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i t d ã CÁLCULO APLICADO - VÁRIASCÁLCULO APLICADO - VÁRIAS VARIÁVEISVARIÁVEIS AS INTEGRAIS DUPLASAS INTEGRAIS DUPLAS Autor: Me. Tal i ta Druziani Marchiori Revisor : Ra imundo A lmeida IN IC IAR introdução Introdução Olá, estudante. Nesta unidade vamos entender como calcular a integral dupla de funções de duas variáveis. Existem muitas aplicabilidades das integrais duplas, como o cálculo de volumes e áreas de superfícies, determinar massas e centroides etc. Iniciamos a unidade com integrais duplas calculadas sobre regiões retangulares e, em seguida, calcularemos essas integrais através das integrais iteradas. Após, vamos aprender a determinar integrais duplas em regiões mais gerais. Por �m, trabalharemos com um novo sistema de coordenadas bidimensional, as coordenadas polares. Sugerimos que resolva todos os exemplos e exercícios propostos, esclarecendo suas dúvidas. Além disso, realize exercícios extras. Sua dedicação será fundamental para o aprendizado! Caro(a) estudante(a), já sabemos que podemos calcular as derivadas parciais de funções de duas variáveis reais, considerando uma das variáveis como sendo constante e derivando em relação a outra. Por exemplo, sendo f(x, y) = 4x3y2 temos que fx(x, y) = 12x 2y2. Do mesmo modo, podemos calcular uma integral inde�nida de uma função de duas variáveis. Se desejarmos determinar a integral inde�nida da função f(x, y) = 4x3y2 em relação à variável x, podemos calcular a integral inde�nida considerando a variável y como constante, ou seja, ∫4x3y2dx = 4y2∫x3dx = 4y2( x4 4 ) + C = y 2x4 + C. Sabemos que a integral de�nida Integral Dupla em RegiõesIntegral Dupla em Regiões RetangularesRetangulares ∫baf(x)dx com f sendo uma função contínua e não negativa para a ≤ x ≤ b, é de�nida como a área delimitada pela intersecção do eixo x, retas x = a e x = b e pelo grá�co de f. Agora, vamos considerar uma função f positiva, de�nida em um retângulo R = [a, b] × [c, d]. Denotamos por S a região que está acima de R e abaixo do grá�co de f, z = f(x, y). Dividindo o intervalo [a, b] em m intervalos da forma [xi− 1, xi] de mesmo comprimento Δ x = (b − a) /m e o intervalo [c,d] em n intervalos da forma [yi− 1, yi] de mesmo comprimento Δ y = (d − c) /n, temos que o volume de S é dado por V = lim m , n→ ∞ m ∑ i= 1 n ∑ j= 1 f(x ∗ , y ∗ ) ΔA onde (x ∗ , y ∗ ) é um ponto arbitrário de cada Rij = [xi− 1, xi] × [yi − 1, yi] e Δ A = Δ xΔ y. Esse tipo de limite acontece também em outras situações, mesmo se f não for uma função positiva, então de�nimos a integral dupla de f, onde f é uma função de duas variáveis x e y, sobre o retângulo R como ∫∫Rf(x, y) ΔA = lim m , n→ ∞ m ∑ i= 1 n ∑ j= 1 f(x ∗ , y ∗ ) ΔA se o limite existir. Então, se este limite existir, f é dita integrável. Então, pelo que vimos, se f(x, y) ≥ 0, o volume V do sólido que está acima do retângulo e abaixo da superfície z = f(x, y) é dado por V = ∫∫Rf(x, y) Δ A ou seja, o cálculo de volumes é uma aplicação das integrais duplas. Por exemplo, o volume do sólido S que está abaixo de x2 + z2 = 1 e acima de R = [ − 1, 1] × [ − 2, 2] é dado por V = ∫ ∫R1 − x 2ΔA. Note que o grá�co de f(x, y) = z = 1 − x2 é maior ou igual a zero e é representado pela Figura 3.1. Como estamos restringindo o eixo y nos pontos do intervalo [-2,2], temos que a integral dupla de 1 − x2 sobre R = [ − 1, 1] × [ − 2, 2] é a metade do volume do