenas realiza a sua acomodação. 
41PELE E ANEXOS
Figura 30. Anatomia e histologia da unha. A – Representação da unha e suas estruturas. B – Fotomicrografia de corte 
longitudinal da unha. Derme (D), hiponíquio (Hy) e leito ungueal (NB). Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008 
eTratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
42PELE E ANEXOS
As unhas estão presentes na super-
fície dorsal das falanges distais dos 
dedos, tendo a sua formação iniciada 
a partir de sua porção mais proxi-
mal, chamada de raiz da unha. Na 
raiz da unha pode-se observar a pro-
liferação e diferenciação das cé-
lulas epiteliais até a formação das 
escamas córneas. A raiz da unha é 
composta por duas estruturas bem 
distintas, sendo elas duas camadas 
de epiderme e uma camada córnea 
que forma a cutícula (eponíquo) da 
unha. O crescente branco observado 
na extremidade proximal da unha é 
denominado lúnula. A extremidade 
distal da unha não é aderida ao leito 
ungueal, ficando contínua com a pele 
do dedo. Ao longo dessa junção entre 
a pele e a unha há o acúmulo do es-
trato córneo da epiderme, denomi-
nado hiponíquio. 
MAPA MENTAL: RESUMO DOS COMPONENTES DOS ANEXOS DA PELE
Fonte: Aula SanarFlix
Pelos
Unhas Glândulas da Pele
Fase de crescimento e de repouso
Velos e Pelos terminais
Folículos pilosos 
Músculo eretor do pelo
Associação com glândulas sebáceas!
Raiz da unha 
• Escamas córneas
• Eponíquio (cutícula)
Lúnula 
Hiponíquio
Glândulas sebáceas
Glândulas sudoríparas
• Merócrinas
• Apócrinas
Glândulas ceruminosas
Glândulas de Moll
43PELE E ANEXOS
MAPA MENTAL: VAMOS REVISAR?
Epiderme PELE
Sistema arterial
Sistema venoso
Sistema linfático
FUNÇÕES DA PELE ANEXOS DA PELE
Proteção contra lesões, atrito, 
desidratação e micro-organismos
Termorregulação
Percepção sensorial
Excreção
Proteção contra raios UV
Glândulas da Pele
Pelos
Unhas
Glândulas Sebáceas
Glândulas Sudoríparas
Merócrinas
Apócrinas
Síntese de Vitamina D3
Receptores Sensoriais
Sistema vascular Derme
Camada Papilar
Camada reticular
Queratinócitos:
• Camada basal
• Camada espinhosa
• Camada granulosa
• Camada lúcida
• Camada córnea
Melanócitos
Células de Merkel
Células de Langerhans
Corpúsculos de Pacini
Corpúsculos de 
Meissner
Corpúsculos de Ruffini
“Bulbo”
Bulbo Terminal 
de Krause
“Cesto”
Terminações 
nervosas livres
Terminações nervosas 
encapsuladas
44PELE E ANEXOS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
Gartner, Leslie P., Hiatt, James L. Tratato de histologia em cores. 3ª Edição, 2007.
Junqueira, Luiz Carlos Uchoa. Histologia Básica. 12ª Edição, 2013.
Kierszenbaum, Abraham L. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. 2ª Edi-
ção, 2008.
Ross, Michael H. Atlas de histologia descritiva. 2012 
Wolff, Klaus. Dermatologia de Fitzpatrick. 7ª Edição, 2014. 
45PELE E ANEXOS

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