cilindro de altura 4 e raio da base 1. Logo, V = ∫ ∫R1 − x 2ΔA = 2π. Como a integral dupla está de�nida através do cálculo de um limite e, nem todas as integrais conseguimos relacionar com fórmulas já conhecidas, como no caso anterior, sua resolução não é e�ciente. Porém, temos propriedades que auxiliam no cálculo das integrais. Admitindo que ∫ ∫Rf(x, y) Δ A e ∫ ∫Rg(x, y) Δ A existam, é válido que: ∫∫Rf(x, y) + g(x, y) Δ A = ∫∫Rf(x, y) Δ A + ∫∫Rg(x, y) Δ A ∫ ∫Rc f(x, y) Δ A = c ∫ ∫Rf(x, y) Δ A, onde c é uma constante. Sendo f(x, y) ≥ g(x, y) para todo (x, y) ∈ R2, ∫ ∫Rf(x, y) Δ A ≥ ∫ ∫Rg(x, y) Δ A. Por exemplo, se ∫ ∫Rf(x, y) Δ A = 3e∫ ∫Rg(x, y) Δ A = 2, então ∫∫Rf(x, y) + g(x, y) Δ A = 5 praticar Vamos Praticar Pelo que aprendemos, podemos calcular o volume de um sólido através das integrais duplas ∫ ∫Rf(x, y) Δ A = limn→ ∞ ∑ m i= 1 ∑ n j= 1f(x ∗ , y ∗ ) Δ A. Como os pontos x ∗ e y ∗ são pontos arbitrários de cada Rij = [xi− 1, xi] × [yi − 1, yi] , podemos considerar os pontos médios de cada Rij = [xi− 1, xi] × [yi − 1, yi]. Essa técnica é conhecida como regra do ponto médio para integrais duplas e com ela temos que a integral dupla ∫ ∫Rf(x, y) Δ A é aproximadamente igual a ∑mi= 1 ∑ n j= 1f(x _ i , yj _ ) Δ A, onde x _ i e yj _ são os pontos médios de cada Rij = [xi− 1, xi] × [yi − 1, yi] . Utilizando essa técnica, para m = n = 2, a estimativa da integral ∫ ∫R(x − 3y 2)ΔA onde R = [0, 2] × [1, 2] é: a) - 11, 875. b) - 8,50. c) - 5,125. d) 0,368. e) 2,07. Querido(a) aluno(a), o Teorema Fundamental do Cálculo nos fornece um método para calcular as integrais de funções de uma variável real sem precisarmos recorrer à de�nição. Neste tópico, veremos como determinar uma integral dupla sem necessitar utilizar a sua de�nição. Esse método consiste em calcular uma integral dupla calculando duas integrais ordinárias. Sendo uma função f de duas variáveis de�nida sobre o retângulo R = [a, b] × [c, d], estaremos considerando x como constante quando trabalharmos com ∫dc f(x, y)dy. O resultado dessa integração é uma função que depende de x, que podemos denotar por A(x) = ∫dc f(x, y) dy, daí podemos integrar A em relação a x, ou seja, ∫baA(x) = ∫ b a[∫ d c f(x, y) dy]dx. Integrais IteradasIntegrais Iteradas Do mesmo modo, consideramos y como constante quando integramos ∫baf(x, y) dx. O resultado dessa integração é uma função que depende de y, donde, podemos integrá-lo em relação a y, isto é, ∫dc[∫ b af(x, y) dx]dy. Note ainda que podemos omitir o uso dos colchetes. Chamamos as integrais duplas ∫ba∫ d c f(x, y) dydx e ∫ d c ∫ b af(x, y) dxdy de integrais iteradas. Então, a integral iterada ∫ba∫ d c f(x, y) dydx signi�ca que primeiro integramos em relação a y no intervalo (c, d) e, depois, integramos em relação a x no intervalo (a, b). Já na integral iterada ∫dc ∫ b af(x, y) dxdy, primeiro integramos em relação a x no intervalo (a, b), depois em relação a y no intervalo (c, d). Por exemplo, para calcular ∫30∫ 2 1x 2ydydx primeiro olhamos x como constante e integramos em relação a y no intervalo (1,2), isto é, ∫21x 2ydy = x2∫21ydy = x 2[ y2 2 ] 2 1 = x 2 2 2 2 − x 2 1 2 2 = 3 2 x 2. Agora, integramos esse resultado em relação a x no intervalo (0,3), assim, ∫30 3 2 x 2dx = 3 2 ∫ 3 0x 2dx = 3 2 [ x3 3 ]03 = 3 2 33 3 + 3 2 03 3 = 27 2 Você pode se perguntar, se calcular a integral iterada ∫21∫ 3 0x 2ydxdy teremos o resultado? Em geral, a resposta é sim! Então, vamos veri�car: primeiro integrando em relação a x, consideramos y como constante, donde ∫30x 2ydx = y∫30x 2ydx = y[ x3 3 ] 3 0 = y 33 3 + y 03 3 = 9 2 y e, integrando o resultado em relação a y, ∫30 9 2 ydy = 9 2 [ y2 2 ] 2 1 = 9 2 22 2 − 9 2 12 2 = 27 2 Podemos determinar a integral dupla por esse método de forma direta, como: ∫10∫ 3 04xy 3dydx = ∫104x[∫ 3 0y 3dy]dx = ∫104x[ y4 4 ] 3 0dx = ∫ 1 081xdx = 81∫ 1 0xdx = 81[ x2 2 ] 1 0 = 40, 5 . De maneira geral, se f for contínua no retângulo R = (x, y); a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d, então ∫ ∫Rf(x, y)dA = ∫ b a∫ d c f(x, y)dydx = ∫ d c ∫ b af(x, y)dxdy. Este resultado é conhecido como Teorema de Fubini. Considere a função f(x, y) = x − 3y2. Podemos ver um esboço do grá�co de f na Figura 3.2 abaixo. Se desejarmos calcular a integral dupla de f sobre R = (x, y); 0 ≤ x ≤ 2, 1 ≤ y ≤ 2, pelo Teorema de Fubini temos ∫ ∫Rf(x, y)dA = ∫ 2 0∫ 2 1(x − 3y 2)dydx = ∫20[xy − y 3]21 = ∫ 2 0(x − 7)dx = [ x2 2 − 7x] 2 0 = − 12 Como a resposta dessa integral dupla foi um número negativo, podemos concluir que ela não se tratade um volume. Isso acontece porque a função f não é positiva, como pudemos observar na Figura 3.2. Como vimos no primeiro tópico desta unidade, se f(x, y) ≥ 0 o volume do sólido formado pelos pontos que estão abaixo do grá�co de f(x, y) e acima do plano xy pode ser calculado pela integral dupla. Mas, se f(x, y) = 1 temos que sua integral dupla sobre a região R é igual à área do conjunto R, ou seja área de R = ∫ ∫R1dxdy = ∫ ∫Rdxdy. Por exemplo, para determinar a área da região retangular da Figura 3.3, basta calcularmos ∫62∫ 4 2dxdy = ∫ 6 2x | 4 2dy = ∫ 6 2(4 − 2)dy = 2y | 6 2 = 12 − 4 = 8 Ou seja, a área da região da Figura 3.3 é igual a 8. praticar Vamos Praticar Com as integrais iteradas podemos realizar a integração de integrais duplas calculando duas integrais unidimensionais utilizando o conhecimento do cálculo integral que possuímos. Assinale a alternativa correta. a) Sendo R = (x, y) ∈ R2; 1 ≤ x ≤ 3, 1 ≤ y ≤ 2, ∫ ∫R(2x + 4y)dydx = − 20. b) O volume do sólido determinado pelos pontos 0 ≤ z ≤ x2 + y2 com 0 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ 2 é 32. c) Temos que ∫ π0 ∫ 2 1ysen(xy)dxdy = − 1. Figura 3.3 - Cálculo de área Fonte: Elaborada pela autora. d) Utilizando o Teorema de Fubini, podemos concluir que ∫20∫ 1 0(x + 2)dxdy = 5. e) Sendo R = (x, y) ∈ R2; 0 ≤ x ≤ 5, 0 ≤ y ≤ 1, ∫ ∫Rxe ydydx = 0. Já aprendemos, aluno(a), nos tópicos anteriores, a calcular uma integral dupla sobre regiões retangulares. Agora, considere uma função f de duas variáveis de�nida sobre uma região limitada D, que não é retângulo. Para realizar a integração dupla sobre esta região D recorremos à região retangular em que F está de�nida, onde a função F é igual à função f em D e F = 0 fora de D. Isto é, se f estiver de�nida sobre uma região limitada D qualquer, de�nimos uma nova função F para determinar a integral dupla de f. Essa função F possui como domínio um retângulo R, onde D ⊂ R e é de�nida por: F(x, y) = f(x, y) se (x, y) ∈ D e F(x, y) = 0 se (x, y) ∈ (R − D). Observe a ilustração a seguir. Integrais Duplas SobreIntegrais Duplas Sobre Regiões GeraisRegiões Gerais De�nimos a integral dupla de f em D por ∫ ∫Df(x, y)dA = ∫ ∫RF(x, y)dA, desde que F seja integrável em R. Vamos classi�car as regiões D em dois tipos. Se uma região D for a região entre o grá�co de duas funções contínua em x, diremos que D é do tipo I. Agora, se D for a região entre o grá�co de duas funções contínua em y, diremos que D é do tipo II. Para calcularmos as integrais duplas de funções de duas variáveis de�nidas sobre regiões do tipo I, ou seja, regiões da forma D = (x, y), a ≤ x ≤ b, g1(x) ≤ y ≤ g2(x) com g1 e g2 contínuas em [a,b], utilizamos a seguinte igualdade: ∫ ∫Df(x, y)dA = ∫ b a∫ g2 ( x ) g1 ( x ) f(x, y)dydx. E, de modo análogo, calculamos as integrais duplas de funções de duas variáveis de�nidas sobre regiões do tipo II, isto é, regiões da forma D = (x, y), c ≤ y ≤ d, h1(x) ≤ x ≤ h2(x) com h1 e h2 contínuas em [c, d], como: ∫ ∫Df(x, y)dA = ∫ d c ∫ h2 ( x ) h1 ( x ) f(x, y)dxdy. Por exemplo, se a região D for limitada pelas parábolas y = 2x2ey = 1 + x2, temos que esta região é do tipo I, uma vez que 2x2 = 1 + x2 ⇔ x = ± 1. Logo, podemos escrever D = (x, y), − 1 ≤ x ≤ 1, 2x2 ≤ y ≤ 1 + x2. Na Figura 3.5, temos a visualização grá�ca desta região. Então, a integral dupla de f(x, y) = x + 2y sobre D é dada por: \[\int \int_D f(x,y) dA = \int_{-1}^1 \int_{2x^2}^{1+x^2}(x+2y) dy dx=/] ∫1− 1[xy + y2] y= 1 + x2 y= 2x2 dx = ∫1− 1[x(1 + x2) + (1 + x2)2 − x(2x2) − (2x2)2] = { } ∫ 1 − 1( − 3x 4 − x2 + 2x2 + x + 1)dx = [ − 3 x5 5 − x4 4 + 2 x3 3 + x2 2 + x]1− 1 = 32 15 A região D limitada pela reta y = 2x e pela parábola y = x2 pode ser vista como uma região do tipo II. Então, podemos escrever D = (x, y), 0 ≤ y ≤ 4, 1 /2y ≤ x ≤ √x. Gra�camente, Calculando a integral dupla de f(x, y) = x2 + y2 sobre D, considerando D como uma região do tipo II, obtemos: ∫∫Df(x, y)dA = ∫ 4 0∫√ y 1 2 y (x2 + y2)dxdy = ∫ 4 0[ x3 3 + y2x]x= √y x= 1 2 y dy = ∫40[ (√y)3 3 + y2√y − ( 1 2 y) 3 3 − y2 1 2 ]dy = ∫ 4 0( y3 22 3 + y5 / 2 − y3 24 − y3 2 )dy = [ y5 / 2 15 + 2y7 / 2 7 − 13y4 96 ]40 = 216 35 . Como pudemos observar no Re�ita, se uma região pode ser escrita dos tipos I e II, podemos calcular sua integral da forma que acharmos mais apropriado. O cálculo terá a mesma resposta. Assim como já comentamos para regiões retangulares, quando estamos trabalhando com regiões gerais, a integral dupla de f(x, y) ≥ 0 sobre B = (x, y, z) ∈ R3; (x, y) ∈ B e 0 ≤ z ≤ f(x, y) é o volume do sólido formado pelos pontos que estão abaixo do grá�co de f(x, y) e acima do plano xy e, se f(x, y) = 1, a integral dupla de f sobre B é igual a área do conjunto B. praticar Vamos Praticar O sólido limitado entre os planos x + 2y + z, x = 2y, x = 0, z = 0 é um tetraedro. Sabemos que podemos determinar seu volume através do cálculo de integrais duplas. Então, é correto a�rmar que este tetraedro possui volume igual a: a) 1/3. b) 7/8 c) √27 d) 15 e) e) -7. Algumas integrais duplas são complicadas de serem determinadas quando suas regiões são descritas como coordenadas retangulares. Para esses casos, de�niremos um novo sistema de coordenadas no plano cartesiano: as coordenadas polares. Imagine, caro(a) estudante, que queremos calcular a integral dupla ∫ ∫Pf(x, y)dA, onde P é a região esboçada na Figura 3.8. Seria difícil calcular esta integral se escrevêssemos a região D em coordenadas retangulares, então escrevemos ela em coordenadas polares. Integrais Duplas emIntegrais Duplas em Coordenadas PolaresCoordenadas Polares Um retângulo polar é da forma P = (r, θ); a ≤ r ≤ b, α ≤ θ ≤ βe, relacionamos as coordenadas polares (r,θ) de um ponto com as coordenadas retangulares através das igualdades r2 = x2 + y2 , x = rcosθ, y = rsenθ. Assim, se f é contínua no retângulo polar P, onde 0 ≤ β − α ≤ 2π temos que ∫ ∫Pf(x, y)dA = ∫ β α ∫ b af(rcosθ, rsenθ)rdrdθ. Por exemplo, se desejarmos calcular a integral dupla ∫ ∫P(3x + 4y 2)dA, onde P é a região do semiplano superior limitada por x2 + y2 = 1 e x2 + y2 = 4, podemos descrever a região P em coordenadas retangulares como P = (x, y); y ≥ 0, 1 ≤ x2 + y2 ≤ 4 e, em coordenadas polares como P = (r, θ); 1 ≤ r ≤ 4, 0 ≤ θ ≤ π. Temos que, f(x, y) = 3x + 4y2, assim f(rcosθ, rsenθ) = 3rcosθ + 4r2(senθ)2 e ∫ ∫P(3x + 4y 2)dA = ∫π0∫ 2 1(3rcosθ + 4r 2(senθ)2)rdrdθ = ∫π0∫ 2 1(3r 2cosθ + 4r3(senθ)2)drdθ = ∫π0[r 3cosθ + r4(senθ)2]r= 2r= 1dθ = ∫π0[7cosθ + 15(senθ) 2]dθ = ∫π0[7cosθ + 15 2 (1 − cos2θ)]dθ = [7senθ + 15θ 4 − 15 4 sen2θ] π 0 = 15π 2 = 15π 2 . Desde o ensino fundamental trabalhamos com a fórmula πz2 quando desejamos calcular a área de uma circunferência de raio z. Podemos veri�car essa fórmula através das integrais duplas com o auxílio das coordenadas polares. Dada uma circunferência de centro na origem e raio z, pelos que vimos no decorrer desta unidade sua área é determinada através da integral dupla, isto é, área da circunferência = ∫ ∫Pdxdy, onde P = (x, y) ∈ R2; x2 + y2 ≤ z2. Reescrevendo P em coordenadas polares, obtemos P = (r, θ) ∈ R2; 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ r ≤ z. Então: área da circunferência = ∫ ∫Prdrdθ = ∫ 2 π 0 ∫ z 0rdrdθ = ∫2 π0 [ r2 2 ] z 0dθ = ∫ 2 π 0 z2 2 dθ = [ z2 2 θ] 2 π 0 = πz 2. praticar Vamos Praticar As coordenadas polares facilitam o cálculo de integrais duplas quando é complicado escrever a região na qual a função está de�nida em coordenadas retangulares. Utilizando as coordenadas polares, encontramos que o volume do sólido limitado pelo plano z = 0 e pelo paraboloide z = 1 − x2 − y2 é igual a: a) 12π b) 16 3 π c) 8π d) 2√3π e) 1 2 π indicações Material Complementar LIVRO Cálculo - Volume II Editora: Cengage Learning Autor: James Stewart ISBN: 9788522106615 Comentário: Este livro aborda todos os tópicos que vimos nesta unidade de forma ampla e detalhada contendo diversos exemplos resolvidos, o que pode ajudar na compreensão da disciplina. FILME O Céude Outubro Ano: 1999 Comentário: O �lme é baseado na história real de um engenheiro da NASA que na adolescência, com ajuda de um grupo de amigos, desenvolveu um projeto que transformou a vida de todos do grupo. TRA ILER conclusão Conclusão Nesta unidade, prezado(a) aluno(a), aprendemos como trabalhar com as integrais duplas de funções de duas variáveis. Vimos, através das integrais iteradas, que não precisamos recorrer à de�nição para calcular uma integral dupla, podemos realizar o cálculo de duas integrais unidimensional e utilizar todo nosso conhecimento do cálculo integral ordinário. Após, trabalhamos com a integração dupla sobre regiões retangulares e mais gerais e introduzimos um novo sistema de coordenadas para o plano cartesiano, as coordenadas polares. Esperamos que esta unidade tenha sido produtiva e que você tenha aproveitado ao máximo, resolvendo exercícios e questionando suas dúvidas. Continue se dedicando, até uma próxima! referências Referências Bibliográ�cas GUIDORIZZI, H. L. Um curso de Cálculo - volume 2. 5. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2010. STEWART, J. Cálculo - volume 2. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
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